Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Fabio Darci Kowalski
657.839
K886c Kowalski, Fabio Darci
Contabilidade Comercial / Fabio Darci Kowalski.
Indaial : Grupo UNIASSELVI, 2012.
217 p. il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-363-1
1. Contabilidade Comercial
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
Impresso por:
Apresentação
A Contabilidade é uma ciência social, pois é a ação humana que
pode modificar toda a estrutura patrimonial de qualquer tipo de empresa.
Sendo assim, na contabilidade faz-se necessária a utilização de diversos
controles, regras, leis e princípios que devem ser seguidos, os quais
permitirão que as empresas saibam, a todo o instante, qual a sua situação
e o caminho que deve ser seguido.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
SOCIEDADES COMERCIAIS.................................................................................. 1
VII
2.1 DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS DE ICMS - DIFA..................................................... 78
2.2 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA............................................................................... 79
2.3 ICMS SOBRE COMPRAS E VENDAS NORMAIS........................................................ 85
2.4 ICMS INCIDENTE SOBRE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO.............................. 93
3 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI................................................ 97
4 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISSQN................................ 104
5 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS E CONTRIBUIÇÃO PARA .
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS................................................... 108
5.1 REGIME NÃO CUMULATIVO............................................................................................ 109
5.2 REGIME CUMULATIVO....................................................................................................... 116
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 122
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 124
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 125
VIII
TÓPICO 3 – INVENTÁRIO PERMANENTE................................................................................... 193
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 193
2 SISTEMA DE INVENTÁRIO PERMANENTE............................................................................. 193
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 205
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 206
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 215
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em dois tópicos. Em cada um deles você
encontrará os conceitos básicos de uma sociedade e os critérios que devem
ser seguidos na elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício,
além de exercícios de fixação.
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
SOCIEDADES COMERCIAIS
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico vamos conhecer as principais características e
elementos de uma sociedade. Veremos desde a definição de contabilidade
comercial, a perspectiva do profissional contador nessa área, bem como as
obrigações legais, fiscais e contábeis exigidas no decorrer das atividades.
3
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Não há mais empresas grandes ou pequenas, todas são e devem ser vistas
pelo contador como únicas, cada uma com suas peculiaridades. Todas as empresas
querem a melhor informação possível, de preferência algo que lhes garanta sua
presença no mercado, trazendo bons retornos sobre o capital investido. Segundo
Iudícibus e Marion (2002, p. 28):
Para que o contador possa fornecer esse tipo de informação, precisará ter
uma boa formação, ampla e flexível. Dessa forma, por exemplo, é preciso conhecer
e interpretar informações do tipo: qual o verdadeiro custo do produto, mercadoria
ou serviço, qual o preço de venda adequado, qual o capital de giro necessário para a
empresa, quando e como captar recursos de terceiros ou próprios, como administrar
a mão de obra empregada nos mais diversos departamentos, entre outras.
TUROS
ESTUDOS FU
NOTA
4
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
5
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
6
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
7
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
3 EMPRESA COMERCIAL
As empresas podem ser separadas em três segmentos distintos: indústria,
comércio e/ou prestadoras de serviços.
8
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
9
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
A sociedade tem como início a ideia de uma ou mais pessoas físicas que no
decorrer do tempo é colocada em prática através de uma nova pessoa, a Jurídica,
que pode ser caracterizada pelos seguintes elementos:
Assim, pode-se dizer que tudo começa de uma boa ideia, na qual, após
várias análises sobre a viabilidade de pô-la ou não em prática, poderá então
surgir a empresa, através de aportes de bens e direitos, tendo como finalidade a
melhor remuneração destes do que em outra fonte de investimento.
• Assumir em juízo.
10
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
11
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
NOTA
12
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
• Ser facultativo.
• Abranger os seguintes tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, ICMS, ISS,
Contribuição Previdenciária Patronal.
13
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
Atualmente, no Brasil:
• Temos cerca de 5,5 milhões de empresas com CNPJ ativo; dessas, 250 mil estão no
Lucro Real e as restantes são Lucro Presumido e Simples Nacional.
• De cada R$ 100,00 arrecadado, R$ 84,00 são de empresas que estão no Lucro Real.
• Lucro Real (maioria empresas de grande porte) = 4% das empresas do Brasil = 84% da
arredacação nacional.
• Lucro Presumido (maioria empresas de pequeno e médio porte) = 26% das empresas do
Brasil = 10% da arrecadação nacional.
• Simples (micro e pequenas empresas) = 70% das empresas do Brasil = 6% da arrecadação
nacional.
Algumas estão obrigadas a optar pelo Lucro Real, como, por exemplo:
- bancos comerciais;
- bancos de investimentos;
- bancos de desenvolvimento;
- caixas econômicas;
- sociedades de crédito;
- financiamento e investimento;
- sociedades de crédito imobiliário;
- sociedades corretoras de títulos;
- valores mobiliários e câmbio;
- distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
- empresas de arrendamento mercantil;
- cooperativas de crédito;
- empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência
privada aberta;
- empresas que auferiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior,
prestação de serviços (factoring).
14
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
b) Denominação social: quando a empresa utiliza algum nome, sem que possa
identificar algum sócio ou sócios, mas que indique qual a sua atividade.
Exemplo: Imobiliária Central, Padaria dos Sonhos.
15
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
4 LIVROS OBRIGATÓRIOS
Na constituição da empresa faz-se necessário alguns livros obrigatórios,
onde serão registradas as operações referentes às atividades da mesma. Na
sociedade comercial há o Livro Diário, onde, como o próprio nome já diz, são
registradas todas as operações que aconteceram no dia, em ordem cronológica,
com individualização, clareza e caracterização do documento respectivo.
c) na Lei das S.A. (Lei nº 11.638/2007), em seus artigos 100, 176 e 177.
16
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
O novo Código Civil (Lei nº 10.406/2002), em seu art. 1.179, § 2º, dispensa
o pequeno empresário da escrituração contábil. A legislação fiscal dispensa
as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, assim como as
microempresas e empresas de pequeno porte, da escrituração contábil, desde que
mantenham escrituração em Livro Caixa e Registro de Inventário.
• em ordem cronológica de dia, mês e ano (o Livro Diário poderá ser escriturado
por meio de partidas mensais, resumida ou sintética, com valores totais que
não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica
lançada em registros auxiliares;
17
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
18
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
19
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
5 LIVROS AUXILIARES
Os livros auxiliares são livros facultativos, porém necessários internamente
na empresa para melhor rapidez e exatidão nas informações. Os livros auxiliares
mais utilizados e úteis na contabilidade são:
20
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
ATENCAO
21
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
22
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
23
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
24
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
6 LIVROS FISCAIS
São os livros exigidos pelos governos federal, estadual e municipal. Dentre
os mais importantes destacam-se:
• Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR (apura o lucro tributável base para
cálculo do Imposto de Renda);
7 DOCUMENTOS FISCAIS
Há vários tipos de documentos fiscais a serem emitidos, dentre os principais
destacam-se:
26
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
• Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição dos meios
de atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação
tributária contribua para aprimorar esses mecanismos e confira a esses
instrumentos maior grau de legitimidade social.
27
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
28
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
29
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
De forma geral, o SPED fiscal já vem sendo utilizado por várias empresas
desde o ano de 2005 e, segundo a RFB (2011), a tendência é que todas as empresas
venham a adotar essa sistemática eletrônica.
DICAS
Maiores informações sobre o SPED podem ser obtidas no site da Receita Federal
do Brasil em:<http://www.receita.gov.br.>. Neste site você poderá verificar quais empresas
estão obrigadas a utilizar o SPED e a partir de que período.
TUROS
ESTUDOS FU
30
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
1) Oportunidade
2) Projeto
3) Recursos
4) Capacidade
31
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
• Principais concorrentes.
32
TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS
• Associações de classe.
FONTE: Adaptado de: ANDRADE, Eurídice Mamede de. Contabilidade comercial: teoria e prática.
Rio de Janeiro: Campus, 2002.
NOTA
33
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos a definição de contabilidade comercial e a posição
que um contador deve tomar frente às atividades exigidas diariamente em seu
trabalho. Observamos também que a contabilidade comercial está amarrada a
várias obrigações, sejam elas fiscais, contábeis ou administrativas, mas todas com
suas características que devem ser seguidas. Percebemos que o contador, a partir
de agora, deve ser muito mais do que um simples prestador de serviços, o qual
está ali para cumprir as obrigações junto ao fisco, ou seja, ele deverá ser a pessoa
que dará pontos norteadores capazes de direcionar as empresas para a melhor
tomada de decisão.
34
AUTOATIVIDADE
9 Qual o livro contábil que pode ser considerado como o Razonete da conta
contábil? Por quê?
35
11 Com base nas informações a seguir, escriture o Livro Diário, em seguida o
Livro Razão:
04-09 – Comprou à vista, via banco, através do Cheque 001, um veículo marca/
modelo VW 160, no valor de $ 16.000. O veículo foi adquirido do fornecedor
FeedCar Ltda., através da Nota Fiscal 309. Conferir pontuação.
10-09 – Compra a prazo de 40 unidades da mercadoria tipo A, para o estoque,
no valor total de $ 6.000. A mercadoria foi adquirida do fornecedor Belano
Ltda., através da Nota Fiscal 987.542.
LIVRO DIÁRIO
36
Total
LIVRO RAZÃO
SALDO MÊS
Assista ao vídeo de
resolução da questão 11
37
Conta: ESTOQUE RAZÃO
Código Ano
Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo
SALDO ANTERIOR 0 00
SALDO MÊS
SALDO MÊS
SALDO MÊS
SALDO MÊS
38
Conta: RECEITA DE VENDA RAZÃO
Código Ano
Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo
SALDO ANTERIOR 0 00
SALDO MÊS
SALDO MÊS
39
40
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A Demonstração do Resultado do Exercício, também conhecida pela sigla
DRE, é a apresentação, em forma resumida, da movimentação econômica da
empresa em um determinado período, com o intuito de evidenciar o resultado
líquido, seja este negativo, positivo ou nulo.
NOTA
41
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
Para Iudícibus (2009, p. 149), “esta definição é uma das melhores, pois
caracteriza o que é essencialmente a receita e dá margem a uma ampla gama
de formas pelas quais pode ser reconhecida, colocando bem o fato de que o
mercador deverá validar o esforço desenvolvido pela empresa, atribuindo um
valor de troca à produção de bens e serviços”.
42
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Por sua vez, as despesas podem ser consideradas o oposto das receitas, pois
é o decréscimo nos benefícios econômicos da entidade que surge normalmente,
através das atividades operacionais, por meio dos custos ou redução de ativos
e aumento de passivos, que resultem na redução do patrimônio líquido. Por
exemplo: custo das mercadorias vendidas, descontos concedidos na cobrança de
clientes, juros pagos, pagamento de duplicatas etc.
43
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
44
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
NOTA
As despesas existem com uma única finalidade na empresa, que é gerar receitas.
Por exemplo: as despesas com mão de obra, aluguel, energia elétrica, salários administrativos
etc. são realizadas com o intuito de que mais tarde seus benefícios sejam maiores do que
seus custos, caso contrário não seriam mais úteis, podendo até serem cortadas.
45
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
46
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
47
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
2010 2009
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 12.000.00 9.500.00
VENDA DE PRODUTOS 6.000.00 5.000.00
VENDA DE MERCADORIAS 4.000.00 3.000.00
VENDA DE SERVIÇOS 2.000.00 1.500.00
FONTE: O autor
48
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
2) No grupo Deduções, em impostos sobre vendas, pode-se ter: ICMS, IPI, ISS,
entre outras.
NOTA
49
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Para Marion (2008, p. 93), “[...] os impostos sobre vendas não pertencem à
empresa, mas ao governo. Ela é uma mera intermediária (veículo de arrecadação)
que arrecada impostos junto ao consumidor e recolhe ao governo”. Por isso,
é importante que se separe das vendas tais tributos, e que se analise a carga
tributária, uma vez que não se pode contar com esta parte da receita bruta.
50
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
NOTA
51
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
52
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DICAS
53
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
A maioria das empresas, em sua forma de tributação, opta por ser lucro
real, lucro presumido ou simples. Generalizando, aquelas optantes pelo lucro
real terão Imposto de Renda e contribuição social, apenas se obtiveram ao
final do exercício (anual ou trimestral) lucro fiscal. Aquelas optantes pelo lucro
presumido terão Imposto de Renda e contribuição social indiferente se obterem
ou não lucro no exercício, uma vez que as bases de cálculo desses dois tributos
são as vendas brutas. Já aquelas empresas optantes do Simples não terão ao final
da Demonstração do Resultado do Exercício as linhas que cabem ao Imposto de
Renda e contribuição social, uma vez que esse contribuinte, ao invés de apurar
os oito tributos abrangidos pelo regime unificado (IRPJ, IPI, CSLL, COFINS,
PIS/PASEP, Contribuição Previdenciária Patronal, ICMS e ISS) separadamente,
apura os valores devidos em um único aplicativo de cálculo, que emite também
uma única guia de pagamento, denominada DAS (Documento de Arrecadação
Simplificado), e sua provisão é evidenciada no grupo deduções da receita bruta
na demonstração do resultado.
A partir da Lei nº 11.638/07, art. 178, o lucro deve ser totalmente destinado para
capitalização ou distribuição, não podendo permanecer na conta lucros acumulados,
porém o artigo ainda prevê que poderá existir a conta prejuízos acumulados.
54
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
NOTA
NOTA
55
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Caixa 40.000,00
Aplicações financeiras 20.000,00
Clientes 2.000,00
Estoque de mercadorias 8.000,00
Estoque de produtos 11.000,00
Fornecedores 5.000,00
Capital 76.000,00
56
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
• O Balancete Patrimonial.
Resolução:
57
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
58
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
59
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
60
TÓPICO 2 | DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
61
UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
NOTA
62
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos que a Demonstração do Resultado do Exercício tem
como objetivo apresentar as contas de natureza econômica da empresa, ou
seja, as receitas, despesas, lucros ou prejuízos. Conhecemos de que forma as
contas devem ser reconhecidas, tanto as despesas como as receitas. Além disso,
aprendemos que as contas ali evidenciadas são apenas contas sintéticas, uma vez
que por trás delas há diversas outras contas analíticas que poderiam detalhar qual
a composição de seus saldos. Verificamos que há uma ordem para se reconhecer
as contas na demonstração do resultado, começando pelas vendas brutas até se
chegar ao resultado do exercício.
63
AUTOATIVIDADE
Sua tarefa será distribuir cada uma dessas contas no Balanço Patrimonial
e na Demonstração do Resultado do Exercício, levando em consideração que:
64
• Você deve ter em mãos o plano de contas já apresentado no Caderno de
Estudos de Contabilidade, Unidade 2, Tópico 1.
Ativo 2007
Circulante .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
Não Circulante .......................
Realizável a Longo Prazo .......................
......................................................................................................... .......................
Permanente .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
Total do Ativo .......................
Passivo 2007
Circulante .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
Não Circulante .......................
Exigível a Longo Prazo .......................
......................................................................................................... .......................
Patrimônio Líquido .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
Total do Passivo .......................
65
Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Praiana Ltda. em
31/12/2007
2007
Receita Operacional Bruta .......................
......................................................................................................... .......................
(-) Deduções da Receita Bruta .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
= Receita Operacional Líquida .......................
(-) Custos Operacionais .......................
......................................................................................................... .......................
= Lucro Bruto .......................
(-) Despesas Operacionais .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
+/- Resultado Financeiro .......................
......................................................................................................... .......................
......................................................................................................... .......................
= Resultado Operacional .......................
......................................................................................................... .......................
= Resultado Antes da Provisão para Contribuição Social .......................
......................................................................................................... .......................
= Resultado Antes da Provisão para Imposto de Renda .......................
......................................................................................................... .......................
= Lucro Líquido do Exercício .......................
66
5 Complete com V para verdadeiro e F para falso.
67
68
UNIDADE 2
OPERAÇÕES ENVOLVENDO
COMPRAS E VENDAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em dois tópicos. Em cada um deles
você encontrará os principais tributos incidentes sobre compras e vendas,
respectivos cálculos e contabilizações, diversas operações envolvendo com-
pra e venda de mercadorias, bem como os exercícios de fixação.
Assista ao vídeo
desta unidade.
69
70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico conheceremos os principais tributos incidentes
sobre as compras e vendas de produtos, mercadorias e serviços. Calcularemos e
contabilizaremos esses impostos de tal forma que seja possível analisar o impacto
causado por estes sobre o resultado das empresas.
71
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Porém, destaca-se que nas empresas comerciais, foco principal dos nossos
estudos, os tributos incidentes sobre as vendas mais comuns são: ICMS; IPI (em
alguns casos); PIS sobre Faturamento; COFINS e ISSQN (em alguns casos).
NOTA
72
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
O ICMS é considerado um imposto por dentro, pois seu valor está incluído
no valor das mercadorias ou dos serviços constantes da nota fiscal. Por exemplo:
determinada mercadoria custou R$ 100,00, mas terá a incidência de ICMS de 17%
quando for vendida. Sendo assim, terá que ser embutido no preço de venda o percentual
do ICMS, uma vez que o consumidor final arcará com esse imposto. Pergunta-se: qual
o valor de venda dessa mercadoria se fosse vendida pelo preço de custo?
73
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Prova real: para ver se realmente a mercadoria foi vendida pelo preço
esperado, nesse caso, o de custo:
Observe que se fosse apenas lançado o ICMS sobre o custo, a venda teria
sido feita por R$ 97,11, abaixo do resultado esperado, porém, se fosse vendida por
R$ 120,48, o valor que sobraria seria exatamente o pretendido, ou seja, os R$ 100,00.
A empresa Vende Mais S/A está querendo saber qual o valor que deve
cobrar de um de seus clientes, sabendo que:
74
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
Prova real:
1.397,62 x 17% = 237,60
1.397,62 x 11,45% = 160,02
Região Norte:
Estado Alíquota
Acre 17%
Amapá 17%
Amazonas 17%
Pará 17%
Rondônia 17%
Roraima 17%
Tocantins 17%
Região Nordeste:
Estado Alíquota
Alagoas 12%
Ceará 17%
Bahia 17%
Maranhão 17%
Paraíba 12%
Pernambuco 17%
Piauí 17%
Rio Grande do Norte 17%
Sergipe 17%
75
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Região Centro-Oeste:
Estado Alíquota
Goiás 12%
Mato Grosso 17%
Mato Grosso do Sul 17%
Região Sudeste:
Estado Alíquota
Espírito Santo 17%
Minas Gerais 18%
Rio de Janeiro 18%
São Paulo 18%
Região Sul:
Estado Alíquota
Paraná 17%
Rio Grande do Sul 17%
Santa Catarina 17%
Região Alíquota
Norte 7%
Nordeste 7%
Centro-Oeste 7%
Sudeste 12%
Sul 12%
76
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
NOTA
77
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
NOTA
Cabe ressaltar que de acordo com a Seção IV da Constituição Federal de 1988, nem
todas as mercadorias estão sujeitas ao ICMS: há mercadorias que não sofrem a sua tributação
por estarem imunes ou isentas; há aquelas que, mesmo sofrendo a incidência, tendo em vista
benefícios fiscais (podendo ser estaduais), poderão estar isentas por determinado período; há
aquelas com redução da base de cálculo ou que não sofrem incidência do imposto.
79
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
80
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
NOTA
81
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
82
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
83
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
DICAS
84
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
• O valor do ICMS, gerado nas vendas junto aos clientes, representa uma
obrigação da sua empresa com o Governo do Estado.
• Somente no final do mês, quando sua empresa apurar todas as vendas e compras
desse período é que se saberá se o saldo de ICMS será a pagar ou a compensar.
NOTA
Nem todas as compras geram crédito para a empresa que adquire os produtos.
Dependerá, por exemplo, da forma de tributação do fornecedor, do tipo da mercadoria que
se está comprando, sua destinação etc.
85
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
• se a diferença for um direito para a empresa, ela poderá utilizar este valor para
compensação de seus débitos (obrigações) nos próximos períodos, até que seja
totalmente compensado, indiferente do prazo. Contudo, se a diferença for uma
obrigação para a empresa, ela terá que pagar este valor já no mês subsequente
ao da apuração.
86
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
NOTA
87
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
DICAS
FONTE: O autor
88
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
89
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
No final do mês existirá apenas uma das contas acima com saldo, ou seja,
ou haverá ICMS a Pagar ou ICMS a Compensar. Na empresa Fiel Ltda., o saldo
positivo ficou na conta ICMS a Compensar, num valor de R$ 170,00 que poderá
ser utilizado já no mês 11/x8.
90
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
91
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
92
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
NOTA
93
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
b) Em 31/01/2001
94
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
NOTA
Caso o bem for vendido antes dos 4 anos, contados da data de aquisição, o
saldo remanescente do crédito de ICMS deve ser estornado e de preferência lançado contra
o custo do bem, ou seja, incorporado ao preço desse.
95
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Resposta da questão 1:
96
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
Resposta da questão 2:
97
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Também fazem parte da base de cálculo do IPI, além do valor dos produtos,
os valores de frete, descontos incondicionais, despesas acessórias, seguros etc.,
desde que evidenciados na Nota Fiscal.
Da mesma forma que o ICMS, o IPI não incide sobre todos os produtos
e também é considerado imposto seletivo, ou seja, quanto mais secundária for
sua utilidade, maior será sua tributação. Também é um imposto não cumulativo,
uma vez que gera direito nas compras e obrigação nas vendas em que no final do
período é feita a apuração do imposto, que poderá estar com saldo devedor (a
pagar) ou credor (a compensar).
NOTA
O Decreto nº 7.212/10, artigo 226, inciso I, veda o crédito de IPI nas compras
destinadas ao ativo imobilizado e ao material de uso e consumo que NÃO seja utilizado
na produção, como, por exemplo, o material de escritório. Ainda conforme o Decreto nº
7.212/10, artigo 228, as aquisições de produtos de estabelecimentos optantes pelo SIMPLES
NACIONAL também não geram créditos.
FONTE: O autor
99
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
Se, por acaso, a empresa que tivesse adquirido esses produtos não tivesse
direito a compensar o IPI, se fosse um comércio, por exemplo, o registro ficaria
dessa forma:
100
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
Sabe-se que dentro dos R$ 9.000,00 já está incluso o ICMS. Então, R$ 9.000,00
menos 17% R$ 1.530.00 é igual a R$ 7.470,00. A diferença dos R$ 7.470,00 para os R$
6.640,00 equivale ao ganho embutido no preço de venda que é de R$ 830,00. Já os R$
9.900,00 são decorrentes da soma: produtos (9.000,00) + mais IPI (900,00).
• Valor dos produtos vendidos: R$ 9.000,00 (R$ 7.470,00 divididos por 0,83).
Aqui se insere o valor do ICMS por dentro. Este cálculo já foi evidenciado no
início desta Unidade.
• Valor da venda: R$ 9.900,00 (pode-se dizer que o IPI é calculado parte sobre o
valor dos produtos e parte sobre o ICMS. Calcula-se um imposto sobre outro, uma
vez que na Base de Cálculo do IPI, que é de R$ 9.000,00, já está incluso o ICMS).
Informações da operação:
IPI = 12,05
ICMS = 132,53 X 17% = 22,53 (note que agora na base de cálculo do ICMS
está incluso o IPI)
IPI = 12,05
102
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
Pelo fato de pagar 17% sobre o IPI, deve-se acrescentar mais 1,7% no preço
de venda, ou seja, 17 x 10% = 1,7. Então teríamos o seguinte preço:
IPI = 12,30
Tanto o ICMS como o IPI, que são impostos não cumulativos, podem ser
reconhecidos contabilmente da seguinte forma:
103
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Por ser um imposto municipal, sua alíquota varia de município para município,
uma vez que cabe a eles regulamentá-lo, porém, a Lei Complementar nº 116/03 define
que a mínima será de 2% e a máxima de 5% sobre o total da receita.
104
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
TUROS
ESTUDOS FU
E
IMPORTANT
Caixa: R$ 5.000,00
Estoque: R$ 4.000,00
Capital: R$ 9.000,00
Resolução:
FONTE: O autor
106
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
Neste caso, não há nenhum custo a ser baixado, uma vez que na
receita de serviços nenhuma mercadoria foi vendida, fato este que não origina
tributação de ICMS.
NOTA
107
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
A primeira impressão é que, uma vez que ambos são calculados sobre as
vendas, é muito mais vantajoso optar em tributar pela cumulatividade, pois a
alíquota é menor tanto no PIS como na COFINS, porém, na não cumulatividade, as
empresas conseguem obter créditos por algumas de suas compras e estas podem
ser compensadas com o imposto, o que muitas vezes o torna menos oneroso.
108
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
NOTA
• Vendas Canceladas.
109
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Caixa R$ 30.000,00
Aplicações Financeiras R$ 50.000,00
Capital R$ 80.000,00
110
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
05/05/x8 (2) – Despesa com energia elétrica, paga via caixa, no valor de R$
1.000,00. Esta operação não gerou crédito de ICMS.
Sabe-se que:
• o Balancete Patrimonial.
111
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
112
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
113
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
114
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
115
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
NOTA
Veja que nas vendas destinadas ao mercado externo (4) há isenção dos tributos
aqui calculados. Esse é um benefício que o governo dá às empresas, incentivando esse tipo
de operação. Dessa forma, as empresas que têm boa parte de seu faturamento destinado
ao mercado externo, mesmo tendo sempre as vendas superiores às compras, terão saldo de
ICMS, PIS e COFINS a compensar. Esses impostos, por sua vez, poderão ser compensados com
outros de sua mesma natureza, o que aumenta ainda mais o benefício de se exportar. Porém,
outros fatores devem ser analisados em relação ao custo/benefício de se vender ou não para
o mercado externo, como, por exemplo: fretes, preparação dos produtos, valor da moeda etc.
• Receitas de Exportação.
• Receitas Isentas não Alcançadas pela Incidência da Contribuição, com
Suspensão ou Sujeitas à Alíquota Zero.
116
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
117
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
118
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
FONTE: O autor
Regime cumulativo
PIS: R$ 97,50
COFINS: R$ 450,00
Saldo a Pagar: R$ 547,50
120
TÓPICO 1 | TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS
DICAS
121
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: Adaptado de: MARTINEZ, Manuel Perez. O contador diante do planejamento tributário.
Disponível em: <http://www.classecontábil.com.br>. Acesso em: 15 out. 2008.
Esse tempo, tão precioso para o contador, que deveria ser destinado ao
planejamento tributário e à contabilidade gerencial, está absorvido para resolver
problemas relacionados à substituição tributária e o SPED. Porém, espera-se que,
a partir do momento em que essas mudanças estejam sob controle, o contador
volte às áreas gerenciais e de planejamento com até mais tempo disponível do
que tinha antes.
123
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos os principais tributos incidentes sobre as compras e
vendas de mercadorias, desde o cálculo até sua contabilização e evidenciação na
Demonstração do Resultado do Exercício e no Balanço Patrimonial. Observamos
a cumulatividade e não cumulatividade, o efeito que ambos geram nas
demonstrações contábeis. Destacamos a importância de o contador estar atento
à legislação, pois depende dele, principalmente, o planejamento tributário das
empresas. Observamos que os tributos são destinados a três esferas: federal,
estadual e municipal, entretanto, depende, principalmente, da atividade da
empresa qual a melhor forma de tributação a ser escolhida.
124
AUTOATIVIDADE
Caixa R$ 20.000,00
Aplicações Financeiras R$ 30.000,00
Capital R$ 50.000,00
21/07/x8 (4) – Despesa com energia elétrica, paga via caixa, no valor de R$
2.000,00. Esta operação não gerou crédito de ICMS.
Sabe-se que:
• o Balancete Patrimonial.
126
Apuração do PIS e COFINS
127
Balancete Patrimonial da Empresa Malta Ltda.
2 A empresa Vende Mais S/A está querendo saber qual o valor que deve
cobrar de um de seus clientes, sabendo que:
128
D/C Conta Contábil Valor em R$
...... ...................................................... . ...............................
...... ...................................................... . ...............................
...... ...................................................... . ...............................
...... ...................................................... . ...............................
...... ...................................................... . ...............................
a) ( ) R$ 8.300,00.
b) ( ) R$ 9.800,00.
c) ( ) R$ 11.500,00.
d) ( ) R$ 10.00,00.
a) ( ) R$ 12.100,00.
b) ( ) R$ 9.130,00.
c) ( ) R$ 11.000,00.
d) ( ) R$ 8.833,00.
Caixa R$ 10.000,00
Estoque R$ 24.600,00
Capital R$ 34.600,00
129
8 Assinale a alternativa correta. Em 01/2008, a única transação da Cia. do Vale
foi a venda de 10% do saldo em estoque, apurado em 31/12/2007, por R$
5.000,00 a prazo com incidência de 17% de ICMS. Em 31/01/2008, no balancete
de apuração, foi então constatado que:
Valor da Mercadoria
(+) Valor do IPI
(=) Valor de partida (mercadoria + IPI)
(+) Margem de Lucro 35%
(=) BASE DE CÁLCULO DO S.T.
(x) Alíquota Interna 17%
(=) ICMS Apurado
(-) ICMS do Remetente (próprio)
(=) ICMS Substituição Tributária
130
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste segundo tópico veremos as principais operações que afetam as
compras e vendas de mercadorias. Conheceremos operações envolvendo métodos
de registros contábeis diferentes, gastos que podem ser incorporados ao custo
das mercadorias adquiridas e transações relacionadas às compras, às vendas, às
devoluções, aos abatimentos e descontos.
131
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
NOTA
132
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
133
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
NOTA
Assim que o CMV for calculado, basta apenas lançar a diferença entre o estoque
já constante (EI) e o relatório cedido pela empresa (EF).
Vendas R$ 1.600,00
- CMV R$ 800,00 (R$ 300,00 de compra + R$ 500,00 da variação de estoques)
= Lucro R$ 800,00
Vendas R$ 1.600,00
- CMV R$ 700,00 (R$ 300,00 de compra + R$ 400,00 da variação de estoques)
= Lucro R$ 900,00
134
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
Vendas R$ 1.600,00
- CMV R$ 900,00 (300,00 de compra + 600,00 da variação de estoques)
= Lucro R$ 700,00
NOTA
135
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Vendas R$ 1.600,00
- CMV R$ 800,00
= Lucro R$ 800,00
136
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
No Inventário Periódico:
138
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
139
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Neste caso, na Nota Fiscal, não é destacado nenhum valor que evidencie
o abatimento, uma vez que este é apenas constatado após a emissão da referida
nota, ou seja, no recebimento das mercadorias.
Pelo fato do desconto estar na própria nota fiscal, não há motivo para o
seu lançamento contábil, por exemplo: suponhamos que na empresa Aço Brasil
140
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
Verifica-se que não há menção do desconto, uma vez que o total da Nota Fiscal
é de R$ 850,00. No sistema de Inventário Permanente, caso houvesse, por exemplo,
10 unidades no estoque, o custo unitário seria de R$ 70,55 (850,00 – 144,50 / 10 un).
NOTA
141
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
7 DEVOLUÇÕES DE COMPRAS
As devoluções de compras podem acontecer por vários motivos, dentre
alguns se destacam: problemas nas embalagens ou nos próprios produtos que
podem estar inconsistentes com o pedido, data de entrega em atraso, dentre outros.
Por exemplo, suponhamos que na empresa HG Eletrodomésticos Ltda.
foram adquiridas 10 unidades de uma determinada mercadoria, por um total de
R$ 1.000,00 a prazo, porém, 4 unidades foram devolvidas ao fornecedor por não
estarem de acordo com o pedido. Sabe-se que a empresa adota o regime Cumulativo
no cálculo do PIS e da COFINS, que a mercadoria adquirida tem incidência de 17%
de ICMS e que o valor devolvido será compensado com o total a pagar para o
fornecedor. Essa operação poderia ser registrada da seguinte forma:
Na compra:
Na devolução de 4 unidades:
142
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
Na compra:
Na devolução de 4 unidades:
O valor de R$ 332,00 pode ser obtido da seguinte forma: 400,00 – 17% = 332,00,
onde a diferença dos R$ 400,00 para os R$ 332,00 é justamente os R$ 68,00 de ICMS.
NOTA
143
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
8 DEVOLUÇÕES DE VENDAS
Assim como acontece a devolução de compra para quem está adquirindo
a mercadoria, do outro lado ocorre o inverso, ou seja, a devolução de venda para
quem a vendeu, nesse caso, o fornecedor que está recebendo a mercadoria de
volta de seu cliente.
Na venda:
Na devolução de 4 unidades:
Na venda:
D – ICMS sobre Venda R$ 170,00 (17% sobre o total vendido – despesa na DRE)
144
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
Na devolução de 4 unidades:
NOTA
146
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
147
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Nota-se que não houve influência do desconto de R$ 50,00, uma vez que a
Nota Fiscal foi emitida pelo valor de R$ 1.150,00.
148
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
D – ICMS sobre Venda R$ 204,00 (17% sobre o total vendido – despesa na DRE)
C – ICMS a Pagar R$ 204,00 (reconhecimento de uma obrigação no PC)
D – Frete sobre Venda R$ 83,00 (despesa de venda na DRE – valor sem ICMS)
D – ICMS sobre Venda R$ 204,00 (17% sobre o total vendido – despesa na DRE)
D – Frete sobre Venda R$ 83,00 (despesa de venda na DRE – valor sem ICMS)
149
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
Neste caso, na Nota Fiscal não é destacado nenhum valor que evidencie o
frete sobre venda, uma vez que este é uma despesa e não um valor cobrado do cliente.
Para que gere o direito a crédito de frete sobre venda, a empresa que está
vendendo a mercadoria, em nosso exemplo, a empresa Bergamota Ltda., teria
que contratar uma transportadora, onde esta última emitiria um Conhecimento
de Transporte Rodoviário de Cargas – CTRC para cobrar tais serviços.
O frete sobre venda nada mais é do que uma despesa para a empresa que
está vendendo, despesa esta, comprovada por documento fiscal.
NOTA
150
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico conhecemos as principais operações com mercadorias. Vimos
que a empresa pode adotar tanto o Sistema de Inventário Periódico, calculando
assim o CMV a cada contagem de seu estoque físico, como o Sistema de Inventário
Permanente, onde o estoque e o CMV são apurados, simultaneamente, a cada
operação envolvendo: compras, vendas, devoluções e abatimentos.
151
AUTOATIVIDADE
03/03 (4) – Fretes sobre compras no valor de R$ 168,67, pago via caixa, com 17%
de crédito de ICMS.
04/03 (5) – Venda de 600 unidades a prazo, por um total de R$ 9.000,00, com 17%
de débito de ICMS. O CMV unitário é 7,80, conforme memória de cálculo a seguir.
04/03 (8) – Fretes sobre vendas, no valor de R$ 200,00, pago via caixa, com 17%
de crédito de ICMS.
Sabe-se que:
152
Memória de cálculo. Sabendo que o valor unitário do estoque é assim
composto (média ponderada):
• o Balancete Patrimonial.
Resolução:
153
Apuração do PIS e COFINS
154
Demonstração do Resultado do Exercício
Balancete Patrimonial
155
2 Assinale a alternativa CORRETA. Determinada empresa (EMPRESA
NORMAL) que adota o Sistema de Inventário Permanente teve a seguinte
operação: Devolução de venda no valor de R$ 15.000,00 com incidência de
17% de ICMS, sendo que o valor da mercadoria (estoque) representa R$
5.000,00. Nesse caso:
156
c) ( ) Compensar ambos os saldos, debitando a conta que representa a
obrigação e creditando a que representa direito, considerando o menor
dentre os dois saldos.
d) ( ) Recolher o saldo da obrigação e manter o saldo do direito no Balanço.
Caixa R$ 10.000,00
Estoque R$ 24.600,00
Capital R$ 34.600,00
157
Pede-se:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 13
158
UNIDADE 3
OPERAÇÕES DIVERSAS EM
CONTABILIDADE COMERCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em três tópicos. Em cada um deles você
encontrará operações envolvendo: juros ativos e passivos, descontos obtidos
e concedidos, provisão para créditos de liquidez duvidosa, variações no sis-
tema de inventário permanente, bem como, os exercícios de fixação.
Assista ao vídeo
desta unidade.
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 1
JUROS E DESCONTOS
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico analisaremos as principais operações envolvendo
juros e descontos ativos e passivos. Os juros podem ser pagos ou recebidos e, da
mesma forma, os descontos podem ser concedidos ou recebidos, dependendo das
operações que os originaram.
Sendo assim, pode-se dizer que são juros passivos quando a empresa
paga a maior alguma dívida, porém, são juros ativos, quando a empresa recebe
um valor a maior num direito que lhe é devido, mas ambos são registrados na
Demonstração do Resultado do Exercício como despesa e receita, respectivamente.
161
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Capital: R$ 50.000,00
Veículos R$ 30.000,00
Caixa R$ 20.000,00
17/05/x8 (5) – Despesa com energia elétrica, no valor de 500,00, via caixa.
Sabe-se que:
162
TÓPICO 1 | JUROS E DESCONTOS
• o Balancete Patrimonial.
Resolução:
163
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
164
TÓPICO 1 | JUROS E DESCONTOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Em 01/05 (1), compra a prazo de 100 unidades por 11.000,00, com 17% de
crédito de ICMS.
165
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
167
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
NOTA
168
RESUMO DO TÓPICO 1
169
AUTOATIVIDADE
Capital: R$ 80.000,00
Veículos R$ 50.000,00
Caixa R$ 30.000,00
02/05/x8 (3) – Frete sobre venda no valor de R$ 800,00, pago via caixa, com 17%
de crédito de ICMS.
04/05/x8 (4) – Cobrança de R$ 5.000,00 da conta clientes, via caixa. Foi concedido
desconto de 5% sobre o valor.
Sabe-se que:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
170
Com base nessas informações, faça:
• o Balancete Patrimonial.
Resolução:
171
Apuração do PIS e COFINS
172
Balanço Patrimonial da Empresa Beta Ltda. em 31/05/x8
173
2 Assinale a alternativa CORRETA. A empresa Petropar Ltda. pagou uma
duplicata com R$ 600,00 de juros. Nesse caso, os R$ 600,00 representam
para a empresa contabilmente:
a) ( ) Juros ativos.
b) ( ) Juros passivos.
c) ( ) Descontos obtidos.
d) ( ) Descontos concedidos.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 4
174
6 Assinale a alternativa CORRETA. Os descontos concedidos acontecem
quando:
175
176
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste Tópico 2 veremos o que é a Provisão para Créditos de Liquidez
Duvidosa - PCLD e qual seu efeito nas demonstrações contábeis. Entenderemos
seu cálculo e sua contabilização.
A PCLD pode ser realizada em qualquer tipo de empresa comercial,
industrial ou prestadora de serviços. Não é obrigatória, porém, principalmente
para fins gerenciais, ou seja, internamente, torna-se imprescindível na análise de
seus créditos.
2 CÁLCULO DA PCLD
A forma de apurar o valor da PCLD varia de empresa para empresa, ou
seja, cada uma faz o que lhe for mais coerente, obviamente, dentro da realidade.
De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007, p. 81), “a apuração do valor da
provisão pode variar, pois cada empresa pode ter aspectos peculiares a respeito
de seus clientes, ramo de negócios, situação de crédito em geral e a própria
conjuntura econômica do momento”.
177
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Cliente Valor total Dias em atraso % da PCLD Valor da PCLD Líquido a receber
NOTA
178
TÓPICO 2 | PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PCLD
3 CONTABILIZAÇÃO DA PCLD
Na contabilização da PCLD é debitada uma despesa operacional (despesa
com vendas), na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, e creditado
uma conta denominada PCLD no Ativo. É creditado uma conta do Ativo e, como
este é de natureza devedora, ou seja, todas as contas do ativo apresentam-se com
saldo a débito, a PCLD estará sendo evidenciada de forma negativa, uma vez que
seu saldo é credor.
FONTE: O autor
179
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Essa operação faz com que a administração esteja preparada para receber
apenas R$ 113.800,00, ao invés de esperar pelos R$ 120.000,00. Dessa forma, a
empresa espera contar com os recursos líquidos e, sendo conservadora, não
gastará mais do que receberá, evitando a falta de capital de giro para pagar suas
contas no futuro.
4 REVERSÃO DA PCLDA
A reversão da PCLD ocorre quando a conta a receber é parcialmente ou
totalmente paga ou quando já não há mais expectativas de cobranças. Nesse caso,
deve-se efetuar a baixa de contas A Receber.
No Cliente A:
Repare que não é gerada nenhuma despesa na cobrança, uma vez que o
valor pago equivale ao valor líquido esperado do Cliente A. Nesse caso, é zerado
o total A Receber de R$ 20.000,00 do Cliente A.
No Cliente B:
Desta vez, o saldo da PCLD não foi suficiente, gerando assim uma despesa
de R$ 3.200,00 na cobrança. Nesse caso, é zerado o total a receber de R$ 30.000,00
do Cliente B.
No Cliente C:
181
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
No Cliente D:
O Cliente D pagou apenas metade de sua dívida, porém, como não há mais
a possibilidade de cobrança do restante, não há motivos de manter a PCLD ou até
mesmo ajustar essa para R$ 20.000,00, cabendo aqui, a baixa integral do direito.
No Cliente E:
No Cliente E já não havia a PCLD, uma vez que essa havia sido baixada
junto com o direito de cobrança. Nesse caso, resta à empresa dar a entrada de
caixa e reconhecer a receita pelo seu valor integral.
Sendo assim, a PCLD é apenas uma antecipação de uma possível perda que
a empresa possa vir a ter em suas cobranças, em que ele será ou não reconhecida
como tal, dependendo do efetivo pagamento.
No Ativo da empresa:
182
TÓPICO 2 | PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PCLD
Note que todo o saldo de clientes foi baixado, nesse caso, a PCLD deve
estar zerada também.
Já na DRE:
FONTE: O autor
A conta Perda com Incobráveis não foi maior porque parte já havia sido
lançada como despesa na PCLD. Dessa forma, a empresa anteviu a possível
ocorrência. Entretanto, houve R$ 12.400,00 de outras receitas, que é justamente, a
recuperação das contas Despesa com PCLD e Despesas com incobráveis desse e
de outros períodos.
TUROS
ESTUDOS FU
183
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Outra conta que deve ser analisada para fins tributários é aquela que
registra a perda obtida pela empresa na baixa de contas incobráveis. De acordo
com o Regulamento do Imposto de Renda de 26 de março de 1999 – RIR/99, Artigo
340, somente pode ser deduzida a baixa dos seguintes créditos:
NOTA
184
TÓPICO 2 | PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PCLD
b) 18.400,00 do Cliente D (pode ser dedutível, uma vez que esse declarou falência).
TUROS
ESTUDOS FU
185
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
186
TÓPICO 2 | PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PCLD
FONTE: Adaptado de: MARION, José Carlos; SANTOS, Márcia Carvalho. O perfil do futuro profis-
sional e sua responsabilidade social: os dois lados de uma profissão. Disponível em: <http://www.
marion.pro.br/portal/modules/wfsection/article. php?articleid=8>. Acesso em: 10 nov. 2008.
187
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
DICAS
188
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos o que é a PCLD e qual sua influência no Balanço Patrimonial
e na Demonstração do Resultado do Exercício. Analisamos as possibilidades de
cálculo da PCLD e o que deve ser levado em consideração em relação ao levantamento
e análise de créditos em atraso da empresa. Através de exemplos práticos, fizemos a
reversão da PCLD e analisamos sua adição no lucro fiscal.
189
AUTOATIVIDADE
Cliente Valor Total Dias em Atraso % da PCLD Valor da PCLD Líquido a Receber
A 32.000,00 30 1% 320,00 31.680,00
B 15.000,00 60 2% 300,00 14.700,00
C 12.000,00 120 4% 480,00 11.520,00
D 18.000,00 180 6% 1.080,00 16.920,00
TOTAL 77.000,00 2.180,00 74.820,00
Resolução:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
190
No Cliente A:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
No Cliente B:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
No Cliente C:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
No Cliente D:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
No Cliente E:
D –.................................................................................. ...................................
C –.................................................................................. ...................................
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
191
192
UNIDADE 3
TÓPICO 3
INVENTÁRIO PERMANENTE
1 INTRODUÇÃO
Neste Tópico 3 estudaremos a influência causada no Sistema de Inventário
Permanente pelas principais operações relacionadas à Contabilidade Comercial
apresentadas neste Caderno de Estudos.
193
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Capital R$ 90.000,00
Reservas de Lucros R$ 11.510,00
Aplicação Financeira R$ 10.000,00
Veículos R$ 50.000,00
Caixa R$ 20.000,00
Clientes R$ 22.000,00*
PCLD R$ 490,00
194
TÓPICO 3 | INVENTÁRIO PERMANENTE
15/05/x8 (13) – Frete sobre venda no valor de R$ 400,00, pago via caixa,
com crédito de 17% de ICMS.
29/05/x8 (20) – Despesa com energia elétrica no valor de R$ 900,00, via caixa.
195
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Sabe-se que:
• o Balancete Patrimonial.
Resolução:
FONTE: O autor
196
TÓPICO 3 | INVENTÁRIO PERMANENTE
197
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
FONTE: O autor
198
TÓPICO 3 | INVENTÁRIO PERMANENTE
FONTE: O autor
199
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Balancete Patrimonial
FONTE: O autor
Em 01/05/x8 (2):
Em 01/05/x8 (3):
Em 03/05/x8 (4):
200
TÓPICO 3 | INVENTÁRIO PERMANENTE
Em 04/05/x8 (5):
Em 06/05/x8 (6):
D – ICMS sobre Venda R$ 2.142,00 (17% sobre o total vendido – despesa na DRE)
C – ICMS a Pagar R$ 2.142,00 (reconhecimento de uma obrigação no PC)
Em 08/05/x8 (7):
Em 08/05/x8 (8):
Em 09/05/x8 (9):
201
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Em 10/05/x8 (10):
Em 11/05/x8 (11):.
Em 15/05/x8 (12):
Em 15/05/x8 (13):
D – Frete sobre Venda R$ 332,00 (despesa de venda na DRE – valor sem ICMS)
Em 18/05/x8 (14):
Em 24/05/x8 (15):
202
TÓPICO 3 | INVENTÁRIO PERMANENTE
Em 25/05/x8 (16):
Em 26/05/x8 (17):
Em 27/05/x8 (18):
Em 28/05/x8 (19):
203
UNIDADE 3 | OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
Em 29/05/x8 (20):
Em 29/05/x8 (21):
Em 31/05/x8 (22):
Em 31/05/x8 (23):.
204
RESUMO DO TÓPICO 3
205
AUTOATIVIDADE
Capital R$ 134.250,00
Aplicação Financeira R$ 20.000,00
Veículos R$ 60.000,00
Caixa R$ 20.000,00
Clientes R$ 35.000,00*
PCLD R$ 750,00
Cliente Valor Total Dias em Atraso % da PCLD Valor da PCLD Líquido a Receber
A 12.000,00 45 1,5% 180,00 11.820,00
B 13.000,00 90 3,0% 390,00 12.610,00
C 8.000,00 60 2,0% 160,00 7.840,00
D 2.000,00 30 1,0% 20,00 1.980,00
TOTAL 35.000,00 750,00 34.250,00
206
08/05/x8 (7) – Compra a prazo de 100 unidades da mercadoria “A” para revenda
no valor de R$ 4.000,00, sendo que na Nota Fiscal há incidência de 10% de IPI e
17% de ICMS, perfazendo uma compra total de R$ 4.400,00.
11/05/x8 (11) – O Cliente B pagou R$ 12.000,00 via caixa dos R$ 13.000,00 que
devia e a PCLD era de R$ 390,00. Já foi confirmado que o restante não será pago
pelo cliente.
15/05/x8 (13) – Frete sobre venda no valor de R$ 700,00, pago via caixa, com
crédito de 17% de ICMS.
29/05/x8 (20) – Despesa com energia elétrica no valor de R$ 600,00 via caixa.
207
29/05/x8 (21) – Um antigo cliente denominado R pagou R$ 2.000,00, que haviam
sido considerados incobráveis e já haviam sido baixados em períodos anteriores.
Sabe-se que:
• o Balancete Patrimonial.
Resolução:
208
Lançamentos contábeis por meio dos Razonetes
209
210
Apuração dos impostos
211
Demonstração do Resultado do Exercício
212
Balancete Patrimonial
213
214
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Eurídice Mamede de. Contabilidade comercial: teoria e prática.
Rio de Janeiro: Campus, 2001.
215
______. Decreto nº 2.870, de 27 de agosto de 2001. Aprova o Regulamento
do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação do Estado de Santa Catarina. Disponível em: <http://200.19.215.13/
legtrib_internet/index.html>. Acesso em: 20 dez. 2010.
TEIXEIRA, Paulo Henrique. IPI – teoria e prática. São Paulo: Portal Tributário, 2010.
217