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memórias nos
tempos das mídias
Organizadores:
Christina Ferraz Musse
Theresa Medeiros
Rosali Henriques
Juiz de Fora
Selo PPGCOM
Editora UFJF
2020
Este livro é dedicado aos professores Arlindo Machado e Ciro
Marcondes Filho, por sua revolucionária contribuição ao campo da
Comunicação.
Agradecimentos
Apresentação ......................................................................................15
Referências
Apresentação
Boa leitura!
Referências
Narrativas
nostálgicas na
imprensa
23 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Resumo
Introdução
O poder da nostalgia
Quando
Data da trabalhou na
Entrevistado Função
entrevista Intervalo /
Editora Abril
Esníder Pizzo 21/02/2017 Out/1971 a Editor de texto /
Ago/1972 Redator Chefe
Eduardo 22/02/2017 Abril: 1969 a Office Boy / Repórter
Ribeiro 1975
Thomaz Souto 23/02/2017 1956 a 2017 Repórter / Diretor de
Corrêa (ainda está na Grupos / Conselheiro
Abril)
Milton Coelho 14/03/2017 Fev/1966 a Redator Principal
da Graça Out/1967
Os traços nostálgicos nos depoimentos sobre a revista Intervalo |38
Para quem trabalhava nas redações dos anos 1960, uma das
partes mais difíceis, mas também mais comuns, eram as correções
em cima da hora e, diferentemente da praticidade que temos hoje,
naquela época a correção era manual e demandava muito tempo.
Ao falar sobre isso, Adalberto Cornavaca, meio risonho, se lembra
do momento, mas ao mesmo tempo, retrata sua saudade por
aquela época:
Não, você consegue ver por aqui [aponta para a foto] era
pequenininha, era na Rua João Adolfo 118, eu acho que era,
no sexto andar, duas ou três salinhas pequenininhas, né, dá
até uma saudade, né, era bem pequena, me lembro de
trabalhar até muito tarde, meia noite, às vezes 1h da
manhã, porque ela era semanal, tinha três pessoas, não
dava tempo do pessoal fazer, então era pauleira, trabalhava
muito e eu lembro que saía pra almoçar do lado lá num
barzinho que tinha e já subia, foi puxado lá, isso eu me
lembro muito, foi muito trabalho. Mas deu resultado, quer
dizer, outra coisa boa é isso, quer dizer, você ver que seu
trabalho dá resultado, então, tá vendendo bem, que ótimo,
isso é importante também, se fosse outra publicação, não
vendeu nada, não saiu... Putz! Era uma coisa ruim, mas não,
vendeu 200.000, tá ótimo. Agora, a redação tinha pouca
gente, eu me lembro mais da arte, dos fotógrafos, mas era
muito pequena, era uma salinha que tinha o diretor, a
secretária, a redação tinha duas, três mesas e a arte
Os traços nostálgicos nos depoimentos sobre a revista Intervalo |50
[...] foi aí que eu fui trabalhar com o Esníder que era editor
de texto e tal, e eu fui como redatora, mas aí foi muito
pouco tempo, entendeu, infelizmente a revista não
emplacou porque o problema foi publicidade, nem o
mercado, nem nada, enquanto a espécie da TV Guide que
era aquela pequenininha que era só programa, se
sustentava no mercado, vendia no mercado e tal, essa
bonita, com papel colorido, o Giba era redator-chefe
também, essa daí, realmente não emplacou. (VAREJÃO,
2017, s.l.).
de redação
- reunião de
pauta
SOBRE A REDAÇÃO
Lugar Clima Fotos Apelidos Pessoas
físico
- andares - alegre - abraços - Giba Um - amizades
- salas - divertido - risos - Lalá valiosas
- salão - amizade - - companheiros
- entre os brincadeiras de equipe
mobiliário colegas de - - chefes
- divisórias profissão materializam
- lugar das - amizade as redações
revistas com os
- sala dos artistas
diretores -
convivência
não
competitiva
- romântico
SOBRE A EDITORA ABRIL
Enquanto empresa Curso Abril de Jornalismo Lembranças
- uma empresa de muita - momento de início e - primeiro
liberdade aprendizado emprego
- uma empresa - ensinou
organizada muito
59 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Considerações finais
Notas
[5] Even if history and memory can- not be described as being the
same, either epistemologically or socially, it becomes more and
more difficult to confine their frontiers and their mutual exchange.
Os traços nostálgicos nos depoimentos sobre a revista Intervalo |62
Memory is not history, but it is one of its objects and is essential for
‘historical elaboration’. (Tradução nossa).
Referências
Resumo
paciência pelos editores e disse que até o fato de ser comunista não
lhe reservou nenhum tipo de perseguição na redação. Ele cobria
Polícia e, nas férias de colegas, era deslocado para a Política, sem
problemas.
Considerações finais
Notas
[4] Frederic Jameson (1996) discorre que o passado mítico vem com
a invenção de tradições. Esse processo ocorre quando há a
presunção de uma valorização do passado em detrimento do
presente: fetichização do passado.
[10] Ou, de acordo com o que foi apurado por MUSSE, Christina
Ferraz (2008), em seu livro Imprensa, cultura e imaginário urbano:
Memórias Possíveis: a nostalgia nas narrativas dos jornalistas... |100
[15] Pacotes.
[18] Jornal semanal, cuja sede era em Belo Horizonte, e que teve
uma sucursal em Juiz de Fora, de 1958 a 1964. Foi fechado pelo
golpe civil-militar.
101 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Referências
Resumo
Introdução
Música e nostalgia
Notas
[2] “Worauf ich hier die Aufmerksamkeit lenken will, ist die Melodie
der Sprache und die Bedeutung dieser Melodie dafuer, was fuer den
Sprecher und Hoerer die Wirklichkeit ist, so naemlich, dass sie
Wirklichkeit grundsaetzlich auf diese spezifische Melodie dieser
137 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
[3] “Hoert man sie, wie sie in warmen Naechten von Huegel zu
Huegel mit einander dialogieren, und so ueber Rio de Janeiro ein
Gewebe von synkopischen Rhythmen und unentzifferbaren
Morsezeichen flechten, dann kann man sich nicht des Eindrucks
erwehren, dass man vor einem Phaenomen einer fuer uns
verschlossenen Kultur steht. Man fuehlt sich dann etwa wie sich ein
Analphabet inmitten einer Buchhandlung fuehlen wurde. Sieht man
jedoch, wie sie geschlagen werden, welche die Gesten sind, welche
der Trommler ausfuehrt, dann hat man das umgekehrte Gefuehl, in
voelliger Empathie mit diesem Trommeln zu sein, und von ihm
erfasst und durchdrungen zu werden”. (Tradução nossa).
[5] Manuscrito Deixe isto pra lá, Vilém Flusser Archiv, UdK-Berlin,
[196-?] 1608 Nr. 2856. Posteriormente publicado na coleção de
artigos intitulada Ficções Filosóficas, pela Ed. USP, em 1998. O
arquivo berlinense é acessível através do site http://www.flusser-
archive.org/. Acesso em 10/08/20.
Referências
Resumo
Este artigo se propõe a analisar o caderno comemorativo pelos 38
anos do jornal Tribuna de Minas, publicado em setembro de 2019. A
partir do resgate de fotos antigas, textos autorreferentes e uma
narrativa que rememora momentos marcantes da cidade de Juiz de
Fora registrados pelos jornalistas em quase quatro décadas, a
edição exalta a memória e incita a nostalgia dos leitores. Com as
contribuições de pesquisadores dessas áreas, buscamos
compreender como o uso de tais recursos auxiliam no
fortalecimento da imagem do jornal e, também, na tentativa de
minimizar os impactos vividos pela crise.
Introdução
Mídia e nostalgia
Considerações finais
Notas
Referências
Resumo
Introdução
O maior de Minas
Memória e nostalgia
questão é que a nostalgia, [...] não está livre de ser cooptada por
instâncias de poder conservadoras e reacionárias” (CRUZ; FERRAZ,
2018, p. 6). Tal sentimento pode-se firmar no momento vivido,
encaminhando para novas maneiras de contar e narrar reflexos e
representações, fomentando moldes inovadores de
comprometimento com o antigo.
Para Bauman vivemos na era da epidemia nostálgica, e que os
sentimentos gerados:
Narrativas em disputa
Considerações finais
Notas
Referências
NAVA, Pedro. Baú de ossos. 11 ed. Cotia (SP): Ateliê Editorial; São
Paulo: Giordano, 2005.
PALCO, Juiz de Fora por trás do pano. Ano I, n. 01. Juiz de Fora,
Outubro, 2008. Disponível em: <www.encurtador.com.br/cjntC>.
Acesso em: 20 set. 2020.
Construções nostalgizantes: os
elementos nostálgicos presentes na
narrativa visual de Euphoria (HBO,
2019)
Theresa Medeiros, Rebeca Telles, Lucas
Vieira
Resumo
Introdução
O figurino em Euphoria
lúdicos que se
assemelham a
lágrimas.
- Figurino: roupas
despojadas, na
maioria das vezes
largas. Andrógino,
mistura elementos
tidos como femininos
e masculinos.
Kat Hernandez Fantasia inspirada no - Personalidade:
figurino da insegura e contida no
personagem Thana, do primeiro arco da série.
filme Ms. 45 (Sedução Empoderada e sexy,
e Vingança), de 1981. depois da
transformação.
- Objetos cênicos:
óculos no primeiro
momento e máscara
de gatinho para
demarcar sua
mudança.
- Maquiagem: básica/
cores vibrantes e
fortes
- Figurino: peças
vintages, peças de
211 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Considerações finais
Notas
[3] “A look at life for a group of high school students as they grapple
with issues of drugs, sex and violence” (IMDB). Disponível em: <
https://www.imdb.com/title/tt8772296/>. Acesso 30 de setembro
de 2020. Tradução nossa.
[8] “Colors can be very subjective, but particular hues and palettes
do represent, indicate, and communicate narrative messages to the
audience” (LOBRUTTO, 2002, p.81). “Cores podem ser muito
subjetivas, mas alguns tons e paletas particulares representam,
indicam e comunicam mensagens narrativas para a audiência”
(Tradução nossa).
Referências
GIL, Inês. A atmosfera como figura fílmica. In: Actas do III SOPCOM,
VI LUSOCOM e II Ibérico – Volume I, 2004, Covilhã. Actas [...].
Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2005, p.141-146. Disponível
em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/gil-ines-a-atmosfera-como-
figura-filmica.pdf>. Acesso em 26 set. 2020.
Resumo
Introdução
viajante Jean de Lery, e seu relato detalhado sobre a vida dos índios
Tupinambás, redigido em 1557, na Baía de Guanabara, foi um
grande sucesso editorial da época em Paris e contribuiu para
reforçar essa imagem idílica do índio brasileiro. Contudo, um dos
autores mais citados na pesquisa será o sociólogo franco-brasileiro
Mário Carelli, autor das obras, Brasil-França, cinco séculos de
sedução e Culturas cruzadas. Intercâmbio culturais entre França e
Brasil” (1989, 1993) que esboçam o cruzamento de duas naturezas
imaginárias, destacando cada fator histórico, cada autor, cada
intelectual, movimentos artísticos, filosóficos, enfim, ideais que
influenciaram a construção de olhares entre os dois países através
de “fluxos e refluxos pacíficos de duas culturas orgulhosamente
autônomas e jamais submissas uma à outra pelos acasos da
história” (CARELLI, 1993, p. 15).
Considerações finais
Notas
Referências
LÉRY, Jean de. Viagem à terra Brasil. Tradução Sergio Milliet. São
Paulo: Livraria Martins Editôra, 1960.
Resumo
Introdução
Um pouco de literacia
Considerações finais
Notas
[3] Ver matéria: Após 23 anos, livro Furação Elis ganha nova edição.
Disponível em
https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u69537.shtml.
Acesso em 05 out 2020.
meio-preferido-por-63-dos-brasileiros-para-se-informar-e-internet-
por-26-diz-pesquisa.ghtml. Acesso em 28 set 2020.
[6] Nome usado para designar um cantor que canta todos ou vários
gêneros musicais, e que, normalmente, dá preferência para músicas
da atualidade, que estão na moda. São muito contratados para
animar festas de aniversário, baladas, entre outros. Ver em
https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-
entre/cantor/crooner/. Acesso em 30 ago. 2020.
Referências
Resumo
Considerações finais
Notas
[1] “Nostalgia can also refer to a desire for a return to a past time
that has never been experienced by the yearning person or the
missing regret for a past that never was, but that could have been,
or for a future that never will be. Thus the nostalgic feeling is not
merely geared to a return to a past place or time, but also
encompasses other temporalities such as the present and the future
and it is often related to social, or political utopian imaginations.
Nostalgia is powerful and it has most of all to be labeled ‘nostalgias’
with a ‘s’, underpinning the plurality of its forms, expressions and
meanings”. Tradução nossa.
[6] “[...] The nostalgia boom may join the memory boom that
Andreas Huyssen explores in his work. He suggests that ‘our
obsessions with memory act as reaction to the accelerated technical
process that transforms our world in diferente ways [...] the
acceleration mentioned does not exclude the fact that media
practice makes diferente temporal experiences possible, nostalgia,
together practices, it may be one of them”. Tradução nossa.
Referências
______. The power of nostalgia: About the role and the place of
media and communication (scholars) in nostalgia studies. In: SANTA
CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha (Orgs.). Nostalgias e mídia: no
caleidoscópio do tempo. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018.
319 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Resumo
Introdução
Considerações finais
Notas
Referências
______. Mais caminhos: Confira a crônica deste sábado (23). [S. l.],
23 maio 2020c, página da internet. Disponível em:
https://gshow.globo.com/EPTV/Mais-Caminhos/noticia/confira-a-
cronica-deste-sabado-23.ghtml. Acesso em: 13/07/2020.
https://www.YouTube.com/watch?v=KKYmCXde8t0&feature=youtu
.be. Acesso em: 01/09/2020.
SÁ, Jorge de. A Crônica. São Paulo: Ed. Ática. Col. Princípios, 1985
Resumo
Introdução
70
60
50
40
30
20
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0
Comentários
Diversos
Esportes
Comércio
Logradouros
Transporte
Curiosidades
História
Lembrança
Pessoas
Propaganda
Vistas
Cinema
Eventos
Lugares
Bairros
Perguntas
Considerações finais
Notas
[2] https://www.dicio.com.br/nostalgia/.
[6] A Escola Normal de Juiz de Fora foi criada por lei em 1881, mas a
sua instalação só foi efetivada em 1894. Foi instalada inicialmente
na Rua Direita, atualmente Avenida Rio Branco, no Palacete Santa
Mafalda. O Instituto Estadual de Educação surge em 1930 no prédio
onde se encontra atualmente, no entroncamento entre a Rua
Espírito Santo, a Av. Itamar Franco e a Praça Antônio Carlos,
construído pela Companhia Pantaleone Arcuri no local onde existia
a antiga cadeia da cidade de Juiz de Fora.
Referências
https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101/8763
. Acesso: 16 set. 2020.
Resumo
Introdução
200
180
160
140
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100
80
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20
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Tipo de comentário
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10
0
Considerações finais
Notas
[4] Por positivismo histórico, que era o alvo dos Annales, entende-
se um tipo de visão do trabalho do historiador típico de uma
corrente histórica também francesa, dominante no século XIX. Essa
411 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Referências
https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/2366/2024.
Acesso em: 28 set. 2020.
Resumo
Notas
Referências
Resumo
Introdução
Micronarrativas e memória
A morte midiatizada
Hist
Fami Personal Qualific Profissi Prime Particulari ória
liar idade ação onal iros dades de
vida
Casos
Geral Usual Exaltação Superficial Acurado
Particulares
Tabela 1 – Eixos temáticos/categorias detectados na análise
Fonte: Elaborada pelos autores
assistia a
performanc
e paterna”;
“Quando eu
era mais
jovem, era
meio
perdido, e
ela sempre
falava que
orava muito
por mim”.
“Muito
teimoso[...]
”; “Era
família,
carinhosa e
amorosa”;
Uso de
“Alegre, Ilda
expressões e
participava[
linguagem 5 perfis
...]”; “[...]
usuais, (mulhere
Usual muito
corriqueiras, ao se
amorosa e
retratar a homens)
muito
personalidade
cuidadora”;
(2) no perfil
“[...] não
Personalida
viam limites
de
na
generosidad
e da Tia
[...]”
“Assim, fez
Uso de
história”;
expressões que
“Legado
exaltam, dão
que
ênfase a 3 perfis
Exaltação Marquinho
determinados (homens)
também
aspectos da
deixou para
personalidade
diferentes
da pessoa
gerações de
História das histórias: a construção da memória... |462
músicos[...]
”;
“Trabalhava
muito, todo
o tempo”;
“[...] foi um
honroso
soldado na
batalha
contra o
vírus”
Uso de “Tia
expressões e vaidosa”;
linguagem sem “Jardim 4 perfis
Superficial maiores florido”; “A (mulhere
definições, vizinha”; s)
superficial, ao “Católica
qualificar fervorosa”.
(3)
“Professor
Qualificaçã
Uso de dos
o
expressões e números”;
linguagem que “Mestre”;
4 perfis
Acurado exaltam a “Profissiona
(homens)
pessoa l dedicado”;
retratada no “Homem
perfil apaixonado
”.
“Profissiona
l, sensível e
comprometi
Perfis
do”; “[...]
produzidos a
trabalhou
partir do relato
por toda a
sobre as vítimas
(4) vida e de 4 perfis
enquanto
Profissional onde tirava (homens)
profissionais, no
o sustento
exercício de
de casa”;
suas funções
“Marquinho
laborativas
era
professor”;
“Formou-se
463 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
em
engenharia
elétrica e
rapidament
e tornou-se
professor e
pesquisador
[...]”.
Acontecimentos “[...]
que se tornou-se a
tornaram um primeira
marco durante vítima fatal
a pandemia por do vírus em
terem sido Juiz de
classificados Fora”; “[...]
(5)
como os tornou-se o 2 perfis
Primeiros
primeiros casos primeiro
(de morte, de profissional
infecção, de de saúde da
morte de cidade
profissional de silenciado
saúde, por pela Covid-
exemplo) 19”.
“[...] incluía
até os
iogurtes na
geladeira
lotada para
a família”;
Revelam uma “[...] herdou
característica/as da avó o
(6)
pecto particular dom para a
Particularid 3 perfis
da pessoa costura e
ades
retratada no para a
perfil cozinha e
personalida
de forte”;
“Agnaldo
tinha por
costume
cumpriment
História das histórias: a construção da memória... |464
ar todos os
colegas e
pacientes
logo que
chegava no
trabalho”.
“[...] casou-
se com
Terezinha,
com quem
teve cinco
filhos [...]”;
“Nasceu em
Argirita e
mudou-se
para o
bairro [...]”;
“Filha de
pais
italianos,
ela
Perfis manteve-se
produzidos com no bairro
(7) História
parte da história após o 6 perfis
de vida
de vida da casamento
pessoa do perfil [...]”;
“Nascido
em
Leopoldina,
vivia na
roça, numa
família de
oito filhos”;
“[...] chegou
a apostar na
vida
fazendo
shows,
mudou-se
para o Rio
de Janeiro
465 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
[...]”; “[...]
mudou-se
para Juiz de
Fora aos 27
anos, com o
marido e
seis de seus
oito filhos.”
Tabela 2 – Categorias observadas na análise dos perfis na Tribuna de
Minas
Fonte: Elaborada pelos autores
Considerações finais
Notas
Referências
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: Paulus, 2004.
História das histórias: a construção da memória... |472
Resumo
Introdução
Os monumentos no presente
George Floyd
Notas
Referências
BBC News. Caso George Floyd: morte de homem negro filmado com
policial branco com joelhos em seu pescoço causa indignação nos
EUA. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/05/27/caso-george-
floyd-morte-de-homem-negro-filmado-com-policial-branco-com-
joelhos-em-seu-pescoco-causa-indignacao-nos-eua.ghtml. Acesso
em: 30 ago. 2020.
BOND, Sarah. Erasing the Face of History. The New York Times, May
14, 2011. Disponível em:
<https://www.nytimes.com/2011/05/15/opinion/15bond.html>.
Acesso em: 14 ago. 2020.
OLIVEIRA, Gabriel Andrade Dantas de; SILVA, Ricardo Faria da. O uso
das redes sociais em manifestações. Coruja Informa: Jornal
informativo do grupo PET-SI, USP. 2018. Disponível em:
www.each.usp.br/petsi/jornal/?p=1906. Acesso em: 10 ago. 2020.
Resumo
Introdução
O contexto
Considerações finais
Notas
Referências
Resumo
Introdução
Época nostálgica
próprias pessoas que usaram seus perfis nas redes sociais digitais
para rememorar eventos passados, a exemplo do #tbt (hashtag das
redes que aglutina acontecimentos do passado) que já existia antes
da quarentena e foi bastante usado no período. Nas palavras de
Leal, Borges e Lage:
Considerações finais
Notas
[4] Orkut foi uma rede social criada em 2004 e desativada em 2014.
Estima-se que chegou a ter 300 milhões de usuários e fez tanto
sucesso no Brasil que, em 2008, o comando da rede foi transferido
para o escritório do Google Brasil, em Belo Horizonte. (TECMUNDO,
2018).
Referências
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/09/bras
il-e-2-em-ranking-de-paises-que-passam-mais-tempo-em-redes-
sociais.html. Acesso em: 28 jul. 2020.
formas-de-monetizacao-para-criadores-de-
conteudo?ref=search_new_2 Acesso em: 17 ago. 2020
ouvir-podcasts-e-musicas-nos-servicos-de-streaming.ghtml. Acesso
em: 02 set. 2020.
PACETE, Luiz Gustavo. Boom das lives faz YouTube reforçar política
e inovações. Meio e Mensagem. São Paulo, mai. 2020. Disponível
em:
www.meioemensagem.com.br/home/midia/2020/05/19/boom-
das-lives-faz-YouTube-reforcar-politica-e-inovacoes.html. Acesso
em: 10 ago. 2020.
Resumo
Introdução
Considerações finais
Notas
Referências
Resumo:
contra a qual elas não têm forças para lutar, pois seus destinos são
determinados pela hereditariedade do mal e pelos erros herdados de
gerações anteriores, travando uma luta inútil pela sobrevivência. O
segundo modelo é o naturalismo da desilusão, em que o mal da
personagem está relacionado à mediocridade da vida humana e às
dúvidas existenciais, não havendo luta, mas resignação.
Não obstante sua ligação com as propostas Naturalista e Realista,
Maupassant não se prendeu a nenhuma delas, construindo uma
narrativa original marcada pela variedade temática, pois o autor
procurou registrar a totalidade da existência na criação de um universo
fecundo e múltiplo. Porém, é preciso considerar que Maupassant
procurava reproduzir a realidade exterior, sem se aprofundar nas
características psicológicas de suas personagens, cujo vazio existencial
as faz buscarem o prazer, mas encontrando apenas ruínas de um
tempo, pois comumente são vítimas infelizes da ganância, do desejo e
do orgulho.
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu
braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a
sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são
veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o
amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os
bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado. (BÍBLIA,
1993, p. 678).
[...] as pessoas que têm por única ocupação na vida fazer visitas
e jantar fora, vêm a se tornar, por uma irresistível fatalidade,
seres desembaraçados e gentis, mas banais, que discutem
vagamente pensamentos, opiniões e gostos superficiais. [...]
neles, nada é profundo, ardente, sincero, que sua cultura
intelectual sendo nula e sua erudição um simples verniz, eles
vivem, em suma, como manequins, que dão a ilusão e fazem
gestos de seres de elite, que na verdade não são. [...] Vivem,
A nostalgia é forte como a morte... | 586
Anne era filha de um rico comerciante já morto e sua mãe era uma
mulher muito doente. Dessa forma,
remembrance of the past give us the most intense and the most
authentic experience of the past” (ANKERSMIT, 1994, p. 198).
Por conseguinte, certa noite, após o jantar e da recepção aos
convidados, a condessa se deita em sua cama e sente as angústias que
lhe assaltam o espírito, pois compreende, enfim, que a filha lhe tomara
o lugar na sociedade, inclusive no coração do amante, pois Bertin
percebeu que
Por outro lado, Anne sente que todas as coisas belas e boas da vida
escorrem pelas suas mãos enrugadas, que o seu fim se aproxima, “[...]
e seu coração crispava-se num tal sofrimento, que, com o lençol sobre
a boca, ela gemia de desespero” (MAUPASSANT, 1983, p. 451).
O autor francês reflete sobre a passagem do tempo e a sua
influência sobre as paixões, o amor e a arte. Não obstante, é preciso
ressaltar que enquanto Anne se angustia com a perda do seu lugar na
sociedade para a filha Annette, a angústia de Bertin diz respeito à sua
criação artística que é ultrapassada pelos Impressionistas.
No romance Forte como a morte (1983), Maupassant narra a
abertura de uma grande exposição de artes no Palácio da Indústria1:
Por fim, certa manhã, ao ler o jornal Fígaro, Bertin percebe que o
seu mundo ruiu inteiramente, pois acabara de ler o artigo “Pintura
moderna”, “[...] um elogio ditirâmbico a quatro ou cinco pintores novos
que, dotados de reais qualidades de coloristas, buscando efeitos pelo
exagero, tinham a pretensão de serem revolucionários e renovadores
de gênio” (MAUPASSANT, 1983, p. 461). O pintor se enerva com o
louvor à nova proposta estética e percebe que o seu nome aparece no
final do artigo, numa frase curta e incisiva, “a arte fora de moda de
Olivier Bertin”. Após isso, Bertin se desilude com a existência e chega
ao limite do sofrimento, e nem Anne consegue mais consolá-lo.
Logo a seguir, no final do romance, Bertin sofre um sério acidente,
e durante os estertores da morte Anne o visita pela derradeira vez. De
mãos dadas, os amantes se entreolham e Anne percebe que
Notas
Referências
Sobre os autores
Daniella Lisieux
Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho,
Braga, Portugal. Mestra e graduada em Comunicação Social pela
Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil. Especialista em
Marketing e Negócios. Atualmente trabalha com pesquisa sobre a
Teoria do Agendamento nas redes sociais, onde investiga a relação
entre as pautas jornalísticas com as demandas levantadas por usuários
do Facebook. Trabalha também com pesquisas na área de Memória e
Análise Crítica do Discurso. É Técnica Administrativa em Educação da
UFJF, já ministrou cursos de capacitação para servidores dessa
instituição e aulas de Marketing no Serviço Público em cursos de pós-
graduação.
Elizângela Granadeiro
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na linha Competência
Midiática, Estética e Temporalidade. Integrante do grupo de pesquisa
Comcime (Comunicação, Cidade e Memória). Pesquisa a narrativa
jornalística de produção de conhecimento presente no podcast de
cultura Como começar, do Nexo Jornal, jornal nativo digital, sob
orientação da Profa. Dra. Christina Ferraz Musse. Especialista em
Gestão Cultural pelo Senac Minas (2013). Graduada em Comunicação
Social pela UFJF (2011). Produtora cultural na empresa Sinfônica
Produções.
Guilherme Veroneze
Mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
na linha de pesquisa Performance Musical, sob a orientação do
professor Cliff Korman e pelo qual foi bolsista FAPEMIG. Graduado em
Piano (2017) pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Atua
como pianista, compositor, professor de piano e arranjador em
gravações de CDs e DVDs, apresentações musicais e produção de
eventos. Bolsista CNPq (2014-2016) no COMUS - Grupo de Pesquisa em
Composição Musical da UFJF. Formação complementar em Piano
(2011) e Arranjo (2013) pela Bituca Universidade de Música Popular de
Barbacena/MG, onde estudou com Ian Guest. Graduado em
Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2009).
603 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Janaína Cardoso
Mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora,
Janaína Cardoso atuou no segmento de comunicação interna
empresarial e endomarketing por mais de 10 anos, quando se
especializou na organização de eventos corporativos em diversas
capitais e cidades do país. Produziu um livro do escritor Eduardo Bueno
e foi produtora regional e repórter de telejornal da TV Globo Minas.
Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e atuou no
setor de Turismo de Negócios e Eventos de JF, como gestora do
Convention and Visitors Bureau e como gestora do maior espaço de
eventos da cidade. Lecionou por 2 anos no curso de eventos da
Faculdade Machado Sobrinho e, atualmente, é coordenadora do curso
de Gastronomia do Centro Universitário UniAcademia, onde é
professora titular das disciplinas eventos, serviços na restauração,
francês para gastronomia e comunicação interna empresarial e
endomarketing.
Lucas Guimarães
Graduando em Rádio, TV e Internet na Universidade Federal do Juiz de
Fora (2018). Foi bolsista no projeto de extensão Cineclube Lumière e Cia
(2018-2019). Integra o grupo de pesquisa Observatório da Qualidade no
Audiovisual (2019) na pesquisa e análises de cultura de fãs nos
processos culturais de convergência das mídias e ficções seriadas
televisivas.
Luísa Campos
Luísa Campos tem graduação em jornalismo pela Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP), com intercâmbio acadêmico em Ciências da
Comunicação pela Universidade do Porto, em Portugal, e é mestranda
em Comunicação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Desde
a graduação, se debruça sobre a questão dos atingidos pelo
rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, que
destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues em 2015. No mestrado,
desenvolve pesquisa sobre a memória das mulheres atingidas pela
barragem de Fundão e a cobertura do acontecimento traumático pela
grande mídia tradicional. A pesquisadora se interessa pelos estudos da
memória social, memória traumática, narrativas do testemunho,
jornalismo comunitário e as questões da mineração no Brasil.
Rebeca Telles
Graduanda em Jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora
(2017). Foi bolsista de treinamento profissional no coletivo Avenida
(2018). Integra o grupo de pesquisa Observatório da Qualidade no
Audiovisual (2019), atuando na produção e apresentação do podcast
Rixas do Pop.
609 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Theresa Medeiros
Professora adjunta da Faculdade de Comunicação da Universidade
Federal de Juiz de Fora (FACOM/UFJF). Doutora em Comunicação pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com período de
estágio sanduíche na Università degli Studi Firenze (Itália). Mestre pelo
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, com graduação em Comunicação
Social – habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Atualmente é vice-líder do grupo de pesquisa
Comunicação, Cidade e Memória (UFJF/CNPq) e membro do grupo de
pesquisa em Conteúdos Transmídia, Convergência de Cultura de Telas
(IAD/UFJF). Desenvolve pesquisas em cinema e audiovisual,
especialmente em investigações sobre processos de criação das
narrativas visuais e sonoras, memória e nostalgia.
611 | Nostalgias e memórias no tempo das mídias
Formato: 14,8 x 21 cm
Mancha: 11,8 x 17 cm
Tipologia: Calibri