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COMARCA DE GARANHUNS
Contra a Moda Feminina SXY ME, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ/MF sob
n°12345678910, sediada na XXX, número XXX, bairro XXX, CEP XXX, Garanhuns,
PE, fundamentado nos motivos declarados e de direito a seguir:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira o estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar à
custa, as despesas processais e o honorário advocatício tem direito à gratuidade da justiça, na forma da
lei. [...]
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;
DOS FATOS
Diante de situação tão humilhante, Sr. Sergio entrou em contato com a loja Moda
Feminina SKY ME, buscando resolver o problema da dividia que era de R$ 150,00
(Cento e cinquenta reais). Chegando na loa, alegou que sempre cumpriu com suas
obrigações e que nunca realizou qualquer compra no estabelecimento. No entanto,
apesar da tentativa, o problema não foi resolvido pelo estabelecimento.
Sergio está desesperado, pois, foi informado pelo banco responsável pelo
financiamento que caso o problema não fosse resolvido em dois meses, ensejaria o
cancelamento do procedimento e o mesmo não poderia efetuar a compra do imóvel.
Diante do exposto, não restou outra opção senão recorrer à tutela antecipada do
Estado para ser garantidos seus direitos.
Art. 300 “ A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciam a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo “
O art. 300 e seu parágrafo terceiro norteiam que a tutela de urgência em caráter
antecedente será deferida pelo juiz desde de que seja evidente três requisitos: a
probabilidade do direito, o perigo da demora e a reversibilidade da tutela a qualquer
momento.
Ressalta-se que os efeitos da tutela antecipatória são reversíveis visto que, ao ser
concedida a tutela, o nome do Sr. Sergio será retirado do SPC/SERASA,
consequentemente, poderá prosseguir com o procedimento de compra do imóvel, e
conjuntamente, casar como assim era planejado pelo suplicante.
3.4 - DA CONCESSÃO
Com base no art. 5°, V e X, da Constituição Federal, c/c arts. 6°, VI e 14, da Lei n°
8.078/90 e com o art. 186 do Código Civil, contra a Loja de Moda Feminina SXY
ME, pessoa jurídica privada, com sede em (xxx), na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx),
Cep (xxx), no Estado PE, inscrito no C.N.P.J. sob o nº 12345678910), pelos motivos
que passo a expor:
1. Inicialmente, vale relatar, a vontade e a alegria do Sr. Sergio com a ideia de casar,
com a ideia de se estabelecer e com a ideia de futuro que de certa forma, todos
temos. Assim, escolheu o imóvel, comprou todos os moveis para esse imóvel e se não
fosse o bastante, contratou o serviço de festa para a cerimonia mais do que almejada
pela parte.
5.Não se poderia deixar escapar, que o constrangimento vivido pelo Sr. Sergio foi
causado, por irresponsabilidade da loja, essa, quem sofre a ação. Agindo de forma
completamente imprudente, e eivada de uma mastodôntica vontade de prejudicar o Sr.
Sergio. Causando um imenso prejuízo ao nome, a honra, e o emocional do Sr. Sergio.
1. Trago para ser levado em consideração o que está escrito no Código Civil,
acerca da configuração do ato ilícito:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
2. Mais do que claro, que a atitude da loja de inserir o nome do Sr. Sergio
indevidamente no cadastro de maus pagadores, causou-lhe dano.
Consequentemente, é indiscutível o ato ilícito cometido pela loja.
1. Fica mais do que claro a ocorrência de danos morais ao Sr. Sergio, pois
passou por uma situação constrangedora e injusta, por uma exclusiva
imprudência da loja
Art. 5o.
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;”
1. Neste ponto, acho por bem colocar o disposto no CC, no que respeita a
obrigação de indenizar:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem
A). Seja concedida a Justiça Gratuita, nos termos das Leis n.º. 5.584/70
e 1.060/50
Pede deferimento.
Jardel Cavalcante