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Estado de Direito: modelo de estado limitado pelo direito, modelo de estado que atribui
direitos fundamentais ao cidadão.
Na idade média e moderna, tem-se a magna carta de 1215 trouxe diversas questões
importantes tanto para o direito administrativo, como para o constitucional, exemplo
art.39 da magna carta, tratava do procedimento de expropriação de bens e da ideia de
devido processo legal – magna carta não se aplicava a todos.
OBS: A ideia de separação de uma jurídica própria para julgar o Estado latu sensu,
decorre exatamente da desconfiança que se tinha em relação ao rei, na revolução
francesa. Modelo francês – jurisdição independente. No Brasil, a jurisdição é una.
OBS: o conselho de estado, na frança, tem papel duplice. Ultima instancia judicial
quando se tem o Estado como parte e também é orgão consultivo do poder executivo.
No Brasil, o conselho de estado, era igual o atual de portugal. Era consultor do monarca,
a época.
A criação do Estado social é outro grande marco para a construção histórica do direito
do direito adm. Surge no começo do sec 20 e final do sec 19 e ele leva a criação de uma
nova estrutura de estado (estado de bem estar social). Surge na constituição mexicana
em 1917. Aqui passa a ver atuação estatal, por meio de políticas publicas em geral.
Garantia de saúde, direitos trabalhistas. Atuação Estatal prestacional, ou seja, o Estado
busca positivamente prestar determinadas ações principalmente no campo da saúde,
educação, trabalho, previdência e etc. (coincide com grande crescimento do Estado, já
que tem que se desenvolver para prestar esses direitos)
Lei 13979: Fevereiro de 2020 – Lei federal criada para enfrentamento da COVID
Portaria interministerial n°5 – revogada, art. 268 do CP – não muda nada em sua
aplicação – norma penal em branco, depende de determinação legal – lei 13979
Estado de sítio, art.137,I. 140: porque não foi decretado no brasil? Fator político, o
Estado de sítio, mesa de congresso, controle a priori, concomitante e a posteriori,
controle e fiscalização. É melhor criar lei por “estado de saúde publica emergencial”, é
mais extremo.
Art. 22, III, pacto de san jose da costa rica (supralegal): é possível restringir em prol de
saúde pública
Tratado internacional: Força de lei. Se for DH, que não tramitem como emenda
constitucional, Sum 25: supralegal, infraconstitucional. Tratados DH que sigam rito de
ec, 2 casas, 2 turnos, 3/5: emenda constitucional.
Competências na pandemia
Não estamos em estado de sítio, nem estado de defesa. Caso fosse, poderia.
É estranho a união determinar a circulação no município, não teria competência para tal.
ADIN 6341 e ADPF 672: discutiam questão de competência nacional para criar
limitação administrativa relacionada a saúde pública por conta da pandemia.
- Material: é aquela para praticar atos concretos. (art. 21 e 23, CF) – ex: compete união
declarar guerra
Art 23: comp material comum de todos os entes, uniao, estados, municipios
Privativo = delegavel
O Estado pode legislar sobre lei penal? Depende. Precisa de lei complementar sobre
Art. 24, p.2° + art. 30 II: comp suplementar também dos municípios
A união não criou lei geral; estado cria geral e específica, posteriormente uniao cria lei
geral – leis geral do estado tem eficácia suspensa. Se a lei da união for revogada
posteriormente? Volta a eficácia da lei Estadual.
A comp residual é dos estados, salvo para o tema tributário, que é da união (art. 154, I).
O lockdown em âmbito nacional não seria possível (portaria 356 – art.4° quarentena-
local certo e determinado - §1 – interesse local/municipal comp municipal -art.30,I )
Lockdown tem que ser setorizado. A união não pode decretar lockdown nacional. Quem
defende o lockdown, CF art.24 – comp concorrente + art. 30,I – interesse local.
Art. 24: Legislar de forma concorrente, em defesa da saúde. União cria norma geral,
estados suplementam, podendo em ausência da união, legislar de forma plena sobre. O
art.30, II, fala da suplementação pelo município.
Ação requeria que equiparasse pandemia a recesso: MP 926 e Adpf 661 : art3°-
alteração por medida provisória (mp perde eficácia, se não convertida em lei,
60+60=120 dias) – pandemia equiparado a recesso palamentar – mp não decairia, pq
não corre prazo (art.62 CF) – Supremo não aceitou a tese, mas aceitou que o congresso
tramita-se as MP’s sem tramitar nas comissões técnicas, indo diretamente ao plenário
(deputados e senadores)– MP rito abreviado. Problema: §9° art. 62: caberá a comissão
mista, antes de ser apreciadas pelo plenário – é inconstitucional, manda passar na
comissão.
É clausula de escape que permite uma não submissão aos tetos da lei (limite de gastos),
gastos flexibilizados.
É regra geral que pode sempre ser aplicado, pandemia é um dos estados de calamidade
pública possível. Tem fim distinto do estado de saúde pública emergencial. Tem
intenção de criar um regime fiscal paralelo.
Quem tem mais tendência para gastos públicos é o poder executivo, tendo liberdade
para decretar o estado de calamidade pública, quem controlaria? Por isso o poder
legislativo é que seria o responsável por decretar.
Emenda 106:
- Revogação: ela funciona com aspecto temporal, com outra norma que ou revogue de
forma expressa ou trate do assunto de forma diversa. O termo correto seria “perde
eficácia” ou “não se aplicará”. Caso o estado de calamidade, que se em um futuro, após
decreto legislativo que o termine, volte, teria que criar nova emenda.
O art.11 da emenda 106, dispõe que com o fim do estado de calamidade pública
automaticamente a emenda, será revogada. Normalmente, a revogação de normas
ocorre por uma norma posterior que disponha em sentido contrário (revogação
tácita) ou quando a norma posterior expressamente a revogar. Ou seja, o art. 11 da
emenda 106 cria uma situação bastante atípica. Ademais, a revogação da emenda
traz uma insegurança jurídica muito grande na medida em que caso a emenda seja
revogada pelo fim do Estado de calamidade pública, não seria possível, ao menos
teoricamente, que a mesma voltasse a vigorar em uma segunda onda da covid-19.
O mais adequado seria a substituição da palavra revogação por suspensão da
eficácia.
Art.10: ficam convalidados os atos de gestão desde que compatíveis com a EC.
Um bom exemplo de situação similar é EC 57/2008. Art. 96, convalidação algo que era
inconstitucional. (criação de municípios inconstitucionais – municípios putativos –
irregulares)
Estabelece controle do legislativo/congresso aos atos praticados pelo Executivo que não
estiverem alinhados a emenda. Art. 49, V CF tem a mesma redação.
OBS: essa é a primeira emenda aprovada virtualmente, e também é uma das poucas
emendas que não modifica, não revoga e nem altera. É como se suspendesse
temporariamente alguns dispositivos constitucionais.
Princípios
A principal função dos princípios é a busca de coerência e unidade ao sistema jurídico.
Com a migração de uma concepção positivista para uma leitura pós positivista, os
princípios passam a ganhar conteúdo normativo.
Há uma separação clara entre norma regra e a norma princípio. Ou seja, tanto a regra
quanto o principio passam a ter conteúdo normativo, podendo ser aplicado no caso
concreto.
O estado só pode fazer o que a lei permite, o estado é limitado ao cumprimento da lei. A
atuação do estado passa a ser também pautada a principiologia.
Para sanar conflitos entre normas são: especialidade, ou seja, a norma especial prevalece
sobre a norma geral. Critério cronológico/temporal, norma posterior derroga norma
anterior. E hierarquia, norma superior prevalece sobre a inferior. Na concepção
Dworkiana as regras se aplicam no critério do “tudo ou nada”.
Art. 23 CF- competência em comum material (praticar atos) – lei complementar 140
fala sobre esse tema – conteúdo de lei ordinária, não exige lei complementar falar de
meio ambiente
Art. 37 CF + PEC 32
Legalidade: Legalidade para a adm pública é limite. O estado só pode fazer o que a lei
permite. Atuação limitada a lei. O Estado moderno surge como Estado limitado.
OBS: Com a concepção pós-positivista, o Estado também passa a ser pautado por
concepções principiológicas. Ou seja, o Estado passa a ter uma subordinação não só na
lei, mas também nos princípios, criando o conceito de juridicidade, isso é, a atuação do
estado deve se pautar em relação as normas (norma regra/norma princípio) do sistema
jurídico.
OBS: Deriva da exigência da moralidade a criação da lei 8429 que trata da improbidade
administrativa.
A sum vinc não vincula todos os poderes. Não vincula o legislativo, só o executivo e o
executivo. O não cumprimento de sum vinc permite a Reclamação constitucional
direcionado ao Supremo, que é quem produz a sum vinc. Lei 11.417/06, art.7°.
Princípio da responsabilidade: A constituição, art. 37, p.6, fala que o Estado irá
responder de maneira objetiva pelos atos por ele praticados. Não precisa estar provado
dolo ou culpa. Pessoas jurídicas de direito público.
Exceção: RE 385943, pessoa em tutela do Estado: entendem pelo dever de cautela que o
Estado tem sobre o preso, em caso de morte do preso, o estado responde de maneira
objetiva. /REsp:647493 A união responde de maneira objetiva pela omissão no dever de
fiscalizar.
Art.143,181,184 e 187, CPC: Os membros das funções essenciais a justiça (MP, ADV
Pub e DP) só responderão por dolo ou culpa grave, pelos atos por eles praticados. (dolo
ou fraude, leitura que se faz é de culpa grave)
RE 327904: não cabe propositura de ação concomitante em face de juiz e estado. Isso
porque o juiz responderá de forma subjetiva e o estado objetivamente com ação de
regresso. – Art. 37, p.6. (não pode ser na mesma ação)
Principio da subsidiariedade: