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Capı́tulo 3

Resistência Elétrica e Lei de Ohm

3.1 Resistência Elétrica • uma ddp VAB2 provocava uma corrente I2 ;

A energia elétrica que chega em nossas residências é • uma ddp VAB3 provocava uma corrente I3 etc.
transportada por fios constituı́dos de materiais bons con-
dutores e mesmo assim, ocorre uma certa perda de ener- A tabela 3.1 representa simbolicamente um dos resul-
gia. Esta perda ocorre devido à resistência dos fios, onde tados obtidos pelas experiências de Ohm.
existe um aquecimento e por isto nem toda a energia ge-
rada é utilizada pelos consumidores.
Tabela 3.1:
As cargas elétricas que constituem a corrente ao pas- Vab (V) 5 10 15 20
sarem por um condutor realizam “colisões” com os I (A) 0,2 0,4 0,6 0,8
átomos ou moléculas do mesmo. Isto ocasiona uma
oposição oferecida pelo fio à passagem de corrente. Evi-
dentemente a corrente no condutor será maior ou menor, Utilizando os dados da tabela, obtém-se o gráfico da
dependendo desta oposição. A oposição que um con- figura 3.1.
dutor oferece à passagem de corrente através dele, re-
presenta uma grandeza denominada “resistência elétrica
(R)”.
“R ESIST ÊNCIA EL ÉTRICA É A MEDIDA DA
OPOSIÇ ÃO À PASSAGEM DA CORRENTE EL ÉTRICA ,
OU SEJA , REPRESENTA A DIFICULDADE DAS CAR -
GAS SE MOVIMENTAREM NO INTERIOR DE UM
CONDUTOR ”.
O fato da temperatura de um condutor sofrer uma
elevação quando uma corrente elétrica circula por ele é
a evidência da oposição enfrentada pelo movimento dos
elétrons. Figura 3.1:
Nos metais, onde existem vários elétrons livres, estes
entram em movimento quando é aplicada uma ddp. Di- Ohm verificou então que, para muitos materiais, prin-
zemos que os metais, de um modo geral, são bons con- cipalmente os metais, a relação entre a ddp e a corrente
dutores, pois oferecem pequena resistência. Enquanto mantinha-se constante.
isso, o carbono por exemplo, possui menos elétrons li-
vres, portanto a passagem de corrente se torna mais Vab1 Vab2 Vab3 Vab4
difı́cil, logo a resistência é maior. = = = = constante
I1 I2 I3 I4

3.1.1 Lei de Ohm Esse valor constante é a Resistência Elétrica do mate-


rial, portanto, a lei de ohm pode ser expressa matemati-
O cientista alemão Georg Simon Ohm (1789-1854), camente através da seguinte equação:
no século IXX, realizou, pela primeira vez, várias ex-
periências, medindo tensões e as correntes correspon-
dentes em diversos condutores feitos de substâncias di-
ferentes. V
Variando o valor da ddp aplicada a cada condutor, ve- R= (3.1)
I
rificou que a corrente que passava por ele também se
modificava. Assim: R : Resistência Elétrica - unidade: Ω (ohm)

• uma ddp VAB1 provocava uma corrente I1 ; V : Tensão - unidade: V (Volt)

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I : Intensidade da corrente elétrica - unidade: A


(Ampère)
Enunciado da Lei de Ohm:
“PARA UM GRANDE N ÚMERO DE CONDUTORES ,
MANTIDOS A UMA MESMA TEMPERATURA , O VA -
LOR DA RESIST ÊNCIA EL ÉTRICA PERMANECE CONS -
TANTE , N ÃO DEPENDENDO DO VALOR DA DDP APLI -
CADA AO CONDUTOR .”

Maiteriais ôhmicos
São os condutores que obedecem à Lei de Ohm, ou seja, Figura 3.3:
os valores de suas resistências serão sempre os mesmos,
independentes dos valores de ddp aplicadas.
Uma resistência linear (resistência ôhmica) é aquela O VDR tem como principal caracterı́stica a “redução
que apresenta uma caracterı́stica volt/ampère represen- no valor de sua resistência elétrica, quando submetidos
tada por uma linha reta, como exemplificado pelas li- a uma tensão elétrica crescente”.
nhas 1 e 2 da figura 3.2. Esse comportamento é interessante principalmente
Em uma resistência linear, cada unidade de variação como recurso para proteger circuitos com elementos se-
de tensão provoca uma unidade de variação de corrente. micondutores, que são muito sensı́veis a sobrecargas de
Isto significa que dobrando a tensão dobrarı́amos, por tensão.
exemplo, a corrente; triplicando a tensão triplicarı́amos Outra aplicação de varistores ocorre nos para-raios de
a corrente; dividindo a tensão por dois dividirı́amos a linha que são usados na transmissão e distribuição de
corrente por dois. energia elétrica. Durante um surto de tensão de origem
Por definição, sabemos que a razão entre a tensão e atmosférica, por exemplo, a tensão da linha, ao crescer,
a corrente é igual à resistência e que essa é constante faz diminuir bruscamente a resistência interna do para-
para toda faixa de valores, suficiente para as aplicações raio descarregando o excesso de cargas para a terra e
práticas, de maneira que podemos considerá-los como protegendo os aparelhos e equipamentos próximos.
sendo lineares.
Exemplo: Condutores metálicos em geral

Figura 3.4: Varistor

Figura 3.2:
3.1.2 Fatores que determinam a re-
sistência
Maiteriais não ôhmicos A resistência elétrica de um condutor depende, basica-
São aqueles materiais que não obedecem à Lei de Ohm, mente, de quatro fatores: o seu comprimento, a área de
ou seja, o valor de suas resistências varia conforme a sua seção transversal, o material de que ele é feito e da
ddp aplicada. temperatura.
Uma resistência não-linear (resistência não-ôhmica)
é aquela que apresenta uma caracterı́stica volt/ampère Comprimento de um condutor (l)
curvada, como mostrado pelas curvas 1 e 2 na figura 3.3.
Em condutores feitos do mesmo material e com mesma
Em uma resistência não linear uma mesma variação
área de seção transversal, mantidos a mesma tempera-
na tensão produz diferentes variações na corrente. Em
tura, a resistência elétrica é diretamente proporcional
outras palavras, a razão tensão/corrente não é constante,
ao comprimento (l), ou seja, será verificada maior re-
ou seja, essa resistência pode ter vários valores diferen-
sistência no condutor de maior comprimento.
tes.
Um exemplo de resistor não ôhmico é o varistor, que
Rαl
também é conhecido como VDR, abreviatura do termo
Voltage Dependent Resistors. sendo α sı́mbolo de proporcionalidade

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Área de Seção Transversal (A)


Tabela 3.2:
Em condutores feitos do mesmo material e com o Material Resistividade (Ω.m)
mesmo comprimento, mantidos a uma mesma tempera- Prata 1, 6 × 10−8
tura, a resistência elétrica é inversamente proporcional à Cobre 1, 7 × 10−8
área da seção transversal, ou seja, será verificada maior Ouro 2, 4 × 10−8
resistência no condutor de menor área de seção trans- Alumı́nio 2, 6 × 10−8
versal. Tungstênio 5, 5 × 10−8
1 Zinco 6 × 10−8
Rα Ferro 10 × 10−8
A
Estanho 12 × 10−8
Assim sendo, podemos afirmar que, para um fio
condutor de um dado material e a uma certa tempera- Chumbo 22 × 10−8
tura, sua resistência elétrica será proporcional ao seu Mercúrio 94 × 10−8
Niquelina 40 × 10 −8 a 44 × 10−8
comprimento e inversamente proporcional à área de sua
seção transversal. Manganina 42 × 10−8
Constantan 50 × 10−8
Área dos condutores Nicromo 100 × 10−8
Grafite 40 × 10 −8 a 75 × 10−8
Algumas vezes conhecemos o raio ou diâmetro dos
Soluções Eletrolı́ticas 10−2 a 10
fios e necessitamos calcular as suas áreas. Para tal,
utilizamos uma das fórmulas abaixo:

d π × d2 Temperatura
A = π × r2 r= A=
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A resistividade de um material pode sofrer variações
A : área do condutor conforme a temperatura. Pode-se admitir como linea-
res as variações de resistividade, para valores até cerca
r : raio do condutor
de 100oC, porém nem todos os materiais se comportam
d : diâmetro do condutor de mesma maneira.
Analisando a estrutura interna dos sólidos, é possı́vel
Resistividade (ρ) entender por que a resistência elétrica destes corpos va-
ria com a temperatura. Sob o ponto de vista da Fı́sica
Resistividade é a constante de proporcionalidade que Moderna, a resistência elétrica de um sólido depende
depende exclusivamente do material que é constituı́do o basicamente de dois fatores: do número de elétrons li-
condutor e da temperatura em que ele se encontra. Essa vres existentes em sua estrutura e da mobilidade destes
constante é indicada pela letra grega ρ (Rô). elétrons ao se deslocarem através de sua rede cristalina.
Pelo exposto anteriormente podemos escrever que:
• Caso 1: Materiais com coeficiente de temperatura
positivo. Estes materiais são conhecidos pela sigla
PTC (Positive Temperature Coefficient).
ρ×l
R= (3.2) Os metais e alguns outros materiais sofrem um
A
acréscimo da resistividade quando a temperatura
R : Resistência Elétrica - unidade: Ω (ohm) cresce. Esse fenômeno é bastante significativo no
tugstênio (usado em filamento de lâmpadas incan-
l : comprimento do condutor - unidade: m (metros)
descentes), por exemplo.
A : Área da seção transversal do condutor - unidade:
• Caso 2: Materiais com coeficiente de temperatura
m2
negativo. São conhecidos como NTC (Negative
ρ : Resistividade do material - unidade: Ω.m Temperature Coefficient).
Em alguns materiais, como a grafita e muitos se-
Pela relação R = ρ.l/A podemos ver que, tomando-
micondutores, o fenômeno ocorrido é diferente do
se vários fios de mesmo comprimento e de mesma área,
citado no primeiro caso, ou seja, quando aqueci-
porém feitos de materiais diferentes, haverá menor re-
dos, estes materiais sofrem uma redução da resisti-
sistência naquele que possuir menor resistividade. Por-
vidade.
tanto, quanto menor for a resistividade de um material,
menor será a oposição que este material oferecerá a pas- • Caso 3: O terceiro caso agora é a combinação dos
sagem de corrente através dele. dois casos anteriores, isto é, a resistividade do con-
Na tabela 3.2, estão indicados os valores de resistivi- dutor não varia com a temperatura. Um dos bons
dade de alguns materiais, para temperaturas em torno de exemplos é o constantan. Se a resistividade não va-
20oC. ria a resistência elétrica também não varia.

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A expressão para calcular a resistividade em função


da temperatura é dada por:

ρ = ρ0 (1 + α × ∆t) (3.3)

ρ : resistividade do material na temperatura t - uni-


dade Ω.m Figura 3.5: Sı́mbolos de Resistores

ρ0 : resistividade do material em uma temperatura de


referência t0 - unidade Ω.m 3.2.1 Especificação de Resistores
Os resistores têm três importantes especificações: re-
∆t : variação da temperatura (∆t = t − t0 ) - unidade:
oC sistência (Ω), tolerância (%) e potência (Watts - W ).
Pelo exame visual do resistor é possı́vel descobrir estas
especificações.
α : coeficiente de temperatura do material - unidade:
oC−1
Resistência
Nos resistores de fio os valores estão normalmente ins-
Exemplo 3.1 : Calcule o valor da resistência elétrica de critos no corpo do componente; nos de carvão, o valor é
um fio de cobre de 40m de comprimento e 0, 25mm2 de identificado por um código de cores.
área de seção transversal.
Tolerância
R =?
l = 40m A resistência raramente é um valor exato indicado no re-
A = 0, 25mm2 sistor. Seria extremamente difı́cil e caro fabricar resisto-
ρ = 1, 7 × 10−8 Ω.m (através da tabela 3.2) res exatamente com o valor marcado. Por essa razão, os
resistores possuem uma especificação de tolerância. Por
Para satisfazer as unidades de acordo com o SI, a área exemplo, um resistor de 100Ω pode ter uma tolerância
deve ser convertida para m2 . Isso pode ser feito de duas de 10%. Portanto, o valor real do resistor pode ser qual-
formas: quer um entre 90Ω e 110Ω.
Tolerâncias de 5%, 10% e 20% são comuns para re-
1. através a tabela de conversão: sistores de carvão. Resistores de precisão (mais caros)
têm tolerância de 2%, 1% ou ainda menor.
m2 dm2 cm2 mm2
0, 0 0 00 00 25 Potência
A especificação de potência se refere ao valor máximo
de potência (medida em watt) ou calor que o resis-
2. através do multiplicador: tor pode dissipar sem queimar-se ou alterar seu va-
0, 25mm2 = 0, 25(10−3 m)2 = 0, 25 × 10−6 m2 lor. Quanto maior o tamanho fı́sico do resistor, maior
potência ele pode dissipar. Os resistores de carvão, em
resolvendo a equação temos: geral, possuem baixas especificações de potência; são
comuns especificações de 2, 5W , 2W , 1W , 1/2W , 1/4W
ρ×l 1, 7 × 10−8 × 40 e 1/8W .
R= = = 2, 72Ω Os resistores de fio podem suportar potências muito
A 0, 26×−6
maiores, como por exemplo, 5W , 7W , 10W , 25W , 50W ,
etc.
3.2 Resistores Em geral, a potência do resistor está associado ao seu
tamanho.
Resistor é um componente fı́sico que possui a propri-
edade denominada de resistência elétrica e que se des-
3.2.2 Código de Cores
tina a limitar a corrente em certas partes de um circuito
elétrico. No corpo dos resistores de carvão são impressos anéis
Considera-se um componente como resistor quando coloridos que obedecem a uma codificação (tabela 3.3).
ele transforma a energia elétrica consumida integral- O código de cores é constituı́do, normalmente, de quatro
mente em calor. anéis coloridos, sendo que os três primeiros indicam o

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valor da resistência do resistor, enquanto que o quarto 5% de 4700 é igual a 235.


anel indica a tolerância do mesmo. Existem resistores com cinco anéis coloridos, sendo
A ordem dos anéis, tem como referência o anel 1, o que a única diferença do código citado anteriormente é
mais próximo de um dos terminais do resistor, sendo que, o terceiro anel representa o 3o algarismo. O quarto
este anel o primeiro, conforme a figura 3.6. Cada cor e o último representam, respectivamente, o multiplica-
corresponde a um valor que depende do anel em que dor e a tolerância. Estes resistores são de maior precisão
está, segundo a tabela 3.3. Na ausência do quarto anel, (2% e 1%).
a tolerância é de 20%. Supondo que temos um resistor cujas cores, na ordem
sejam laranja, amarelo, cinza, preto e marrom, terı́amos,
então, um resistor de 348Ω (1%).

Série comercial de resistores


Os resistores são fabricados de acordo com a porcen-
tagem de tolerância, de tal modo que seus valores cu-
bram todos os valores previstos pela porcentagem, sem
necessidade de se fazerem valores individuais. Como
exemplo, citamos a tabela 3.4 abaixo, onde mostramos
os valores existentes na série E24 .
Figura 3.6: Identificação dos anéis
Tabela 3.4: Série comercial de resistores E24 - 5% - uni-
dade em Ω
Tabela 3.3: Código de cores de Resistores
1.0 10 100 1.0K 10K 100K 1.0M 10M
cor 1a faixa 2a faixa 3a
faixa 4a faixa 1.1 11 110 1.1K 11K 110K 1.1M 11M
1.2 12 120 1.2K 12K 120K 1.2M 12M
preto – 0 ×1 –
1.3 13 130 1.3K 13K 130K 1.3M 13M
marrom 1 1 ×101 1%
1.5 15 150 1.5K 15K 150K 1.5M 15M
vermelho 2 2 ×102 2%
1.6 16 160 1.6K 16K 160K 1.6M 16M
laranja 3 3 ×103 –
1.8 18 180 1.8K 18K 180K 1.8M 18M
amarelo 4 4 ×104 –
2.0 20 200 2.0K 20K 200K 2.0M 20M
verde 5 5 ×105 –
2.2 22 220 2.2K 22K 220K 2.2M 22M
azul 6 6 ×106 – 2.4 24 240 2.4K 24K 240K 2.4M
violeta 7 7 ×107 – 2.7 27 270 2.7K 27K 270K 2.7M
cinza 8 8 – – 3.0 30 300 3.0K 30K 300K 3.0M
branco 9 9 – – 3.3 33 330 3.3K 33K 330K 3.3M
prata – – ×10−2 10% 3.6 36 360 3.6K 36K 360K 3.6M
ouro – – ×10−1 5% 3.9 39 390 3.9K 39K 390K 3.9M
4.3 43 430 4.3K 43K 430K 4.3M
4.7 47 470 4.7K 47K 470K 4.7M
5.1 51 510 5.1K 51K 510K 5.1M
Exemplo 3.2 : Considere um resistor cujas cores, na 5.6 56 560 5.6K 56K 560K 5.6M
ordem, sejam: AMARELO, VIOLETA, VERMELHO e 6.2 62 620 6.2K 62K 620K 6.2M
OURO . Qual o valor da resistência e tolerância do 6.8 68 680 6.8K 68K 680K 6.8M
resistor? 7.5 75 750 7.5K 75K 750K 7.5M
Os dois primeiros anéis fornecem os dois primeiros 8.2 82 820 8.2K 82K 820K 8.2M
algarismos que formam a resistência do componente: 9.1 91 910 9.1K 91K 910K 9.1M

AMARELO = 4; VIOLETA = 7 ⇒ Primeiros dois


algarismos = 47
O terceiro anel nos dá o fator de multiplicação:
VERMELHO indica que se devemos multiplicar o valor 3.2.3 Tipos de Resistores
por 10 2
Quanto ao material
Juntando, temos: 47 × 102 = 4700Ω ou 4, 7kΩ, ou ainda
4k7, que é o valor do resistor. • carvão: Os resistores de carvão, carbono ou gra-
Como o quarto anel é o ouro, a tolerância do resistor fite como também são conhecidos, são facilmente
será de 5%. Isto significa que o resistor pode ter um identificados, pois em seu corpo são pintadas fai-
valor entre 4465 (4700-235 ) e 4935 (4700+235), pois xas coloridas que obedecem a um código de cores.

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Num tubo de porcelana é depositada uma fina ca- ajustável, denominado “reostato”. Com o re-
mada de grafite cuja espessura e largura (ela forma ostato é possı́vel variar a resistência de um
um espiral) determina a resistência que o resistor circuito e, assim, torna-se possı́vel aumentar
terá. ou diminuir a corrente neste circuito.
A grafite apresenta uma resistividade considerável,
de modo que podemos obter com certa facilidade
resistências numa faixa muito grande de valores.
Podemos encontrar resistores com valores que po-
dem variar de 10Ω, ou menos, a mais de 20MΩ.
Sobre a capa de grafite existe uma tinta protetora
que impede que elementos externos possam influir
na resistência.

• fio: Se enrolarmos uma pedaço de fio condutor


num corpo não condutor, teremos um componente Figura 3.8: Reostato
com uma resistência determinada.
O fio geralmente usado é uma liga de nı́quel e
cromo chamada nicromo, que tem a resistividade
muito maior do que a do cobre. O corpo que serve
de suporte é normalmente um tubo de cerâmica.
Depois, são acrescentados terminais condutores e
todo resistor é coberto com uma camada protetora.
A faixa de valores de resistência pode variar de me-
Figura 3.9: Reostato toroidal
nos de 1Ω a vários milhares de ohms. A técnica de
fio é também utilizada para produzir resistores de
valor preciso. Tais resistores de precisão são muito – de carvão (trimpot): São resistores que pos-
requisitados em circuitos medidores. suem um cursor, e este pode ser movido por
meio de um botão plástico, ou ainda por meio
de uma chave de fenda introduzida numa
abertura que tem a finalidade de ajustar a re-
sistência desejada. Nos trimpot o terminal
central corresponde ao cursor. Esse cursor se
movimenta sobre uma trilha de grafite. Con-
forme a posição dele podemos ter uma re-
sistência diferente entre ele e um dos extre-
mos.
A trilha de grafite apresenta uma certa re-
sistência fixa de ponta a ponta, que da o va-
lor nominal do trimpot. Geralmente, uma vez
Figura 3.7: Resistores: de fio (esq.) e de carvão (dir.)
ajustado, sua resistência deverá permanecer
fixa.

Quanto ao funcionamento
• fixos: São resistores que apresentam um valor fixo
de resistência.

• ajustáveis: São resistores cuja resistência elétrica


pode ser ajustada dentro da faixa nominal do
mesmo. Uma vez ajustado, sua resistência deverá
permanecer fixa.

– de fio (reostato): Esse resistor possui um con-


tato cuja posição pode ser alterada, pois é fi- Figura 3.10: Trimpot
xado com um parafuso permitindo o ajuste do
valor da resistência desejada.
A dependência da resistência de um fio • variáveis (potenciômetros): São resistores com
com seu comprimento resulta numa aplicação três terminais, cuja resistência depende da ação ex-
importante em um resistor de resistência terna.

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Tem-se um elemento de grafite (ou enrolamento Eles diferem dos NTC em dois aspectos fun-
de fio) que, apresenta certa resistência de ex- damentais: o coeficiente de temperatura de
tremo a extremo, e que dá o valor do compo- um PTC é positivo apenas dentro de certas
nente, sobre o qual corre um cursor acionado por faixas de temperatura, fora dessa limitação o
um eixo. Girando este cursor, podemos variar a coeficiente é negativo ou nulo e o valor abso-
resistência entre zero e o valor máximo. Os po- luto do coeficiente térmico dos PTC normal-
tenciômetros são usados quando precisamos alterar mente é bem maior que o dos NTC.
o valor da resistência a qualquer momento de ma- É notável, ainda que dentro de sua faixa
neira acessı́vel. Existem potenciômetros miniatura, de operação térmica eles podem apresentar
para aparelhos de pequeno porte (rádios portáteis, variação na resistência ao nı́vel de várias
etc.) e também potenciômetros maiores que pos- potências de dez.
suem uma trilha de fio de nicromo enrolado em Os PTC são empregados como limitadores de
espiral, permitindo assim trabalhar com correntes corrente, sensores de temperatura e proteto-
maiores. res contra sobreaquecimento em equipamen-
tos tais como motores elétricos. Também en-
contram aplicação como termostatos.

3.3 Multı́metro como Ohmı́metro


O instrumento utilizado para medir Resistência Elétrica
Figura 3.11: Potenciômetro é o ohmı́metro, porém o multı́metro, além de medir
tensão e corrente elétrica, também pode operar como
ohmı́metro.
Para medir a resistência elétrica de uma re-
Resistores não lineares
sistência fixa ou variável, ou mesmo de um conjunto
• Lumistor (LDR - light dependent resistor): Os re- de resistores interligados, é preciso que eles não este-
sistores LDR, também chamados de fotoresistores jam submetidos a qualquer tensão, isto é, o circuito
tem seu comportamento condicionado pela luz in- deve estar obrigatoriamente desenergizado. Caso
cidente sobre eles. Apresentam uma resistência contrário, isso poderia acarretar um erro de medida ou
elevada no escuro e, quando expostos à luz, tem sua até danificar o instrumento. O ideal é desconectar o dis-
condutividade aumentada, isto é, oferecem baixa positivo do circuito para realizar a medida.
resistência elétrica sob iluminação. Para realizar a medição, os terminais do multı́metro
devem ser ligados em paralelo com o dispositivo ou cir-
• Termistor: Os termistores são resistores não line- cuito a ser medido, sem se qualquer preocupação em
ares em que a sua resistência varia com a variação relação à polaridade dos terminais do multı́metro, con-
da temperatura. Em muitos circuitos eletrônicos de forme a figura 3.12.
funcionamento crı́tico é exigido um controle apu-
rado de parâmetros como a temperatura. Para isso
é necessário detectar as variações térmicas o que
pode ser feito pelos termistores. Esses resistores
são classificados conforme o seu comportamento:

– NTC: Os termistores NTC são resistores de


coeficiente térmico altamente negativo, o que
significa que sua resistência diminui quando
aumenta a temperatura . São feitos a partir de
Figura 3.12: Ligação do ohmı́metro
óxidos metálicos de elementos como o ferro,
cromo, manganês, cobalto e nı́quel.
Para que não ocorram erros de medição, nunca segure
Dentre as aplicações práticas dos NTC ci- os terminais do ohmı́metro segurando com as mãos em
tamos sua utilização como elemento básico ambos os terminais, pois a resistência do corpo pode
dos termômetros eletrônicos, na estabilizaçãointerferir na medida. Esse problema é mais expressivo
do funcionamento de determinados circuitos nas medições de resistências elevadas, na faixa dos kΩ.
sensı́veis a temperatura, etc. No multı́metro digital o procedimento é mais simples.
– PTC: São termistores que possuem um coe- Após a escolha do fundo de escala adequado, a leitura é
ficiente térmico de resistência altamente po- feita diretamente no display do aparelho. Deve-se ape-
sitivo, o que significa que sua resistência au- nas cuidar para não utilizar um fundo de escala muito
menta quando aumenta a temperatura. maior do que a resistência a ser medida, pois a resolução

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da escala acarretará em um erro percentual muito ele- de potencial, obteremos, em correspondência, uma
vado. O ideal é selecionar a escala com o fundo de es- corrente elétrica de intensidade igual a:
cala mais próximo possı́vel do valor a ser medido.
No multı́metro analógico, a escala graduada é inver- (a) três vezes o valor anterior.
tida e não linear, que pode ser observado na figura 3.13. (b) um sexto do valor anterior.
Na extremidade esquerda da escala é indicada uma re- (c) nove vezes o valor anterior.
sistência infinita (R = ∞), que corresponde aos terminais
(d) um terço do valor anterior.
do ohmı́metro em aberto e o ponteiro em repouso. Já na
extremidade da direita, a resistência é nula (R = 0), o (e) um nono do valor anterior.
que corresponde aos terminais em curto (uma ponteira
2. De acordo com os esquemas da figura 3.14, identi-
encostada na outra) e o ponteiro totalmente deflexio-
fique os instrumentos 1, 2 e 3.
nado.

Figura 3.13: Escala do ohmı́metro analógico Figura 3.14:

3. Enuncie, com suas palavras, a Lei de Ohm.


Procedimento de medição com ohmı́metro
4. O valor da resistência elétrica de um condutor
analógico:
ôhmico não varia se mudamos somente:
1. Escolhe-se a escala desejada, que é um múltiplo
dos valores da escala graduada: X1, X10, X1K e (a) o material de que ele é feito.
X10K; (b) a área de sua seção transversal.
(c) a ddp a que ele é submetido.
2. Curto-circuitam-se os terminais do multı́metro,
provocando a deflexão total do ponteiro; (d) o seu diâmetro.
(e) o seu comprimento.
3. Ajustam-se o potenciômetro de ajuste de zero até
que o ponteiro indique R = 0; 5. Para um certo condutor, mantido a temperatura
constante, obtivemos o gráfico (VAB x I) da
4. Abrem-se os terminais e os conectando ao ele-
figura 3.15. Considere, agora, as três afirmativas
mento então mede-se sua resistência;
abaixo, cada uma das quais pode estar certa ou
5. A leitura é feita multiplicando-se o valor indicado errada. Leia-as com atenção e assinale a alternativa
pelo ponteiro pelo múltiplo da escala selecionada; correta:

Observações
• Por causa da não-linearidade da escala, as leitura
mais precisas no ohmı́metro são feitas na região
central da escala graduada.

• No procedimento de ajuste de zero, caso o ponteiro


não atinja o ponto zero, significa que a bateria do
multı́metro está fraca e deve ser substituı́da;.
Figura 3.15:
• O ajuste de zero deve ser feito a cada mudança de
escala.
I - A resistência desse condutor é constante e
independente da ddp.
Exercı́cios II - A resistência desse condutor aumenta com o
aumento da ddp.
1. Se um resistor ôhmico for substituı́do por outro re- III - A resistência desse condutor diminui com o
sistor, também ôhmico, de resistência três vezes aumento da ddp.
maior, e que esteja submetido à mesma diferença

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(a) só a afirmativa I está correta.


(b) só a afirmativa II está correta.
(c) as afirmativas I e II estão corretas.
(d) só a afirmativa III está correta.
(e) nenhuma das afirmativas está correta.

6. De acordo com o gráfico de R1 e R2 da figura 3.16, Figura 3.18:


diga qual o resistor tem maior resistência. Justifi-
que.
10. Observando a tabela da figura 3.19, determine
quais são os resistores ôhmicos e quais são os não
ôhmicos e construa os gráficos (VAB x I) para cada
resistor.

Figura 3.16:

7. No gráfico da figura 3.17, temos a representação


Figura 3.19:
do comportamento de dois condutores. Eles são
ôhmicos ou não-ôhmicos? Existe alguma diferença
entre eles? Justifique. (forneça valores arbitrários 11. Conceitue resistência elétrica.
para a tensão e corrente de modo a realizar a refe-
12. A resistência elétrica de um fio condutor metálico
rida análise)
de comprimento l e área de seção transversal A é:
(a) diretamente proporcional a A e l.
(b) independe de A e l.
(c) diretamente proporciona a l e inversamente
proporcional a A.
(d) diretamente proporcional a A e inversamente
proporcional a l.

Figura 3.17: 13. Num chuveiro elétrico, tem-se uma chave que in-
dica as posições verão e inverno. Sabendo-se que a
tensão aplicada ao chuveiro é constante, responda:
8. Quando um dado resistor ôhmico é ligado a uma
bateria que lhe aplique uma tensão de 6V, verifica- (a) circula maior corrente no resistor do chuveiro
se que ele é percorrido por uma corrente de 2A. quando a chave está na posição verão ou in-
verno?
(a) Qual a resistência elétrica deste resistor? (b) com a chave na posição inverno, a resistência
(b) Se este resistor for ligado a uma pilha, que lhe do chuveiro deve ser maior ou menor? E o
aplica uma tensão de 1,5V, qual será a cor- comprimento do fio que constitui a mesma re-
rente que o percorre? sistência?

(c) Quando este resistor é ligado a uma certa ba- 14. A figura 3.20 mostra um cabo telefônico formado
teria, uma corrente de 1,5A passa por ele. por dois fios, sendo que esse cabo tem compri-
Qual é a tensão que esta bateria aplica sobre mento de 5km. Constatou-se que, em algum ponto
o resistor? ao longo do comprimento desse cabo, os fios fi-
zeram contato elétrico entre si, ocasionando um
9. O gráfico da figura 3.18, mostra como varia a cor- curto-circuito. Para descobrir o ponto que causa o
rente elétrica que passa por um resistor, em função curto-circuito, um técnico mede as resistências en-
da tensão aplicada a ele. Determine o valor da re- tre as extremidades P e Q, encontrando 20Ω, e en-
sistência elétrica desse resistor. tre as extremidades R e S, encontrando 80Ω. Com

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base nesses dados, é correto afirmar que a distância (b) qual a intensidade de corrente que passará
das extremidades PQ até o ponto que causa o curto- pelo segundo fio?
circuito é de:
19. No circuito mostrado na figura 3.22, estando li-
(a) 1,25km gado entre os pontos M e N um fio de nı́quel-
(b) 4,00km cromo, a leitura do amperı́metro é de 1,5A. Diga
se a indicação desse amperı́metro será maior, me-
(c) 1,00km nor ou igual a 1,5A se o fio de nı́quel-cromo for
(d) 3,75km substituı́do por outro:
(e) 2,50km (a) de mesmo material, de mesma área da seção
reta e de maior comprimento;
(b) de mesmo material, de mesmo comprimento
e mais grosso que o primeiro;
(c) de mesmo comprimento e de mesmo
Figura 3.20:
diâmetro que o primeiro, mas feito de
alumı́nio.
15. Na figura 3.21 temos um circuito denominado de
“lâmpada série”, que serve para identificar a con-
tinuidade de um componente. Qual a diferença no
funcionamento da lâmpada, quando fizermos a co-
nexão na tomada, considerando que o fusı́vel do
circuito esteja inteiro ou interrompido?

Figura 3.22:

20. Classifique os resistores quanto ao material


e quanto ao funcionamento e diga quais as
especificações relativas a um resistor.

21. Determinar a intensidade de corrente que circula


Figura 3.21: por uma torradeira elétrica que tem 16Ω de re-
sistência elétrica e que funciona com uma tensão
de 220V.
16. Um valor elevado de resistividade de um material
indica que este material é bom ou mau condutor de 22. Utiliza-se o método do voltı́metro e do am-
eletricidade? Que valor de resistividade teria um perı́metro para medir uma resistência desconhecida
condutor perfeito? E um isolante perfeito? R. Liga-se o amperı́metro em série com o resis-
tor e lê-se 0,3A; o voltı́metro, ligado em paralelo
17. Consultando a tabela de resistividades da apostila,
com o resistor R, indica 1,5V. Calcule o valor da
responda:
resistência R. Esquematize, usando a simbologia
(a) Considerando o cobre e o tungstênio, qual adequada, o voltı́mtro e o amperı́metro de modo a
deles é melhor condutor de eletricidade? medir corretamente a tensão e a corrente no resistor
Porquê? R mencionado.
(b) Suponha que o único critério para a escolha 23. Para um receptor de rádio é necessário construir
do material a ser usado na confecção dos fios um resistor de 30Ω, usando-se um fio de constan-
de ligação fosse o fato de ele ser bom condu- tan de 2, 45mm2 de seção. Calcule o comprimento
tor. Neste caso, qual seria o material da fiação do fio.
elétrica em nossas residências?
24. Um fio de cobre de resistência igual a 4Ω e tem
18. Uma bateria mantém uma tensão constante em um comprimento de 120m. Calcule a área do condutor.
fio de cobre no qual é estabelecida uma corrente de
2A. Este fio é substituı́do por outro, também de co- 25. Determine a resistência de um fio de ferro que tem
bre, de mesmo comprimento mas de diâmetro duas raio de 2mm e comprimento de 62,8m.
vezes maior que o primeiro. Pergunta-se:
26. Um condutor de prata tem diâmetro de 2mm e com-
(a) a resistência do segundo fio é maior ou menor primento de 314m. Calcule a resistência elétrica do
do que do primeiro? Quantas vezes? condutor.

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27. Uma tensão de 20V é aplicada aos terminais de


um fio de alumı́nio de 500m de comprimento e
2, 6mm2 de área de seção transversal. Determine
a corrente elétrica que percorre este fio.
28. Aplica-se uma tensão de 100V nas extremidades de
um fio de 20m de comprimento, cuja área de seção
transversal é igual a 2mm2 . Sabendo-se que a cor-
rente elétrica que percorre o fio é de 10A, calcule a
resistividade do material que constitui o condutor.

Respostas dos exercı́cios numéricos


8. (a) R = 3Ω; (b) I = 0,5A; (c)Vab = 4,5V
9. R = 400Ω

10. Ôhmicos: 1 e 2; Não ôhmico: 3


21. I = 13,75A
22. R = 5Ω

23. l = 147m
24. A = 51x10−8 m2
25. R = 0, 5Ω
26. R = 1, 6Ω

27. I = 4A
28. ρ = 1 × 10−6 Ω.m

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