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Executar Solda Aluminotérmica na EFC

PRO-020962, Rev.: 09 - 13/03/2020 - Classificação: Uso Interno

Diretoria Emitente: Diretoria Corredor Norte


Responsável Técnico: Gabriel Viegas (matrícula 01547979), Gerência Planejamento Via Permanente
Público Alvo: Oficial, Técnico, Inspetor, Engenheiro e Supervisor de VP - todos os executantes de manutenção de
Via Permanente ao longo da Estrada de Ferro Carajás - EFC.
Necessidade de Treinamento: ( x ) SIM ( ) NÃO

Resultados Esperados:
• Solda executada com faixa de temperatura de 34 a 44°C;

• Solda isenta de defeitos internos;

Solda executada entre vão (em balanço), com dormentes e fixações em


boas condições;
• Solda com bom acabamento e limpeza.

1. REFERÊNCIAS
• PGS 002722 - Regulamento de Operações Ferroviárias
• PGS 002872 - Regulamentos de Processos para Manutenção Ferroviária - RMF
• PGS 002876 - Regulamentos de Via Permanente para Manutenção Ferroviária - RMF
• PGS 002879 - Regulamento de S&S e Meio Ambiente para Manutenção Ferroviária - RMF
• PRO 023124 - Requisitos para Atividades Críticas - Anexo 09 Trabalho a Quente
• PRO 013856 - Liberação e Devolução de Linha
• PRO 022144 - Guia para Segregação, Armazenamento e Destinação de Resíduos Sólidos
• PRO 025195 - Diretrizes para Realizar Inspeção Cor do Mês
• EPS 002169 - Diretrizes para utilização de ferramentas formais e análise de riscos de SSMA
• PRO 012161 - Plano de Atendimento à Emergência da DILN
• LAIA - Levantamento de Impactos Ambientais – Superestrutura (Manutenção de Trilhos).

2. DEFINIÇÕES
• ART: Análise de Risco da Tarefa
• COI: Centro de Operações Integradas
• LDL: Liberação e Devolução de Linha
• ROF: Regulamento da Operação Ferroviária
• RMF: Regulamento da Manutenção Ferroviária
• VP: Via Permanente

3. EXECUTANTES
Este padrão será executado por um soldador e um auxiliara, sendo o primeiro treinado e habilitado pelo fabricante
da solda e o último fazendo a trilha para habilitação.

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4. RECURSOS NECESSÁRIOS

MATERIAIS E FERRAMENTAS
1 Régua metálica de 1 m ou graduada 1 Extintor CO2 ou água pressurizada
1 Termômetro 1 Bomba costal com água
1 Cronômetro 1 Suporte de maçarico
1 Manômetros gás GPL 1 Maçarico de pré-aquecimento- 22 furos
1 Manômetros de oxigênio 1 Tenaz/limitador de folga
1 Conjunto de cavaletes 1 Acendedor fricção (pavio)
1 Picola ou martelo de dois cortes 1 Kit de ignitor elétrico
1 Alavanca lisa 1 Prensa universal
1 Mangueira 10m 1 Biombo
1 Pantógrafo (vampiro) 1 Aparadeiras
Alavanca de retirar/aplicar fixação (Denik, Pandrol e Fast
1 4 Cunhas de aço para nivelamento
Clip)
1 Forcado 1 Chave de tirefond
1 Corta a quente 1 Macaco hidráulico ou mecânico de 10t
1 Chave de junta metálica 1 Lima triangular ou chata de 10"
2 Discos de corte 1 Alavancas de quebrar Jitos
1 Marcador industrial 1 Cabo de Jumper adicionar esquadro
2 Rebolos para esmerilamento 1 Rádio portátil ou veicular com bateria reserva
1 Caixa de ferramentas 1 Material de montagem*
1 Fillergate 1 Material de consumo**
*Material de montagem (chapa de fundo, presilhas, **Material de consumo (cadinho, tubo de pasta de
prensa e concha de escória). vedação, porção e formas).

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

1 Máq. de cortar trilho 1 Grupo de socaria manual

1 Máq. de esmerilhar boleto 1 Máq. de furar trilho


Auto de linha, Caminhão com guindaste ou
1 Máq. Rebarbadora a combustão ou hidráulica 1
KGT
1 Master 1 Lima

5. RECOMENDAÇÕES DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

5.1 SAÚDE E SEGURANÇA


• Estabelecer um ambiente limpo e organizado, contribuindo para segurança e a mudança de comportamento
pessoal, conforme orientações Normais e Anormais pré-estabelecidas.
• Os empregados deverão portar o passaporte contendo todas as informações de S&S necessárias para a
realização das atividades.
• Na execução da tarefa não fazer uso de relógio, pulseira, aliança ou qualquer adorno ou material que possa
servir como ponto de agarramento.
• Somente pessoas treinadas, habilitadas e devidamente autorizadas poderão executar as atividades.
• Verifique presença de trem e/ou veículos ferroviários, atentando para o risco de atropelamento;

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• Certifique se a faixa de comunicação com o CCO/CCP é a correta;


• Verifique as zonas de difícil comunicação para utilização de rádio portátil, caso necessite utilize o rádio
veicular;
• Não utilize o rádio com antena avariada e mantenha sempre uma bateria extra carregada.
• Inspecione visualmente o local e utilize perneira caso necessário, risco de ataque de insetos e animais
peçonhentos;
• Para a realização da tarefa é obrigatório o uso dos EPI's (luvas, capacete com jugular aplicada, óculos especiais
para soldagem ou máscara, protetor facial, botina c/ proteção metatársica em composit, perneira de raspa,
luva de raspa cano longo, camisa manga longa, capuz e máscara facial para fumos metálicos).
• Durante as atividades é proibido o uso da camisa fora da calça e/ou desabotoada.
• Para os passos da tarefa onde houver risco de projeção de partículas será necessário a utilização de protetor
facial e avental de raspa tipo Barbeiro (exceto socaria, onde será necessário o complemento apenas do
protetor facial). Os executantes que não portarem todos os EPI´s necessários para proteção contra projeção
de partículas deverão manter uma distância de segurança da atividade de no mínimo 15 metros.
• Durante as atividades é proibido o uso da camisa administrativa;
• O perigo de atropelamento aparece como o mais crítico na realização da tarefa de inspecionar, quer seja na
linha principal ou desvio. Atenção redobrada ao caminhar quanto a existência de barras de detectores de
descarrilamento e outros materiais, e sempre atentar ao piso irregular, escorregadio e as diferenças de níveis,
a fim de evitar quedas, tropeços, escorregões e torções;
• Atenção quanto à presença animais peçonhentos (cobra, escorpião, aranha, abelhas, etc.);
• Durante a realização das atividades de VP, os empregados ficam expostos às intempéries, quando necessário
devem usar proteção de acordo com o clima de cada região (capa de chuva, blusa de manga, protetor solar,
etc.);
• Em caso de chuvas ou tempestade de raios, o serviço deverá ser paralisado até que o tempo melhore, e os
empregados deverão procurar lugar seguro (veículos ferroviário ou rodoviário).
• É proibido andar sobre o boleto dos trilhos e entre a agulha e o trilho de encosto para evitar quedas e torções;
• Todas as atividades complementares necessárias à realização da tarefa e que não estão contempladas neste
PRO devem ter seus riscos e medidas de segurança contempladas em ART;
• Em caso de realização de soldas próximo a ambiente inflamáveis (posto de abastecimento), regiões da oficina,
Porto e Pial, deverão ser realizadas PT de Trabalho a Quente conforme PGS 00812.
• Se houver a presença de pessoas estranhas ao serviço próximas ao local dos trabalhos, é necessário delimitar
a área com fita zebrada;
• É obrigatório a realização de check-list nas ferramentas, acessórios e equipamentos antes de execução das
atividades e da inspeção de Cor Permitida;
• É proibido utilizar ferramentas avariadas ou de forma improvisada;
• Durante toda as atividades do processo de soldagem, os executantes das tarefas devem ficar atentos quanto
à posição ergonômica da atividade e com a projeção de partículas oriundas de impacto;
• Não é permitido o uso de máquinas com as partes móveis sem proteção;
• Os executantes devem ter cuidado ao manusear produtos inflamáveis durante o abastecimento das máquinas
utilizando bandejas de contenção, e não permitir a exposição e acondicionamento de combustíveis em locais
onde haja possibilidade de ignição ao fogo (faíscas, cigarro, etc.). Bem como manter a FISPQ e identificação
de risco do produto no local.
• Manter um extintor de incêndios tipo CO2 na frente de serviços;
• É proibido o descarte da escória quente em água (risco de explosão) ou vegetação (incêndio), ficando
obrigatório seu recolhimento e a disposição ou descarte em local adequado;

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• É obrigatório a utilização do biombo nas tarefas de corte e esmerilamento de trilho para conter propagação
de fagulhas evitando princípio de incêndio na vegetação e dormentes.

5.2 OPÇÕES DE FARDAMENTO

Macacão cor laranja (tecido de algodão) ou camisa operacional laranja com faixa reflexiva e manga longa de cor
laranja e calça (tecido de algodão).

5.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

EPI- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Bota de segurança (cano longo com proteção de
X Luva tipo vaqueta e ou KEVLAR (trabalho a quente) X
biqueira composite e proteção metatársica)
X Avental de raspa ou blusão de raspa X Perneira de raspa (usar no corte e esmerilhamento)
X Capacete com jugular ou casquete X Máscara PFF2
X Protetor auditivo tipo concha ou plug X Protetor facial e protetor solar.
X Óculos de proteção X Capuz e Colete refletivo
X Óculos para soldador ou máscara X Luva de raspa cano longo
X Joelheira

5.4 CUIDADOS AMBIENTAIS


• Todos os resíduos gerados na atividade deverão ser devidamente segregados, acondicionados e destinados
em conformidade com o estabelecido no PRO 022144-Guia para Segregação, Armazenamento e Destinação
de Resíduos Sólidos;
• Para serem recebidos nos Depósitos Intermediários de Resíduos (DIR) e nas Centrais de Materiais Descartados
(CMD), os resíduos devem estar rigorosamente em condições adequadas de separação e acondicionamento
conforme orientação PRO 022144-Guia para Segregação, Armazenamento e Destinação de Resíduos Sólidos;
• Todos os aspectos e impactos ambientais associados às atividades relacionadas a este procedimento, bem
como as ações de controle necessárias para prevenção dos impactos ambientais estão definidas na planilha
de Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais;
• Garantir o acondicionamento adequado dos produtos ou substâncias químicas utilizadas bem como a
presença da FISPQ para consulta no local da atividade. Produtos como gasolina e óleo diesel (Inflamável –
Classe de risco 3) devem ser acondicionados ou fracionados em galões inox devidamente identificados, e com
dispositivos de contenção para evitar eventuais vazamentos e consequente contaminação do solo, dos
recursos hídricos, fauna e flora locais. Para o acondicionamento e aplicação de graxas priorizar o uso de
bombonas;
• Executar a atividade procurando gerar o mínimo de resíduos, principalmente o perigoso;
• Em caso de emergência ou de ocorrência ambiental acionar o 111 ou 0800 2806105 para as ações cabíveis ou
registro da ocorrência e, conforme a situação seguir as diretrizes do Plano de Atendimento a Emergência;
• Em caso de vazamento de óleo ou produto químico deve ser feita a contenção com material absorvente.
Recolher o material, acondicionar e destinar conforme estabelece o PRO 022144;
• Conhecer e praticar a POL-0019-G - Política de Sustentabilidade.

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ATENÇÃO
Antes de iniciar a execução da tarefa verifique se:
▪ Todos os recursos especificados estão disponíveis.
▪ Em caso de indisponibilidade de qualquer recurso, o supervisor ou responsável do turno deverá ser
informado.
▪ Preencha o checkllist dos equipamentos e inspecione as ferramentas antes de iniciar as atividades.
▪ Em caso de anomalia detectada comunique imediatamente o supervisor ou inspetor do turno.
▪ Em caso de Emergência ligar para o ramal 111 ou pelo celular 0800 28 06 105.
▪ Caso não seja possível o contato via celular/ramal, utilizar o rádio de comunicação na frequência 1 ou
3 de emergência.

6. CARGA HORÁRIA

Este treinamento possui carga horária:


• Média de 8h (oito horas) teóricas
• Média de 8h (oito horas) práticas

7. PASSO A PASSOA DA ATIVIDADE


7.1 MEDIR DESGASTE DE PERFIL DOS TRILHOS A SEREM SOLDADOS
Com uso do medidor de desgaste (vampiro) e um paquímetro faz-se as medidas no topo e lateral do boleto dos
trilhos a serem soldados, (não considerar o valor da agulha C) conforme figura 1;

(C)
(F)
(F)

Figura 1-Medição do desgaste de perfil do trilho

7.1.1 Limite de desgaste para soldagem utilizando FORMA NORMAL – trilhos com diferença máxima de
até 6 mm no topo de boleto e até 5 mm na lateral do boleto (linha de bitola).

Solda de Reparo - trilhos com diferença máxima de até 3 mm no topo de boleto e até 5 mm na lateral do boleto
3. Faça
(linha decheck list dos equipamentos e inspecione as ferramentas antes de iniciar as atividades.
bitola).
7.1.2Em caso
Para de anomalia
valores detectada
que excedem comunique
os limites imediatamente
de tolerancia o supervisor
para solda normal eou responsável
reparo, doconforme
proceder turno. a tabela
abaixo, utilizando um trilho de transição para permitir a implantação da solda dentro dos limites estabelecidos.
Conforme figura 2.

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Figura 2- Utilização de trilho intermediário

ATENÇÃO!
Porção não compatível com a dureza do trilho.
7.1.3 Os trilhos com dureza entre a 300 a 340 HB, não devem ser soldados com a porção tratada (HH), em
função de incompatibilidade dureza da solda em relação ao trilho, o que pode gerar canoamento. Usar porção
tratada (HH) das classes dos trilhos: Voest de 2008 a 2015; NSC; JFE e o Mittal, TATA.
Trilhos carbono: Os trilhos abaixo não deverão ser soldados com porção HH

Tipo de porção e espécie de trilhos

• Para trilhos com diferença de perfil maior que 6 mm, soldar conforme figura 2:

7.2 MONITORAR A TEMPERATURA DO TRILHO


7.2.1 Fixar o termômetro de base magnética na alma do trilho, lado contrário ao sol a uma distância mínima de 3
m do local da solda, ficando fixo durante todo processo de soldagem. O termômetro pode ser fixado no mesmo
trilho da solda ou em outro trilho adjacente (Figura 3);

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Figura 3- Termômetros de base magnética

ATENÇÃO!
7.2.2 O monitoramento da temperatura utilizando o termômetro de contato deve acontecer durante todo o
processo de soldagem, sendo coletada a leitura no momento do corte de trilho para a abertura, no momento
da reação e 35 minutos após a reação.

7.3 PREPARAR O LOCAL PARA A SOLDAGEM


7.3.1 Fixar o termômetro de base magnética na alma do trilho, lado contrário ao sol a uma distância mínima de 3
m do local da solda, ficando fixo durante Verificar posicionamento da solda.

ATENÇÃO!
7.3.2 É obrigatório que a solda seja implantada em locais que favoreçam a sua resistência mecânica em
relação às condições da via com, no mínimo, três dormentes bons para cada lado;
7.3.3 É obrigatório o corte nos dois extremos do trilho, quando visivelmente identificados os
amassamentos, para a abertura da solda, caso contrário, cortar apenas um dos extremos;
7.3.4 Em caso de amassamento que ultrapasse a abertura da solda (máximo 27mm), é obrigatório o uso
da solda de reparo ou utilização de um trilho de no mínimo 6 m ou efetuar outro corte na linha de
forma que favoreça a implantação da mesma.
7.3.5 Em casos de defeito superficial (sem recuperação RCF severo) nas proximidades da junta é proibida
a implantação da solda, sem que seja realizada a troca do trilho;
3.2 Eliminação de junta ametálica
7.3.6 É proibida execução de solda quando a distância do furo (junta e bondeamento) for inferior a
3.3 100mm para o local de implantação da mesma.

7.3.7 Com a chave de junta manual ou parafusadeira de impacto, folgam-se as porcas dos parafusos até retirar
completamente as mesmas, em seguida retire os parafusos das talas, Figura 5;

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7.3.8 Após a retirada dos parafusos da junta, retiram-se as talas manualmente;

Figura 4- Desmonte da junta com chave e com a parafusadeira de impacto

7.4 MEDIÇÃO E CORTE DE TRILHO


7.4.1 Marcar a posição do corte com uso do limitador de folga, paquímetro, ou trena metálica, de forma a assegurar
a abertura de 25 mm ± 2 (solda normal) e 68 mm ± 3 (solda de reparo), para execução da solda, Figura 6;

Figura 5- Marcação da posição do corte

7.4.2 Limpar o local com uso do forcado, no vão entre os dormentes de modo que fique com pelo menos 12 cm
abaixo do patim do trilho, Figura 7.

Figura 6- Limpeza do vão entre os dormentes

7.4.3 Fixar o torninho (A) da máquina de cortar trilho no boleto do mesmo (cada máquina deverá usar seu torninho
correspondente. Não fazer revezamento para eliminar riscos de folga da máquina); Encaixar a máquina ao torninho
(B), com a máquina completamente fixa, faz-se o ajuste da máquina (C) para o local da marcação do corte (Figura
8).

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A B C
Figura 7-Conjunto torninho e máquina fixado no trilho

7.4.4 O torninho deve ficar bem posicionado e fixo ao trilho, para que o corte não fique esconso, devendo o soldador
avaliar o alinhamento do corte utilizando esquadro;

7.4.5 Com a máquina completamente posicionada e fixa, faz-se o corte no trilho (Figura 9).

Figura 8- Corte no trilho

7.4.6 É obrigatório que a máquina esteja fixada sempre do mesmo lado no trilho, até a execução final do corte
(caso seja necessário a troca do disco, a máquina deve permanecer na mesma posição);

7.4.7 É obrigatório que a solda seja posicionada em balanço respeitando as tolerâncias abaixo especificadas,
conforme figuras 10 e 11;

Figura 10- Posição da solda em dormentes de madeira Figura 11- Posição da solda em dormentes de concreto

7.4.8 Após o corte medir a folga para execução da solda com uso do paquímetro ou trena metálica. Abertura de
25 mm ± 2 para solda normal e 68 mm ± 3 para solda de reparo, Figura 12;

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Figura 12 - Uso do limitador para medir a folga

7.4.9 Os limites de tolerância de esconsidade do corte devem obedecer os parâmetros abaixo de abertura para
execução da solda com relação às diferenças entre boleto e patim ou vice versa (+/- 1,5mm) . Conforme tabela 1;

ABERTURA NO ABERTURA NO
BOLETO (mm) PATIM (mm)
23 24,5
24 25,5
25 26,5
26 24,5
27 25,5
Tabela 1- Limites de abertura do corte

Limpar e escovar o local da solda (boleto, alma e patim) com escova de aço;

ATENÇÃO!
7.4.10 É obrigatório que o torninho a ser acoplado na máquina para o corte do trilho, seja o da própria
máquina;
7.4.11 É obrigatório fixar o torninho no mesmo trilho em que será efetuado o corte.
7.4.12 Para um vão livre de 300 mm admite-se uma tolerância de ± 60 mm para cada lado a partir do eixo;
(figura 10);
7.4.13 Para um vão livre de 345 mm admite-se uma tolerância de ± 62,5 mm para cada lado a partir do eixo;
(figura 11);
7.4.14 Em regiões de AMVs onde esse espaçamento não é obedecido, a solda deve obrigatoriamente ser
executada no centro do vão.
7.4.15 Proibido implantar uma solda na região de ZTA de uma solda pré-existente. A distância mínima
permitida da ZTA ao eixo da solda a ser implantada será de 60mm;
7.4.16 As medidas de esquadro nos cortes dos trilhos, nunca devem ser superior a 1,5 mm compreendendo a
medida da folga e tolerância, de acordo com a tabela 1
7.4.17 Para obter as medidas exatas, as ferramentas em uso devem estar em perfeitas condições e correta
fixação sobre o trilho
7.4.18 Após o corte do trilho usar o esquadro para aferição do mesmo
7.4.19 É obrigatório que a máquina esteja desligada para substituição do disco de corte.

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7.5 NIVELAR E ALINHAR OS TRILHOS


Montar cavaletes
7.5.1 Retirar a fixação em 6 dormentes para cada lado em curva ou tangente, a partir do local da solda;
7.5.2 Coloque os cavaletes simetricamente no 2º ou 3º dormente de cada extremidade, para trecho em
tangente e para trecho em curva (figura 13);

3º 2º 1º 1º 2º 3º

Figura 13- Posição de montagem dos cavaletes

Nas regiões em que não seja possível o posicionamento simétrico dos cavaletes, é permitido o
posicionamento da seguinte forma: 2º com 3º dormentes;
7.5.3 Na troca de trilho maior que 24m retirar a fixação dos 6 dormentes de cada lado e realizar a soldagem
independentemente da outra solda;
7.5.4 Na troca de trilhos de 12m a 24m de comprimento, retirar os grampos de seis dormentes em cada lado
do local da solda para de realização simultânea da soldagem nos dois extremos;
7.5.5 Na troca de trilho entre 6m a 12m retirar a fixação dos 6 dormentes de cada lado, para realização de
apenas uma solda por vez (Figura 14);

Figura 14- Exemplos de situações para retirada dos grampos para execução de solda

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ATENÇÃO!
7.5.6 Onde não é possível retirar a fixação em 6 dormentes, retirar-se somente a quantidade necessária para
colocação dos cavaletes ou cunhas (ex: curvas de raio apertado, região da meia chave e jacaré no AMV
VAE, ou outras condições);
7.5.7 Após a colocação dos cavaletes é necessário a aplicação das cunhas para garantir a estabilidade do
nivelamento/alinhamento;
7.5.8 Para aplicação de duas soldas simultaneamente é proibida a execução em trilhos menores que 12m, pois
com a diminuição da fixação dos dormentes intermediários, compromete-se o nivelamento das soldas;
7.5.9 A menor distância entre duas soldas aluminotérmicas deverá ser de 6m, em relação a solda elétrica a
distância mínima deverá ser de 2m, tendo como exceções os segmentos de juntas isolantes;

Nivelar trilhos
7.5.10 Na troca de trilho entre 6m a 12m retirar a fixação dos 6 dormentes de cada lado, para realização de
apenas uma solda por vez (Figura 14);
7.5.11 Posicionar a régua de um metro na superfície de rolamento dos trilhos, centralizando a mesma sobre o
eixo da solda e fazendo os ajustes necessários no cavalete ou cunhas até que tenhamos uma contra
flecha entre 1,5 a 1,8mm nas extremidades da régua (para trilhos usados adotar 1,5mm a 2,0 mm).
(Figura 15)

Figura 15- Nivelamento dos trilhos com uso de filergate/cunha graduada ou calibrador de folgas

7.5.12 Utilizar cunha graduada (Fillergate) ou calibrador de folga para aferição destes valores nas
extremidades da régua (Figuras 16 e 16a)

Figura 16- filergate/cunha graduada Figura 16a - Calibrador de folgas

Alinhar trilhos (Boleto, alma e patim)

7.5.13 Com auxílio de régua graduada ou lisa de 1m, posicione a mesma na face interna do boleto, alma e
patim, regulando os cavaletes ou ajustando as cunhas até que toda a régua tenha contato com as faces
internas de ambos os trilhos (Figura 17).

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Figura 17- Alinhamento dos trilhos com ajuste dos cavaletes

ATENÇÃO!
7.5.14 Não poderão haver vibrações nas proximidades da montagem da solda. Exemplo: circulação de
auto e vagonetes na mesma linha; pancada no trilho ou dormentes da via; aplicação de fixações
por impacto;
7.5.15 Caso haja circulação de trens em linhas adjacentes, mencionar este fato no boletim de solda para
posterior monitoramento por ultrassom;
7.5.16 Autos de linha, KGT ou outro equipamento de grande porte deverão manter distância mínima de
30m da solda durante o processo de execução;
7.5.17 É obrigatório fazer o check de alinhamento boleto/alma/patim;
7.5.18 É recomendado que somente os soldadores circulem pelo local da implantação da solda.

7.6 NIVELAR E ALINHAR OS TRILHOS


7.6.1 Ajustar as formas laterais de forma que as duas laterais da forma possuam padrão simétrico de desbaste,
friccionando as mesmas ou usando lima retangular/chata de 10” ou lixa nº 0 para perfeita acomodação
(Figura 18);

Figura 18: Ajuste da fôrma com o trilho

7.6.2 Após ajuste das formas, dar um jato de ar com maçarico para retirada dos resíduos nos trilhos;

7.6.3 Posicionar e ajustar o molde (briquete), friccionando o mesmo sob o patim do trilho ate a sua perfeita
acomodação para a execução da solda (Figura 19);

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Figura 19 - Ajuste do molde

7.6.4 Colocar o molde (briquete) sobre a placa de fundo e verificar se o mesmo fica completamente apoiado e
encaixado na referida placa. Em seguida, fazendo uso da bisnaga de vedação, aplicar um cordão de pasta nos
entalhes existentes em cada lado da base do molde de maneira uniforme (Figura 20);

Figura 20- Montagem da base do molde na placa de fundo

ATENÇÃO!
7.6.5 Caso o molde (briquete) não encaixe perfeitamente na placa de fundo, fazer o ajuste do mesmo
utilizando uma lima de 10”;
7.6.6 Utilizar somente a pasta refratária (bisnaga) nas bordas do molde (briquete);
7.6.7 Não colocar pasta em excesso para evitar que ela escoe para o interior da solda.

7.6.8 Colocar o molde (briquete) sobre a placa de fundo e verificar se o mesmo fica completamente apoiado e
encaixado na referida placa. Em seguida, fazendo uso da bisnaga de vedação, aplicar um cordão de pasta nos entalhes
existentes em cada lado da base do molde de maneira uniforme (Figura 20);

7.6.9 Fixar o conjunto molde/placa de fundo, sob o patim, de forma que o mesmo fique centralizado em relação à
abertura da solda (Figura 21);

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7.6.10Após colocação e aperto do conjunto molde/placa de fundo, fazer a checagem do nivelamento/alinhamento e


corrigir se necessário;
7.6.11Montar as placas laterais nas formas, sendo obrigatória a verificação da centralização da forma lateral. (Figuras
22 e 23);

Figura 22 - Colocação da forma na placa lateral Figura 23- União das formas

7.6.12As formas ao final do ajuste devem possuir mesmo alinhamento horizontal e vertical.
7.6.13Posicionar e fixar as formas com prensa universal (Figuras 24 e 25);

Figura 24 - Posicionamento das formas Figura 25 - Fixação das formas com prensa universal

7.6.14 Cobrir as formas com a tampa protetora para evitar penetração de massa na zona de fundição, não utilizar
papelão ou outro tipo de material (Figura 26);

Figura 26 - Uso da tampa protetora

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7.6.15Quando houver folga entre as formas e o perfil dos trilhos, usar o cartão de montagem para evitar penetração
da massa de calafetar (Figura 27);

Figura 27- Uso de cartão de montagem


7.6.16Aplicar manualmente, sem provocar pancadas, a massa refratária entre as superfícies de separação do molde
e trilho, de modo que todas as folgas sejam vedadas (Figura 28);

Figura 28- Vedação das formas


7.6.17Colocar a concha de escória apoiada na prensa universal do lado da abertura superior da forma (Figura 29);

Figura 29- Posicionamento da concha de escória

ATENÇÃO!
7.6.18 É proibido o uso de de plug (tampão) e/ou forma com deformação/desgaste, Figura 30;
7.6.19 A tampa protetora evita que as impurezas e a massa de vedação caiam dentro das formas, vindo a
provocar inclusões
7.6.20 É proibido colocar água na massa de vedação e uso de areia com betonita;
7.6.21 É proibido o uso de forma e molde (briquete) que apresentem trinca.

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Figura 30- Forma e plug com deformação (condição anormal)

7.7 POSICIONAR E ALINHAR MAÇARICO


7.7.1 Fixar o suporte de maçarico sobre o boleto deixando-o alinhado ao eixo longitudinal do trilho, de forma que
ele fique o mais próximo possível da prensa universal;
7.7.2 Ajuste do suporte do maçarico de forma que ao encaixar o maçarico sobre o mesmo, este deverá ficar
centralizado com o boleto do trilho;
7.7.3 O ajuste é feito com o suporte sobre o trilho, posicionando o mesmo em local que não tenha desgaste lateral
na linha de bitola, movimenta-se os parafusos de forma que o suporte fique no centro/meio do boleto.
Conforme figura 31;

Figura 31- Posicionamento do suporte do maçarico

7.7.4 Colocar o maçarico sobre o suporte centralizando-o sobre as formas (utilizar o encontro das fôrmas bipartidas
como referência) em relação à folga da solda. A altura (d) entre a extremidade do bico do maçarico e o boleto
do trilho, é em função da solda aplicada. Altura da solda normal: 50mm e solda de reparo: 70mm. Conforme
figuras 32 e 33.

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Figura 32 - Altura do maçarico Figura 33 - Centralização do maçarico

7.8 REGULAGEM DOS GASES


7.8.1 Abrir completamente a torneira do gás GLP no punho do maçarico;
7.8.2 Abrir a válvula do regulador instalado no botijão de GLP até que a pressão de saída seja ajustada em 1,4
kgf/cm². Em seguida, fechar a torneira GLP no punho do maçarico. Conforme figura 34;

Figura 34 - Pressão do GLP 1,4 kgf/cm²

7.8.3 Abrir completamente a torneira do Oxigênio no punho do maçarico;


7.8.4 Abrir a válvula do regulador instalado no cilindro de Oxigênio até que a pressão de saída seja ajustada em
5,0 kgf/cm² . Em seguida fechar a torneira de Oxigênio no punho do maçarico. Conforme figura 35;

Figura 9 - Pressão de oxigênio 5,0 kgf/cm²

7.9 PRÉ-AQUECIMENTO
7.9.1 Abrir a torneira do gás GLP no punho do maçarico;
7.9.2 Com o isqueiro próprio, acender a chama do maçarico;
7.9.3 Abrir a torneira do gás GLP e do Oxigênio alternadamente até firmar a chama;
7.9.4 Abrir totalmente a torneira do gás GLP no punho do maçarico, abrindo gradualmente a torneira do Oxigênio
no punho do maçarico até a obtenção do fluxo das chamas a uma altura de 35mm que deve ser medida
utilizando a régua metálica graduada. Conforme figura 36;

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CORRETO ERRADO

Chama de 20mm de cor única azulada

Chama de 35mm início azulado


e extremidade mais clara

Figura 3610 - Verificação do tamanho de chama

7.9.5 Colocar e fixar o maçarico sobre o suporte, regulando a chama. A mesma deve ter saída simétrica da forma
e altura de chama entre 30 e 40 centímetros na coloração laranja. Caso fique fora de simetria ao sair pelos
alimentadores (jitos) regularizar alinhamento do maçarico (Figura 37);
7.9.6 Controlar o tempo do pré-aquecimento por meio de cronômetro que deve ser acionado imediatamente
logo após a instalação do maçarico (6 minutos para solda normal e para solda de reparo).

Figura 37- Posicionamento do maçarico e pré-aquecimento com chama simétrica

7.9.7 Fazer o monitoramento visual do trilho no momento de pré-aquecimento, com utilização de óculos
especifico, sendo expressamente proibido o derretimento do trilho, principalmente em função da diferença
de perfil dos mesmos na execução da solda. Caso seja verificado princípio de derretimento do trilho, fazer
o ajuste no maçarico de preaquecimento diminuindo a vazão do oxigênio, conforme figura 38.

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Figura 38 - Observação da etapa de pré-aquecimento

ATENÇÃO!
7.9.8 Caso a chama não consiga obter o comprimento de 35mm, verificar condições dos reguladores,
válvulas corta chama e maçarico de pré-aquecimento (caneta, limpeza do bico). Faz-se o ajuste ou
substituição do(s) componente(s) com defeito para manter a chama ideal. Não sendo possível a
devida correção da chama a solda não poderá ser implantada;
7.9.9 Verificar posicionamento da válvula corta-fluxo que deve estar com a seta direcionada para o sentido
de saída dos gases (GLP e Oxigênio);
7.9.10 Fazer limpeza do bico do maçarico (orifícios) de pré-aquecimento semanalmente;
7.9.11 As válvulas corta fluxo devem ser substiuidas a cada 30 soldas realizadas;
7.9.12 As mangueiras de gás e oxigênio devem ser substituidas uma vez por ano ou caso venham a
apresentar alguma inconformidade (rachaduras, ressecamentos,etc)
7.9.13 O plug deve ser colocado próximo a forma no momento do pré-aquecimento para que o mesmo fique
aquecido.

7.10 PREPARAR CADINHO COM PORÇAO DE SOLDA


7.10.1 Abrir o saco da porção;
7.10.2 Colocar a porção dentro do cadinho descartável (Figura 39);

Figura 39- Colocar porção no cadinho

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7.10.3 Após a distribuição da porção no cadinho, a mesma deve ter distribuição de acordo com a figura abaixo.
Figura 40;

Figura 40 – Dssitribuição da porção

7.10.4 Colocar a tampa no cadinho deixando o mesmo próximo à solda (Figura 41);

Figura 41- Cadinho próximo à solda

7.10.5 Acomodar o cadinho pela área de trabalho e colocar o ignitor no orificio central da tampa do cadinho (o
ignitor térmico deve estar sem a trava de segurança), Figura 42;

Figura 42- Cadinho com ignitor

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ATENÇÃO!
7.10.6 É proibido uso de porção com indício umidade e/ou com o saco da porção perfurado ou aberto;
7.10.7 É proibido o uso de formas e cadinho com indício de umidade ou trincados;
7.10.8 O cadinho deve ser preparado dois minutos antes do fim do pré-aquecimento;
7.10.9 Somente quando houver falha no sistema ignitor, será permitido a utilização do pavio (fósforo) para
acender a porção;
7.10.10 Caso o orifício da tampa do cadinho esteja obstruído realizar desobstrução antes de colocar o ignitor;
7.10.11 É proibido o uso de cadinho ou tampa com presença de trinca.
7.10.12 O plug deve ser colocado no topo do boleto do trilho próximo a solda, de forma que viabilize o seu
aquecimento.

7.11 PREPARAR FUSÃO DA SOLDA


7.11.1 Após a retirada do maçarico, encaixar o plug (tampão) no vão entre os dois moldes utilizando a tenaz (o
tampão deve ficar bem encaixado e nivelado entre as formas).
7.11.2 Posicionar o cadinho no centro das formas; conforme figura 43;

Figura 11 - Colocação do plug e do cadinho

7.11.3 Acionar o ignitor térmico com a pistola (startwel). Conforme figura 44;

Figura 44- Acionamento do ignitor térmico

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ATENÇÃO!
7.11.4 Após a ignição da chama na porção, a corrida do aço deverá acontecer entre 14 e 30 segundos.
7.11.5 Caso a corrida não aconteça neste intervalo, registrar no diário da solda para monitoramento futuro.
7.11.6 Não substituir a tampa do cadinho por qualquer outro objeto (proibido improviso).
7.11.7 Ter sempre em mãos um ignitor térmico de reserva.
7.11.8 É proibido acender a porção de solda com chamas do maçarico de pré-aquecimento.
7.11.9 Quando a reação acontecer a 2 minutos após cessar o pré-aquecimento, recomenda-se entalar a solda
que será retirada da via posteriormente.

7.12 DESMONTAGEM DA SOLDA – APÓS A CORRIDA TOTAL DO AÇO


Retirar formas da solda
7.12.1 Com 2 min retirar cadinho com suporte; Conforme figura 45;

Figura 45- Retirada do cadinho

7.12.2 Com 3 min retirar concha de escoria; conforme 46;

Figura 46 - Retirada da concha de escória.

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7.12.3 Retirar placas laterais e de fundo: Solda normal com 5 min e Solda de reparo com 11 min; conforme figura
47;

Figura 47- Retirada de placas lateral e de fundo

7.13 REBARBAR A SOLDA


7.13.1 Realizar rebarbagem da solda 8 min após o fim da corrida do aço para solda normal e 13 min para solda de
reparo;
7.13.2 Efetuar limpeza do material refratário sobre o boleto do trilho, com utilização de picola;
7.13.3 Posicionar e fixar a rebarbadora na região da solda e efetuar o corte da rebarba (Figura 48);

Figura 48- Rebarbar a solda

7.13.4 Desligar e retirar rebarbadora do trilho, aguardar demais tempos;


7.13.5 As lâminas de corte devem ser ajustadas para deixar de 1,5 a 2,0 mm de metal sobre a superfície de
rolamento para ser esmerilhado pela esmerilhadora de perfil. Conforme figura 49;

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Figura 49- Regulagem da lamina de rebarbar

ATENÇÃO!
7.13.6 As lâminas da rebarbadora devem ser reguladas a uma altura de 1,5 a 2 mm em relação ao boleto;
7.13.7 Fazer a aferição da rebarbadora em trilho novo e utilizar filergate ou calibrador de folgas, para a
medição das folgas nas seções superior e lateral do boleto;
7.13.8 É proibido a utilização da rebarbadora com as lâminas cegas ou sem fio de corte, quebradas,
amassadas ou empenadas.
7.13.9 Para melhorar o corte, o ajuste das lâminas deve ser feito sistematicamente após afiar ou trocar as
lâminas.
7.13.10 Sempre manter uma folga mínima de 1,5mm entre as lâminas e as superfícies laterais e superior do
boleto do trilho.

7.14 RETIRAR MATERIAIS REFRATÁRIOS E JITOS


7.14.1 Retirar, no mínimo após 35min da corrida total do aço, o material refratário da solda, inclinar/quebrar jitos
com utilização de uma alavanca apropriada;
7.14.2 Será permitido a utilização de um marrão de 5 kg ou uma picola, para o rompimento do jito menor e da
rebarba superior no boleto, no caso de inadequação da alavanca de retirada dos jitos;

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7.14.3 Depois da retirada dos jitos, pode-se iniciar esmerilamento da solda (Figura 50).

Figura 50 12-Inclinar e retirar jitos

7.15 ESMERILHAR E LIMPAR SOLDA – APÓS 35 MIN DA CORRIDA TOTAL DO AÇO

ATENÇÃO!
7.15.1 As máquinas esmerilhadoras de perfil somente poderão ser movimentadas quando estiverem desligadas e
o rebolo não estiver em rotação.

Esmerilhar solda
7.15.2 Antes de retirar os cavaletes, com a máquina de esmerilhar boleto faz-se o esmerilamento da solda
deixando uma flecha de 1mm a 1,5 mm (Figura 51);

Figura 51- Esmerilamento da solda

7.15.3 Caso seja necessário retirar os cavaletes, as cunhas de aço devem permanecer para a efetivação do
esmerilamento da solda;
7.15.4 Após a retirada dos cavaletes/cunhas de aço, fazer o check do esmerilamento com uma régua lisa ou
graduada de 1 metro. Refazer o esmerilamento caso seja necessário. Figura 52.

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Figura 52- Verificação de flecha

7.15.5 Após o esmerilamento, a solda deve ter os seguintes parâmetros de tolerâncias na região do boleto:
a) A flecha na superfície do boleto deverá ser no máximo 0,6mm), Figura 53;

Figura 53 - Flecha na superfície do boleto

b) Não deverá haver canoa na região central da solda ;


c) A flecha na lateral do boleto deverá ser no máximo 0,3mm (usando cunha graduada ou filergate),
Figura 53.

Figura 54 - Flecha na lateral do boleto


Limpar solda
7.15.6 Realizar limpeza da solda (alma e patim), figura 55;

Figura 55- Solda limpa isenta de rebarba

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7.15.7 Com uso da picola ou lixadeira industrial retirar rebarba da região do boleto, alma ou patim, pois esta é um
concentrador de tensões, potencial gerador de trincas na solda, figura 56;

Figura 56- Solda com rebarba no patim

RECOMENDAÇÕES GERAIS
7.15.8 Não quebrar os jitos e esmerilhar a solda antes de 35 min após a corrida total do aço;
7.15.9 Não passar nenhuma composição antes do cumprimento do tempo para esmerilamento;
7.15.10 É proibido uso de marreta para quebrar os jitos antes do tempo de 35 min da corrida do aço;
7.15.11 É proibida a execução de solda em tempo inferior a 01h30 min, para não comprometer a “segurança e qualidade”
da solda;
7.15.12 É proibida a implantação da solda a uma distância menor que 100 mm de um furo, tanto de junta metálica como
de bondeamento;
7.15.13 Interromper de imediato a implantação de solda com a ameaça ou presença de chuva;
7.15.14 É obrigatório a realização de inspeção por ultrassom portátil em todas as soldas no intervalo de 48 horas até 07
dias, contados a partir da sua data de implantação na linha;
7.15.15 É proibido a implantação de soldas entre dormentes de naturezas distintas do tipo aço/madeira e aço/concreto.
7.15.16 Em temperaturas inferiores a 34° é permitido somente a realização do corte dos trilhos, a aferição da abertura
do gap da solda deverá ser realizado pós atingimento dos 34°, estando essa no padrão, prosseguir com as demais etapas
de montagem das fôrmas.
7.15.17 Começar a troca do TLS pelo lado de maior desgaste no trilho, pois é a solda que requer maior cuidado na
montagem;
7.15.18 É obrigatória a troca/reposição do dormente, para implantação da solda;
7.15.19 Todas as soldas realizadas na instalação de jacarés deverão ser executadas sempre na faixa de temperatura
neutra (34° a 44º).
7.15.20 É proibida a implantação de solda em temperatura decrescente;
7.15.21 Em caso de solda que não seja de fechamento, proceder da seguinte forma: a temperatura deve ser crescente e
deve existir uma junta metálica com distância máxima de 60 m devendo toda essa extensão do trilho até a juntar estar
solta (sem fixações) e com os extremos desencontrados.
7.15.22 As soldas realizadas em trilhos curto (6m a 12m), não deverão ser executadas simultaneamente (alinhamento /
nivelamento, montagem, pré-aquecimento e rebarbagem), a fim de evitar desequilíbrio no processo;
7.15.23 Na impossibilidade constatada de utilização da máquina de rebarbar, deve-se utilizar o “corta-a-quente” ,
lixadeira ou esmerilhadeira para o corte da solda. Devendo, portanto esta solda ser monitorada periodicamente por
inspeção de ultrassom;
7.15.24 Uma vez que o pré-aquecimento não foi aproveitado no tempo determinado, a solda não deve ser realizada e
nem as pontas dos trilhos devem sofrer outro pré-aquecimento. Para realização de outra solda os trilhos devem ser
substituídos;
7.15.25 Se a reação da solda acontecer 2 minutos após ter cessado o pré-aquecimento, esta solda deve ser entalada
para posterior retirada;
7.15.26 Em caso de chuva em até 50 minutos após a reação da solda, fazer o entalamento da mesma.

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7.16 REALIZAR SOCARIA


7.16.1 Fazer a correção geométrica da região da solda observando os pontos de laqueados, desnivelamento e
desalinhamento identificados;
7.16.2 Com uso de equipamento especifico, realizar socaria, no mínimo, 3 dormentes de cada lado da solda, Figura
57;

Figura 57- Socaria com MK

7.16.3 Será obrigatório a realização de correção geométrica/socaria da solda assentada, onde havia junta metálica
baixa, defeito superficial do trilho, defeito em infra, troca recente de dormentes ou desnivelamento
constatado;

7.17 IDENTIFICAÇÃO DA SOLDA


7.17.1 Colocar nome ou matrícula do soldador e do auxiliar, bem como data e local de execução da solda, no
patim/alma do trilho;

DATA SOLDA MATRÍCULA LOCAL

12/03/16 S-719856 352+200


6 m+m

Figura 57 – Modelo de identificação da solda

7.17.2 Preencher o boletim de solda imputando todas as informações referente ao processo de soldagem, sendo
obrigatório o anexo do boletim ao SAP vinculado à nota da atividade.

8 REGISTROS ASSOCIADOS
Os registros abaixo devem ser controlados conforme descrito na lista mestra de cada gerência que deve estar
arquivada no seguinte endereço:
\\cvrdcjssa01\dados\AREA\SGQ_SGQA_SGSSO_Documentos\05_Controle de Registros_Lista Mestra\Ger. Exec. Operações
EFC\

Anexo 1 - Boletim Solda Aluminotérmica


Anexo 3 - Checklist ferramentas de solda

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8. ANEXOS
Anexo 1 - Boletim Solda Aluminotérmica
Anexo 2 - Quadro Garantias de Materiais de solda aluminotérmica
Anexo 3 - Checklist Ferramentas de Solda
Anexo 4 - Análise de Risco da Tarefa de Soldagem Aluminotérmica EFC

9. ELABORADORES

Nome Matrícula Gerência

Gabriel Viegas 01547979 Planejamento Via Permanente EFC

Joaquim Dutra 01651604 Planejamento Via Permanente EFC

José Maciel 01719856 Planejamento Via Permanente EFC

Paulo Sérgio Silva 01288563 Planejamento Via Permanente EFC

Magton Torres 01494813 Planejamento Via Permanente EFC

Patricia Teixeira 01503871 Planejamento Via Permanente EFC

Raimundo Carlos 01651448 Manutenção de Via Permanente Regional I

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