Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O contrato administrativo é contrato de adesão (art.40, Lei 8.987/95), pois todas as cláusulas são
impostas unilateralmente pela AP. Uma das partes (AP) propõe as cláusulas e a outra parte não pode
propor alterações contratuais, logo a autonomia da vontade da parte que adere ao contrato é limitada à
aceitação das condições impostas.
A vigência do contrato tem começo com a formalização da avença, com data e assinatura. Não há
contrato administrativo por prazo indeterminado (art. 57, §3º, Lei 8.666/93).
Revisão ≠ Reajuste
3.4 Inoponibilidade da exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus):
No direito privado, o descumprimento de obrigação contratual pode desobrigar a outra
parte. Tal não ocorre nos contratos administrativos, ante a incidência dos princípios da
continuidade do serviço público e da supremacia do interesse público sobre o particular.
3.5 Controle do contrato: Ao contrário do que ocorre nos contratos regidos pelo direito
privado, o contrato administrativo permite à AP, e mesmo a estranhos a ela, o
acompanhamento da execução do objeto pactuado.
3.6 Penalidades: A AP, sem necessidade de intervenção de qualquer outro, poderá aplicar
penalidades à outra parte (ao particular), como advertência, multa, rescisão unilateral do
contrato, suspensão provisória por até 2 anos e declaração de inidoneidade.
A anulação do contrato pode ser imposta pelo Poder Judiciário, em ação movida seja pelo
cidadão (ação popular), seja pelo detentor de direito líquido e certo (mandado de segurança), seja
ainda pelos legitimados à ação civil pública (como o MP).
6.2 – Inexecução sem culpa: A inexecução sem culpa pressupõe a existência de uma causa
justificadora do inadimplemento e libera o inadimplente de responsabilidade, em razão da
Teoria da Imprevisão. É necessário que ocorra uma causa justificadora de inadimplemento
contratual após a celebração do ajuste, um evento imprevisível e extraordinário que impeça,
retarde ou torne insuportavelmente onerosa a execução do contrato como originalmente
avençado. Trata-se da chamada álea, daí o contrato administrativo ser aleatório. A álea pode ser
administrativa ou econômica, que gera anormalidade, imprevisibilidade ou ausência do desejo
das partes para a sua ocorrência.
7.1- Caso fortuito ou força maior (art. 78, XVII, Lei 8.666/93). Essas hipóteses referem-se a
casos imprevisíveis e inevitáveis que geram para o contratado excessiva onerosidade ou
impossibilidade de normal execução do contrato. Exemplo: furacão, terremoto, guerra, revolta
popular. Pode ensejar revisão do contrato para restabelecimento de sua equação econômico-
financeira. Pode também acarretar a rescisão unilateral do contrato pela AP ou sua rescisão
amigável.
7.2 – Fato do Príncipe (art.65, II, “d”, Lei 8.666/93). Trata-se de toda determinação estatal
geral, imprevisível, que impeça ou onere substancialmente a execução do contrato,
autorizando sua revisão, ou mesmo sua rescisão no caso de se tornar impossível seu
cumprimento. Exemplo: aumento de impostos.
7.3- Fato da Administração (art.78, XIV, XV, XVI, Lei 8.666/93). Ocorre fato da
administração toda vez que uma ação ou omissão da AP, especificamente relacionada ao
contrato, impede ou retarde sua execução. Atinge o contrato diretamente, enquanto o fato
do príncipe atinge o contrato reflexamente.
OBS:- Caducidade (art.38, Lei 8.987/95) ≠ Encampação (art.37, Lei 8.987/95). A encampação é
forma de rescisão unilateral do contrato administrativo por motivo de interesse público, logo sem
culpa do contratado. Gera para a AP obrigação de indenizar o particular. A caducidade é forma
de rescisão unilateral do contrato administrativo com culpa do contratado, pois esse descumpriu
obrigação contratual. Não gera obrigação de indenizar.
OBS: Vigência e eficácia. A vigência do contrato tem início com a formalização da avença (data
e assinatura), salvo se outra posterior no instrumento estiver contemplada. O contrato tem que
ser publicado no Diário Oficial, em respeito ao princípio da publicidade. A publicação resumida
do contrato é condição para a eficácia. A eficácia extingue-se com a extinção do contrato.
OBS:- Prazo de duração. O prazo contratual é, via de regra, coincidente com a vigência do
crédito orçamentário, que é igual ao ano civil (art.34, Lei 4.320/64).
OBS: Garantias. São garantias oferecidas pelo contratante, previstas no edital, para fiel
execução da avença. O limite da garantia será de até 5% do valor do contrato, salvo se
referir a obras, serviços e fornecimento de grande vulto, quando será de até 10% do valor
do contrato. São elas: