Você está na página 1de 61

@pedroevaristo

CAPÍTULO 1

SEQUÊNCIAS LÓGICAS

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se
estabelecer uma sequência, o importante é que existam pelo menos três elementos que caracterize a lógica de
sua formação, entretanto algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica. O importante é
descobrir o padrão comum a todos os elementos da sequência e assim descobrir os próximos termos.
Algumas sequências são bastante conhecidas e todo aluno que estuda lógica deve conhecê-las, tais como
as progressões aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números primos e os quadrados perfeitos.

SEQUÊNCIA DE NÚMEROS
 Progressão Aritmética
Soma-se constantemente um mesmo número.
2 5 8 11 14 17
+3 +3 +3 +3 +3
 Progressão Geométrica
Multiplica-se constantemente um mesmo número.
2 6 18 54 162 486
x3 x3 x3 x3 x3
 Incremento em Progressão
O valor somado é que está em progressão.
1 2 4 7 11 16
+1 +2 +3 +4 +5

 Série de Fibonacci
Cada termo é igual a soma dos dois anteriores.
1 1 2 3 5 8 13

 Números Primos
Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.
2 3 5 7 11 13 17

 Quadrados Perfeitos
Números naturais cujas raízes são naturais.
1 4 9 16 25 36 49

SEQUÊNCIA DE LETRAS
As seqüências de letras podem estar associadas a uma série de números ou não. Em geral, você deve
escrever todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e circular as letras dadas para
entender a lógica proposta.

A C F J O U
Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses números estão em progressão.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU

B1 2F H4 8L N16 32R T64


Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

1
@pedroevaristo

SEQUÊNCIA DE PESSOAS

Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em
uma posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição dos braços sempre alterna, ficando
para cima em uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, a sequência se repete a cada seis
termos, tornando possível determinar quem estará em qualquer posição.

SEQUÊNCIA DE FIGURAS

Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente
sofrer rotações, como nos exemplos a seguir.

A FAMOSA SEQUÊNCIA DE FIBONACCI


Na matemática, a Sucessão de Fibonacci (também Sequência de Fibonacci), é uma sequência de
números inteiros, começando normalmente por 1 e 1, na qual, cada termo subsequente corresponde à soma dos
dois anteriores.
A Sequência de Fibonacci é uma sequência numérica proposta pelo
matemático Leonardo Pisa, mais conhecido como Fibonacci:
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, ...

Leonardo descreveu essa sequência no ano de 1202, ao estudar o


crescimento de uma população de coelhos, a partir desta série. No entanto, esta
sequência já era conhecida na antiguidade.

FORMULAÇÃO
Foi a partir de um problema criado por ele que o mesmo detectou a existência de uma regularidade
matemática. Trata-se do exemplo clássico dos coelhos, em que Fibonacci descreve o crescimento de uma
população desses animais.
A sequência é definida mediante a seguinte fórmula:
F n = Fn - 1 + Fn - 2

Assim, começando pelo 1, essa sequência é formada somando cada numeral com o numeral que o antecede. No
caso do 1, não tendo termo anterior a ele, podemos somar zero e o próximo termo será 1 novamente, ou seja,
repete-se esse numeral 1.
O terceiro termo será a soma
1+1=2
De seguida soma-se o resultado com o numeral que o antecede, ou seja,
2+1=3
e assim sucessivamente, numa sequência infinita:
3+2=5
5+3=8
8 + 5 = 13
13 + 8 = 21
21 + 13 = 34
34 + 21 = 55
55 + 34 = 89

2
@pedroevaristo

A partir dessa sequência, pode ser construído um retângulo, que é chamado de Retângulo de Ouro.

EXEMPLOS

01. Qual o próximos termo da sequência (1, 3, 7, 15, 31, 63, ...)?

SOLUÇÃO:
A sequência pode ser vista de várias formas, mas todas obviamente levam a mesma resposta.

1ª SOLUÇÃO
O incremento de cada termo está em progressão geométrica, ou seja

Dessa forma, basta somar 64 e o próximo termo será 127.

2ª SOLUÇÃO
Cada termo é uma unidade a mais que o dobro, ou seja

Dessa forma, basta fazer o dobro mais um, logo o próximo termo será o dobro de 63 mais 1, ou seja, 127.

3ª SOLUÇÃO
n
Cada termo da sequência é uma unidade a menos que a sequência dos quadrados perfeitos, ou seja, 2 – 1.

7
Dessa forma, o sétimo termo será 2 – 1, portanto 127.

02. Quais os próximos termos da sequência (1, 3, 6, 8, 16, 18, 36,...)?

SOLUÇÃO:
Essa série é formada alternando em soma 2 e multiplicar por 2, como visto a seguir.

Outra forma de enxergar uma lógica é dividir em duas sequências intercaladas, somando 5, 10, 20, 40, 80,...

De ambos os modos, os próximos termos depois de 36 serão 38, 76, 78, 156,...

3
@pedroevaristo

03. Quais os próximos termos da sequência (4, 5, 6, 10, 8, 20, 10, 40,12...)?

SOLUÇÃO:
Essa série é formada por duas séries intercaladas.

Dessa forma, podemos prever que os próximos elementos serão 14, 80, 16, 160, ...

04. Os números 31 28 31 30 31 30 31 seguem um padrão lógico. De acordo com esse padrão, determine o
próximo número da sequência.
a) 28 b) 30 c) 31 d) 32

SOLUÇÃO:
Essa sequência é bem interessante, mas não segue um padrão aritmético.
Perceba que esses números são exatamente a sequência dos números de dias dos meses de um ano não-
bissexto, ou seja

JAN(31) FEV(28) MAR(31) ABR(30) MAI(31) JUN(30) JUL(31)

Dessa forma, o próximo número da sequência é 31, pois o mês de agosto possui 31 dias.

OBSERVAÇÃO:
Existe uma forma divertida de lembrar a quantidade de dias de cada mês do ano.

Você pode contar os meses usando a mão, como mostra na figura, e cada vez que passar pelo “ossinho” (parte
mais alta) o mês terá 31 dias e quando passar pela “cava” (parte mais baixa) o mês terá menos dias, ou seja, 30
ou 28 (no caso de fevereiro).

Dessa forma, temos a sequencia completa a seguir.

05. Observe a sequência a seguir.


B3 5F H9 17L N33 65R
O próximo termos será
a) T129
b) 131T
c) V129
d) 131V
e) W127

4
@pedroevaristo

SOLUÇÃO:
Com relação as letras temos:
A B CDE F G H IJK L M N OPQ R S T
Observe que a quantidade de letras saltadas está alternando (1 e 3).
Com relação aos números temos:
3 5 9 17 33 65 129
Cada elemento seguinte é um a menos que o dobro do anterior.
De outra forma, observe que esses número também são um a mais que as potências de 2.
2+1 4+1 8+1 16+1 32+1 64+1 128+1
Então o próximo será
T129

04. Qual o próximo termo da sequência J J A S O N D?


a) A b) E c) D d) J

SOLUÇÃO:
Essa é uma sequência considerada difícil, pois a primeira ideia é pensar em sequência que esteja relacionada a
ordem alfabética. Mas nesse caso não! Tem que haver uma ligação com alguma sequência e a única possível é a
sequência dos meses do ano, observe:
JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN …
Portanto, próxima letra é J.

05. Determine o próximo termo da sequência T Q Q S S.


a) A b) E c) D d) J

SOLUÇÃO:
Esse é outro exemplo de sequência de letras não relacionadas a ordem alfabética. Observe que é a primeira letra
de dias da semana.
TER QUA QUI SEX SAB DOM ...
Portanto, próxima letra é D.

06. Qual a próxima letra da sequência U D T Q C S S?


a) O b) N c) D d) T

SOLUÇÃO:
Quando falamos em sequência, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a sequência dos números
naturais positivos: 1, 2, 3,..., 8, 9. Perceba que as letras em questão, são exatamente as primeiras letras dos
naturais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito,...
Portanto, próxima letra é O.

07. Qual o próximo número que da sequência 1 1 1 3 5 9 17?


a) 27 b) 29 c) 31 d) 33

SOLUÇÃO:
Essa é a série de Tribonacci, não tão conhecida quanto a de Fibonacci, que segue padrão semelhante. Observe
que cada termo, a partir do quarto, é a soma dos três termos anteriores. Portanto, o próximo será
x = 5 + 9 + 17 = 31

08. Dada a sequência 2 3 4 5 8 7 16 9 32, determine a soma do 10º e do 11º dessa série numérica.
a) 11 b) 53 c) 64 d) 75

SOLUÇÃO:
A grande dificuldade dessa sequência é perceber que, na verdade, são duas séries diferentes intercaladas, onde
os termos de posição impar são potencias de 2, ou seja
1 2 3 4 5 6
2 2 2 2 2 2 ...
Ou ainda,
2 4 8 16 32 64 ...
Enquanto aqueles de posição par, são ímpares e sucessivos, ou seja

5
@pedroevaristo

3 5 7 9 11 ...
Dessa forma, a soma do 10º com o 11º é
S = 11 + 64
S = 75

09. Os números 31 28 31 30 31 30 31 seguem um padrão lógico. De acordo com esse padrão, determine o
próximo número da sequência.
a) 28 b) 30 c) 31 d) 32

SOLUÇÃO:
Os números dados são a quantidades de dias dos meses de um ano não-bissexto, ou seja
JAN(31) FEV(28) MAR(31) ABR(30) MAI(31) JUN(30) JUL(31)
Então o próximo é 31, pois o mês de agosto possui 31 dias.

10. Observe a sequência de pessoas a seguir:

Seguindo o padrão, qual será o 50º elemento?

a) b) c) d)
1ª SOLUÇÃO:
Observe que existem duas lógicas simultâneas:
 Com relação aos braços, estão alternando, um pra baixo e outro pra cima. Dessa forma, todos aqueles
que estão em posição par, assim como o 50º, tem o braço para cima.
 Com relação ao sexo, o ciclo é de um homem e duas mulheres em seguida. Dessa forma, sempre os
múltiplos de três serão mulheres, portanto o 48º será mulher e em seguida um homem e duas mulheres,
ou seja, o 50º será mulher.
2º 4º 6º 8º 10º 12º

3º 6º 9º 12º
Portanto, o 50º elemento, é uma menina com braço pra cima.
2ª SOLUÇÃO:
Uma segunda maneira de pensar nessa questão é perceber que existe um ciclo de 6 em 6 elementos. Observe:

6º 48º 49º 50º


Portanto, como 48 é múltiplo de 6, o 48º termo é igual ao 6º. Quando o ciclo reinicia, vemos que o 50º é igual ao
2º, logo uma menina com braço pra cima.

11. Observe a sequência dada a seguir: 1, 11, 21, 1211, 111221. Ela apresenta um padrão lógico com
relação aos seus algarismos. Dessa forma, determine o próximo número da seqüência.
a) 11112221 b) 312211 c) 122111 d) 12121212

SOLUÇÃO:
Essa é uma questão difícil, que vem circulando na internet e que pode vir a aparecer em prova, não para medir
quem descobre a lógica no momento da prova, mas para privilegiar aquele bom aluno que já viu anteriormente.
Cada elemento, após o primeiro, descreve o elemento anterior, ou seja
1 (1 número 1 = 11)

6
@pedroevaristo

11 (2 números 1 = 21)
21 (1 número 2 e 1 número 1 = 1211)
1211 (1 número 1, 1 número 2 e 2 números 1 = 111221)
Dessa forma, temos:
111221 (3 números 1, 2 números 2 e 1 número 1 = 312211)
Portanto, item B.

12. Os números 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, x, apresentam um padrão lógico. Determine o valor do número x,
seguindo a seqüência.
a) 20 b) 40 c) 100 d) 200

SOLUÇÃO:
Um desafio que já virou clássico e que apareceu pela primeira vez para o grande público na revista “Super
Interessante” no fim do século passado. Trata-se uma questão realmente interessante, mas difícil aos olhos não
preparados, pois sua lógica não está associada a operações matemáticas.
Veja a escrita de cada um deles:
Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Dezenove
Percebeu o que eles tem em comum?
Pois é, a escrita de todos os números começa com a letra D, portanto o próximo número a começar com a letra D
é o 200 (Duzentos), logo, item D.

7
@pedroevaristo

EXERCÍCIOS
(AOCP) Observe a sequência de letras a seguir:
POLÍCIAPOLÍCIAPOLÍCIAPOLÍCIA...
Acerca do raciocínio lógico envolvidos nessa sequência, julgue os itens a seguir.

01. A 200ª letra dessa sequência é a letra A.


( ) CERTO
( ) ERRADO

02. Dentre as 200 primeiras letras dessa sequência, aparecem 28 vezes a palavras POLÍCIA.
( ) CERTO
( ) ERRADO

03. Até a ducentésima letra da sequência, aparecem exatamente 28 letras A.


( ) CERTO
( ) ERRADO

04. A letra P aparece 29 vezes, dentre as 200 primeiras letras dessa sequência.
( ) CERTO
( ) ERRADO

05. Também dentre as 200 primeiras letras dessa sequência, a letra I aparece 57 vezes.
( ) CERTO
( ) ERRADO

(TEXTO) Julgue os itens a seguir, acerca de raciocínio lógico sequencial.


06. Em uma festa, cada um dos convidados que chega ao local recebe algo como boas vindas. O primeiro a
chegar recebe uma taça de champanhe, o segundo uma taça de vinho, o terceiro um copo de refrigerante, o
quarto um salgadinho, o quinto um docinho, o sexto volta a receber um champanhe, o sétimo uma taça de vinho, o
oitavo um copo de refrigerante, o nono um salgadinho, o decimo um docinho e assim por diante. Dessa forma,
podemos afirmar que o centésimo trigésimo sétimo convidado receberá uma taça de vinho.
( ) CERTO
( ) ERRADO

07. José decidiu nadar no clube, regularmente, de quatro em quatro dias. Começou a fazê-lo em um sábado;
nadou pela segunda vez na quarta-feira seguinte, depois no domingo e assim por diante. Nesse caso, na
centésima vez em que José for nadar, será uma quarta-feira.
( ) CERTO
( ) ERRADO

(TEXTO) Julgue os itens a seguir, acerca de raciocínio lógico sequencial.


08. O oitavo termo da sequência (2, 4, 8, 16, 32, 64,...) é 256.
( ) CERTO
( ) ERRADO

09. O oitavo termo da sequência (1, 3, 7, 15, 31, 63, ...) é maior que 250.
( ) CERTO
( ) ERRADO

10. A soma dos trinta primeiros termos da sequência numérica (1, 4, 9, 16, 25, 36,...) é maior que 1000.
( ) CERTO
( ) ERRADO

11. A famosa sequencia de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ...) possui uma lógica muito interessante. Nessa
sequencia, o décimo termo é igual a 55.
( ) CERTO
( ) ERRADO

8
@pedroevaristo

12. O próximo termo da sequência (1, 1, 1, 3, 5, 9, 17, 31...) é inferior a 55.


( ) CERTO
( ) ERRADO

13. Considere que os números que compõem a sequência (414, 412, 206, 204, 102, 100,...) obedecem a um lei
de formação. A soma do nono e décimo termos dessa sequência é igual a 50.
( ) CERTO
( ) ERRADO

(AOCP) Julgue os itens a seguir, acerca de raciocínio lógico sequencial.

14. Dada a sequência lógica (5, 15, 10, 30, 25, 75, ...), podemos afirmar que a soma dos dois próximos números
dessa sequencia é 280.
( ) CERTO
( ) ERRADO

15. Se os números (6, 10, 8, 20, 10, 40, 12, 80,...), estão ordenados numa sequencia lógica, então a soma dos
dois próximos números dessa sequencia é 174.
( ) CERTO
( ) ERRADO

16. Considere a sequência cujos três primeiros termos são:

O 20º termo dessa sequência tem 60 bolinhas.


( ) CERTO
( ) ERRADO

17. Observe a sequência de bolinhas a seguir.

FIG. 1 FIG. 2 FIG. 3 FIG. 4 FIG. 5

Observando o padrão lógico, podemos afirmar que o número de bolinhas da 20ª figura é inferior a 200.
( ) CERTO
( ) ERRADO

18. Na sequencia de letra (M, A, M, J, J, A, ...), a próxima letra será um S.


( ) CERTO
( ) ERRADO

GABARITO
GABARITO
01. E 04. C 07. C 10. C 13. E 16. C
02. C 05. C 08. C 11. C 14. C 17. E
03. C 06. C 09. C 12. E 15. C 18. C

9
@pedroevaristo

CAPÍTULO 2
CONJUNTOS
TEORIA DOS CONJUNTOS
Podemos dizer que um conjunto é sem dúvida um dos conceitos mais básicos da matemática, sendo
dessa forma o elemento principal da teoria dos conjuntos.
Basicamente, um conjunto é uma coleção de elementos, ou seja, dados agrupados que não levam em
conspiração a ordem. A relação básica entre um objeto e o conjunto é a relação de pertinência: quando um objeto
x é um dos elementos de um conjunto A, podemos dizer que x pertence ao conjunto A.
Como veremos a segui, além de relacionarmos elemento e conjunto, também é fundamental relacionar
conjuntos entre si.

NOMENCLATURA BÁSICA
 - conjunto vazio;
 - símbolo de união entre dois conjuntos;
 - símbolo de intersecção entre dois conjuntos;
 - símbolo de pertinência entre elemento e conjunto
 - símbolo de inclusão entre dois conjuntos;
 - para todo ou qualquer que seja;
 - existe pelo menos um.
R - conjunto dos números reais;
Q - conjunto dos números racionais;
Z - conjunto dos números inteiros;
N - conjunto dos números naturais;

QUANTIFICADORES

São elementos que transformam as sentenças abertas em proposições.


Eles são utilizados para indicar a quantidade de valores que a variável de uma sentença precisa assumir
para que esta sentença torne-se verdadeira ou falsa e assim gere uma proposição.

TIPOS DE QUANTIFICADORES
a) Quantificador existencial:
É o quantificador que indica a necessidade de “existir pelo menos um” elemento satisfazendo a
proposição dada para que esta seja considerada verdadeira.
É indicado pelo símbolo “”, que se lê “existe”, “existe um” ou “existe pelo menos um”.

EXEMPLO:
(p) xR / x  3
(q) Existe dia em que não chove.

b) Quantificador universal:
É o quantificador que indica a necessidade de termos “todos” os elementos satisfazendo a proposição
dada para que esta seja considerada verdadeira.
É indicado pelo símbolo “”, que se lê “para todo” ou “qualquer que seja”.

EXEMPLO:
(m) xR  x  5 (Lê-se: “para todo x pertencente aos reais, tal que x é maior ou igual a 5”)
(n) Qualquer que seja o dia, não choverá.

10
@pedroevaristo

UNIÃO (  )

União de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem ao conjunto A, ou ao
conjunto B ou a ambos.
A B
EX.: “Pessoas que são atletas
LINK:
.AB=BA
o
(A) ou baianos (B)” 1
A=A
o
(o “ou” não é excludente, 2
3 AA=A
o
portanto isso significa que o
conjunto união abrange os 4 (A  B)  C = A  (B  C)
o

elementos que fazem parte de


AB 5 n(A  B) = n(A) + n(B) – n(A  B)
o
pelo menos um dos conjuntos)

INTERSEÇÃO (  )
Interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem ao mesmo tempo a
ambos os conjuntos dados. LINK:
A B 1 AB=BA
o

EX.: “Pessoas que são 2 A=


o

atletas (A) e são


3 AA=A
o
baianos (B)”
4 (A  B)  C = A  (B  C)
o

AB
DIFERENÇA ( – ) ou COMPLEMENTAR
Diferença entre os conjuntos A e B, nesta ordem, é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A,
porém, não pertencem a B. O conjunto A – B também é chamado de complementar de B e em A, pois é o que
falta para B completar o conjunto A.
A B
EX.: “Pessoas que são
atletas (A), mas não são
baianos (B)”

A–B
COMPLEMENTAR EM RELAÇÃO AO UNIVERSO
O complementar de A, é o conjunto de todos os elementos do conjunto universo que não pertencem ao
conjunto A.
A B EX.: “Pessoas que não são
atletas (A)”
(Dentre todos os envolvidos,
podendo ser, ou não,
baianos)

CA = A
DIFERENÇA ENTRE UNIÃO E INTERSEÇÃO
A diferença o conjunto união e o conjunto interseção de A e B, resulta nos elemento que pertencem a somente
um desses conjuntos, ou seja, pertencem somente ao conjunto A, ou somente ao conjunto B.

A B EX.: “Pessoas que ou são


atletas (A), ou são baianos (B)”
(O “ou...ou” é excludente)

(AB) - (AB)

11
@pedroevaristo

LINK:
Observe como representar em três diagramas, alguns
termos muito usados em provas:

EXEMPLOS
01. Dentre um grupo de N alunos, que estudam para concursos, sabe-se que:
• 40 tem aulas presenciais;
• 70 assistem vídeo-aulas;
• 20 utilizam os dois métodos;
• 10 estudam sozinhos;
Determine o total de alunos do grupo.
a) 80
b) 90
c) 100
d) 120

1ª SOLUÇÃO:
O preenchimento deve ser feito a partir do centro.
Sendo n(P  V) = 20, temos:

Se n(P) = 40, então 20 estão somente em P.

Se n(V) = 70, então 50 estão somente em V.

Como 10 não estão nem P, nem V, temos


N = 20+20+50+10 = 100.

12
@pedroevaristo
2ª SOLUÇÃO:
Sabendo que
n(PV) = n(P) + n(V) – n(PV)
Temos
n(PV) = 40 + 70 – 20
n(PV) = 90
Como 10 não estão nem P, nem V, temos
N = 90 + 10 = 100

02. Dentre um grupo de 100 alunos, que estudam para concursos, sabe-se que:
 40 tem aulas presenciais;
 70 assistem vídeo-aulas;
 10 estudam sozinhos, sem aulas;
Determine o número de alunos que utilizam os dois métodos.
a) 20
b) 30
c) 40
d) 50

SOLUÇÃO:
Assim como foi feito na questão anterior, o preenchimento dos diagramas deve ser feito a partir do centro, mas
nesse caso, o valor da interseção é justamente o que se pede na questão. Dessa forma, atribuiremos uma variável
“x” para a interseção.
n(PV) = x
Logo, temos:

Se n(P) = 40, então 40-x estão somente em P e como

Se n(V) = 70, então 70-x estão somente em V.

Como 10 não estão nem P, nem V, temos

Sendo o total de alunos igual a 100, temos:


40-x + x + 70-x + 10 = 100
Portanto
x = 20

13
@pedroevaristo

(CESPE) Em um tribunal, todos os 64 técnicos administrativos falam inglês e(ou) espanhol; 42 deles falam inglês e
46 falam espanhol.

03. Nessa situação, 24 técnicos falam inglês e espanhol.

JULGAMENTO: CERTO
Do enunciado, temos:
 n(IE) = 64
 n(I) = 42
 n(E) = 46
Sabendo que
n(IE) = n(I) + n(E) – n(IE)
então
64 = 42 + 46 – n(IE)
n(IE) = 88 – 64
n(IE) = 24

04. Podemos afirmar que 18 técnicos falam somente inglês.


JULGAMENTO: CERTO
Dos dados anteriores, temos o diagrama preenchido a partir da interseção de I e E.

I E
18 24 22

Portanto, realmente podemos afirmar que 18 falam somente inglês.

05. (IPAD) Em um país estranho sabe-se que as pessoas estão divididas em dois grupos: o grupo dos que têm
uma idéia original e o grupo dos que têm uma idéia comercializável. Sabe-se também que 60% das pessoas têm
uma idéia original e apenas 50% têm idéias comercializáveis. Podemos afirmar que:
a) 15% das pessoas têm idéias originais e comercializáveis.
b) 10% das pessoas têm idéias originais e comercializáveis.
c) 30% das pessoas têm idéias comercializáveis, mas não originais.
d) 70% das pessoas têm idéias originais e não comercializáveis.
e) 65% das pessoas têm idéias originais e não comercializáveis.

SOLUÇÃO:
Sejam
A – grupo dos que têm uma idéia original ;
B – grupo dos que têm uma idéia comercializável;
Como todas as pessoas (100%) estão em pelo menos um dos grupos (A ou B), temos:
A B

60% – x x 50% – x

Sabendo que
n(A  B) = n(A) + n(B) – n(A  B)
100% = 60% + 50% – x
x = 10%
portanto
10% das pessoas têm idéias originais e comercializáveis
Resposta: B

14
@pedroevaristo

(CESPE) Considere que os livros L, M e N foram indicados como referência bibliográfica para determinado
concurso. Uma pesquisa realizada com 200 candidatos que se preparam para esse concurso, usando esses
livros, revelou que:
 10 candidatos utilizaram somente o livro L;
 20 utilizaram somente o livro N;
 90 utilizaram o livro L;
 20 utilizaram os livros L e M;
 25 utilizaram os livros M e N;
 15 utilizaram os três livros.
Considerando esses 200 candidatos e os resultados da pesquisa, julgue os itens seguintes.

06. Mais de 6 candidatos se prepararam para o concurso utilizando somente os livros L e M.

JULGAMENTO: ERRADO
Do enunciado, podemos construir o diagrama a seguir.

O preenchimento deve ser feito a partir do centro, onde n(LMN) = 15.

Como 25 pessoas usaram M e N, ou seja n(MN) = 25, então 10 usaram somente M e N.

Como 20 pessoas usaram M e L, ou seja n(ML) = 20, então 5 usaram somente M e L.

Portanto, já podemos verificar que somente 5 candidatos se prepararam para o concurso utilizando somente os
livros L e M.

07. Mais de 100 candidatos se prepararam para o concurso utilizando somente um desses livros.

JULGAMENTO: CERTO
Podemos preencher diretamente os 10 que usaram somente L.

15
@pedroevaristo

Como 90 pessoas usaram L, descontando 10+5+15 = 30, sobram 60 que usaram somente N e L.

Podemos preencher diretamente os 20 que usaram somente N.

Do total de 200 pessoas, descontando 15+10+5+60+10+20 = 120, sobram 80 que usaram somente M.

Portanto, realmente mais de 100 candidatos (10+20+80=110) se prepararam para o concurso utilizando somente
um desses livros.

08. Noventa candidatos se prepararam para o concurso utilizando pelos menos dois desses livros.

JULGAMENTO: CERTO
Exatamente noventa candidatos (60+10+5+15=90) se prepararam para o concurso utilizando pelos menos dois
desses livros (2 ou 3).

09. Podemos afirmar que 75 candidatos utilizaram exatamente 2 livros.

JULGAMENTO: CERTO
Nesse caso, não entram os 15 quem leram todos os livros, dessa forma, exatamente 75 candidatos (60+10+5=75)
se prepararam para o concurso utilizando exatamente dois desses livros.

10. O número de candidatos que se prepararam para o concurso utilizando o livro M foi inferior a 105.

JULGAMENTO: ERRADO
O número de candidatos que se prepararam para o concurso utilizando o livro M não foi inferior a 105, na verdade
foram 110 (80+10+15+5).

11. É correto afirmar que apenas 80 candidatos utilizaram somente o livro M.

JULGAMENTO: CERTO
Esteja atento a palavra “somente”, pois ela exclui todos os demais. Nesse caso, não entram os candidatos que
leram outros livros além de M (5, 10, 15), logo 80 leram somente M.

16
@pedroevaristo

CAPÍTULO 3
DIAGRAMAS LÓGICOS
SENTENÇA
É uma frase declarativa (afirmativa ou negativa), podendo ser classificada como sentença aberta ou
sentença fechada. Quando a sentença for fechada, ganhará o nome de proposição.

 SENTENÇA ABERTA: É aquela frase declarativa na qual não é possível atribuir valor lógico (V ou F), por
não termos informações suficientes para defini-la como sendo verdadeira ou falsa.

EXEMPLO:
“X é um número par” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)
“O irmão do meu irmão é meu irmão” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)

 SENTENÇA FECHADA: É aquela frase declarativa que é possível atribuir a ela um valor lógico (V ou F),
pois temos informações suficientes para defini-la como sendo verdadeira ou falsa.

EXEMPLO:
“4 é um número par” (VERDADEIRO)
“Pelé jogou futebol no Flamengo” (FALSO)

LINK:
No Português existem vários tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o
sentido que transmitem. Embora só nos interessem para o raciocínio lógico apenas as frases
declarativas, vale a pena distingui-las.
DECLARATIVA IMPERATIVA
Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa, Contém uma ordem, um conselho ou faz um pedido,
podendo ser afirmativas ou negativas. utilizando o verbo no modo imperativo.
“Fortaleza é uma cidade grande.” (AFIRMATIVA) “Vá estudar agora!” (ORDEM)
“Salvador não é a capital do Brasil.” (NEGATIVA) “Por favor, vá estudar.” (PEDIDO)

INTERROGATIVA OPTATIVA
São aquelas que exprimem uma pergunta, podendo ser Essa classificação menos conhecida, ocorre quando se
divididas em direta ou indireta. exprime um bom desejo.
“Quantos anos você tem?” (DIRETA) “Vá com Deus!”
“Diga qual é a sua idade.” (INDIRETA) “Tenha um dia feliz.”

EXCLAMATIVA IMPRECATIVA
São frases que exprimem uma emoção, apresentando Ainda menos conhecida que a optativa, esse tipo de
entoação ligeiramente prolongada. frase exprime um mau desejo.
“Que prova difícil!” (ADMIRAÇÃO) “Vai te lascar!”
“Você aqui na cidade?!” (SURPRESA) “Eu quero mais é que ela morra!”

17
@pedroevaristo

PROPOSIÇÃO SIMPLES
É uma sentença fechada, pois a ela pode ser atribuído um valor lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
EXEMPLO:
A: “Fortaleza é a capital do Ceará” (VERDADE)
B: “O Brasil é um país da Europa” (FALSO)

EQUIVALÊNCIA
Duas proposições são ditas equivalentes, quando possuem sempre o mesmo valor lógico,
ou seja, dizemos que A equivale a B, no caso de A ser verdade, B também é verdade, assim como
se A é falso, B também é falso. Além disso, temos que A implica em B e que B implica em A ao
mesmo tempo.
EXEMPLO:
A: “João é culpado”
B: “João não é inocente”

NEGAÇÃO
Uma proposição é a negação de outra, quando sempre possui valor lógico contrário, ou seja,
dizemos que A é negação de B, se A é verdade, então B é falso e se A é falso, então B é verdade.
EXEMPLO:
AFIRMAÇÕES: NEGAÇÕES:
A: “Fortaleza é a capital do Ceará” (VERDADE) ~A: “Fortaleza não é a capital do Ceará” (FALSO)
B: “O Brasil é um país da Europa” (FALSO) ~B: “O Brasil não é um país da Europa” (VERDADE)

TAUTOLOGIA
Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia quando é inevitavelmente verdadeira, ou seja,
quando tem sempre o valor lógico verdadeiro independentemente dos valores lógicos das proposições simples
usadas na sua elaboração.
EXEMPLO:
“Ou Daniel é culpado, ou ele é inocente” (Obrigatoriamente VERDADEIRO)

CONTRADIÇÃO
Dizemos que uma proposição composta é uma contradição quando é inevitavelmente falsa, ou seja,
quando tem sempre o valor lógico falso independentemente dos valores lógicos das proposições simples usadas
na sua elaboração.
EXEMPLO:
“Maria é culpada, mas é inocente” (Obrigatoriamente FALSO)

CONTINGÊNCIA
Dizemos que uma proposição composta é uma contingência quando depende do contingente de
proposições simples para poder ser V ou F, ou seja, a contingência pode ter os valores lógico verdadeiro ou falso.
EXEMPLO:
“Renato nasceu em Fortaleza ou nasceu em Natal” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)

LINK:
CUIDADO!
Existe uma tênue diferença entre “Algum” e “Nem todos”,
por isso é bom prestar atenção.

ALGUM
Significa que pelo menos um, mas pode até ser que todos.

NEM TODOS
Significa que pelo menos um, mas não todos.

18
@pedroevaristo

DIAGRAMAS LÓGICOS
Devemos representar proposições simples através de diagramas, sobretudo aquelas que apresentam
pronomes indefinidos, tais como: “Nenhum”, “Algum” ou “Todo”.

NENHUM (~)

Não existe interseção entre os conjuntos. Por exemplo, ao dizer que “nenhum A é B”, garante-se que não existe
um elemento de A que também esteja em B. Sendo a recíproca verdadeira, ou seja, “nenhum B é A”.

EX.: EQUIVALÊNCIAS:
A: “Nenhum advogado é bancário” A: “Não existe advogado que seja bancário”
A: “Todo advogado não é bancário”
A: “Se ele é advogado, então não é bancário”

NEGAÇÕES:
ADVOGADOS BANCÁRIOS ~A: “Não é verdade que nenhum advogado é bancário”
~A: “Existe pelo menos um advogado que é bancário”
~A: “Algum advogado é bancário”

ALGUM ()

Existe pelo menos um elemento na interseção entre os conjuntos, mas não necessariamente todos. Por exemplo,
ao dizer que “algum A é B”, garante-se que existe pelo menos um elemento de A que também esteja em B. Sendo
a recíproca verdadeira, ou seja, “algum B é A”.

EX.: EQUIVALÊNCIAS:
B: “Algum advogado é bancário” B: “Pelo menos um advogado é bancário”
B: “Existe advogado que é bancário”
B: “Há um advogado que seja bancário”

NEGAÇÕES:
ADVOGADOS BANCÁRIOS ~B: “Não é verdade que algum advogado é bancário”
~B: “Não existe um advogado que seja bancário”
~B: “Nenhum advogado é bancário”

TODO ()

Um dos conjuntos é subconjunto do outro. Por exemplo, ao dizer que “todo A é B”, garante-se que se um elemento
está em A, então ele também está em B, mas não necessariamente se está em B também estará em A.

EX.: EQUIVALÊNCIAS:
C: “Todo advogado e bancário” C: “Nenhum advogado não é bancário”
C: “Não existe advogado que não seja bancário”
C: “Se ele é advogado, então é bancário”

NEGAÇÕES:
ADVOGADOS BANCÁRIOS ~C: “Não é verdade que todo advogado é bancário”
~C: “Existe pelo menos um advogado que não é bancário”
~C: “Algum advogado não é bancário”

19
@pedroevaristo
12. Considere que os argumentos são verdadeiros:
 Todo comilão é gordinho;
 Todo guloso é comilão;
Com base nesses argumentos, é correto afirmar que:
a) Todo gordinho é guloso.
b) Todo comilão não é guloso.
c) Pode existir gordinho que não é guloso.
d) Existem gulosos que não são comilões.
e) Pode existir guloso que não é gordinho.

SOLUÇÃO:
Do enunciado temos os conjuntos:
GULOSO
COMILÃO
GORDINHO

Portanto, podemos concluir que pode existir gordinho que não seja guloso.

20
@pedroevaristo

13. (IPAD) Supondo que “todos os cientistas são objetivos e que alguns filósofos também o são”, podemos
logicamente concluir que:
a) não pode haver cientista filósofo.
b) algum filósofo é cientista.
c) se algum filósofo é cientista, então ele é objetivo.
d) alguns cientistas não são filósofos.
e) nenhum filósofo é objetivo.

SOLUÇÃO:

Dadas as premissas:
A: “todos os cientistas são objetivos”
B: “alguns filósofos são objetivos”
Sejam
O – Objetivos
C – Cientistas
F – Filósofos
Do enunciado, para satisfazer as premissas A e B, temos os seguintes diagramas possíveis:
o o o
1 F C 2 F C 3 F C

O O O
Dessa forma, temos que “se algum filósofo é cientista” ele fica de acordo com o 2º ou 3º diagrama, o que implica
necessariamente que “esse filósofo será objetivo”, pois “todo cientista é objetivo”.
Resposta: C

14. (IPAD) Supondo que cronópios e famas existem e que nem todos os cronópios são famas, podemos concluir
logicamente que:
a) nenhum cronópio é fama.
b) não existe cronópio que seja fama.
c) todos os cronópios são famas.
d) nenhum fama é cronópio.
e) algum cronópio não é fama.

SOLUÇÃO:
Dada a premissa:
A: “Nem todos os cronópios são famas”
Sejam
C – Cronópios
F – Famas
Do enunciado, para satisfazer a premissa A, temos os seguintes diagramas possíveis:
o o
1 F C 2 F C

Podemos concluir que “Se nem todo cronópio é fama, então necessariamente existe pelo menos um cronópio que
não é fama”.
Resposta: E

21
@pedroevaristo

15. É verdade que "Alguns A são R" e que "nenhum G é R" então é necessariamente verdade que:
a) Alguns A não é G.
b) Algum A é G.
c) Nenhum A é G.
d) Algum G é A.
e) Nenhum G é A.

SOLUÇÃO:
Sabe-se que todos os A que também são R, não podem ser G, pois nenhum G é R, então existem alguns A que
nunca serão G.
Resposta: A
OBS.:
Os outros itens estão errados por que podem ser verdade ou não, dependendo de como for o diagrama. Mas
como não se pode garantir que G e A têm interseção ou não, nada se pode afirmar.
16. Através de uma pesquisa, descobriu-se que “nenhum politico é honesto” e que “alguns advogados são
honestos”. Dessa forma, aponte o único item errado.
a) É possível que alguns politicos sejam advogados.
b) Alguns advogados não são politicos.
c) É impossível que algum advogado seja político.
d) Há possibilidade de que nenhum politico seja advogado.
e) Pode ou não haver advogado político.

SOLUÇÃO:
Do enunciado temos os possíveis diagramas, que satisfazem as condições impostas:
o P H o P H
1 2

A A
Cuidado! Não podemos afirmar que “existe A que é P”, nem tão pouco dizer que “não existe A que é P”. O fato é
que pode ou não existir A que seja P, ou seja, podemos até afirmar que “é possível existir um A que seja P”, ou
ainda, “é possível que não exista A que seja P”. Então, será errado dizer que “é impossível que um A seja P”.
Resposta: C

LINK:
CERTEZA
100% de chance de acontecer o fato.
PROVÁVEL
Possível e com grande chance de acontecer.
POSSÍVEL
Existe alguma chance de acontecer, seja pequena, média ou grande.
IMPROVÁVEL
Possível, mas com pequena chance de acontecer.
IMPOSSÍVEL
0% de chance de acontecer o fato.

22
@pedroevaristo

EXERCÍCIOS
01. A equivalência de “Nenhum bandido é honesto” é: ANOTAÇÕES:
a) Ninguém é honesto.
b) Todos os bandidos são desonestos.
c) Todas as pessoas são honestas.
d) Todo bandido é honesto.
e) Nenhum cidadão de bem é desonesto.

02. Qual a equivalência de “Todo comerciante é rico”?


a) Todo rico é comerciante.
b) Todo comerciante não é rico.
c) Nenhum comerciante é pobre.
d) Algum comerciante não é rico.
e) Nenhum comerciante não é rico.

03. Qual a negação da proposição “Alguma lâmpada


está acesa”?
a) Alguma lâmpada não está acesa.
b) Nenhuma lâmpada não está acesa.
c) Nenhuma lâmpada está apagada.
d) Todas as lâmpadas estão apagadas.

04. Aponte a negação de “Nenhuma cadeira está


quebrada”.
a) Todas as cadeiras estão quebradas.
b) Todas as cadeiras estão concertadas.
c) Alguma cadeira está quebrada.
d) Alguma cadeira não está quebrada.

05. Qual das proposições a seguir é necessariamente


verdadeira, sempre que a proposição P: “Nenhuma
porta está aberta” for falsa?
a) Todas as portas estão fechadas.
b) Todas as portas estão abertas.
c) Alguma porta está aberta.
d) Alguma porta está fechada.

06. Dadas as proposições:


I – Toda mulher é boa motorista.
II – Nenhum homem é bom motorista.
III – Todos os homens são maus motoristas.
IV – Pelo menos um homem é mau motorista.
V – Todos os homens são bons motoristas.
A negação da proposição (V) é:
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
07. Qual é negação da sentença "Os três filhos de
Fábio são advogados"?
a) Nenhum dos três filhos de Fábio são advogados.
b) Pelos menos um dos três filhos de Fábio não é
advogado.
c) Algum dos três filhos de Fábio é advogado.
d) Todos os filhos de Fábio são advogados.
e) Todos os três filhos de Fábio não são advogados.

23
@pedroevaristo
08. Assinale a alternativa que apresenta uma ANOTAÇÕES:
contradição.
a) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano não
é espião.
b) Nenhum espião é vegetariano e algum espião não
é vegetariano.
c) Todo espião não é vegetariano e algum vegetariano
é espião.
d) Algum espião é vegetariano e algum espião não é
vegetariano.
e) Todo vegetariano é espião e algum espião não é
vegetariano.

09. (FCC) Partindo das premissas:


(1) Todo advogado é sagaz.
(2) Todo advogado é formado em Direito.
(3) Roberval é sagaz.
(4) Sulamita é juíza.
Pode-se concluir que
a) Roberval é advogado.
b) Sulamita é sagaz.
c) Roberval é promotor.
d) Sulamita e Roberval são casados.
e) há pessoas formadas em Direito que são sagazes.

10. Das premissas:


A: “Nenhum herói é covarde”
B: “Alguns soldados são covardes”
Pode-se corretamente concluir que:
a) Alguns heróis são soldados
b) Alguns soldados são heróis
c) Nenhum herói é soldado
d) Nenhum soldado é herói
e) Alguns soldados não são heróis
11. Supondo que “todos os alunos são inteligentes” e
que “Nem todos os filósofos também são inteligentes”,
podemos logicamente concluir que:
a) não pode haver aluno filósofo.
b) algum filósofo é aluno.
c) nenhum filósofo é inteligente.
d) alguns alunos não são filósofos.
e) se algum filósofo é aluno, então ele é inteligente.

12. Sabe-se que existe pelo menos um A que é B.


Sabe-se, também, que todo B é C. Disto resulta que:
a) Algum A não é C
b) Todo A é C
c) Algum A é C
d) Todo C é B.
e) Todo C é A

24
@pedroevaristo
ANOTAÇÕES:
CERTO OU ERRADO
(CESPE) Com relação à lógica formal, julgue os itens
subsequentes.

13. A negação da proposição “Algum turista é


argentino” é a proposição “Nenhum turista é
argentino”.

14. A negação da proposição “Nenhum aluno é


policial” é a proposição “Algum aluno é policial”.

15. Se a afirmativa “Todos os beija-flores voam


rapidamente” for considerada falsa, então a afirmativa
“Algum beija-flor não voa rapidamente” tem de ser
considerada verdadeira.

16. Se a afirmativa “Todos os cidadãos brasileiros têm


garantido o direito de herança” for considerada falsa,
então a afirmativa “Nenhum cidadão brasileiro têm
garantido o direito de herança” tem de ser considerada
verdadeira.

17. A negação de “Algum restaurante tem comida


italiana” é a sentença “Nenhum restaurante italiano
tem comida”.

(CESPE) Com relação à lógica argumentativa, julgue


os itens subsequentes.

18. Considere que as proposições “Todo funcionário


público sabe lógica” e “Todo policial é funcionário
público” são premissas de uma argumentação cuja
conclusão é “Todo policial sabe lógica”. Então essa
argumentação é válida.

19. Considere uma argumentação em que duas


premissas são da forma
1. Nenhum A é B.
2. Todo C é A.
e a conclusão é da forma
“Nenhum C é B”.
Essa argumentação não pode ser considerada válida.

QUESTÃO CURIOSA
20. Em uma festa com 500 pessoas, podemos afirmar
com certeza que entre os presentes:
a) Existe pelo menos um que aniversaria em maio.
b) Existem pelo menos dois que aniversariam no
mesmo dia.
c) Existem mais de dois que aniversariam no mesmo
dia.
d) Existem dois que não aniversariam no mesmo dia.
e) Nenhum aniversaria no mesmo dia que outro

25
@pedroevaristo

VISÃO ALÉM DO ALCANCE


Consegue achar 10 faces nesta árvore?

GABARITO
GABARITO
01. B 02. E 03. D 04. C 05. C
06. D 07. B 08. C 09. E 10. E
11. E 12. C 13. C 14. C 15. C
16. E 17. E 19. C 19. E 20. B

26
@pedroevaristo

CAPÍTULO 4
LÓGICA PROPOSICIONAL
INTRODUÇÃO
A Lógica Matemática, em síntese, pode ser considerada como a ciência do raciocínio e da demonstração.
Este importante ramo da Matemática desenvolveu-se no século XIX, sobretudo através das idéias de George
Boole, matemático inglês (1815 - 1864), criador da Álgebra Booleana, que utiliza símbolos e operações algébricas
para representar proposições e suas inter-relações. As idéias de Boole tornaram-se a base da Lógica Simbólica,
cuja aplicação estende-se por alguns ramos da eletricidade, da computação e da eletrônica.

LÓGICA MATEMÁTICA
A lógica matemática (ou lógica simbólica), trata do estudo das sentenças declarativas também conhecidas
como proposições, as quais devem satisfazer aos dois princípios fundamentais seguintes:
 PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, não havendo
alternativa.
 PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
Diz-se então que uma proposição verdadeira possui valor lógico V (verdade) e uma proposição falsa
possui valor lógico F (falso). Os valores lógicos também costumam ser representados por 0 (zero) para
proposições falsas ( 0 ou F) e 1 (um) para proposições verdadeiras ( 1 ou V ).
As proposições são geralmente, mas não obrigatoriamente, representadas por letras maiúsculas.
De acordo com as considerações acima, expressões do tipo, "O dia está bonito!", “Que horas são?”, “x é
um número par” e “x + 2 = 7”, não são proposições lógicas, uma vez que não poderemos associar a ela um valor
lógico definido (verdadeiro ou falso).
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma delas, o seu
valor lógico V ou F. Poderia ser também 1 ou 0.
 A: "Fortaleza é a capital do Ceará” (V)
 B: “O Brasil é um país da Europa” (F)
 C: "3 + 5 = 2" (F)
 D: "7 + 5 = 12" (V)
 E: "O Sol é um planeta" (F)
 F: "Um pentágono é um polígono de dez lados" (F)
SENTENÇA ABERTA: Não pode ser atribuído um valor lógico
EX.:
“X é um número par” → Pode ser Verdadeiro (V) ou Falso (F), não se pode afirmar.
SENTENÇA FECHADA: Pode ser atribuído um valor lógico V ou F.
EX.:
“O professor Pedro Evaristo ensina Matemática” → Sentença Verdadeira (V)
“A soma 2 + 2 é igual a 5” → Sentença Falsa (F)

27
@pedroevaristo

SÍMBOLOS UTILIZADOS NA LÓGICA (CONECTIVOS E QUALIFICADORES)


CONECTIVOS E QUALIFICADORES
 NÃO
 E
 OU
 OU ... OU
 SE ... ENTÃO
 SE E SOMENTE SE
 TAL QUE
 IMPLICA
 EQUIVALENTE
 EXISTE
 NÃO EXISTE
 EXISTE UM E SOMENTE UM
 QUALQUER QUE SEJA

O MODIFICADOR NEGAÇÃO

Dada a proposição p, indicaremos a sua negação por ~p ou p. (Lê-se "não p" ).

LINK:
EXEMPLOS: IMPORTANTE:
Afirmação e negação
p: “2 pontos distintos determinam uma única reta” (V) sempre possuem valores
lógicos contrários!
~p: “2 pontos distintos não determinam uma única reta” (F)
 Se A é V, então ~A é F
 Se A é F, então ~A é V
q: “João é magro” A ~A
~q: “João não é magro” V F
F V
~q: “Não é verdade que João é magro”

s: “Fernando é honesto”
s: “Fernando não é honesto”
s: “Não é verdade que Fernando é honesto”
s: “Fernando é desonesto”

OBS.:
Duas negações equivalem a uma afirmação, ou seja, em termos simbólicos: ~(~p) = p.

p: “Diego dirige bem”


~p: “Diego não dirige bem”
~(~p): “Não é verdade que Diego não dirige bem”

28
@pedroevaristo

ESTRUTURAS E OPERAÇÕES LÓGICAS

As proposições lógicas podem ser combinadas através dos operadores lógicos , ,  e , dando origem
ao que conhecemos como proposições compostas. Assim, sendo p e q duas proposições simples, poderemos
então formar as seguintes proposições compostas: pq, pq, pq, pq.
Estas proposições compostas recebem designações particulares, conforme veremos a seguir:

 CONJUNÇÃO:
p q (lê-se "p e q" )
 DISJUNÇÃO NÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "p ou q")
 DISJUNÇÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "ou p, ou q")
 CONDICIONAL:
p  q (lê-se "se p então q")
 BI-CONDICIONAL:
p q (lê-se "p se e somente se q")

Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições simples p e q, como determinaremos os valores


lógicos das proposições compostas acima? Isto é conseguido através do uso da tabela a seguir, também
conhecida pelo sugestivo nome de TABELA VERDADE.

LINK:
`

TABELA VERDADE

A tabela verdade mostra o valor lógico de proposições compostas, com base em todas as possíveis combinações
dos valores lógicos para as proposições simples que a formam. Ou seja, devemos julgar a veracidade (ou não) da
proposição composta, mediante todas combinações de V e F das proposições simples envolvidas.
O número de linhas da tabela verdade depende do número de proposições, como cada proposição
simples pode assumir duas possíveis valorações (V ou F), temos então:

LINK:
FÓRMULA
o (nº de proposições simples)
n de linhas da tabela = 2

29
@pedroevaristo

CONJUNÇÃO (E)
A  B (lê-se “Premissa A e premissa B”)

A conjunção só será verdadeira em apenas um caso, se a premissa A for verdadeira e a premissa B também for
verdadeira, ou seja, caso uma delas seja falsa a conjunção toda torna-se falsa.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina e à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V F
F F F

CONCLUSÕES:
 Só existe uma possibilidade de essa proposição composta ser verdadeira, que é no caso de Pedro
realmente ir aos dois países.

Observe que a afirmação é falsa, se pelo menos uma das premissas forem falsas.

LINK:
A  B
“Premissa A e premissa B”

30
@pedroevaristo

DISJUNÇÃO INCLUDENTE (OU)


A  B (lê-se “Premissa A ou premissa B”)

 PREMISSAS NÃO EXCLUDENTES: são aquelas que podem ocorrer simultaneamente. Portanto, nesse caso
o “ou” significa dizer que pelo menos uma das premissas deverá ser verdadeira. Nesse caso o “ou” significa
que pelo menos uma das premissas é verdadeira.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina ou à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F V
F V V
F F F

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro foi à Argentina, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Bolívia.
 Sabendo que ele não foi à Argentina, conclui-se que certamente foi à Bolívia.
 Sabendo que ele foi à Bolívia, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Argentina.
 Sabendo que ele não foi à Bolívia, conclui-se que certamente foi à Argentina.

Observe que, nesse caso, o “ou” significa que Pedro vai a “pelo menos” um desses lugares (nada impede que ele
vá aos dois países).

LINK:
A v B
“Premissa A ou premissa B”

31
@pedroevaristo

DISJUNÇÃO EXCLUDENTE (OU...OU)


A  B (lê-se “Ou premissa A, ou premissa B”)

Quando estamos trabalhando com disjunções, devemos analisar inicialmente se as premissas são excludentes ou
não excludentes.

 PREMISSAS EXCLUDENTES: são aquelas que não podem ocorrer simultaneamente. Portanto, nesse caso o
“ou” significa dizer que exatamente uma das premissas deverá ser verdadeira. Caso seja usado “ou...ou”,
devemos entender que se trata de disjunção excludente.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Felipe nasceu ou em Fortaleza, ou em São Paulo”.
A:”Felipe nasceu em Fortaleza”
B:”Felipe nasceu em São Paulo”

TABELA VERDADE
A B AB
V V F
V F V
F V V
F F F

CONCLUSÕES:
 Sabendo que ele nasceu em Fortaleza, conclui-se que não nasceu em São Paulo.
 Sabendo que ele não nasceu em Fortaleza, conclui-se que nasceu em São Paulo.
 Sabendo que ele nasceu em São Paulo, conclui-se que não nasceu em Fortaleza.
 Sabendo que ele não nasceu em São Paulo, conclui-se que nasceu em Fortaleza.
Observe que na tabela verdade é falso o caso de A e B serem verdade ao mesmo tempo, pois fica claro que
ninguém pode nascer em dois lugares ao mesmo tempo. Então, a afirmação só será verdadeira, se exatamente
um das duas premissas for verdadeira.

LINK:
A v B
“Ou premissa A, ou premissa B”
(Premissas excludentes)

32
@pedroevaristo

CONDICIONAL (SE ... ENTÃO)


A  B (lê-se “Se premissa A, então premissa B”)

Essa condição deixa clara que se a premissa A for verdadeira, então a premissa B será necessariamente
verdadeira também, mas a recíproca não é válida, ou seja, mesmo que A seja falsa nada impede que B seja
verdadeira.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Se Pedro receber dinheiro na sexta-feira então irá à praia no fim de semana”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V V
F F V

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que necessariamente ele foi à praia.
 Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, então ele pode ter ido ou não à praia.
 Sabendo que Pedro foi à praia, então ele pode ter recebido ou não o dinheiro.
 Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que ele necessariamente não recebeu o dinheiro.

Observe que a afirmação só será falsa, se Pedro receber o dinheiro e mesmo assim não for à praia.

LINK:
A  B
“Se premissa A, então premissa B”

Do quadro acima podemos concluir que A  B é


equivalente a
~B  ~A
“Se não for verdadeira a premissa B, então não será
verdadeira a premissa A”

33
@pedroevaristo

BI-CONDICIONAL (SE E SOMENTE SE)


A  B (lê-se “Premissa A, se e somente se a premissa B”)

Nessas condições, fica claro que a premissa A só será verdadeira no caso da premissa B também ser. Fica ainda
implícito que a recíproca é válida, ou seja, a premissa B também só será verdadeira no caso da premissa A
também ser.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro irá à praia no fim de semana, se e somente se ele receber dinheiro na sexta-feira”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
F V F
V F F
F F V

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que certamente foi à praia.
 Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, conclui-se que ele não foi à praia.
 Sabendo que Pedro foi à praia, conclui-se que é porque ele recebeu o dinheiro.
 Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que certamente ele não recebeu o dinheiro.
Observe que a afirmação só será verdadeira, se as duas premissas tiverem o mesmo valor lógico.

LINK:

A  B
“Premissa A, se e somente se Premissa B”

Do quadro acima podemos concluir que A  B é


equivalente a

~A  ~B
“Premissa ~A, se e somente se Premissa ~B”

OBS.:
 A é condição necessária e suficiente para que B
ocorra
 B é condição necessária e suficiente para que A
ocorra

34
@pedroevaristo

NECESSÁRIO x SUFICIENTE
CONDIÇÃO SUFICIENTE: condição máxima que deve ser atendida (basta que A ocorra para B ocorrer)

CONDIÇÃO NECESSÁRIA: condição mínima que deve ser atendida (caso B não ocorra, A não ocorre)

Para um condicional (A  B), temos:


 A é condição suficiente para que B ocorra
 B é condição necessária para que A ocorra
 ~B é condição suficiente para que ~A ocorra
 ~A é condição necessária para que ~B ocorra

RESUMINDO:
Quem está do lado esquerdo do condicional é sempre condição suficiente para quem fica do lado direito.

A  B ~B  ~A
A é SUFIENTE para B ~B é SUFIENTE para ~A

Quem está do lado direito do condicional é sempre condição necessária para quem fica do lado esquerdo.

A  B ~B  ~A
B é NECESSÁRIO para A ~A é NECESSÁRIO para ~B

OBSERVAÇÃO:
No caso do bi-condicional, sabemos que A implica em B e, ao mesmo tempo, B implica em A, logo tanto A quanto
B funcionam simultaneamente como condição necessária e suficiente.

A  B (A  B)  (B  A)
A é NECESSÁRIO e A é SUFICIENTE A é NECESSÁRIO
SUFICIENTE para B para B para B

LINK:

A B
“Se A, então B”

35
@pedroevaristo

TABELA VERDADE
Podemos resumir em uma única tabela verdade todos os conectivos vistos. Dadas as proposições simples A e B,
cujos valores lógicos representaremos por (F) quando falsa e (V) quando verdadeira, temos a tabela simplificada:

TABELA VERDADE
A B AB AB AB AB AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V

Da tabela acima, infere-se (deduz-se) que:


 a conjunção é verdadeira somente quando ambas as proposições são verdadeiras.
 a disjunção é falsa somente quando ambas as proposições são falsas.
 a condicional é falsa somente quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda falsa.
 a bi-condicional é verdadeira somente quando as proposições possuem valores lógicos iguais.

EQUIVALÊNCIAS
Duas proposições são equivalentes quando possuem os mesmos valores lógicos na tabela
verdade, ou ainda, quando podem substituir uma à outra sem perda do sentido lógico. Na tabela ao
lado, quando A é verdade (V) temos que B também é verdade (V) e quando A é falso (F) temos que B
também é falso (F), logo A e B são equivalentes.
O importante nesse caso é não confundir implicação com equivalência. Por exemplo, dizer
que A:“João é rico” implica em dizer que B:“João não é pobre”, no entanto, dizer B:“João não é pobre”
não implica em dizer que A:“João é rico”, portanto A e B não são equivalentes, mas podemos afirmar que A
implica em B (A  B). Por outro lado, se P:”João é honesto” então implica que Q:”João não é desonesto” e de
forma recíproca se Q:”João não é desonesto” então implica que P:”João é honesto”, portanto nesse caso P e Q
são equivalentes pois uma proposição implica na outra (P  Q).
Observe das principais equivalências para proposições compostas:

A B = ~B  ~A

EXEMPLOS:
A  P: “Se João está armado, então será preso”.
~P  ~A: “Se João não foi preso, então ele não está armado”

R  V: “Se Pedro receber dinheiro, então ele viaja”


~V  ~R: “Se Pedro não viajou, então ele não recebeu dinheiro”

~S  C: “Caso não faça sol, ficarei em casa”


~C  S: “Caso não fique em casa, fez sol”

36
@pedroevaristo

LINK:
EQUIVALÊNCIAS:
Algumas formas equivalentes de escrever uma proposição
composta condicional.

SP
“Se fizer sol então vou à praia”
“Se fizer sol, vou à praia”
“Fazer sol implica em ir à praia”
“Fazendo sol, vou à praia”
“Quando fizer sol, vou à praia”
“Sempre que faz sol, vou à praia”
“Toda vez que faz sol, vou à praia”
“Caso faça sol, irei à praia”
“Irei à praia, caso faça sol”
“Fazer sol é condição suficiente para que eu vá à praia”
“Ir à praia é condição necessária para ter feito sol”

S  P  ~P  ~S
“Se não for à praia então não fez sol”
“Não ir à praia é condição suficiente para não ter feito sol”
“Não fazer sol é condição necessária para não ir à praia”

A B = ~A  B
EXEMPLOS:
A  P: “Se João está armado, então será preso”.
~A  P: “João não está armado ou será preso”

~S  C: “Caso não faça sol, ficarei em casa”


S  C: “Faz sol ou fico em casa”

A B = B  A = (A B)  (B  A)

EXEMPLOS:
S  P: “Se e somente se fizer sol, então irei à praia”
P  S: “Se e somente se for à praia, então fez sol”
(S  P)(P  S): “Se fizer sol, irei à praia e se for a praia, fez sol”

V  R: “Viajo se e somente se receber dinheiro”


(R  V)(V  R): “Se receber dinheiro, viajo e se viajar, recebi”

P  E: “Passo se e somente se estudar”


(P  E)(E  P): “Se passar, estudei e se estudei, passei”

37
@pedroevaristo

A  B = (A  B)  (~A  ~B)

EXEMPLOS:
V  R: “Viajo se e somente se receber dinheiro”
(R  V)(~R  ~V): “Ou recebo dinheiro e viajo, ou não recebo e não viajo”

P  E: “Passo se e somente se estudar”


(E  P)(~E  ~P): “Ou estudo e passo, ou não estudo e não passo”

NEGAÇÕES (~) ou ()


A negação de uma proposição (A) é outra proposição (~A) que possui sempre valor lógico
contrário, ou seja, sempre que A for verdadeiro então ~A é falso e quando A for falso então ~A é
verdadeiro. Observe na tabela ao lado que as proposições A e B possuem sempre valores lógicos
contrários, pois sempre que A é verdade (V) temos que B será falso (F) e quando A é falso (F) temos
que B será verdadeiro (V), logo A é a negação de B.
É comum o aluno confundir antônimo com negação! Mas cuidado, são coisas diferentes. Por
exemplo, “rico” e “pobre” são antônimos, mas “João é pobre” não é a negação de “João é rico”, afinal se João não
for rico não quer dizer que seja pobre, quer dizer apenas que “João não rico”. Mas existe caso em que o antônimo
é a negação, tais como: culpado e inocente, honesto e desonesto, vivo e morto, dentre outros.

EXEMPLOS DE NEGAÇÕES
 A: “Aline é bonita”  ~A: ”Aline não é bonita”
(o fato dela “não ser bonita” não significa que “ela é feia”)

 B: “Kleyton é alto”  ~B: ”Kleyton não é alto”


(o fato dele “não ser alto” não significa que “ele é baixo”)

 C: “Daniel é magro”  ~C: “Daniel não é magro”


(o fato dele “não ser magro” não significa que “ele é gordo”)

 E: “Carol foi aprovada”  ~D: “Carol foi reprovada”


(nesse caso, reprovado significa não aprovado)

 F: “Lia é culpada”  ~F: “Lia é inocente”


(nesse caso, inocente significa não culpado)

LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN


Todas as propriedades a seguir podem ser verificadas com a construção das tabelas verdades.

~(A  B) = ~A  ~B

A conjunção só é verdade se as duas proposições forem verdades, portanto se não é verdade (A  B) é por que
pelo menos uma das proposições é falsa (não precisa que as duas sejam falsas).

TABELA VERDADE
A B A  B ~(A  B) ~A ~B ~A  ~B
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V

38
@pedroevaristo
EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "Carol estuda e aprende"?
A negação é "Carol não estuda ou não aprende".

EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Ribamar é cearense e é bancário”?
Equivale a “Ribamar não é cearense ou não é bancário”.

~(A  B) = ~A  ~B

A disjunção não-excludente é verdade se pelo menos uma das duas proposições for verdadeira, portanto se não é
verdade (A  B) é por que as proposições têm que ser falsas.

TABELA VERDADE
A B A  B ~(A  B) ~A ~B ~A  ~B
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "O Brasil é um país ou a Bahia é um estado"?
A negação é "O Brasil não é um país e a Bahia não é um estado".

EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Rosélia foi à praia ou ao cinema”?
Equivale a “Rosélia não foi à praia e não foi ao cinema”

~(A  B) = A  ~B

O condicional (A  B) só é falso se A for verdade e que B for falso, portanto se não é verdade (A  B) é por que
as proposições A e ~B têm que ser verdadeiras.

TABELA VERDADE
A B A  B ~(A  B) A ~B A  ~B
V V V F V F F
V F F V V V V
F V V F F F F
F F V F F V F

EXEMPLO:
Qual a negação da proposição: "Se Maria estuda então aprende"?
A negação procurada é: "Maria estuda e não aprende"

EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que se Milena receber dinheiro então viajará”?
Equivale a “Milena recebe dinheiro e não viaja”.

39
@pedroevaristo

LINK:
EQUIVALÊNCIAS NEGAÇÕES
A  B = (A  B) v (~A  ~B) ~(A  B) = ~A v ~B
A  B = (A  B)  (B  A) ~(A v B) = ~A  ~B
AB=BA ~(A v B) = (A  B) v (~A  ~B)
A  B = ~B  ~A ~(A v B) = A  B
A  B = ~(A  ~B) = ~A v B ~(A  B) = A v B
A = ~(~A) ~(A  B) = A  ~B

LINK:

TAUTOLOGIA
Como vimos anteriormente, uma proposição composta é uma tautologia quando é inevitavelmente
verdadeira. Para provar que essa proposição é uma tautologia podemos usar dois métodos:
 construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre verdade (V) para todas as
combinações de V e F das proposições simples usadas na sua elaboração;
 tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne falsa (F), caso isso
não seja possível deduz-se que é uma tautologia e portanto inevitavelmente verdadeira (V).
EXEMPLO:
P  ~P: “João é honesto ou desonesto”
(Obrigatoriamente VERDADEIRA)

CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta é uma contradição quando é inevitavelmente falsa. Para provar que essa
proposição é uma contradição podemos usar dois métodos:
 construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre falsa (F) para todas as combinações
de V e F das proposições simples usadas na sua elaboração;
 tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne verdadeira (V), caso
isso não seja possível deduz-se que é uma contradição e portanto inevitavelmente falsa (F).
EXEMPLO:
Q  ~Q: “Maria é culpada, mas é inocente”
(Obrigatoriamente FALSO)

CONTINGÊNCIA
Uma proposição composta é uma contingência quando depende do contingente de proposições simples
usadas na sua elaboração, para poder ser V ou F.
EXEMPLO:
A  B: “João é rico e Maria é bonita”
(Dependendo da outras proposições pode ser VERDADE ou FALSO)

40
@pedroevaristo

EXEMPLO

01. Dadas às proposições simples:


 A: “Sophia é arquiteta”
 B: “Sophia gosta de viajar”
 C: “Sophia é feliz”
Traduza para a linguagem natural às proposições dadas a seguir, de acordo com a simbologia.

a) ~A: “Sophia não é arquiteta”

b) ~(~A): “Não é verdade que Sophia não é arquiteta”

c) ~B: “Sophia não gosta de viajar”

d) A B: “Sophia é arquiteta e gosta de viajar”

e) A B: “Sophia é arquiteta ou gosta de viajar”

f) A B: “Ou Sophia é arquiteta, ou Sophia gosta de viajar”

g) ~A B: “Sophia não é arquiteta ou gosta de viajar”

h) A ~B: “Sophia é arquiteta ou não gosta de viajar”

i) ~(A B): “Não é verdade que Sophia é arquiteta ou gosta de viajar”

j) A  B: “Se Sophia é arquiteta então gosta de viajar”

k) A  B: “Se e somente se Sophia é arquiteta então gosta de viajar”

l) ~A  B: “Se Sophia não é arquiteta então gosta de viajar”

m) ~(A  B): “Não é verdade que se Sophia é arquiteta, gosta de viajar”

n) (A B)  C: “Se Sophia é arquiteta e gosta de viajar, então é feliz”

o) A  (B C): “Se Sophia é arquiteta, então gosta de viajar e é feliz”

p) ~A  (B C): “Se Sophia não é arquiteta, gosta de viajar ou é feliz”

02. Dadas às proposições simples:


 A: “Daniel é rico”
 B: “Daniel é honesto”
Passe da linguagem natural para a linguagem simbólica, às proposições compostas dadas a seguir.
a) “Daniel é rico, mas é honesto”: A  B

b) “Daniel não é rico, mas é honesto”: ~A  B

c) “Daniel é rico, mas é desonesto”: A  ~B

d) “Não é verdade que Daniel é rico e é honesto”: ~(A  B)

e) “Daniel é rico ou é honesto”: A  B

f) “Daniel não é rico ou é honesto”: ~A  B

g) “Não é verdade que Daniel é rico ou é honesto”: ~(A  B)

h) “Se Daniel é rico, então ele é honesto”: A  B

i) “Se Daniel é rico, então ele é desonesto”: A  ~B

41
@pedroevaristo

j) “Se Daniel não é rico, então ele é honesto”: ~A  B

k) “Não é verdade que se Daniel é rico, então ele é honesto”: ~(AB)


l) “Daniel é rico se e somente se ele é honesto”: A  B

03. Dadas das proposições simples A: “Felipe é piloto” e B: “Diego é tenista”, responda as questões a seguir.

TABELA VERDADE
A B AB AB AB AB AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V

a) Qual uma proposição equivalente a AB: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?

RESPOSTA:
Existem várias formas de equivalência, dentre ela a mais usada é
~B~A: “Se Diego não é tenista, então Felipe não é piloto”
Mas também pode ser dada por
AB: “Felipe ser piloto é condição suficiente para Diego ser tenista”
Ou ainda
AB: “Diego ser tenista é condição necessária para Felipe ser piloto”

b) Qual uma possível negação de AB: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?

RESPOSTA:
Uma possibilidade é
~(AB): “Não é verdade que se Felipe é piloto, então Diego é tenista”
Ou seja, como não é verdade, temos que
A~B: “Felipe é piloto, mas Diego não é tenista”

c) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto e Diego é tenista”?

RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que Felipe é piloto e Diego é tenista”
Ou ainda
(~A~B): “Felipe não é piloto ou Diego não é tenista”

d) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto ou Diego é tenista”?

RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que Felipe é piloto ou Diego é tenista”
Logo
(~A~B): “Felipe não é piloto e Diego não é tenista”
Ou ainda
(~A~B): “Nem Felipe é piloto, nem Diego é tenista”

e) Qual a negação de AB: “Ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista”?

RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista”
Logo, para que AB não seja verdade, temos que:
(AB)(~A~B): “Ou Felipe é piloto e Diego é tenista, ou Felipe não é piloto e Diego não é tenista”

42
@pedroevaristo
f) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto, se e somente se Diego é tenista”?
RESPOSTA:
Lembre-se que o bi-condicional só é verdade quando as duas proposições forem verdade ou as duas forem falsas.
(AB)(~A~B): “Ou Felipe é piloto e Diego é tenista, ou Felipe não é piloto e Diego não é tenista”
Logo, para que AB não seja verdade, temos que:
~(AB) = (AB): “Ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista
04. Aponte a negação da proposição “Ribamar é advogado ou é inocente”.
a) Ribamar é advogado e é inocente
b) Não é verdade que Ribamar é advogado e é inocente
c) Ribamar não é advogado e é culpado
d) Ribamar não é advogado ou é culpado
SOLUÇÃO:
Sendo AB: “Ribamar é advogado ou é inocente”, então sua negação pode ser dada por ~(AB): “Não é verdade
que Ribamar é advogado ou é inocente”, ou ainda por ~A~B: “Ribamar não é advogado e é culpado”. (lembre-se
que na disjunção “ou” pelo menos uma das proposições tem que ser verdadeira)

05. (FJPF) Todos acreditam que: “Cão que late, não morde”. Considerando verdadeira essa afirmação, então
pode-se concluir que:
a) Um cão pode latir e mesmo assim me morder.
b) Se um cão não latir irá morder.
c) Se um cão não morder é por que ele latiu.
d) Se um animal latir e morder, ele não é um cão.
e) Todos os animais que não mordem são cães.
SOLUÇÃO:
Sabe-se que “todo cão que late, não morde”, então se um “animal” latir e mesmo assim morder, esse “animal” não
pode ser um cão, pois “se um cão latir, não irá morder”.
OBS.: O fato é que tendemos a pensar que apenas o cão é capaz de latir, mas o “animal” em questão pode ser,
por exemplo, uma pessoa imitando um cão e a mordida pode ser de brincadeira. Se atenha a estrutura lógica e
não ao enredo da história.
06. Aponte o item abaixo que mostra a negação de “Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”.
a) Não é verdade que Nívia viaja para Paraíba e compra uma geladeira
b) Nívia não viaja para Paraíba ou não compra uma geladeira
c) Nívia não viaja para Paraíba e não compra uma geladeira
d) Nívia viaja para Paraíba e compra uma geladeira
e) Nívia não viaja para Paraíba e compra uma geladeira
SOLUÇÃO:
Sabemos que a negação de A  B é
~(A  B) = ~A  ~B

Portanto, as possíveis negações para “Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”, são
~(A  B): “Não é verdade que Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”
Ou então
~A  ~B: “Nívia não viaja para Paraíba e não compra uma geladeira”
07. Dada a proposição “Jogarei futebol no domingo, caso compre uma bola”, então julgue os itens e aponte o
ERRADO.
a) Comprar é condição suficiente para eu jogar.
b) Jogar é condição necessária para que eu tenha comprado.
c) Não comprar é condição necessária para eu não jogue.
d) Não jogar é condição suficiente para que eu não tenha comprado.
e) Comprar é condição necessária e suficiente para eu jogar.
SOLUÇÃO:
Cuidado com orações invertidas, elas costumam confundir.
A proposição “Jogarei futebol no domingo, caso compre uma bola” equivale a proposição:
C  J: “Se eu comprar uma bola, então jogarei futebol no domingo”
Portanto, podemos afirmar que:
 Comprar uma bola é condição suficiente para eu jogar futebol no domingo.

43
@pedroevaristo
 Jogar futebol no domingo é condição necessária para que eu tenha comprado uma bola.
Como essa proposição também é equivalente a
~J  ~C: “Se eu não jogar futebol no domingo, então não comprei uma bola”, temos:
 Não comprar uma bola é condição necessária para eu não jogue futebol no domingo.
 Não jogar futebol no domingo é condição suficiente para que eu não tenha comprado uma bola.
Dessa forma, temos que o único item incorreto é o item E.
08. Sabendo que “Chover em Guaramiranga é condição suficiente para fazer frio”, podemos logicamente concluir
que a única afirmação falsa é:
a) Se chover em Guaramiranga então fará frio.
b) Se não fizer frio em Guaramiranga é por que não choveu.
c) choveu em Guaramiranga e não fez frio.
d) Sempre que chove em Guaramiranga, faz frio.
e) Faz frio em Guaramiranga é condição necessária para chover.
SOLUÇÃO:
A  B : “Se chover em Guaramiranga então faz frio”
Portanto, sua negação será
~(A  B) = A  ~B
Ou ainda
~(A  B): “Não é verdade que se chover em Guaramiranga então faz frio”
Que por sua vez equivale a
A  ~B: “Choveu em Guaramiranga e não fez frio”

09. Sabendo que “Sempre que um parlamentar é bom um bom político, ele é honesto” e “Se um parlamentar é
honesto, ele é um bom político”. Então, de acordo com essas afirmações, podemos dizer que:
a) Os políticos são sempre honestos
b) Toda pessoa honesta é político
c) Se e somente se um parlamentar for honesto, será um bom político.
d) Todo parlamentar é bom político e honesto
e) Se e somente se uma pessoa for honesta, será um parlamentar.
SOLUÇÃO:
Observe a equivalência a seguir
(A  B)  (B  A) = A  B
A situação dada é bi-condicional, logo
“Se somente se um parlamentar for honesto, será um bom político”

10. (FCC) Do ponto de vista lógico, se for verdadeira a proposição condicional “se eu ganhar na loteria, então
comprarei uma casa”, necessariamente será verdadeira a proposição:
a) se eu não ganhar na loteria, então não comprarei uma casa.
b) se eu não comprar uma casa, então não ganhei na loteria.
c) se eu comprar uma casa, então terei ganho na loteria;
d) só comprarei uma casa se ganhar na loteria.
e) só ganharei na loteria quando decidir comprar uma casa.
SOLUÇÃO:
Dada a equivalência A  B = ~B  ~A, então:
“Se ganhar então compro”  “Se não comprar então não ganhei”

11. (ESAF) A afirmação: “João não chegou ou Maria está atrasada” equivale logicamente a:
a) Se João não chegou, Maria está atrasada.
b) João chegou e Maria não está atrasada.
c) Se João chegou, Maria não está atrasada.
d) Se João chegou, Maria está atrasada.
e) João chegou ou Maria não está atrasada.
SOLUÇÃO:
Antes de resolvermos, é de fundamental importância saber as seguintes equivalências:
Sabemos que a negação de AB é dada por
~(AB) = A  ~B
Logo, temos a equivalência:
AB = ~(A  ~B)

44
@pedroevaristo
Ou seja,
AB = ~A  B
Portanto,
~C  A : “João não chegou ou Maria está atrasada”
Equivale a
CA : “Se João chegou, então Maria está atrasada”

12. Aponte uma sentença logicamente equivalente ao condicional “Se João está armado, então será preso”.
a) João está armado e será preso.
b) João está armado e não será preso.
c) João está armado ou será preso.
d) João não está armado ou será preso.
e) João está armado ou não será preso.

SOLUÇÃO:
Existe uma forma de equivalência especial para o condicional. Para que o condicional seja verdadeiro basta negar
o antecedente ou confirmar o consequente, dessa forma temos que:
A  B = ~A v B
Portanto, a proposição
A  B: “Se João está armado, então será preso”
pode ser logicamente escrita como
~A v B: “João não está armado ou será preso”.

13. Dentre os itens a seguir, aponte aquele que a proposição condicional “Caso não faça sol, ficarei em casa”.
a) Faz sol ou não fico em casa.
b) Não Faz sol ou fico em casa
c) Faz sol ou fico em casa.
d) Faz sol, mas fico em casa.
e) Nem faz sol, nem fico em casa.

SOLUÇÃO:
Como vimos anteriormente, o condicional é verdadeiro quando negamos o antecedente ou confirmamos o
consequente, dessa forma temos:
~S  C = S v C
Portanto, a proposição
~S  C: “Caso não faça sol, ficarei em casa”
pode ser logicamente escrita como
S v C: “Faz sol ou fico em casa”.

LINK:
PROVANDO A EQUIVALÊNCIA
A negação do condicional é dada por
~(A  B) = (A  ~B)
Sabendo que ~P = Q implica em P = ~Q, então teremos:
(A  B) = ~(A  ~B)
Portanto
A  B = ~A v B

VERIFICAÇÃO PELA TABELA VERDADE

A B AB ~A B ~A  B
V V V F V V
V F F F F F
F V V V V V
F F V V F V

45
@pedroevaristo
14. Dizer que: "André não é artista ou Bernardo é engenheiro" é logicamente equivalente a dizer que:
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.
b) Se André é artista, então Bernardo é engenheiro.
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro.

SOLUÇÃO:
Uma vez que sabemos a equivalência
A  B = ~A v B
Temos então que a proposição dada
~A v B: “André não é artista ou Bernardo é engenheiro”
Será equivalente a proposição condicional
A  B: “Se André é artista, então Bernardo é engenheiro”

46
@pedroevaristo

EXERCÍCIOS
01. Os conectivos ou operadores lógicos são palavras ANOTAÇÕES:
(da linguagem comum) ou símbolos (da linguagem
formal) utilizados para conectar proposições de
acordo com regra s formais preestabelecidas.
Assinale a alternativa que apresenta exemplos de
conjunção, disjunção, negação e implicação,
respectivamente.
a) p, pq, pq, pq
b) pq, pq, p, pq
c) pq, pq, p, pq
d) pp, pq, q, pq

02. Aponte a afirmação equivalente à “Não é verdade


que Beatriz não é bonita”.
a) “Beatriz é feia”
b) “Beatriz é bonita”
c) “Beatriz não é feia”
d) “É verdade que Beatriz não é bonita”
e) “É verdade que Beatriz não é feia”

03. Sendo A e B proposições simples, são dadas as


seguintes proposições compostas:
I. A  B
II. ~(A  B)
III. ~A  ~B
IV. ~(A  B)
Podemos afirmar que as proposições equivalentes a
negação de (A  B), são:
a) somente I e II
b) somente II e III
c) somente III e IV
d) somente I e IV

04. Qual a negação da afirmação “Pedro gosta de


lógica e informática”?
a) “Além de Pedro não gostar de lógica, ele também
não gosta de informática”
b) “Pedro odeia lógica e informática”
c) “Pedro não gosta de lógica ou não gosta de
informática”
d) “Pedro nem gosta de lógica, nem de informática”
e) “Ou Pedro gosta de lógica ou de informática”

05. (CESGRANRIO) Qual é a negação da proposição


“Alguma lâmpada está acesa e todas as portas estão
fechadas”?
a) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta
está aberta.
b) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma
porta está aberta.
c) Nenhuma lâmpada está acesa e pelo menos uma
porta está aberta.
d) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta
está aberta.
e) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas
estão abertas.

47
@pedroevaristo
06. Dadas A e B proposições simples, observe as ANOTAÇÕES:
seguintes proposições compostas:
I. A  B
II. ~(A  B)
III. ~A  ~B
IV. ~A  ~B
Dentre elas, aponte aquelas que equivalem a negação
de (A  B).
a) somente I e II
b) somente II e III
c) somente II e IV
d) somente I e IV

07. Aponte o item abaixo que mostra uma negação de


“Rosélia viaja para Londres ou Milena viaja para
Paris”.
a) Não é verdade que Rosélia viaja para Londres e
Milena viaja para Paris.
b) Rosélia não viaja para Londres ou Milena não viaja
para Paris.
c) Nem Rosélia viaja para Londres, nem Milena viaja
para Paris.
d) Tanto Rosélia viaja para Londres, quanto Milena
viaja para Paris.

08. Qual dos itens a seguir pode representar a


negação do condicional (A  B)?
a) B  A
b) ~B  ~A
c) ~A  B
d) A  ~B

09. Aponte a negação da proposição “Toda vez que


chove, molha minha garagem”.
a) Se chove então não molha minha garagem.
b) Se a garagem está molhada, então choveu.
c) Se a garagem não está molhada, então não
choveu.
d) Chove, mas não molha minha garagem.

10. (FCC) A negação da sentença "Se João está


armado, então será preso" é:
a) Se João não está armado, então não será preso.
b) Se João foi preso, então estava armado.
c) João não está armado, mas foi preso.
d) João está armado, mas não será preso.
e) João não está armado ou será preso.

11. A negação da sentença "Se o treinamento é difícil,


então o combate é fácil" é:
a) Se o treinamento é fácil, então o combate é difícil.
b) Se o combate é difícil, então o treinamento é fácil.
c) O treinamento é difícil e o combate não é fácil.
d) O treinamento não é difícil e o combate é fácil..
e) O treinamento é difícil ou o combate é fácil..

12. Qual dos itens a seguir pode representar uma


equivalência do condicional (A  B)?
a) ~A  ~B
b) ~B  ~A
c) B  A
d) A  ~B

48
@pedroevaristo

ANOTAÇÕES:
13. Aponte a sentença que equivale a “Se o cão late,
então o gato mia”.
a) Se o cão não late, então o gato não mia.
b) Se o gato mia, então o cão late.
c) Se o cão não mia, então o gato não late.
d) Se o gato não mia, então o cão não late.

14. Duas grandezas x e y são tais que: “se x=3, então


y=7”. A partir disto pode-se concluir que:
a) Se x3, então y7.
b) Se y=7, então x=3.
c) Se y7, então x3.
d) Se x=5, então y=5.

15. Considere a proposição composta “Se o mês tem


31 dias, então não é setembro”. A proposição
composta equivalente é
a) “O mês tem 31 dias e não é setembro”.
b) “O mês tem 30 dias e é setembro”.
c) “Se é setembro, então o mês não tem 31 dias”.
d) “Se é setembro, então o mês tem 30 dias”.
e) “Se o mês não tem 31 dias, então não é setembro”.

16. Se o sino da igreja toca e minha avó o escuta,


então minha avó vai para a igreja. Uma afirmação
equivalente a essa, do ponto de vista lógico, é:
a) Se minha avó não vai para a igreja, então o sino da
igreja não toca ou minha avó não o escuta.
b) Se minha avó não o escuta, então o sino da igreja
não toca e minha avó não vai para a igreja.
c) Minha avó não o escuta ou o sino da igreja toca ou
minha avó vai para a igreja.
d) Se o sino da igreja toca e minha avó vai para a
igreja, então minha avó o escuta.
e) Se o sino da igreja não toca ou minha avó não o
escuta, então minha avó não vai para a igreja.

49
@pedroevaristo

ANOTAÇÕES:
CERTO OU ERRADO
(CESPE) Considerando e A, B e C sejam proposições,
que os símbolos  e  representam os conectivos “ou”
e “e”, respectivamente, e que o símbolo ¬ denota o
modificador negação, julgue os itens a seguir.

17. A proposição ¬(AB) é equivalente à proposição


(¬A)(¬B).

18. A negação da proposição (AB) é equivalente à


proposição (¬A¬B).

19. As proposições A  B e (¬B)  (¬A) têm a mesma


tabela verdade.

20. A negação da proposição A  B pode ser dada


por (¬B  A).

21. Podemos dizer que a proposição ¬A  B é uma


possível equivalência do condicional A  B.

(CESPE) Julgue os itens seguintes.

22. A proposição “Max e Luíza viajaram para Europa”


é um exemplo de proposição simples.

23. A proposição “Max viajou para Madri e Luíza viajou


para Lisboa” é um exemplo de proposição composta
formada por duas proposições simples relacionadas
por um conectivo de conjunção.

24. Se A é a proposição “Max viajou para Madri e


Luíza viajou para Lisboa”, então a proposição ¬A
estará corretamente escrita como: “Max não viajou
para Madri ou Luíza não viajou para Lisboa”.

25. Se a proposição “Daniel é sargento ou Pedro é


Tenente” é falsa, então a proposição “Daniel não é
sargento e Pedro não é Tenente” será verdadeira.

26. A negação da proposição “Se houver corrupção,


os níveis de violência crescerão” é equivalente a “Há
corrupção, mas os níveis de violência não crescerão”.

27. O condicional “Se houver corrupção, os níveis de


violência crescerão” é equivalente a “Se os níveis de
violência não crescem, então não há corrupção”.

28. Na sentença “Caso João esteja armado, será


preso”, podemos afirmar que “João está armado é
condição suficiente para que ele seja preso”.

29. A sentença "Se João está armado, então será


preso" pode ser escrita como a disjunção “João não
está armado ou será preso”.

50
@pedroevaristo
(CESPE) Considere que as letras P, Q, R e S ANOTAÇÕES:
representam proposições e que os símbolos , ,  e
 são operadores lógicos que constroem novas
proposições e significam “não”, “e”, “ou” e “se...então”
respectivamente. Na lógica proposicional, cada
proposição assume um único valor (valor-verdade)
que pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca
ambos. Considerando que P, Q, R e S são
proposições verdadeiras, julgue os itens seguintes.
30. P  Q é verdadeira.

31. [(P  Q)  (R  S)] é verdadeira.

32. [P  (Q  S)]  [(R  Q)  (P  S)] é verdadeira.

33. (P  (S))  (Q  (R)) é falsa.

34. (P  S)  (Q  R) é falsa.

35. [P  (QS)]  [(RQ)  (PS)] é verdadeira.

(CESPE) Julgue os itens a seguir, acerca da


construção de tabelas-verdade.

36. A proposição composta (A~B)(~ABC),


possui 8 linhas da tabela verdade.

37. A tabela-verdade da proposição composta


(P(¬Q))  (Q(¬R)) tem 16 linhas.

38. Se a expressão lógica envolvendo R e T for


(RT)  R, a tabela-verdade correspondente será a
seguinte.
R T RT (RT)  R
V V V
V F F
F V V
F F F

39. Se a expressão lógica envolvendo R e T for (RT)


 (¬R), a tabela-verdade correspondente será a
seguinte.
R T RT ¬R (RT)  ¬R
V V V
V F F
F V V
F F V

40. A proposição composta (RT)  R é equivalente


a conjunção (RT).

41. As proposições RT e (RT)  ¬R têm a mesma


tabela verdade.

51
@pedroevaristo
(CESPE) Considerando que P, Q e R sejam ANOTAÇÕES:
proposições e que , ,  e  sejam os conectores
lógicos que representam, respectivamente, “e”, “ou”,
“negação” e o “conectivo condicional”. Julgue os itens
a seguir.

42. Podemos afirmar que a proposição ¬PP é uma


tautologia.

43. A proposição composta P(PQ) é sempre


verdadeira, independente da valoração V ou F
atribuída às proposições simples P e Q.

44. Podemos afirmar que a proposição P  (Q¬P) é


uma tautologia.

45. A proposição composta (P  Q)  (P  R) é uma


tautologia.

46. Independentemente da valoração V ou F atribuída


à proposição P, é correto concluir que a proposição
¬PP é sempre F.

47. A proposição ¬[(PQ)R]  [(PQ)R] é uma


contradição.

48. A proposição composta (PQ)(PQ) é sempre


falsa, independente da valoração V ou F atribuída às
proposições simples P e Q.

GABARITO
01. B 11. C 21. C 31. E 41. C
02. B 12. B 22. C 32. C 42. C
03. C 13. D 23. C 33. E 43. C
04. C 14. C 24. C 34. C 44. C
05. B 15. C 25. C 35. C 45. E
06. C 16. A 26. C 36. C 46. C
07. C 17. C 27. C 37. E 47. C
08. D 18. C 28. C 38. E 48. E
09. D 19. C 29. C 39. C
10. D 20. C 30. C 40. C

52
CAPÍTULO 4
ARGUMENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
A análise de um conjunto de proposições requer conhecimento da álgebra das proposições visto nas aulas
anteriores, sobretudo os “links” apresentados para cada conectivo estudado: “ou” , “ou...ou” , “e” , “se...então”
 e “se e somente se” .
Tudo consiste em organizar as proposições (de preferência usando linguagem simbólica), localizar um
ponto de partida através de uma proposição simples dada (ou de uma hipótese) e a partir daí, através de um
“efeito dominó”, deduzir todos os valores lógicos (V ou F) das outras proposições simples, admitindo que todas as
proposições compostas são verdadeiras.

INFERÊNCIA
A Inferência vem do latim inferre. Inferir é o mesmo que deduzir. Na lógica de argumentação, inferência é
a passagem, através de regras válidas, do antecedente ao conseqüente de um argumento.
Portanto, a inferência é um processo pelo qual se chega a uma proposição conclusiva, a partir de uma ou
outras mais proposições consideradas verdadeiras.

PREMISSA
As premissas são proposições (simples ou composta) que tomadas como verdadeiras, levam a uma
conclusão. Numa raciocínio lógico válido, as premissas são os juízos que precedem à conclusão e dos quais ela
decorre como conseqüente necessária - antecedentes - de que se infere a conseqüência.
Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o menor (sujeito da conclusão) são comparados
com o termo médio e assim temos premissa maior e premissa menor segundo a extensão dos seus termos.
O silogismo é estruturado do seguinte modo:
 Todo homem é mortal (premissa maior)
– homem é o sujeito lógico, e fica à frente da cópula;
– é representa a cópula, isto é, o verbo que exprime a relação entre sujeito e predicado;
– mortal é o predicado lógico, e fica após a cópula.
 Pitágoras é homem (premissa menor)
 Pitágoras é mortal (conclusão)

Podemos então dizer que as premissas são as proposições que, em uma argumentação, precedem a
conclusão.

53
CONCLUSÃO

A conclusão de um argumento válido é aquela que se chega a partir de proposições dadas nesse
argumento. Essas outras proposições que antecedem a conclusão, que são tomadas como verdadeiras para
afirmar a conclusão, são as premissas desse argumento.
É possível partir de premissas falsas e se concluir algo falso, pois na argumentação devemos tomar as
proposições dadas como verdade, mesmo que não sejam, e isso nos leva a uma conclusão, que até pode ser uma
mentira, mas não invalida o argumento.

ARGUMENTO VÁLIDO
Argumento é uma linha de raciocínio utilizada em um debate para defesa de um ponto de vista. O
argumento é o elemento básico para a fundamentação de uma teoria.
Um argumento envolve, no mínimo, duas proposições: uma premissa (ou mais) e uma conclusão. Para se
distinguir um argumento válido de um inválido é preciso, antes de mais, reconhecer quando os argumentos
ocorrem e identificar as suas premissas e conclusões.
Um argumento é dito válido quando tomadas como verdadeiras as premissas, chega-se a uma conclusão.
Mas sem criar contradições ou declarações erradas.

EXEMPLO:
“Todo homem é mortal”
PREMISSAS
“João é um homem” ARGUMENTO
VÁLIDO
CONCLUSÃO
“João é mortal”

EXEMPLO:
“Se eu receber dinheiro, viajo”
“Se eu viajar, fico feliz” PREMISSAS
ARGUMENTO
“Recebi dinheiro” VÁLIDO

“Então estou feliz” CONCLUSÃO

54
EXEMPLO:
“Leo é arquiteto ou bancário”
PREMISSAS
“Leo não é bancário” ARGUMENTO
VÁLIDO
CONCLUSÃO
“Leo é arquiteto”

EXEMPLO:
“Recebendo o seguro, compro a moto”
PREMISSAS
“Comprando a moto, viajo”

“Se receber o seguro, então viajo” CONCLUSÃO

ARGUMENTO INVÁLIDO

Um argumento é dito inválido quando tomadas como verdadeiras as premissas cria-se uma contradição ou
declara-se um conclusão errada.

EXEMPLO:
“Física é uma ciência exata”
PREMISSAS
“Matemática é uma ciência exata”
CONCLUSÃO
“Então a Matemática é um ramo da Física” ERRADA

EXEMPLO:
“Se fizer sol, irei à praia”
PREMISSAS
“Fui à praia”
CONCLUSÃO
“Então fez sol” ERRADA

55
EXEMPLO:
“Todo homem é mortal”
PREMISSAS
“João é mortal”
CONCLUSÃO
“João é um homem” ERRADA

EXEMPLO:
“Se João é honesto, ele é inocente”
PREMISSAS
“João é honesto, mas é culpado”
CONTRADIÇÃO
“Então João é culpado e inocente”

DEDUÇÃO

Raciocinar dedutivamente, é partir de premissas gerais, em busca de uma verdade particular.


Exemplo:
 O Ser humano é imperfeito;
 Eu sou um ser humano;
 Logo, eu sou imperfeito;
Exemplo:
 Todo mamífero tem um coração;
 Todos os cavalos são mamíferos;
 Logo, todos os cavalos têm coração;

INDUÇÃO

Os “indutivistas” acreditavam que as explicações para os fenômenos advinham unicamente da observação


dos fatos. Então, raciocinar indutivamente é partir de premissas particulares, na busca de uma lei geral, universal.
EXEMPLO:
Sabe-se que:
 O ferro conduz eletricidade
 O ferro é metal
 O ouro conduz eletricidade
 O ouro é metal
 O cobre conduz eletricidade
 O cobre é metal
Logo os metais conduzem eletricidade.
EXEMPLO:
 Todos os cavalos até hoje observados tinham um coração;
 Logo, todos os cavalos tem um coração;
O princípio de indução não pode ser uma verdade lógica pura, tal como uma tautologia ou um enunciado
analítico, pois se houvesse um princípio puramente lógico de indução, simplesmente não haveria problema de
indução, uma vez, que neste caso todas as inferências indutivas teriam de ser tomadas como transformações
lógicas ou tautológicas, exatamente como as inferências no campo da Lógica Dedutiva.

56
EXEMPLO
01. Dadas as seguintes premissas
 Caso não chova no fim de semana, irei a praia
 Quando vou à praia, como caranguejo
 Sempre que como caranguejo, tomo refrigerante
 Esse fim de semana não choveu
Então a conclusão será que nesse fim de semana
a) Comi caranguejo e tomei refrigerante
b) Não comi caranguejo e tomei refrigerante
c) Comi caranguejo e não tomei refrigerante
d) Não comi caranguejo e não tomei refrigerante

SOLUÇÃO:
Representando por siglas as proposições, torna-se mais fácil a representação simbólica.
CH: "Chover no fim de semana"
P: "Irei a praia"
CC: "Comer caranguejo"
R: "Tomar refrigerante"
Então, do enunciado, podemos escrever as proposições em linguagem simbólica da seguinte forma:
~CH  P

P  CC

CC  R

~CH

Partindo da proposição simples "Não choveu no fim de semana" (~CH), segue por “efeito dominó” a seqüência
conclusiva representada pelas setas.

~CH  P
V 2 V
3
P  CC
V 4 V
1 5
CC  R
V 6 V

~CH
V

57
03. Um advogado usou as proposições a seguir, para argumentar a inocência de seu cliente.
 Se João não estava na cidade então ele é inocente
 Se João estava na cidade então almoçou na casa da mãe no domingo
 Ou João almoçou na casa da mãe no domingo, ou visitou Ana na cidade vizinha
 Se e somente se João recebeu dinheiro na sexta-feira, visitou Ana na cidade vizinha
 De acordo com seu extrato, João recebeu dinheiro na sexta-feira
Tomando como verdadeiras todas as proposições, o júri concluiu que:
a) João é inocente e não visitou Ana
b) João é inocente e visitou Ana
c) João é culpado e não visitou Ana
d) João é culpado e visitou Ana
e) O júri não conseguiu chegar a uma conclusão

SOLUÇÃO:
Sejam
JC: "João estava na cidade "
I: "Inocente"
AM: "almoçou com a mãe"
VA: " visitou Ana"
RD: "Recebeu dinheiro"
Então, do enunciado, podemos escrever as proposições em linguagem simbólica da seguinte forma:
~JC  I

JC  AM

AM  VA

RD  VA

RD

Partindo da proposição simples "João recebeu dinheiro" (RD), segue por “efeito dominó” a seqüência conclusiva
representada pelas setas.

~JC  I EFEITO DOMINÓ:


V 8
V
1. Transferindo a informação inicial;
7
JC  AM 2. Como ele recebeu dinheiro, tem que ter ido visitar Ana;
6
F F 3. Transferindo essa informação;
5
4. No “ou...ou”, somente uma das afirmações é verdadeira, logo AM é F;
AM  VA
F 4
V 5. Transferindo essa informação;

3 6. Se “JC” fosse V, então “AM” tinha que ser V, logo “JC” é F;


RD  VA
7. A negação sempre tem valor lógico contrário;
V 2 V
1
8. Transferindo essa informação;
RD
V
Portanto, João é inocente, não almoça com a mãe e visita Ana na cidade vizinha.
RESPOSTA: Item B

04. (IPAD) Se Ludwig entende de Lógica, então há um rinoceronte na sala. Se há um rinoceronte na sala, então
Bertrand não entende de Lógica. Se Bertrand não entende de Lógica, então George é culpado. Mas George não é
culpado. Logo:
a) Há um rinoceronte na sala e Ludwig não entende de Lógica.
b) Bertrand entende de Lógica e não há um rinoceronte na sala.
c) Há um rinoceronte na sala e Bertrand não entende de Lógica.
d) Bertrand não entende de Lógica, mas Ludwig entende.
e) Não há um rinoceronte na sala e Ludwig entende de Lógica.

58
SOLUÇÃO:

Sejam
LL  RS : “Ludwig entende de Lógica, então há um rinoceronte na sala”
RS  ~BL : “Se há um rinoceronte na sala, então Bertrand não entende de Lógica”
~BL  GC : “Se Bertrand não entende de Lógica, então George é culpado”

Sabendo que “George não é culpado” é V, então GC é F, segue então

~BL  GC
F 5 F Conclusões:
4
RS  ~BL Como ~BL é F, então BL é V, logo “Bertrand entende de lógica”
F 3 F
2 Como RS é F, então ~RS é V, logo “Não há um rinoceronte na sala”
LL  RS
F 1 F

59
EXERCÍCIOS
01. Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é ANOTAÇÕES:
bonita. Sabe-se ainda que ou Maria é bonita ou José é
carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita

02. Se João é rico, Maria é bonita. Se Maria é bonita,


José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria é bonita
b) João é rico
c) José é rico
d) João não é rico
e) Maria é rica

03. Se Ana não é advogada, então Sandra é


secretaria. Se Ana é advogada, então Paula não é
professora. Ora, Paula é professora, portanto:
a) Ana é advogada
b) Sandra é secretária
c) Ana é advogada ou Paula não é professora
d) Ana é advogada e Paula é professora
e) Ana não é advogada e Sandra não é secretária.

04. (ESAF) Ou A=B, ou C=E, mas não ambos. Se


B=D, então A=D. Ora, B=D. Logo:
a) C  E
b) B  A
c) C = A
d) C = E
e) D  A

05. (ESAF) Carmem, Gerusa e Maribel são suspeitas


de um crime. Sabe-se que o crime foi cometido por
uma ou mais de uma delas, já que podem ter agido
individualmente ou não. Sabe-se que, se Carmem é
inocente, então Gerusa é culpada. Sabe-se também
que ou Maribel é culpada ou Gerusa é culpada, mas
não as duas. Maribel não é inocente. Logo,
a) Gerusa e Maribel são as culpadas.
b) Carmem e Maribel são culpadas.
c) somente Carmem é inocente.
d) somente Gerusa é culpada.
e) somente Maribel é culpada.

06. Se Aline é atleta, Bárbara é bailarina. Se Bárbara


é bailarina, Carine é carioca. Por outro lado, Aline é
atleta, ou Débora é dentista. Se Débora é dentista,
então Erick é engenheiro. Ora, Erick não é
engenheiro. Logo:
a) Aline não é atleta e Carine não é carioca
b) Débora é dentista, mas Aline não é atleta
c) Tanto Aline é atleta, quanto Débora é dentista
d) Débora é dentista, Carine não é carioca
e) Carine é carioca, mas Débora não é dentista

60
07. Uma turma de alunos de um curso de Direito ANOTAÇÕES:
reuniu-se em um restaurante para um jantar de
confraternização e coube a Francisco receber de cada
um a quantia a ser paga pela participação.
Desconfiado que Augusto, Berenice e Carlota não
tinham pago as suas respectivas partes, Francisco
conversou educadamente com os três e obteve os
seguintes depoimentos:

 Augusto: "Não é verdade que Berenice pagou


ou Carlota não pagou."
 Berenice: "Se Carlota pagou, então Augusto
também pagou."
 Carlota: "Eu paguei, mas sei que pelo menos
um dos dois outros não pagou."

Considerando que os três falaram a verdade, então


podemos afirmar que:
a) apenas Augusto pagou.
b) apenas Berenice pagou.
c) apenas Carlota pagou.
d) apenas Berenice não pagou.
e) apenas Augusto não pagou.

08. (ESAF) Ana, Beatriz e Carla desempenham


diferentes papéis em uma peça de teatro. Uma delas
faz o papel de bruxa, a outra o de fada, e a outra o de
princesa. Sabe-se que: ou Ana é bruxa, ou Carla é
bruxa; ou Ana é fada, ou Beatriz é princesa; ou Carla é
princesa, ou Beatriz é princesa; ou Beatriz é fada, ou
Carla é fada. Com essas informações conclui-se que
os papéis desempenhados por Ana e Carla são,
respectivamente:
a) bruxa e fada
b) bruxa e princesa
c) fada e bruxa
d) princesa e fada
e) fada e princesa

09. (CESPE) Assinale a opção que apresenta um


argumento lógico válido.
a) Todos os garotos jogam futebol e Maria não é um
garoto, então Maria não joga futebol.
b) Não existem cientistas loucos e Pedro não é louco.
Logo, Pedro é um cientista.
c) O time que ganhou o campeonato não perdeu
nenhum jogo em casa, o vice colocado também não
perdeu nenhum jogo em casa. Portanto, o campeão é
o vice colocado.
d) Todas as aves são humanas e nenhum cachorro é
humano, logo nenhum cachorro é uma ave.
e) Em Brasília moram muitos funcionários públicos,
Gustavo é funcionário público. Logo, Gustavo mora em
Brasília.

GARARITO
01. E 02. D 03. B 04. A
05. B 06. E 07. D 08. A
09. D

61

Você também pode gostar