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AULA 061

Fala, meu amigo! Seja muito bem-vindo a nossa aula 61 aqui pelo Novo
Mercado. Caso você esteja assistindo essa aula através de uma gravação, não
importa o dia, a hora ou a data estelar, a nossa aula é basicamente sobre como
gerar um caixa rápido na web, se você trabalha com alguma propriedade
intelectual, prestação de serviço, de consultoria, de inteligência, ou resolução de
problemas.
A nossa aula de hoje não está focada para quem tem um negócio físico de varejo.
É uma das poucas aulas que nós estamos destinando a quem trabalha
literalmente com a venda de conhecimento. Você vai perceber que das sessenta
e uma aulas nós tivemos, talvez em duas ou três aqui eu realmente fale: “Olha,
isso daqui não é para todo mundo. É para um tipo específico de pessoa”.
Caso você tenha um varejo, trabalhe no comércio, tenha um restaurante, ou
trabalhe com produtos físicos; essa aula não é especialmente para o seu
negócio. Mas, eu tenho certeza que o conhecimento será válido. Tenho certeza
de que conhecimento nunca é descartável. E o principal: pode ser que você veja
negócio nisso. Porque não é obrigatório que você produza o conteúdo, mas você
pode deter as ferramentas, você pode ter o conhecimento, você pode saber
implementar essa regrinha simples que eu vou explicar.
Nas últimas aulas, nós falamos sobre um conjunto muito grande de conteúdo.
Alguns deles tratavam sobre a criação de um arquétipo para o seu negócio.
Depois, nós falamos sobre comunicação, falamos sobre estratégia. Falamos
muito sobre como desenhar uma linha de comunicação que seja efetiva e que
detenha uma personalidade. Não é simplesmente o Ctrl C + Ctrl V que todo
mundo está fazendo na internet. Isso tudo converge para o quê? Não existe uma
única resposta.
“Ah, Ícaro, tudo isso que você está me ensinando é para eu aplicar na minha
empresa e ter um ganho de médio e longo prazo?”.
Não necessariamente, pode ser para levantar dinheiro rápido. Eu acho que
existem alguns mantras e ditados que sobrevivem ao tempo por serem muito
certeiros. Por exemplo: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Esse tipo de coisa.
Só que existem alguns mantras que vão se desenvolvendo na internet e no
mundo, e que não são necessariamente verdadeiros. Mas, nós os repetimos até
que pareça que eles são verdade, mas não são. O mantra que eu gostaria de
explicar é o seguinte: “Não dá para se fazer dinheiro rápido na internet. A internet
não foi feita para se levantar dinheiro rápido”. O que é uma grande mentira.
Se você me falar: “Olha, Ícaro, idealmente, o internet marketing não foi concebido
para se levantar dinheiro rápido”. Pode ser que sim, pode ser que não. Quem
aqui já praticou alguma arte marcial? O Judô pode ser uma boa referência, um
exemplo para o que eu quero falar. Quando você entra no Judô, vai perceber
que, nas primeiras faixas, você não pode aplicar golpes na linha da cintura para
baixo.
Se você está na faixa branca e começa a pegar a perna do seu oponente, o
professor vai dizer: “Opa, não”. Você pode até derrubá-lo. Pode fazer uma
double-leg — uma baiana — para conseguir derrubá-lo. Mas não vai poder dar
uma chave de joelho reto, não vai poder dar uma chave de calcanhar, não vai
poder dar uma cervical no cara. O professor vai dizer: “Esqueça as partes do
joelho para baixo. Finja que elas não existem”. Mas elas não existem mesmo? E
essa é a questão. Elas existem, mas naquele momento, para a sua segurança,
para a segurança do seu colega, e para o desenvolvimento da sua habilidade, o
ideal é que você não pratique os golpes que exigem uma maior maturidade
técnica, um maior controle, percepção e conhecimento sobre o seu próprio
corpo.
Por que eu estou falando tudo isso? Por que eu estou falando de Judô aqui na
nossa aula de hoje? Se você parar para pensar, quando alguém acaba de chegar
na internet, é semelhante a isso. Imagine um amigo ou parente seu — com o
parente sempre é pior, porque é uma pessoa com a qual você está
emocionalmente comprometido, tem um relacionamento, está sempre aberto
com ele.
Quando todo mundo descobre que você trabalha pela internet, a primeira coisa
que dizem é: “Nossa, cara, eu não gosto muito do meu trabalho, eu gostaria de
fazer o que o você faz, trabalhar pela internet, em casa. Você acha que eu
consigo?” E você fica naquele negócio: “Puta que pariu. Se eu disser que sim,
vai que o cara pede demissão e depois não consegue. Depois eu me fodo. Estou
fodido”.
Mas, imagine que esse cara decida, mesmo assim, trabalhar na internet. Chega
o teu primo e ele fala: “Bicho, você não faz ideia. Eu saí do meu emprego, porque
eu quero viver de marketing digital”. Esse é o pior de todos os cenários. Ele nem
tem uma profissão, nem tem uma atribuição. Ele quer trabalhar com marketing
digital, como se existisse “trabalhar com marketing digital”. Ele não sabe nem o
que é isso.
Para uma pessoa que está começando agora, dificilmente você diria para ela:
“Olha, isso daqui é para fazer dinheiro rápido, cara. Isso daqui é para levantar
grana rápido”. Por quê? Porque há uma grande chance de que ela gaste muito
dinheiro, não levante essa grana de volta e depois fique puta com você. Por que
é que é importante falarmos para as pessoas que estão chegando agora na
internet que a internet não é um lugar para se fazer dinheiro rápido? Mas que é
um lugar para se ter paciência, escrever bastante, ler 100 vezes mais, estudar,
comprar livros.
Só de livros de roteiro, eu estou com 7. Estou 7 aqui em baixo da minha mesa,
porque já não cabe mais na prateleira. E este, é o que eu estou lendo agora —
o “Manual do Roteiro”. Esse é o segundo melhor livro de comunicação que eu já
li na minha vida, só perde para o “Confissões de um publicitário” do David Ogilvy.
Esse livro é fodido. Eu não imaginava que fosse comprar um livro tão violento. E
é de cinema, nem é de marketing. Porque eu já estou achando os livros de
marketing meio bullshit demais. Tudo meio bobinho demais. Mas, enfim.
Primeiro ponto: a pessoa não vai ter experiência de chão o suficiente para fazer
uma primeira ação que dê muito certo. Provavelmente essa ação é tosca.
Provavelmente, não vai ser muito legal. Provavelmente, vai estar cheia de erros
de comunicação, de desenho e de implementação. Se ela quiser levantar
dinheiro rápido, é bem provável que ela não consiga. E se ela não conseguir, aí
vem o grande o efeito colateral do faixa branca.
Quando o faixa branca erra, ele fica muito sensível. Quando ele coloca 500, 1000
reais numa campanha, fica muito sensível, ele sente muita dor. “Ai, caramba!
Perdi muito dinheiro, cara. Perdi 1000 reais. A campanha não virou. Eu não
consegui fazer nada. Não veio retorno”. Então, o que ele faz? Faz uma segunda
campanha que, em tese, deveria ser melhor do que a primeira, porque ele já
aprendeu um monte de coisas. Mas, como ele já colocou 1000 reais na primeira
campanha que não deu certo, ele fica machucado. Então, ele põe 300 reais. E
ele não deixa rolar os 300. Rola uns 50, e se não converteu uma venda, ele já
desliga o anúncio e fala: “Não, vai dar errado. Vou perder todo o meu dinheiro”.
Então, o que ele faz? Ele tira o time de campo e começa a estudar para fazer
uma outra coisa. Depois, ele volta acreditando só em tráfego orgânico. Ele faz
10 artigos, publica lá e não viraliza. Depois, ele tira o time de campo, e depois
volta só com display. O faixa branca precisa desse tempo para entender o
mercado, para amadurecer, tomar murro na cara, perder dinheiro. É muito
parecido com o mercado financeiro quando o cara entra e pensa que vai ser um
trader do dia para a noite, que vai fazer um monte de dinheiro. Todos chegam
falando assim: “Ah, 500 reais por dia está muito bom para mim”. Eu falo: “Cara,
500 reais por dia, todos os dias da sua vida fazendo trade. Geralmente, o cara
tem 10 mil, 20 mil de capital. Você tem que ser muito pica para fazer isso
regularmente”. E as pessoas veem como se isso fosse um sonho módico.
“Ah, são só 500 reais por dia, e está tudo bem”. Então, você fala: “E qual é o seu
salário atual?”. O cara responde: “3 mil reais”. Ou seja, você está saindo de um
trabalho que você estudou, trabalhou, você se dedica, aprendeu, faz bem e
ganha R$ 3000, para ir para um trabalho completamente novo, em que você
espera receber o seu antigo salário no sexto dia. Praticamente, na primeira
semana. E as pessoas chegam assim todos os dias na internet. Então, elas
precisam aprender. E só o tempo faz o cara aprender. Quem conhece o mercado
há mais tempo vai perceber que, nos últimos cinco anos, o mercado evoluiu
muito. Não foi pouco, evoluiu demais.
Há cinco anos atrás, tinha cara vendendo curso de funil de e-mail por 10 mil
reais. O cara vendia os 200 títulos matadores para o seu e-mail. E você
comprava, pagava 500 reais e recebia 200 títulos numa página do Word. E o
cara vendia. Depois, isso baixou para 90 reais, depois baixou para 60 reais,
baixou para 40 reais, e chegou a custar 29,90. E parou de ser vendido, porque
todo mundo usava os mesmos títulos, as mesmas fórmulas. Todo mundo fazia
o bolo com a mesmíssima receita.
Então, da mesma forma que o mercado evolui, você também evolui. Se você
olhar as primeiras campanhas, os primeiros posts.
“Ah, Ícaro, mas eu não tenho tantas campanhas assim”.
Ótimo, olhe os seus primeiros 30 posts na rede social. Vá no seu Orkut, no seu
Facebook, e veja os seus primeiros 30 posts. Você vai perceber o quanto você
evoluiu. Por quê? É por que você está estudando? Cara, é pelo simples fato de
você estar vivo na internet. Você vai percebendo, copiando, aprendendo. Para
isso você nem precisa ser aluno, não precisa estar no Novo Mercado, não
precisa nem estar estudando isso diretamente. O simples fato de você estar vivo
faz você amadurecer. Você vai acompanhando as coisas novas que vão saindo.
“Nossa, saiu o Brasil Paralelo”.
Lembra de como você escrevia no MSN? O negócio era absurdo. Quando saiu
o Brasil Paralelo, todo mundo disse: “Nossa, que bonito. Nossa, que legal. Poxa,
puxou a régua. Que página bonita!”. O Eduardo Costa postou lá na página dele,
a página que a gente está levantando. O pessoal falou: “Nossa, que legal!”. Esse
tipo de contato com o que é bem feito vai subindo a sua régua.
Então, vamos lá. Vamos separar um pouco quem está começando de quem já
está aqui há algum tempo. Se você nunca gastou mais de 5000 reais com tráfego
na internet, construindo coisas, desenvolvendo coisas, criando páginas. Enfim,
qualquer coisa. Se você nunca colocou mais de 5000 reais aqui dentro,
provavelmente essa aula não vai ser para você, porque você ainda está na faixa
branca. Agora, se você já investiu mais de 5000 reais. Não precisa ser 5000 reais
em um mês, pode ser desde o começo. Se você já investiu dinheiro, já teve dois
ou três negócios, já quebrou a cara, já fez campanhas que não deram certo e
fez outras que deram certo, ganhou dinheiro, pagou as contas, ou já faz anos
que você não precisa trabalhar fora da internet, essa aula é para você.
Essa aula vai falar sobre os golpes que são proibidos para o faixa branca. O faixa
branca não pode trabalhar com o conceito de que você pode levantar dinheiro
rápido na internet, mas você pode. E muita gente faz isso, muito bem feito, com
muita qualidade, muita competência, mas eles já não são mais faixas brancas.
Então, vamos lá. O que nós estamos falando quando falamos sobre levantar
dinheiro rápido na internet? Nós estamos falando basicamente do seguinte: De
um produto ou oferta, que será oferecido em altíssima qualidade no modelo
freemium. (Desenho de triangulo com os itens: Produto/oferta, Altíssima
qualidade e modelo Freemium)
É basicamente isso. Alguns gostam de chamar isso de caixa rápido. O Érico
Rocha chama isso de Lançamento Semente. E em que a minha escola, o meu
pensamento, e a minha filosofia de trabalho difere de todos os caras que falam
para você lançar algo rapidamente? É que você nunca vai encontrar a altíssima
qualidade. Nos últimos 3 anos, o mercado tem evoluído, mas não em linha reta
como a gente acha que o mercado evolui. (Desenho de gráfico com crescimento
linear) Nos últimos três anos, o mercado tem evoluído de maneira exponencial.
(Desenho de gráfico com crescimento exponencial)
Para você ter uma ideia, nos últimos doze meses, basicamente todos os gurus
sumiram do mercado. É não é porque eles são ruins, porque eles não sabem o
que estão fazendo. Também é por isso, mas o principal motivo não é esse. O
principal motivo é que muita gente começou a dar tanta qualidade no conteúdo
gratuito cedido todos os dias, que o guru não consegue mais se sustentar.
Porque o guru vivia de pequenas dicas, pequenos lampejos. Ele vivia de
pequenas entregas para vender um grande truque muito caro. Só que o mercado
tem evoluído tanto que um guru que vendia, por exemplo: “Como fazer
lançamento da Fórmula de Lançamento”, não vende mais. Porque você encontra
tudo de graça hoje na internet, e muito bem feito, bem coletado, bem desenhado
e bem explicado. Não é mais um negócio underground que ou você compra na
mão do Érico, ou tem que comprar pirataria no mercado livre.
Hoje, você tem análises, principalmente se você lê em inglês, sobre a própria
fórmula de lançamento, sobre o marketing do Ryan Deiss, sobre como os caras
fazem um modelo de negócio baseado em recorrência. Hoje, você tem
discussões em fóruns e artigos no Medium. Hoje, você tem tanta porrada de
qualidade, nego destrinchando essas estratégias, e tudo gratuito na internet. E
basicamente, para os caras sobreviverem, fodeu. Eles ganham mais dinheiro
vendendo receita de brigadeiro gourmet. A margem dos caras apertou.
O que é que acontecia? O modelo de negócios deles não presta também. Por
quê? Porque é semelhante ao guru. Um guru vende para 4 mil pessoas: “Como
ganhar dinheiro na internet”. Dessas 4 mil, 2 mil desistem logo de cara. Dessas
2 mil que sobram, mil nunca colocam em prática. E das mil que sobram, 300
querem virar gurus também, querem ensinar o que aprenderam. “E as outras
700, Ícaro?”. Talvez 4 sobrevivam, as outras saem do mercado. E o que é que
acontecia? Essa cara só gerava concorrência. Para cada balde de dinheiro que
ele colocava para dentro, ele tinha um balde de concorrentes também. E cada
vez mais esses concorrentes tinham que brigar entre si. E qual é a maneira mais
óbvia para brigar entre si? Gerar a maior quantidade de conteúdo de qualidade
gratuito possível. E tudo ficou de graça.
Tudo ficou de graça e você não consegue mais vender. Porque as pessoas
aprendem de graça e elas literalmente se recusam a pagar. Muitas vezes, um
conteúdo, que o guru cobra para ensinar, está sendo ensinado de graça pelo
guru que ele formou há 2 anos atrás. Então, o cara vai lá e ensina Facebook
marketing totalmente focado em display. Aí ele gera um monte de conteúdo de
graça e vende um curso sobre como fazer anúncio. Basicamente, algum aluno
dele vai ensinar isso de graça para vender um outro curso, porque ele pagou o
preço. Então, o seu negócio era canibal.
Por que eu estou falando tudo isso? Porque todas as formulinhas de ganhar
dinheiro rápido na internet ignoraram a curva de qualidade. Hoje você tem o
Gustavo Cerbasi produzindo com equipamento de altíssima qualidade. Hoje
você tem o Brasil Paralelo produzindo com DS6. O nosso próximo produto já
está sendo produzido com equipamento Black Magic. Já estamos entrevistando
pessoas fora do país. Hoje, recebemos a confirmação de um entrevistado. O
cara ganhou apenas o prêmio Nobel, ele mora lá na Califórnia. Vocês entendem
a velocidade com o que o salto de qualidade acontece? É literalmente assim.
(Curva exponencial crescente)
Ninguém fazia nada. O Érico Rocha, foi lá e deu um salto. Aquelas paisagens de
ilha, uns vídeozinhos. E depois os caras começaram a fazer vídeos com edição.
Depois, morreram todos os gurus. Depois, os caras começaram a fazer alguns
milhões de reais com anúncios e todo mundo começou a fazer isso. Nos últimos
3 meses, o Brasil Paralelo criou uma quebra de paradigma. Agora, nós estamos
comprando equipamento de cinema e entrevistando um ganhador do prêmio
Nobel. E o que vem depois? Não dá para saber. Talvez, criar um padrão Netflix.
O que eles ignoram é o aumento da qualidade, não da concorrência. Quem é
que lembra da moda do coach? Houve uma época em que todo mundo era
coach. “Ah, eu sou coach de produtividade, carreira, lifestyle, vestir, comida,
exercício”. E todos os meses, milhares e milhares de coaches entravam no
mercado. E aí eles faziam uma universidade de faixada lá nos Estados Unidos.
O cara fazia esse curso e seria certificado. “Coach internacional, certificado por
uma universidade nos Estados Unidos”. Então, você ia ver a comunicação
desses caras, e era uma merda. O que acontecia? Imagine um milhão de
coaches, todos concorrendo entre si. Agora, imagine que um deles esteja no
meio desse milhão, ele está fodido. Ele está tentando vender curso, vender hora,
qualquer coisa. Só que esse cara fala: “Eu vou investir em qualidade, em uma
bela página, num tremendo vídeo, numa baita proposta”. Ele já saiu desse
patamar e chegou num patamar onde há pouquíssimos. Porque a maioria não
sai do nível anterior.
Então, quando a gente fala de um caia rápido, a grande qualidade da minha
filosofia de trabalho é dizer o seguinte: “Você está disposto a investir entre 6 e
10 mil reais para fazer essa tentativa de caixa rápido?”.
“Ah, Ícaro, eu não sei. É muito dinheiro”.
Se você não tem essa disponibilidade — de perder parte desse capital — não
tente essa estratégia. Porque, novamente, não é para faixas brancas. Não é para
quem está começando agora.
“Ah, Ícaro, não sei. Eu nunca fiz nada disso”.
Ótimo, então continua estudando. Vá aprender como as páginas funcionam,
como é que faz um roteiro legal para um vídeo, qual a diferença entre os
gateways de pagamento, como é que funciona uma conversão por chat, como
se trata uma lista de e-mail, como entrar em contato com os caras. Vá
aprendendo violentamente como fazer anúncios corretamente na internet. Vá
aprendendo tudo isso, e depois você volta aqui na aula 61.
Quando a gente decide fazer isso, esse daqui é um jogo em que você coloca
entre 6 a 10 mil reais, para buscar de 60 a 200 mil reais. Não existe nenhum
ramo do mercado financeiro que rende isso, nenhum investimento que rende
isso. Poucos trabalhos rendem isso. E se você fizer isso da sua vida umas quatro
vezes, você vai perceber que se você acertar uma dessas bem na tabica, vai
poder errar umas 3 vezes seguidas. Sendo que você aprende ao longo do
processo. Então, não é nada tão assustador assim. É que as vezes o dinheiro —
10 mil reais não se ganha todo dia — nos assusta. Mas é um negócio da China.
Vamos lá!
Primeiro ponto: O produto. Esse tipo de estratégia funciona muito melhor quando
nós estamos falando de produto intelectual, digital, um infoproduto. O que
significa infoproduto? É tudo aquilo que é vendido na internet? Não! É um
produto que consiste em informação. Então, você pode revender uma sequência
de receitas como se fosse um infoproduto, desde que você não tenha que vender
um livro físico de receitas. Todo mundo aqui já está careca de saber o que é um
infoproduto.
Então, quando a gente está trabalhando com um produto, o que é o ideal? O
ideal é que esse produto seja genérico. Ou seja, é um produto de topo de funil
que interesse uma grande audiência — um grande mercado como:
emagrecimento, finanças, saúde, beleza, relacionamento.
Nós estamos produzindo aqui na agência um produto de cliente nosso chamado
“Como restaurar o seu casamento”. O seu casamento está falido e você quer
restaurá-lo. É um produto excelente. Um outro produto dele é: “Qual é o sentido
da vida?”. É excelente. O que nós estamos fazendo aqui com esses clientes, que
é até a página que o Eduardo lançou, nada mais é do que isso que eu estou
ensinando para vocês agora. Só que é preciso gastar de 6 a 10 mil reais. É
preciso investir um pouco mais de dinheiro, porque o alvo também é mais alto.
Mas é basicamente isso. Nós temos um produto que é de interesse geral e nós
vamos produzi-lo em altíssima qualidade. Qual é o nosso benchmark? A partir
daí a gente começa.
Eu vou exemplificar com algum guru. Vamos tomar como exemplo o site do Érico
Rocha, ele é alguém que não se importa muito com uma grande qualidade.
A página do Érico pode ser considerada bonita, uma grande produção, algo de
alta qualidade? É uma produção de média qualidade. Uma foto recortada,
malfeita. Não tem um equilíbrio de cor entre o recorte e o fundo. Você pode ver
que, na foto do Érico, ele está com uma iluminação, mas o público atrás dele
está com outra iluminação. Você vai perceber que é um template, que existem
pequenas falhas de corte na imagem. É uma página simples. E pode ser que ela
funcione muito bem. Mas isso aqui vende por que é o Érico. O Érico vende,
porque é uma pessoa conhecida. É algo que vem de um cara que investe
algumas centenas de milhares de reais por ano em propaganda. Vamos ver a
página do produto dele. Tem o mesmo padrão. É o mesmo lightbox de 2010.
Uma coisa simples.
Qual é a diferença entre o www.ericorocha.com.br e o masterclass.com? (Vamos
imaginar que a página é o próprio produto.)

“Porra, Ícaro, fodeu. Você pegou o produto mais bonito do mercado”.


Esse é o ponto em que eu começo a divergir de todos os marqueteiros digitais.
Visualmente, vocês conseguem perceber a diferença entre um e o outro? Só
olhando. Vocês conseguem perceber a diferença de trato, requinte, e cuidado
entre o masterclass.com e o ericorocha.com.br? Eu não estou dizendo que um
está certo e o outro está errado. Não estou dizendo que um é bom trabalho e o
outro não. Pode ser que esteja exatamente do jeito que o Érico precisa. Mas,
visualmente, você consegue perceber a sensação entre esse tipo de trabalho —
o cuidado fotográfico — e o outro?
Vocês conseguem perceber a diferença entre esse tipo de comunicação do Érico
Rocha — uma comunicação de blog — e esse tipo de comunicação do
MasterClass?
O MasterClass tem uma iluminação perfeita, enquadramento fantástico, copy
muito bem-feita. Aí vem o grande ponto: Não se gasta muito mais dinheiro
fazendo esse tipo de produção.
Se você tiver o controle e o domínio da operação, vai perceber que não tem tanta
diferença entre produzir algo muito bonito, de muita qualidade, e produzir algo
mediano.
Nós temos o muito ruim. O que é o “muito ruim”? O muito ruim é você entrar no
Google e pesquisar “free wordpress themes”. O muito ruim é entrar na internet e
pegar um free. Aí você baixa um tema como o Zerif Lite, que é de graça. Tudo
bem. Mas, cara, até que está legal. Beleza, é de graça. O tema tem uma projeção
3D bonitinha. É meio rústica, mas está legal. Isso daqui é o ruim. Se tiver isso
daqui, ainda fica um pouco melhor. (Imagem de background com mockup de
notebook e tablet)
O que é o bom? O bom é o que você vai gastar 2 ou 3 mil reais para fazer.
Você vai comprar um template legal, bonito, que seja bacana. Eu até peguei
alguns templates aqui para mostrar.
(Links salvos no bloco de notas)

https://athemes.com/collection/agency-wordpress-themes/

https://colorlib.com/wp/creative-agency-wordpress-themes/
http://themes.fuelthemes.net/werkstatt-demo/
Você compra um template desses.
“Ah, Ícaro mas e a foto desse site? (fotografia de uma moça com glitter azul no
rosto) Quantos milhares de reais essa foto deve ter custado?”.
Cara, essa foto está lá no Pexels, em algum banco gratuito de imagens e
fotografias. Imagens assim não estão no Google. Mas, olha o cuidado da
transição, da cor (efeitos de transição e cores vivas no template). Isso aqui é
uma coisa bem-feita, e custa 50 ou 60 dólares.
Fazer algo desse nível já te coloca numa apresentação legal. Aí você paga um
programador para fazer direitinho. Talvez contrate um designer para fazer uma
logomarca para você, fazer um ajuste ou outro. Se você tiver o conhecimento e
souber fazer boa parte do trabalho, vai gastar em torno de 3 mil reais. E hoje,
você consegue fazer uma coisa muito bonita na internet com 3 mil reais.
A coisa mais cara que existe na internet, por incrível que pareça, é o senso
estético. É você saber reconhecer que isso é bonito. Porque, para a maioria das
pessoas, aquele tema já era o suficiente. E você nem chegaria a esse daqui
(Werkstatt Fullscreen – creative) porque você não ficaria procurando esses
temas. E todos são templates baratos. É mais o gosto mesmo, estar pronto para
procurar coisas diferentes. Dá para fazer umas coisas legais. Isso daí vai te
custar entre 2 e 3 mil reais.
Agora e o que é o bonito? O que torna o teu trabalho mais ou menos semelhante
com o que ocasionou o Brasil Paralelo? A gente levou o Brasil Paralelo para o
Chéquer, o principal sujeito da mídia web hoje no Brasil, dono da SOAP. E o cara
falou: “Vocês vão gastar, no mínimo, 1 milhão de reais nesse projeto”. A gente
gastou um décimo disso.
Então, o que causa essa sensação? É porque todo mundo sabe o que é bonito.
Só que poucas pessoas sabem o quanto custa para fazer algo efetivamente
bonito. Eu estou descendo essa escada bem devagar. Eu estou dando um ritmo
de aula bem mais devagar do que eu estou acostumo, porque esse é um tema
que precisa de muito cuidado. E não é para faixa branca, como eu disse. Se eu
soubesse que todo mundo aqui está com dez anos de mercado eu teria reunido
essa aula em cinco frases.
Dos nossos sentidos — visão, audição, olfato, tato e paladar — 90% da nossa
atenção fica na nossa visão. A visão rouba até 90% de todos os outros sentidos.
Da mesma maneira, quando a gente pretende criar uma sensação de “Caralho!
Esse cara está trabalhando num nível muito alto”, 90% do resultado disso é um
grande vídeo dentro de uma página bonita. Perceba que eu não estou falando
de “uma grande página e um grande vídeo”. É um grande vídeo dentro de uma
página bonita.
Se você parar para pensar, quanto custa um vídeo como esses do MasterClass?
Esse vídeo vai te custar 400 reais por dia de locação de uma Black Magic — que
é uma câmera que custa 25 mil reais por lente. Você vai precisar usar pelo menos
duas. Então, vai dar 800 reais. Você vai pagar mais uns mil reais da diária de um
grande operador de câmera. Ele vai saber operar a câmera, saber fazer a
iluminação, vai saber fazer tudo isso.
Eu não estou nem falando para você ir para um estúdio. Você vai procurar um
cenário com ele, alugar o equipamento de iluminação. Com uns 4, 5 ou 6 mil
reais — 6 mil já é muito bom. Mas com 4 mil reais você faz um vídeo desse. Seja
com você, seja com qualquer pessoa.
“Ah, Ícaro, mas eu não sei falar na câmera”.
Com 1000 reais, você aluga a diária de um ator ou de uma atriz muito bonita, se
você quiser.
Novamente, eu falo: Você tem que estar disposto a gastar uns 10 mil reais.
Provavelmente, desses 10 mil reais, 9 mil vão ser só para o vídeo e mil para
escolher o template do site. E você vai criar um vídeo desse (como o do
MasterClass). Você pode comprar bancos de imagem, fazer edições. Como é
que você começa a perceber o que é um bom vídeo? Assistindo bons vídeos.
Eles (o MasterClass) têm umas cenas de bastidores. O pessoal está assistindo
aula na mesa com ele. É um trabalho fantástico. Com tudo isso funcionando, a
gente estaria falando de um vídeo 20 mil reais. Mas isso daqui (Kevin Spacey
sentado na cadeira olhando para a câmera) é mais do que o suficiente para você
chamar a atenção das pessoas. Sendo que se você não chama, vai ter que
investir isso em tráfego. O áudio bem balanceado já é o suficiente, porque todo
mundo usa um áudio errado.
Aqui no próprio Novo Mercado eu sou muito negligente em relação ao áudio,
porque eu sei que estou na aula, mas não deveria ser assim. Eu tenho toda a
atenção na hora de preparar algo para o cliente. Mas, é aquele negócio, “casa
ferreiro, espeto de pau”. Acabo sendo um pouco negligente, mas eu vou montar
um estúdio. Esse ambiente já está para virar estúdio faz tempo. Vou fazer isso,
assim que eu terminar essa correria toda dos outros projetos. Eu deveria ter um
microfone do caralho.
Mas, esse vídeo vai ser responsável por quase que a totalidade da sua força de
venda e percepção da qualidade do seu trabalho. E o resto? O resto é você
encontrar, por exemplo, páginas baratas. Uma página bonita com uma marca
d’água legal, com uma fonte bonita, transições bonitas, em que você possa ativar
o seu vídeo muito bonito, custa 30 dólares. Você pega um tema bonito, corta as
partes desnecessárias, faz uma seção explicando como vai funcionar, coloca um
tremendo de um vídeo e vai ficar ótimo. É como o masterclass do Cerbasi, que
ele gastou 400 mil reais. Com um tremendo de um vídeo, você vai se diferenciar
pela qualidade. E acabou. Você deixa a página só com cabeça, iniciando com
vídeo, 1, 2, 3 e encapsula o cara.
Eu tinha outro tema bonito que eu separei também. Um site com uma meia dobra
com um videozinho de banco como background (exemplo de vídeo no site
www.designdisruptors.com). Você pode até fazer um vídeo com os bastidores
da gravação que você fez. Porque você vai gravar muito tempo e não vai usar
tudo. Porra! É muito bonito. E nós não estamos falando de muito dinheiro. Esses
temas estão todos à venda.
“E para quê que eu vou me preocupar com isso?”.
Para fazer uma oferta freemium. O que que é uma oferta freemium? Bom, você
escolheu um produto, escolheu uma oferta, escolheu um trabalho, você produziu
tudo isso. E é bem provável que você esteja em torno de 10 mil reais “no
negativo”. Não que a sua conta esteja negativa, mas você já investiu mais de 10
mil reais na sua campanha. Ela pode ser para se promover efetivamente. No
caso do Bruno Papi, por exemplo: “Ah, eu estou vendendo uma consultoria”. Ele
pode fazer um Workshop gratuito em que vai falar sobre os 10 venenos que
acabam com a vida de um trader em início de carreira no mercado financeiro.
Não faça só mais um vídeo, tipo: “Oi, pessoal! Eu sou o Bruno Papi”. Foda-se!
Se fizer isso, caiu num meio comum. A Infomoney faz isso todo dia.
Agora, se ele faz um vídeo com um enredo. “Nos últimos 10 anos, a bolsa de
valores não saiu do lugar. O Brasil permanece entre 60 e 50 mil pontos. O poder
de compra foi derretido. Centenas de milhares de investidores foram
completamente removidos do mercado. E a pergunta é: Você está pronto para
uma década inteira perdida? O poder de compra de 2017 é o mesmo que era
em 2007. A pergunta é: Como existe tanta gente que ainda assim faz tanto
dinheiro? Você sabia que os traders ganham, e muito, quando o mercado está
em queda? Veja a nossa aula, nosso workshop, nosso masterclass. Nós vamos
falar durante quatro semanas inteiras sobre traders. Qual o comportamento
deles? O que eles fazem? Quais são as questões psicológicas?”. Você colocou
10 mil nesse produto, então, é melhor você gerar um bom produto mesmo.
“Caramba, Ícaro, mas eu vou ter que comprar muito tráfego”.
Você pode montar essa mesma estrutura em alguém que já tenha tráfego. Você
conhece algum profissional que já tenha 100 mil ou 150 mil curtidas? Ótimo,
propõe isso para ele. “Cara, eu trabalho com esse tipo de coisa. Eu gosto demais
do seu posicionamento. Você tem uma audiência muito bacana. Cara, eu acho
que você está sentado em 100, 200, 300 mil reais. E eu sei como tirar isso daí
da sua audiência, no bom sentido, é claro”. Então, você faz uma parceria meio a
meio. “Você gera o conteúdo, e comunica da maneira que eu estou te
recomendando, e eu produzo tudo”.
Ou seja, nem de compra de tráfego você precisa. Se você tiver uma página com
100 mil curtidas, a chance de um retorno entre 60 mil a 200 mil reais é maior que
80%. Se o cara realmente tiver 100 mil curtidas genuínas, e não compradas, as
chances de retorno são muito altas. As chances de fazer break-even — que é
você voltar o que o você colocou — é basicamente 100%. Se você não vender
para pessoas 10 entre 100 mil curtidas — 0.010% — é sinal de que algo está
muito ruim. Mesmo tendo investido em qualidade, é sinal de que algo está muito
ruim mesmo. Ou você errou completamente a proposta, ou você montou de uma
maneira totalmente bizarra. Por quê? E aí, você vai pegar uma verba para
anúncio. Nessa estratégia, a verba para anúncios é subsidiária, não é o mais
importante, porque você já está investindo na qualidade e na autoridade do cara.
O mais importante é efetivamente ter o melhor produto possível.
E a verba serve para dois momentos: No primeiro, serve para dar um pequeno
impulso no conjunto de vídeos de propaganda, que vão efetivamente mostrar
esse evento gratuito que você está fazendo, porque você só está pedindo nome
e e-mail. E você vai encapsular em torno de alguns milhares de pessoas. Talvez
2 mil pessoas.
“Ah, Ícaro, mas antigamente as listas eram mais fáceis de se conseguir”.
Antigamente, todo mundo deixava o e-mail para tudo. Hoje em dia as listas são
muito menores, mas as suas conversões são muito maiores. Porque quem
deixou o e-mail realmente está interessado. Você pode até gerar uma primeira
aula gratuita para todo mundo ver. E, após encapsular tudo isso, você vai gastar
a outra metade do seu tráfego — que pode ser outros 5 mil reais. Não precisa
ser muita coisa não. Você pega 5 mil reais, e começa com 2 mil reais. Faz com
2 mil reais no pré-lançamento para encapsular. Você vai disparar bastante para
esses caras, porque você não vai casar com essa lista. A lista não é sua, é do
seu contratante. Ou, se for sua, ela é para a sua ação. Então, você pode
bombardear 10 ou 12 vezes tranquilo, porque unsubscribe não te assusta.
Porque é uma lista provisória. 2 ou 3 mil reais — 60% — do investimento você
vai fazer após o lançamento. Após o momento de premier do negócio. Porque
na primeira página vai estar um vídeo de grande qualidade, um anúncio do que
o cara vai ter e um pedido de encapsulamento. Nela, vai ter uma data.
“Acontecerá no dia 12 de maio”. Após essa data, a página muda para uma página
de evento, onde você pode até disponibilizar as quatro aulas gratuitas num
modelo muito parecido com o que se faz na Fórmula de lançamento. Mas muito
focado na qualidade. E aqui (no final da página), você coloca a venda de um dos
cursos.
Na Fórmula de lançamento, eles fazem algo bem diferente. Eles usam os quatro
vídeos para encapsular e-mail para caralho. E depois, eles fazem a transição de
vendas só por e-mail. Mas eles perdem o melhor. Eles perdem o momento em
que você tem uma página riquíssima, muito bem-feita, com muita qualidade, em
que você tem os quatro capítulos gratuitos servindo de carta de vendas para
você. E você pode ter um puta de um desenho do que você vai levar, explicando
tudo o que você vai levar por isso tudo por apenas isso (o preço). E, no fim, você
coloca um botão de compra.
O jogo começa quando você faz 200 ou 100 mil reais?
“Ah, Ícaro, se eu fizesse 100 mil reais. Puta que pariu, o jogo estaria feito. Eu
nunca mais trabalharia na vida. Eu pegaria esse dinheiro para investir em outros
projetos”.
Cara, isso é um erro. Quando eu comecei nesse mercado, eu queria faturar 10
mil reais, porque eu achava que, se eu faturasse 10 mil reais, teria o meu primeiro
combustível para nunca mais precisar de dinheiro. Você fatura 10 mil, 20 mil, 50
mil, 100 mil, um milhão. Os projetos vão ficando cada vez maiores e você vai
precisando de mais coisas. O teu drive não pode ser o dinheiro. O Brasil Paralelo
foi premiado, lá nas plaquinhas do evento da Monetizze. Tem que ser a
conquista, não tem que ser: “Ah, ganhei um milhão de reais. E agora, vou fazer
o quê?”. Não vai mudar muita coisa. Você vai fazer um investimento, comprar
um apartamento, viver a tua vida e continuar trabalhando. Então, essa estratégia
não é para faixinha branca, que se tomar 10 ou 15 mil reais de prejuízo vai ficar
traumatizado e se matar. A estratégia é ficar rico e fazer grana mesmo, mas para
quem já está a fim de fazer dinheiro.
Outro ponto: É muito difícil você ter uma perda total. Imagine que você esteja
fazendo isso em cima de uma pessoa que tem 90, 100 ou 50 mil curtidas, e que
você gastou 15 mil reais para fazer a produção total. Sendo que, 5 mil reais foram
só de tráfego. Você está vendendo um produto de alta qualidade por 790 reais
em dez vezes para ficar com líquidos 620 — levando em conta a taxa de 20% e
a taxa de administração. Se você dividir os seus 15 mil reais por 620, vai precisar
vender 24 cursos para ficar no break-even — que já não um zero a zero, porque
está tudo pago. Então, para ter uma perda total, você não pode vender nem 5
cursos. Lembrando que você está usando 5 mil reais de tráfego em um produto
de altíssima qualidade, muitíssimo bem produzido. Então, pessoal, na boa, não
vai acontecer. A não ser que você queira vender uma coisa absurdamente
bichada, mas isso não vai acontecer. Não é uma estratégia para faixas brancas,
garotinhos e jovenzinhos. Mas, se você souber desenhar a estratégia e executar
bonitinha. E pressupondo que você já sabe como funcionam todos os processos
de um lançamento. Vai ter um dia em que vai ter alguém convertendo no chat.
Você vai se dar bem.
Esse projeto que a gente está fazendo, vai ser lançado em setembro. A gente
está esperando 4 milhões e meio de reais em faturamento. Para mim, seria uma
derrota faturar menos do que isso. Eu quero de 4 milhões e meio para cima. A
gente fala isso internamente. Eu falo isso, porque você são mais do que alunos,
mais do que clientes, estamos entre amigos. Cara, eu acho que esse projeto vai
ter potencial de faturar mais de 10 milhões de reais, se eu conseguir todos os
parceiros. É por isso que eu estava na Empiricus, para eles serem afiliados
nossos. Mas se a gente fizer tudo o que a gente quer, já temos uma rede de TV
que é parceira, 10 milhões de reais é factível em 12 meses de processo de oferta.
Vamos lá! Dúvidas?
Pergunta: “Falando de nichos. Produtos para combater a ansiedade, acha que é
bacana para este tipo de estratégia?”.
Acho, desde que você tenha um médico. Cara, faça o esforço para ter um
médico. Faz toda a diferença quando aparece o nome dele e o CRM embaixo.
Procure um médico psiquiatra ou um psicólogo. Não vá atrás de coach nem
essas bostinhas de saúde. Procure um médico mesmo. Aí é do caralho. Se esse
médico tiver audiência, então, fechou.
Pergunta: “Eu estou estudando justamente esse modelo, para a minha mentoria.
Validei a ideia, está rodando bem, acha que um público pequeno com ticket alto
funciona ou só público grande?”.
Não, faz tudo, que funciona. A mentoria tem como principal caraterística um
ticket médio alto e baixo número de pessoas, para você poder assistir esses
caras. É que eu tive uma experiência muito boa no Brasil Paralelo com o ticket
médio baixo. O Brasil Paralelo ficou 490 reais. Agora custa R$ 360. Cara, para
89 produtos, ou seja, dá menos de R$ 1,80/hora finalizada, com um ticket médio
baixo. Mas vende demais, o ROI está absurdo. Então, eu fiquei meio assim com
produtos de ticket muito alto. Eu falei: “Cara, será que vale a pena correr esse
risco todo e depois ter que ficar baixando o preço?”. Todo preço é uma parábola.
(Gráfico cartesiano de uma parábola com concavidade para baixo)
Em todo negócio, quando você determina o preço, ele é uma parábola. No topo,
está o preço ótimo — é o preço com que você mais vende. Se você cobrar menos
que o preço ótimo, você está deixando dinheiro. E se você cobrar muito, também
começa a deixar dinheiro. Qual é o ponto ótimo? Você só saberá testando. Você
vai dar um tiro. Vai pegar um dardo e jogar. Às vezes você acerta, às vezes não.
A R$ 490, o Brasil Paralelo estava um pouco além do preço ótimo. Estava
vendendo bem, mas quando a gente ajustou para R$ 360, nós vendemos
demais, muito mais do que antes. E se você falasse: “Ah, Ícaro. Então, por que
você não baixa para R$90?”. Porque, talvez não fosse vender mais ainda. Talvez
fosse vender em maior quantidade, mas o nosso ponto ótimo, depois de 3
meses, nós descobrimos que era esse. Então, você também tem que descobrir.
Pergunta: “É que vocês investiram forte em tráfego, certo? E fora o nicho que
gera buzz. Sei porque sou afiliado de vocês e é muito fácil engajar”.
Cara, nós investimos 40 mil reais em tráfego para o Brasil Paralelo. É muito
pouco para esse tamanho de projeto. E, detalhe: desses 40 mil reais, mais de
50% do faturamento do Brasil Paralelo foi quando a gente tinha investido uns 10
mil reais.
Aluno: "Pensei que era mais... O Cerbasi, dizem que colocou 400 mil."
Só que, qual é a diferença? O Cerbasi fez tudo sozinho, no peito. E ele nem é
uma pessoa que tem tanta presença nas redes. Nós tínhamos uma porrada de
nego que tem muito tráfego orgânico e estavam comunicando o evento. Então,
isso também compensou a não necessidade de investir tão pesado em tráfego.
E é por isso que o modelo de congresso é tão bom, porque você tem dezenas
de pessoas comunicando que elas vão aparecer no teu produto.
Pergunta: "Então a ideia seria fazer uma parceria com quem tem muito tráfego?
Para baratear o alcance."
Cara, não só barateia o teu produto. Você entra muito bem no trade. É como se
você tivesse comprado muito barato. Imagina que você vai comprar PETR4, e
ela está custando R$ 17,04. De repente, ela mete um candle de baixa e você
consegue comprar por R$ 16,71. Depois ela volta para R$ 17,04. Só esse ganho
já te deixa muito tranquilo para o trade. Isso te deixa muito bem
psicologicamente. Você vai para o trade mais tranquilo, sabendo que você não
vai perder mais. A mesma coisa acontece no mercado. Quando você entra com
alguém que tem muito tráfego, você entra praticamente com o stop loss no zero
a zero. Se tem a cabeça boa diante de um lançamento, é 90% de chance de um
bom negócio.
Pergunta: "O que recomenda para trabalhar com esses vídeos de alta
qualidade?".
Cara, é ter quem produza isso. Entendeu? Por exemplo, a partir de agora eu só
vou trabalhar com alta qualidade. Não quero mais trabalhar com baixa qualidade.
Porque não é o meu jogo ficar pensando em perdas. Ficar pensando em
orçamento de 20 mil, 30 mil, 40 mil. Não que seja errado. Se você fizer esse
lançamento para você, vai ficar rico. Se fizer 3 ou 4 desses por ano, você vai
estar muito bem. O teu custo ficou baixo. Naturalmente, você vai aumentando os
stakes. Agora, eu queria só produzir do nível do Brasil Paralelo para cima. Eu já
não estou mais satisfeito com o Brasil Paralelo, acho que é um modelo que já
está podendo melhorar. Eu comecei a ver o quanto custaria para produzir isso.
E eu julguei que era melhor transformar a minha agência em uma
agência/produtora de mídia. Ficaria mais barato comprar todos esses
equipamentos e contratar as pessoas do que viver pagando o produtor. Quanto
custa para entrar nesse jogo? Acima de 100 mil reais. Aí você estará com alta
qualidade.

Livros citados:

Manual do Roteiro – Syd Field.


Confissões de um publicitário – David Ogilvy.

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