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Discentes
Amarildo Basílio
Filomena Amina Alves
Nigaba Dieudonne
Nampula, Junho
2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Nampula, Junho
2022
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Tema: Influência das Teorias do Poder Terrestre, Marítimo e Espacial para os Estudos
Geopolíticos Globais...................................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas........................................................................................................14
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Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira de Geopolítica e Estratégia, e visa abordar a cerca de
Influência das Teorias do poder Terrestre, Marítimo e Espacial para os Estudo Geopolíticos
Globais. No entanto, é de extrema importância referir que, a geopolítica refere-se às
implicações que as relações sociais e de poder estabelecem com diferentes dimensões da
categoria espaço, de forma multitemática e interdisciplinar. Pensar a Geopolítica é considerar,
de forma dialógica, as relações geográficas entre factos e fenômenos espaciais em diferentes
escalas de organização e planeamento de políticas públicas e acções governamentais com
impactos locais, regionais, nacionais e internacionais dos diversos países. Para a realização do
trabalho foi possível com o auxílio de diversas obras de autores que abordam assuntos
relacionados com o Tema, sites e documentos em formato PDF, detalhados nas Referências
Bibliográficas.
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Tema: INFLUÊNCIA DAS TEORIAS DO PODER TERRESTRE, MARÍTIMO E
ESPACIAL PARA OS ESTUDOS GEOPOLÍTICOS GLOBAIS
O termo geopolítica tem como essência uma conotação estratégica, acerca de acções
envolvendo controlo de territórios dos Estados Nacionais, criação de organizações, como a
ONU, interpretando o que está acontecendo na política dos dias actuais a partir de
informações geográficas. Com suas pesquisas sobre as interações entre as grandes regiões e
zonas do mundo, a geopolítica se interessa naturalmente na política internacional e seus
aspectos diplomáticos.
Os actores que influenciam as relações entre espaço e poder são os mesmo que vem
transformando as relações econômicas num cenário de globalização: Estados (desde os mais
desenvolvidos até os subdesenvolvidos), as multinacionais, os organismos internacionais
(ONU, FMI e Banco Mundial), as ONG, setor financeiro (bancos e financeiras e bolsas de
valores), as grupos paramilitares de motivação ideológica ou religiosa.
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avanços tecnológicos (principalmente nas áreas de transportes, telecomunicações e
informática);
Aplicação do poder à arte de governar. Na área política as relações entre espaço e poder têm
sido influenciadas pelo poder extraterritorial. Exercido por Estados dotados de supremacia
econômica e tecnológica. É uma espécie de invasão territorial virtual, pois não há ocupação
física, apenas as redes são bonbardeadas com informações de interesse dos países poderosos.
O território
Segundo RAFFESTIN (1993), “território como espaço trabalhado pelos homens. O espaço
seria algo cru e preexistente ao território, pois ainda não sofreu com a ação do homem naquele
ambiente. O que condiz com a definição de territorialização, que é o processo em
que o homem age dentro de um território no caso do Estado, a aplicação da soberania. Em
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uma definição mais ampla, Milton Santos (1986) define o território como um dos três
elementos constitutivo de um Estado-Nação, juntamente com a população e a soberania.
Logo, o espaço existe sem o território, mas este coexiste com aquele em uma relação estrita
dentro da aplicação da soberania do Estado.
No início do século XIX, com os geógrafos alemães Humboldt e Ritter (Gallois, 1990;
206), se iniciaram trabalhos geográficos explicativos e não só descritivos como até então.
Com este progresso conceptual, procuraram-se levantar as causas da distribuição espacial dos
fenómenos físicos, biológicos e humanos, ou pela procura das relações de causa-efeito, em
realidades de fenómenos interdependentes, ou através da observação das condições em que
esses fenómenos ocorriam noutras áreas.
Poder Marítimo
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Segundo Mahan, o poder marítimo assenta em cinco factores (elementos básicos do poder
marítimo): a posição geográfica, a configuração física e a extensão do território, o efectivo
populacional, a psicologia nacional e as características do governo.
De acordo com DIAS, (2005), “as suas teorias baseiam-se num centro (pivot geográfico
ou heartland), localizado na «eurásia» (europa ásia), em torno do qual se articulam todas as
«dinâmicas geopolíticas» do planeta.
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permite mobilidade no seu interior, com população numerosa e inacessível ao poder
marítimo), assumindo-se este passo como o primeiro a dar na busca da hegemonia mundial.
Por outro lado, de acordo com Mackinder, seria necessário que as potências ocidentais
vencedoras e a Rússia também cooperassem, a partir do momento que houvesse sinais
indicadores de ameaça à Paz (cooperação que de facto não foi materializada – pouco tempo
depois teríamos a Guerra Fria).
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fronteira da Mongólia e os gelos do Oceano Glaciar Árctico. O rimland corresponde às terras
costeiras da Eurásia, ou seja, a Europa Marítima, o Médio Oriente, a Índia, o Sudeste Asiático
e o Extremo Oriente (região idêntica ao crescente interior de Mackinder). Nas ilhas e
continentes exteriores encontramos regiões como África, Madagáscar, Austrália, Nova
Zelândia, Indonésia, Japão. A cintura oceânica integra os oceanos Atlântico, Índico e Pacifico.
(Dias, 2005)
A teoria de Spykman valoriza toda a região do rimland, sob o argumento que este espaço seria
objecto de competição e conflitualidade por parte dos poderes terrestre e marítimo e o seu
controlo significaria uma vantagem geopolítica importante, o que lhe confere uma
característica dual. (DIAS, 2005)
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O Estado como o principal ator no sistema internacional
Historicamente, a Geopolítica se apoiou no pressuposto do Estado como sendo a única
unidade política do sistema internacional. Nesse caso, o poder do Estado se encontrava
diretamente vinculado às potencialidades e atributos de seu território, condição para o seu
desenvolvimento e exercício de seu poder (BECKER, 2000).
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A nova definição do valor estratégico dos territórios
Assim, o potencial econômico e estratégico dos territórios passa a ser definido, em grande
medida, por seu conteúdo tecnológico e por sua disponibilidade de biodiversidade. Esses
fatores veem valorizar os territórios de maneira altamente seletiva e a partir de qualquer
escala geográfica, não apenas a do Estado.
O Estado não é mais a única representação do político nem a única escala de poder,
mas certamente é uma delas, mantendo-se ainda, embora com novas formas e funções. Se o
Estado deixa de ser o executor exclusivo dos processos econômicos e políticos, acumula, em
contrapartida, funções de coordenação e regulação crescentes, para fixar as regras básicas das
parcerias (BECKER, 2000, p: 297).
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Conclusão
A geopolítica é modo de análise que atingiu grande popularidade entre o fim do século XIX e
meados do século XX. Pode-se concluir que o estudo da Geopolítica é fundamental para se
estabelecer uma política nacional, visando-se conquistar ou manter os objetivos nacionais.
Nota-se que é necessário levar em consideração as concepções geopolíticas dos demais
Estados, principalmente as dos vizinhos e dos que se situam nos centros de poder para
planejar quaisquer posições. Ao longo da história da humanidade, é frequente por partes de
líderes estadistas, diplomatas, militares, filósofos, historiadores e geógrafos de todas as
regiões, a interpretação das características e fenômenos dos espaços geográficos das regiões
visando à formulação de soluções de caráter político para alcançar interesses específicos das
nações ou dos Estados.
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Referencias Bibliográficas
ALMEIDA, Políbio E. A, Ensaios de Geopolítica Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas, Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, 1994
MELLO, Leonel Itaussu Almeida. Quem tem medo da Geopolítica. São Paulo: Editora
HUCITEC/EDUSP, 1999.
MOTTE, Martin “Une Défiition de la Géostratégie”. Stratégique n.º 58. Paris, 1995.
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