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UMA TIPOLOGIA DE
GESTÃO: POR OBJETO
GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DAS PESSOAS
ORIENTADA PELA “ENTREGA” (ou “OBJETOS”)
UMA ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA MAPEAMENTO DE
PROCESSOS E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DA
PERFORMANCE DAS PESSOAS
nossas vidas é exatamente o que estamos vivendo agora, já, no instante presente, pois o resto
“era” ou “será” e caracterizaria desperdício a não valorização do “é”.
PONTA
FOCO NA: LIDERANÇA
CEO
PRESIDENTE
MAESTRO
(DIRETOR)
MACROPROCESSO
PROJETAR
FLUXO VERTICAL
FUNDAMENTAL
CEO Clientes
PONTA
TOPO
MAESTRO
(DIRETOR)
MACROPROCESSO
APOIAR
1.2-) Macroprocesso
FLUXO DO
PROCESSO DE
TRABALHO
Presidência
RESULTADO
RESULTADO
EFETIVO
EFETIVODO
DO
Diretoria 1 Diretoria 2 Diretoria 3 TRABALHO
TRABALHO
Cada Ciclo é ainda composto de uma série de Sub-processos (Figura 4) que são
desdobráveis em fluxos menores e que podem ser aglutináveis mediante o fato de terem objetivos
similares. Dentro de cada Sub-processo existem apenas cargos ocupados por PESSOAS
executando atividades/tarefas que devem culminar em OBJETOS que são entregues a alguém.
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Macro -
Decidir Pesquisar Vender Construir Processo
Vide conteúdo de cada Fluxo desenhado (neste caso: 3 pedaços de fluxos distintos até SPC) Atividade
Cada ciclo e/ou Sub-processo, por sua vez, é permeado por inúmeros profissionais
ocupantes de diversos cargos, distintos entre si, além dos capitães (cada empresa poderia adotar o
nome que quisesse ao capitão), da mesma forma que os times tem diversos jogadores ocupando
diversas posições diferentes (lateral direito, quarto zagueiro, centroavante, etc.) não
caracterizando nenhum nível hierárquico entre eles mas apenas funções diferentes.
Cada cargo pode contemplar inúmeros profissionais ocupantes, mas que exercem as
mesmas atividades daquele específico cargo (o cargo de enfermeira de pronto-socorro, por
exemplo, pode perfeitamente ser ocupado por inúmeras profissionais diferentes que sejam
registradas com o cargo de enfermeira de pronto-socorro). Cada cargo, com seus inúmeros
profissionais ocupantes, tem a responsabilidade de executar suas respectivas “atividades/tarefas”
que culminarão em seus respectivos “objetos” e é exatamente aqui que se inicia uma contundente
inovação e refinamento.
A definição preliminar de objetos é a seguinte: O encapsulamento final (visível e/ou
tangível) de uma série de atividades, somadas e executadas por um mesmo profissional,
ocupante de um cargo/função específico, a ponto de serem direcionadas a outro
profissional, ocupante de outro cargo/função específico, para utilização do mesmo como
insumo de outro objeto.
Esta definição alicerça um novo estilo do pensamento empresarial. O conceito gerencial
clássico refere-se as “atividades” como trabalho dos profissionais ocupantes de cada cargo e não
se refere ao conceito de “objetos”. Se perguntarmos aos profissionais, ocupantes de algum cargo,
o que eles fazem, eles serão capazes de falar tudo, menos o seu específico “objeto”, pois nunca
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sua implementação, refletindo a capacidade de um sistema para manter informações sobre ela,
interagir com ela, ou ambos: Um encapsulamento de valores de atributo e seus serviços
exclusivos. (Sinônimos: uma Instância ou uma Ocorrência)” – (Peter Coad / Edward Yourdon.
Projeto Baseado em Objetos – Rio de Janeiro – p.1).
Estas definições foram semioticamente relevantes para a utilização deste termo no âmbito
da gestão empresarial, pois os “objetos”, neste contexto, nada mais são do que o encapsulamento
de uma série de atividades que resolvem problemas, burocráticos na sua essência, e que
culminam com a caracterização visível e/ou tangível de uma interface entre as diversas interações
entre os cargos de uma organização.
Fazer uma organização orientar-se através dos “objetos” não é tarefa simples. Acostumar
os profissionais ocupantes de cada cargo a não relatar aquilo que fazem, mas sim aquilo que
entregam para alguém, tem se revelada tarefa árdua e de difícil compreensão prática, embora
teoricamente pareça simples.
Foi no exercício cotidiano do levantamento dos objetos de cada cargo, em diversas
empresas é que se percebeu o quanto é fecunda esta questão dos “objetos”e da “entrega”. Foi com
a procura de utilizar este conceito de “objetos”, e só pela alteração da ênfase no que as pessoas
fazem para a ênfase no que as pessoas entregam, é que surgiu toda uma série de constatações
teóricas sobre a avaliação de desempenho das pessoas. A definição de um “objeto” foi muito
discutida desde 1990 a ponto de gerar toda uma terminologia própria para a coleta dos objetos de
cada cargo nas diversas organizações onde tivemos a oportunidade de aplicar o conceito. Fizemos
este levantamento de objetos por cargos muitas vezes em empresas de pequeno, médio e até
grande porte, e tantas destas com metodologias nada eficazes nem tampouco funcionais que até
pensamos em abandonar a idéia, no entanto, a perseverança de alguns, unidas à inteligência de
outros, bem como a ansiosidade de continuar até conseguir foram muito mais fortes. Atualmente
a sistemática para levantamento dos “objetos” das pessoas (ocupantes de cargos/funções) nas
organizações, em geral, garante a plena aplicação do conceito e isto se deve a terminologia
particular dos objetos. Cada “objeto” é, por essência, uma grandeza VETORIAL uma vez que
pode ter direção, sentido e até velocidade e foi a partir desta constatação que outros conceitos
foram agregados aos “objetos” a partir do estudo detalhado de sues clientes.
Depois de feito todo o levantamento de quais são os “objetos” que cada cargo/função
efetivamente ENTREGA a outro cargo/função presente na estrutura organizacional da empresa
ou ainda presentes na estrutura organizacional dos clientes, fornecedores, órgãos governamentais,
etc., é importante estudar um pouco este destino dos “objetos”, isto é, quem são os usuários
(clientes internos e/ou externos) destes. Estes usuários dos “objetos” são denominados de
“clientes”, e podem ser de duas categorias distintas:
• os INTERNOS, ou seja, todos os cargos/funções presentes na hierarquia da
empresas;
• os EXTERNOS, ou seja, toda a gama de pessoas FORA DA EMPRESA que
podem ser o destino dos mesmos. A partir desta lógica os clientes EXTERNOS
dividiram-se em categorias diferentes, a saber:.
Quanto maior o nível hierárquico do cliente de determinado objeto, maior será a sua
importância. De maneira análoga, quanto menor o número de cargos que são clientes internos de
determinado objeto, menos burocrática será a sua abrangência. O nome “administração vetorial”
deriva deste conceito: cada objeto pode ser quantificado em termos de importância e abrangência
e um vetor é um conceito matemático, caracterizado por uma direção, um sentido e um
comprimento. Embora a metodologia de Gerenciamento e Avaliação de Desempenho orientado a
“Objetos” não permeie cálculos matemáticos complexos, tomamos a liberdade de utilizar o
neologismo “Administração Vetorial” para representar a idéia geral de que uma empresa, quando
conhece em profundidade seus “objetos”, pode caracterizar cada um dele com uma direção e
sentido (relações cliente-fornecedor interno), e um comprimento (qual a importância e
abrangência relativa de cada um).
Presidente
Supervisor Supervisor
1 3
Supervisor
2
Presidente
Gerente A2
Gerente A1 Gerente B1
Supervisor 3
Objeto X Supervisor 1 Objeto Y
(dentro da mesma (entre gerências)
gerência)
Supervisor 2
Vamos analisar os limites deste novo objeto Z (Figura 7). Repare que o Supervisor 3 é
subordinado ao gerente B1, pertencente à uma diretoria diferente (Diretoria B). O objeto Z,
portanto, não só ultrapassa os limites da gerência, como também se destina a um cargo de outra
diretoria.
Presidente
Gerente A2
Gerente A1 Gerente B1
Objeto Y Supervisor 3
(entre gerências) Supervisor 1
Objeto Z
Supervisor 2 (entre diretorias)
Repare, portanto, que o que define o nível do objeto não o nível hierárquico direto do
cliente, mas sim a cadeia de hierarquia que o cliente se encontra. Como vimos no exemplo, um
objeto cujo cliente era um supervisor pode ser mais importante que um outro objeto cujo cliente
seja um Gerente. Basta esta supervisor está hierarquicamente subordinado à uma gerência ou
diretoria diferente.
O que estabelece o nível é a relação hierárquica, e não a posição vertical do cargo cliente
do objeto. Os níveis de objetos sempre vão depender do tamanho da estrutura hierárquica da
empresa. Vejamos como são classificados:
• Nível zero – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo, e é
direcionado a um cliente externo (classes 1, 2, 3, 4 ou 5 vistas na seção anterior);
• Nível 1 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo, e é enviado
diretamente ao maior executivo da organização;
• Nível 2 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo e subordinado a
uma diretoria, e é direcionado a outro profissional, ocupante de outro cargo, desde que
subordinado à outra diretoria;
• Nível 3 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo e subordinado a
um nível inferior à diretoria, gerência, por exemplo, e é direcionado a outro profissional,
ocupante de outro cargo, desde que subordinado à outra gerência da mesma diretoria;
• Nível 4 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo e subordinado a
um nível inferior à gerência, supervisão, por exemplo, e é direcionado a outro profissional,
ocupante de outro cargo, desde que subordinado à outra supervisão da mesma gerência e da
mesma diretoria;
• Nível 5 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo e subordinado a
um nível inferior à supervisão, chefia, por exemplo, e é direcionado a outro profissional,
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ocupante de outro cargo, desde que subordinado à outra chefia da mesma supervisão, da
mesma gerência e da mesma diretoria;
• Nível 6 – Objeto que é executado por um profissional, ocupante de um cargo e subordinado a
um nível inferior à chefia, coordenador, por exemplo, e é direcionado a outro profissional,
ocupante de outro cargo, desde que subordinado a outro coordenador da mesma chefia, da
mesma supervisão, da mesma gerência e da mesma diretoria;
• E assim sucessivamente.
Observe que os níveis dos objetos nos dão noções de importância dos seus destinos,
guardadas as devidas proporções da palavra “importância”, pois os níveis referem-se a estrutura
hierárquica presente, que pode não ser a ideal, ou a mais otimizada.
Resumindo:
• Tipos A/B/C/D / Nível zero – Os profissionais, ocupantes de algum cargo, que executam
estes objetos com estas combinações devem ser alvo de bastante atenção e de relevante
treinamento em atendimento ao cliente, pois, executando objetos de nível zero, herdam a
responsabilidade pela imagem da organização no mercado quanto à sua performance. Em
nossa experiência, estes profissionais, ocupantes destes cargos, são os menos preparados para
serem responsabilizados por esta imagem, tão fundamental nos dias de hoje.
• Tipo A / Nível 1 – Os superiores hierárquicos dos cargos executantes destes objetos não
agregam valor nenhum ao processo. Seria conveniente saber quais são os objetos, quais os
níveis hierárquicos dos cargos executantes, quais os superiores hierárquicos destes cargos
executantes, visando oportunizar supressão de cargos de chefia, quando constatado que os
cargos executantes forem de nível operacional e seus superiores tiverem relevante percentual
de objetos de nível 3, 4, 5 ou 6, transformando seus objetos em meras atividades.
• Tipo B / Nível 1 – Idem ao Tipo A / Nível 1. No entanto, devemos tomar alguns cuidados,
pois o fato de tratarem-se de objetos do tipo B pode estar mascarando o nível mais adequado.
Exemplo: um objeto executado por um profissional, ocupante de um cargo, direcionado para
dois outros cargos diferentes, sendo que um deles caracterizaria o nível 3 e o outro
caracterizaria o nível 1, dessa forma o rótulo mais ideal para o objeto é de nível 1 (o mais
importante). No entanto, o cliente de nível 3 pode ser o real usuário e o cliente de nível 1
considerar o objeto como sendo inútil. Isto deve ser verificado e, se constatada a veracidade
do exemplo, então este objeto trata-se de um objeto de tipo B / nível 3, inviabilizando a
racionalização de hierarquia. A situação apenas permitirá concluir potencial redução de
distribuição de cópias ou ainda excesso de burocracia informativa desagregada de valor.
Cabe, nestes casos, a verificação detalhada de: quais são os objetos, quais os clientes, se se
tratam de objetos inúteis para os clientes e se realmente forem, deve-se alterar a rotina de
distribuição de cópias.
• Tipo C / Nível 1 – Idem ao tipo A / nível 1, no entanto seria conveniente saber: quais os
cargos executantes, quais os objetos e, dependendo destas informações pode-se concluir a
possibilidade de restrição de alçada para emissão destes objetos (reduzindo carga de trabalho
para os cargos que perceberem esta restrição e posteriormente eliminação de profissionais
excedentes à carga de trabalho restante).
• Tipo D / Nível 1 – Idem ao tipo A / nível 1, no entanto, os objetos de tipo D demonstram total
desorganização do sistema de trabalho cabendo avaliações de qual ótimo cliente, qual ótimo
cargo executante, podendo gerar impactos do tipo: “pool” de serviços com redução de
profissionais restritos aos de melhor performance, alteração da rotina de distribuição de
cópias, entre outras.
B C D
E F G H I J K
L N O Q
R P
S V
M W
Z
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Exemplo 01:
Objeto: código 00128
Executante/Fabricante: Cargo N
Cliente: Cargo A
Tipo: como apenas um cargo fabrica e apenas um cargo recebe (relação 1 para 1), o objeto é de
Tipo A.
Nível: qualquer objeto que envolve o maior executivo é de Nível 01.
Exemplo 02:
Objeto: código 00234
Executante/Fabricante: Todas as gerências (E, F, G, H, I, J, K)
Cliente: Cargo A
Tipo: como vários cargos são fabricantes e apenas um cargo cliente (relação muitos para 1), o
objeto é de Tipo C.
Nível: qualquer objeto que envolve o maior executivo é de Nível 01.
Exemplo 03:
Objeto: código 00340
Executante/Fabricante: O maior executivo (cargo A)
Cliente: Todos da empresa
Tipo: como apenas um cargo é cliente e vários outros são fornecedores (relação 1 para muitos), o
objeto é de Tipo B.
Nível: qualquer objeto que envolve o maior executivo é de Nível 01.
Obs.: Repare que, para definição do nível do objeto, independe qual cargo é fabricante e qual
cargo é cliente. O que importa são os cargos envolvidos na troca. Desta forma, o maior executivo
sendo envolvido na troca do objeto, seja ele fabricante ou cliente do mesmo, o nível será 01.
Exemplo 04:
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Exemplo 05:
Objeto: código 09627
Executante/Fabricante: Cargo E
Cliente: Cargo F
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Os cargos envolvidos na troca de objetos são de mesma diretoria. As gerências são
diferentes. As gerências são de terceiro escalão. Portanto, o objeto é de Nível 03.
Exemplo 06:
Objeto: código 23763
Executante/Fabricante: Cargo T
Cliente: Cargo N
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Conforme o exemplo anterior, os cargos envolvidos na troca de objetos são de mesma
diretoria. As gerências são diferentes. As gerências são de terceiro escalão. Portanto, o objeto é
de Nível 03.
Obs.: Nos exemplos 05 e 06 ficou evidente que a posição hierárquica dos cargos não interessa
para a definição do nível de um objeto. Enquanto o cargo E é de terceiro escalão, o cargo T é de
quinto. No entanto, a relação cargo E x cargo F (dois gerentes) é a mesma relação entre cargo T x
cargo N (posições inferiores). A relação é de troca de gerências. Como “gerência” é de terceiro
escalão, os níveis dos objetos são os mesmos.
Exemplo 07:
Objeto: código 23790
Executante/Fabricante: Cargo T
Cliente: Cargo V
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Neste caso, as diretorias já não são as mesmas. O objeto permeia duas diretorias
diferentes. Como diretoria é de segundo escalão, é evidente que o objeto é de nível 02.
Exemplo 08:
Objeto: código 03798
Executante/Fabricante: Cargo R
Cliente: Cargo S
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: A troca do objeto ocorre dentro da mesma diretoria, da mesma gerência e da mesma
supervisão. Estão envolvidos dois chefes de mesma subordinação. Objeto, portanto, é de nível 5.
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Exemplo 09:
Objeto: código 99653
Executante/Fabricante: Cargo R
Cliente: Cargo U
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Aqui a troca de objetos é entre dois chefes. No entanto, são de supervisões diferentes.
Portanto, o objeto é de nível 04.
Exemplo 10:
Objeto: código 09541
Executante/Fabricante: Cargo R
Cliente: Cargo W
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Aqui a troca de objetos é entre dois chefes. No entanto, são de diretorias diferentes.
Portanto, o objeto é de nível 02.
Exemplo 11:
Objeto: código 97410
Executante/Fabricante: Cargo R
Cliente: Cargo Z
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Tal qual o exemplo 09, os cargos envolvidos possuem diretorias e gerências iguais, porém
são de supervisões diferentes. Objeto de nível 04.
Exemplo 12:
Objeto: código 03487
Executante/Fabricante: Cargo R
Cliente: Cargo Z e C
Tipo: Relação 1 para muitos – Tipo B.
Nível: Neste caso dois são os clientes. Analisando isoladamente, cargo R com Z seria de nível 04
(conforme exemplo 11). A relação entre cargo R e C é de nível 02 (outra diretoria). Para
definição do nível do objeto, vale o menor nível. Portanto, nível 02.
Exemplo 13:
Objeto: código 03461
Executante/Fabricante: Cargo V e I
Cliente: Cargo O
Tipo: Relação muitos para 1 – Tipo C.
Nível: Novamente precisamos analisar isoladamente. A relação cargo V x cargo O é de mesma
gerência. São de supervisões diferentes, portanto de nível 04. A relação cargo I x cargo O é de
mesma diretoria, com gerências diferentes. Nível 03. Portanto este objeto é de nível 03.
Exemplo 14:
Objeto: código 03332
Executante/Fabricante: Cargo R e N
Cliente: Cargo G e S
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Exemplo 15:
Objeto: código 04410
Executante/Fabricante: Cargo B
Cliente: Cargo E
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Aqui a troca de objetos ocorre para cargos com subordinação direta. Trata-se de um
gerente enviando um objeto para seu diretor imediato. Em casos como este, o nível do objeto será
o mesmo do nível hierárquico do cargo de menor escalão. Como neste exemplo um gerente e um
diretor são envolvidos, e o gerente é de terceiro escalão, o objeto é de nível 03.
Exemplo 16:
Objeto: código 00012
Executante/Fabricante: Cargo E
Cliente: Cargo S
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: O cargo E é o gerente ao qual o chefe S está subordinado. Objeto de nível 05, pois chefia é
de quinto escalão.
Exemplo 17:
Objeto: código 00001
Executante/Fabricante: Cargo Z
Cliente: Cargo Y
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: O cargo Y é coordenador de Z. Portanto, nível 06.
Exemplo 18:
Objeto: código 00249
Executante/Fabricante: Cargo Z
Cliente: Cargo B
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: O cargo B é diretor de Z. Portanto, nível 02.
Exemplo 19:
Objeto: código 04569
Executante/Fabricante: Cargo T
Cliente: Cargo E e U
Tipo: Relação 1 para muitos – Tipo B.
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Nível: Vamos analisar isoladamente. Entre T e E, nível 03, pois E é gerente de T. Entre T e R,
nível 04, pois o objeto troca de supervisão. Portanto, o objeto é de nível 03.
Exemplo 20:
Objeto: código 98431
Executante/Fabricante: Cargo W e P
Cliente: Cargo I e C
Tipo: Relação muitos para muitos – Tipo D.
Nível: Vamos analisar cada relação isoladamente.
W x I – gerências diferentes: nível 03.
W x C – C é diretor de W: nível 02.
P x I – gerências diferentes: nível 03.
P x C – C é diretor de W: nível 02.
O objeto, desta forma, é de nível 02.
Exemplo 21:
Objeto: código 98231
Executante/Fabricante: Todos os gerentes (E, F, G, H, I, J, K)
Cliente: Todos da empresa
Tipo: Relação muitos para muitos – Tipo D.
Nível: Neste caso, o nível é evidente, pois, entre os clientes, o maior executivo está envolvido
(pois o objeto vai para todos da estrutura). Nível 01.
Exemplo 22:
Objeto: código 00027
Executante/Fabricante: G
Cliente: Cliente Final (externo)
Tipo: Relação 1 para 1 – Tipo A.
Nível: Sempre que o cliente ou fabricante de um objeto for algum cliente externo (cliente externo
final, cliente externo intermediário, fornecedor, obrigatório ou monitorador), o objeto será de
nível 0.
Exemplo 23:
Objeto: código 00097
Executante/Fabricante: Fornecedor (externo)
Cliente: E, F, Y
Tipo: Relação 1 para muitos – Tipo B.
Nível: Sempre que o cliente ou fabricante de um objeto for algum cliente externo (cliente externo
final, cliente externo intermediário, fornecedor, obrigatório ou monitorador), o objeto será de
nível 0.
Conforme vimos nos exemplos, podemos seguir as seguintes regras básicas para definição
dos níveis dos objetos:
- A ordem dos cargos (quem é cliente e quem é fornecedor) não é uma variável
utilizada no cálculo do nível de um objeto. O que importa são os cargos envolvidos no
trâmite operacional.
22
- Para definição do nível dos objetos a posição hierárquica (escalão) de um cargo não é
fator predominante. O importante é verificar se o objeto “viaja” entre quais níveis
hierárquicos (troca entre diretorias, por exemplo).
- Para definição do nível de objetos de tipo B, C ou D, é necessário calcular o nível de
cara relação cliente-fornecedor isoladamente (como se fossem objetos tipo 01). O
nível do objeto será o menor entre eles.
- Quando a troca de objetos ocorre para cargos com subordinação direta, o nível do
objeto será o mesmo do nível hierárquico do cargo de maior escalão.
- Sempre que o cliente ou fabricante de um objeto for algum cliente externo (cliente
externo final, cliente externo intermediário, fornecedor, obrigatório ou monitorador), o
objeto será de nível 0 (zero).
Segue um resumo de todos os exemplos ilustrados acima, com mais uma série de
simulações e seus resultados para que o leitor possa calcular por si só e comparar os resultados:
Exemplo Fabricantes Clientes Tipo Nível
01 N A A 1
02 E, F, G, H, I, J, K A C 1
03 A Todos B 1
04 E H A 2
05 E F A 3
06 T N A 3
07 T V A 2
08 R S A 5
09 R U A 4
10 R W A 2
11 R Z A 4
12 R Z, C B 2
13 V, I O C 3
14 R, N G, S D 3
15 B E A 2
16 E S A 3
17 Z Y A 6
18 Z B A 2
19 T E, U B 3
20 W, P I, C D 2
21 E, F, G, H, I, J, K Todos D 1
22 G Cliente final (externo) A 0
23 Fornecedor (externo) E, F, Y B 0
24 W H, O B 3
25 M, L E, B B 2
26 Q D A 2
27 D E, F, G, H, I, J, K B 2
28 L, N E, F, G D 3
29 X T A 5
30 Z N A 3
Tabela 3 – Exemplos de Nível e Tipo de Objetos
23
Agora que detemos de todos os conceitos referentes aos objetos, podemos dizer quais os
estudos ou tabulações possíveis. A Gestão e Avaliação de Desempenho orientada a Objetos está
centrada na capacidade do administrador em analisar os dados resultantes na contextualização
nível/tipo dos objetos. Planejar e tomar decisões de estruturação de processos devem basear-se na
importância e abrangência do conjunto de objetos de uma organização. Neste momento nos
basearemos em exemplos fictícios, com números falsos que servirão apenas para melhor
exemplificar a potencialidade analítica dos instrumentos utilizados. Sugerimos a seguir alguns
diagramas que consolidam informações de modo a potencializar o trabalho analítico do
administrador:
1.7.1-) Diagramas de Tipo / Nível / Interação – esta planilha fornece a tabulação percentual do
tipo e nível dos objetos, incluindo suas respectivas interações. São necessários diagramas para
cada cargo da empresa, diagramas resumo para cada gerência além da diagrama global
representativo da empresa toda. Veja os exemplos abaixo:
TIPO
70% A 13% 9% 27% 4% 17%
26% B 17% 9%
C
4% D 4%
Tabela 4 – Diagrama Tipo/Nível/Interação do Supervisor de RH
TIPO
79% A 7% 17% 55%
17% B 17%
C
4% D 4%
Tabela 5 - Diagrama Tipo/Nível/Interação do Analista de RH Junior
TIPO
51% A 10% 2% 13% 1% 25%
42% B 35% 2% 5%
C
7% D 5% 2%
Tabela 6 - Diagrama Tipo/Nível/Interação da Gerência de RH
O Diagrama acima (Tabela 6) agrega os objetos de cinco cargos de uma mesma gerência.
A gerência de RH, considerando todos os cargos subordinados a ela, produz 86 objetos.
- O perfil predominante é de objetos nível 01 (cujo cliente é o maior executivo da
organização). Quase metade de tudo o que a gerência de RH produz é
encaminhado ao CEO da companhia. Pelo fato da maioria destes objetos serem do
25
TIPO
67% A 12% 5% 17% 18% 15%
25% B 15% 8% 2%
2% C 1% 1%
6% D 2% 3% 1%
Tabela 7 - Diagrama Tipo/Nível/Interação de 58 cargos em 07 Gerências distintas
- A maioria dos objetos de nível 2 e 3 são do tipo A – processo enxuto (os objetos
são produzidos de maneira direta – uma fabricante para um cliente).“Top-Ten”
dos cargos executantes de objetos de Nível Zero – é fundamental saber quais são
os 10 cargos que mais são executantes de objetos que são direcionados a clientes
externos (nível zero). Estes cargos são os responsáveis pela imagem da empresa e
é preciso saber se a organização investiu em treinamento suficiente, garantindo
assim a conquista, elevação e manutenção de uma imagem de excelência de
desempenho. O Assistente Administrativo é o cargo de maior importância neste
sentido.
1.7.2-) Top-Ten” dos cargos executantes de objetos de Nível Zero – é fundamental saber quais
são os 10 cargos que mais são executantes de objetos que são direcionados a clientes externos
(nível zero). Estes cargos são os responsáveis pela imagem da empresa e é preciso saber se a
organização investiu em treinamento suficiente, garantindo assim a conquista, elevação e
manutenção de uma imagem de excelência de desempenho. O Assistente Administrativo é o
cargo de maior importância neste sentido com 28,2%
1.7.3-) Planilha Tipo A / todos os Níveis – esta planilha demonstra que o objeto é uma grandeza
vetorial, pois compara, num ambiente de objetos do tipo A, os percentuais das combinações
comparativas entre “níveis de cargos” e "níveis de objetos”. É o estudo que mais fornece
informações para a busca de detalhes (sintonia fina) que serão importantes para a constatação de
evidências de oportunidades para a reestruturação. Ele mostra dois detalhes fundamentais, que
dizem se o objeto “desce” na hierarquia ou se “sobe” na hierarquia, além de informar quantos
“pulos” ele faz sobre seus cargos subordinados.
27
OBJETOS TIPO A
NÍVEIS
OBJETO
0 1 2 3 4 5 TOTAL
NÍVEIS
CARGO
1
2 2% 7% 8% 8% 25%
3 4% 1% 8% 9% 4% 26%
4 12% 11% 10% 16% 49%
5
TOTAL 18% 8% 27% 27% 20% 100%
Tabela 8 – Objetos Tipo A
1.7.4-) Planilha Tipo B/C/D – fornece subsídios importantes de maneira resumida, informando
os percentuais de quantos cargos são compradores ou vendedores de objetos divididos nas
diversas possibilidades de níveis. Permitem principalmente a investigação fina para
possibilidades de otimização de fluxos de objetos.
OBJETOS TIPO B
NÍVEL 0 1 2 3 4
QTD.CARGOS TOTAL
RECEPTORES
2 25% 12% 7% 1% 45%
3 5% 6% 11%
4 9% 2% 11%
5 1% 2% 3%
6 3% 3%
7 2% 2% 1% 5%
8 5% 2% 7%
9 2% 2%
19 1% 1%
Todos 12% 12%
TOTAL 61% 30% 8% 1% 100%
Tabela 9 – Objetos Tipo B
- A maioria (45%) dos objetos do tipo B são recebidos por dois únicos cargos
receptores. 25% são do tipo 01 – Ou seja: ¼ dos objetos de tipo B são
encaminhado para dois únicos cargos, sendo que um deles é o próprio CEO. Mais
uma evidência de controle excessivo por parte do maior executivo.
- 12% dos objetos tipo B são encaminhados para todos. Esse valor é normal,
proveniente de objetos específicos de comunicação interna e departamento de
pessoal.
OBJETOS TIPO C
NÍVEL 0 1 2 3 4
QTD.CARGOS TOTAL
EMISSORES
2 5% 5%
4 95% 95%
TOTAL 95% 5%
Tabela 10 – Objetos Tipo C
29
- Quase a totalidade dos objetos de tipo C são de nível 2 (têm como clientes cargos
de outras diretorias), e emitidos por 4 cargos concomitantemente. Uma análise
mais aprofundada dos objetos que constituem esta realidade se faz necessária a
fim de entender em minúcias o fenômeno em questão.
OBJETOS TIPO D
NÍVEL 0 1 2 3 4
QTD.CARGOS TOTAL
EMISSORES
2 32% 37% 10% 2% 80%
3 2% 2% 4% 8%
4 2% 2%
5 4% 4%
6 2% 2%
8 2% 2%
TOTAL 38% 46% 14% 2% 100%
Tabela 11 – Objetos Tipo D
- Sugerimos que todos estes objetos sejam analisados com mais especificidade, pois
cada um deles podem configuram oportunidades de melhoria relevantes. Mais do
que um cargo fazendo o mesmo objeto e encaminhando para mais do que um
cargo – situação que, em muitas vezes, pode gerar otimização de fluxos de
processos.
30
Exemplo – parte 01 – análise por objetos: A primeira análise pertinente se refere às estatísticas
de desempenho por objetos. Para exemplificar, imagine um objeto qualquer codificado
31
Exemplo– parte 2 – análise por cargos: A segunda análise pertinente se refere às estatísticas de
desempenho por cargo. Vamos analisar, em nosso exemplo, do cargo Assessor Administrativo de
maneira integrada:
Exemplo – parte 3 – análise por departamento: E se ainda quisermos mais, ou seja, não mais
avaliar um objeto ou um cargo em específico, mas examinar todo um departamento, ou um
processo, ou ainda o ambiente (toda a empresa)? Para tanto, basta eleger a amplitude pretendida
de análise e viabilizar as estatísticas conforme a lógica pretendida.
No nosso exemplo, calculemos o resultado da avaliação de desempenho do setor
administrativo, que é composto pelos cargos de Assessor Administrativo propriamente dito,
Diretor-Administrativo e Secretária Bilíngüe. Ficaria assim:
36
Agora que sabemos a visão integrada de todo o sistema administrativo, vimos que 32%
dos fatores avaliados pelos clientes demonstram insatisfação (ruim ou péssimo). Já avaliamos
anteriormente os fatores do Assessor Administrativo. Como podemos observar, o cargo “Diretor
Administrativo” (Tabela 18) possui 45% de insatisfação. Vamos detalhar os objetos deste cargo,
para buscar a causa de tão baixa avaliação.
Apenas um único objeto e com 45% de insatisfação, e ainda com plena representatividade,
pois não falta ninguém votar. Poderíamos querer examinar qual questão deste objeto é que não
está sendo atendida na opinião dos clientes internos: