AIMARA 

 
   

Pedro Dias de Freitas 

Sarah Sartori Silva 
 Prólogo  - Povo de Yanomami, exijo falar com um sacerdote
imediatamente
- Aqui meu senhor, a que devemos a honra da chegada de um
O céu está lindo hoje...Estelar está de parabéns, o azul escuro
Celestial a nossa humilde terra?
com leves tonalidades de luz e toda sua extensão mesmo com a
- E qual seria o seu nome? Humano.
guerra finalmente terminada ainda precisamos cuidar de tudo por
- Meu nome é Eros meu senhor, sou um humilde sacerdote
aqui.
que aprendeu sobre as leis e os segredos dos Celestiais, hoje ensino
- Karl venha cá
meu povo a servi-los e adorá-los.
Estelar, nossa ela andou sumida desde a batalha final.
- Muito bem Eros, lhe contarei uma história e peço para que
- Minha senhora, como vai? Precisa de mim para algo?
repasse ao seu povo
- Preciso sim, agora que a guerra acabou precisamos garantir
- É claro meu senhor, estou ouvindo.
que ninguém irá questionar nossa vitória, já que você é o mais sábio
- Em um tempo muito remoto, havia somente duas espécies
de todos nós gostaria que ensinasse as novas gerações sobre como
viventes, os chamados Celestiais e os Gênios. Estes eram
foi a criação para que nunca esqueçam tudo que fizemos por eles.
extremamente poderosos e viviam entre si num lugar no qual podia
- É claro minha senhora, falarei com toda Aimara
se denominar como paraíso, a terra era coberta com flores de todas
imediatamente.
as cores, árvores frondosas exibiam suas tonalidades de verdes em
Acho que ela está preocupada, sinto muita tensão em sua
suas folhas, faziam as mais belas sombras para um descanso, todas
fala, não é para menos considerando tudo que houve, começarei
as árvores eram frutíferas e davam de seus frutos o ano todo, não
com os humanos - os tão interessantes humanos,- será bom
havia falta para ninguém, elas o faziam de bom grado e todos que lá
visitá-los...Mas, melhor não, farei isso rapidamente como a Estelar
viviam eram gratos por sua abundância. As águas, cristalinas, até
ordenou. Pronto, agora vamos começar.
refletiam como um espelho, era possível ver o céu um tom de azul
claro.
Os seres que lá viviam era muito belos, principalmente os
Celestiais, com uma pele cor de um leve tom de azul acinzentado,
cabelos longos negros, olhos profundos como o mar, e o sorriso
como estrelas brilhando.
Eram os Celestiais, Indico, Natives, Amazonita, Karl e Estelar -
a mais poderosa de todos -, juntos esses seres criaram Aimara a
grande terra vivente.
Indico usou seus poderes para criar os mares, rios e lagos; com as
ondas representando sua força e poder, a calmaria de um rio para
simbolizar sua benevolência e os lagos como palco para suas
adorações.
Natives criou a terra, florestas e montanhas; a terra para
simbolizar sua benevolência, as florestas para simbolizar suas
riquezas e as montanhas para demonstrar sua grandeza.
Estelar por sua vez criou os céus, a lua, as estrelas e o sol, os
céus para simbolizar sua complexidade, a lua para simbolizar sua
beleza, as estrelas para simbolizar sua delicadeza e cuidado e o sol
para mostrar seu imenso poder.
Para a criação da vida todos os cinco se reuniram e deram
parte de seus corações para criar Elfos, Humanos, Sereias, Animalos
e Dragões, contudo Amazonita se encantando pelos elfos os
concedeu o dom da magia e Karl que se interessou pela curiosidade
humana lhes concedeu sabedoria.
Com a adoração dos elfos à Amazonita e os prestígios
oferecidos dos homens à Karl, os demais Celestiais concederam
bênçãos a outras espécies. Celestial concedeu voo aos dragões e
poderes para reinar sobre o clima de Aimara desde que oferecessem
adoração a ela, Indico concedeu domínio sobre os mares para as
sereias desde que as mesmas se tornassem suas servas, Natives
frutificou e enriqueceu a terra dos animalos e a manteria assim com
a condição de ser o Celestial de suas orações.
Mas a conquista dos celestiais gerou inveja nos gênios, por se
irritarem com a conquistas de seus companheiros os Gênios
infectaram a terra com criaturas assombrosas. Demônios vermelhos,
criaturas que invadem florestas e a tomam para si, tem seus cabelos
cor de fogo, garras que parecem lança e os pés virados para trás;
Boiunas, criaturas marinhas com corpo de serpente, do tamanho de
navios, espreitam entre rochas esperando para emboscar
embarcações, essa criatura desafia os dragões realizando
tempestades para destroçar as vítimas; Cobras ardentes, criaturas
monstruosas com corpo de serpente do tamanho de uma casa, sua
pele exala enxofre e queima com fogo que não se apaga, cospe fogo
e queima a criação, e todas as quimeras, criaturas que são resultado
de misturas entre espécies distorcendo a ordem natural da criação.
A guerra era inevitável, depois de uma feroz batalha entre os
exércitos dos gênios e os exércitos dos Celestiais que duraram
décadas para os moradores de Aimara até os Celestiais derrotarem
os inimigos. Assim, toda criação impura deverá ser caçada e
destruída para purificar Aimara.
- Mestre...Eu estou impressionado,mas não sei conseguirei
lembrar de todos os detalhes por favor me ajude a contar a todos
essa historia magnifica.
- Não se preocupe mortal, eu enfeiticei cada palavra na qual
mencionei, você não esquecerá de nada mencionado aqui, mas
antes de ir preciso deixar algumas leis...vocês são a primeira geração
que não presenciou a guerra e para que os tempos serem mais
pacíficos nós Celestiais ordenamos que as espécies não se misturem,
que cada criatura mencionada que foi criada pelos Gênios seja
caçada e acima de tudo que vocês nunca procurem a ilha sem nome,
quem descumprir essas leis será transformada em uma criatura
horrenda e será escravizado pelos seus...Você repassaria esta
mensagem Sacerdote?
- Cla..Claro meu senhor mas será que não estaria sendo um
pouco radical demais?
- Está me desafiando? - humano insolente quem pensas que
é?
- Não meu senhor é claro que não, apenas perguntei.
- Ótimo, isso é por Aimara
- Por Aimara.
É ótimo voltar, queria ver a cara desses mortais quando nós
simplesmente sumimos para eles, um dia talvez eu fique para ver.
- Está feito?
- Estelar? Claro minha senhora está feito, falei para os
humanos e todos os povos simultaneamente através de sonhos, os
sacerdotes irão se encarregar de espalhar a mensagem.
- Ótimo, que uma nova Aimara comece.
 Capítulo 1: Yanomami  -Filho preciso que vá no reino hoje para mim vender algumas
geleias tudo bem? acabou o pão e não posso deixar essa barriguinha
ai roncando não é mesmo?
``O que você tá fazendo? Agora chega, nós não vamos aceitar
-Pode deixar dona Alice, vou vender tudinho eu prometo
isso``. Nossa, foi outro sonho, já é a terceira noite seguida...O que
-Esse é o meu garoto, agora vá logo que eu faço um banquete
será que significa? é sempre a mesma coisa, um cara roxo estranho
para você quando chegar
que parece uma fumaça, usando um chapéu cilíndrico, pelo menos
-Claro, sei, deixa eu adivinhar o prato principal vai ser pão
eu acho que é cilíndrico, grita ferozmente com um outro cara
com ovo?
azulado mas é tudo tão rápido que eu sinceramente nem sei
- Se você se comportar, talvez até mate uma galinha para
descrevê-los direito, melhor eu levantar e ir logo trabalhar ou
termos carne
mamãe vai ficar brava e ninguém merece tomar bronca logo de
-Agora vi vantagem
manhã.
- Agora vá e me impressione, tome a essa comida deve dar
-Bom dia mãe
para os dias de viagem e se comporte em? pense na galinha bem
-Bom dia filho, como passou a noite?
assada.
- Até que bem e a senhora?- Não queria contar sobre os
-Pode deixar
sonhos, depois de tudo que ela passou sempre evito preocupa-la ao
Bom lá vou eu novamente vender mais geleias, todo mês é a
máximo e acho que consigo...ela diz que eu lembro muito meu pai
mesma coisa e cada vez menos pessoas tem comprado...a situação
mas eu nunca o conheci, então não sei dizer, mas sempre que ela diz
está ficando difícil para nós, a comida já está escassa e não sei por
qualquer coisa sobre ele nossa os olhos dela brilham, mesmo só o
quanto tempo mais vamos conseguir nos manter
conhecendo por histórias eu tenho orgulho dele.
-TUPÃ
 - Lorax, oi o que aconteceu você tá agitado - ele ta muito
ofegante, parece que viu um fantasma ou coisa parecida.
- Tupã eu preciso da sua ajuda, por favor
- Claro o que houve? é o meu irmão ele…ele…
- Ele o que garoto? Fala logo
-Ele entrou na floresta do monstro e...e..
Nunca tinha visto o Lorax desse jeito, está suando frio bem
na minha frente, suas pernas tremem e sua boca mal fala, olhos
arregalados e dentes batendo, sua palidez é nítida e seu medo
contagiante, o ar parece ficar cada vez mais denso o impedindo de
falar...algo havia acontecido e eu não sei se quero saber...mas ele é
meu amigo...preciso ajudá-lo como eu puder.
-Lorax se acalme e fale logo o que houve
-Ok, tá legal...o Trint entrou na floresta do monstro, a
princípio ele só estava querendo bancar o corajoso fingindo que não
tinha medo de nada mas então ele matou um passarinho sem
querer, ele só trombou em um galho e derrubou um filhote mas não
foi por mal...só que…
-Lorax, fala logo
- O monstro o levou tá legal? Tupã, por favor eu preciso de
ajuda
O monstro? mas essa criatura é só uma lenda urbana, ela
nem deveria existir...Dizem que aquela floresta é protegida por uma
criatura, as lendas contam que ela não ataca ninguém a menos que o
invasor ameaçe a floresta, mas como eu disse antes, isso é história,
nunca ninguém nem chegou a ver...qual o nome que dão mesmo
para a lenda? Bom, de qualquer forma não posso dizer agora para o
Lorax o coitado parece ter certeza do que diz, minha viagem
costuma durar alguns dias mesmo acho que não terá problema me
atrasar algumas horas, a floresta está logo ao lado.
-Muito bem Lorax, eu vou ajudá-lo
-É..É SÉRIO?
Seu olhar mudou, parece confiante que eu realmente posso
ajudar.
- Claro que é sério, agora vamos encontrar o Trint
A floresta está logo ali, nunca havia chegado tão perto assim
dela, que sentimento estranho...é como se algo me puxasse para
fora dessa mata, meus instintos estão todos gritando para eu não
entrar ali, mas não vou deixar o Lorax na mão eu preciso ajudar.
 -Tupã...Nós chegamos
- É..chegamos, vamos entrando
A floresta é estranhamente densa, suas matas são fechadas a
ponto de parecer noite, as folhas se mexem mas não há vento, o
chão é muito úmido é praticamente impossível não deixar
pegadas...como que o Lorax perdeu o irmão assim do nada? não há
muito para onde correr sem fazer barulho.
- TUPÃ CORRE
O que? mas por que? eu não vi nada
- Lorax o que aconteceu? - quando terminei de falar o loiro
de olhos escuros mais corajoso de Yanomami estava em cima de
uma árvore, ai eu mereço.
- Lorax desce daí, para que esse descontrole todo?
-Desculpa é que eu achei ter visto uma cobra
Lorax estava muito assustado, mas sinceramente eu não
esperava outra coisa vindo do garoto que correu de uma menina de
quatro anos por que jurava que ela queria bater nele.
- Você precisa relaxar, vamos no local em que você viu seu
irmão pela última vez pode ser?
- Mas Tupã meu irmão sumiu a menos de um metro da
entrada da floresta
O que? mas como isso é possível? algo de muito estranho
aconteceu aqui
- SUMAM DAQUI AGORA
Que voz...mas que voz é essa?
- SE NÃO SAÍREM DESSA FLORESTA AGORA VÃO SOFRER AS
CONSEQUÊNCIAS
Que voz mais amedrontadora, eu nunca escutei nada assim
antes, é rouca e ao mesmo tempo intensa...é como se uma serpente
estivesse falando a nossa língua.
- É ele..Tupã é ele
- Ele quem Lorax? - Confesso que estou assustado e que tudo
isso é muito estranho mas não pode ser a criatu...ela não deveria
existir
- SE NÃO FUGIREM DAQUI AGORA EU PROMETO ARRANCAR
CADA MEMBRO DE VOCÊS ANTES DE COMÊ-LOS
O Lorax ta muito assustado, ele não está nem tremendo
simplesmente paralisou de vez...eu preciso tentar fazer alguma coisa
se realmente for o monstro das histórias e se tudo nas lendas forem
verdade eu não tenho a menor chance.
- Com licença, criatura nós não queremos fazer mal a floresta
apenas estamos atrás do Triti, se nos disser onde ele está iremos
embora e nunca mais voltaremos, eu juro.
- NÃO HÁ NINGUÉM NA FLORESTA ALÉM DE MIM E MEUS
AMIGOS, AGORA VÃO, ANTES QUE EU PERCA A PACIÊNCIA.
- Ele veio para cá ontem, tem em torno de 15 anos, cabelos
loiros, pele clara e olhos bem escuros como os do irmão dele que
está aqui ao meu lado
- ELE? VOCÊS QUEREM SALVAR AQUELE ASSASSINO? MUITO
BEM AGORA JÁ CHEGA.
Que som é esse que veio atrás de mim? pareceu alguém
caindo em pé será que pod…
Ai minha cabeça...acho que desmaiei, espera onde eu estou?
que lugar mais estranho parece que estou embaixo da terra, espera
- Lorax cadê você?
- Tupã? é você? que bom que você ta bem
- É eu to bem, você sabe onde estamos?
- Fale baixo...Ele vai escutar
Mas quem que falou agora? essa não era a voz do Lorax.
- Quem está aí?
- Já disse para calar a boca, eu sou Jack agora fica quieto
Jack? Esse nome não é daqui, droga eu não consigo ver nada
ta tudo muito escuro como eu queria alguma luz agora.
- Alguém ai tem um pouco de luz?
Caramba vagalumes, isso sim que eu chamo de sorte
- Eles te obedeceram?
Droga é aquela voz de novo - Por favor, nós só queremos o
Triti não queremos fazer mal a floresta
- Responda moleque eles te obedeceram?
- Eu não sei, acho que foi apenas coincidência.
- Que pena, isso poderia ter salvo vocês...Agora explicarei as
regras de um joguinho meu
Essa risada no fim da fala não tá legal, acho que a pausa de
algumas horas ta sendo mais demorada do que eu pensei.
- EU SOLTAREI VOCÊS E DAREI UM TEMPO DE VANTAGEM, SE
SAÍREM DA FLORESTA ANTES DE EU OS PEGAR ESTARÃO LIVRES.
- E caso a gente não consiga?
 É, acho que o Jack foi mais rápido, ainda to estranhando esse
cara estar por aqui mas acho melhor me preocupar com isso depois.
- CASO NÃO CONSIGAM BEM...DIGAMOS QUE EU ADORO UM
BANQUETE, TODOS ESTÃO AQUI POR COMETEREM CRIMES CONTRA
ESSA FLORESTA E TUDO QUE EU DESEJO É QUE PAGUEM POR ESSES
CRIMES.
- Então por que não devora a gente de cara? - Não sei se vou
gostar de ter perguntado isso.
- EU POSSO ERRAR, MAS A FLORESTA NUNCA, SE FOREM
INOCENTES ELA PROTEGERÁ VOCÊS E CASO NÃO SEJAM ELA
PERMITIRÁ QUE EU OS PUNA...AGORA QUE COMECE.
O que ta acontecendo? são vermes terrestres cavando para
nos levar a superfície? esses bixos são enormes e nunca consigo
diferenciar a cara deles das costas é tudo a mesma coisa, acorda
Tupã seu foco tem que ser outro agora você precisa sobreviver.
-Tupã? Lorax? Eu sabia que tinha escutado a voz de vocês,
estou tão feliz em vê los
-Trinti? nossa eu não acredito que é você - Ele realmente
ficou aliviado em nos ver, acho que todos estamos afinal tá todo
mundo chorando, mesmo tentando ser engraçado e estando tão feliz
em encontrá-lo precisamos dar um jeito de sairmos daqui, Lorax e
Trintin ainda estão se abraçando e chorando...não imagino como
deve ser doloroso não saber se verá a pessoa que ama
novamente...bom na verdade estou sabendo o que é isso agora, não
posso desapontar minha mãe ela precisa de mim, eu vou sair daqui
custe o que custar.
- Trint, Lorax, precisamos nos apressar a missão de resgate
ainda não acabou
- Sim você tem razão, o problema é não sabemos nada sobre
esse monstro, apenas folclore e boatos
Lorax tem razão, não adianta corrermos e apostar tudo em
não encontrá-lo, precisamos de um plano de contra ataque caso seja
necessário.
- É o garoto é esperto, devo admitir
Essa voz...Jack
- E então acho que precisam de mim.
- E por que você diz isso, posso saber? Não sabemos nem se
podemos confiar em você.
Trint tem razão, mas acho que podemos tirar algumas
informações desse cara, ao menos preciso tentar.
 - Então prove, o que você sabe que não sabemos?
- Primeiro, as lendas são todas verdadeiras, segundo que as
lendas não contam sobre todas as habilidades dessa coisa e terceiro
é que todos os capturados por ele no último ano estão sendo
perseguidos junto com a gente.
- Peraí como assim no último ano? - Droga isso é péssimo,
achei que só nós corríamos perigo e que daria para apenas fugir, mas
isso? isso é doentio não tem como deixar essa criatura matar tanta
gente.
- Sei o que tá pensando garoto, mas não vai rolar, ou são eles
ou nós.
- Você tá maluco? como podemos deixar tantas pessoas
morrerem?
- Eles não valem a pena ok? Eles só foram capturados por
danificaram a floresta enquanto corriam atrás de mim...Eu não vou
salvar aqueles animais, nunca.
- Tudo bem...Então pode ir… a gente dá conta, obrigado
pelas informações - Falei da boca pra fora...as cicatrizes que aquele
cara carrega não são pouca coisa, ele deve ser mais durão que todos
nós juntos, mas não posso deixar que aquelas pessoas morram eu…
- Tupã…
- Diga Lorax
- Eu sinto muito mas...Eu vou ficar com o Jack
- Você vai o que?
- Olha cara desculpa mas eu não posso colocar a vida do meu
irmão em risco...Vem com a gente...Você não quer voltar para sua
mãe?
Nesse momento...Nesse momento, meu coração se dividiu,
eu não queria deixar aquelas pessoas mas se eu morrer...Minha mãe
também vai, mas ao invés de morrer rapidamente irá aos poucos
por conta da fome...Eu odeio o que vou fazer mas é necessário.
- Tudo bem, eu desejo sorte a vocês, a vocês três.
- Boa sorte garoto, vai precisar
Trinti corre e me dá um abraço e me deseja boa sorte, Lorax
e eu nos olhamos e não dizemos nada...o olhar penetrante de dois
amigos que cresceram juntos e muito provavelmente nunca mais se
veriam o olhar de adeus foi colocado no lugar das possíveis últimas
palavras.
Estou correndo muito rápido agora, não sei por mais quanto
tempo consigo manter esse ritmo, estou ficando muito cansado e
minhas pernas doem, Espera o que foi isso? droga alguém foi pego,
esse grito foi de desespero, ele já pegou uma pessoa e eu nem
consegui encontrá-lo ainda mesmo seguindo essas pegadas vai Tupã
você consegue você precisa conseguir.
Jack disse que tudo na lenda é verdade, preciso me lembrar
da lenda do...droga qual o nome dele? Tá, enfim vamos lá.
A história começa assim: Há muito tempo atrás existiam dois
seres, os Gênios e os Celestiais, os Celestiais criaram Aimara, todas
as florestas, mares e rios, tudo foi criado por nossos Celestiais, mas
os Gênios não se contentaram em ficar de mãos vazias e exigiram
parte da criação, revoltados e invejosos eles contaminaram a terra
com criaturas profanas. Os Celestiais para nos salvar guerrearam
contra os Gênios e eliminaram grande parte do seu exército
asqueroso, a batalha foi intensa e devastadora mas os Celestiais
venceram e aprisionaram os inimigos em uma terra sem nome.
Alguns servos dos Gênios sobreviveram e se escondem nas sombras
profanando a criação dos deuses. Uma dessas abominações é...O
Demônio Vermelho, uma criatura de cabelos longos e vermelhos,
pés virados para trás e garras como lança, seus sentidos são
apurados como de animais e o próprio se intitula o protetor da
Floresta do Demônio.
Preciso encontrar as pegadas, droga, estou tão cansado que
as perdi de vista preciso ajudar essas pessoas, vou parar um pouco
para descansar...respira...respira.
Achei! Como seus pés são ao contrário ele está na direção
contrária das pegadas agora eu te pego, preciso de um lugar para me
esconder e esperar ajuda, enfrentá-lo sozinho é suicídio. Avistei
alguém, vou segurar ela devagar para ela não gritar e atrair o
Demônio.
- Fica quieto. - ainda bem que consegui agarrá-lo tampando
sua boca.
- Quem...Quem é você?
- Sou Tupã, e preciso da sua ajuda para distrair a criatura até
uma armadilha que iremos fazer.
Karl, seu servo reza nesse momento, me dê sabedoria para
enfrentar esse monstro e purificar a sua terra. Vai me dê um sinal,
por favor. Tá o que posso usar ao meu favor? O chão é fofo, é fofo e
escorregadio e lá tem aquela árvore oca.
- Tupã não é? qual seria essa armadilha?
 - Primeiro preciso saber o que você tem primeiro, existe
alguma coisa no seu arsenal que possa ajudar? - Por Karl espero que
ele tenha; que som é esse? Droga mais pessoas morreram, preciso
dar um jeito nesse bicho.
- Eu tenho uma faca, uma corda e uma espingarda com uma
única bala.
- A princípio, só precisaremos da faca e da corda mas, separe
sua espingarda, nunca se sabe. O plano é o seguinte, você amarra
essa corta em cima daquela árvore para ela ficar esticada bem ali,
me dê a espingarda, ela vai servir como distração, fique esperto e
puxe a corda assim que ele passar.
- Você é um menino esperto, vamos tentar.
A armadilha está pronta, espero que funcione. Agora...
vamos quebrar alguns galhos, será que ele ouviu? estou ficando
nervoso com tudo isso já...cadê ele?
- Cadê você seu monstro maldito?
- AQUI..
Essa voz...Ele está...atrás de mim. Vou tentar correr na
direção da armadilha, é a minha única chance, droga, droga, droga,
torci o tornozelo, ele está chegando muito perto, eu não posso
morrer.
-Toma essa babaca - espero ser bom de mira com essa coisa.
-ESSE É O SEU MELHOR TIRO? A FLORESTA NÃO QUER VOCÊ
VIVO GAROTO.
- Ai monstrengo, toma essa.
- DOEU, DOEU VOCÊ VAI PAGAR
Ele arremessou a própria faca? mesmo mal nos conhecendo
ele me salvou.
- COMO EU NÃO SENTI SEU CHEIRO?
- A ideia foi do garoto, geleia tem cheiro de fruta,
monstrengo.
- AGORA, VOCÊ VAI MORRER
Que barulho é esse? parece um...lobo? Minha nossa! Que
salto! Ele está enfrentando o Demônio Vermelho mas, Lobisomens
não deveriam andar sem seus mestres. O cara da faca parece
conhecer ele e não mostra muito agrado em ter sido salvo por
ele...Espera, o Jack tinha falado que os outros caras vieram aqui
atrás dele enquanto ele fugia...não possível.
- Jack é você?
 A luta está muito feroz para ele dar atenção preciso ajudar de
alguma forma, a faca está bem ali, corre Tupã, corre vai. Boa,
consegui pegar a faca, agora toma essa. Droga ele me viu.
- AGORA VOCÊ VAI MORRER
- Acho que não, Jack agora.
Jack mordeu o pescoço do demônio e arrancou sua cabeça a
fazendo rolar por alguns metros, felizmente tínhamos conseguido a
nossa vitória.
- Ora ora, então você ainda presta para alguma coisa covarde.
O cara da faca, então eu estava certo, ele realmente era o
dono do Jack, como não temos dinheiro e moramos em uma vila
mais humilde esqueço que ainda existe escravidão em Aimara, os
lobisomens sempre são escravizados e transformados pelos
Celestiais por descomprirem alguma lei implantada por eles, mesmo
achando cruel, sei que Eles sabem o que é melhor para nós mas, não
posso deixar Jack ser preso novamente.
- Ei senhor, acho que você tá me devendo não está? graças a
mim o Demônio está morto e pelo que vejo você é um caçador, essa
floresta está livre no momento, então exijo um pagamento.
- Seu menino imundo como ousa.
- Eu o faço porque posso, agora sai já daqui e eu ficarei com o
seu lobisomem como pagamento. - mesmo não gostando nem um
pouco o caçador saiu da floresta sem insistir...O que sinceramente
me pareceu estranho.
- É Tupã, não é? Bom agora parece que sou escravo, como
sabe só posso ser libertado quando meu mestre permitir, o que
nunca acontece na verdade.
- Bom na verdade estou te devendo uma também, não
derrotaria o demônio se não fosse por você, mas antes me diga por
quê ele não insistiu em ficar com você?
- Minha tarefa era protegê-los enquanto caçavam aqui, com
o Demônio morto não precisa mais de mim e seria apenas mais uma
boca para alimentar.
- Isso é cruel, mas agora vá e viva sua liberdade, você a
conquistou.
- Obrigado Tupã, eu nunca irei esquecer você, no meu
coração seremos sempre amigos.
Seus olhos estavam molhados, mesmo ainda estando na
forma de lobo, era estranho e ao mesmo tempo lindo ver uma
criatura que tanto julgamos amentradora demonstrar sentimentos
humanos tão tocantes.
Espero que seja feliz em sua nova vida mas, antes poderia
me dizer se Lorax e Trinti estão bem? Eu não consigo deixar de me
preocupar com eles.
Ele ficou em silêncio, e dessa vez não segurou o choro, não
demorei muito para entender e ao contrário dele, eu não chorei...
Não tive coragem de perguntar se eles sofreram ou como aconteceu
eu simplesmente fiquei em silêncio enquanto Jack se perdia na mata.
Espera...Onde estou? Eu...Eu estava na floresta agora pouco e
quem são essas pessoas? Onde é esse lugar?
 
 
 
 
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Capítulo 2: Ñandeva
``O que você tá fazendo? Agora chega, nós não vamos
aceitar isso``. O que está acontecendo? Estou acordando com medo,
eu durmo e esse sonho não me deixa, já é a terceira noite
seguida...Será que tem algum significado? Acredito que seja uma
mensagem, mas de quem? Toda vez é o mesmo sonho, um cara
roxo estranho que parece uma fumaça, usando um chapéu esquisito,
grita ferozmente com um outro cara azulado mas é tudo tão rápido
que eu sinceramente nem sei descrevê-los direito. Preciso encontrar
respostas, mas… por onde começar?
- Bom dia Hadassah, você está bem? Parece meio pálida.
- Bom dia mãe, foi só uma noite agitada, nada demais.
- Então ótimo, tome seu café e vai logo pegar um pouco de
lenha do Ibirapitanga, estamos ficando sem e precisamos nos
aquecer.
 - Tudo bem mãe - Nossa, estou um pouco avoada hoje,
aquele sonho não me sai da cabeça.
Aonde que ficava mesmo aquela árvore? Tudo aqui é tão
branco, com tanta neve que ainda me perco, acho que é depois
daquela colina ao sul. Adoro quando saio para passear pelo reino,
minha mãe sempre falou para termos cuidado, mas não entendo o
porquê, tudo sempre parece estar tão tranquilo, apesar de quê
nunca fui para a vila principal, moramos minha vida toda no meio
dessa floresta, até parece que nos escondemos de algo. Não sei o
que há comigo, hoje ando muito pensativa.
Foco Hadassah… Você precisa encontrar o Ibirapitanga, a
única espécie de árvore que não congela, seu casco vermelho como
o fogo, folhas com o formato de um coração, ela é perfeita para nos
manter aquecidas por um bom tempo. Não vai ser muito difícil de
encontrá-la, tudo aqui é tão branco, as árvores dessa floresta todas
são altos pinheiros brancos com folhas pontiagudas como facas que
recobrem toda sua extensão, e lisas como o gelo. Até mesmo nós, os
Elfos da neve, somos pálidos com cabelos brancos como a neve, às
vezes gostaria que aqui tivesse mais cor, como o Ibirapitanga.
Andei bastante, acho que estou perto já…
- Olá mocinha.
Quem disse isso?
- Olá…
- O que uma elfa faz perdida por aqui?
- Olá, senhor - nem ouvi ele chegar, apareceu de repente
atrás de mim, essa armadura dourada, com o símbolo de duas mãos
com os dedos encostados e um brilho verde saindo do meio, com
certeza é o símbolo da Amazonita mas, o que um cavaleiro do
sacerdócio faz por aqui?
- Você não ouviu minha pergunta menina?
- Desculpa meu senhor, eu estou somente procurando lenha,
mas não encontro a direção.
- Eu posso te dizer a direção, mas estou em busca de uma
informação também, você poderia me ajudar?
- Claro meu senhor.
- Você por um acaso conheceria uma tal de Mikaha?
- O que gostaria com ela? - Por que perguntariam sobre
minha mãe? Isso me parece muito esquisito.
- Amazonita nos mandou fazer uma visita a ela, assuntos dos
Celestiais, você não deve se preocupar com isso.
 - Amazonita? Nossa! - Uma grande honra ser lembrada pelos
grandes Celestiais.
- Sim menina, você saberia me responder?
- Claro meu senhor, Ela vive ao leste da floresta branca, após
as colinas de gelo.
- Obrigado, o que você procura está mais ao oeste, depois do
lago congelado.
- Agradeço meu senhor, tenha um bom dia.
- Você também, mocinha.
Nossa, eu nem acredito que um Celestial, a grande
Amazonita, mandou alguém para visitar minha mãe, mal vejo a hora
de chegar em casa para ela me contar tudo. Vou correndo pegar a
lenha e voltar o mais rápido para casa, hoje vai ser um dia ótimo,
tenho certeza.
Será que um dia vou conhecer Amazonita, a Celestial da
magia, gostaria muito, ela concedeu do seu dom a todos os elfos,
quando nascemos já possuímos magia, cada elfo tem sua
especialidade e com o tempo vão se aperfeiçoando, um dia serei
uma grande maga da água e vou sair daquela floresta e levar minha
mãe para a vila principal.
Não aguento mais andar, está chegando o crepúsculo,
preciso achar logo e voltar para casa, minha mãe deve estar
preocupada. Ali está, finalmente achei o Ibirapitanga, vou cortar e
levar logo para casa.
- Ai isso aqui está pesado, deveria existir uma magia para
levantar esse peso todo.
Acho que tive uma ideia…
- RALEGNOC
Isso ai, agora está fácil de levar, o chão todo está congelado,
vou só deslizando a madeira pelo gelo, chegarei bem mais rápido.
Estou quase em casa, já está raiando a última luz do sol… O
que que é isso? Tudo aqui está destruído, o que aconteceu? Mãe?
cadê minha mãe?
- MAAÃE, CADÊ VOCÊ? MÃE, ME RESPONDA.
- Hadassah, é você? Filha est.. estou aqui.
- Mãe, mãe, o que houve? Em nome de Amazonita. - Ela está
caída no chão, toda ensanguentada, o que aconteceu?
- fi.. filha, nos desco… descobriram.
- Como assim mãe? Não estou entendendo, quem fez isso e
por quê?
- ah minha doce menina… eu, eu só queria te prote… ai, te proteger.
- Proteger? Não entendo mãe, eu não entendo!
- Acho que está na hora de saber sobre suas origens.
- Mãe…
- Não temos tempo, me escuta… Quando jovem eu era muito
aventureira, adorava conhecer o nosso reino, um dia na vila
principal, o sumo sacerdote élfico recebeu humanos para
negociações comerciais, o maior dos humanos tinha um filho, e ele
era de todo muito esbelto, inteligente e aventureiro, não parava no
palácio. Um dia em uma de minhas saídas dei de encontro com
Gerald e naquele momento nossos olhos se encontraram e nos
unimos com laços que nunca foram vistos por ninguém. Mas isso
era contra as leis, nunca poderia haver mistura das espécies e
nossa paixão teria de continuar escondida, pois era estritamente
proibida. Depois de uma semana ele voltou para sua terra, mas o
que não esperávamos era uma gravidez, uma mestiça, era tudo o
que não queriam nesse reino, eu fui acusada de traição as leis e
condenada a ser escrava dos elfos, sendo transformada numa
lobisomem e te entregar para a purificação, mas resisti, fugi para
te proteger, mas de alguma forma nos encontraram. Desculpa
minha filha, mas agora você terá que percorrer o mundo sozinha.
Não, mãe, eu fui a responsável por isso, eu levei minha mãe
para a morte, como fui tola, uma tola em acreditar que a visita de
um cavaleiro do sacerdócio ia ser boa, eles são, são, uns assassinos.
Droga não consigo parar de chorar, eu juro que vou me vingar, que
vou matar quem fez isso com minha mãe.
- Mãe, me perdoa, eu não queira…
- Filha, minha doce e amada filha, saiba que eu faria tudo denovo
por você, você é o meu maior tesouro, me perdoa por te abandon…
- MÃE, MÃE, ACORDA MÃE, NÃO MÃE, POR FAVOR
ACORDA…. acorda, mãe, não me deixe, me perdoa mãe…
-ELA ESTÁ ALI, A IMPURA.
Os assassinos, eles estavam me esperando, o que eu faço?
Para onde vou? tenho que correr!
- PEGUEM ELA, NÃO A DEIXE ESCAPAR
Consigo enxergar muito pouco nesse breu, preciso ir em
frente, até pensar em alguma coisa. O que é isso? ​Droga, são três
soldados de gelo, com certeza aquele cavaleiro do sacerdócio quer
me matar. Espera, gelo? tive uma ideia.
- RALEGNOCSED
 Descongelei as pernas dos três soldados, acho que ganharei
um tempo para fugir, preciso ser rápida. Tem mais um atrás de mim,
quantos soldados há? Vou usar a mesma magia. Pare e se concentre
Hadassah.
- RALEGNOCSED
Virou água, boa Hadassah, agora pare de perder tempo e
corra, preciso achar um lugar que ninguém vai me achar.
- VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR DE NOVO SUA IMPURA! POR
ORDEM DE AMAZONITA VAMOS TE PURIFICAR!
Estou com medo, já não sei se conseguirei escapar, não sei
mais a quem recorrer.
- RALEVER
QUE LUZ É ESSA? POR QUE ESTOU ILUMINANDO? ASSIM ELE
VAI ME ACHAR.
- ERUFREP
- AAAI, MEUS BRAÇOS - Fui atingida, estou sangrando, parece
que fui perfurada como por lanças, isso dói demais mas, não veio
nada em minha direção.
Estou em cima da colina já, vou deslizar para chegar o mais
rápido no terreno baixo, tá doendo muito, preciso ser forte.
- Onde pensa que vai impura?
Mais um soldado de gelo e o cavaleiro do sacerdócio? O que farei?
- PEGUE ELA SOLDADO, E FINALIZE A PURIFICAÇÃO.
- RALEGNOCSED
- SUA HÍBRIDA O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
- Se eu vou morrer, vamos todos juntos!
A Colina descongelou, levando todos ladeira a baixo, não sei
se conseguirei sobreviver, mas ao menos tentarei, preciso ser forte,
por mim e Mikaha.
Meu corpo não se move, não tenho mais forças, acho que
deu cer…. O que? Como foi possível? Ele tá se levantando? Não, não
não.
- AGORA VOCÊ IMPURA VAI SOFRER A PURIFICAÇÃO!! MORRA
PELA ESPADA DOS CELESTIAIS!
Eu não consigo me mexer, não posso morrer, não posso…
- UAAARRRRHG
O que é isso? Que animal gigantesco, ele se parece com um
urso, não, mas um urso não tem cabeça de raposa, que criatura é
essa? Corpo como de um Urso, cabeça igual a de uma Raposa, Asas
semelhantes a de Coruja e garras como de Gavião. Nunca vi nada
igual, e está lutando ferozmente contra o Guerreiro do Sacerdócio.
Eu não consigo fugir, estou fadada a morrer, seja por essa criatura
ou pelo nome dos Celestiais.
Preciso me mexer mas não consigo, a criatura está atacando
ferozmente o guerreiro.
- Morra de uma vez por todas seu monstro detestável.
O que o cavaleiro está fazendo? Como é possível mandar
uma magia assim? Eu nem consigo acompanhar.
- AUGA AUS A ADOT EROPAVE
Toda a água do monstro está se transformando em vapor
mas assim ele vai morrer, é impossível escapar disso.
- Você perdeu, não há como escapar desse feitiço...MAS
COMO?
A criatura escapa, impressionante ela bateu as asas e pareceu
que um furacão estava passando e indo em direção ao cavaleiro, é
muito poder eu nunca imaginaria que existiam seres tão poderosos
quanto esse dois.
A Criatura está atacando, a velocidade dos golpes é
fascinante e que torna a agilidade do cavaleiro em desviar deles mais
fascinante ainda, esse estranho animal bate com suas garras
sequencialmente sem dar chances para o inimigo, eu preciso que os
dois se matem nessa batalha, caso o contrário, eu não sobreviverei,
ele está conjurando outro feitiço.
- EDATSEPMET ED OHLO
O que é isso? o vento….o vento tá muito forte não consigo
me segurar.
Onde estou? Acredito que desmaiei enquanto ocorria a luta,
que lugar é esse? Como parei aqui?
- Olá criança, está machucada?
A criatura, fala? O que é ela? e, por que não me devorou?
- O...oi, quem é você? Como vim parar aqui? Por que não me
devorou?
- Calma criança, quantas perguntas, não tenha medo, sou
Zalete, uma quimera e preciso te contar uma história.