Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2019
RESUMO
Os cuidados médicos paliativos representam uma área da medicina em expansão
no mundo todo. Entretanto, em função das dificuldades relacionadas ao tratamento
e das diversas crenças ou assertivas equivocadas associadas à sua utilização,
muitas vezes são os cuidados são relegados a um momento tardio, o que pode
dificultar a manutenção de qualidade de vida do paciente. Este trabalho busca
analisar as influências das crenças dos profissionais de saúde envolvidos no
processo de assistência ao paciente em uma situação de seguimento em Cuidados
Paliativos, particularmente em situações de tomada de decisões, objetivando a
manutenção da qualidade de vida e dos resultados do tratamento.
Foram analisados 109 artigos (PubMed: 107; PsycNet: 2). Destes, 35 foram
incluídos na revisão. Os resultados indicam que em muitas situações as crenças,
técnicas e pessoais, dos profissionais de saúde, bem como dos pacientes, podem
influenciar negativamente e alterar condutas, prognósticos e planos de tratamento,
com repercussões sobre a qualidade de vida do paciente e nos resultados do
próprio tratamento. A revisão aponta uma carência de estudos que abordam a
influência dos sistemas de crenças dos profissionais que atuam com paciente em
regime de cuidados paliativos, sendo que a maioria dos ensaios e artigos
pesquisados foram delineados especificamente sobre os sistemas de crenças
religiosas e espiritualidade.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Cuidados Terminais, Crenças Profissionais,
Tratamento médico
ABSTRACT
Palliative care represents a worldwide medicine expanding area. However, due to
treatments related difficulties and various mistaken assertions or beliefs associated
with their use, the cares are often delayed to a later time, which may make them
difficult to keep the patient's life quality. This study aims to analyze the health
professionals’ influences beliefs involved in the process of patient care in a
Palliative Care follow-up situation, particularly in decision-making situations, aiming
to maintain life quality and treatment outcomes.
A total of 109 articles were analyzed (PubMed: 107; PsycNet: 2). Of these, 35 were
included in the review. The results indicate that in many situations the health
professionals’ beliefs, both technical and personal, as well as patients beliefs, can
negatively influence and change behaviors, prognoses and treatment plans, with
repercussions on the patient 's life quality and the results of the treatment itself. The
review points to a lack of studies that address the influence of technical belief
systems that work in palliative care, with the majority of essays and articles being
researched specifically on religious beliefs and spirituality systems.
Keywords: Palliative Care, Terminal Care, Professional Beliefs, Medical Treatment
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - ---------------------------------------------------- 9
TABELA 2- ---------------------------------------------------- 18
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------- 6
2. OBJETIVO GERAL --------------------------------------------- 7
3. METODOLOGIA ------------------------------------------------- 7
3.1. ESTRATÉGIA DE BUSCA --------------------------- 8
4. RESULTADOS --------------------------------------------------- 8
5. DISCUSSÃO ------------------------------------------------------ 9
6. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------19
6
1. Introdução
Uma crença, em um sentido geral, é uma atitude de adesão a uma proposição (sob
a forma de enunciado ou de representação) cuja verdade nem sempre pode ser
demonstrada. A crença se baseia, de um lado em elementos de conhecimento, e
de outro num sentimento subjetivo ou experimental da ordem da asserção.
Didaticamente podemos dividir as crenças em três graus sendo:
1)no grau inferior situa-se a opinião, crença que não atribui aos conhecimentos
senão um caráter provável e que não exclui uma reserva na adesão (dúvida).
2)No grau intermediário situa-se a crença propriamente dita, ou adesão que exclui
a dúvida (é uma “certeza”), mas que não se baseia em conhecimentos científicos:
pode ser da ordem do delírio ou da alucinação; pode ser fundada em valores
morais ou religiosos socialmente legitimados (mitos, fé); pode também proceder
dos saberes do “senso comum" ou conhecimentos ad hoc elaborados em função
de interesses individuais ou de exigências sociais.
3) No grau superior está o "saber'', crença decididamente assertiva e fundada em
conhecimentos socialmente reconhecidos como o científico (ainda que nem sempre
demonstráveis).
Por sua vez, em epistemologia, utiliza-se o termo "crença" para se referir a atitudes
pessoais associadas a ideias e conceitos verdadeiros ou falsos. No entanto e
nesse contexto epistemológico, uma "crença" não requer introspecção ativa e
circunspecção. Por exemplo, dificilmente ao observar um paciente recostado em
uma cama hospitalar e de olhos fechados, se presume que o mesmo possa estar
em óbito.
As crenças representam um papel preponderante na criação de comportamentos
pela repetição de resultados em experiências restritas ou simplificadas. Isso implica
em que, enquanto não houver uma evidência substancial de que os pressupostos
que sustentam a proposição estejam equivocados, a mesma permanecerá ativa e
frequentemente despercebida.
Em uma exposição mais simplificada, uma crença é uma atitude comportamental
que pode ser definida etimologicamente como “dar crédito a” ou, “transmitir” valor a
partir de si mesmo a um objeto, declaração, proposição ou experiência”.
Complementarmente, e de forma mais abrangente, uma crença inclui noções
intuitivas sobre experiências factuais ou consensuais, consideradas verdadeiras, e
seu entendimento sobre as mesmas.
Como essas crenças transformam-se rapidamente em comportamentos padrão ou
protocolos, o seu desconhecimento pode afetar significativamente o atendimento
na terminalidade de pacientes. A maneira pela qual médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, psicólogos abordam pacientes em processo terminal, bem como
elegem as estratégias paliativas e as formas pelas quais os profissionais são vistos
por esses pacientes, pode fazer uma diferença significativa no conforto e bem-estar
7
relativos experimentados nos períodos que precedem o desenlace. Abordagens
técnicas e frias, diretas podem por sua vez ser justificadas por mecanismos de
defesa dos profissionais e serem aceitas sem a percepção de que passaram a
constituir crenças ativas no comportamento do corpo funcional.
As crenças também possuem suas raízes na cultura e é possível afirmar que o
sujeito, ao mesmo tempo em que possui determinadas crenças e tende a agir de
acordo com elas, é também, em certa maneira, tomado por suas crenças,
passando assim a pensar e a enxergar o mundo através delas. Neste aspecto, a
crença é ao mesmo tempo uma forma de guiar as condutas e também de limitá-las.
2. Objetivo Geral
3. Metodologia
4. Resultados Obtidos
5. Discussão.
O diagrama de Venn da Figura 1 apresenta o mapeamento da interseção entre
crenças e verdades ou fatos consensuais. Por sua vez, o meio ambiente
profissional biomédico, e a formação acadêmica, implica em uma vasta rede de
conhecimentos técnicos que tendem fortemente a ter proposições aceitas por
delegação de autoridade, advinda de professores e mestres. Assim é que, fora
pesquisas de doutorado e pós-doutorado, conhecimentos tácitos como as bombas
de sódio potássio na transmissão de impulsos nervosos, ou a estrutura molecular
do DNA, são aceitos como verdadeiros sem que os alunos tenham executado as
experiências em si que os demonstram. Procedimentos e condutas, bem como
expectativas diagnósticas acabam sendo também sendo aceitas como protocolos
baseados em estatísticas, nem sempre submetidas a uma meta análise, e que
respaldariam a sua adoção.
10
Cuidados paliativos são definidos como cuidados ativos e totais voltados para
pacientes cujas doenças não respondem mais a tratamentos curativos e têm o
objetivo de proporcionar a melhoria da qualidade de vida destes indivíduos, bem
como de seus familiares, por meio do alívio da dor e de seus problemas
biopsicossociais e espirituais. Constituem-se como uma abordagem especializada
que auxilia os indivíduos na vivência e no enfrentamento da morte da melhor forma
possível.
O planejamento de cuidados envolve a estruturação de condutas, protocolos,
diretrizes e tomada de decisões, que podem ser executadas por outros, se um
paciente ficar doente demais e ficar impedido de exercer sua autonomia e ditar as
suas próprias decisões [7]. Reconhecendo os muitos benefícios dos cuidados
paliativos para pacientes [8-12] e também para os profissionais que estão
envolvidos no processo de cuidar [10, 12, 13], diretrizes clínicas recomendam a
introdução precoce de cuidados paliativos, desde o diagnóstico inicial até as fases
mais críticas de dependência e terminalidade [6].
Frequentemente, cuidados paliativos permanecem sendo subutilizados, ou
iniciados de forma tardia, quando a doença já se encontra em estágio avançado
[14-17].
Avaliando preliminarmente pelo lado do paciente, ser diagnosticado com uma
doença grave e possivelmente incurável muitas vezes coloca os pacientes e seus
familiares em condições de extrema vulnerabilidade e em estado de indecisão com
inseguranças em tomar decisões difíceis sobre os cuidados de saúde, acerca dos
quais não possuem conhecimento prévio ou experiência.
Os pacientes e familiares esperam que aqueles que lhes provêm alguma forma de
cuidado, experimentem sentimentos de conexão com as opções de tratamento e
consequentes resultados, aqui referidos como crenças ou previsões afetivas, que
constituem elementos que podem influenciar a tomada de decisão relacionada ao
cuidado e os efeitos do tratamento.
11
No entanto, evidências sugerem que as crenças, tanto as pessoais, sociais e
profissionais, são muitas vezes sistematicamente tendenciosas [1-3]. Em doenças
diagnosticadas como terminais as decisões relacionadas aos princípios dos
cuidados paliativos (CP) e planejamento de cuidados, podem ser particularmente
suscetíveis a vieses de previsão [4, 5].
No entanto, cuidados paliativos ainda permanecem subutilizados ou iniciados
tardiamente, fato associado a perpetuação de modelos de atenção à saúde
fragmentados e baseados na doença, na cura e na utilização desenfreada de
tecnologia, distanciando-se do componente bio-psico-socio-espiritual do paciente,
negligenciando-se anseios, vontades, desejos, medos, expectativas, valores,
biografias e crenças. [14-17]. Isso resulta, predominantemente por parte da equipe
multiprofissional envolvida, em manejo inadequado dos sintomas, maior dificuldade
em lidar com a doença e cuidados profissionais que não estão alinhados com os
objetivos e valores dos pacientes.
Preconceitos, crenças ou previsões afetivas estão entre as várias barreiras que
podem impedir o início de cuidados paliativos. Outras barreiras incluem restrições
da força de trabalho [18], estigmas [19] e percepções equivocadas [19]).
Pelo lado do profissional envolvido, construir um plano de cuidados que descreve
as preferências de cuidados paliativos, requer do profissional que atua no cuidado
a previsibilidade de rever os seus valores, crenças pessoais e técnicas, bem como
reações afetivas em relação a um prognóstico de evolução da doença.
Este artigo aplica os resultados das pesquisas para gerar novos insights sobre o
papel desempenhado pelas crenças nas deliberações do corpo multiprofissional
sobre cuidados paliativos, informando assim os esforços para otimizar a adoção
precoce de cuidados paliativos, aumentar a eficácia, além da eficiência dos
cuidados concordantes e buscar aliviar as consequências da doença.
6 Considerações Finais
Esta revisão sugere que a influência de crenças técnicas não religiosas sobre os
profissionais de saúde envolvidos no processo de cuidar, juntamente com
conceitos derivados das ciências do comportamento e observações empíricas,
podem facilitar ou dificultar tanto o manejo de condutas paliativas como a tomada e
interpretação de decisões, a implementação precoce de condutas, a escuta e o
acolhimento, e a deliberação compartilhada de decisões difíceis.
Referências Bibliográficas
29. Ditto PH, Hawkins NA, Pizarro DA. Imagining the End of Life: On the
Psychology of Advance Medical Decision Making. Motiv Emot 2005; 29:475-496.
30. HalpernSD, Loewenstein G, Volpp KG, et al. Default options in advance set
goals for end-of-lifecare. Health Aff 2013; 32:408-417.
31. Brinkman-Stoppelenburg A, RietjensJA, van der Heide A. The effects of
advance care planning go end-of-life care: a systematic review. Pall Med 2014;
28:1000-1025.
32. Schenker Y, White DB, Arnold RM. Whats hould be the goal of advance care
planning? JAMAInternMed2014; 174:1093-1094.
33. Pedersen AE, Hack TF, McClement SE, Taylor-Brown J. An exploration of
the patient navigator role: perspectives of younger women with breast cancer.
Oncol Nurs Forum. 2014.
34. HalkettGK, KristjansonLJ, LobbEA. ‘If we get too close to your bones they'll
go brittle’: Women's in it fears about radiotherapy for early breast cancer. Psycho-
Oncology2008; 17:877- 884.
35. Smith WB,Gracely RH, Safer MA. The meaning ofpain: cancer patients'
rating and recall of pain in tensity and affect. Pain. 1998; 78:123-129.
36. Lobb E, Clayton J, Price M. Suffering, loss and grief in palliative care. Aust
FamPhysician2006; 35:772.
37. Saraiya B, Arnold R, TulskyJA. Communication skills for discussing treatment
options when chemotherapy has failed. Cancer J Sci Am2010; 16:521-523.
38. PassikSD, Kirsh KL, Rosenfeld B, McDonald MV, Theobald DE. The change
a ble nature of patients' fears regarding chemotherapy: implications for palliative
care. J PainSymptomManage2001; 21:113-120.
39. Flemming K. The Use of Morphine to treat Cancer-Related Pain: A Synthesis
of Quantitative and Qualitative Research. J Pain Symptom Manage2010; 39:139-
154.
40. Reid CM, Gooberman-Hill R, Hanks GW. Opioid analgesics for cancer pain:
symptom control for the living orcomfort for thedying? A qualitative study to
23
investigate the factors influencing the decision to accept morphine for pain caused
by cancer. Ann Oncol 2008; 19:44-48.
41. Kendall M, Carduff E, Lloyd A, et al. Different experiences and goals in
different advanced diseases: Comparing serial interviews with patients with cancer,
organ failure, or frailty and their family and professional carers. J
PainSymptomManage2015; 50:216-224
42. Schulman-Green D, Bradley EH, Nicholson Jr NR, et al. Onestepat a time:
Self-management and transitions among women with ovarian cancer. in Oncology
Nursing Forum. 2012. NIH Public Access.
43. Stephens JD, NealDS, Overman AA. Closing the empathy gap in college
students' judgment so fend-of-life trade offs. International J Psychol2014; 49:313-
317.
44. Hui D. Unexpected death in palliative care: what to expect when you are not
expecting. Curr Opin Support Palliat Care 2015; 9:369.
45. Kars MC, Grypdonck MH, Beishuizen A, Meijer-van denBerghEM, vanDelden
JJ. Factors influencing parental readiness to let their child with cancer die. Pediatr
Blood Cancer 2010; 54:1000-1008.
46. Miccinesi G, Caraceni A, Maltoni M. Palliative sedation: ethical aspects.
Minerva Anestesiol. 2017; 83:1317-1323.
47. Sutherland N. The meaning of being in transition to end-of-life care for female
partners of spouses with cancer. Palliat Support Care 2009; 7:423-433.
48. Tong E, Deckert A, Gani N, et al. The meaningof self-reported death anxiety
in advanced cancer. Pall Med 2016; 30:772-779.
49. Miller DK, Chibnall JT, VideenSD, DuckroPN. Supportive-affective group
experience for persons with life threatening illness: reducing spiritual, psychological,
and death related distress in dying patients. J Pall Med 2005; 8:333-343.
50. Coelho A, Barbosa A. Family anticipatory grief: An integrative literature
review. Am J Hosp Palliat Care 2016; 34:774-785.
51. PadgettLS, Ferrer RA. Palliative care in cancer: Enhancing our view with the
science of emotion and decision making. J Pall Med 2015; 18:479-479.
52. Dev R, Coulson L, Del Fabbro E, et al. A Prospective Study of Family
Conferences: Effects of Patient Presence on Emotional Expression and End-of-life
Discussions. J Pain Symptom Manage. 2013; 46:536-545.
53. RedinbaughEM, Baum A, DeMoss C, Fello M, Arnold R. Factors Associated
with the Accuracy of Family Care giver Estimates of Patient Pain. J Pain Symptom
Manage. 2002; 23:31-38.
54. Ferrer RA, PadgettLS. Leveraging affective Science to Maximize the
Effective ness of Palliative Care. J Clin Oncol. 2015; 33:4229-4230.
24
55. Sela RA, Bruera E, Conner-Spady B, Cumming C, Walker C. Sensory and
affective dimensions of advanced cancer pain. Psycho-Oncology. 2002; 11:23-34.
56. Chapman KJ, Pepler C. Coping, hope, and anticipatory grief in family
members in palliative home care. Cancer Nurs. 1998; 21:226-234.
57. Maguire P, Walsh S, Jeacock J, Kingston R. Physical and psychological
needs of patients dying from colorectal cancer. Pal lMed1999; 13:45-50.
58. KwonJH. Overcoming Barriers in Cancer Pain Management. J Clin
Oncol2014; 32:1727-1733.
59. Johansson ÅK, Grimby A. Anticipat or grief among close relatives of patients
in hospice and palliative wards. Am J HospPalliat Care2012; 29:134-138.
60. Tomlinson D, Bartels U, Gammon J, et al. Chemotherapy versus supportive
care alone in pediatric palliative care for cancer: comparing the preferences of
parents and health care professionals. Can Med Assoc J 2011;110392.
61. UllrichCK, Rodday AM, Bingen KM, et al. Threesidesto a story: Child, parent,
and nurse perspectives on the child's experience during hematopoietics tem cell
transplantation. Cancer 2017; 123:3159-3166.
62. Kim SH, HwangIC, Ko KD, et al. Association between the emotional status of
family care givers and long the of stay in a palliative care unit: a retrospective study.
Palliat Support Care2015; 13:1695-1700.
63. Henselmans I, van Laarhoven HWM, de Haes H, et al. Training for medical
oncologist son shared decision-making about palliative chemotherapy: A
randomized controlled trial. Oncologist 2018.
64. Richardson K, MacLeod R, Kent B. A Study an approach to an empathic
understanding of hope among patients and clinicians in the culture of palliative care.
J AdvNurs. 2012; 68:686-694.
65. Kruijver IP, Kerkstra A, BensingJM, van de WielHB. Nurse–patient
communication in cancer care: a review of the literature. CancerNurs2000; 23:20-
31.
66. Mirlashari J, Warnock F, Jahanbani J. The experiences of under graduate
nursing students and self reflective accounts of first clinical rotation in pediatric
oncology. J Nurs Educ Pract. 2017; 25:22-28.
67. Sinclair S, Beamer K, Hack TF, et al. Sympathy, empathy, and compassion:
A grounded the or study of palliative care patients’ understandings, experiences,
and preferences. PallMed2017; 31:437-447
68. HalpernSD. Shaping end of life care: Behavioral economics and advance
directives in seminars in respiratory and critical care medicine. 2012.Thieme
Medical Publishers.
25
69. Winter L, Moss MS, Hoffman C. Affective fore casting and advance care
planning: Anticipating quality of life in future health statuses. J Health Psychol2009;
14:447-456.
70. Gready RM, Ditto PH, DanksJH, et al. Actual and perceived stability of
preferences for life-sustaining treatment. J Clin Ethic. 2000; 11:334-346.
71. MaciejewskiPK, Prigerson HG. Emotional numbness modifies the effect of
end of life discussions on end of life care. J Pain Symptom Manage. 2013, 45:841-
847.
72. Chochinov HM, Tataryn D, ClinchJJ, Dudgeon D. Will to live in the terminally.
Lancet 1999; 354:816-819.
73. Ubel PA, Jankovic A, Smith D, Langa KM, Fagerlin A. What is perfect health
to an 85-year-old? Evidence for scale recalibration in subjective health ratings.
MedCare2005; 43:1054-1057.
74. Frederick S, Loewenstein G. HedonicAdaptation. Well-being: The
foundations of hedonic psychology 1999;302-29.
75. Gotwals P, Cameron S, Cipolletta D, et al. Prospects for combining targeted
and convention al cancer therapy with immunotherapy. Nat Rev Cancer. 2017;
17:286-301.
76. Hudson B, Zarifeh A, Young L, Wells JE. Patient’s expectations of screening
and preventive treatments. Ann Fam Med. 2012; 10:495-502.
77. WeinfurtKP, CastelLD, Li Y, et al. The correlation between patient
characteristics and expectations of benefit from Phase I clinical trials. Cancer 2003;
98:166-175.
78. Shaffer VA, Focella ES, Scherer LD, Zikmund-Fisher BJ. Debi asing affective
for casting errors with targeted, but not representative, experience narratives.
Patient Educ Couns2016; 99:1611-1619.
79. Scheunemann LP, Arnold RM, White DB. The facilitated values history:
Helping surrogates make authentic decisions for incapacitated patients with
advanced illness. Am J Respir Crit Care. 2012; 186:480-486.
80. Chochinov HM, Hack T, Hassard T, et al. Dignity therapy: A novel
psychotherapeutic intervention for patients near the end of life. J 2005; 23:5520-
5525.
81. Chochinov HM, KristjansonLJ, Breitbart W, et al. Effect of dignity therapy on
distress and end of life experience in terminally patients: a randomized controlled
trial. Lancet Oncol. 2011; 12:753-762.
82. Periyakoil VS, Neri E, Kraemer H. Common item son a bucket list. J Pall Med
2018;
26
83. Van Boven L, Loewenstein G. Social projection of transient drive states. Pers
Soc Psychol Bull. 2003; 29:1159-1168.
84. Todd AR, Forstmann M, Burgmer P, Brooks AW, Galinsky AD. Anxious and
egocentric: How specific motions influence perspective taking. J ExpPsycholGen
2015; 144:374-391.
85. Fagerlin A, Ditto PH, DanksJH, Houts RM. Projection in surrogate decisions
about life sustaining medical treatments. Health Psychol2001; 20:166.
86. Shalowitz DI, Garrett-Mayer E, Wendler D. The accuracy of surrogate
decision makers: A systematic review. ArchInternMed2006; 166:493-497.
87. Ditto PH, DanksJH, SmuckerWD, et al. Advance directives as acts of
communication: A randomized controlled trial. ArchInternMed 2001; 161:421-430.
88. Singer PA, Martin DK, LaveryJV, et al. Reconceptualizing advance care
planning from the patient's perspective. ArchInternMed1998; 158:879-884.
89. Loewenstein G, Schkade D. Wouldn't it benice? Predicting future feelings. in:
Kahneman D, Diener E, Schwarz N, eds. Wouldn't it benice? Predicting future
feelings. Russell Sage Foundation Press: New York, NY, 1999:85-103.
90. Peters E, Klein W, Kaufman A, Meilleur L, Dixon A. More is not always better:
Intuitions about effective public policy can lead to unintended consequences.
SocIssuesPolicyRev2013; 7:114- 148.
91. Fagerlin A, Schneider CE. Enough: The failureofthe living will. Hastings Cent
Rep 2004; 34:30-42.
92. Doron, R; Parot, F. Dicionário de Psicologia, 1991, p. 198. Ed Ática. Verbete
de J. P Bronckart: C. Prépost
93. Wright L, Watson W, Bell J, Beliefs: the heart of healing in families and
ilness. Basic books: New York, NY, 1996; 73-126
94. Garfield J.Belief in Psychology: a study on the ontology of the mind. The MIT
Press, Cambridge, MA, 1988; 129-156