Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
rova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
O GLOBO › Annotations
RI- / / Especial - Thomas Traumann entrevista General Villas Boas. Foto: Fernando Lemos
Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo
Esse episódio ganhou uma versão que não é totalmente verdadeira. Ao longo
do processo de impeachment, dois parlamentares de partidos de esquerda
procuraram a assessoria parlamentar do Exército para sondar como
receberíamos a decretação de um “Estado de Defesa” (possibilidade
constitucional na qual o presidente decreta por dias situação emergencial
restringindo direito de reunião e de comunicação). Confesso que fiquei
preocupado, porque vi ali uma possibilidade de o Exército ser empregado
contra as manifestações. Contudo, corre uma versão de que a presidente
Dilma teria me chamado e determinado a decretação do “Estado de Defesa”,
e eu teria dito que não cumpriria. Isso não aconteceu. Mas que houve a
sondagem, ela de fato houve.
Não. Absolutamente.
Esses três pilares foram muito úteis, tanto diante das pressões para
intervenção, como também pra tranquilizar o público interno do Exército.
https://outline.com/YrTe67 3/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
Sinceramente, não acredito que a ministra Rosa Weber tenha mudado o seu
voto em função da minha declaração. Foi uma preocupação que se
desencadeasse um processo de impunidade, que a palavra-chave desse tuíte
foi impunidade. E também teve a intenção, primeiro de manifestar o
pensamento do Exército e, segundo, também de conformidade com a
vontade da população. Eu sabia que havia riscos desse tuíte, tanto que no dia
seguinte o ministro Celso de Mello (decano do STF) nos chamou de
“pretorianos”. Eu sabia que alguma reação corporativa deveria haver e até
achei que ficou barato.
https://outline.com/YrTe67 4/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
https://outline.com/YrTe67 5/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
O general Eduardo Villas-Bôas, comandante do Exército nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, é o
primeiro entrevistado da série "Década de rupturas', do GLOBO Foto: Agência O Globo
https://outline.com/YrTe67 6/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
muito adequada de baixo perfil. Isso faz marcar bem o espaço que existe
entre governo e Exército.
Algumas pessoas podem ter essa concepção que, imagino, pode aparecer no
futuro numa disputa eleitoral. Mas é interessante observar que, apesar da
quantidade relativa de militares no governo, ela não resulta influência direta
sobre o presidente.
Alta patente
Assume o Exército
Momento crítico
Comando mantido
https://outline.com/YrTe67 8/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
Doença revelada
Clima conturbado
Gratidão expressa
A hora da sucessão
https://outline.com/YrTe67 COPY
https://outline.com/YrTe67 9/10
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Fomos colocados à prova e passamos. Não vejo nenhum risco à democracia’, diz general Villas Bôas
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/YrTe67 10/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
O GLOBO › Annotations
A advogada Janaina Paschoal é uma das entrevistadas da série Década de rupturas Foto: Fernando
Lemos / Agência O Globo
Eu estava na aula de pilates e virei para uma amiga e disse “eu vou pedir o
impeachment da presidente”. Ela teve um ataque de riso. “É sério!”, eu disse.
Aí ela falou, “Nossa, que doida! Você vai ficar famosa”. E eu, “imagina, só
vou fazer a parte técnica”. Isso foi uns dois meses antes da entrega do pedido
(em setembro de ). Na minha cabeça, eu tinha construído a peça, tinha
desenvolvido os fundamentos, mas ia fazer trabalho braçal. Quem ia
aparecer era o dr. Hélio Bicudo (advogado renomado e colega no pedido).
Sei que parece insano, mas nunca imaginei ficar conhecida. Por que contei o
episódio? Porque talvez para uma outra pessoa fosse muito claro que o
pedido do impeachment ia mudar minha vida, mas para mim não era.
Vi que havia mais gente envolvida (nos escândalos), veio ameaça. Foi
pesado. Mas aí comecei a achar que tinha o dever de segurar. Mas, se você
pegar as imagens de TV, vai ver que eu não saía do plenário. Você pode me
achar paranoica, mas eu achava, sem brincadeira, que se saísse para ir ao
banheiro alguém ia aprontar alguma coisa e estragar o meu processo.
https://outline.com/Wrhucz 2/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
Eliminação. Não queria dar nenhuma chance para o PT. Ponto número . O
processo de impeachment e a Lava-Jato trouxeram uma série de situações
envolvendo o PSDB e o MDB. Aí, sobrava o João Amoedo (candidato do
Novo), que, com todo respeito, não achava que tinha condições de ganhar; o
Álvaro Dias (candidato do Podemos), excelente candidato, mas que que
naquela época era regional. Aí falei, meu Deus, só sobra o Bolsonaro, só
quem tem chance é ele, o que eu faço agora?
Uns seis meses antes da eleição. Se alguém me dissesse “você vai votar no
Bolsonaro”, responderia “você é doido”. Porque não tem muito a ver
comigo. Mas daí pensei: vou me unir a ele para ajudar a bater o PT. Tanto é
que quando ele me chamou pra vice foi um dilema. Pensei: e se eu não for e
o homem perde? Vou achar o resto da vida que a culpa foi minha, ficar a
vida inteira com essa culpa.
https://outline.com/Wrhucz 3/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
https://outline.com/Wrhucz 4/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal Foto: Fernando Lemos /
Agência O Globo
Ninguém gostou das minhas ideias (risos) Não ia dar certo. Não foi uma
coisa, “Ah, a Janaina fresca não quer”. Foi um amadurecimento de parte a
parte.
Um distanciamento muito grande. Não sei se por culpa minha, porque falo
o que eu penso. Muita gente fala pra mim, “por que você não fala para ele o
que você quer dizer ao invés de dar entrevistas?” Mas como é que falo se
houve um distanciamento total? Não sei se por culpa da equipe, dos filhos...
https://outline.com/Wrhucz 5/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
E se os conflitos se acirrarem num ponto que ele não consiga mais governar?
Por exemplo, na campanha eu disse, “presidente, as brigas estão demais. O
senhor tem que fazer alguma coisa”. E ele deixava a coisa rolar. Ok, foi
eleito. Ele começa o governo e a gente sente um pouco disso no governo. Ele
não quer saber, cada um que brigue, vai tocando...
Agora, ele decide criar um novo partido (o Aliança pelo Brasil) e divide o
PSL. Ele conseguiu cindir pessoas que gostam verdadeiramente dele.
Concordam com as coisas que ele diz e pensa. Ele conseguiu criar um cisma
onde não precisava. Foi um grande erro, gerou muita mágoa.
Não apenas, mesmo numa situação de tranquilidade das ruas. Não sei como
essas pessoas do PSL vão reagir numa votação que eventualmente seja
https://outline.com/Wrhucz 6/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
necessária para o país. Será que essas pessoas tão maltratadas por nada vão
votar a favor do que é devido ou vão votar contra (o governo) só porque
estão sendo maltratadas? Perceba, não estou falando de liberação de
emendas, nem cargo, mas de mágoa. Porque não tem situação pior do que
alguém que amava e foi desprezado, entendeu? O melhor ingrediente para o
ódio é o amor não correspondido.
Sim porque ele vai criando briga, briga, briga e estamos só no primeiro ano
de mandato.
O Supremo está jogando baldes de água com gelo em tudo. Porque existem
temas passíveis de interpretações, mas anular processos pela ordem das
alegações finais entre réus? Você tem argumentos jurídicos pró-prisão em
segunda instância, contra prisão em segunda instância, isso é fato. Mas
mudar de opinião em pouco mais de um ano? Fica muito evidente o desejo
do Supremo de desfazer a Lava-Jato.
A senhora acha que possam ocorrer aqui protestos similares aos do Chile?
Hoje não, mas é bom não folgar. Acho que o Supremo, digo isso
respeitosamente, está pecando muito. Não está entendendo o momento
histórico que vivemos.
Tese
O texto
https://outline.com/Wrhucz 8/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
Ao lado dos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, escreve o pedido
de impeachment que seria aceito na Câmara dos Deputados
Na rua
A guinada política
Valores
https://outline.com/Wrhucz COPY
https://outline.com/Wrhucz 9/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Bolsonaro gera tanto conflito que pode perder a mão', diz Janaina Paschoal
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/Wrhucz 10/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
O GLOBO › Annotations
'O mecanismo está se ajustando, diz José Padinha Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo
Foi de certa maneira profético, mas lembrando que o miliciano que chega
em Brasília no filme é deputado. Ele não chega (risos) no Executivo.
O sistema está desnudo agora, está tendo que se reestruturar a olhos vistos.
O capitão Nascimento (personagem principal de Tropa de elite) estava
falando do sistema da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Você está falando do
sistema político brasileiro. O que que é foda no sistema político? É que a
corrupção não é um desvio de conduta. A corrupção é um processo
estruturante da política nacional. Eu chamei isso de mecanismo.
Isso não é um desvio, isso é uma regra na quase totalidade dos municípios.
Privacy Policy
Nomes como Marcelo
Odebrecht, Lemann, Villas…
05:16 20:38
Vamos olhar isso sobre o prisma darwinista? O que Darwin explicou é que
existem processos de seleção em certos nichos ecológicos e sobrevivem os
organismos que se adaptam melhor àquele nicho. Se você olhar a forma pela
qual a campanha política é feita no Brasil, que tipo de gente a campanha
política seleciona? Se para me eleger, preciso receber dinheiro de caixa ,
https://outline.com/B3S3XB 2/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
preciso ter conta na Suíça, então só gente que está disposta a fazer isso vai
jogar o jogo político. Tem exceções? Tem o Marcelo Freixo, mas
evidentemente que a estrutura seletiva do mecanismo não seleciona as
pessoas com maior apreço pela ética para serem políticos no Brasil.
Seus filmes Ônibus , Tropa , Tropa e o Mecanismo tem uma lógica de
continuidade?
O cineasta José Padilha é um dos entrevistados da série Década de rupturas Foto: Fernando Lemos /
Agência O Globo
É uma visão realista. Não inventei o que acontece com os meninos de rua, o
que acontece no Instituto Padre Severino, nas cadeiras superlotadas, nos
batalhões da PM, o poder da milícia e muito menos inventei o sistema
Drousys (arquivo de controle dos pagamentos ilegais da Odebrecht). É a
realidade do Brasil. Por que o Brasil não tem resultados de distribuição de
renda de crescimento econômico sustentável? Em parte, por isso.
Seus filmes mexem com temas complexos e que muita gente acha terem
soluções simples: bandido bom é bandido morto e todo corrupto deve ser
esquecido na cadeia.
https://outline.com/B3S3XB 4/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
Então por que ele cometeu esse desatino ? Eu conversei com ele sobre isso.
Ele falou que nas operações Mãos Limpas, na Itália, houve um retrocesso,
um retorno à impunidade, e que estando no governo, ele estaria na posição
de tentar impedir isso. Essa seria a visão benéfica desse erro. Continua sendo
erro na minha opinião
https://outline.com/B3S3XB 5/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
Ele paralisa o pensamento. Por isso eu acho que ideologia é muito ruim para
o pensamento. É como se eu botasse – eu sou de esquerda – eu boto um
óculos vermelho. Eu sou de direita, eu boto um óculos azul. A esquerda acha
que a Lava-Jato foi errada, mas não teve corrupção. A direita acha que a
Lava-Jato foi certa e teve corrupção.
Agora, não há outra alternativa ao Brasil a não ser lidar com a Lava-Jato. A
operação tem um valor heurístico. Quando o Barusco é preso e devolve US
milhões, quando acham R milhões na casa do Geddel, quando é
revelada a planilha da Odebrecht, a delação do Palocci... A Lava-Jato revela
uma enorme corrupção sistêmica do Brasil. Essa corrupção atinge o PT
violentamente, atinge o PMDB violentamente e atinge o PSDB, vide o
Paulo Preto. O Brasil tem que lidar com a corrupção sistêmica.
Mas, quando você vê a forma pela qual a Lava-Jato foi conduzida nos
tribunais e na mídia...
Para o meu horror, eu acho que se os processos contra o Sergio Cabral foram
viciados, o Sergio Cabral deve estar livre. Tem que lidar com esse fato. A
despeito da corrupção sistêmica, o processo de investigação que chegou mais
fundo, que teve a oportunidade de punir pessoas foi levado a cabo de
maneira democrática dentro das regras do jogo como manda a lei brasileira?
Essa é outra questão. É possível ao mesmo tempo achar que existe uma
corrupção sistêmica e que o processo pode ter sido julgado e avaliado de
maneira arbitrária. Não há uma contradição entre as duas coisas.
A revisão dos julgamentos não pode gerar uma frustração, como na Itália
com a Mãos Limpas
https://outline.com/B3S3XB 6/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
Recorde
Internacional
Plata o plomo
Ficção e realidade
https://outline.com/B3S3XB 7/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O mecanismo está se ajustando', diz José Padilha
Ação
Sucesso
Lava-Jato no alvo
Futuro
https://outline.com/B3S3XB COPY
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/B3S3XB 8/8
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
O GLOBO › Annotations
O comentarista Walter Casagrande diz que a seleção brasileira vai mudar após Jesus no Flamengo Foto:
Renee Rocha / Agência O Globo
Qual a última vez que assistiu a uma seleção brasileira com prazer?
Há quase dez anos o Brasil tem um único craque, o Neymar. Qual é o risco
da Neymardependência?
Foco na vida, não é foco na bola. Foco na vida. Ele se perdeu, cara, se
perdeu. Não teve alguém para falar ‘Neymar, não está dando certo o que
você está fazendo, não está dando certo o que você está falando. Não está
dando certo seu comportamento’. Aquele negócio de cair e ficar rolando na
Copa do Mundo virou uma chacota mundial! E o pior: era a camisa que
estava rolando. Meu, o Pelé levou a camisa lá em cima, é a camisa mais
respeitada e adorada no mundo todo. Você não pode desrespeitar essa
camisa! Falta a ele saber bem a importância da camisa que está vestindo,
saber a importância do futebol brasileiro, procurar estudar um pouquinho os
grandes jogadores do passado para ver o comportamento deles, para ver
como eles se relacionavam com a torcida.
https://outline.com/A4gRr5 3/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
iago Nunes vai mexer com o Tite. Não cabe mais no futebol brasileiro
esse negócio de ficar se defendendo para tentar ganhar no chuveirinho.
Não, o Mano Menezes, o Tite são grandes treinadores. Agora, eles têm que
clarear a mente. Depois que ver o Flamengo jogar, nenhum torcedor tem
mais paciência para ver o seu time se defender. Essa cobrança vai forçar uma
reciclada. Ficar ganhando atacando não tem prazo de validade. Você pode
perder, mas volta a ganhar.
Se os times não se mexerem, sim. O time que jogar fechadinho, cujo único
objetivo é não cair, corre o risco de diminuir de tamanho. Porque a torcida
não tem mais paciência de torcendo para empatar, perder de pouco.
Privacy Policy
00:00 20:38
Mas é um futebol que ainda perde seus futuros craques aos anos para o
exterior. Existem casos como o Vinícius Júnior e o Rodrygo que foram para
o Real Madrid, mas a maioria vai para a Ucrânia, Rússia, China...
Daí é grana. O moleque olha e não vê expectativa nenhuma. Ele quer ir para
fora. A Ucrânia é uma porta de entrada para Barcelona, Real, Bayer. Mas
https://outline.com/A4gRr5 4/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
tem uma coisa: veja o caso do Gerson, que fez o giro ao contrário. Ele saiu
do Fluminense com , anos, foi para Roma, terminou emprestado para
a Fiorentina e apostou em jogar no Flamengo. Porque ele tranquilamente
poderia jogar num time médio da Alemanha. Mas pensou grande. Ele topou
a proposta, não financeira, a proposta do jogo. Hoje, esquece Roma e
Fiorentina. Se o Gerson voltar para a Europa é para Real Madri, Juventus. O
Gerson representa uma mudança. Acho que essa volta do Gerson pode ser
uma chacoalhada na cabeça da garotada.
O sujeito precisa saber que não foi para o Real Madri porque faz a barba
legal. Ele faz a propaganda de aparelho de barba, porque joga no Real
Madri. Isso criou uma confusão na cabeça dos jogadores. Parece que eles
pensam assim, ‘eu sou tão celebridade quanto eu sou jogador’. Só que o
segredo do negócio é a bola, e eles estão deixando meio que a bola de lado.
https://outline.com/A4gRr5 5/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
Mas eu não estou cobrando de ninguém, cada um faz o que acha. Eu acho
que é um erro um jogador de futebol que tem essa visibilidade, que tem o
poder na voz muito forte, não falar nada. Isso me incomoda, mas é um
incomodo meu.
Por terem tão poucos que falam é que a entrevista sobre racismo do técnico
Roger Machado chamou tanta atenção?
https://outline.com/A4gRr5 6/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
Por que movimentos de jogadores como Bom Senso Futebol Clube não
deram certo?
A CBF teve três presidentes em sete anos. Dois deles presos e um que não
pode sair do país. Não seria um motivo para os jogadores de futebol falarem?
Claro, mas daí o cara tem medo de ser boicotado. Falar exige coragem. Veja
o caso da americana Megan Anna Rapinoe, que se recusou a ir à Casa
Branca cumprimentar o Trump. Aí, eu penso: os jogadores de futebol no
Brasil têm os mesmos princípios: não vou me envolver e não quero saber o
que está acontecendo no meu país.
https://outline.com/A4gRr5 7/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
primeira vez você saiu do Brasil sóbrio, permaneceu sóbrio e voltou para a
casa sóbrio.
Na hora, fiquei emocionado. Foi muito difícil alcançar aquilo. Eu não tinha
referência quando usava drogas. Fui me tratar, porque a minha família me
colocou numa clínica, porque se não me tratasse ia morrer. E depois que fiz
esse tratamento, que continua há dez anos, escrevi um livro (“Casagrande e
seus Demônios”). Não acho correto estar fazendo o meu tratamento e indo
bem sem que pudesse alertar aqueles que são dependentes como eu e que
ficam com medo de se tratar. Eu quero mostrar às pessoas que o tratamento
existe e tem uma luz no fim do túnel. Ela é longe para caraca! São dez anos
de tratamento e eu fico alerta o tempo todo.
https://outline.com/A4gRr5 8/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
que vou ao cinema e vou comprar droga. Então falo a verdade sempre,
mesmo que a verdade seja ruim pra mim.
Biografia
Cirurgias
Sócrates
Em nova parceria com Ribeiro, lança o livro “Sócrates & Casagrande, uma
história de amor”, em que evoca memórias da amizade com o também
craque do Corinthians.
“Copa sóbrio”
https://outline.com/A4gRr5 COPY
https://outline.com/A4gRr5 9/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O futebol para frente do Jesus vai mexer com o jeito da seleção jogar', diz Casagrande
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/A4gRr5 10/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
O GLOBO › Annotations
'Estou construindo a minha identidade negra', diz a atriz Taís Araújo Foto: Fernando Lemos / Agência O
Globo
A primeira pergunta de quase toda entrevista sua começa com “você foi a
primeira atriz negra a.., a primeira modelo negra a... ”. Qual é o peso de ser
a primeira?
https://outline.com/pCHbrG 1/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Durante muito tempo não queria tocar nesse assunto. Mas com a
maturidade entendi que isso tem importância. Qual era a referência negra
que tive na minha infância e adolescência? Nenhuma. Tenho essa lacuna na
construção da minha identidade, porque não via ninguém com as minhas
características ocupando vários lugares. Talvez esteja me tornando essa
pessoa que abre caminho para outras.
As duas coisas. Tem a questão das meninas olharem para mim e se sentirem
possíveis, mas a minha história pessoal é de exceção. Meu pai é economista,
minha mãe é pedagoga. São os únicos da família da faixa etária deles que
tem curso superior. Isso foi um diferencial gigantesco na minha família. A
educação dos meus pais é que fez a transformação. A minha irmã é médica,
eu sonhava em ser diplomata e sou atriz. Quando olho as mulheres parecidas
comigo, a maioria esmagadora não teve as possibilidades que eu tive. E
minha irmã é uma completa exceção na área dela.
Na linha da primeira atriz negra, você foi quem colocou os cabelos crespos
na novela das nove. A transição capilar virou um símbolo de afirmação?
A minha mãe passou henê no cabelo da minha irmã quando ela tinha
anos. Ela só soube como era o cabelo dela de verdade aos ! Como meu
cabelo era menos crespo, passei depois pela fase do alisante e só comecei a
transição capilar por acidente. Eu usava um aplique em uma novela, caiu
uma mecha, fiquei com medo e me assumi.
Mas hoje entendo que assumir o cabelo do jeito que ele é, apropriar-se das
suas origens, é honrar sua ancestralidade. Porque a história do Brasil é o
tempo todo a negação de ser brasileiro. Desde os povos indígenas, até as
https://outline.com/pCHbrG 2/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Não ceder a essa pressão é uma conquista. Entender esse nariz, esse cabelo,
essa cor, essa origem. Porque são anos negando as origens, uma vida inteira
desqualificando o negro, dizendo que é ruim, feio, que o legal é ser branco.
E você nunca vai ser branca.
https://outline.com/pCHbrG 3/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Quando olha para mim, imediatamente, a pessoa olha para minha cor e
imagina que tive uma infância paupérrima e que batalhei muito e que
arrastei muita corrente para estar aqui. Porque se não tiver esse background,
não sou merecedora. Aí você é metida.
A atriz Taís Araújo é um dos entrevistados da série Década de rupturas Foto: Fernando Lemos / Agência
O Globo
Uma vez, ouvi uma pessoa que trabalhou comigo “nossa, não conheço
nenhum negro bem-sucedido que não seja pretencioso”. E eu, “vem cá,
Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho por que vende
mais? Ou é você que não está acostumada a ver negros em posições em que
são de embate, de igual para igual, só em posição de subserviência e, quando
vê, acha que é prepotência?”. A pessoa não me respondeu até hoje.
https://outline.com/pCHbrG 4/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Sim, como é que a maioria da população vai se identificar com uma história
que não é possível para ela? Uma história que não conhece, não é a dele, do
vizinho dele, do primo dele. Depois da novela é que entendi que precisava
me reinventar enquanto artista. Entendi que o que eu tinha feito até ali
havia caducado.
Assim como a Alice no País das Maravilhas, eu tinha que diminuir para
poder crescer. Eu tinha de recuar e me entender e arriscar. Montei uma peça
chamada “Amores Perdas e meus Vestidos” do Jô Bilac. E eu me perguntava
“o que que tenho de diferente dessas pessoas do elenco? ” Era um elenco
todo branco. “Eu sou negra e isso é um ganho nas minhas personagens. Vou
trazer para o palco a minha história, e também a da minha mãe, da minha
tia, da minha avó, da minha vizinha, a história dessas mulheres que nunca
foram contadas”. Foi então que comecei a ler autoras negras, para pegar essas
https://outline.com/pCHbrG 5/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
A série Mister Brau (protagonizada por Taís e Lázaro Ramos) tem uma
evolução nítida sobre a presença negra na TV a partir da segunda temporada
O público quer se ver na TV. Eu e o Lázaro fomos o veículo, mas a gente foi
abrindo espaço para tornar a série mais brasileira. Todo mundo tinha voz nas
decisões. Vou contar uma história: um dia, um diretor de arte colocou um
prato pesado numa cena que parecia uma quentinha. Falei, “ah, esse prato
não é legal”. “Mas como, tem formato de quentinha e eles (os personagens
principais) vieram de Madureira?”, ele respondeu. Daí, eu levantei: “você
acha que o povo gosta de comer quentinha? Você acha mesmo que a pessoa
gosta de sair de Japeri, cinco horas da manhã, no trem, atravessar a cidade
inteira, trabalhar debaixo de sol, e correr o risco de meio-dia a quentinha
dele estar azeda? Comer quentinha é legal na Zona Sul, com salada de
quinoa”. Isso era a minha Michele Brau, uma personagem que andou muito
de metrô, mas não quer revisitar o pior da minha origem. Quer visitar o
melhor da sua origem, feliz com as suas qualidades, não querendo ser o que
o outro é.
https://outline.com/pCHbrG 6/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Tem tanta coisa mais parecida do que diferente, né. Mas a peça não é só
sobre a questão racial. Ela reforça as nossas escolhas enquanto artistas (dela e
de Lázaro Ramos). Eu sou a favor do afeto, porque não acredito no discurso
violento. Então, manter essa peça, tem uma coisa que alimenta as minhas
escolhas. E a temporada foi toda lotada, porque tem muita gente querendo
discutir o tema, uma tomada de consciência bonita. É um processo que o
Brasil ainda não chegou, de maturidade. De olhar pra sua história de
maneira madura e crítica. Tirar aquela coisa de brasileiro cordial. Parar de
tratar o Brasil-colônia com glamour, sabe?
No outro ataque era sobre uma palestra na qual você falava do risco de
qualquer garoto negro no Rio
https://outline.com/pCHbrG 7/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Versátil
Internacional
Ataque
https://outline.com/pCHbrG 8/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
Reconhecimento
Música
Nas telas
https://outline.com/pCHbrG COPY
https://outline.com/pCHbrG 9/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O medo não paralisa. Dá potência', diz Taís Araújo
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/pCHbrG 10/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
O GLOBO › Annotations
'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso Foto: Jorge William / Agência O
Globo
Por que hoje em dia é mais fácil para um brasileiro médio saber os nomes
dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal do que dos titulares da
seleção brasileira?
https://outline.com/BZGEjY 1/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
Na sua experiência, algum ministro teve o seu voto influenciado por estar
exposto às câmaras?
https://outline.com/BZGEjY 2/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
https://outline.com/BZGEjY 3/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
As pessoas não percebem que juízes não estão aqui para condenar ninguém.
Essa não é a função do Judiciário. A função do Judiciário é julgar,
condenando quando as provas produzidas segundo as regras legais e
constitucionais assim determinem, ou absolvendo, em caso contrário.
E aí entra outro aspecto: alguns juízes, com mais vocação política do que de
magistrado, assumem papel messiânico de responder aos apelos da sociedade
e, nisso, podem transformar o Judiciário em órgão de persecução penal, de
condenação. Nesse caso, corremos riscos de arbitrariedades a título de dar
satisfação à pressão de setores da opinião pública.
Em relação à Lava Jato, reservo-me a não dizer o que penso a respeito das
revelações do site e Intercept (sobre os vazamentos de diálogos dos
promotores obtidos ilegalmente por um hacker). Mas, se, por hipótese, as
revelações forem verdadeiras, a ilicitude na sua aquisição vai provocar uma
discussão que terminará no Supremo Tribunal Federal: embora como prova
ilícita não possam condenar ninguém, podem ser usadas para absolver
alguém? Ou para anular processo? O Supremo tem encontro marcado com
essa questão.
https://outline.com/BZGEjY 4/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
Qual sua avaliação sobre os juízes que entram na política, como o ministro
Sergio Moro, o governador Wilson Witzel, a senadora Selma Arruda?
Presidente do Supremo Tribunal Federal durante o histórico julgamento do Mensalão, Cezar Peluso é um
dos entrevistados da série Década de rupturas Foto: Jorge William / Agência O Globo
Mas isso pode de algum modo suscitar a suspeita de que alguns juízes
estariam mais propensos a tomar atitudes ditadas menos pela interpretação
da lei do que pelo impulso de exercer, ainda que inconscientemente, a
missão política de fazer revolução cultural ou social. Ao Judiciário não cabe
função primordial de combater a corrupção; isso é do objetivo e da
competência da polícia e do Ministério Público.
https://outline.com/BZGEjY 5/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso
Como assim?
Há setores que querem juízes justiceiros, mas noto uma saudável nostalgia
dos velhos juízes, recatados, circunspectos, dotados de gravidade, com uma
vida pública e privada irrepreensíveis, discretíssimos.
Presidente
Direitos
Eleições
Saída
https://outline.com/BZGEjY COPY
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/BZGEjY 10/10
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
O GLOBO › Annotations
'Há risco institucional e, até agora, pouca reação articulada a essas ameaças', afirma Sérgio Abranches
Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
https://outline.com/tWYqky 1/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
https://outline.com/tWYqky 2/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
gente que não sabe o que está falando. E os que sabem são uma minoria que
não vão vingar.
As menções ao AI- são feitas como ameaça. Nos dois casos referiam-se aos
protestos do Chile e prometiam o AI- se ocorresse algo assim por aqui. Por
outro lado, mostra que eles têm medo das ruas.
'Nossa história é de seguidores fiéis versus uma massa que rejeita esse líder', diz Sérgio Abranches Foto:
Fernando Lemos / Agência O Globo
É uma classe média que convive com o risco da demissão, sensível à inflação
e com visão de curto prazo, que produz uma memória curta também. Quer
dizer, eu me lembro das minhas aflições mais presentes. As minhas aflições
passadas já não lembro porque eu tenho mais com o que me preocupar.
Portanto, é uma nação que se desaponta rapidamente, muda de opinião
constantemente e culpa o establishment político por essa frustração
recorrente.
Talvez porque ela tenha sido espúria mesmo, né? Agora, a realidade é mais
sofisticada do que a noção de que um bando de ladrões entrou na política
para assaltar os cofres públicos.
Tem a ver com o nosso sistema institucional, que desde os militares está
baseado em um governo central que arrecada tudo, manda em tudo, e em
governos estaduais e municipais dependentes demais da União. Então, o
presidente é o que tem recursos para doar e os deputados e senadores são os
demandantes dessas verbas. Para se reeleger, eles precisam que o governo
federal atenda suas comunidades. E essa necessidade de atender os estados
produz uma distorção na função do Legislativo.
https://outline.com/tWYqky 5/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
Para isso era preciso que o candidato do PSDB não fosse o Alckmin e o PT
tivesse lançado o Haddad logo no começo. Mas a quantidade de condições
necessárias para manter a polarização PSDB-PT era tamanha que
provavelmente o Bolsonaro era mesmo inevitável.
Sim, nossa história é de seguidores fiéis versus uma massa que rejeita esse
líder.
https://outline.com/tWYqky 6/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
É cedo, muito cedo. Qualquer candidato que se apresente agora será alvo de
vários lados. É desgaste na certa. Antecipação de campanha nunca funciona
como os candidatos querem. A conjuntura é muito dinâmica. Pode
alavancar ou fazer naufragar os que se lançam afoitamente. Muita coisa pode
ainda acontecer, que crie condições propícias ao surgimento de uma
candidatura alternativa à polarização que elegeu Bolsonaro.
https://outline.com/tWYqky 7/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
ocupar a agenda legislativa não é só para aprovar as coisas que quer aprovar;
é para evitar que sejam aprovadas coisas que possam atrapalhar o seu
governo.
Falta coordenação?
O governo não tem base governista, por escolha. O presidente decidiu ficar
sem coalizão e, agora, sem partido. Está criando uma casca sem miolo com a
tal Aliança, se vai virar ou não um partido, a ver, a partir das próximas
eleições gerais. Sem coalizão, não se pode falar em base governista. O que
Bolsonaro tem é viabilizadores, políticos do DEM e do PSDB que usam sua
liderança, experiência e penetração entre os parlamentares para patrocinar
reformas, que o governo não se dispôs a articular e liderar. Mesmo revistas
ou até redigidas por deputados e senadores, elas vão para a conta do
presidente. Afinal, nosso regime é presidencialista e não parlamentarista.
Clima
História
https://outline.com/tWYqky 10/11
12/01/2021 Década de rupturas: 'Caminhamos para a paralisia do governo', afirma Sérgio Abranches
Intolerância
https://outline.com/tWYqky COPY
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/tWYqky 11/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
O GLOBO › Annotations
Ilan Goldfajn diz que os juros baixos vieram para ficar Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo
https://outline.com/VDNpUh 1/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
Esses dez anos foram uma década perdida, como os anos ?
Não, nós evoluímos nessa década. Voltamos a ter uma inflação de país
civilizado, entre e e finalmente nos transformamos em um país
normal em termos de taxa de juros. Também percebemos a necessidade de
um ajuste de despesa a longo prazo, avançamos na reforma da previdência.
Privacy Policy
00:00 20:38
https://outline.com/VDNpUh 3/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
O pior momento para um Banco Central é quando você tem uma inflação
muito alta com uma recessão muito grande, porque os sinais são
contraditórios. Uma recessão recomenda estímulo à economia (baixar a taxa
Selic), e uma inflação recomenda segurar (aumenta a taxa). A minha
responsabilidade era a de gerar credibilidade porque o ajuste de preços
naquele momento não era pela demanda, era porque as pessoas estavam
incertas sobre o que ia acontecer. As pessoas aumentavam os preços por uma
inércia da inflação passada.
https://outline.com/VDNpUh 4/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
O economista Ilan Goldfajn é um dos entrevistados da série Década de rupturas Foto: Fernando Lemos /
Agência O Globo
E era factível?
Foi uma situação difícil, porque foi contra o consenso. Todo mercado
defendia mudar a meta, mas eu achava que era melhor tentar, não cumprir e
explicar, do que iniciar a gestão com uma perda de credibilidade.
https://outline.com/VDNpUh 5/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
https://outline.com/VDNpUh 6/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
Em que momento que vocês perceberam que a queda dos juros era
irreversível?
A Selic caiu, mas a dona Maria quando olha o crediário, o cheque especial
ainda vê taxas de , . Por que essa queda demora tanto a chegar ao
consumidor?
Vou dividir a resposta em dois. Primeiro, onde além da Selic os juros caíram?
As grandes empresas vão para o mercado de capitais e pagam um pouco mais
que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), ou seja, nunca pagaram
tão pouco. Só para o governo, a queda nos juros vai provocar uma economia
de quase R bilhões. Para o consumidor, as taxas de hipoteca estão entre
e para dez ou trinta anos, as taxas de crédito consignado, de
financiamento agrícola, de financiamento de veículos, todas caíram.
Onde a queda dos juros não chegou? Onde não há garantias: empréstimos
pessoais, crédito para pequenas e médias empresas que tem mais dificuldade
de dar garantias. No Brasil, você consegue retomar centavos de cada real
emprestado, enquanto a média mundial é . Por isso, para quem tem
garantias, a queda dos juros chega mais rápido.
https://outline.com/VDNpUh 7/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
A queda dos juros básicos foi muito rápida, uma coisa fora do comum, mas
a queda dos juros da economia está ocorrendo e vai continuar ocorrendo,
mas é um processo.
Por décadas, se ouviu políticos dizerem que bastava um choque de juros para
fazer o Brasil crescer. É mais complicado?
É uma mudança dos motores. Por muitos anos, o governo era o motor do
gasto. Agora vai ter que ser o investimento privado, vai ter que ser o
consumo privado, vai ter que ser produtividade... Essa mudança é algo que
vai ocorrer, mas leva tempo. Leva tempo, porque ainda é preciso resolver
carga tributária, contencioso judiciário, infraestrutura.
economia?
Há muitos anos, quando acontecia uma crise, você tinha o risco Brasil
subindo, você tinha o câmbio subindo, a inflação subindo, estamos
acostumados a olhar o câmbio como termômetro do risco, mas às vezes o
câmbio não é um termômetro do risco. Esse patamar de juros bem menor,
tem uma implicação sobre a parte do câmbio que é determinada pelo fluxos.
Tem muito dinheiro que vem e que vinha para levar o retorno que a gente
aqui oferecia relativo ao retorno que as pessoas tinham lá fora. Trazer o
dinheiro de lá pra cá, ou arbitrar de cá pra lá, gerava uma quantidade de
recursos que levava o nosso câmbio a ser um câmbio mais baixo, mais
apreciado. Isso tornava o Brasil mais caro em dólares comparado com o resto
do mundo. Na medida que você resolve essa questão da composição fiscal
versus monetária, você tem uma nova estrutura de juros, é natural que você
tenha um novo patamar de câmbio. Você acabou com essa arbitragem. No
longo prazo, a média nos próximos dez anos vai ser de um câmbio mais
depreciado do que a média dos últimos dez anos.
Por que os investidores locais estão tão mais otimistas que os estrangeiros
sobre o Brasil?
https://outline.com/VDNpUh 9/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
Mas o Brasil não pegou o bonde atrasado demais, ou seja, estamos fazendo
reforma em um momento em que a perspectiva mundial é de um
crescimento mais baixo, com a briga EUA-China, Brexit, desaceleração da
China?
Depende. As condições da queda dos juros estão dadas. Mas temos o setor
público com muitas dificuldades. Precisamos de várias reformas que
demoram... no curto prazo, podemos dobrar o crescimento de hoje, mas é
de a , ano. Agora, em cinco, seis, dez anos, estaremos em outro
patamar. Porque não é só a reforma da Previdência, o novo patamar de juros,
https://outline.com/VDNpUh 10/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Os juros baixos vieram para ficar e mudar a economia’ , diz Ilan Goldfajn
a reforma tributária, é o acúmulo de mudanças que vai nos levar para outro
patamar.
E o risco político?
https://outline.com/VDNpUh COPY
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/VDNpUh 11/11
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
O GLOBO › Annotations
Marcelo Odebrecht concedeu entrevista em dois dias em sua casa em São Paulo Foto: Fernando Lemos /
Agência O Globo
RIO — Preso por dois anos e cinco meses em Curitiba, condenado a mais
de anos de cadeia por corrupção, o engenheiro Marcelo Odebrecht, hoje
com anos, virou o símbolo da Operação Lava-Jato. Nunca antes um
empresário tão poderoso havia sido alvo de uma ação tão dura. Em sua casa,
em São Paulo, Odebrecht recebeu O GLOBO por duas ocasiões. Com
limitações legais para falar sobre processos em andamento e em meio à
disputa familiar sobre o futuro do grupo, ele contou como a empresa tinha a
prática de fazer pagamentos não contabilizados — não apenas para
campanhas eleitorais —, detalhou seu papel na “conta italiano”, exclusiva de
recursos para o PT e o Instituto Lula. “Sempre fomos tolerantes com o caixa
https://outline.com/fUZ6pY 1/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Para os seus negócios, fazia diferença contratar o ex-presidente Lula para dar
palestras?
Sim, fazia diferença, mas nós tínhamos uma situação ambígua. Por um lado,
Lula tinha uma enorme influência e era muito querido, tanto na América
latina como na África. Por outro lado, ao contrário da maior parte das nossas
competidoras, nós já estávamos presentes nesses países. Neste sentido, a
https://outline.com/fUZ6pY 2/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
presença de Lula nos trazia algum desconforto porque a intenção dele era
abrir o mercado para todas as empresas brasileiras. Nós então procurávamos
influenciar as pessoas no entorno do Lula, e preparávamos notas detalhando
a nossa operação para que no momento em que ele fosse defender as
empresas brasileiras, não o fizesse de uma maneira tão genérica que pudesse
passar a impressão ao governo local que estava despriorizando a única
empresa brasileira que já estava presente naquele país há muito tempo.
Discordo. Não havia uma preferência nem de Lula, nem de Dilma para fazer
tal empresa crescer. O que havia eram políticas públicas influenciadas e
disputadas por vários setores e empresas. A Odebrecht já era, desde a década
de , a maior exportadora de serviços do Brasil. No governo Lula houve
uma boa política pública de incentivo à exportação de serviços e nós, pela
nossa presença internacional, fomos os maiores beneficiários. Jorge Paulo
Lemann: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação'
https://outline.com/fUZ6pY 3/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Tenho minha responsabilidade. Nem eu, nem outros líderes da empresa nos
eximimos. Muitos de nós tivemos a coragem de assumir nossos erros, e
estamos pagando por isto.
É fácil dizer que o que quebrou a Odebrecht foi a Lava-Jato. Sim, a Lava-
Jato foi o gatilho para nossa derrocada, mas a Odebrecht poderia ter saído
dessa crise menor, mas mais bem preparada para um novo ciclo de
crescimento sobre bases até mais sustentáveis. Só que nós não soubemos
conduzir o processo da Lava-Jato. A Odebrecht quebrou por manipulações
internas, não apenas pela Lava-Jato.
https://outline.com/fUZ6pY 4/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Quando uma empresa que atua em vários países decide colaborar com a
Justiça, ela tem que conduzir um acordo global, conciliando o timing em
cada país. A partir do momento em que a Odebrecht decidiu fechar acordo
no Brasil, precisava colaborar também nos Estados Unidos, na Suíça, porque
uma parte dos pagamentos indevidos passaram por lá, mas também nos
demais países em que atuávamos: Peru, Panamá, República Dominicana,
Equador... Por isso, o negociado com a força-tarefa de Curitiba pressupunha
um sigilo em relação aos fatos no exterior.
https://outline.com/fUZ6pY 5/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht é um dos entrevistados da série Década de rupturas Foto: Fernando Lemos / Agência
O Globo
Isto deve ser objeto de investigação por parte das autoridades, a quem caberá
denunciar os responsáveis.
https://outline.com/fUZ6pY 6/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
“Se eu disser que era necessário (pagar no caixa dois), estaria mentindo.
Havia empresas que corretamente não aceitavam fazer. Nós, porém,
sempre fomos tolerantes com o caixa dois”
A própria empresa, por sua vez, também não queria aparecer, porque havia
uma criminalização na mídia com relação às contribuições oficiais de
campanha. Posso me estender aqui por inúmeras justificativas que nos
levavam a optar pelo caixa dois e todas elas têm um erro comum: tiravam a
transparência e a legitimidade de nossas relações. Mesmo que grande parte
das relações políticas não envolvessem um toma lá, dá cá, a existência do
caixa dois tirava da sociedade o direito de fazer um julgamento.
https://outline.com/fUZ6pY 7/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
https://outline.com/fUZ6pY 8/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Prefiro não entrar no caso específico de temas que fazem parte de ações
penais em andamento. De maneira geral, era um registro de um lado dos
valores de contribuição que eu e meu pai acertávamos com os governos do
PT, e de outro dos pagamentos que eles pediam. Era uma conta fictícia na
qual debitávamos os pagamentos que nos eram solicitados primeiro por
Antonio Palocci e depois por Guido Mantega para atender os interesses do
PT e, dentro dos interesses do PT, do Instituto Lula.
https://outline.com/fUZ6pY 9/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
um antigo diretor nosso que dizia: “Enquanto tiver bala, atire”. E é isso que
temos que fazer.
Um dos pontos positivos dessa década é que sairemos dela com menos
governo. Quanto menos o empresário tiver que viajar para Brasília para
defender seus interesses, quanto menos governo tiver dificultando a vida do
empresário, - aquela dificuldade criada para vender facilidade - menos
problemas teremos. A melhor maneira que você tem de evitar de ter relações
indevidas entre a iniciativa privada e o governo é ter menos governo
Bonança
Sinal amarelo
https://outline.com/fUZ6pY 10/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht é preso pela Polícia Federal. Seis meses após a prisão,
renuncia à presidência da empresa.
Sentença
Mais Lava-Jato
Na Justiça
Retorno
https://outline.com/fUZ6pY COPY
https://outline.com/fUZ6pY 11/12
12/01/2021 Década de rupturas: ‘Desde os anos 80, a Odebrecht fazia pagamentos não declarados, diz Marcelo Odebrecht
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/fUZ6pY 12/12
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
O GLOBO › Annotations
O empresário Jorge Paulo Lemann, em março de Foto: Marcos Alves / Agência O Globo
RIO - Homem mais rico do Brasil, o investidor carioca Jorge Paulo Lemann
revolucionou a gestão empresarial com o seu foco em metas, resultados e
prêmios baseados em meritocracia. Agora, tenta repetir o feito no setor
público.
Através da Fundação com seu nome, Lemann criou projeto para replicar a
experiência de Sobral, a cidade cearense de resultados acadêmicos
consistentes, concede bolsas para servidores públicos e financia grupos de
renovação na política.
https://outline.com/tM4e4V 1/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
O Brasil briga demais. Briga-se muito na política. Isso é ruim. Esse clima
todo de divergência impede a produção de consensos. Todo mundo
concorda que o Estado é ineficiente e perdulário, mas por que não é possível
sentar e descobrir consensos básicos de como fazer o Estado entregar serviços
públicos de maior qualidade? Todo mundo concorda que é preciso investir
mais e melhor na educação, mas como fazer a decisão certa com tanta briga?
O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação.
Não tem atalho para o Brasil crescer no longo prazo fora de oferecer uma
educação de qualidade para todas as crianças. País bom é onde as pessoas
têm a mesma oportunidade. É a educação é que gera oportunidade. Nós
temos que educar melhor todas as nossas crianças brasileiras. A possibilidade
https://outline.com/tM4e4V 2/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
É possível que o Brasil nunca vire uma Singapura, mas já seria ótimo virar
uma grande Sobral (cidade cearense com bons índices de educação).
Privacy Policy
Nomes como Marcelo
Odebrecht, Lemann, Villas…
00:00 20:38
Quer ver três coisas que funcionam bem no Brasil? A educação em Sobral, o
vôlei do Bernardinho e Zé Roberto e a Ambev. São três exemplos
brasileiríssimos de metas, cobranças e foco. Por que não podemos atingir
esta excelência em todos os setores do País?
https://outline.com/tM4e4V 3/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
Os três exemplos que o senhor deu lembram os mesmos eixos do que ficou
conhecido como cultura da G, a companhia de private equity, na qual o
senhor é sócio com o Marcel Telles e o Carlos Alberto Sicupira.
ESCUTE JÁ
Esclareça suas dúvidas sobre a vacin
25:40
O senhor falou do que deu certo. O que da cultura G não funciona mais?
https://outline.com/tM4e4V 4/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
os dias, querem que seja entregue de uma forma mais fácil. Nós realmente
temos que nos adaptar.
https://outline.com/tM4e4V 5/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
Os outros países também têm confusão, tem briga politica, mas eles se unem
para resolver alguns pontos. Tem vários países asiáticos mais pobres do que
nós, mas que estão na nossa frente em termos de Educação. A Malásia, por
exemplo, está atacando a questão da educação.
Como empresário, o senhor manteve uma posição politica discreta. Por que
hoje está ajudando pessoas a entrar na política?
Quando eu era jovem, era o tempo dos militares, ninguém nem olhava a
política. E eu queria ficar rico. Hoje, talvez eu me interessasse pela política.
https://outline.com/tM4e4V 6/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
a ONG criada pela Joice Toyota, que ajuda prefeituras e governos de todos
os partidos a contratar pessoas com os melhores critérios profissionais. É
uma headhunter de graça para o serviço público. Na Fundação, chamamos o
ex-prefeito de Sobral, Veveu Arruda, do PT, amigo dos irmãos Gomes, para
montar um projeto para replicar a experiência de sucesso de Sobral em
outras cidades brasileiras com menos de mil habitantes. Estamos
testando atualmente em cidades com prefeitos de vários partidos que tem
interesse no programa. Se der certo, vamos fazer mais cidades.
Isso não existe. Eu não influencio ninguém, não digo a ninguém como deve
votar, não vou me meter em política partidária. Ajudamos os movimentos de
renovação na política porque acreditamos que a política é importante. A
minha intenção é ajudar em termos de consensos.
A Tábata é jovem, tem anos. O Eduardo Leite tem . Eles têm uma vida
pela frente.
https://outline.com/tM4e4V 7/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
E o Luciano Huck?
O rumo do Paulo Guedes está correto. Poderia ter menos agito na parte
política.
Expansão
Fome de negócios
Instável
Bolsas
No topo
https://outline.com/tM4e4V 8/9
12/01/2021 Década de rupturas: 'O Brasil precisa brigar menos e investir mais em educação', diz Jorge Paulo Lemann
https://outline.com/tM4e4V COPY
H O M E · T E R M S · P R I VAC Y · D M C A · CO N TAC T
https://outline.com/tM4e4V 9/9