Você está na página 1de 135

MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS,
GEOTECNIA E SANEAMENTO AMBIENTAL

Legislação ambiental brasileira


2000
1988 SNUC 2007
Constituição Saneamento
Federal 1999 Básico
PNEA
2001 2009
1981
1998 Estatuto das PNMC
PNMA
Lei dos Crimes Cidades
Ambientais

1997 2010
PNRH PNRS

1980 1990 2000 2010


Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA)

• Lei Federal nº 6.938/81;

• Marco legal para as políticas públicas sobre meio ambiente a


nível federal;

• Criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA


– Sistema administrativo de coordenação de políticas públicas de
meio ambiente envolvendo os três níveis da federação que tem
como objetivo dar concretude à PNMA.
Política Nacional do Meio Ambiente

• Objetivo da PNMA:
– preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propicia à
vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana.

• Dez princípios norteadores, entre os quais:


– ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico e
educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação
da comunidade.
Política Nacional do Meio Ambiente

• Instrumentos da PNMA – intervenção ambiental:

Estabelecimento de Criação de espaços


padrões de qualidade territoriais especialmente
ambiental protegidos

Zoneamento ambiental

Licenciamento e revisão de
Avaliação de impactos atividades efetiva ou
ambientais potencialmente poluidoras
Política Nacional do Meio Ambiente

• Instrumentos da PNMA – controle ambiental:

Instituição do relatório de
Sistema nacional de
qualidade do meio
informações sobre o meio
ambiente a ser divulgado
ambiente
anualmente pelo IBAMA

Garantia da prestação de
Cadastro Técnico Federal de informações sobre MA,
Atividades e Instrumentos de obrigando-se o PP a produzi-las,
Defesa Ambiental quando inexistente
Política Nacional do Meio Ambiente

• Instrumentos da PNMA – controle ambiental:

Cadastro Técnico Federal de atividades


potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais

Instrumentos econômicos, como concessão


florestal, servidão ambiental, seguro
ambiental e outros

Incentivos à produção e
instalação de equipamentos
para melhoria ambiental
Política Nacional do Meio Ambiente

• Instrumentos da PNMA - controle repressivo:

Penalidades disciplinares ou
compensatórias a não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou
correção da degradação ambiental
Constituição Federal
• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
– Todos os entes federativos podem legislar sobre meio ambiente, pois
é dever de todos a tutela ambiental.

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do


solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle
da poluição;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor,


a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
Política Nacional dos Recursos Hídricos
(PNRH)

• Lei Federal nº 9.433/97;

• Fundamentos – Objetivos – Instrumentos;

• Entidade federal de implementação da PNRH – Agência


Nacional das Águas (ANA);
Política Nacional dos Recursos Hídricos

Fundamentos

I - a água é um bem de domínio público;

II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos


é o consumo humano e a dessedentação de animais;
Política Nacional dos Recursos Hídricos

Fundamentos

IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso


múltiplo das águas;

V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da


PNRH e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;

VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar


com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Política Nacional dos Recursos Hídricos

Objetivos

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade


de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o


transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de


origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos
naturais.
Política Nacional dos Recursos Hídricos

Instrumentos
I - os Planos de Recursos Hídricos;
II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - a compensação a municípios;
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
Lei dos Crimes Ambientais

• Lei Federal nº 9.605/98;

• Responsabilidade criminal ambiental – possibilidade de responder a


um crime ambiental pela imposição de uma sanção;

• Sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades


lesivas ao meio ambiente;

• Depende da comprovação da autoria de materialidade – nexo de


causalidade – relação entre os atos praticados e os efeitos que dele
advieram;
Lei dos Crimes Ambientais

• Nem todo ato criminoso gera sanção penal – é precisa haver


culpabilidade (pressuposto da punibilidade);

• Responsabilidade das pessoas jurídicas, permitindo que grandes


empresas sejam responsabilizadas criminalmente pelos danos que
seus empreendimentos possam causar à natureza.

• A responsabilidade em matéria ambiental pode ocorrer em três


esferas: civil, penal e administrativa;
Lei dos Crimes Ambientais

• A responsabilidade civil é aquela que impõe ao infrator a obrigação


de ressarcir o prejuízo causado por sua conduta;

• A responsabilidade administrativa resulta de infração a normas


administrativas, sujeitando-se o infrator a uma sanção de natureza
também administrativa: advertência, multa simples, interdição de
atividade, suspensão de benefícios, entre outros;

• A responsabilidade criminal emana do cometimento de crime ou


contravenção, ficando o infrator sujeito à pena de perda da
liberdade ou pena pecuniária.
Lei dos Crimes Ambientais

• As penas previstas são aplicadas conforme a gravidade da infração:


quanto mais reprovável a conduta, mais severa a punição.
– Privativa de liberdade, onde o sujeito condenado deverá cumprir sua
pena em regime penitenciário;
– Restritiva de direitos, quando for aplicada ao sujeito em substituição à
prisão penalidades como a prestação de serviços à comunidade,
interdição temporária de direitos, suspensão de atividades, prestação
pecuniária* e recolhimento domiciliar;
– Multa.

* Pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com


destinação social.
Lei dos Crimes Ambientais

• Substituição das penas privativas de liberdade por penas restritivas


de direito:

1) Crime culposo – negligência, imprudência e/ou imperícia;

2) Condições pessoais do agente (culpabilidade, antecedentes)


indicam que a substituição será mais eficaz do que a privação da
liberdade;

3) Quando a pena é inferior a quatro anos.


Lei dos Crimes Ambientais

• Tipos de crimes ambientais:

Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais


silvestres, nativos ou em rota migratória.

Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação


permanente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo
com as normas de proteção.

Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou


possa provocar danos a saúde humana, mortandade de animais e
destruição significativa da flora.
Lei dos Crimes Ambientais
• Tipos de crimes ambientais:

Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural:


construção em áreas de preservação ou no seu entorno, sem
autorização ou em desacordo com a autorização concedida.

Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou


enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-
científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.

Infrações administrativas: ações ou omissão que viole regras


jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente.
Política Nacional de Educação Ambiental

• Lei Federal nº 9.795/99

• Educação ambiental
– Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

• Deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e


modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-
formal.
Política Nacional de Educação Ambiental

• Educação Ambiental Formal


– Desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de
ensino públicas e privadas, englobando:

I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
Política Nacional de Educação Ambiental

• Educação Ambiental Não-Formal


– Ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre as questões ambientais e à sua
organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.

– Exemplos: sensibilização ambiental dos agricultores,


ecoturismo.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC
(Lei nº 9.985/00)

Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável


(preservação) (conservação)

Área de Proteção Ambiental


Área de Relevante Interesse Ecológico
Estação Ecológica
Floresta Nacional
Reserva Biológica
Reserva Extrativista
Parque Nacional Reserva de Fauna
Monumento Natural Reserva de Desenvolvimento
Refúgio de Vida Silvestre Sustentável
Reserva Particular do Patrimônio
Natural
Poluição atmosférica
Fontes naturais de poluição

• Emissões provenientes de vulcões


• Ações biológicas em pântanos e solos (decomposição)
• Compostos provenientes de incêndios florestais naturais
• Liberação de compostos radioativos por rochas
Fontes antrópicas de poluição

Fontes estacionárias e móveis: controle diferenciado


da poluição

Fontes fixas ou estacionárias:


• Indústrias (celulose e papel, petroquímica, fundição de ferro e
aço, química, etc).
• Qualquer estabelecimento onde ocorra a queima de
combustíveis fósseis

Fontes móveis ou difusas:


• Automóveis
• Queimadas/ Incêndios
• Utilização de tintas, solventes ou outros produtos químicos
Poluição atmosférica: escala local e global

LOCAL: quando os problemas de poluição limitam-


se a uma região muito pequena, nas proximidades
da fonte ou na cidade

GLOBAL: podem envolver regiões bastante


extensas, como várias cidades, estados e até países
– afetam toda a ecosfera
Poluição atmosférica

Poluentes primários:
• Lançados diretamente no ar
• Exemplos: dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio
(NOx), monóxido de carbono (CO) e alguns particulados
(poeira)

Poluentes secundários:
• Formam-se na atmosfera por meio de reações que ocorrem
em razão da presença de certas substâncias químicas e de
determinadas condições físicas
• Exemplos: SO3 (formado pelo SO2 e O2 no ar) reage com a água
para produzir o ácido sulfúrico (H2SO4) – chuva ácida
Principais poluentes atmosféricos

Monóxido de Carbono (CO):


• Composto gerado nos processos de combustão
incompleta de combustíveis fósseis e outros materiais
que contenham carbono em sua composição

Dióxido de Carbono (CO2):


• Composto resultante da combustão completa de
combustíveis fósseis ou combustíveis com carbono
• Composto gerado na respiração aeróbia do seres vivos

CO e CO2: Incolor e inodoro


CO: gás venenoso
Principais poluentes atmosféricos

Óxidos de Enxofre (SO2 e SO3):


• Produzidos pela queima de combustíveis que contenham
enxofre em sua composição
• Gerados em processos biogênicos naturais (solo e água)

SO2: Gás incolor, provoca asfixia intensa, forte odor, altamente


solúvel em água (H2SO4)
SO3: Solúvel em água (H2SO4)
Principais poluentes atmosféricos

Óxidos de Nitrogênio (NOx):


• Originado nos processos de combustão (composição do
ar)
• Gerado a partir de descargas atmosféricas na atmosfera

NO (óxido nítrico): gás incolor – oxida para NO2


NO2: gás de cor marrom/alaranjado (principal componente da
formação da névoa fotoquímica – smog)
Principais poluentes atmosféricos

Ozônio (O3):
• Produzido principalmente durante a formação de névoa
fotoquímica (smog)
• Perigoso para vegetações

Altamente reativo
Principais poluentes atmosféricos

Hidrocarbonetos:
• Resultantes da queima incompleta de combustíveis
• Evaporação de combustíveis e outros materiais (solventes
orgânicos)
Principais poluentes atmosféricos

Oxidantes fotoquímicos:
• Compostos gerados a partir de outros poluentes
(hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), lançados à
atmosfera por meio de reação química entre esses
compostos, catalisados pela radiação solar.
• Exemplos: ozônio e o peróxi-acetil nitrato (PAN)
Principais poluentes atmosféricos

Material particulado:
• Material sólido e líquido capaz de permanecer em
suspensão
• Origem em processos de combustão ou em processos
naturais em razão da ação do vento
• Exemplos: poeira, fuligem, partículas de óleo, pólen
Principais poluentes atmosféricos

Metais:
• Material particulado associado aos processos de
mineração, combustão de carvão e processos siderúrgicos
• Material liberado em automóveis – juntamente com
material particulado pode ocasionar problemas de saúde
Principais poluentes atmosféricos

Gás fluorídrico (HF):


• Gerado no processo de produção de alumínio e
fertilizantes, refinarias de petróleo
• Processos a alta temperatura com materiais que
contenham flúor na sua composição
Principais poluentes atmosféricos

Amônia (NH3):
• Geração em indústrias químicas e de fertilizantes a base
de nitrogênio
• Processos biogênicos naturais que ocorrem na água ou no
solo
Principais poluentes atmosféricos
Gás sulfídrico (H2S):
• Subproduto gerado nos processos desenvolvidos em
refinarias de petróleo, indústria química e indústria de
celulose e papel (presença de enxofre na matéria-prima
processada)
• Processos biogênicos naturais
Principais poluentes atmosféricos
Pesticidas e herbicidas:
• Compostos químicos organoclorados, organofosforados e
carbonatados utilizados na agricultura (origem na produção
e utilização)
Principais poluentes atmosféricos

Substâncias radioativas:
• Depósitos naturais, usinas nucleares e testes de
armamento nuclear e a queima de carvão
• Materiais que podem causar o rompimento de ligações
químicas das moléculas que constituem o tecido vivo e
estrutura dos materiais
Principais poluentes atmosféricos

Calor:
• Emissão de gases a alta temperatura para o meio
ambiente – processos de combustão

Som:
• Emissão de energia para o meio ambiente na forma de
ondas de som
• Associado ao estilo de vida industrial
Poluição local

• Formados por episódios críticos de poluição em cidades


• Dependem dos poluentes gerados
• Função das condições climáticas existentes para a sua
dispersão

Smog industrial Smog fotoquímico

Podem ocorrer de forma simultânea ou separadamente, em


diferentes estações do ano, em uma mesma região
Smog industrial

Nevoeiro associado a material particulado e gases,


principalmente em REGIÕES INDUSTRIAIS ou com grande
queima de óleo (geração de energia)
Smog industrial

Típico de regiões frias e úmidas

Ocorrência no inverno (condições adversas para a dispersão


dos poluentes – inversão térmica)

Resulta da queima de carvão e óleo combustível

Regiões industrializadas ou nas proximidades de USINAS


TERMELÉTRICAS

Principais componentes são o SO2 e material particulado


Smog fotoquímico

É a poluição do ar, sobretudo em ÁREAS URBANAS, por ozônio


troposférico e outros compostos originados por reações
fotoquímicas (reações químicas causadas pela luz solar).
Smog fotoquímico

Típico de cidades ensolaradas, quentes e de clima seco

Ocorre devido aos veículos automotores que emitem:


- Hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e monóxido de
carbono

Na presença de luz solar dão origem a novos poluentes:


- Ozônio e peroxiacetil nitrato (PAN)
Controle da Poluição Atmosférica:
Smog industrial e Smog fotoquímico

Smog industrial Smog fotoquímico

• Lançamentos industriais • Queima de


• Dióxido de enxofre combustíveis – sistema
(SO2) de transporte
• Material particulado
Controle da Poluição Atmosférica:
Smog industrial e Smog fotoquímico

SMOG INDUSTRIAL

• Controle da emissão de SO2:


• Redução do consumo/utilização de alternativas
• Remover o enxofre antes da queima ($$)
• Chaminés mais elevadas
• Lavadores de gases (remoção de 90%): mistura de água e
calcário para a formação de sulfato de cálcio
Controle da Poluição Atmosférica:
Smog industrial e Smog fotoquímico

SMOG INDUSTRIAL

• Controle da emissão de Material particulado:


• Aumentar a eficiência da combustão
• Substituir combustíveis/ alternativas sustentáveis
• Remover o material particulado: precipitadores eletrostáticos,
filtros de manga, separador ciclônico, lavadores de gases
Controle da Poluição Atmosférica:
Smog industrial e Smog fotoquímico

SMOG FOTOQUÍMICO

• Controle das emissões no sistema de transporte:


• Sistemas alternativos/coletivos
• Motores mais eficientes e menos poluentes
• Controle no escapamento: queimadores e conversores
catalíticos
• Composição do combustível
Poluição global

Efeito estufa

Destruição da camada de ozônio na estratosfera

Chuva ácida
Efeito estufa
Gases de efeito estufa:
- Dióxido de carbono (CO2)
- Metano
- Óxido nitroso
- Clorofluorcarbono (CFCs)

Aumento da temperatura global:


Alteração de biomas, biodiversidade, aumento do nível dos
oceanos, intensificação de processos de desertificação,
intensificação de eventos climáticos extremos
Destruição da camada de ozônio

Funções do ozônio na estratosfera:

- Atenuador da radiação ultravioleta

- Utiliza a radiação UV nas reações químicas associadas aos


processos de formação e destruição dele mesmo
Chuva ácida
Origem:

- Gases nitrogenados e sulfonados reagem com o vapor de


água na atmosfera produzindo ácidos nítrico e sulfúrico

- Chuva com pH inferior a 5,6 (chuvas em regiões industriais da


Europa chegam a apresentar pH na ordem de 3)
Chuva ácida

Reações:

Ácido Sulfúrico Ácido Nítrico


Chuva ácida
Consequências:

- Perda de produtividade agrícola (acidificação de solos),


lixiviação de nutrientes

- Acidificação da água (lagos e reservatórios para


abastecimento e produção de energia): desgaste no concreto,
tubulações, turbinas e bombas.

- Alteração de ecossistemas aquáticos e destruição da


vegetação

- Destruição de obras civis e monumentos


Chuva ácida

Controle:

- Controle da emissão de óxidos de nitrogênio e dióxido de


enxofre

- Emissões locais, mas problema global – mecanismos de


circulação atmosférica

- 50% das chuvas ácidas no Canadá são originárias de


emissões nos EUA
- Destruição de florestas da Escandinávia a partir de
emissões geradas na Inglaterra e na Alemanha
Dispositivos para o controle das emissões
de poluentes atmosféricos
Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:

CÂMARA GRAVITACIONAL OU CÂMARA DE SEDIMENTAÇÃO

Princípio de remoção: força da gravidade


Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
CÂMARA GRAVITACIONAL OU CÂMARA DE SEDIMENTAÇÃO

(a) Câmara de expansão simples


(b) Câmara de múltiplos pratos (ou
bandejas)
(c) Câmara inercial

Remoção de partículas com


diâmetro entre 50 µm e 100 µm
Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
CICLONES

Princípio de remoção: força centrífuga + força da gravidade


Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
CICLONES
Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO

Princípio de remoção: forças eletrostáticas (campo elétrico)


Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO
Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
FILTRO DE MANGAS

Princípio de remoção: retenção do material no meio filtrante


Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
FILTRO DE MANGAS

• Filtração da corrente gasosa através de um meio material


poroso (meio filtrante) que retenha o material particulado em
suspensão

Remoção de partículas com


diâmetros menores que 0,1 µm
Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
LAVADOR VENTURI

Princípio de remoção: retenção do material no líquido


Dispositivos para remoção de material
particulado em suspensão:
LAVADOR VENTURI

Remoção de partículas com


diâmetro entre 0,4 µm e 20 µm
Dispositivos para remoção de poluentes
gasosos:
ADSORVEDOR

• Exemplos de materiais adsorventes:


• Sílica gel, Carvão ativado

Princípio de remoção: concentração do material sob a superfície do adsorvente


Dispositivos para remoção de poluentes
gasosos:
BIOFILTRO

Princípio de remoção: decomposição microbiológica


Dispositivos para remoção de poluentes
gasosos:
BIOFILTRO

Exemplo de utilização de algas para tratamento da fumaça em


churrascarias (Devon’s Grill)
Poluição do Solo

Consiste na deposição, disposição, descarga,


infiltração, acumulação, injeção ou aterramento no
solo de substâncias ou produtos poluentes, em
estado sólido, líquido e gasoso
Processos erosivos do solo

Erosão: processo de desagregação, transporte e


deposição dos solos e rochas em decomposição, pelas
águas, ventos ou geleiras
Alguns processos erosivos que contribuem para
o empobrecimento do solo
• Lixiviação:
Consiste na varredura dos nutrientes minerais leves, pela
enxurrada, diminuindo o poder de reestruturação do solo,
favorecendo o processo de empobrecimento do solo.

• Assoreamento:
Depósito e acúmulo de sedimentos nos rios, geralmente
provocada pela retirada das matas ciliares, para fins de
agricultura, o que facilita o desmoronamento do leito.

• Desmatamento:
A retirada da vegetação natural, favorece a quebra do
equilíbrio original, favorecendo e desgaste acelerado do solo.
Alguns processos erosivos que contribuem para
o empobrecimento do solo

• Queimadas:
Provoca a extinção dos nutrientes minerais, orgânicos e
gasosos que compõem o solo.

• Exploração excessiva:
O solo muito utilizado, principalmente para monocultura,
tende a perder nutrientes, pois os vegetais consomem do
solo esses elementos.
Resíduos da construção civil

Todos e quaisquer resíduos originados das atividades


de construção – novas obras, reformas, demolições e
limpeza de terrenos

• Solos
• Materiais cerâmicos (rochas, argamassas, cimento,
tijolos, telhas, gesso, vidro)
• Materiais metálicos (aço, ferro, etc)
• Materiais orgânicos (madeira, tintas, papel, restos
vegetais)
Resíduos da construção civil

Cerca de 80% dos resíduos da construção civil é passível


de ser reciclado

Geração de novos agregados a partir de material


cerâmico

Base para pavimentação a partir de solos e materiais


cerâmicos

Aproveitamento da fração metálica como sucata


REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS

RECICLAGEM DE RESÍDUOS

DESTINO FINAL

PRIORIDADES NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Digestão anaeróbia
Aterros Sanitários
Um aterro sanitário consta necessariamente das
seguintes medidas técnicas:

✓Base do aterro - Impermeabilização ou selamento


✓Drenagem e escoamento das águas superficiais
✓Sistema de drenagem do chorume
✓Sistema de tratamento do chorume
✓Sistema de drenagem dos gáses
Aterros Sanitários

Aterro Sanitário
Fonte: IPT/CEMPRE (2000)
Aterros Sanitários
Base do aterro - Impermeabilização ou selamento

Extensão da área a ser tratada, processo caro.

Na escolha da área sejam evitados:


“ os locais que apresentem solos excessivamente
permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo
muito próximo da superfície.”
Aterros Sanitários
Impermeabilização do Solo

Base do aterro impermeabilizado com manta de PEAD

Atualmente, uso mantas de


polietileno de alta densidade
(PEAD), com espessura
variando em torno de 2,0
(dois) milímetros.

RESISTE à ação de óleos e


solventes, tem baixa
permeabilidade a vapores de
água e gás, tem resistência
às intempéries e às altas
temperaturas.
Aterros Sanitários
Impermeabilização do Solo

Base do aterro impermeabilizado com manta de PEAD


Aterros Sanitários
Sistema de drenagem de percolados de aterro sanitário.
Aterros Sanitários
Sistema de drenagem de percolados de aterro sanitário.
Sistema de drenagem de percolados de aterro
sanitário.
Sistema de drenagem de percolados
de aterro sanitário
• Estimativa da quantidade de percolado gerado
(Q):
– Relacionado a quantidade de chuvas e do peso
especifico do RSU do aterro.

• Dimensionamento das tubulações:


– Declividade maior que 1%.
– Lei de Darci : Q = K.i.A
• K = permeabilidade hidráulica (m/s)
• i = Gradiente hidráulico (%)
Sistema de drenagem de percolados
de aterro sanitário
• Para aterros pouco compactados:
– Peso especifico entre 4 kn/m3 e 7 kn/m3.
– 25 a 50% da precipitação anual infiltra.

• Para aterros muito compactados:


– Peso especifico maior que 7 kn/m3.
– 15 a 25 % da precipitação anual infiltra.
Aterros Sanitários
Sistema de drenagem dos gases

Dutos captadores de
gases
Sistema de drenagem de gás
Sistema de drenagem de gás

Drenos perfurados de concreto


com diâmetro de 0,3 m e espaçamento
menor que 30 m e altura final 0,5 m acima
da cota máxima do aterro(NBR15849)
Aterros Sanitários
Tratamento do chorume

Processos físico-químicos e biológicos associados


Tecnologias de tratamento
de esgoto
Sistemas de coleta e transporte dos esgotos
Sistema
individual

Esgotamento Sistema
unitário

Sistema
Sistema
coletivo
convencional

Sistema
separador

Sistema
condominial
Sistema individual

111
Tratamento preliminar

Grades

Caixas de areia

Medidor de vazão
Caixa de areia
Tratamento primario
• Remove
– Solidos em suspensão causadores de DBO ou não
que tem capacidade de sedimentação.
Decantadores
Tratamento secundário
• Biológico
– Anaeróbio
– Aeróbio
– Lagoas de estabilização
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO DE LINS/SP
Lagoas facultativa – Descrição do Processo
Lagoa Facultativa
Lagoa Facultativa: Dispositivo de Saída
Principais Sistemas de Tratamento de Esgotos Sistemas de Tratamento por
Sanitários através de Processos Anaeróbios
Processo Anaeróbio

Sistemas Convencionais Sistemas de Alta Taxa

Digestores Com Crescimento Com Crescimento


de Lodo Aderido Disperso

Reatores de Dois
Reatores de Estágios
Tanques Leito Fixo
Sépticos
Reator de
Reatores de Chicanas
Lagoas Leito Rotatório
Anaeróbias Reator de Manta
de Lodo
Reatores de Leito
Expandido/Fluidific Reator de Leito
ado Granular Expandido

Reator com circulação


interna
Tanque séptico
Sistemas da alta taxa com crescimento
aderido

Filtro anaeróbio
Sistemas da alta taxa com crescimento
disperso
Reatores anaeróbio de manta de lodo - (UASB,
RAFA, DAFA, RALF, RAFAAL)

Lodo mais disperso e


leve

Grânulos, alta
capacidade de
sedimentação
Sistemas aeróbios
• Crescimento aderido

• Lodos ativados
Filtro biológico aeróbio
Filtro biológico
SISTEMAS aeróbio
DE FILTROS BIOLÓGICOS
AERÓBIOS

Decantador Filtros Decantador


Grade Caixa de areia Biológicos Secundário
Primário

Rio
Adensamento

Digestão

Secagem Lodo “Seco”


SISTEMAS DE FILTROS BIOLÓGICOS
AERÓBIOS
Esgoto Tratado

Reator Filtros Decantador


Grade Caixa de areia Biológicos Secundário
UASB

Rio
Lodo

Secagem

Lodo “Seco”
LODOS ATIVADOS
Conceito do Processo
Reações bioquímicas de remoção da matéria Sedimentação dos sólidos -
orgânica. efluente final clarificado.

Recirculação do lodo
Descarte do
lodo
LODOS ATIVADOS

Tanque de Aeração

Você também pode gostar