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Universidade Federal do Piauı́ - UFPI

Centro de Tecnologia - CT
Departamento de Engenharia Elétrica
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia - CEE/CT034

Distribuição de Energia Elétrica

Prof. Me. Andrei Carvalho Ribeiro

Universidade Federal do Piauı́ - UFPI

Teresina - Piauı́

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Sumário
1 Classificação das cargas
Introdução
Localização geográfica
Tipo de utilização de energia
Dependência da energia elétrica
Efeito da carga sobre o sistema de distribuição
Tarifação
Tensão de fornecimento
2 Fatores tı́picos utilizados em sistemas de distribuição
Carga instalada
Demanda
Demanda máxima
Diversidade da carga
Fator de demanda
Fator de utilização
Fator de carga
Fator de perdas
Correlação entre fator de carga e fator de perdas
3 Conceitos gerais de tarifação

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Introdução

As cargas dos consumidores supridos por um sistema de potência têm


várias caracterı́sticas que lhes são comuns, tais como:
localização geográfica;
finalidade a que se destina a energia fornecida;
dependência da energia elétrica;
perturbações causadas pela carga ao sistema;
tarifação;
tensão de fornecimento.
A partir dessas caracterı́sticas tı́picas pode-se fixar critérios de classi-
ficação dos consumidores, ou melhor, da carga de tais consumidores.

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Localização geográfica

O sistema de distribuição deve atender consumidores de energia elétrica


situados nas cidades e nas zonas rurais, portanto, é óbvia a divisão da
área atendida pelo sistema em zonas, tais como: zona urbana, zona
suburbana e zona rural.
Destaca-se as peculiaridades tı́picas de cada zona, por exemplo, nos
bairros centrais da zona urbana tem-se, em geral densidade de carga
elevada, com consumidores constituı́dos por escritórios e lojas comer-
ciais (perı́odo de funcionamento bem definido e hábitos de consumo
comuns a todos eles).
Além disso, tal zona geralmente está toda edificada sendo incomum o
surgimento de novos consumidores, o crescimento de carga é apenas
vegetativo, devido ao surgimento de novos equipamentos elétricos.

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Localização geográfica

Já nos bairros periféricos, tem-se densidade de carga menor, com pre-
domı́nio de consumidores residenciais, podendo existir ainda, consumi-
dores comerciais e industriais. Finalmente a zona rural caracteriza-se
por densidade de carga muito baixa, consumidores residenciais e agroin-
dustriais, com hábitos de consumo bastante diferentes dos demais.

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Tipo de utilização da energia

A finalidade para o qual o usuário consome a energia elétrica pode


servir de critério para a classificação das cargas, destacando-se:
cargas residenciais;
cargas comerciais de iluminação e condicionamento de ar em prédios,
lojas, edifı́cios de escritórios, etc;
cargas industriais trifásicas em geral, com predomı́nio de motores de
indução;
cargas rurais de agroindústrias, irrigação, etc;
prédios públicos;
carga de iluminação pública.
Estes critérios de classificação são importantes em estudos de planeja-
mento, pois permitem identificar, no caso geral, hábitos de consumo,
instantes em que há a maior demanda e variações de tensão produzidas,
por exemplo, pela partida de motores.

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Dependência da energia elétrica

Levando-se em conta os prejuı́zos que a interrupção no fornecimento


de energia ocasiona ao consumidor, as cargas podem ser classificadas
em sensı́veis, semi-sensı́veis e normais.
Por cargas sensı́veis entende-se aquelas em que a interrupção, mesmo
momentânea, no fornecimento de energia elétrica acarreta prejuı́zo
enorme devido à perda de produção já feita ou, então, causa danos
à instalação. Exemplos: produção de fio rayon, fornos com sopra-
dores acionados eletricamente, hospitais, etc. Evidentemente, essas
instalações contarão com sistemas nobreak.

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Dependência da energia elétrica

As cargas semi-sensı́veis são aquelas em que interrupções de cerca de


10 minutos não ocasionam os prejuı́zos apresentados pelas sensı́veis,
entretanto, interrupções de maior duração provocarão o mesmo tipo de
prejuı́zo. Exemplos: computadores que operam com sistema nobreak
para assim evitar a perda de toda a atividade desenvolvida ou um
edifı́cio comercial, cujo controle de temperatura seja feito através de
instalação de condicionamento de ar centralizada, onde a interrupção
do fornecimento poderá obrigar a suspensão de todas as atividades.
As cargas normais são aquelas em que a interrupção do fornecimento
não acarretará os prejuı́zos citados, porém, é incontestável que qualquer
interrupção sempre cause prejuı́zos. Numa residência, por exemplo,
além de impossibilitar ao consumidor de desfrutar suas horas de lazer,
pode ocasionar prejuı́zos com a deterioração de alimentos ou produtos
conservados na geladeira.

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Dependência da energia elétrica

Porém, essas interrupções não prejudicam apenas a população. Para a


concessionária a interrupção sempre causa prejuı́zo à sua imagem e ao
seu faturamento, além das eventuais penalidades impostas pelos órgãos
reguladores.

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Efeito da carga sobre o sistema de distribuição

Conforme o ciclo de trabalho as cargas podem ser classificadas em:


transitórias cı́clicas;
transitórias acı́clicas;
contı́nuas.
Assim, as duas primeiras são aquelas que não funcionam continua-
mente, porém, a primeira realiza de forma periódica, e a segunda com
ciclo não periódico. As cargas transitórias impõem ao projeto do sis-
tema soluções mais elaboradas, especialmente se tratando de cargas de
grande potência, uma vez que podem ocasionar perturbações indeseja-
das ao entrar em operação.

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Tarifação

Outro critério de classificação das cargas é o modo como a energia


fornecida é faturada. Os consumidores são divididos em categorias,
por faixa de tensão, por exemplo, e para cada categoria existe uma
tarifação associada.

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Tensão de fornecimento

Como o próprio nome sugere o critério de classificação, neste caso, as


cargas são categorizadas de acordo com a tensão nominal de forneci-
mento. Assim, genericamente, tem-se, consumidores em baixa, média
e alta tensão.

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Carga instalada

Soma das potências nominais dos equipamentos de uma unidade de


consumo que, após concluı́dos os trabalhos de instalação, estão em
condições de entrar em funcionamento.

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Demanda

Em conformidade com as normas técnicas, define-se a demanda de


uma instalação como a carga nos terminais receptores tomada em valor
médio em um determinado intervalo de tempo. Entende-se por carga
a aplicação que está sendo medida em termos de potência aparente,
ativa ou reativa, ou ainda, em termos do valor eficaz da intensidade de
corrente, conforme conveniência.
O perı́odo no qual é tomado o valor médio é designado por intervalo de
demanda. Observa-se que, fazendo-se o intervalo de demanda tender
a zero, pode-se definir a demanda instantânea.

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Demanda
Evidentemente, uma curva de demanda instantânea apresentaria mui-
tas flutuações, sendo, portanto, comum adotar a curva de demanda
considerando-se um intervalo de demanda não nulo, usualmente 15
minutos. Na Figura 1 apresenta-se uma curva de carga genérica com
intervalo de demanda não nulo. Se a demanda representar potência
ativa, a área sob a curva corresponderá à energia consumida diaria-
mente.

Figura 1: Curva diária de demanda.

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Demanda máxima

O pico de demanda em uma rede elétrica é simplesmente a maior de-


manda de energia elétrica que ocorreu durante um perı́odo especificado.
A demanda de pico é tipicamente caracterizada como anual, diária ou
sazonal e possui a unidade de energia.

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Diversidade da carga

Um alimentador opera durante o dia com carga variável, logo, deverá


ser estudado para a condição de demanda máxima, pois é essa condição
que impõe as condições mais severas de queda de tensão e aquecimento,
por exemplo.
Será a demanda máxima de um conjunto de consumidores igual
à soma de suas demandas máximas individuais?
Para todos os sistemas existe uma diversidade entre os consumos, de
modo habitual, a demanda máxima do conjunto é menor que a soma
das demandas máximas individuais.
Assim, define-se a demanda diversificada de um conjunto cargas, num
dado instante, como a soma das demandas individuais das cargas, na-
quele instante.

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Diversidade da carga
Formalmente, para um grupo de n cargas cuja demanda diária é dada
por Di (t) com i = 1, 2, ..., n, a demanda diversificada do conjunto é
dada por:
Xn
Ddiv (t) = Di (t) (1)
i=1

Em particular, a demanda máxima diversificada corresponde ao instante


ta , em que ocorre a demanda máxima do conjunto de cargas, isto é:
n
X
Ddiv ,máx = Ddiv (ta ) = Di (ta ) (2)
i=1

Define-se, ainda, a demanda diversificada unitária do conjunto de n


cargas,ddiv (t), como sendo:
n
1X
ddiv (t) = Di (t) (3)
n
i=1
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Diversidade da carga

Define-se, também, o fator de diversidade do conjunto de cargas como


a relação entre a soma das demandas máximas das cargas e a demanda
máxima do conjunto. Ou seja:
n
P
Dmáx,i
i=1
fdiv = (4)
Ddiv ,máx

Evidentemente, o fator de diversidade, que é adimensional, é sem-


pre não menor que um, alcançando a unidade quando as demandas
máximas de todas as cargas do conjunto ocorrem no mesmo instante.

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Diversidade da carga

Define-se, ainda, o fator de coincidência, que é o inverso do fator de


diversidade, isto é:
1 Ddiv ,máx
fcoinc = = n (5)
fdiv P
Dmáx,i
i=1

que também é adimensional, porém não maior que um.


Finalmente, define-se o fator de contribuição de cada uma das cargas
do conjunto pela relação, em cada instante, entre a demanda da carga
considerada e sua demanda máxima.
n
X
Dmáx,conj = Ddiv ,máx = Dmáx,i · fcontr ,i (6)
i=1

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Diversidade da carga

Este fator, que é adimensional, é sempre não maior que um. Em par-
ticular, seu valor é unitário quando, no instante considerado, sua de-
manda coincide com a demanda máxima. Portanto, o fator de contri-
buição é importante para o instante de demanda máxima do conjunto,
quando é definido como fator de contribuição para demanda máxima.

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Fator de demanda

O fator de demanda de um sistema, ou de parte de um sistema, ou


de uma carga, num intervalo de tempo τ , é a relação entre a sua
demanda máxima no intervalo de tempo considerado, e a carga nominal
ou instalada total do elemento considerado.
Destaca-se que a demanda máxima do sistema e a carga nominal do
sistema devem, obrigatoriamente, ser medidas nas mesmas unidades,
quer de corrente, quer de potência, ou sejam, ambas as grandezas
devem estar expressas em A, ou em W, ou em VAR ou em VA.
Formalmente, o fator de demanda é dado pela Equação:
Dmáx
fdem = n (7)
P
Dnom,i
i=1

onde Dmáx é a demanda máxima do conjunto das n cargas, no intervalo


de tempo considerado e Dnom,i é a potência nominal da carga i.
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Fator de demanda

O fator de demanda, que é adimensional, geralmente é não maior que


um. No entanto, pode alcançar valores maiores que um quando o
elemento considerado está operando em sobrecarga. Por exemplo, para
um motor, cuja corrente nominal é de 100 A, e que no intervalo de
tempo considerado está operando em sobrecarga, absorvendo corrente
de 120 A, resultará no fator de demanda de 1,2.
Exemplo I
Seja o caso de um trecho de alimentador primário que supre o conjunto de três
transformadores, cujas potências nominais, potências instaladas, e demandas
máximas mensais estão presentes na Figura 2. Determine o fator de demanda
em cada um dos transformadores e o fator de demanda do conjunto.

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Fator de demanda

Figura 2: Bloco de carga de alimentador primário.

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Fator de demanda

Solução:
Os fatores individuais dos três transformadores são dados por:
fdem,t1 = 160, 0/150, 0 = 1, 067
fdem,t2 = 60, 0/75, 0 = 0, 800
fdem,t3 = 375, 0/300, 0 = 1, 250
e para o conjunto resulta:
Pt = S1 · cos ϕ1 + S2 · cos ϕ2 + S3 · cos ϕ3
Pt = 160, 0 · 0, 85 + 60, 0 · 0, 98 + 375, 0 · 0, 92 = 539, 80 kW.
Qt = S1 · sen ϕ1 + S2 · sen ϕ2 + S3 · sen ϕ3
Qt = p 160, 0 · 0, 527 p
+ 60, 0 · 0, 199 + 375, 0 · 0, 392 = 243, 26 kVAR.
St = Pt2 + Qt2 = 539, 802 + 243, 262 = 592, 08 kVA.
fdem,conj = 592, 08/(150 + 75 + 300) = 1, 128

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Fator de utilização

O fator de utilização de um sistema, num determinado perı́odo de


tempo τ , é a relação entre a demanda máxima do sistema, no perı́odo
τ , e sua capacidade. Obviamente essa definição aplica-se também a
parte de um sistema.
Este fator, que é adimensional, é calculado definindo-se a demanda
máxima e a capacidade nas mesmas unidades, ou seja, as grandezas
envolvidas são expressas em unidades de corrente ou de potência apa-
rente.
Seu valor é usualmente não maior que um, porém, quando o sistema
está operando em sobrecarga, assume valor maior que um. De forma
geral, essa última condição operativa não deve ser aceita.
Considerando Dmáx como a demanda máxima do sistema no perı́odo
τ , Csist a capacidade do sistema e futil o fator de utilização do sistema,
temos:
Dmáx
futil = (8)
Csist
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Fator de utilização

Considerando o exemplo anterior, o tronco do alimentador tem capa-


cidade para transportar 1,2 MVA, logo, seu fator de utilização é:

592, 08
futil = = 0, 4934 = 49, 34%
1200, 00

ou seja, sob o ponto de vista de carregamento, o tronco está operando


com uma reserva de 50,66%.

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Fator de carga

Define-se fator de carga de um sistema, ou de parte de um sistema,


como sendo a relação entre as demandas média e máxima do sistema,
correspondentes a um perı́odo de tempo τ . O fator de carga, que é
adimensional, é sempre não maior que um.
Observa-se que para fator de carga unitário corresponde um sistema que
está operando, durante o perı́odo de tempo τ , com demanda constante.
Formalmente, sendo Dmédia a demanda média do sistema no perı́odo
τ , Dmáx a demanda máxima do sistema no perı́odo τ , d(t) a demanda
instantânea no instante t e fcarga o fator de carga do sistema no perı́odo
τ , resultando na Equação:
R
Dmédia d(t)dt
fcarga = = (9)
Dmáx Dmáx · τ

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Fator de carga

Multiplicando-se o numerador e o denominador da Equação 9 pelo


perı́odo de tempo resulta:

Dmédia · τ ε
fcarga = = (10)
Dmáx · τ Dmáx · τ
onde ε indica a energia absorvida no perı́odo τ .
A Equação 10 pode ser rearranjada, onde, o produto do fator de carga
pela duração do perı́odo, τ , é definido por horas equivalentes, Heq ,
representando o perı́odo durante o qual o sistema deveria operar com
sua demanda máxima para se alcançar a mesma energia que operando
em sua curva de carga.

ε = Dmáx · τ · fcarga = Dmáx · Heq (11)

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Fator de perdas

Define-se, para um sistema, ou parte do sistema, o fator de perdas,


como sendo a relação entre os valores médio e máximo da potência
dissipada em perdas, num intervalo de tempo determinado, τ , isto é:
R
pmédia p(t) · dt
fperdas = = (12)
pmáx pmáx · τ

onde p(t) representa o valor da perda instantânea no instante t.

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Fator de perdas

Analogamente ao procedimento anterior, multiplicando-se numerador


e denominador pelo intervalo de tempo, τ , temos:
pmédia · τ εperdas
fperdas = = (13)
pmáx · τ pmáx · τ

ou seja, a energia perdida no intervalo de tempo τ é dada por:

εperdas = pmáx · τ · fperdas = pmáx · Heq,p (14)

onde o produto do intervalo de tempo pelo fator de perdas exprime as


horas equivalentes para perdas, Heq,p , isto é, o número de horas que a
instalação deverá funcionar com a perda máxima para que o montante
global das perdas seja igual àquelas verificadas no perı́odo considerado.

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Correlação entre fator de carga e fator de perdas

A análise leva em consideração o consumidor cuja curva de carga, com


duração T , apresente demanda dada por:

D = D1 para 0 6 t < t1
D = D2 para t1 6 t < T
com D2 6 D1

Nessas condições o fator de carga será dado por:


D1 ·t1 +D2 ·(T −t1 )
T D1 · t1 + D2 · (T − t1 ) t1 D2  t1 
fcarga = = = + 1− (15)
D1 D1 · T T D1 T

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Correlação entre fator de carga e fator de perdas
Considerando-se que no intervalo T , a tensão V , e o fator de potência
cos ϕ da carga mantenham-se constantes e lembrando que, em sistemas
trifásicos simétricos e equilibrados, as perdas são dadas pelo triplo do
produto do quadrado da intensidade da corrente vezes a resistência
ôhmica do trecho considerado, pode-se afirmar que as perdas p(t) são
proporcionais ao quadrado da demanda, isto é:
p(t) = K · D 2 (t) (16)
em que o valor de K varia em função da natureza da demanda e está
apresentado na Tabela 1.
Tabela 1: Fator K

Natureza da demanda Equação da constante K


Corrente 3·R
Potência aparente R/V 2
Potência ativa R/(V · cos ϕ)2
Potência reativa R/(V · sen ϕ)2
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Correlação entre fator de carga e fator de perdas

Assim, teremos:
K ·D12 ·t1 +K ·D22 ·(T −t1 )
D12 · t1 + D22 · (T − t1 ) t1 D 2  t1 
fperdas = T
= = + 22 1 − (17)
K · D12 2
D1 · T T D1 T

A seguir exprime-se os valores do tempo e da demanda em p.u., utili-


zando T e D1 como valores de base para o tempo e para a demanda,
resultando:
t1 D2
t0 = e d0 =
T D1
fcarga = t 0 + d 0 (1 − t 0 ) = (1 − d 0 )t 0 + d 0
fperdas = t 0 + d 02 (1 − t 0 ) = (1 − d 02 )t 0 + d 02

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Correlação entre fator de carga e fator de perdas

Num sistema de coordenadas cartesianas, as curvas dos fatores de carga


e de perdas, em função de t 0 , parametrizadas em d 0 , são retas, Figura
3, para as quais destacam-se os três casos particulares a seguir:
quando t 0 tende a 1, ou d 0 tende a 1, representando curva de carga
constante, tem-se fperdas = fcarga = 1;
quando d 0 tende a 0, representando carga constante durante tempo t 0 e
demanda nula após esse tempo, tem-se fperdas = fcarga = t 0 ;
quando t 0 tende a 0, representando curva de carga com ponta de duração
muito pequena, tem-se fcarga = d 0 e fperdas = d 02 , ou seja, fperdas = fcarga
2
.

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Correlação entre fator de carga e fator de perdas

Figura 3: Curva dos fatores de carga e de perdas.

Assim, o valor do fator de perdas deve estar compreendido entre aqueles


dois valores limites e, para outros valores dos parâmetros, t 0 e d 0 , apre-
sentará um valor interno a esse intervalo assegurado por uma equação
do tipo:
2
fperdas = k · fcarga + (1 − k) · fcarga (18)
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Correlação entre fator de carga e fator de perdas

Na Figura 4 apresentam-se as duas curvas limites e uma curva inter-


mediária, com k = 0,3.

Figura 4: Correlação entre os fatores de carga e perda.

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Conceitos gerais de tarifação

Cálculo tarifário e metodologia


Tarifa verde, azul e branca
Subsı́dios tarifários
Componentes Financeiros das Tarifas de Distribuição
Histórico de reajuste tarifário e impacto médio ao consumidor

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Referências

KAGAN, Nelson; DE OLIVEIRA, Carlos César Barioni; ROBBA,


Ernesto João. Introdução aos sistemas de distribuição de energia
elétrica. Editora Blucher, 2005.
MEHTA, V. K.; MEHTA, Rohit. Principles of power system. S.
Chand, New Delhi, 2004.

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