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realidade
“A espiritualidade inaciana trans-figura a sociedade des-figurada”
Quem aprende a olhar como Deus, não se distancia do mundo, mas, movido por
uma radical paixão, desce ao coração da realidade em que se encontra, aí se
“encarna” e aí revela o rosto do Inefável.
O envolvimento com o “outro” (excluído, pobre, marginalizado...) dá um toque
especial à nossa espiritualidade e a nossa espiritualidade faz nossa ação ser
mais radical – mais enraizada em si mesma e vai até às raizes da injustiça e da
exclusão.
Aproximar-se do “pobre e excluído” e deixar-se “afetar” pelo seu sofrimento
torna-se a maior fonte de nossa espiritualidade. Em seus olhos “vemos o calor da
atenção, o brilho da dignidade, o lampejo do humor, a faísca do protesto. Vemos também as
lágrimas da tristeza, do medo e da insegurança, o sofrimento da rejeição, a escuridão do
desespero”.
Suas “fraquezas” despertam em nós o melhor de nós mesmos e ao nos
envolver afetivamente em sua vida fazem com que vivamos um misto de
ternura e indignação a que chamamos de compaixão.
Na experiência de “convivência” com os pobres, adquirimos os valores
evangélicos da capacidade de celebrar, da simplicidade, da hospitalidade, da partilha...
Eles tem um jeito de nos trazer para o essenci-
al da vida. Eles são uma fonte de esperança, uma fonte de autenticidade. Eles
se tornam nossos amigos.
“Nosso compromisso de seguir o Senhor pobre, naturalmente nos faz amigos dos pobres”(S. Inácio)
Na oração: Diante de Deus, verificar se em seu coração há lugar para uma sensibilidade social, um espírito
solidário e um compromisso com os excluídos.