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Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Disciplina: Formação Sócio-Histórica do Brasil I


Turma: 02
Data: 18/12/2020
Docente: Profª. Drª. Carla Alessandra da Silva Nunes
Discente: Ana Paula Cruz Santos.

AVALIAÇÃO II DA UNIDADE

MELLO, João Manuel Cardoso de. O capitalismo tardio: contribuição à revisão crítica
da formação e do desenvolvimento da economia brasileira. 8. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1991.
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: colônia. 6. ed. [S. I.]:
Brasiliense, 1961.
ROTEIRO DE QUESTÕES

1. Responda os itens com base nos textos de Caio Prado Júnior e João Manuel
Cardoso de Mello:

a) Do conjunto de elementos oferecidos por estes autores para caracterizar o


sistema colonial brasileiro, destaque três que você considerou mais significativos e
justifique sua resposta. (responder em até 15 linhas):

Resp.:

“A diversidade de condições naturais [...] se revelaria por outro lado um forte estímulo,
toma-se o caso do açúcar[...]” (PRADO, 1961, p. 22). Segundo Prado, a diversidade
natural foi um dos fatores motivadores de ocupação colonial. Por seu valor econômico,
o colono cultivou a cana de açúcar onde pode apresentar um produto altamente atrativo,
o açúcar, para o mercado europeu, pois, foi cultivada em latifúndios, essencialmente de
monocultora que utilizava a força de trabalho compulsório para o seu desenvolvimento.
“[...] no alvorecer do século passado, a massa da população brasileira ainda é
constituída por escravos [...]” (PRADO, 1961, p. 119). Depois veio a escravidão como
importante força de trabalho, onde proporcionava altos lucros aos seus senhores através
do seu trabalho compulsório, utilizados tanto na agricultura canavieira quanto no
extrativismo mineral do período colonial. Por fim, a economia exportadora
predominou no período colonial com característica lucrativa para o mercado europeu.
Pois, enviavam-se produtos de grande valor comercial para a Europa por baixo preço,
enquanto comprava produtos importados com valor alto no mercado interno.
Caracterizando-se assim uma relação de desigualdade comercial quanto à lucratividade.
b) Destaque as razões para a introdução do trabalho livre no Brasil no final do
século XIX. (responder em até 15 linhas):

Resp.:

O trabalho escravo e o assalariado não possuem a mesma eficiência, segundo Melo


(1991, p. 75). Inicialmente, porque o trabalho escravo se ajusta ao processo produtivo às
custas de coação, enquanto o trabalhador livre tende a se sentir retribuído com o salário.
O progresso técnico é próprio do capitalismo, enquanto está, praticamente, excluído da
indústria escravista. Não somente porque existem limites estreitos à técnica adotada,
decorrentes da presença do escravo, mas, também, porque é inteiramente irracional ao
empresário. É fundamental ir além e entender que os homens livres e pobres
abandonariam a produção da própria subsistência se, e somente se, impelidos pelo peso
da necessidade. Ainda após a expropriação, se não fosse maciça e concentrada, o
mercado de trabalho não se constituiria. Pobres, livres e expropriados não vagavam
pelas cidades, vivendo da caridade ou do trabalho esporádico. Restaria então a hipótese
de que o Estado se pusesse a campo para obrigá-los a trabalhar para o capital, por um
salário abaixo do que seria fixado, espontaneamente, por teórico mercado de trabalho.
Não havendo condições para a transformação da força de trabalho em mercadoria, pré-
requisito indispensável, estaria bloqueada a industrialização capitalista.

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