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Vai uma larga distância entre a prática moderna e aquela descrita em um dos primeiros
clássicos da literatura técnica, o primoroso De Re Metallica, de Georgius Agricola do ano de
1566, embora muitos dos mecanismos lá descritos sejam detectáveis como elementos
orgânicos de máquinas e de processos da atualidade.
2 - A Indústria do Alumínio
A operação unitária utilizada com minérios apresentando teor apreciável de caulim é a quebra
térmica. Em minérios com teor apreciável de caulim, observam-se consideráveis teores de
sílica solúvel. A sílica solúvel consome soda no Processo Bayer formando gel e resulta na
perda de Al2O3. O tratamento térmico a uma temperatura na faixa de 300 a 400 ºC, converte a
sílica para a sua forma insolúvel. A eliminação de sílica solúvel no Processo Bayer, pode ser
conseguida pela precipitação de sílica, através da adição de carbonato, a qual proporciona a
formação de silicato de cálcio insolúvel fornecendo soda a qual retorna ao processo. Tal
procedimento pode ser descrito pela equação:
Na2CO3 + Ca(OH)2 2NaOH + CaCO3
Precipitação de sílica
A célula do Processo Hall-Herout é uma célula típica de redução de alumínio, é composta por
uma cuba retangular de aço, de comprimento variando de 9 a 24m, largura de 3 a 4m e altura
de 1 a 1,20m, forrada com um isolamento térmico refratário. Dentro da cuba encontra-se uma
parede interna de carbono que contém o eletrólito de fluorita fundida (altamente corrosiva) e
alumínio líquido. A corrente elétrica entra na célula através de ânodos. Os ânodos podem ser
os de carbono cozido, ou o ânodo de Soderberg de auto cozimento. Nos ânodos de carbono a
corrente entra na célula através de 18 a 32 ânodos e nos Soderberg através de um único ânodo
contínuo. Os ânodos utilizados no Processo Hall-Herout são compostos de carbono. Estes
ânodos reagem com oxigênio da alumina dissolvida sendo consumidos. Os insumos básicos
no Processo Hall-Herout são a criolita sintética (Na 3AlF6), AlF3, CaF2; estes insumos tem a
proporção típica de Na3AlF6: AlF3: CaF2 87:5:8 a uma temperatura de 920ºC, tais insumos
são fundentes que abaixam a temperatura do banho. O principal índice químico de controle na
produção eletrolítica de alumínio é a relação NaF/AlF3 , dita razão de banho, quando em
base mássica (EUA) e razão de criolita , quando molar (Europa). Sua faixa de utilização é
justificada pela formação do eutético ternário(~920 º). A formação do eutético ternário com a
alumina abaixa mais a temperatura do banho. As células de redução de alumínio são
conectados em série formando uma linha que permite o uso de retificadores de alta voltagem,
os quais são mais baratos que os de alta corrente. A faixa típica de número de fornos é de 150
a 200 células. As duas principais espécies aniônicas contendo flúor, oxigênio e alumínio no
banho eletrolítico do processo Hall-Herout, e as estruturas das ligações entre oxigênio,
alumínio e flúor são:
Al2O2F4-2, formado a partir da reação 2Al2O3 + 2AlF6-2 Al2O2F4-2.
A produção envolve uma reação catódica, na qual ocorre em três etapas descritas pelas
equações a seguir:
-
1. Al2 OF6-2(banho) Al2OF4 + 2F (banho)
- -
2. Al2 OF4 + 2 e- Al2F + AlOF 2
- -
3. AlF2 + e- Al(liq) + 2F (banho)
4
A espécie Al2OF6-2 vai para o cátodo arrastando os íons 2Na+ que provoca um aumento da
concentração de NaF na interface, aumentando a temperatura de fusão.
A reação anódica do Processo Hall-Herout ocorre em apenas uma etapa conforme a equação
C + 2 O-2 CO2 + 4 e-, sendo que o CO2 é essencialmente o primeiro produto formado no
ânodo, pelo volume de gás produzido ou carbono consumido.
5
Após a concentração dos minérios sulfetados de zinco, a operação unitária necessária antes do
processo de extração metálica propriamente dita é a ustulação, que é descrita pela seguinte
equação:
7
A figura 2 mostra a rota hidrometalúrgica ácida (H 2SO4) para a produção de zinco metálico,
sendo esta rota utilizada para minérios com baixo teor de chumbo.
PCO
200
PCO
2 842
Na operação de refino de zinco o Pb e o Cd, estes elementos podem ser extraídos por uma
liquefação para impurezas de Pb mínima de 1,2% e para maior pureza, utiliza-se a destilação
fracionada de Pb e Zn. Na produção de somente chumbo, em alto-forno em que se tem ao fim
o bullion de chumbo (sínter + fundente + coque) em uma atmosfera oxidante para ferro e
zinco a relação pressão de CO: pressão de CO2 deve ser igual a um.
Como se prevê a partir da análise dos diagramas de solubilidade entre espécies químicas, a
medida em que a temperatura é reduzida, há uma diminuição na solubilidade das diferentes
substâncias, supersaturando a solução e também o banho metálico. Isso possibilita a
segregação das fases líquidas, e sua posterior separação, usualmente via remoção do
sobrenadante. Tal operação é denominada liquação.
Um exemplo desse processso é o refino por “drossing”. O bullion líquido a 327ºC, mantido
sob moderada agitação, forma uma nata (borra) com As, Sb, Sn, Fe e com uma quantidade
substancial de Pb. A adição de pequenas quantidades de enxofre possibilita a separação do
cobre.
Metal Al Cu Fe Pb Ni Sn Zn
Energia (GJ/t) 220-250 95-110 25-30 20-25 140-150 145-155 60-70
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4 - A Indústria do Cimento
A procura de um aglomerante mais resistente à ação das águas e das intempéries, capaz ainda
de aglomerar mais fortemente os materiais a ele incorporados, levou à descoberta de novos
produtos como cal hidráulica, material intermediário entre a cal aérea e o cimento, embora
não seja encontrada no mercado.
A cal hidráulica é obtida da calcinação de rochas calcárias com elevados teores de elementos
argilosos (menores que 5%). Tais elementos reagem com a cal viva produzida transformando-
se em outros compostos.
O cimento Portland é resultante do cozimento, a uma temperatura de 1450 ºC, de uma mistura
de calcário e argila cominuídos e dosados em proporções convenientes. O clínquer é um
material escuro e duro resultante da queima no forno, que moído e misturado ao sulfato de
cálcio hidratado (gibsita) compõe o Cimento Portland.
As matérias primas utilizadas na fabricação de cimento devem conter Cálcio (Ca), Silício (Si),
Alumínio (Al) e Ferro (Fe), pois estes são os elementos químicos que, combinados, vão
produzir compostos hidraulicamente ativos, ou seja, quando misturados à água produzem
algum tipo de reação que dão ao cimento as características acima citadas.
4.1.2 - Argila – As argilas são rochas e, como tal, constituídas de um certo número de
minerais em porções variáveis. Os minerais argilosos são essencialmente silicatos de alumínio
hidratados. Em algumas argilas o alumínio é substituído parcialmente pelo ferro, podendo
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4.1.4 - Farinha (CRU) – a obtenção da farinha envolve dois processos básicos: a britagem,
responsável pela fragmentação e cisalhamento do calcário, e também, pela redução e
adequação da granulometria do minério quando necessário, preparando-o para a fase seguinte;
e a pré-homogeneização, que é o processo de empilhamento ordenado e adequado do calcário
após a britagem, visando atenuar as variáveis intrínsecas dos minerais rochosos.
4.1.5 - Clínquer – A farinha após ser homogeneizada e estocada, segue para a alimentação do
forno que dará origem a formação do clínquer. A farinha entra no sistema a uma temperatura
em torno de 65ºC, sendo então aquecida até o seu cozimento e transformação em clínquer. O
forno atinge temperaturas altíssimas, podendo chegar a 1450ºC, proporcionando o seu
cozimento e transformação em clínquer.
4.1.6 - Gesso - É o sulfato de cálcio, que tem a finalidade de controlar o tempo de pega
(endurecimento) do cimento após a adição de água.
4.1.9 - Filler – Através da moagem fina d calcário, basalto, materiais, carbonáticos, etc., é
obtido filler. Devido a sua granulometria, esse material inorgânico aumenta a
trabalhabilidade, diminui a capilaridade e a permeabilidade de argamassas e concretos.
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A argamassa é a mistura e ligantes, agregados e água, isto é, uma mistura com areia da cal
hidratada ou leite de cal. Os ligantes (ou aglomerantes) podem ser cal e cimento; e os
agregados são materiais inertes (areia, brita, pó de bauxita), podem ser leves (bentonita
expandida, vermiculita, cinzas volantes, etc.).
Os aglomerantes são materiais pulverulentos que misturados à água formam uma pasta capaz
de endurecer por simples secagem ou através de complexas reações químicas. Os
aglomerantes se classificam quanto ao endurecimento em: quimicamente inertes e os
quimicamente ativos, que podem ser aéreos (aglomerados que conservam suas propriedades
somente em presença de ar como o cal e o gesso) e hidráulicos ( resistem à ação da água após
endurecidos e seu endurecimento é dado exclusivamente pela ação da água); e quanto ao
tempo de pega em de pega rápida ( ocorre em até 30 minutos), de pega semi-rápida (ocorre de
30 minutos a uma hora) e de pega norma (ocorre de uma a seis horas).
A formação do C4AF, se dá pela combinação de todo o ferro presente com parte da cal e da
alumina. Este composto é caracterizado pela sua pega rápida e baixa resistência mecânica,
porém, é mais resistente ao ataque de águas agressivas e libera muito calor na hidratação.
A formação do C3A, ocorre com a combinação de cal e alumina, caso ainda exista alumina. É
o composto responsável pelo rápido início na pega, e como o anterior, apresenta baixa
resistência mecânica, porém, tem menor resistência às águas agressivas. Contraditoriamente,
se este estiver em uma concentração menor do que 5%, este é dito resistente às águas
agressivas. É um composto que libera uma grande quantidade de calor de hidratação. A fim de
se reduzir a afinidade com a água, adiciona-se gibsita ao clínquer.
O C2S se forma com a combinação de toda a sílica com a cal, sendo responsável pela
resistência mecânica a longo prazo e a resistência às águas agressivas. É dito de pega e
endurecimento lentos. Este composto, libera um baixo calor de hidratação e tem boa
estabilidade química.
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Já o C3S se forma com o restante da cal que se combina com parte do composto anterior. É o
principal composto responsável pela resistência mecânica a curto prazo. Possui elevado calor
de hidratação, pega lenta e endurecimento rápido.
A razão, ou módulo de sílica é definida pela relação entre o teor de sílica e os teores de
alumina e óxido de ferro na farinha, ou seja, entre a sílica e os fundentes, e pode ser dada pela
expressão:
t SiO2
MS
t Al2O3 t Fe2O3
Usualmente tem-se que a razão de sílica está compreendida entre 1,7 e 3,1, sendo que o valor
ideal da razão sílica, esteja na faixa de 2,4 a 2,7.
A relação alumina/ ferro é a relação entre os teores destes fundentes na farinha. A relação
alumina/ ferro pode ser dada pela expressão:
t Al2O3
Al / Fe
t Fe2O3
Este fator está usualmente compreendido entre os valores 1,2 e 3,2, sendo que o valor ideal
esteja compreendido na faixa de 1,4 a 1,6.
O fator de saturação de cal (FSC) é a relação entre o teor de CaO e os teores de SiO 2, Al2O3 e
Fe2O3 existentes na farinha. O FSC pode ser dado pela expressão:
t CaO
FSC 100
2,80 t SiO 2 1,18t Al2O3 0,65t Fe2O3
Se FSC for menor do que 1%, não haverá CaO suficiente para as reações. Quando o valor de
FSC é pequeno, não há CaO livre no clínquer.
Usualmente, o valor de FSC está compreendido de 0,95 a 1,11%, sendo o valor de 0,96 o
geralmente planejado.
O clínquer sofre diversas modificações de acordo com a sua temperatura, podendo ser citadas
as seguintes:
Britagem
Dosagem
Moagem e
Secagem
Homogeneização e
Estoque
Forno Rotativo
ar frio ar aquecido
Resfriador
Clínquer + gibsita
+ adições
Moagem final
Depósito de
Cimento Portland
O calcário extraído nas frentes de lavra é encaminhado ao britador, onde é reduzido para uma
granulometria compreendida na faixa de 1 – 2 cm, já a argila é esboroada, sendo ambos
encaminhados ao depósito de dosagem. No de a dosagem de argila não estar nas medidas
recomendadas, recomenda-se a adição de areia e/ ou hematita a fim de corrigir o teor de sílica
e /ou ferro.
Após este processo o material é levado para o moinho de cru, onde os grãos serão reduzidos
ao diâmetro de aproximadamente 50 m. Após a moagem o material é seco com jatos de ar
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quente que vem do resfriador. A moagem faz com que a área específica das partículas
aumente promovendo assim, o aumento da reatividade no interior do forno, o que facilita a
ocorrência e o desenvolvimento das reações químicas responsáveis pela formação do clínquer
(farinha crua). Esta mistura deve ser constantemente, pois ela está intimamente ligada ao tipo
de cimento na qual se deseja fabricar. A homogeneização do clínquer se dá pela injeção de ar
comprimido, na parte inferior do silo, a uma pressão de, aproximadamente 0,25 MPa, o
chamado leito fluidizado.
Os fornos rotativos são hoje os mais difundidos, sendo constituídos de gigantescos cilindros
de aço, com um diâmetro de cerca de 2 metros, e 40m de comprimento. Estes são revestidos
internamente por material cerâmico refratário, apresentando uma inclinação de 3 a 5% em
relação ao eixo horizontal, com velocidade periférica de 2 rpm.
A farinha crua desce para o forno pela torre de ciclone, onde é pré-aquecida à temperatura de
cerca de 900ºC pelos gases quentes que sobem no forno. No forno distinguem-se três fases de
queima a descarbonatação, a sinterização e a clinquerização.
A descarbonatação é um processo de ocorrência imediata e faz com que a cal esteja pronta
para a reação com os componentes argilosos. A sinterização, ocorre na parte central do forno
a uma temperatura da ordem de 1100ºC, onde são rompidas as ligações químicas entre todos
os elementos os quais se tornam aptos à futuras reações. A partir daí são formados os
primeiros compostos (C3AF e C3A). A terceira fase ocorre a uma temperatura de 1450ºC,
quando são formados os compostos C2S e C3S, considerados os mais importantes constituintes
do cimento Portland.
O clínquer resfriado, é conduzido para depósitos onde sofrerá uma blendagem com gibsita e
outras adições. A gibsita com teor de 3 a 4% da massa do clínquer, tem por finalidade o
retardo da pega do mesmo. As adições (escória de alto-forno, pozolana e filler calcário) são
então, oportunamente misturadas ao clínquer e à gibsita, em teores estabelecidos por normas
para a composição dos vários tipos de cimento encontrados no mercado.
Toda a mistura é então encaminhada para o moinho de bolas onde será pulverizada e
homogeneizada, passando a compor o cimento Portland, o qual será encaminhado para silos
onde será armazenado até ser ensacado ou vendido à granel.
No Brasil, são atualmente fabricados vários tipos de cimento Portland, sendo os mais
conhecidos o Cimento Portland Comum (CP-I e CP-I-S), o Cimento Portland Composto (CP-
II-E, CP-II-Z e CP-II-F), o Cimento Portland de Auto-Forno (CP-III), o Cimento Portland
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O CP-II-Z é mais indicado para localidades de clima frio, o que dificulta a pega do
aglomerante. As resistências iniciais ficam comprometidas, mas o baixo calor de hidratação
favorece o não aparecimento de fissuras devidas à retração. É considerado de durabilidade
ampliada, uma vez que apresenta melhor resistência ao ataque de sulfatos.
A tabela 9 mostra os principais tipos de cimento Portland, suas respectivas, siglas, classes
(resistência à compressão) e adições.
CP-II-E 25 – 32 – 40 56 – 94 6 – 34 - 0 – 10
Composto CP-II-Z 25 – 32 – 40 76 – 94 - 6 – 14 0 – 10
CP-II-P 25 – 32 – 40 90 – 94 - - 6 – 10
Alto-forno CP-III 25 – 32 – 40 25 – 65 35 –75 - 6–5
Pozolânico CP-IV 25 – 32 45 – 85 - 15 – 50 0–5
Alta Resistência CP-V ou _ 95 –100 - - 0–5
Inicial ARI
4,5 para
C3A >8%
% de
resíduo 2,5 16,0 2,5 1,0 1,5 1,0 5,0
insolúvel
% de perda
6,5 4,5 4,5 4,5 2,0 4,5
ao fogo
% de CO2 5,0 3,0 3,0 3,0 1,0 3,0
Óxido Percentagem
SiO2 57,8
Al2O3 24,2
Fe2O3 10
CaO 3,2
Outros 4,8
Total 100
A perda por calcinação desse argilito (ou folhelho) havia acusado o valor de 9,8%. Analisar a
aplicabilidade desse argilito para a fabricação de cimento juntamente com o calcário e estima
a percentagem da mescla para a farinha (cru), se for o caso.
Para que este problema seja resolvido é necessário seguir os seguintes passos de resolução:
1. Estimar o teor de CaO, SiO2 e Al2O3 no calcário;
2. Plotar o calcário calcinado em um diagrama ternário CaO-SiO2-Al2O3;
3. Plotar o argilito no mesmo diagrama;
4. Plotar o triângulo de composição do cimento Portland;
5. Determinar as proporções das matérias-primas calcinadas, através da média ponderada
(regra da alavanca);
6. Calcular a blendagem das matérias-primas in natura;
7. Calcular a composição do clínquer (adotando 1,5% de SO 3, oriundo do combustível e
minerais).
Dados: massas moleculares: Al = 27g, H = 1g, Si = 28,1 g, Ca = 40,1 g e C = 12g.
SiO2
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Cimento
Portland
CaO 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Al2O3
Solução:
1 - ESTIMATIVA DE CaO, SiO2 E Al2O3 NO CALCÁRIO
T > 900ºC
Com uma concentração de CaCO3 de 100,1 g/mol, de CaO de 56,1 g/mol e de CO 2 (que é
liberado para atmosfera) de 44 g/mol.
56,1
Teor de CaO: t CaO 100,1 88% 49,3%
Com uma concentração de Al2Si2O5(OH)4 de 258,2 g/mol, de Al2O3 de 102,0 g/mol, SiO2 de
2 60,1 g/mol e de H2O de 2 18g/mol.
102,0
Teor de alumina: t Al O 11 % 4,3%
2 3
258 ,2
120,2
Teor de sílica (livre + oriunda da culinita): t SiO 1% (Livre) 258,2 11 % 6,1%
2
49,3
XCaO 82,6%
49,3 4,3 6,1
6,1
XSiO2 10,2%
59,7
4,3
X Al2O3 7,2%
59,7
22
24,2
Fração de Alumina : X Al2O3 28,4%
85,2
3,2
Fração de Cal: XCaO 3,8%
85,2
Total de 100%
Para
X
A CaO 0,745
XSiO
2 max
X
B CaO 0,655
XSiO
2 min
X
C CaO 0,630
X Al O
2 3
Regra da alavanca
* *
k arg. farg. (10,0 2,2) 2,2 k calc . fcal .
Onde :
*
farg. é a proporção de argilito calcinado;
*
fcalc. é a proporção de calcário calcinado.
* *
Tem - se que : farg. fcalc . 1.
P = calcário calcinado;
Q = argilito (ou folhelho) calcinado;
M = ponto de mescla (selecionado).
____ ____
Então: k arg. f arg.
* *
MQ MP k calc . f calc .
Então: k arg. 0,852 (pois existe 14,8% de Fe2O3 e " outros", além de Si - Ca - Al)
1
k calc (pois há componentes não voláteis dentro do sistema Si - Ca - Al)
1
Daí :
* 2,2
0,852 farg 24,87% 24,9%
6,646 2,2
*
fcalc . 75,13% 75,1%
186,3
calcário: f calc. 153,4 82%
7 – COMPOSIÇÃO DO CLÍNQUER
cor
;
75,1
Calcina: f calc 74,0%
.
cor 1,015
24
Parâmetros de qualidade:
- fator de saturação de cal:
100 t CaO
FSC
2,8 t SiO 2 1,18 t Al 2O3 0,65 t Fe 2O3
100 61,91
FSC 81,82%
2,8 21,71 1,18 11,26 0,65 2,45
O valor de FSC é considerado baixo sendo o ideal FSC = 0,96 ou 96%;
t SiO 2 21,71
- módulo de sílica: MS 1,58 , que é considerado baixo,
t Al2O 3 t Fe 2O3 11,26 2,45
pois o ideal é que esteja entre 2,4 e 2,7;
t Al2O3 11,26
- módulo de Alumina: MA 4,59 , que é considerado um valor alto, pois
t Fe2O3 2,45
o ideal é que esteja entre 1,4 e 1,6.
CONCLUSÃO: O cimento que seria de baixa qualidade. Neste caso, seria necessário a adição
de componentes extras para a diminuição do “blend” (mescla).
É importante ressalatar que no caso do ciclone ser destinado ao trabalho como preaquecedor
de farinha (mistura moída de calcário, argila, areia e corretivos), seu diâmetro pode ser
estimado pela seguinte equação:
ε
D c 0,536 4 Vtt2 ρ ,f
ΔP
m.clínquer
Vtt 2 K preaq
ρ ftt
ρ ρ ftt C massa
,
f
0,23 L L q ar
Θ 9,84
iN D
0,9
q s D part
5 – A Indústria da Cal
25
A reação de produção de cal calcítica é CaCO3 CaO + CO2 com H = 494 kJ/kg de cal
(1200/ 1300ºC).
A cal hidratada (ou extinta ou ainda aérea) é um aglomerante aéreo obtido da hidratação da
cal virgem. A cal hidratada é um pó fino e branco. A reação de produção da cal hidratada é
mostrada a seguir: CaO + H2O Ca(OH)2 + calor.
Os critérios para o dimensionamento do volume efetivo de reator químico genérico são os que
se seguem:
1 - Verticais
1.1 - Em batelada (1,1 m3 de lenha/ t de CaO).
1.2 - Contínuos
1.2.1 - Cuba simples (Azbe 40 a 250 t/dia, 4600 kJ/kg de CaO).
1.2.2 - Cubas múltiplas (até 1000 t/dia).
2 – Leito Fluidizado
2.1 – Dorr – Flusolid (dpart= 0,3 a 2,5 mm; 220 t/dia, 980ºC; 4900 kJ/kg de CaO).
2.2 – FFE (dpart= 1,0 mm; 4600 kJ/kg de CaO; 1150ºC).
3 – Horizontais (rotativos)
3.1 – Longos (dpart= 7# a 2,5”; 6700 a 7100 kJ/kg de CaO).
3.2 – Curtos (dpart= 3/8” a 2,5”, com pré-aquecimento, Q= 500 a 1500t/dia; i= 1 a 3º).
4 – Túnel anelar
4.1 – Câmara rotativa (100 a 300 t/dia; 6100 kJ/kg de CaO; 960ºC).
4.2 – Câmara fixa (Tipo Hoffman (1865); 12 a 20 seções; 0,5 a 1,2 m/h; 4100 kJ/kg de
CaO.
5 – Mistos/ Especiais
5.1 – DSO (5 estágios (17m); dpart= 16 a 30 mm; 930ºC (na câmara superior); 1130ºC
(na câmara inferior); 4100 kJ/Kg de Cao.
26
5.2 – Hereshoff (até 500t/dia; 4 a 12 câmaras em pilhadas; velocidade das pás: 0,5 a 2
rpm; dpart= 3,6mm a 2,5”; 900ºC).
A cal magnesiana é a cal obtida pela queima (calcinação) da dolomita (carbonato duplo de
cálcio e magnésio), que obedece a seguinte reação:
Componente Percentual
C 85,43
H2 11,31
O2 2,70
N2 0,22
S 0,24
Calcário Argamassa
CaCO3 Endurecida (CaCO3)
27
H2O
CO2 CO2
Cal Hidratada
Ca(OH)2
As cales podem ser classificadas segundo o seu índice de hidraulicidade (é definido com
sendo a relação entre a soma das parcelas argilosas encontradas na rocha, pela quantidade de
cal virgem obtida na mesma rocha) e pode ser dado pela equação: