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II
VISITANDO O CASTELO
JORNAL O ECO
COSTUMES E DIÁLOGOS - ASSOCIAÇÃO CULTURAL
Uma vasta praça de que a relva tomou posse, estende-se à nossa frente.
Quase a meio, entre muros de pedras desconjuntadas, abrem-se dois orifícios
com um metro de diâmetro apròximadamente, que dão acesso às citernas onde
a água das chuvas era acumulada para consumo da população do castelo. Há
quem tenha feito a exploração no tempo de seca e afirma a grandeza desse
subterrâneo, segundo me comunica o meu prestimoso guia.
Não é fácil o acesso à torre de menagem, porquanto não tem uma escada
exterior em condições de ser usada com segurança. Fazendo exercícios de
perigoso equilíbrio lá consegui chegar ao alto mas desta vez só, pois a idade
avançada do guarda já lhe não permite tais extravagâncias. Cá de baixo informa-
me que em tempo bom consegue-se avistar a praia da Figueira da Foz, com a
ajuda de um óculo de grande alcance.
A minha vista espraia-se por toda a vila que eu vejo a meus pés. E o
Convento de Santo António e a Igreja Matriz com as suas torres, o Relógio
Velho, o Teatro, fábricas, a Estação de Caminho de ferro, etc.; pela rectaguarda
o espectáculo é pouco convidativo e só nos desperta um sentimento de piedade,
uma oração por todos aqueles que baixaram para sempre à terra que os criou.
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COSTUMES E DIÁLOGOS - ASSOCIAÇÃO CULTURAL
Visito por último os jardins aliás bem tratados e, já com o sol a declinar,
abandono com saudade essa fortaleza altiva que, impassível, domina tudo e
todos com a sua rigidez de pedra.
Até breve.
Teu
Rui da Fonseca
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