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EDcl nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1169126 - RS

(2009/0236102-0)

RELATOR : MINISTRO OG FERNANDES


EMBARGANTE : MARIA HELENA BERED
EMBARGANTE : MARIA ALICE BUCHELE BECHTEL
ADVOGADOS : FRANCIS CAMPOS BORDAS - RS029219
MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA - RS031485
CYNTHIA LISANDRA ORTIGARA - RS048217
ADRIANE KUSLER - RS044970
CAROLINA CORTESE COELHO E OUTRO(S) - RS056633
ADRIANO HAGEMANN - RS041886
GUILHERME PACHECO MONTEIRO - RS066153
MAURO BORGES LOCH - RS066815
LETÍCIA KOLTON ROCHA - RS079706
GERSON ALVES LETTRES - RS080412
RAQUEL BORGES LOCH - RS081306
DOUGLAS DOS SANTOS DA MOTTA - RS084973
SAMUEL CARLOS STEPIEN - RS086907
EMBARGADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -
UFRGS

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM


RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE QUALQUER VÍCIO NO ARESTO
EMBARGADO. MERA IRRESIGNAÇÃO COM O TEOR DO ACÓRDÃO
EMBARGADO. MODULAÇÃO DE EFEITOS. ART. 927, § 3º, DO CPC.
APLICAÇÃO PARA HIPÓTESE DE ALTERAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE DO TRIBUNAL. DESCABIMENTO. REJEIÇÃO DOS EMBARGOS
DECLARATÓRIOS.
1. A atribuição de efeitos infringentes, em embargos de declaração, somente é
admitida em casos excepcionais, os quais exigem, necessariamente, a
ocorrência de qualquer dos vícios previstos no art. 1.022 do CPC/2015.
2. De toda a argumentação deduzida pela parte embargante, apenas se verifica
irresignação com o disposto no aresto que negou provimento aos embargos de
divergência em recurso especial, não sendo o caso de provimento dos
embargos de declaração.
3. Sobre as omissões apontadas, foram claramente abordadas e explicadas na
ementa do acórdão embargado e exauridas no voto do Relator.
4. Importante lembrar que o teor do art. 489, § 1º, inc. IV do CPC/2015, ao dispor
que "não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que não enfrentar todos os argumentos
deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador", não significa que o julgador tenha que enfrentar todos os argumentos
trazidos pelas partes, mas sim os argumentos levantados que sejam capazes
de, em tese, negar a conclusão adotada pelo julgador.
5. A pretensão da parte ora embargante ao apontar omissões inexistente é, tão
somente, manifestar dissenso e pedir o rejulgamento de questão já decidida, o
que não é cabível em embargos de declaração. A jurisprudência desta Corte
Superior é pacífica no sentido de que a discordância com o julgamento não se
configura motivo para a interposição de embargos declaratórios. Precedentes do
STJ.
6. A outra irresignação da parte embargante diz respeito a uma suposta omissão
na análise da modulação dos efeitos da tese firmada, conforme prevê o art. 927,
§ 3º, do CPC.
7. O art. 927, § 3º, do CPC prevê que, "na hipótese de alteração de
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais
superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança
jurídica.". O enunciado nº 76 aprovado na I Jornada de Processo Civil do CJF e
o enunciado nº 55 do Fórum Permanente de Processualistas Civis - FPPC
doutrinam que o referido dispositivo legal é aplicável apenas às hipótese de
modificação da jurisprudência dominante do órgão julgador, posição que
também adoto.
8. A tese firmada no caso em pauta, no entanto, seguiu a jurisprudência
consolidada desta Corte sobre a matéria, no sentido de que o ajuizamento de
execução coletiva de obrigação de fazer, por si só, não repercute no prazo
prescricional para execução individual de obrigação de pagar derivada do
mesmo título (AgRg nos EmbExeMS 2.422/DF, Rel. Ministro Rogerio Schietti
Cruz, Terceira Seção, DJe 8/4/2015; AgRg no AgRg no REsp 1.169.126/RS, Rel.
Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 11/2/2015; REsp 1.251.447/PR, Rel.
Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 24/10/2013; AgRg no REsp
1.126.599/PR, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 7/11/2011; AgRg no
REsp 1.213.105/PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe
27/5/2011; AgRg no AgRg no AREsp 465.577/PE, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 20/6/2014; AgRg no REsp 1.100.214/RS, Rel.
Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 25/5/2010, DJe 28/6/2010).
9. Assim, não se configura presente a necessidade de modulação dos efeitos do
julgado, tendo em vista que tal instituto visa a assegurar a efetivação do princípio
da segurança jurídica, impedindo que o jurisdicionado de boa-fé seja prejudicado
por seguir entendimento dominante que terminou sendo superado em momento
posterior, o que não é a hipótese do caso concreto.
10. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da CORTE ESPECIAL do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques,
Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita
Vaz, João Otávio de Noronha, Maria Thereza de Assis Moura, Herman
Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Brasília, 18 de novembro de 2020.

HUMBERTO MARTINS
Presidente

OG FERNANDES
Relator
Superior Tribunal de Justiça
EDcl nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.169.126 - RS
(2009/0236102-0)

EMBARGANTE : MARIA HELENA BERED


EMBARGANTE : MARIA ALICE BUCHELE BECHTEL
ADVOGADOS : FRANCIS CAMPOS BORDAS - RS029219
MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA - RS031485
CYNTHIA LISANDRA ORTIGARA - RS048217
ADRIANE KUSLER - RS044970
CAROLINA CORTESE COELHO E OUTRO(S) - RS056633
ADRIANO HAGEMANN - RS041886
GUILHERME PACHECO MONTEIRO - RS066153
MAURO BORGES LOCH - RS066815
LETÍCIA KOLTON ROCHA - RS079706
GERSON ALVES LETTRES - RS080412
RAQUEL BORGES LOCH - RS081306
DOUGLAS DOS SANTOS DA MOTTA - RS084973
SAMUEL CARLOS STEPIEN - RS086907
EMBARGADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -
UFRGS

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO OG FERNANDES: Trata-se de embargos de


declaração opostos por MARIA HELENA BERED e MARIA ALICE BUCHELE
BECHTEL, nos autos em que contendem com UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL - UFRGS, em face de aresto assim ementado (e-STJ, fls. 644-645):

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.


ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDORES PÚBLICOS
FEDERAIS. MAGISTÉRIO SUPERIOR. UNIVERSIDADE FEDERAL.
REAJUSTE DE 28,86%. EMBARGOS À EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE
FAZER E DE PAGAR. PRETENSÕES DISTINTAS. PRECEDENTES.
NÃO PROVIMENTO.
1. Importa, de início, ressaltar qual a tese jurídica que se pretende ver
enfrentada no âmbito desta espécie recursal. Como se pode perceber,
buscam as embargantes o reconhecimento de que a propositura da
execução coletiva de prestação de fazer deve ser considerada causa de
interrupção do lapso prescricional da pretensão executória individual da
obrigação de pagar, voltando a correr apenas com o final da execução de
fazer.
2. Em que pesem outros argumentos trazidos na petição, verifica-se que
os paradigmas não dizem respeito aos demais temas apontados. Há de
ser lembrado que os embargos de divergência constituem recurso de
fundamentação vinculada. Sua finalidade imediata é a uniformização de
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teses divergentes entre os órgãos julgadores do STJ. Apenas,
mediatamente, poder-se-á atingir o objetivo de modificação do julgado.
3. A melhor tese a ser adotada e pacificada está assentada no acórdão
recorrido, pois que, ainda que originadas de um mesmo título judicial, as
duas pretensões (fazer e dar) são distintas, motivo pelo qual o prazo
prescricional para ambas inicia-se com o trânsito em julgado do título
executivo judicial e corre paralelamente sem que o exercício da pretensão
em uma obrigação reflita sobre a outra.
4. Logo, deve prevalecer o entendimento segundo o qual o ajuizamento da
execução coletiva da obrigação de fazer não repercute na fluência do
prazo prescricional da execução da obrigação de pagar, na medida em
que as pretensões são distintas, não se confundem e têm regramento
próprio. Precedentes.
5. Embargos de divergência conhecidos em parte e, nessa extensão, não
providos.

Alega a parte embargante duas omissões no aresto embargado,


consoante se lê nos seguintes trechos do recurso:

A primeira questão federal do presente caso – não enfrentada – é a


seguinte: quando há prejudicialidade originária ou superveniente ao título
entre as pretensões executivas, aplica-se o regime geral ou o regime
excepcional da prescrição relativa a pretensões oriundas do mesmo
título? O Relator limita-se a afirmar a regra geral da autonomia das
pretensões, sem mencionar o regime excepcional da prescrição em
função da inexistência de prejudicialidade originária ou superveniente
entre as pretensões. Não há pronúncia da Corte Especial sobre a
possibilidade de enquadramento do caso no regime excepcional por força
de prejudicialidade superveniente. Diante da análise incompleta da regra e
das suas duas exceções, resulta impossível formar um precedente capaz
de resumir e resolver a questão, com o que o STJ – e especialmente a
Corte Especial – acaba ficando à margem da sua missão essencial.
Além disso, há ainda uma segunda questão federal igualmente
relevantíssima e não enfrentada: como é possível valorar um
comportamento passado à luz de uma reviravolta jurisprudencial ocorrida
no futuro? Não seria o caso, então, de valorá-lo de acordo com a
jurisprudência consolidada no passado, vigente ao tempo da sua adoção?
Se isso é verdade, omitiu-se ou não esta Suprema Corte de Direito
Federal ao não outorgar efeitos prospectivos à decisão?

Ao final, requerem seja "i) o efetivo enfrentamento da questão posta em


julgamento pelos Ministros e Ministras que se limitaram a consignar a autonomia das
pretensões, complementando-se o seu exame à luz da possibilidade de seu
enquadramento na hipótese de prejudicialidade superveniente, forte no art. 1.022,
inciso II, CPC; ii) em sendo o caso, a declaração de inexistência de prescrição, por
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força da colmatação da omissão e do enquadramento do caso na hipótese de
prejudicialidade superveniente, negando-se provimento ao recurso especial; iii) o
enfrentamento da omissão concernente à necessidade de outorga de efeitos
prospectivos à superação do precedente, forte no art. 927, § 3º, CPC,
resguardando-se a eficácia do exercício sucessivo das pretensões de fazer e de
pagar pelos Embargantes, haja vista que realizados de acordo com a jurisprudência
consolidada e pacífica deste Superior Tribunal de Justiça existente ao tempo do
respectivo exercício".
A parte adversa apresentou contrarrazões aos embargos de declaração
às e-STJ fls. 764-775, pugnando pela sua rejeição, com base na seguinte
argumentação: "Por meio dos aclaratórios, pretende a parte ora embargante defender
que o debate sobre a compensação instaurado no âmbito da execução de fazer era
condição prejudicial à liquidação do crédito, o que interviria no prazo prescricional da
execução de pagar. Ocorre que a decisão embargada não foi omissa quanto ao
ponto. (...). Ficou claro, portanto, que tendo sido a condenação genérica, a pretensão
de liquidar o título para pagamento já poderia ser exercida desde o trânsito em
julgado do feito que a embasava, sem necessidade de aguardar qualquer desfecho
quanto a debate instaurado no âmbito da execução de fazer, em face da autonomia
das pretensões. Assim, o que houve foi rejeição da tese defendida nos embargos de
declaração, e não omissão.".
Parecer do MPF às e-STJ fls. 780-786, pela rejeição dos embargos de
declaração nos embargos de divergência.
É o relatório.

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RELATOR : MINISTRO OG FERNANDES


EMBARGANTE : MARIA HELENA BERED
EMBARGANTE : MARIA ALICE BUCHELE BECHTEL
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MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA - RS031485
CYNTHIA LISANDRA ORTIGARA - RS048217
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ADRIANO HAGEMANN - RS041886
GUILHERME PACHECO MONTEIRO - RS066153
MAURO BORGES LOCH - RS066815
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GERSON ALVES LETTRES - RS080412
RAQUEL BORGES LOCH - RS081306
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EMBARGADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -
UFRGS
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA


EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE QUALQUER VÍCIO NO
ARESTO EMBARGADO. MERA IRRESIGNAÇÃO COM O TEOR DO
ACÓRDÃO EMBARGADO. MODULAÇÃO DE EFEITOS. ART. 927, § 3º,
DO CPC. APLICAÇÃO PARA HIPÓTESE DE ALTERAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO TRIBUNAL. DESCABIMENTO.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS.
1. A atribuição de efeitos infringentes, em embargos de declaração,
somente é admitida em casos excepcionais, os quais exigem,
necessariamente, a ocorrência de qualquer dos vícios previstos no art.
1.022 do CPC/2015.
2. De toda a argumentação deduzida pela parte embargante, apenas se
verifica irresignação com o disposto no aresto que negou provimento aos
embargos de divergência em recurso especial, não sendo o caso de
provimento dos embargos de declaração.
3. Sobre as omissões apontadas, foram claramente abordadas e
explicadas na ementa do acórdão embargado e exauridas no voto do
Relator.
4. Importante lembrar que o teor do art. 489, § 1º, inc. IV do CPC/2015, ao
dispor que "não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que não enfrentar todos os
argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador", não significa que o julgador tenha que
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Superior Tribunal de Justiça
enfrentar todos os argumentos trazidos pelas partes, mas sim os
argumentos levantados que sejam capazes de, em tese, negar a
conclusão adotada pelo julgador.
5. A pretensão da parte ora embargante ao apontar omissões inexistente
é, tão somente, manifestar dissenso e pedir o rejulgamento de questão já
decidida, o que não é cabível em embargos de declaração. A
jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que a
discordância com o julgamento não se configura motivo para a
interposição de embargos declaratórios. Precedentes do STJ.
6. A outra irresignação da parte embargante diz respeito a uma suposta
omissão na análise da modulação dos efeitos da tese firmada, conforme
prevê o art. 927, § 3º, do CPC.
7. O art. 927, § 3º, do CPC prevê que, "na hipótese de alteração de
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais
superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode
haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da
segurança jurídica.". O enunciado nº 76 aprovado na I Jornada de
Processo Civil do CJF e o enunciado nº 55 do Fórum Permanente de
Processualistas Civis - FPPC doutrinam que o referido dispositivo legal é
aplicável apenas às hipótese de modificação da jurisprudência dominante
do órgão julgador, posição que também adoto.
8. A tese firmada no caso em pauta, no entanto, seguiu a jurisprudência
consolidada desta Corte sobre a matéria, no sentido de que o ajuizamento
de execução coletiva de obrigação de fazer, por si só, não repercute no
prazo prescricional para execução individual de obrigação de pagar
derivada do mesmo título (AgRg nos EmbExeMS 2.422/DF, Rel. Ministro
Rogerio Schietti Cruz, Terceira Seção, DJe 8/4/2015; AgRg no AgRg no
REsp 1.169.126/RS, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe
11/2/2015; REsp 1.251.447/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda
Turma, DJe 24/10/2013; AgRg no REsp 1.126.599/PR, Rel. Ministra
Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 7/11/2011; AgRg no REsp 1.213.105/PR,
Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 27/5/2011; AgRg
no AgRg no AREsp 465.577/PE, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, DJe 20/6/2014; AgRg no REsp 1.100.214/RS, Rel. Ministro Jorge
Mussi, Quinta Turma, julgado em 25/5/2010, DJe 28/6/2010).
9. Assim, não se configura presente a necessidade de modulação dos
efeitos do julgado, tendo em vista que tal instituto visa a assegurar a
efetivação do princípio da segurança jurídica, impedindo que o
jurisdicionado de boa-fé seja prejudicado por seguir entendimento
dominante que terminou sendo superado em momento posterior, o que
não é a hipótese do caso concreto.
10. Embargos de declaração rejeitados.

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Superior Tribunal de Justiça

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO OG FERNANDES (Relator): A irresignação da


parte embargante diz respeito a dois pontos, em suas próprias palavras: 1) "A primeira
questão federal do presente caso – não enfrentada – é a seguinte: quando há
prejudicialidade originária ou superveniente ao título entre as pretensões executivas,
aplica-se o regime geral ou o regime excepcional da prescrição relativa a pretensões
oriundas do mesmo título? O Relator limita-se a afirmar a regra geral da autonomia
das pretensões, sem mencionar o regime excepcional da prescrição em função da
inexistência de prejudicialidade originária ou superveniente entre as pretensões. Não
há pronúncia da Corte Especial sobre a possibilidade de enquadramento do caso no
regime excepcional por força de prejudicialidade superveniente. Diante da análise
incompleta da regra e das suas duas exceções, resulta impossível formar um
precedente capaz de resumir e resolver a questão, com o que o STJ – e
especialmente a Corte Especial – acaba ficando à margem da sua missão
essencial."; 2) "Além disso, há ainda uma segunda questão federal igualmente
relevantíssima e não enfrentada: como é possível valorar um comportamento
passado à luz de uma reviravolta jurisprudencial ocorrida no futuro? Não seria o caso,
então, de valorá-lo de acordo com a jurisprudência consolidada no passado, vigente
ao tempo da sua adoção? Se isso é verdade, omitiu-se ou não esta Suprema Corte
de Direito Federal ao não outorgar efeitos prospectivos à decisão?".
Tais irresignações não merecem acolhida. Explico.
Sobre a primeira omissão apontada, foi claramente abordada e
explicada na ementa do acórdão embargado, como se lê a seguir (e-STJ, fls. 644-645):

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.


ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDORES PÚBLICOS
FEDERAIS. MAGISTÉRIO SUPERIOR. UNIVERSIDADE FEDERAL.
REAJUSTE DE 28,86%. EMBARGOS À EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE
FAZER E DE PAGAR. PRETENSÕES DISTINTAS. PRECEDENTES.
NÃO PROVIMENTO.
1. Importa, de início, ressaltar qual a tese jurídica que se pretende ver
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enfrentada no âmbito desta espécie recursal. Como se pode perceber,
buscam as embargantes o reconhecimento de que a propositura da
execução coletiva de prestação de fazer deve ser considerada causa de
interrupção do lapso prescricional da pretensão executória individual da
obrigação de pagar, voltando a correr apenas com o final da execução de
fazer.
2. Em que pesem outros argumentos trazidos na petição, verifica-se que
os paradigmas não dizem respeito aos demais temas apontados. Há de
ser lembrado que os embargos de divergência constituem recurso de
fundamentação vinculada. Sua finalidade imediata é a uniformização de
teses divergentes entre os órgãos julgadores do STJ. Apenas,
mediatamente, poder-se-á atingir o objetivo de modificação do julgado.
3. A melhor tese a ser adotada e pacificada está assentada no
acórdão recorrido, pois que, ainda que originadas de um mesmo
título judicial, as duas pretensões (fazer e dar) são distintas, motivo
pelo qual o prazo prescricional para ambas inicia-se com o trânsito
em julgado do título executivo judicial e corre paralelamente sem
que o exercício da pretensão em uma obrigação reflita sobre a
outra.
4. Logo, deve prevalecer o entendimento segundo o qual o
ajuizamento da execução coletiva da obrigação de fazer não
repercute na fluência do prazo prescricional da execução da
obrigação de pagar, na medida em que as pretensões são distintas,
não se confundem e têm regramento próprio. Precedentes.
5. Embargos de divergência conhecidos em parte e, nessa extensão, não
providos. (grifou-se)

A questão foi versada no voto do Relator, como se pode ler no seguinte


trecho (fls. 652-655):

Importa, de início, ressaltar qual a tese jurídica que pretende ver


enfrentada no âmbito desta espécie recursal. Como se pode perceber,
buscam as embargantes o reconhecimento de que a propositura da
execução coletiva de prestação de fazer deve ser considerada causa de
interrupção do lapso prescricional da pretensão executória individual da
obrigação de pagar, voltando a correr apenas com o final da execução de
fazer.
(...).
Deve-se, pois, saber se a propositura da ação de execução da obrigação
de fazer tem o condão de interromper também o prazo prescricional
relativo à obrigação de pagar.
Entendo que a melhor tese a ser adotada e pacificada está assentada no
acórdão recorrido, pois que, ainda que originadas de um mesmo título
judicial, as duas pretensões são distintas, motivo pelo qual o prazo
prescricional para ambas inicia-se com o trânsito em julgado do título
executivo judicial e corre paralelamente sem que o exercício da pretensão
em uma obrigação reflita sobre a outra.
Documento: 117017030 - EMENTA, RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 7 de 12
Superior Tribunal de Justiça
Logo, deve prevalecer o entendimento segundo o qual o ajuizamento da
execução coletiva da obrigação de fazer não repercute na fluência do
prazo prescricional da execução da obrigação de pagar, na medida em
que as pretensões são distintas, não se confundem e têm regramento
próprio.
Nesse sentido, merece colação o seguinte acórdão:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PENSÃO POR
MORTE. IMPLEMENTAÇÃO DE DIFERENÇAS. EXECUÇÃO DA
OBRIGAÇÃO DE FAZER. PRESCRIÇÃO.
1. Diante do caráter infringente dos aclaratórios, recebo-os como
agravo regimental.
2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o prazo
para propositura de execução contra a Fazenda Pública, nos termos
do art. 1º do Decreto n.º 20.910/1932 e da Súmula 150 do STF, é de
cinco anos, contados do trânsito em julgado do processo de
conhecimento.
3. "É único o prazo prescricional para a execução do título
judicial que contenha, simultaneamente, uma obrigação de
fazer e uma de pagar" (AgRg no REsp 1.213.105/PR, Rel.
Ministro Arnaldo Esteves Lima, 1ªT., DJe 27/5/2011). A
propositura de execução visando ao adimplemento de uma das
obrigações constantes do título judicial não suspende nem
interrompe o prazo de prescrição para a outra.
4. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.
Agravo regimental não provido.
(EDcl no REsp 1.046.737/RJ, Rel. Min. ROGERIO SCHIETTI CRUZ,
SEXTA TURMA, DJe 23/10/2014) (grifos nossos)

No mesmo sentido, colhe-se trecho do voto do Min. Herman Benjamin, que


acompanhou a orientação desta Relatoria, agregando os seguintes fundamentos à
composição da ratio decidendi do julgado:

10. A menos que a sentença transitada em julgado condicione a


Execução da obrigação de pagar ao encerramento da Execução da
obrigação de fazer (AgRg na ExeMS 7.219/DF, Rel. Ministro Luiz
Fux, Primeira Seção, DJe 3.8.2009), não se pode deixar de
reconhecer, desde então, a existência de pretensão ao processo de
liquidação e Execução (Ação de Cumprimento).
(...).
15. Com o trânsito em julgado da condenação genérica, já existe a
possibilidade de os beneficiários pleitearem a liquidação da
obrigação de pagar referente ao passivo devido,
independentemente do adimplemento da obrigação de fazer. A
pendência de liquidação ou a propositura de Execução da obrigação
Documento: 117017030 - EMENTA, RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 8 de 12
Superior Tribunal de Justiça
de fazer, como já dito anteriormente, em nada interfere no prazo
prescricional da Execução subsequente.
16. A necessidade de liquidação para o adimplemento do reajuste
(obrigação de fazer) não interfere no curso do prazo prescricional
da Ação de Cumprimento da obrigação de pagar, notadamente
porque as pretensões são autônomas. (grifos nossos)

Portanto, descabe falar em omissão na hipótese, pois entendeu a Corte


Especial que, tendo sido a condenação genérica, a pretensão de liquidar o título para
pagamento já poderia ser exercida, desde o trânsito em julgado do título judicial que a
embasava, sem necessidade de o indivíduo beneficiado pelo processo coletivo
aguardar qualquer desfecho quanto a debate instaurado no âmbito da execução de
fazer, em face da autonomia das pretensões.
Importante lembrar que o teor do art. 489, § 1º, inc. IV do CPC/2015, ao
dispor que "não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que não enfrentar todos os argumentos
deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador", não significa que o julgador tenha que enfrentar todos os argumentos
trazidos pelas partes, mas sim os argumentos levantados que sejam capazes de, em
tese, negar a conclusão adotada pelo julgador.
Registre-se que, conforme o art. 1.022 do CPC, os embargos de
declaração são oponíveis para sanar obscuridade, contradição; omissão ou para
corrigir erro material. A pretensão da parte ora embargante ao apontar omissões
inexistentes é, tão somente, manifestar dissenso e pedir o rejulgamento de questão já
decidida, o que não é cabível em embargos de declaração.
A jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que a
discordância com o julgamento não se configura motivo para a oposição de embargos
declaratórios:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NOS


EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. PROCESSUAL
CIVIL. REPETIÇÃO DE FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
AUSÊNCIA DE OMISSÕES. EFEITOS INFRINGENTES. INVIABILIDADE.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS.
1. A atribuição de efeitos infringentes, em sede de embargos de
Documento: 117017030 - EMENTA, RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 9 de 12
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declaração, somente é admitida em casos excepcionais, os quais
exigem, necessariamente, a ocorrência de qualquer dos vícios previstos
no art. 1.022 do CPC/2015.
2. Embargos de declaração rejeitados.
(EDcl no AgInt nos EAREsp 324.542/SP, Rel. Min. MAURO CAMPBELL
MARQUES, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/3/2017, DJe 21/3/2017.)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO


REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. ACÓRDÃO EMBARGADO. JUÍZO DE
ADMISSIBILIDADE. ACÓRDÃOS PARADIGMAS. JUÍZO DE MÉRITO.
INADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. NEGADO
SEGUIMENTO AOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO
CPC/73. VÍCIOS INEXISTENTES. INCONFORMISMO. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
I. Embargos de Declaração opostos em 28/03/2016, a acórdão prolatado
pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, publicado em
15/03/2016, na vigência do CPC/73.
II. O voto condutor do acórdão embargado apreciou fundamentadamente,
de modo coerente e completo, todas as questões necessárias à solução
da controvérsia, negando provimento ao Agravo Regimental, em face da
impossibilidade de conhecimento de Embargos de Divergência em que os
acórdãos confrontados foram proferidos em juízo de cognição distintos.
III. Inexistindo, no acórdão embargado, omissão, contradição, obscuridade
ou erro material - seja à luz do art. 535 do CPC/73 ou do art. 1.022 do
CPC vigente -, não merecem ser acolhidos os Embargos de Declaração,
que, em verdade, revelam o inconformismo da parte embargante com as
conclusões do decisum.
IV. Embargos de Declaração rejeitados.
(EDcl no AgRg nos EAREsp 667.287/RS, Rel. Min. ASSUSETE
MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/5/2016, DJe 2/6/2016.)

Adentremos na segunda omissão suscitada pela parte recorrente,


referente à alegada necessidade de modulação de efeitos, a fim de não se aplicar ao
caso concreto a determinação do presente julgado.
O art. 927, § 3º, do CPC prevê que, "na hipótese de alteração de
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou
daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos
efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.".
No mesmo sentido, o enunciado nº 76, aprovado na I Jornada de Processo
Civil do CJF, dispõe:

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É considerada omissa, para efeitos do cabimento dos embargos de
declaração, a decisão que, na superação de precedente, não se
manifesta sobre a modulação de efeitos. (grifou-se)

O enunciado nº 55 do Fórum Permanente de Processualistas Civis -


FPPC, por sua vez, explicita que:

Pelos pressupostos do § 3º do art. 927, a modificação do precedente


tem, como regra, eficácia temporal prospectiva. No entanto, pode haver
modulação temporal, no caso concreto. (grifou-se)

Ravi Peixoto traz a seguinte lição sobre o ponto (In: FLUMIGNAN, Silvano
José Gomes; KOEHLER, Frederico Augusto Leopoldino; PEIXOTO, Marco Aurélio
Ventura (Coords.). Enunciados das Jornadas de Direito Processual Civil do
Conselho da Justiça Federal - CJF: organizados por assunto, anotados e
comentados. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 398-399.):

No caso da superação de precedentes, a quebra da estabilidade é


gerada pelo próprio Poder Judiciário, ao modificar, de forma
surpreendente, um posicionamento consolidado, podendo surgir,
nessa situação, a necessidade da utilização da modulação de
efeitos. Tanto a segurança jurídica como a confiança legítima exigem
uma tutela adequada, quando violadas e, uma de suas formas, estudada
nesse trabalho, é a modulação de efeitos, sendo um dever do referido
órgão jurisdicional ao menos conhecer da matéria. (grifou-se)

A tese firmada no caso em pauta, no entanto, seguiu a jurisprudência


consolidada desta Corte sobre a matéria, no sentido de que o ajuizamento de
execução coletiva de obrigação de fazer, por si só, não repercute no prazo
prescricional para execução individual de obrigação de pagar derivada do mesmo título
(AgRg nos EmbExeMS 2.422/DF, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz, Terceira Seção,
DJe 8/4/2015; AgRg no AgRg no REsp 1.169.126/RS, Rel. Ministro Jorge Mussi,
Quinta Turma, DJe 11/2/2015; REsp 1.251.447/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda Turma, DJe 24/10/2013; AgRg no REsp 1.126.599/PR, Rel. Ministra Laurita
Vaz, Quinta Turma, DJe 7/11/2011; AgRg no REsp 1.213.105/PR, Rel. Ministro Arnaldo
Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 27/5/2011; AgRg no AgRg no AREsp 465.577/PE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 20/6/2014; AgRg no REsp
1.100.214/RS, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 25/5/2010, DJe
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28/6/2010).
Assim, não se configura presente a necessidade de modulação dos
efeitos do julgado, tendo em vista que tal instituto visa a assegurar a efetivação do
princípio da segurança jurídica, impedindo que o jurisdicionado de boa-fé seja
prejudicado por seguir entendimento dominante que terminou sendo superado em
momento posterior, o que, como se vê claramente, não ocorreu no caso concreto.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.
É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL

EDcl nos
Número Registro: 2009/0236102-0 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.169.126 /
RS

Números Origem: 200771000199496 200900954466 200904000128240

EM MESA JULGADO: 18/11/2020

Relator
Exmo. Sr. Ministro OG FERNANDES
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO
Secretária
Bela. VÂNIA MARIA SOARES ROCHA

AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : MARIA HELENA BERED
ADVOGADOS : FRANCIS CAMPOS BORDAS - RS029219
ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕES - DF001465A
SOC. de ADV. : BULHOES & ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S
BORDAS ADVOGADOS ASSOCIADOS
EMBARGANTE : MARIA ALICE BUCHELE BECHTEL
ADVOGADOS : FRANCIS CAMPOS BORDAS - RS029219
MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA - RS031485
CYNTHIA LISANDRA ORTIGARA - RS048217
ADRIANE KUSLER - RS044970
CAROLINA CORTESE COELHO E OUTRO(S) - RS056633
ADRIANO HAGEMANN - RS041886
GUILHERME PACHECO MONTEIRO - RS066153
MAURO BORGES LOCH - RS066815
LETÍCIA KOLTON ROCHA - RS079706
GERSON ALVES LETTRES - RS080412
RAQUEL BORGES LOCH - RS081306
DOUGLAS DOS SANTOS DA MOTTA - RS084973
SAMUEL CARLOS STEPIEN - RS086907
EMBARGADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor


Público Civil - Reajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão - Índice de 28,86% Lei
8.622/1993 e 8.627/1993

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : MARIA HELENA BERED

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EMBARGANTE : MARIA ALICE BUCHELE BECHTEL
ADVOGADOS : FRANCIS CAMPOS BORDAS - RS029219
MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA - RS031485
CYNTHIA LISANDRA ORTIGARA - RS048217
ADRIANE KUSLER - RS044970
CAROLINA CORTESE COELHO E OUTRO(S) - RS056633
ADRIANO HAGEMANN - RS041886
GUILHERME PACHECO MONTEIRO - RS066153
MAURO BORGES LOCH - RS066815
LETÍCIA KOLTON ROCHA - RS079706
GERSON ALVES LETTRES - RS080412
RAQUEL BORGES LOCH - RS081306
DOUGLAS DOS SANTOS DA MOTTA - RS084973
SAMUEL CARLOS STEPIEN - RS086907
EMBARGADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Corte Especial, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves,
Raul Araújo, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Maria
Thereza de Assis Moura, Herman Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi votaram
com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

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