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FACULDADES CATHEDRAL

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ARIANE GOMES FANTIN

ESPÉCIES ENDÊMICAS DO ESTADO DE RORAIMA

BOA VISTA, RR
2019
ARIANE GOMES FANTIN

ESPÉCIES ENDÊMICAS DO ESTADO DE RORAIMA

Monografia apresentada à faculdade Cathedral


para fins de obtenção do grau de Bacharel em
Ciências Biológicas.

Professora Orientadora: Andréia Silva Flores

Boa Vista, RR
2019
ARIANE GOMES FANTIN

ESPÉCIES ENDÊMICAS DO ESTADO DE RORAIMA

Monografia apresentada à Faculdade Cathedral para fins de obtenção do título de


Bacharel em Ciências Biológicas.

APROVADO EM: _____ de _____________________ de 20___.

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________________________________
ANDRÉIA SILVA FLORES

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Boa Vista, RR
2020
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
Epígrafe
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

O estudo ora apresentado é referente à pesquisa realizada por sua elaboradora,


que versa acerca das espécies de plantas endêmicas presentes no bioma que compreende
o Estado de Roraima.
Enquanto acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, foi possível em diferentes
momentos, perceber e entrar em contato com exemplares da vegetação roraimense.
Nesse sentido, ao observar a existência de relevância na exploração daquelas plantas
ditas endêmicas no Estado, uma vez que só apresentam ocorrência nesta Região
específica, e a falta de literatura disponível para a realização de pesquisas e,
consequentemente aprendizagem acerca desse tipo de vegetal, surgiu a motivação que
justifica este estudo.
Assim, ao tratar do assunto aqui abordado, estudaram-se algumas plantas, todas
pertencentes à família Fabaceae, categoria de vegetação tão importante na flora
brasileira e também na composição florística do mundo. As fabaceae, correpondem, de
acordo com Cantuária et al (2017, p. 49), a uma das três maiores famílias de plantas em
número de espécies, “estando distribuídas por todo o planeta. Contudo, algumas dessas
espécies são encontradas apenas no Estado de Roraima, sendo assim denominadas
espécies endêmicas.
Para Cantuária et al (2017, p. 50), a realização de inventários da biodiversidade
de uma determinada região geográfica representa efetiva importância para o
conhecimento dessa região. Entende-se que esse tipo de estudos tem a intenção de
realizar uma avaliação da diversidade de organismos existentes em determinado local.
Por outro lado, o grau de endemismo também poderá ser estimado por meio desse tipo
de pesquisa. Nesse sentido, para Gama et al (2013) as Fabaceae, apresentam grande
importância reginoal em termos econômicos e de representatividade também, sendo a
maior em termos de espécies. Ademais, a família das Fabaceae apresenta três
subfamílias: “Caesalpinioideae, Faboideae e Mimosoideae”, que encontram-se
caracterizadas neste registro.
Cantuária et al (2017, p. 51) ressalta ainda que, o grau de endemismo de
variedades locais é um importante requisito para a determinação das áreas de
preservação ambiental no Brasil. Nesse mesmo sentido, Da Silva (2017, p. 12 ) as
informações acerca da distribuição das espécies são imprescindíveis para o
estabelecimento da proteção e do melhor tipo de manejo dos locais onde há a presença
de endemismo.
Portanto, ao observar a relevância existente na exploração acadêmica do estudo
descritivo da família Fabaceae, é possível compreender que a motivação deste estudo
foi a problemática: De que maneira o endemismo das Fabaceae pode influenciar na
preservação ambiental no Estado de Roraima? Dessa maneira, como
questionamentos subsequentes, levantaram-se as seguintes perguntas: Existem espécies
vegetais endêmicas em Roraima? A que família pertencem? Onde ocorrem? Quais suas
características?
Após se compreender a motivação para esta pesquisa, evidenciou-se a
necessidade de estabelecerem-se objetivos para a sua realização. Para tal, como objetivo
geral determinou-se Compreender de que maneira o endemismo das Fabaceae pode
influenciar na preservação ambiental no Estado de Roraima. Como objetivos
específicos: Identificar as espécies vegetais endêmicas em Roraima, suas famílias,
região onde ocorrem, além de descrevê-las.
Assim, mediante o estabelecimento da problemática e das metas a serem
alcançadas, percebeu-se que a pesquisa de abordagem mista, isto é qualitativa e
quantitativa seria a que mais se adequava a este registro. Dessa forma, este estudo se
concretizou por meio de uma pesquisa quali/quanti, do tipo descritiva.
Nesse contexto, o trabalho aqui apresentado ressaltou a importância de sua
temática, mesmo tendo em vista que ainda são escassos os trabalhos, estudos científicos
e a bibliografia de modo geral, acerca do assunto que trata.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A VEGETAÇÃO ENDÊMICA


Uma espécie endêmica, conforme o portal Pensamento Verde (2017), é a que se
diz, de animal ou vegetal que ocorre somente em uma região ou determinada área
geográfica. Conforme Giulietti (2016, p. 50), uma região que abriga espécies endêmicas
são chamadas de refúgios:
Essas são áreas de refúgio para muitas espécies aquáticas, vegetais e animais,
e desempenham um papel fundamental na sobrevivência de muitas espécies
de peixes, aves e mamíferos, que completam seu ciclo de vida associados a
esses ambientes (GIULIETTI, 2016, p. 50).

De acordo com Montesanti (2019), o que se considera oposto ao endemismo é o


cosmopolitanismo, “condição na qual uma espécie é amplamente distribuída pelo
mundo, o que é bastante raro, já que a maioria das espécies está restrita a uma região
geográfica, seja ela ampla ou não”. Desse modo, pode-se considerar como endêmica,
aquela espécie restrita a um continente, um país, uma ilha ou outra região
geograficamente específica.
O endemismo, de acordo com definições coletadas no portal EMBRAPA (2019),
surge devido à evolução de uma determinada espécie em uma área geograficamente
específica, que nunca se disseminou para outras áreas ou à redução populacional da
espécie, na qual somente restou uma pequena porcentagem de espécimes e somente em
um local específico. Percebe-se que uma distribuição endêmica pode ser determinada
por limites físicos, entenda-se aqui rios, oceanos, montanhas, entre outros, ou por
limites ecológicos. Ao se tratar das barreiras do tipo ecológicas, evidenciam-se aspectos
que são requisitos para a sobrevivência das espécies, como as condições bióticas e
abióticas, a tolerância climática, entre outros aspectos relevantes que podem ou não
determinar sua restrição a um local específico. Destarte, definem-se por espécies com
maiores condições ecológicas de tolerância como aquelas que não se restringem a um
local, podendo ser encontradas em outras regiões, enquanto aquelas com maiores
exigências apresentam-se com distribuições mais restritas. Portanto,
Ambientes geograficamente isolados (ilhas remotas, áreas cortadas por rios
ou por uma cadeia de montanhas) ou áreas com condições climáticas muito
específicas (como o topo de uma montanha ou um bioma), podem favorecer
o surgimento de espécies endêmicas (MONTESANTI, 2019).

O endemismo recebe diferentes classificações; conforme Montesanti (2019),


fatores implicam na classificação das espécies endêmicas, isto é, ao serem classificados
quanto à sua origem, estes podem ser autóctones alóctones. De acordo com a autora
“organismos endêmicos autóctones são aqueles cuja diferenciação ocorreu no local onde
vivem no presente, enquanto os alóctones são aqueles que se diferenciaram num local
diferente de onde ocorrem hoje”. Outra classificação possível é quanto à idade da
espécie, isto é, podem ser chamados de paleoendêmicas se tiveram sua disseminação em
períodos remotos e sobreviveram em uma área restrita desde então, ou podem se chamar
neoendêmicas, no caso de terem sido formadas mais recentemente.
Nesse sentido, Vargas (2017) aponta que a Região Norte do Brasil, que
compreende a Amazônia, é uma região que “acumula o maior número de espécies
endêmicas do planeta”. Isso se deve ao fato de que essa área específica apresenta
características distintas de clima, água e solo que possibilitaram o surgimento,
desenvolvimento e sobrevivência de espécies únicas, que não são encontradas em
nenhuma outra região. Roraima é um estado que se localiza na Região Norte, e, por
apresentar condições ecológicas favoráveis, apresenta espécies de vegetações
endêmicas, que são objetos de estudo deste trabalho.
2.2 A FAMÍLIA FABACEAE

As Fabaceae representam uma família que, anteriormente era chamada de


Leguminosae, e, são representadas por árvores, arbustos, lianas ou ervas (COSTA,
2015).
As Fabaceae estão distribuídas em todos os continentes do planeta, à exceção
dos Pólos Ártico e Antártico, sendo encontradas em diferentes habitats e ecossistemas.
Trata-se de uma das maiores famílias, sendo a terceira maior na classificação de Lewis,
representada por 727 gêneros e aproximadamente 19.325 espécies, inferio apenas à
Orchidaceae e à Asteraceae.
As Fabaceae também conhecida como Leguminosae encontra-se distribuída em
três subfamílias, a saber: Caesalpinioideae, com cerca de 170 gêneros e cerca de 3.000
espécies; Mimosoideae, com 77 gêneros e 3.000 espécies, e a Faboideae ou
Papilonoideae, caracterizando-se por ser a maior subfamília, apresentando 476 gêneros
e cerca de 14.000 espécies (LEWIS et al, 2005).
As Fabaceae são plantas variadas, encontradas sob diferentes formas , desde
minúsculas ervas até árvores de grande porte. Podem ser identificadas em diversos
ambientes, como desertos, matas, brejos, entre outros. Apresentam raízes que
evidenciam relações de simbiose, tendo como auxílio, bactérias como as
Bradirhizobium e a Rhizobium, que facilitam a fixação do nitrogênio no solo (JUDD et
al, 1999).
Quanto às características do caule, as Fabaceae apresentam grande variedade de
estrutura dos caules. Já as folhas, são alternadas, compostas espiraladas, unifolioladas,
com estípulas e pecíolos; Apresentam glândulas e gavinhas ou nectários, outras espécies
também apresentam filódios , ou seja, folhas auxiliares para descrever as subfamílias.
(ZECCA, 2008).
As flores são hermafroditas, completa, 4-5, juntas em inflorescências; a corola é
diali ou gamopétala, actinomorfa ou zigomorfa; o androceu é diali ou gamostêmone,
podendo ser oligostêmone, diplo ou ploistêmone. Ocorrem estaminódios, o
gineceuunicarpelar, súpero, característico de toda a família. (ZECCA, 2008).
Para Doyle e Luckow (2003), do ponto de vista econômico, mais
especificamente para o mercado alimentício, a Fabaceae só perde para a Poaceae. Para
Queiroz (2009), a produção agrícola das Fabaceae, referente à produção do feijão
(Phaseolus spp), amendoim (Arachis hipogaea), soja (Glycine Max), é utilizada em
produções de aromatizantes, forragens, na adubação verde como rotação de culturas, na
produção de óleos, no fornecimento de madeiras (no caso das árvores) e também de
pesticidas e agrotóxicos. (SIMPSON, 2006).
Cardoso et al, (2003), apontam que as Fabaceae são utilizadas em sistemas
agroflorestais, os SAF’s, pela diversidade das espécies, capacidade de associação à
bactérias fixadoras de nitrogênio no solo e aos fungos micorrízicos, produção de matéria
orgânica, solo recoberto, sombra para diversas culturas e também como fonte de
recursos madeireiros e alimentícios para agricultores, animais domésticos e selvagens.
Nesse sentido, Fernandes (2007) ressalta que os diversos sistemas agroflorestais
recebem bastante incentivo entre os agricultores ecológicos que agregam conservação
ambiental e produção.
Destarte, Miranda e Abys (2000) entendem que em diferentes regiões da
Amazônia brasileira e da Guiana,
As espécies de fabaceae se integram como elemento florístico dominante, que
desempenham papéis ecológicos diversos e contribuem significativamente com a
diversidade regional, tanto em habitats florestais quanto não florestais.
Assim, Flores e Rodrigues (2010) consideram a Fabaceae como uma família
bem diversificada na Amazônia. Entretanto, poucos são os estudos realizados referentes
estritamente à região que compreende Roraima. Dentre os principais estudos florísticos
que versam acerca das Fabaceae em Roraima, estão as pesquisas de Ducke (1949),
Silva et al (1989), Lewis e Owen (1989), Flores e Rodrigues (2010), Hirt e Flores
(2012), Medeiros e Flores (2014), Braga et al (2016) e Hartman (2017).
2.3 O ENDEMISMO EM RORAIMA

O estado de Roraima apresenta em suas potencialidades, destaque por sua


riqueza ambiental. Souza (2015) entende que a diversidade de recursos naturais dos
quais dispõem, entre estes citam-se os recursos hídricos, sua fauna e sua flora, torna a
região “um celeiro biodiverso de plantas e princípios ativos à espera de exploração
científica”.
Roraima é o Estado brasileiro que se encontra mais ao Norte do país, sendo parte
da Região Amazônica brasileira e possuindo fronteira com a República Cooperativa da
Guiana e com a Venezuela.
Para Flores e Rodrigues (2010), o Estado detém “sua cobertura vegetacional
original distribuída em diferentes formações florestais e não florestais, incluindo
formações vegetais particulares como as campinas e campinaramas concentradas ao sul
e os tepuis, ao norte” ( p. 177). Os autores ressaltam que entre os ecossistemas não-
florestais, é possível encontrar as savanas da Amazônia Brasileira como destaque por
representarem a maior parte da vegetação de Roraima. Fitogeograficamente, as savanas
estão inseridas na região Guayana, sobre o Escudo das Guianas (Huber 2006). Essa
vegetação forma o que se denomina de complexo paisagístico “Rio Branco-Rupununi”
(Jansen-Jacobs & ter Steege 2000; Barbosa et al. 2007) que se estende para a Guiana e
para a Venezuela.
Conforme Miranda e Absy (2000, p. 424) “Veloso et al, (1991) classificam as
savanas de Roraima em savana arborizada (campo cerrado) e savana-estépica, mas nada
falam sobre as savanas estépicas”.
Em Roraima, estas grandes extensões de savanas são denominadas de
“campos do rio Branco” ou "lavrado". Este último termo é muito comum
entre os habitantes locais e foi introduzido na literatura corrente no início dos
anos 1900 por Luciano Pereira (Pereira 1917) embora já devesse estar sendo
usado regionalmente há mais tempo (Barbosa and Miranda 2005)
(BARBOSA et al, 2007, p. 03).

Barbosa et al (2007, p. 06), entendem que mesmo com o reduzido número de


estudos que versam sobre a diversidade de plantas das savanas de Roraima, já é possível
se perceber alguns aspectos acerca das fitofisionomias e da diversidade regional. O
primeiro aspecto é que as savanas roraimenses formam-se através da junção de dois
grandes ambientes, isto é, um grande ambiente florestal este “de menor área,
caracterizado pelas ilhas de mata, florestas ribeirinhas, florestas de altitude, etc”, e
outro grande ambiente não-florestal, “que são as chamadas savanas verdadeiras,
caracterizadas tipicamente por ambientes de vegetação aberta e que dominam a maior
área da paisagem. Neste segundo ambiente:
O sistema de classificação da vegetação brasileira (IBGE 1992) ainda adota
outra divisão: “savanas” e “savanas estépicas”. A diferença básica é que as
estépicas são encontradas em ambientes de alta altitude (> 600m) sob clima
mais seco e solo pedregoso (BARBOSA et al, 2007, p. 05).

De acordo com os mesmo autores, o primeiro grande ambiente, o sistema


florestal de Roraima, representa 29,5% da extensão do Estado, ou seja, 12.731 Km 2.
Essa ecorregião no entanto, foi descrita cientificamente por meio de levantamento
florístico poucas vezes, apresentando como destaque o realizado por Sette Silva em
1993, nas proximidades de Boa Vista, capital do Estado. No referido levantamento,
aparecem catalogadas 188 espécies de 43 famílias botânicas de árvores, distribuídas em
05 áreas amostrais (com 4 tipos florestais).
Já os biomas não-florestais, chamados de savanas abertas, representam cerca de
30.000km2 da extensão territorial roraimense, apresentando baixa diversidade do estrato
arbóreo, “com o Índice de Shannon quase sempre calculado próximo de 1,0 (Miranda et
al. 2003; Barbosa et al. 2005)”. Tal constatação se deve pela alta concentração de
indivíduos, em poucas espécies.
Em diferentes regiões do Estado de Roraima as espécies Fabaceae integram-se à
ecorregião como elementos florísticos dominantes, que desempenham papéis ecológicos
diversos e contribuem significativamente com a diversidade regional, tanto em
ambientes florestais quanto em ambientes não-florestais (SALOMÃO et al, 1988;
MIRANDA e ABSY, 2000; OLIVEIRA, 2000; HOPKINS, 2005).
No entanto, mesmo representando uma família comumente encontrada em todo
o país e em Roraima, de acordo com o portal Flora Brasil Online, neste Estado, a
Fabaceae apresenta cinco espécies endêmicas.
A primeira é a Dalbergia Guttembergii que se encontra na vegetação do tipo
savana Amazônica, apresentada sob a forma de arbustos, liana volúvel, trepadeira; A
segunda é a Entata Simplicata, que se enconta na vegetação do tipo floresta ciliar ou
galeria, floresta de terra firme, sob a forma de vida de liana/volúvel/trepadeira. A
terceira é a Macrobium Furcatum, que nasce em vegetações do tipo campinarana,
floresta de igapó e floresta ombrófila e se apresenta sob a forma de árvore. A quarta é a
Peltogyne Gracilipes, que nasce em vegetações do tipo floresta de terra firme e floresta
Ombrófila e se apresenta sob a forma de árvore. A quinta é a Tachigali Grandistipulata,
que florece em vegetações do tipo floresta de terra firme e floresta Ombrófila e se
apresenta sob a forma de vida de uma árvore.
Vale ressaltar que existem espécies que são endêmicas à Região Amazônica
como um todo, mas que, as espécies acima relacionadas são endêmicas ao estado de
Roraima apenas.
Esse endemismo é, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL,
2015, p. 312), “um fator pertinente para o estabelecimento de áreas de preservação
ambiental”. Corroborando a essa prerrogativa, o Código Florestal, Lei nº 4.771/65,
aponta que as áreas de preservação permanentes, mais conhecidas como APP’s, tem por
objetivo proteger a vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a biodiversidade, a flora e a fauna, a estabilidade geológica, o
solo, garantindo o bem-estar da população.
A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, assinada em 1992,
representa um esforço mundial para a manutenção da biodiversidade e tem
como desafio gerar diretrizes para conciliar o desenvolvimento com a
conservação e a utilização sustentável dos recursos biológicos (BRASIL,
2007, p.08).

Nesse sentido, evidencia-se a existência da necessidade de se preservar os locais


de ocorrência das plantas endêmicas em Roraima. Essa preservação é assegurada por
leis que delimitam territórios de preservação e asseguram que os biomas, ecorregiões ou
ambientes estejam a salvo da extinção. Nesse sentido, Machado (2009, p. 737)
denomina como “área de preservação como uma expressão que começou a ser muito
utilizada em razão de seu ser referente a um espaço territorial em que a floresta ou
vegetação devem estar presentes”. Desse modo, Brasil (2007, p.24) entendem como
prioridade para a determinação de uma área de preservação natural, entre outros
elementos “as áreas devem ser escolhidas priorizando as ações de conservação de
biodiversidade com maior probabilidade ou iminência de erradicação dos alvos de
conservação”. Assim, percebe-se que as espécies endêmicas se enquadram nesse
requisito e, portanto, recebem a relevância de serem preservadas legalmente.
O lavrado de Roraima é uma das áreas prioritárias para a conservação da
biodiversidade na Amazônia (Ministério do Meio Ambiente, 2008) e uma das
áreas de endemismo da América do Sul (Barbosa et al. 2007). De acordo com
o Projeto Corredores Ecológicos, o lavrado se insere no corredor norte,
considerado “globalmente relevante por sua distinção biológica e de alta
prioridade em escala regional”(Ministério do Meio Ambiente, 2002).
(BRASIL, 2017, p. 02).
Nesse sentido, é possível perceber a importância da preservação das áreas onde
ocorre a vegetação endêmica em Roraima, de modo que essas espécies sejam
preservadas e possam continuar cumprindo o seu papel na natureza.
3 METODOLOGIA

Segundo Fonseca (2002) “a pesquisa científica é o resultado de um inquérito ou


exame minucioso, realizado com o objetivo de resolver um problema, recorrendo a
procedimentos científicos”. Este estudo é referente à relação de espécies da família
Fabaceae, que apresentam-se enquanto espécies endêmicas no Estado de Roraima. Para
alcançar os objetivos propostos inicialmente, estabeleceu-se que este registro seria
resultante de uma pesquisa de abordagem mista, isto é, quali/quantitativa, do tipo
descritiva e bibliográfica, uma vez que pretendeu quantificar a ocorrência de
endemismo vegetal no estado de Roraima. Acerca das pesquisas de abordagem
qualitativa, Knechtel (2014) aponta que:
A pesquisa qualitativa busca entender fenômenos humanos, buscando deles
obter uma visão detalhada e complexa por meio de uma análise científica do
pesquisador. Esse tipo de pesquisa se preocupa com o significado dos
fenômenos e processos sociais. Mas sendo uma análise relacionada também à
subjetividade, quais são os critérios do pesquisador? Bem, ele leva em
consideração as motivações, crenças, valores e representações encontradas
nas relações sociais (KNECHTEL, 2014).

Assim, esta pesquisa trata da influência que a não-preservação de algumas


espécies, mais especificamente as endêmicas pode causar no meio-ambiente roraimense,
haja vista que as questões ambientais são, certamente questões sociais, e que, desse
modo, a pesquisa qualitativa apresenta relevância na temática abordada. Ainda acerca
dessa abordagem, Gerhardt e Silveira (2009) apontam que “a pesquisa qualitativa
preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados,
centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais”.
Contudo, por querer quantificar as espécies endêmicas, esta pesquisa possui
ainda uma abordagem quantitativa. Sobre a pesquisa de abordagem quantitativa,
entende-se que:
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa
podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e
consideradas representativas da população, os resultados são tomados como
se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A
pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo
positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos
padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem
matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre
variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa
permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente
(FONSECA, 2002, P. 20).
A pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico,
tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da
experiência humana. Por outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos
dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana, para apreender a totalidade
no contexto daqueles que estão vivenciando o fenômeno (POLIT, BECKER E
HUNGLER, 2004, p. 201).
Destarte, esta pesquisa de abordagem quali/quanti se desenvolveu sob
características descritivas e bibliográficas. Sobre as pesquisas do tipo descritivas,
Triviños (1987) afirma que: “A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de
informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os
fatos e fenômenos de determinada realidade”.
Quanto à pesquisa do tipo bibliográfica, entende-se que:
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando
referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a
resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

Desse modo, esta pesquisa científica utilizou como método de coleta de dados a
revisão bibliográfica acerca do endemismo das Fabaceae em Roraima.
Realizou portanto, um estudo sobre artigos que versavam acerca da mesma
temática, em portais virtuais como o portal SciElo, bem como em livros referentes ao
tema abordado.
3.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO

Para o levantamento das espécies das Fabaceae endêmicas e restritas ao Estado


de Roraima, reuniu-se uma lista inicial, utilizando-se os dados da Flora Brasil,
plataforma online. A partir dessa listagem, elaborou-se a planilha abaixo, onde são
descritas as ocorrências restritas à região Norte, destacando-se aquelas restritas ao
Estado de Roraima, foco deste estudo.
Nome SP Var. Região de Tipo de Forma de
nascimento vegetação vida
Abarema acreana - Acre Campinarana Árvore
Abarema - Amazonas, Campinarana, Arbusto,
campestris Pará Floresta de terra árvore
firme
Abarema Rodriguesii Amazonas Floresta de terra Árvore
curvicarpa firme
Abraema Enterolobioide Pará Floresta de terra Árvore
microcalix s firme
Abraema Parawaquarae Pará Campinarana Árvore
microcalix
Aldina - Amazonas Campinarama,fl Árvore
heterophylla oresta ombrófila
(floresta pluvial)
Aldina - Amazonas Floresta de terra Árvore
microphylla firme
Aldina - Amazonas Floresta de terra Árvore
occidentalis firme, floresta
ombrífila
Aldina polyphylla - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme, floresta
ombrófila
Alexa - Amazonas Floresta de terra Árvore
bauhiniiflora firme, floresta
ombrófila
Alexa grandiflora - Amazonas, Floresta de terra Árvore
amapá, pará firme, floresta
ombrófila
Andira - Acre, - -
macrothyrsa amazonas
Andira micrantha - Amazonas Floresta Árvore
Ombrófila
Andira - Acre, Floresta de Árvore
multistipula amazonas igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Andira parviflora - Amazonas, Floresta Árvore
pará, ombrófila
Andira praecox - Amapá Floresta de terra Árvore
firme, floresta
Ombrófila
Andira - Amazonas, Floresta de terra Árvore
unifloiolata Pará, firme, floresta
Roraima Ombrófila
Androcalymma - Amazonas Floresta de terra Árvore
glabrifolium firme, floresta
Ombrófila
Arachis marginata - Tocantins Campo limpo, Erva
cerrado (latu
sensu)
Arachis retusa - Tocantins Cerrado (latu Erva
sensu)
Bauhinia - Pará, Floresta de terra Árvore
aureopucata Rondônia firme
Bauhinia - Acre, Floresta de terra Arbusto
brachycalix Amazonas, firme, floresta
Pará Ombrófila
Bauhinia gardneri - Tocantins Cerrado (latu Subarbusto
sensu)
Bauhinia - Amazonas, Área antrópica, Arbusto,
grandiflora Pará Floresta de terra árvore
firme
Bauhinia piresii - Pará Floresta de terra Árvore
firme
Bauhinia - Tocantins Campo limpo Subarbusto
smilacifolia
Calliandra - Pará Floresta de terra Árvore
jariensis firme
Calliandra Carbonaria Amazonas, - Arbusto,
trinervira Pará árvore
Calliandra Stessocylix Amazonas Floresta de terra Árvore
trinervira firme
Canavalia - Pará Floresta de Liana
obidensis várzea (volúvel)
trepadeira
Cenostigma Pará, Floresta de terra Árvore
tocantinum Tocantins firme
Chamaecrista - Amazonas Campinarama Arbusto
aiarana
Chamaecrista - Pará Savana Arbusto
egleri amazônica
Clitoria arborea Pseudoamazon Acre, Floresta de terra Árvore
ica Amazonas firme
Clitoria falcata Latifolia Pará Floresta ciliar ou Liana
galeria (volúvel)
trepadeira
Clitoria Fruticosa Pará Floresta ciliar ou Arbusto,
leptostachya galeria liana/volúvel/t
repadeira
Clitoria - Amazonas Floresta de Arbusto
mucronulata Igapó
Clitoria obidensis - Amazonas, Floresta de terra Liana/volúvel
pará firme /trepadeira
Clitoria - Amazonas, Floresta ciliar ou Liana/volúvel
snethlageae Pará galeria /trepadeira
Clitoria stipularis - Acre, Floresta Arbusto, erva,
Roraima ombrófila liana/volúvel/t
repadeira
Clitoria - Amazonas Floresta Liana/volúvel
tunihiensis ombrófila /trepadeira
Cynometra Grandiflora Pará Floresta de Árvore
bauhinisefolia igapó
Cynometra duckei - Amazonas, Floresta ciliar ou Árvore
Pará galeria, floresta
de igapó,
floresta de terra
firme
Cynometra - Pará Floresta de Árvore
longifolia igapó
Cynometra - Amazonas Floresta de terra Árvore
macrocarpa firme, floresta
ombrófila
Cynometra - Pará Floresta de Árvore
marleneae igapó, floresta
ombrófila
Cynometra Phaselocarpa Amazonas Floresta de Árvore
spruceana igapó, floresta
ombrófila
Cynometra - Amazonas Floresta de Árvore
stenopetala igapó, floresta
ombrófila
Dalbergia - Rondônia Floresta de terra Liana/volúvel
grandistipula firme, floresta /trepadeira
ombrófila
Dalbergia - Roraima Savana Arbusto,
guttembergii amazônica liana/volúvel/
trepadeira
Dalbergia - Pará Floresta de terra Liana/volúvel
monophylla firme, floresta /trepadeira
ombrófila
Deguelia - Amazonas, Área antrópica, Liana/volúvel
decorticans Pará, floresta de terra /trepadeira
Rondônia firme
Deguelia - Amazonas, Floresta de terra Liana/volúvel
duckeana Pará, firme /trepadeira
Rondônia
Deguelia - Amazonas, Floresta de Liana/volúvel
glaucifolia Amapá, igapó /trepadeira
Pará
Deguelia - Amazonas Florestad e terra Liana/volúvel
occidentalis firme /trepadeira
Desmodium - Amazonas, Campinarama, Subarbusto
juruenense Rondônia campo de
várzea, floresta
ciliar ou galeria
Dialium - Amazonas, Florestad e terra Árvore
rondoniense Rondônia firme, floresta
ombrófila
Dicorynia Floribunda Amazonas Floresta de Árvore
paraensis igapó, floresta
ombrófila
Dicorynia Ingens Pará Floresta de Árvore
paraensis igapó, floresta
ombrófila
Dicorynia Macrophylla Amazonas Floresta de Árvore
paraensis igapó, floresta
ombrófila
Dicorynia Uaupensis Amazonas, Floresta de Árvore
paraensis Pará igapó, floresta
ombrófila
Dicymbe - Amazonas Florestad eterra Árvore
amazonica firme, floresta
ombrófila
Dicymbe - Amazonas Campinarama, Árvore
arenicola savana
amazônica
Dicymbe - Amazonas Campinarama Árvore
heteroxylon
Dicymbe - Amazonas Campinarama, Árvore
puncticulosa savana
amazônica
Dimorphandra - Amazonas, Campinarama Árvore
campinarum Pará
Dimorphandra - Amazonas, Floresta de terra Árvore
caudata Pará firme, floresta
ombrófila
Dimorphandra Velutina Pará Floresta de Árvore
cuprea igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Dimorphandra - Amazonas Campinarama, Árvore
mediocris floresta de igapó
Dimorphandra - Amazonas Campinarama, Ávore
urubuensis floresta de igapó
Diaclea ferruginea - Pará Floresta de terra Liana/volúvel
firme /trepadeira
Diaclea flexuosa - Pará Floresta de terra Liana/volúvel
firme, floresta /trepadeira
ombrófila
Diaclea - Amapá, Floresta de terra Liana/volúvel
malacocarpa Amazonas, firme, floresta /trepadeira
Pará ombrófila
Diaclea ucayalina - Acre Floresta ciliar ou Liana/volúvel
galeria, floresta /trepadeira
de terra firme,
floresta
ombrófila
Diplotropis - Amazonas Floresta de terra Árvore
rodriguesii firme, floresta
ombrófila
Discolobium - Pará Floresta ciliar ou Subarbusto
tocantinum galeria
Elizabetha bicolar Bicolar Amazonas, Floresta de terra Árvore
Pará firme, floresta
ombrófila
Elizabetha - Amazonas Floresta de Árvore
durissima igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Elizabetha - Amazonas, Floresta de terra Árvore
paraensis Pará firme, floresta
ombrófila
Elizabetha - Amazonas Floresta de terra Árvore
speciosa firme, floresta
ombrófila
Entata - Roraima Floresta ciliar Liana/volúve
simplicata ou galeria, l/trepadeira
floresta de
terra firme
Esperua disckeana - Amazonas, Floresta de terra Árvore
Pará firme
Esperua - Amazonas Floresta de terra Árvore
glabriflora firme
Esperua oleifera - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme, floresta
ombrófila,
savana
amazônica
Esperua oleifera Oleifera Amazonas Floresta de terra Árvore
firme, floresta
ombrófila
Esperua oleifera Campestris Amazonas Savana Árvore
amazônica
Esperua - Pará Floresta de terra Árvore
praesagata firme, floresta
de várzea
Harpalyce Brasiliana Pará, Cerrado (latu Arbusto
brasiliana Tocantins sensu)
Heterostemon - Amazonas Floresta de Árvore
impar várzea
Heterostemon Cariaceus Amazonas - Arbusto,
mimosoides árvore
Himenaea - Amazonas, Floresta de terra Árvore
reticulata Pará firme
Himenolobyum - Pará Floresta de terra Árvore
elatum firme, floresta
ombrófila
Himenolobyum - Amazonas, Floresta de terra Árvore
excelaum Pará firme, floresta
ombrófila
Himenolobyum - Amazonas Campinarama Árvore
grazielanum
Himenolobyum - Amazonas Floresta de Árvore
heterocarpum igapó, floresta
ombrófila
Himenolobyum - Amazonas, Floresta de terra Árvore
modestum Pará firme, floresta
ombrófila
Himenolobyum - Amazonas, Floresta de terra Árvore
sericeum Pará firme, floresta
ombrófila
Inga bicoloriflora - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Ingá bullatarugosa - Acre, Pará, Floresta de terra Árvore
Rondônia firme, vegetação
sobre
afloramentos
rochosos
Inga calantha - Acre, Pará Área atrópica, Árvore
floresta de terra
firme
Inga caudata - Amazonas - Árvore
Inga exilis - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Ingá leptocarpa - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme, floresta
de várzea
Inga microcalix - Pará, Floresta ciliar ou Árvore
Rondônia galeria
Inga obtusata - Amazonas Área atrópica, Árvore
floresta de terra
firme
Inga panurensis - Amazonas, Área atrópica, Árvore
Pará campinarama,
floresta de terra
firme
Inga polyantha - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Inga retinocarpa - Pará Floresta Árvore
ombrófila
(=floresta
pluvial)
Inga salicifoliola - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Inga - Pará Área atrópica, Árvore
santaremnensis floresta de terra
firme
Inga stipularis - Acre, Área atrópica, Árvore
Amapá, floresta ciliar ou
Amazonas, galeria floresta
Pará de terra firme
Inga suberosa - Pará Floresta de terra Árvore
firme
Inga xinguensis - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Jacqueshuberia - Amazonas Campinarama, Árvore
purpurea floresta de igapó
Jacqueshuberia - Pará Campinarama, Árvore
quinquangulata floresta de igapó
Leptolobium - Pará, Campo limpo Árvore
araguaiense Tocantins
Luetzelburgia - Rondônia Floresta Árvore
amazonica estacional
semidecidual
Machaerium - Acre, Floresta de terra Liana/volúvel
aureiflorum Amazonas, firme /trepadeira
Pará,
Rondônia
Machaerium - Amazonas, Área antrópica, Arbusto,
castaneiflorum Pará floresta de Liana/volúvel
várzea, floresta /trepadeira
ombrófila
Machaerium - Amazonas, Floresta ciliar ou Liana/volúvel
caudatum Pará galeria, floresta /trepadeira
de igapó
Machaerium - Amazonas Campo de Arbusto,
costulatum várzea, floresta Liana/volúvel
de igapó, /trepadeira
floresta de
várzea
Machaerium - Acre, Floresta de terra Arbusto,
froesii Amazonas, firme Liana/volúvel
Pará, /trepadeira
Rondônia
Machaerium - Amazonas Floresta de terra Liana/volúvel
hochneanum firme /trepadeira
Machaerium Brevialatum Amapá, Floresta de Arbusto,
macrophyllum Amazonas, igapó, floresta árvore,
Pará, de terra firme, Liana/volúvel
Rondônia floresta /trepadeira
ombrófila
Machaerium - Amazonas Floresta de Liana/volúvel
piresii igapó, floresta /trepadeira
de terra firme
Machaerium - Pará Floresta de Liana/volúvel
tripoliolatum igapó, floresta /trepadeira
de várzea
Macrolobium - Amazonas, Campinarama, Arbusto
arenarium Pará floresta de
igapó, floresta
de terra firme,
floresta de
várzea, floresta
ombrófila
Macrolobium - Amazonas, Campinarama, Árvore
brevense Pará floresta de
igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Macrolobium Campestre Amapá, Campinarama, Arbusto
campestre Amazonas, floresta de
Pará igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Arboreum Acre, Campinarama, Árvore
campestre Amazonas, floresta de
Pará, igapó, floresta
Rondônia ombrófila
Macrolobium Arirambense Pará Campinarama, Árvore
campestre floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Longibracteatu Pará Campinarama, Árvore
campestre m floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Médium Pará Campinarama, Árvore
campestre floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium cidii - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Macrolobium - Pará Campinarama, Árvore
conjuctum floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Caudiculatum Amazonas Floresta de Árvore
discolar igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium - Pará Campinarama, Arbusto,
duckeanum floresta ciliar ou Árvore
galeria
Macrolobium Flexuosum Amazonas, Campinarama, Árvore
flexuosum Roraima floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium - Amazonas Floresta de terra Árvore
froesii firme
Macrolobium - Roraima Campinarama, Árvore
furcatum floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Debile Amazonas Campinarama, Arbusto,
gracile floresta de Árvore
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium Mucronatum Amazonas Campinarama, Árvore
limbatum floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium - Amazonas Campinarama, Árvore
longipedicellatum floresta de terra
firme, floresta
ombrófila
Macrolobium Minimum Acre Campinarama Árvore
microcalix
Macrolobium - Pará - Arbusto
montanum
Macrolobium Montanum Pará - Arbusto
montanum
Macrolobium Sinuatum Amazonas Campinarama, Árvore
multijugum floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrolobium - Amazonas Floresta ciliar ou Árvore
palustre galeria
Macrolobium - Pará Campinarama Arbusto
parvifolium
Macrolobium Uaupesense Amazonas Campinarama, Árvore
suaveolens floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Macrosamanea - Amazonas, Floresta de Arbusto,
duckei Pará, igapó, floresta árvore,
Rondônia de várzea liana/volúvel/t
repadeira
Macrosamanea - Pará Floresta ciliar ou Arbusto
macrocalix galeria, floresta
de várzea
Macrosamanea - Amazonas Floresta de Arbusto,
prancei várzea, savana árvore
amazônica
Martiodendron Occidentale Acre, Floresta de Árvore
elatum Amazonas, igapó, floresta
Rondônia de terra firme,
floresta
ombrófila
Mimosa dasilvae - Pará Campo rupestre Liana/volúvel
/trepadeira
Mimosa - Tocantins Campo limpo Erva
flabellifolia
Mimosa Spruceana Amapá, Floresta de terra Arbusto,
guilandinae Amazonas, firme Liana/volúvel
Pará, /trepadeira
Rondônia
Mimosa skinneri Carajarum Pará Campo rupestre Erva
Mimosa spixiana - Tocantins Cerrado (latu Arbusto,
sensu) subarbusto
Monopterix - Amazonas Floresta de terra Árvore
angustiofolia firme
Mora paraensis - Amapá, Floresta de -
Amazonas, igapó, floresta
Pará, de várzea,
Roraima floresta
ombrófila
Muellera debudata - Amazonas, - Árvore
Pará,
Roraima
Ormosia excelsa - Amazonas, Floresta de Árvore
Pará, igapó, floresta
Rondônia, de várzea
Roraima
Ormosia froesii - Amazonas Floresta de terra Árvore
firme
Ormosia paraensis - Acre, Floresta de terra Árvore
Amapá, firme
Amazonas,
Pará
Paloue induta - Amazonas Floresta de Árvore
igapó, floresta
ombrófila
Paloue induta Glabra Amazonas Floresta de Árvore
igapó, floresta
ombrófila
Panurea - Amazonas Campinarama Árvore
bawdichioides
Paramachaerium - Rondônia Floresta de Árvore
krukovii igapó, floresta
ombrófila
Parkia lutea - Amazonas Campinarama, Árvore
foresta de igapó
Parkia paraensis - Amapá, Floresta de terra Árvore
Pará firme
Pelotogyne - Amazonas Floresta de terra Árvore
altissima firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne - Amazonas, Campinarama, Árvore
campestris Pará floresta de terra
firme, floresta
ombrófila,
savana
amazônica
Pelotogyne Campestris Pará Campinarama Árvore
campestris
Pelotogyne Rigida Amazonas Floresta de terra Árvore
campestris firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne - Amazonas Campinarama, Árvore
catingae floresta de terra
firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne Catingae Amazonas Campinarama Árvore
catingae
Pelotogyne Glabra Amazonas Floresta de terra Árvore
catingae firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne - Amazonas Floesta de terra Árvore
excelsa firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne - Roraima Floresta de Árvore
gracilipes terra firme,
floresta
ombrófila
Pelotogyne - Pará Floresta de terra Árvore
leocointei firme, floresta
ombrófila
Pelotogyne - Amazonas Floresta de Árvore
micrantha igapó
Pelotogyne - Amapá, Floresta de terra Árvore
paradoxa Amazonas, firme, floresta
Pará ombrófila
Pelotogyne Glabra Amazonas Floresta de Árvore
parvifolia igapó, floresta
ombrófila
Petaladenium - Amazonas Floresta de terra Árvore
urceoliferum firme, floresta
ombrófila
Phanera alata - Amazonas, Floresta Liana/volúvel
Pará ombrófila /trepadeira
(=floresta
pluvial)
Phanera - Acre, Floresta de terra Liana/volúvel
altiscandens Amazonas firme, floresta /trepadeira
de várzea
Phanera - Amazonas, Floresta de Liana/volúvel
confertiflora Pará várzea /trepadeira
Phanera - Amazonas Floresta de terra Liana/volúvel
erythrantha firme /trepadeira
Phanera longiseta - Amazonas Floresta de terra Liana/volúvel
firme /trepadeira
Phanera rutilans - Amazonas, Floresta de terra Liana/volúvel
Pará, firme /trepadeira
Roraima
Phanera sprucei - Acre, - Liana/volúvel
Amazonas /trepadeira
Recordoxylon - Amazonas Floresta de terra Árvore
stenopetalum firme, floresta
ombrófila
Schnella klugii - Acre Floresta Liana/volúvel
ombrófila /trepadeira
Staminodianthus - Amazonas Floresta de Árvore
rosae igapó, floresta
de várzea
Stryphnodendron - Acre, Floresta ciliar ou Árvore
duckeanum Amazonas, galeria
Rondônia
Stryphnodendron - Amazonas, Floresta de terra Árvore
occhionianum Pará, firme
Roraima
Stryphnodendron - Amazonas, Floresta de terra Árvore
paniculatum Pará firme
Stryphnodendron - Amazonas, Floresta de terra Árvore
racemiferum Pará, firme
Roraima
Swartizia - Amazonas Floresta de terra Árvore
amazonica firme
Swartizia Amazonica Amazonas Floresta de terra Árvore
amazonica firme
Swartizia Cinerea Amazonas Floresta de terra Árvore
amazonica firme
Swartizia - Pará Campo de Árvore
arumateuana várzea
Swartizia conferta - Amazonas Floresta de Árvore
igapó
Swartizia - Amazonas Campinarama Árvore
coriaceifolia
Swartizia - Amazonas, Floresta de terra Árvore
carrugata Pará firme
Swartizia - Pará Floresta de terra Árvore
discocarpa firme
Swartizia duckei - Pará Floresta de Árvore
igapó, floresta
de terra firme
Swartzia - Amazonas Campinarama, Árvore
emarginata floresta de terra
firme
Swartzia fimbriata - Amazonas Campinarama, Árvore
floresta de terra
firme
Swartzia ingens - Amazonas Floresta de Árvore
igapó, floresta
de terra firme,
floresta de
várzea
Swartzia ingifolia - Pará Floresta de Árvore
igapó, floresta
de terra firme
Swartzia krukovii - Amazonas Floresta de Árvore
igapó, floresta
de terra firme
Swartzia lamellata - Amazonas Campinarama, Árvore
carrasco,
floresta de terra
firme
Swartzia lanata - Pará Floresta de terra Árvore
firme
Swartzia - Amazonas Campinarama, Árvore
longistipitata floresta de terra
firme
Swartzia - Amazonas Árvore
macrocarpa
Swartzia - Amazonas, Campinarama, Árvore
Roraima floresta de
igapó, floresta
de várzea
Swartzia - Amazonas Campinarama, Árvore
manausensis floresta de terra
firme
Swartzia - Pará Floresta de Árvore
mangabalensis igapó
Swartzia martii - Amazonas, Floresta de Árvore
igapó, floresta
de terra firme
Swartzia obscura - Amazonas, Floresta de Árvore
Amapá, igapó, floresta
Pará de terra firme,
floresta de
várzea
Swartzia - Pará Floresta de terra Árvore
ariximinaensis firme
Swartzia pernitida - Pará Floresta de Árvore
igapó
Swartzia prolata - Pará Cerrado (latu Árvore
sensu), floresta
de terra firme
Swartzia - Pará, Savana Árvore
rondoniensis Rondônia amazônica
Swartzia rugosa - Pará Floresta de terra Árvore
firme
Swartzia - Amazonas Floresta de terra -
tomentifera firme, floresta
de várzea
Swartzia ulei - Amazonas, Campinarama, Árvore
Pará floresta de terra
firme
Swartzia velutina - Amazonas Campinarama Arbusto,
árvore
Tachigali acrensis - Acre Floresta de terra Árvore
firme, floresta
ombrófila
Tachigali - Amazonas Floresta de terra Árvore
argyrophylla firme, floresta
ombrófila
Tachigali - Amazonas Floresta de Árvore
candelabrum igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Tachigali catingae - Amazonas Campinarama Árvore
Tachigali fusca - Acre Floresta de -
igapó, floresta
ombrófila
Tachigali - Amazonas, Floresta de Árvore
gaeldiana Pará, igapó, floresta
Roraima de várzea,
floresta
ombrófila
Tachigali - Roraima Floresta de Árvore
grandistipulata terra firme,
floresta
ombrófila
Tachigali - Amazonas, Campinarama, Árvore
hypoleuca Roraima floresta de
igapó, floresta
ombrófila
Tachigali leiocalix - Amazonas Campinarama, Árvore
floresta de terra
firme
Tachigali - Amazonas Campinarama, Árvore
macropetala floresta de igapó
Tachigali - Pará Floresta de Árvore
macrostachya igapó
Tachigali - Amazonas, Floresta de terra Árvore
melanocarpa Pará firme, floresta
ombrófila
Tachigali - Amazonas Campinarama Árvore
multijuga
Tachigali - Acre Floresta de Árvore
schultesiana igapó, floresta
de terra firme,
floresta
ombrófila
Trischidium - Amapá, Floresta Árvore
racemulosum Amazonas, ombrófila
Pará
Vataireopsis - Amazonas Floresta Árvore
iglesiasii ombrófila
Vouacapoua - Amazonas Floresta de terra Árvore
pallidior firme, floresta
ombrófila
Zygia - Amazonas Floresta de terra Árvore
transamazonica firme
Zygia trunciflora - Amazonas, Floresta de terra Árvore
Pará firme
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise da planilha, leitura dos artigos citados, e nos portais de internet que
discutiam sobre a temática ora abordada, teve-se a oportunidade de responder às
questões inicialmente levantadas. A primeira e mais importante problemática foi:
De que maneira o endemismo das Fabaceae pode influenciar na
preservação ambiental no Estado de Roraima?
Para responde a essa questão, realizaram-se leituras acerca desse assunto, nas
quais se observou a importância de se preservar os biomas que contemplam espécies
endêmicas. Dessa forma, percebe-se que apesar de ser uma família numerosa, as
Fabaceae constituem-se por inúmeras e diferentes espécies, que apresentam endemismo
em Roraima, dentre elas, a Dalbergia Guttembergii, a Entata Simplicata, a Macrobium
Furcatum, Peltogyne Gracilipes e a Tachigali Grandistipulata.
A Dabergia Gutembergii
Imagem 01: Dalbergia Gutembergii, folhas.
Fonte: http://powo.science.kew.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:313069-2

A que família pertencem?


Onde ocorrem?
Quais suas características?

ARIANE, VOCÊ PRECISA ESCREVER


UM POUCO SOBRE AS ENDÊMICAS DE
RORAIMA, POIS NÃO SEI O QUÊ
EXATAMENTE VC QUER CONCLUIR.
REFERÊNCIAS
Brown, J & Lomolino, M. Biogeography. 2nd Ed. Massachusetts: Sunderland. 1998.

FLORES, A. S.; RODRIGUES, R. S. Diversidade de Leguminosae em uma área de


savana do estado de Roraima, Brasil. Acta bot. bras. 24(1): 175-183. 2010.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v24n1/17.pdf> Acesso em 06/19.

GIULIETTI, A. M. Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga. 2016, p. 50.


Disponível em: <https://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/parte2caa.pdf>
Acesso em 08/19.

Montesanti, J. de A. C. Espécies Endêmicas. 2019.Disponível em:


<https://www.infoescola.com/ecologia/especie-endemica/> Acesso em 08/2019.

SOUSA, S. A. de. Efeito do plantio de Acacia mangium Willd. (FABACEAE) sobre


a riqueza e diversidade arbórea em áreas de savana na Amazônia setentrional ,
Boa Vista, 2015.

VERDE, p. Conheça as espécies endêmicas da Amazônia brasileira. 2017.


Disponível em <https://www.pedroverde.com.br/meio-ambiente/conheca-especies-
endemicas-da-amazonia-brasileira/> Acesso em 07/2019.

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