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UNIABEU

TRABALHO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

PETIÇÃO INICIAL – DIREITO DO CONSUMIDOR


Art. 18, par. 1º (vício do produto)

Vanessa Neves C. Ferreira


Matr. 70710503
Profª.: Rosimery Caetano
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da - Vara Cível

 
PAULO , nacionalidade, estado civil, profissão, residente e
domiciliado ..., n..., CEP..., nesta cidade, por seu procurador (doc. 1), ao final firmado,
com escritório na ..., n. ...., também nesta cidade, vem perante esse Juízo propor,
 
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA
 
Em face de PANASSONIC, indústria eletro eletrônicos, com
sede..., n. ..., na Cida..., do Estado ..., CEP..., solidariamente CASAS BAHIA, loja de
varejo, com sede..., n. ..., na Cida..., do Estado ..., CEP..., e ainda a GARANTEL,
autorizada, com sede..., n. ..., na Cida..., do Estado ..., CEP..., pelo que passa a expor:

 DOS FATOS
 
1. Adquiriu um televisor de 32’ polegadas da marca
PANASSONIC nas lojas CASAS BAHIA no valor de R$1.999,00 (um mil novecentos e
noventa e nove reais) assinando contrato de garantia estendida com a GARANTEL por
um período de 1 (um) ano, pagando assim, o valor de R$154,00 (cento e cinqüenta e
quatro reais) a mais.
 
2. Em julho do ano de 2010 o produto apresentou seu
primeiro defeito, uma listra vermelha no meio da tela, assim, foi levado para a
autorizada onde esta realizou o reparo.

3. Já decorridos mais de 5 (cinco) meses, em dezembro do


mesmo ano , apresentou novamente defeito, onde foi realizado mais um reparo.

4. Em abril de 2011 a televisão parou de funcionar por


completo, sendo então levada à autorizada. No entanto, continua lá até a presente
data, alegando esta “comprometida empresa” que está aguardando a peça chegar da
fábrica.
DO DIREITO
 

Descumpridas, foram, portanto, as disposições do código de Defesa do consumidor. O


parágrafo 1º do art. 18 de tal dispositivo prevê:
 
"Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo,
duráveis ou não duráveis, respondem
solidariamente pelos vícios de qualidade que os
tornem impróprios ou inadequadas ao consumo a
que se destinam, ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrente de sua
natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas.
§ 1º. Não sendo o vício sanado no prazo máximo de
(30) dias, podendo o consumidor exigir,
alternativamente, e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso;
II- a restituição imediata da quantia paga
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.".

É evidente que o produto adquirido tornou-se inadequado ao fim destinado,


caracterizando-se assim, a impropriedade do mesmo (parágrafo 6º do art. 18 do CDC).

Resta, portanto, ao autor postular a restituição do valor que pagou pelo aparelho,
devidamente corrigido monetariamente desde a compra.

Em sede de doutrina Zelmo Denari em seu Código Brasileiro de Defesa do consumidor.


Comentado pelos autores do anteprojeto, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2001,
p. 186, escreveu que:

"Embora o art. 18 faça referencia introdutória às


duas espécies de vícios (qualidade e quantidade),
seus parágrafos e incisos disciplinam,
exclusivamente, a responsabilidade dos
fornecedores pelos vícios de qualidade dos
produtos, ou seja, por aqueles vícios capazes de
torná-los impróprios, inadequados ao consumo ou
lhes diminuir o valor. A propósito, vejamos quais
são as sanções previstas nos aludido dispositivo,
para reparação dos vícios de qualidade dos
produtos. Em primeira intenção, o dispositivo
concede ao fornecedor a oportunidade de acionar o
sistema de garantia do produto e reparar o defeito
no prazo de 30 dias. Não sendo sanado o vicio no
prazo legal, o consumidor poderá exigir, à sua
escolha, três alternativas:
I - a substituição do produto ou outro da mesma
espécie em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízos de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço. Quanto à
segunda alternativa do consumidor, que determina
"a restituição imediata da quantia paga". Tenha
presente que o conceito de imediatismo é relativo
e, sendo certo que numa conjuntura inflacionaria,
essa restituição deve ser corrigida monetariamente
prevalecendo a data-base do efetivo pagamento do
produto."

Além da restituição em apreço, pretende o autor a reparação dos danos pelos fatos
então mencionados.

Estamos diante de uma relação de consumo, cujos direitos outorgados ao autor são
aqueles constantes do Código de Defesa do Consumidor, pelo que pede o autor que se
aplique aqui a regra da inversão do ônus da prova (art. 6ª, VIII, do CDC), de modo que
os direitos do autor sejam respeitados.
O aparelho pelo autor adquirido apresentou defeito acobertado pelo manto da
garantia contratual, o que fez levá-lo à assistência técnica por diversas vezes, ficando
privado do uso do aparelho por vários dias desde, prejudicando sobremaneira e
causando transtorno.

DO PEDIDO:
 
À vista do exposto, requer:
a) A citação da suplicada, por via postal, no endereço
mencionado, para contestar querendo, os termos
da presente ação, acompanhando-a até final
decisão, quando a presente haverá de ser julgada
como procedente, para o fim de condenar a mesma
a indenizar-me na razão de R$ (2.153,00) acrescido
de juros e correção monetária, referente ao preço
pago do aparelho e pela garantia estendida.
b) A inversão do ônus da prova, tratando-se de
relação de consumo amparada no CDC.

Protesto por provar o alegado por todos os meios


de provas admitidas pelo Direito.
 
Dá-se a causa o valor de R$ (2.153,00).
 
Nestes termos,
Pede deferimento.
(local e data)
(assinatura e nº. da OAB do advogado)

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