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Sobre a tua pele pálida, quero ser um andarilho, um peregrino, ò mãe do aborto, por
teus lábios que exalam a mais fria das noites que meu coração seja congelado e
solidificado.
Obscurece a minha alma, fortifica meu espírito, sem retorno rasgue a minha
humanidade, pois sou um filho bastardo da aberração.
Deixe-me olhar nos teus olhos, pois eles refletem o vazio sem fim, além do cosmos.
“Tanisam!”
Destila sobre mim o veneno de vossas presas corroendo meu eu adâmico, pois sou uma
semente enegrecida da morte sou um aborto revestido com a lepra da vida, sou devoto
das águas abissais do teu útero onde se encontram os restos de reis e plebeus.
Ouro, prata, e um tapete vermelho que leva ao cálice de sua abominação onde
fermenta o sangue dos justos e dos Santos.
Amante da noite, esposa sem rosto de Satã, não sois o delírio dos prazeres carnais, sois
a beleza da morte isto não é simbólico, se os teus deleites não levam a morte, se não
levam ao declínio do ego se não são revestidos de dor e pranto são apenas delírios nas
mentes dos tolos e incautos.
Não sois a meretriz dos homens, sois a consorte dos demônios sem forma, das bestas do
abismo.
Nos os devotos da morte, mataremos a alma do mundo para ti ò musa da lua sangrenta.
Aniquila em nós a humanidade, para que sejamos dignos de tua chama enegrecida.
Mata em nós a compaixão para que não sejamos acorrentados por ela.
“Tiamat!”
Absorva com teus fogos a criação, pois está escrito nas tábuas acorrentadas sobre o
peito de Kingu.
Na dança da morte sois um com Satã, na dança do fim sois o último alento dos Aeons, a
derradeira marcha fúnebre da criação é o ranger de vossas presas, rasgando o cosmos,
transpassando a vida libertando os eleitos para o descanso eterno.
By Fosco Culto