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1.

As ações e atividades que você propôs na sua planilha operacional envolvem uma equipe
multiprofissional? Quais profissionais estariam envolvidas nessas atividades? 

2. Como o trabalho multiprofissional, envolvendo as equipes NASF quando presentes, pode


auxiliar a equipe da atenção básica no enfrentamento dos problemas de saúde no território?

3. As ações que você propôs são compatíveis com o seu processo de trabalho e de sua equipe?
Há necessidade de ajustes e adequações nesse processo para que as ações propostas sejam
realizadas?

4. As ações propostas preveem a participação ou o envolvimento de outros setores da


sociedade, fora do setor da saúde? Como as ações Inter setoriais poderiam contribuir para que os
objetivos propostos sejam atingidos?

No Modulo Planejamento em Saúde foram propostas atividades que ajudassem a


melhorar os parâmetros de Hipertensão Arterial Sistêmica da região abrangida por minha UBS.
Todas essas atividades envolvem uma equipe multiprofissional.

A primeira sugestão de ação foi com o intuito de melhorar o IMC dos pacientes. Para
isso, seriam necessárias palestras, que poderiam ser feitas pelo médico, enfermeiro ou até
mesmo nutricionista, sobre as mudanças dietéticas necessárias para que os pacientes com
sobrepeso ou obesidade retornem para parâmetros de baixo risco cardiovascular. Além disso,
para a função de medida de peso e altura (e posterior cálculo do IMC) poderiam ser usados os
esforços de técnicos de enfermagem e agentes de saúde.

A próxima ação tem em vista estimular os pacientes a realizarem exercício físico


aeróbico de acordo com a recomendação mínima de 150 minutos por semana, já que esta é a
quantidade que comprovadamente oferece benefícios aos pacientes. Com esse intuito, foi
proposta a criação de grupos de caminhada, esportes, musculação, dança ou qualquer outra
atividade física aeróbia supervisionada. Para tanto, seria ideal o acompanhamento de agentes
de saúde, professores de educação física, do serviço social ou de algum outro profissional em
um centro de vivências proporcionado pela prefeitura.

Por fim, foi sugerida uma campanha para redução de vícios comprovadamente
relacionados com risco para Hipertensão Arterial Sistêmica, como tabagismo e etilismo,
principalmente pelo estímulo para que esses pacientes se juntem a grupos de apoio. Tais
grupos normalmente são coordenados por psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem
com auxílio do serviço social.

O apoio da equipe multidisciplinar não apenas auxilia a equipe de atenção básica,


como é fundamental para que o paciente seja atendido de forma holística. Com a grande
demanda que o sistema de saúde tem hoje em dia, é difícil que apenas um profissional, seja
ele médico, enfermeiro, psicólogo, entre outros, consiga atender a demanda que um paciente
exige. Para cuidar do paciente como um todo, e não apenas sua doença, precisamos olhar para
todos os seus sistemas, entender de sua situação econômica, social, cultural, seu histórico
pessoal, todas as suas queixas; e quando vários profissionais se unem para acolher este
paciente, a convergência de esforços faz com que o atendimento seja mais abrangente.

As ações propostas anteriormente são parcialmente compatíveis com o que está


disponível em minha UBS. Atualmente é possível contar com o apoio da enfermeira, técnica de
enfermagem, psicólogos do CAPS, médicos e demais profissionais do centro para tratamento
de Hanseníase e do grupo de tabagismo. Entretanto, para que todas as atividades propostas
possam ser postas em prática, seria necessário a implementação de um grupo de apoio a
etilistas e de um centro de vivências, onde os pacientes tenham a possibilidade de realizar
atividades físicas supervisionadas, sejam elas natação, musculação, dança, corrida, caminhada
ou esportes.

Outros setores da sociedade podem contribuir para a implementação das ações


propostas. Tanto a prefeitura, quanto grupos religiosos ou até mesmo um cidadão comum
poderiam, por exemplo, oferecer um local que sirva como a sede para a realização de reuniões
do grupo de etilismo, já que até então, não existe uma localização designada para tal. Além
disso, escolas públicas ou privadas poderiam oferecer horários disponíveis em suas quadras e
ginásios para que a população tenha um espaço para realizar suas atividades físicas.
Na lógica do matriciamento, as equipes do NASF atuam como uma referência técnico-
pedagógica para a equipe de saúde da família, e não para seus usuários. Dessa forma,
propõe-se a reorientação das práticas de encaminhamentos para níveis de maior
complexidade, que muitas vezes são caracterizadas pela desresponsabilização do
profissional que os realiza. Porém, observa-se muitas vezes que os profissionais do
NASF acabam se tornando referências especializadas, na lógica da média
complexidade, atuando no território.

- Como integrar os processos de trabalho das Equipes de Saúde da Família e do NASF


para que isso não aconteça?

- Como você e sua equipe atuam nas áreas as quais estão vinculados? Como referências
especializadas ou como referências técnico-pedagógicas para as Equipes de Saúde da
Família?

O ideal seria a realização de protocolos bem definidos, com orientações claras e precisas de
quais seriam os deveres e obrigações do médico de família assim como dos profissionais da
NASF. Nesse protocolo seria especificado em quais situações a equipe de saúde da família faria
o referenciamento e uma maneira sistematizada de como fazê-lo. Se necessário, poderia ser
proposta a realização de reuniões para capacitação, de forma que todos os profissionais
seriam devidamente orientados e suas dúvidas sanadas. Como meu município é pequeno e
com poucos recursos, atualmente contamos com poucos especialistas no território, sendo que
a maioria dos pacientes que precisam de acompanhamento com uma especialidade específica,
o fazem em outras cidades. Os pacientes chegam até mim por consultas marcadas por eles
mesmos ou familiares e de acordo com a queixa e quadro clínico forneço encaminhamento. As
gestantes que acompanham em ambulatório de alto risco sempre têm suas consultas anotadas
no caderno da gestante pelo obstetra. Para as demais especialidades, é fornecido uma ficha de
referência e contra referência, onde em um lado eu escrevo em detalhes o motivo do
encaminhamento, e no verso, o médico especialista deveria escrever um breve resumo da
conclusão de sua consulta, o que não acontece.

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