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(Versão março de 2016)
1. Objetivo
2. Licenciamento Ambiental
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e
medidas de controle ambiental que devem ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental. (Resolução CONAMA nº. 237/97).
• Licença Ambiental Prévia (LAP): Com prazo de validade de no mínimo, o estabelecido pelo
cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou
atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos, é concedida na fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas
próximas fases de sua implementação. Lei nº. 14.675/09 combinada com a Resolução CONAMA
nº. 237/97, art. 8º, inciso I e art.18, inciso I.
• Licença Ambiental de Instalação (LAI): Com prazo de validade de no mínimo, o estabelecido pelo
cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis)
anos, autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental,
e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Lei nº. 14.675/09 combinada
com a Resolução CONAMA nº. 237/97, art. 8º, inciso II e art.18 inciso II.
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• Licença Ambiental de Operação (LAO): Com prazo de validade de no máximo, 10 (dez) anos,
autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do
que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação (Lei nº. 14.675/09 combinada com a Lei Complementar Municipal
n°. 184/2012 e a Resolução CONAMA nº. 237/97, art. 8º, inciso III e art. 18 inciso III). A Lei
Complementar Municipal n°. 184/2012, estabeleceu a taxa para análise de Licenças Ambientais de
Operação com prazo de validade de 04 (quatro) anos, podendo por decisão motivada, o prazo ser
dilatado ou reduzido com aumento ou diminuição proporcional nos valores a serem cobrados pela
FUNDEMA.
• No ato da entrega dos documentos acima descritos, será emitido protocolo de atendimento, taxa
referente a licença ambiental solicitada, conforme Lei Complementar Municipal n° 184/2012 e
indicação dos documentos a serem apresentados, conforme esta IN n° 19.
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• Análise pela FUNDEMA dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a
realização de vistorias técnicas.
De acordo com o disposto nas Resoluções CONSEMA nº. 01/06 e alterações, as atividades listadas
no Quadro 3.1.1 necessitam da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório
de Impacto Ambiental a ser apresentado na fase de requerimento da Licença Ambiental Prévia.
Segundo o disposto na Lei nº. 11.428/06, havendo necessidade de supressão de vegetação primária
ou secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, as atividades listadas
no Quadro 3.1.1 necessitam da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório
de Impacto Ambiental a ser apresentado na fase de requerimento da Licença Ambiental Prévia.
O EIA também deve contemplar programa de compensação ambiental com indicação de aplicação
dos recursos previstos na Lei nº. 9.985/00, art 36, e conforme Resolução CONAMA 371/06 e Lei
nº. 14.675/09.
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De acordo com o disposto na Resolução CONSEMA nº. 01/06 e alterações, as atividades listadas no
Quadro 3.2.1 necessitam da elaboração de Estudo Ambiental Simplificado, conforme Termo de
Referência disponibilizado a ser apresentado na fase de requerimento da Licença Ambiental Prévia.
Segundo o disposto na Lei nº. 11.428/06, havendo necessidade de supressão de vegetação primária
ou secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, as atividades listadas
no Quadro 3.2.1 necessitam da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório
de Impacto Ambiental a ser apresentado na fase de requerimento da Licença Ambiental Prévia.
De acordo com o disposto na Resolução CONSEMA nº. 01/06, art. 6º, o licenciamento ambiental de
regularização necessita da elaboração do Estudo de Conformidade Ambiental, a ser apresentado por
ocasião da solicitação da licença ambiental. O nível de abrangência dos estudos constituintes do
Estudo de Conformidade Ambiental guardará relação de proporcionalidade com os estudos técnicos
utilizados no licenciamento da atividade (EIA/RIMA e EAS).
4 Instruções Gerais
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empreendedor deve requerer a Autorização de Corte de vegetação apresentando o Estudo de
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
• Nas faixas marginais dos recursos hídricos existentes na área mapeada para implantação do
empreendimento, deve ser respeitado o afastamento mínimo previsto na legislação vigente.
• A disposição final de material estéril excedente, fora da área do empreendimento, deverá constar
no processo de licenciamento ambiental do empreendimento.
• As análises devem ser realizadas por laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) ou em laboratórios reconhecidos
pela FUNDEMA para parâmetros de interesse.
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• A ampliação do empreendimento depende do competente licenciamento ambiental.
• Os arquivos de texto e estudos ambientais devem ser redigidos em português, apresentar tamanho
de folha A4 (210mm x 297mm) e serem entregues em formato pdf texto.
• As plantas e mapas devem seguir as Normas Brasileiras (ABNT), com unidades do Sistema
Internacional de Unidades e devem ser entregues no formato pdf.
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• Para enquadramento da ação pretendida na condição de “atividade similar”, prevista na alínea “k”
do inciso X do artigo 3º da Lei n. 12.651/2012; a superintendência da Fundema considerará o
recurso ambiental em seus mais diversos aspectos, sob um “olhar local e global de 360º”;
ponderando, inclusive, pela essencialidade de preservação do recurso e sua situação frente a
intervenções semelhantes que possam interferir em suas qualidades, tais quais tubulações a
montante e jusante e suas características de balneabilidade e salubridade.
• Aos cursos d´água canalizados não será empregada por mera ficção jurídica as restrições
ambientais destinadas aos cursos d’água não canalizados; em consonância ao disposto na legislação
municipal atual e por primazia dos princípios da racionalidade e razoabilidade que regem as
decisões da Fundema.
• Poderão ser exigidos outros documentos necessários à análise do empreendimento proposto, com
base em sua especificidade técnica.
Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
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culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas
na legislação vigente; d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados
predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, conforme Lei nº
11.977/09; e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes
tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade; f) as
atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade
competente; g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade
proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo.
Área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano ou em área de
expansão urbana identificada pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica.
Área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade demográfica relevante e malha
viária implantada e que tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura
urbana implantados:
a) drenagem de águas pluviais urbanas;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica;
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.
Canalização (seção aberta e fechada): modificação ou alteração da seção de um curso d’água (rio,
ribeirão, córrego etc.), podendo ser a céu aberto (canais) ou de contorno fechado (galerias),
normalmente com seções geométricas trapezoidal, retangular ou circular, e revestidos com terra,
enrocamento (rachão), pedra argamassada, concreto, gabião, terra armada, entre outros.
Curso d'água: fluxo de água natural, não exclusivamente dependente do escoamento superficial da
vizinhança imediata, com a presença de uma ou mais nascentes, correndo em leito entre margens
visíveis, com vazão contínua, desembocando em curso de água maior, lago ou mar; sendo também
considerados cursos de água a corrente, o ribeirão, a ribeira, o regato, o arroio, o riacho, o córrego,
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o boqueirão, a sanga e o lageado.
• Cópia da Ata da eleição de última diretoria quando se tratar de Sociedade ou do Contrato Social
registrado quando se tratar de Sociedade de Quotas de responsabilidade Limitada.
• Cópia do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou do cadastro de Pessoa Física (CPF).
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elaboração do estudo hidrológico.
• Cópia da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, expedida pela Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da Diretoria de Recursos Hídricos, em
atendimento a Lei Estadual nº. 14.675/09, art. 50 Parágrafo Único.
• Cópia autenticada do documento que comprove a posse ou possibilidade de uso do imóvel para
implantação do empreendimento (execução da obra) (casos de intervenção de baixo impacto em
áreas privadas).
• Cópia Licença Ambiental de Operação das unidades de destinação final de resíduos da construção
civil, quando couber.
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• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica (AFT) do(s) profissional(is)
habilitado(s) pela elaboração dos Programas Ambientais.
• Estudo de Conformidade Ambiental (ECA). O ECA dever ser subscrito por todos os profissionais
da equipe técnica de elaboração. (Necessário para empreendimentos em regularização).
• Cópia da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, expedida pela Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da Diretoria de Recursos Hídricos, em
atendimento a Lei Estadual nº. 14.675/09, art. 50, quando couber.
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estabelecidos na Licença Ambiental de Operação, e informando se houve ou não ampliação ou
modificação do empreendimento, acompanhado de relatório fotográfico.
O Estudo Ambiental Simplificado é um estudo técnico elaborado por equipe multidisciplinar que
oferece elementos para a análise da viabilidade ambiental de empreendimentos ou atividades
consideradas potencial ou efetivamente causadoras de degradação do meio ambiente. O objetivo de
sua apresentação é a obtenção da Licença Ambiental Prévia.
O Estudo Ambiental Simplificado deve abordar a interação entre elementos dos meios físico,
biológico e sócio econômico, buscando a elaboração de um diagnóstico integrado da área de
influência do empreendimento, possibilitando a avaliação dos impactos resultantes da implantação
do empreendimento, e a definição das medidas mitigadoras, de controle ambiental e compensatório,
quando couber.
Este Termo de Referência apresenta o conteúdo mínimo a ser contemplado. De acordo com o porte
do empreendimento, da área de inserção e da capacidade de suporte do meio, a FATMA pode
solicitar estudos complementares como Estudo de Análise de Riscos bem como outras informações
que julgar necessárias para a análise do processo de licenciamento.
Caso o Estudo Ambiental Simplificado não seja suficiente para avaliar a viabilidade ambiental do
objeto do licenciamento, será exigida a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo
Relatório de Impacto Ambiental.
1. Objeto de Licenciamento
2. Justificativa do Empreendimento
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12.651/2012.
2.2 Comprovar a inexistência de alternativa técnica e locacional viável, para os casos em que o
empreendimento compreender supressão de vegetação primária e secundária em estágio avançado
de regeneração do Bioma da Mata Atlântica, em atendimento ao previsto na Lei nº. 11.428/06.
2.3 Nos casos de canalização em seção fechada, comprovar a inexistência de alternativa técnica e
locacional viável para a intervenção.
3. Caracterização do Empreendimento
3.1 Descrever o empreendimento contemplando os itens abaixo, deverão ser plotadas em carta
topográfica oficial, original ou reprodução, mantendo as informações da base em escala mínima de
1:50.000.
3.4 Descrever as obras apresentando acessos provisórios e/ou definitivos, canteiros de obras,
alojamentos, usina de concreto, desvio provisório do curso d'água, entre outras.
3.7 Informar o tratamento e destino dos efluentes a serem gerados na fase de instalação, e sua
concordância com a legislação vigente.
3.8 Informar o destino dos resíduos sólidos gerados na fase de implantação, e a situação da
destinação proposta em relação à legislação vigente.
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As informações a serem abordadas neste item devem propiciar o diagnóstico da área de influência
direta (AID) e da área de intervenção do empreendimento, refletindo as condições atuais dos meios
físico, biológico e socioeconômico.
Devem ser inter-relacionadas, resultando num diagnóstico integrado que permita a avaliação dos
impactos resultantes da implantação do empreendimento.
4.3. Apresentar em planta planialtimétrica, em escala adequada, a localização dos recursos hídricos
naturais e artificiais, perenes ou intermitentes (riachos, sangas, açudes, lagos, lagoas, nascentes,
rios, drenagens, linhas de talvegue, áreas alagáveis ou inundáveis, banhados, afloramento do lençol
freático, etc.) e demais áreas de preservação permanente (APP).
a. Caracterização do clima regional com descrição sucinta das condições meteorológica e suas
variações;
d. Descrição dos usos atuais da água, quantidades aduzidas e conflitos de usos na AID.
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d. Levantamento detalhado das espécies endêmicas, imunes ao corte e das ameaçadas de extinção;
e. Mapa da área total do empreendimento indicando a localização das principais formações vegetais
e a exata localização dos espécimes endêmicas, imunes ao corte ou ameaçados de extinção;
i. Bibliografia consultada.
4.9. Caracterizar a fauna local e sua provável interação com a flora, contemplando:
d. Bibliografia consultada.
▪ Bibliografia consultada.
4.11. Caracterizar o uso e ocupação do solo atual, as condições sociais e econômicas da população e
os serviços de infraestrutura.
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4.14. No caso de remoção de população, apresentar dimensionamento preliminar e caracterização
econômica e social da população a ser removida, bem como indicação dos locais propostos para
reassentamento.
4.16. Apresentar levantamento das unidades de conservação que possam ser afetadas no seu interior
ou zona de amortecimento, nos termos da Resolução CONAMA n. 428/10. Indicar as distâncias das
Unidades de Conservação em relação ao empreendimento e suas áreas de influência, considerando
as características e principais objetivos de cada unidade de conservação.
Identificar os principais impactos que poderão ocorrer em função das diversas ações previstas para a
implantação e operação do empreendimento: conflitos de uso do solo e da água,
valorização/desvalorização imobiliária, interferência com a infraestrutura existente, desapropriações
e realocação de população, supressão de cobertura vegetal, perda de “habitats”, alteração no regime
hídrico, alteração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, supressão/redução/alteração da
fauna aquática e terrestre, perda de monumentos naturais, potenciais turísticos e de bens tombados,
erosão e assoreamento, entre outros.
6.1 Apresentar as medidas que visam minimizar ou compensar os impactos adversos, ou ainda
potencializar os impactos positivos, identificados no item anterior. Essas medidas devem ser
apresentadas e classificadas quanto: à sua natureza - preventiva ou corretiva; à fase do
empreendimento em que deverão ser adotadas – implantação e operação; ao prazo de permanência
de sua aplicação - curto, médio ou longo; e à ocorrência de acidentes.
Deverão ser mencionados também os impactos adversos que não possam ser evitados ou mitigados.
Nos casos em que a implantação da medida não couber ao empreendedor, deverá ser indicada a
pessoa física ou jurídica competente.
7. Programas Ambientais
Apresentar proposição de programas ambientais com vistas ao controle e/ou monitoramento dos
potenciais impactos ambientais causados pelo empreendimento e da eficiência das medidas
mitigadoras a serem aplicadas, considerandos e as fases de planejamento, implantação e operação,
contendo no mínimo: (a) objetivo do programa; (b) fases em que se aplica; (c) indicação dos
parâmetros selecionados; (g) indicação do(s) responsável(is) pela elaboração dos programas.
8. Equipe Técnica
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Relacionar a equipe técnica responsável pela elaboração do estudo, informando: (a) nome; (b) CPF;
(c) qualificação profissional e respectivas áreas de atuação do EAS; (d) número do registro do
profissional, em seus respectivos conselhos de classe e região; (f) local e data; (g) cópia da ART ou
AFT, expedida; (h) Declaração dos profissionais, sob as penas da lei, que as informações prestadas
são verdadeiras. O coordenador do EAS deverá rubricar todas as páginas do estudo.
9. Bibliografia
Citar a bibliografia consultada.
A concessão de Licença Ambiental deve ser encaminhada pelo interessado para publicação em
Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na comunidade em que se insere o
empreendimento, com formato mínimo de 9,6 cm de largura x 7,0 cm de altura, conforme modelo
abaixo. (Resolução CONAMA nº 006/1986).
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Praça da Bandeira, nº 77, Centro
CEP: 88350-051 – Brusque – Santa Catarina
3° Andar – Prédio da Prefeitura Municipal de Brusque/SC
Fone: +55 47 3355-6193
E-mail: fundema@brusque.sc.gov.br
URL: www.brusque.sc.gov.br
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