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Julho/2020
1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Ouro Preto
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Setor de Pesquisa e Iniciação Científica
Departamento de Química
Julho/2020
2
RESUMO
3
determinação de teor de lipídeos, importante para estudos de produção de biodiesel por
exemplo.
4
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.6 - Espectro da radiação solar incluindo um detalhamento da faixa visível humana
...................................................................................................................................................17
Figura 3.7 - Sistema com três fotobiorreatores integrados internamente iluminados: (A) antes
e (B) durante cultivo da microalga Chlorella minutíssima ........................................................19
Figura 4.3 - Ilustração dos galões de 4,0 litros contendo o cultivo ............................................24
Figura 5.4 - Painel de madeira com o conjunto de lâmpadas de LEDs instaladas .....................33
5
Figura 5.5 - Imagem dos galões de 4,0 L com o painel de LEDs em funcionamento ................34
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9
2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 11
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 11
2.2 OBJETIVOS ESPÉCIFICOS .......................................................................... 11
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 11
3.1 FOTOBIORREATORES .................................................................................. 11
3.1.1 FOTOBIORREATORES TUBULARES ........................................ 12
3.1.2 FOTOBIORREATORES COLUNA DE BOLHAS ...................... 14
3.1.3 TANQUES “RACEWAY”............................................................... 15
3.2 ILUMINAÇÃO .................................................................................................. 16
3.2.1 NATURAL ...................................................................................... 16
3.2.2 ARTIFICIAL .................................................................................. 17
3.3 MICROALGAS ................................................................................................ 19
3.4 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO CELULAR .......................... 20
3.5 CINÉTICA DE CRESCIMENTO CELULAR ............................................... 21
4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................ 22
4.1 ESPÉCIES DE MICROALGAS ...................................................................... 22
4.2 CONSTRUÇÃO DO CEPÁRIO ...................................................................... 22
4.3 SISTEMA DE MANUTENÇÃO DOS CULTIVOS ........................................ 23
4.4 MEIOS DE CULTIVO ..................................................................................... 24
4.5 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO CELULAR .......................... 25
4.5.1 CURVAS DE CALIBRAÇÃO ......................................................... 27
4.6 COLHEITA DE BIOMASSA ................................................................................28
4.7 CONSTRUÇÃO DO FOTOBIORREATOR COLUNA DE BOLHAS
INTERNAMENTE ILUMINADO ......................................................................29
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 30
5.1 CEPÁRIO ......................................................................................................... 30
5.2 SISTEMAS DE MANUTENÇÃO DOS CULTIVOS ...................................... 32
5.3 CONSTRUÇÃO DE CURVAS DE CALIBRAÇÃO ....................................... 34
5.4 FOTOBIORREATOR COLUNA DE BOLHAS INTERNAMENTE
ILUMINADO ................................................................................................... 35
6 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 37
7 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS ..................................................................38
7
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................39
8
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos várias pesquisas estão sendo desenvolvidas a fim de obter
combustíveis renováveis e neutros de emissão de carbono. A partir das biomassas de microalgas
é obtido os chamados combustíveis de terceira geração, para obter as microalgas não é
necessário o uso de terras aráveis,como outro no caso do cultivo de plantação de cana-de-açúcar
para uso do bagaço na obtenção do etanol, com isso o rendimento final de biomassa microalgal
por hectare é muito superior do que as culturas alimentícias (AMARAL, 2018).
9
subprodutos da biomassa podem ser utilizados para gerar energia ou serem comercializados
como biofertilizantes, podendo assim diminuir o custo dos biocombustíveis (CHISTI, 2007).
A espécie Spirulina platensis não conseguiu se adaptar as condições de cultivo que a ela
foi aplicada, com isso a análise do teor de ficocianina presente na biomassa da mesma não pode
ser realizada como previsto no projeto original. Foi construído um sistema de cultivo que serviu
para auxiliar na repicagem e manutenção das cepas das microalgas Chlorella sp., Chlorella
minutíssima e Tetraselmis gracilis para a produção de biomassa microalgal para o uso em
diversos projetos de iniciação científica no laboratório. O sistema construído permitiu
determinar a curva de calibração de duas espécies de microalgas, sendo elas a Chlorella
minutíssima e Tetraselmis gracilis. O sistema construído permitiu obter para cada espécie 1,05
g de biomassa por semana, e cerca de 4,73 g de biomassa por mês, proporcionando uma
produção mensal de aproximadamente 14,2 g de biomassa para o laboratório, sendo possível
conduzir cerca de 10 experimentos por mês para determinação de lipídeos, para as espécies
Chlorella minutíssima, Chlorella sp. e Tetraselmis gracilis. Além disso, foi projetado e
adquirido os materiais para a construção do fotobiorreator coluna de bolhas iluminado
internamente com LEDs, porém sua operação teve que ser interrompida devido a suspensão das
atividades no laboratório devido a pandemia do COVID-19.
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2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo apresenta uma revisão bibliográfica acerca dos conceitos e dos diferentes
tipos de fotobiorreatores, os tipos de iluminação utilizados no cultivo de microalgas e
acompanhamento do crescimento celular.
3.1 FOTOBIORREATORES
Os fotobiorreatores são sistemas fechados que tem como objetivo utilizar iluminação
seja ela recebida de forma natural ou artificial na produção de biomassa. Os fotobiorratores eles
favorecem que o processo de fotossíntese nas microalgas ocorra, favorecendo assim o
crescimento celular, gerando assim uma grande quantidade de biomassa. Esses sistemas
possuem diferentes tipos e formatos, como os de coluna de bolhas, tubulares (sendo esses
cônicos ou helicoidais), placas planas, os tanques abertos, dentre outros modelos (CARVALHO
et al., 2014).
Mesmo tendo um custo mais elevado na produção, quando comparado com os sistemas
abertos, os sistemas fechados apresentam várias vantagens como: um maior controle das
condições de cultivo (sendo elas temperatura, pH, concentração do CO2 injetado no sistema); é
menor a contaminação advinda de microrganismos contaminantes; e os sistemas fechados
apresentam menos desgaste evaporativo que prejudicam o cultivo final de biomassa
(BOROWITZKA, 1999; SINGH e SHARMA, 2012).
11
Segundo Mérida (2015) o desenvolvimento de fotobiorreatores é talvez um dos
principais passos a serem tomados para o cultivo eficiente da biomassa microalgal. Um
fotobiorreator para economicamente viável pode ser projetado incorporando os seguintes
recursos:
12
Figura 3.1. Fotobiorreator tubular vertical.
13
sobre o tubo serpentino, como consequência a produtividade de biomassa foi melhorada. A
Figura 3.3, ilustra o fotobiorreator desenvolvido.
14
3.1.3 TANQUES “RACEWAY”
Os tanques raceway são um dos modelos de tanques abertos mais utilizados para o
cultivo de microalgas, esse tipo de tanque recebe esse nome pois possui o formato de um
circuito fechado de corrida, esses tanques são construídos de concreto ou terra compactada,
normalmente possuem cerca de 0,3 metros de profundidade, a fim de evitar a sedimentação da
biomassa cultivada a agitação da mistura é realizada por uma roda de pás por tempo ininterrupto
e alimentação na parte da frente da roda de pás e logo após a mistura completar todo o circuito
ela coletada na parte de trás da roda de pás. Apesar desse tipo de sistema ser utilizado em uma
escala grande de produtividade ele apresenta algumas desvantagens, como por exemplo, não é
possível controlar a temperatura durante o ciclo, pois a temperatura é a ambiente, além disso,
por ser um sistema aberto pode ocorrer contaminação do cultivo, entre outras (CHISTI, 2007).
A seguir, a Figura 3.5 apresenta o esquema de um tanque raceway.
15
contaminação do cultivo é bem maior nos tanques raceway do que nos fotobiorreatores
tubulares, entre outras.
3.2 ILUMINAÇÃO
Segundo Danesi et al (2004) para se obter uma biomassa rica em clorofila, deve-se expor
as microalgas à uma intensidade baixa de luz, já a exposição de alta intensidade irá refletir
diretamente no crescimento das microalgas.
3.2.1 NATURAL
As microalgas estão sendo cultivadas desde meados dos anos 50 em sistemas abertos, a
iluminação utilizada nesse tipo sistema é natural, ou seja, a energia solar. A radiação solar se
encontra na faixa espectral de 400 nm a 700 nm e a luz utilizada pelas microalgas para realizar
o processo de fotossíntese se encontra dentro dessa faixa, os pigmentos fotossintéticos
existentes nas microalgas são os responsáveis por absorver essa luz e converter em energia
para células, auxiliando assim no crescimento celular e no acúmulo de pigmentos, como a
clorofila, de lipídeos (SUH, 2003).
Uma das limitações do uso da iluminação natural em sistemas abertos é que pode ocorrer
perdas evaporativas significativas durante o cultivo, além disso a intensidade da luz solar pode
variar durante os ciclos aplicados, com isso tendo consequência direta no crescimento das
microalgas (CHISTI, 2007). A Figura 3.6, demonstra a faixa espectral da radiação solar.
16
Figura 3.6. Espectro da radiação solar incluindo um detalhamento da faixa visível humana.
3.2.2 ARTIFICIAL
Como as lâmpadas fluorescentes emitem luz branca, isso quer dizer, que emitem em
todos os comprimentos de onda, ou seja, emitindo inclusive em comprimentos que as
microalgas não utilizam para seu crescimento, sendo assim que uma parte da luz emitida por
elas é desperdiçada e acaba não sendo aproveitada pelas microalgas (REDAÇÃO GREEN
POWER, 2018).
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energia elétrica o que não é vantajoso no quesito custo-benefício, com isso, o seu uso no cultivo
de microalgas vem sendo substituído por lâmpadas de LEDs (REDAÇÃO GREEN POWER,
2018).
O LED foi inventado por Nick Holonyac, no ano de 1963, somente na cor vermelha e
era de baixa intensidade luminosa, o LED só era usado por aparelhos de TV, rádios, dentre
outros equipamentos com a finalidade de indicação se o aparelho estava ou não ligado. Com o
passar do tempo e o avanço da tecnologia novas cores foram introduzidas no mercado, como o
LED de cor amarela, posteriormente surgiu o LED de cor verde de baixa intensidade, somente
por volta do início dos anos 90 que houve o surgimento dos LEDs com comprimento de onda
baixos, como nas cores azul, verde e ciano. E por fim, foi possível a obtenção do LED branco,
abrangendo assim todo o espectro de cores (LIMA, 2018).
O uso de LEDs nos sistemas de cultivo de microalgas tem sido difundido cada vez mais,
devido a enorme gama de cores existentes, isso tem permitido que os pesquisadores realizem
experimentos a fim de avaliar o crescimento celular em diferentes comprimentos de onda
(SCHULZE et al., 2014). Graças as pesquisas feitas com utilização de LEDs, foi percebido que
o uso de LEDs de cores vermelha e verde favorecem o acúmulo de lipídeos nas microalgas, e
os LEDs de cores azul e branco auxiliam na quantidade de biomassa produzida (AMARAL,
2018). A Figura 3.7 demonstra um sistema de fotobiorreatores iluminados internamente com o
uso de LEDs.
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Figura 3.7. Sistema com três fotobiorreatores integrados internamente iluminados: (A) antes
e (B) durante cultivo da microalga Chlorella minutíssima.
3.3 MICROALGAS
A Chlorella minutíssima é uma alga verde, microscópica que possui uma rígida parede
celular, contém a maior concentração de clorofila então conhecida, em maior quantidade do que
quaisquer outras algas. A Chlorella minutíssima é uma microalga unicelular microscópica,
eucariótica, esférica e com diâmetro variando entre 5-10 μm, que pode ser encontrada em
tanques e lagos, com alta capacidade fotossintética. Dentre os fatores que podem influenciar no
crescimento da Chlorella minutíssima, podemos citar: pH, salinidade, luminosidade, presença
de contaminantes, temperatura, aeração, presença de íons bicarbonato, fonte de nitrogênio, tipo
de biorreator, idade do inóculo, concentração inicial de biomassa, densidade populacional
(BORGHETTI, 2009).
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A Spirulina é uma microalga rica em proteínas, vitaminas e ácidos graxos
poliinsaturados. Esse microorganismo cresce fotossinteticamente, mas um substrato orgânico
pode estimular seu crescimento. A Spirulina platensis é uma microalga com composição
apropriada para uso como complemento alimentar, podendo ser empregada no combate à
desnutrição. Em sua composição destacam-se os altos teores de proteínas (64 - 74%), ácidos
graxos poli-insaturados e vitaminas além de compostos antioxidantes. Essa microalga é
classificada como GRAS (Generally Recognized as Safe) pelo FDA (Food and Drug
Administration), o que garante seu uso como alimento sem riscos à saúde (VONSHAK, 1997).
Acompanhar o crescimento das microalgas é de suma importância, pois com isso será
possível determinar quando a biomassa produzida deverá ser colhida. O tempo de crescimento
celular microalgal irá depender e variar de acordo com a espécie a ser cultivada, além dos
fatores que influenciam o crescimento celular, sendo eles: temperatura, pH, luz, aeração e
nutrientes.
Segundo Fernandez et al. (2013), para que tanto a taxa de produtividade e crescimento
do cultivo sejam altos, é necessário que o meio onde os microrganismos estão dispostos
apresente condições adequadas para que se desenvolvam.
A água juntamente com o carbono são os mais importantes fatores que auxiliam no
crescimento celular microalgal. O carbono por estar presente na composição celular de todos
os seres vivos, não sendo diferente nas microalgas, ele participa efetivamente do crescimento
celular (MAGRO et al., 2016).
20
pela amostra será menor, outro método é a contagem de células por microscopia, onde faz-se o
uso apenas de um microscópio e uma câmara de contagem (LOURENÇO, 2006).
Segundo Madigan et al. (2010), há seis fases que podem ser observadas durante o
crescimento das microalgas e que descrevem todo o ciclo de crescimento, sendo elas:
1) Fase de latência (fase lag) – essa é a fase onde ocorre a adaptação dos inóculos no meio
de cultivo novo, nessa fase o crescimento só começa depois de um certo período de
tempo, ela é relativamente uma fase curta, onde o crescimento não ocorre e até mesmo
podendo ocorrer uma diminuição da cultura. O que terá influência na duração dessa
fase, demonstrando se será curta ou demorada, irá ser as condições iniciais do inóculo.
5) Fase estacionária – esta fase acontece logo após o cessamento da fase esponencial,
nesta fase é observado que não ocorre nem aumento e nem diminuição na concentração
de biomassa, se tornando constante. Nesta fase a concentração de nutrientes estão
dimunindo, enquanto que a concentração de produtos tóxicos estão aumentando.
21
6) Fase de morte – nesta fase acontece um declinio da curva de crescimento, onde a
maioria das células estão em processo de morte, mesmo que outras ainda estejam se
dividindo. A concentração de células viáveis diminui com o passar do tempo
(MADIGAN et al., 2010). A Figura 3.8 apresenta uma curva de crescimento de cultivo
identificando as fases que ocorrem durante o crescimento.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi montado um sistema para cultivar as cepas em volumes menores, podendo tal
sistema ser chamado de cepário. Para a construção do cepário se fez o uso de diferentes
materiais, mas com o foco em materiais de fácil acesso e de fácil manutenção. Utilizou-se uma
caixa de isopor de capacidade de 120,0 litros para ser o cepário, na parte interna desta caixa
foram colocadas fitas de LED de luz branca envolta de toda a caixa sendo essas apoiadas por
hastes de cano PVC, para manter a ventilação dentro da caixa usou-se dois ventiladores de
cooler 12v, um posicionado no interior da caixa e outro fixado em uma das paredes laterais da
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caixa, e para monitoramento da temperatura, foi afixado um medidor de temperatura digita na
parede lateral externa da caixa, além disso, para fazer todas as conexões elétricas foi utilizado
fios de cobre. A Figura 4.1 apresenta um desenho esquemático de como procedeu a montagem
do cepário.
Caixa de
isopor Termômetro
digital
25.0
Hastes de
PVC
Ventiladores Luzes de
Erlenmeyers
com Cepas LEDs
Para auxiliar no cultivo de biomassa, foi construído com a ajuda dos profissionais da
carpintaria da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) um painel de madeira com três
lâmpadas de LED, na Figura 4.2 é apresentado um desenho do painel com três lâmpadas de
LEDs do tipo tubular.
23
As microalgas foram cultivadas em galões com capacidade de 4,0 litros, onde foram
adicionados os meios de cultivo e as cepas das microalgas. Foram realizadas medidas de
absorbâncias periodicamente, para acompanhar o crescimento das espécies das microalgas. A
cada três dias foi realizada a adição de cultivo, até o ponto de alcançar quase 90% do volume
total do galão. Quando a absorbância atingiu o valor de 0.500nm ou acima foi realizada a
floculação do cultivo. A Figura 4.3 apresenta uma ilustração do cultivo de microalgas em galões
de plástico de 4,0 litros, com o sistema de iluminação do painel de lâmpadas de LEDs. A
tonalidade diferente entre os galões serve para indicar diferentes fases do crescimento celular
das microalgas.
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A solução estoque de metais (Co, Cu, Mo, Mn, Zn) foi preparada a partir da adição de
1 ml de cada solução de metal independente preparado anteriormente, as soluções de cada metal
foram preparadas com a seguinte composição:
• Cobre (Cu): 0,98 g de CuSO4 em 100 ml de água destilada;
• Cobalto (Co): 1,0 g de CoCl2 em 100 ml de água destilada;
• Manganês (Mn): 18,0 g de MnCl2 em 100 ml de água destilada;
• Molibdênio (Mo): 0,63 g de Na2MoO4 em 100 ml de água destilada;
• Zinco (Zn): 2,2 g de ZnSO4 em 100 ml de água destilada.
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Figura 4.4. Espectrofotômetro UV-Vis.
Para realizar essa medida faz-se uso da lei de Lambert-Beer, que é uma relação linear,
entre a absorbância (A) e a concentração (c), de acordo com a equação (1):
𝐼0
𝐴 = log = 𝜀∙𝑏 ∙𝐶 𝐸𝑞. (1),
𝐼
onde I0 é a intensidade da luz incidente; I a intensidade da luz que passa pela amostra; ε é o
coeficiente de absorção ou coeficiente de extinção; b é a espessura da cubeta ou caminho óptico.
A absorbância é diretamente proporcional a concentração da solução da amostra (SKOOG et
al., 2006).
26
Figura 4.5. Desenho esquemático de funcionamento de um espectrofotômetro.
27
cada diluição;
8) Por fim, com o auxílio do programa Excel foi traçado o gráfico absorbância versus
concentração, contendo a curva de calibração de cada espécie.
𝑚
𝐶= Eq. (2)
𝑉
𝑋𝑚𝑎𝑥 − 𝑋0
𝑃𝑋 (𝑚𝑔 𝐿−1 𝑑 −1 ) = 𝐸𝑞. (4)
𝛥𝑡
Após a espécie de microalga chegar a fase estacionária, que é indicada pela leitura da
absorbância, iniciou-se a colheita da biomassa. O primeiro passo para colheita foi realizar a
floculação, onde preparou-se uma solução do agente floculante Al2SO4 P.A., pesou-se 10,0 g
do agente e transferiu-se para um béquer e foi adicionando água destilada aos poucos para
dissolver, logo após colocou-se em um balão volumétrico de 100,0 ml e completou-se com água
destilada. Com a solução pronta, transferiu-se o cultivo para um béquer de 2,0 litros e
adicionou-se 10,0 ml da solução floculante, e feita agitação utilizando um bastão de vidro, a
solução foi colocada em repouso por 30 minutos e observando até a formação dos flocos,
quando a formação dos flocos não ocorria mais solução floculante era adicionada.
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Após o processo de floculação acontecer, os sólidos suspensos presentes na solução
sedimentaram no fundo do béquer, em seguida retirou-se o sobrenadante deixando apenas a
biomassa sedimentada, levou-se para centrifuga dispondo em tubos falcons de 15,0 mL e
centrifugou-se a 4500 rpm por 5 min até que toda a biomassa decantasse deixando o mínimo de
água presente na biomassa, feito isso, lavou-se a biomassa três vezes com água destilada para
retirar resquícios de agente floculante ainda presente na biomassa.
Em seguida filtrou-se toda a biomassa a vácuo, lavando 3 vezes com água destilada,
assim que toda biomassa ficou retida no papel de filtro, o mesmo foi retirado e colocado em um
vidro de relógio e colocado na estufa por 12 horas a uma temperatura de 60°C. Antes de passar
para etapa de extração do óleo, macerou-se a biomassa até a formação de um pó fino. Quando
a extração não era feita no mesmo dia a biomassa era armazenada em uma vidraria adequada,
devidamente tampada, evitando que assim absorção de umidade pela biomassa, posteriormente
colocada em um local sem luz.
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Figura 4.6. Desenho esquemático do fotobiorreator coluna de bolhas internamente iluminado.
proposto.
Fita de
LED
Compressor
de ar Tubo transparente
de acrílico
Tubo de
Pedra porosa PVC
de aquário
Registro coletor
de biomassa
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 CEPÁRIO
Um dos fatores que afetou diretamente no cultivo das microalgas foi a temperatura, com
isso, ela teve que ser bem controlada, normalmente foi comum cultivar espécies de microalgas
que se desenvolvem em temperaturas entre 16 a 27 ºC. As temperaturas abaixo de 16 ºC faz
com que o crescimento ocorra mais lentamente, já temperaturas superiores a 35 ºC podem
prejudicar algumas espécies de microalgas de forma letal. Segundo Lourenço (2006) para uma
melhor reprodutibilidade, estabilidade e até mesmo uma previsibilidade nos experimentos é
interessante que mantenha a temperatura constante nos cultivos de microalgas.
30
Como o cepário montado para o cultivo de microalgas foi confeccionado utilizando uma
caixa de isopor, sendo esse um material polimérico e tendo como uma de suas principais
propriedades ser um bom isolante térmico, fez-se necessário o uso de um sistema de trocadores
de calor interno, a fim de controlar e manter a temperatura interna da caixa na faixa de cultivo
ideal. O uso desse sistema de trocadores de calor interno fez com que a temperatura se
mantivesse na maioria do tempo por volta dos 25 ºC. Esse sistema foi composto por dois
ventiladores cooler de 12v, um deles posicionado no fundo da caixa em uma das extremidades
e o outro adaptado em uma das paredes da caixa de isopor. O monitoramento da temperatura
foi feito por um medidor digital fixado na parede lateral externa da caixa de isopor, como pode
ser visualizado na Figura 5.1. Na Figura 5.2 está demonstrado como ficou disposto internamente
o sistema de iluminação e ventilação na caixa de isopor.
Ventilador
Fitas de Cooler
LEDs
Hastes de
cano PVC
31
cepas sendo cultivadas, que foram repicadas para meios de cultivos de maior volume
posteriormente.
Umas das atividades mais importantes no cultivo das microalgas foi manutenção das
cepas, pois assim as espécies eram repicadas periodicamente a fim de sempre ter novos cultivos
e com o objetivo de aumentar a produtividade de biomassa, Além disso, o manuseio adequado
das cepas evitava que ocorresse contaminação dos cultivos por bactérias ou até mesmo por outra
espécie de microalga, com isso, as cepas poderiam ser posteriormente utilizadas em outras
pesquisas elaboradas no laboratório.
Nos galões de plástico de 4,0 litros de capacidade, era inoculada uma cepa de cada
espécie e para cada espécie cultivando um volume útil de 3 litros se obteve 1,05 g de biomassa
por semana e 4,73 g de biomassa por mês, proporcionando uma produção mensal de
32
aproximadamente 14,2 g de biomassa para o laboratório, podendo conduzir quase 10
experimentos por mês de determinação de lípideos ou pigmentos e estimando ao longo de 6
meses podendo conduzir cerca de 57 experimentos realizados por outros alunos de iniciação
científica do laboratório, sendo este valor para as espécies Chlorella minutíssima, Chlorella sp.
e Tetraselmis gracilis.
33
Figura 5.5. Imagem dos galões de 4,0 L com o painel de LEDs em funcionamento.
0,35
0,3
Concentração (g.L-1)
0,25
0,2
y = 0,3807x + 0,0385
0,15 R² = 0,9964
0,1
0,05
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Absorbância (nm)
34
Figura 5.7. Gráfico Concentração versus Absorbância referente a microalga Tetraselmis
Gracilis.
0,45
0,4
Concentração (g.L-1)
0,35
0,3
0,25
y = 0,3545x + 0,1008
0,2 R² = 0,9998
0,15
0,1
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Absorbância (nm)
35
Figura 5.8. Fotobiorreator coluna de bolhas internamente iluminado.
36
6. CONCLUSÕES
37
7. SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS
38
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
39
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