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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC


MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL COM ÊNFASE EM ESTRUTURAS

ARMADURA DE SUSPENSÃO
(GIONGO)
Armadura de suspensão
• NBR 6118 – Armadura de suspensão:
• "Nas proximidades das forças concentradas transmitidas à viga por outras vigas
ou elementos discretos que nela se apoiem ao longo ou em parte de sua altura,
ou fiquem nela penduradas, precisa ser colocada armadura de suspensão”.
• Apoio Indireto – Ao se projetar uma viga apoiada em outra, a ação da
viga que se apoia é distribuída ao longo da altura da alma da viga que
serve de apoio, desde que ambas tenham as faces superior e inferior
contidas pelos mesmos planos horizontais.
Armadura de suspensão
• Estudos realizados por Leonhardt (1977), mostram
a necessidade de se adotar na região da ligação
uma armadura de suspensão com a finalidade de
redistribuir na zona comprimida da viga que serve
de apoio (Viga II) a ação da viga apoiada (Viga I)
• Na região de cruzamento entre as vigas a armadura
de suspensão tem, simultaneamente, a função de
armadura transversal para absorver as tensões de
tração ocorridas por força cortante, isto é, a
armadura de suspensão precisa ter área maior ou
igual que a necessária para o cisalhamento e pode
ser distribuída na região hachurada.
Armadura de suspensão
• Dimensionamento da área das barras da armadura de suspensão
(As,susp) é feito, considerando as hipóteses do estado limite último

𝑎𝐼 𝛾𝑓 𝑅𝑆𝑙𝑘
𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠 = .
𝑎𝐼𝐼 𝑓𝑦𝑤𝑑

𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑤𝑑 = ≤ 435𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑓
Armadura de suspensão
Apoio de extremidade

• A armadura de suspensão
precisam ser distribuídas
nas regiões hachuradas na
proporção de pelo menos
70% de As,susp na Viga II e no
máximo de 30% na Viga I.
Armadura de suspensão
Apoio intermediário

• A armadura de suspensão
precisam ser distribuídas
nas regiões hachuradas na
proporção de pelo menos
70% de As,susp na Viga II e no
máximo de 30% na Viga I.
Armadura de suspensão
• As barras da armadura longitudinal de tração
(Ast), posicionada junto à face inferior da viga VI,
precisam ser ancoradas na alma da Viga II, para
a força nas barras da armadura longitudinal
junto ao apoio calculada com o critério da NBR
6118.
• Havendo necessidade de ganchos nas barras da
armadura, é conveniente posicionar os ganchos
a 90° em plano paralelo à face inferior da viga
em vez de verticais, para evitar a tendência de
formação de fissuras de flexão na Viga II.
Armadura de suspensão
• Quando a face inferior da viga apoiada
VI está abaixo da face inferior da viga
suporte VII as barras da armadura de
suspensão precisam ser constituídas por
estribos (E1) alojados no trecho de
ligação entre as duas vigas A área desta
armadura é calculada sem nenhuma
redução e com a força RSIk igual à reação
de apoio da viga VI.
𝛾𝑓 𝑅𝑆𝑙𝑘 𝛾𝑓 𝑅𝑆𝑙𝑘
𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠,𝐼 = 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠,𝐼𝐼 = 0,5.
𝑓𝑦𝑤𝑑 𝑓𝑦𝑤𝑑
Armadura de suspensão
• Na análise da armadura para força cortante, a armadura de
suspensão tipo E1 contribui para absorver esse efeito na viga VI e, os
estribos tipo E2, contribuem para absorver o efeito na viga VII.

• Lembra-se que não há necessidade de se somar às armaduras e, sim,


verificar que a armadura de suspensão não pode ser inferior do que a
área de estribos calculada para absorver as tensões de tração em
virtude da solicitação de força cortante na seção em análise.
Armadura de suspensão
• Quando nos projetos existe
viga suporte em balanço viga
VII as forças nas diagonais
comprimidas são aplicadas na
face inferior e, portanto,
precisa ser introduzida na
viga VII por um tirante para
distribuir a ação no seu banzo
comprimido.
𝑎𝐼 𝛾𝑓 𝑅𝑆𝑙𝑘
𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠 = .
𝑎𝐼𝐼 𝑓𝑦𝑤𝑑
Armadura de suspensão
• No caso da face inferior da viga apoiada VI está sobre a face superior
da viga de apoio VII, não há necessidade de armadura de suspensão,
pois a reação de apoio da viga VI é aplicada diretamente no banzo
comprimido da Viga II.

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