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Carisma Kids e Teen

A DIVINDADE DE JESUS
A divindade de Jesus por vários séculos tem sido debatida. Boa parte da história da igreja
primitiva teve como destaque esse assunto bem como a humanidade de Jesus. Ambas
realidades, sobre Jesus, foram bastante discutidas entre os pais da igreja primitiva. Que
Jesus o carpinteiro de Nazaré existiu e que ele foi um homem historicamente conhecido
ninguém se discute. Quando aplicada a ele a natureza divina, há muitas controversas
por causa das várias aparentes contradições existentes na expectativa humana em
relação ao que seria a vinda do messias: os homens esperavam o estabelecimento de
um reino físico, militar, enquanto Jesus afirma ser esse reino num primeiro momento
espiritual. Quando analisamos os textos bíblicos e as várias profecias em relação ao que
seria a vinda do filho de Deus, fica muito claro que o filho de José e Maria era de fato o
tão aguardado messias, ele vem pra liberta o homem do Império das trevas, vem para
nos justificar dos nossos pecados e nos permitir nascer de novo. Tudo isso só é possível
se levarmos em consideração o fato que ELE É DEUS e assumiu a natureza humana
para cumprir o plano salvífico. Jesus é muito mais que um homem extraordinário, ele
é Deus! Sua natureza divina bem como a humana são inquestionáveis quando olhamos
para as escrituras, o próprio Jesus disse que as escrituras testificavam sobre ele, (Jo
5:39).

ELEMENTOS QUE AFIRMAM A NATUREZA DE JESUS

1) JESUS ACEITA ADORAÇÃO.


Adoração quando foi dirigida a um ser que não é Deus nas escrituras sempre foi
repreendida! Que Deus não divide sua glória com ninguém nós sabemos. Mas vejamos
nas escrituras um texto sobre esse tema: em Apocalipse 22:8-9, nós podemos ver um
texto que ensina sobre o fato que a adoração deve ser voltada somente a Deus. João é
repreendido por um anjo por ter se prostrado diante dele. Em contrapartida quando
olhamos para Jesus percebemos que ao ser adorado ele não repreendia a devoção
humana por tudo que ele é e representa para seu povo e por ser ele Deus. (Mt2:11)
(Mt14:33).
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2) PODEMOS TER CONHECIMENTO REAL DE DEUS POR MEIO DE JESUS. (HB 1:3)
O autor de Hebreus disse que Jesus é a expressão exata de quem Deus é. Quando
olhamos para os evangelhos podemos ver Jesus revelando o Pai de forma profunda e
direta. Tudo isso só é possível pelo fato dele ser Deus - ninguém conhece o Pai como ele
e o próprio Jesus disse "aquele que vê a mim vê o Pai". (Jo14:9)

3) A PALAVRA DEUS (THEOS) ERA APLICADA A CRISTO.


A palavra Deus em boa parte do novo testamento é reservada para Deus Pai, mesmo
assim, podemos ver essa mesma palavra sendo dirigida a Cristo, em todas essas
passagens podemos ver Cristo sendo exaltado por ser Deus e criador de tudo. (Jo1:1-
Tito2:13)

4) A PALAVRA SENHOR (KYRIOS) ERA APLICADA A CRISTO.


A palavra grega “kyrios” significa senhor, ela era usada para tratamento respeitoso ou
também de um servo para com seu patrão. Essa mesma palavra foi introduzida na
septuaginta (tradução do antigo testamento escrito em hebraico para o grego). Onde
se encontra “yhwh” (Iavé) a palavra grega “kyrios” é empregada. Por mais de 6 814 vezes
podemos encontrar no Antigo Testamento grego a palavra “kyrios” sendo dirigida para
traduzir o nome do Senhor. Essa mesma palavra é aplicada a Jesus no Novo Testamento
fazendo menção da sua natureza divina e sua relação com o Deus do Antigo
Testamento, atribuindo a ele a mesma natureza, sendo ele o mesmo Deus. (Lc 2:11)

5) OS ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DA DIVINDADE ERA ATRIBUIDOS A CRISTO.


- Ele é eterno: (Jo 8:58, Jo 1:1, Jo 17:5) - Onipresente: (Mt28:20)
- Onisciente: (Jo16:30) - Onipotente: (Jo5:19)
- Imutável: (Hb1:12) - Criador: (Jo1:3, Cl 1:16)
- Sustentador: (Cl 1:17)
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6) ELE POSSUI AUTORIDADE DIVINA.

- Perdoa pecados: (Mt9:2) - Ressuscita mortos: (Jo5:25)


- Executa julgamento: (Jo5:22) - Curou um cego de nascença: (Jo9:32:33)
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A DIVINDADE E HUMANIDADE DE JESUS

A Bíblia mostra de forma muito clara A PLENA HUMANIDADE E DIVINDADE DE JESUS. A


encarnação de Jesus representa o filho de Deus pré-existente assumindo a forma
humana, para cumprir o plano de salvação de Deus. Embora para nós, da igreja
moderna, pareça clara a verdade que Cristo é de fato o Deus encarnado, na igreja
primitiva essa verdade foi atacada por vários grupos.
Um pleno entendimento mais preciso em relação a cristologia bíblica foi formulado e
formado por volta de 325 d.C no concílio de Nicéia. Esse concílio se encarregou de
combater heresias formadas por líderes da igreja: um deles é conhecido por Ário. Por
fim o Concílio de Calcedônia que aconteceu por volta de 451d.c pos fim nessa
discussão, chegando à conclusão que Cristo é o filho de Deus, gerado e não criado.

HERESIAS CONTRARIA A DIVINDADE DE JESUS


1) ARIANISMO: O termo “arianismo” vem do nome Ário. Esse por sua vez era um bispo
de Alexandria. Esse bispo foi responsável por espalhar um pensamento cristológico
inadequado que tomou proporções indesejadas no meio da igreja. Sua opinião em
relação a Cristo foi bastante debatida: segundo ele, Cristo era um ser criado, seu
pensamento se embasava no texto de Colossenses 1:15, que diz que Cristo é o
primogênito de toda a criação. Segundo os arianos se Cristo é o primogênito da criação
ele é um ser criado. O primeiro ser criado segundo os arianos de natureza divina inferior
à do Pai. Era tudo que eles atribuíam a Cristo. Para eles Jesus foi criado num dado
momento antes da criação, sendo ele o primeiro a ser criado, ele era especial, mas de
natureza inferior do Pai. Ele não igualava ao Pai em todos seus atributos, mas pode se
dizer que ele era igual ao Pai. O suposto texto de Colossenses 1:15 não pode ser
interpretado como propõe os arianos. O texto tem o propósito de revelar que Jesus é o
herdeiro de toda criação, e não que ele é primeiro a ser criado. Esse texto significa que
Cristo tem os privilégios da autoridade e do governo, privilégios esses pertencentes ao
"primogênito”, mas concernentes a criação. Uma interpretação literal desse texto pode
provocar pensamentos semelhantes ao de Ário e contradizer vários outros textos que
afirmam que Cristo além de Deus é também o criador e sustentador do universo.
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2)NESTORIANISMO: Nestório foi um bispo na cidade de Constantinopla. Esse por sua vez
disse que em Jesus habitava duas pessoas distintas, uma humana e outra dívina, ele fez
separação entre as duas naturezas em Jesus negando a união das naturezas. Os
nestorianos se colocaram contra a afirmação de Maria como theotokos. ("mãe de Deus")
Nestório relutou em aceitar essa afirmação, a menos que fosse acompanhado do termo
anthropotokos ("mãe de homem"). Ele entendeu que Deus não pode ter uma mãe, e
Maria poderia ser mãe da natureza humana de Jesus. Na concepção nestoriana Maria
deu à luz um homem que era veículo para Deus. Ele negou a união das naturezas, a
união hipostática.
Maria é agraciada por Deus, e declarou que Jesus era também seu salvador. (Lc 1:46,47)
Esse texto revela a dependência de Maria como todo ser humano por uma provisão
divina para a sua salvação, anulando assim todo a posição divina atribuída a ela, sem
diminuir seu papel como mãe de Jesus.

3)EBIONISMO: A heresia ebionita é fruto dos judeus que converteram ao cristianismo.


Por terem raízes judaicas eles são de uma crença monoteísta: acreditavam que
monoteísmo significava que somente o PAI era Deus. Daí surge a dificuldade de
entender a natureza divina de Jesus. Eles explicavam o cristianismo como Jesus sendo
um mero homem gerado por José e Maria. Para eles Jesus era um homem de dores
apenas um profeta. As ideias preconcebidas dos judeus em relação a natureza de Deus
foi o fator que mais contribuiu para a cristologia dos ebionitas, sendo eles judeus de
origem primitiva conservavam a ideia tradicional monoteísta.

1. ARIANISMO: Jesus não era plenamente Deus, era uma criatura especial porem
inferior a Deus.
2. NESTORIANISMO: Jesus era duas pessoas distintas
3. EBIONISMO: Negaram a divindade de Jesus
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CREDO NICÉNO CALCEDÔNIO


O credo de Nicéia em 325 d.c junto ao Concílio de Calcedônia em 451 d.c pôs fim as
várias controversas em relação às duas naturezas de Jesus. Segue abaixo um resumo do
credo Nicénio Calcedônio:
"Cremos num só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas visíveis e
invisíveis. E num só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, o unigênito;
ou seja, da essência do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus
verdadeiro, gerado, não criado, sendo da mesma substância do Pai...”

Fontes:
Teologia sistematica Wayne Grudem,
Apostila Carisma Betim seminário teológico.
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Kenósis
Que a divindade de Jesus foi duramente debatida entre séculos isso não se discute. O
Concílio de Caledônia ocorrido no dia 8 de Outubro a 1° de novembro de 451 d.c foi o
encarregado na história da igreja primitiva que pôs fim a boa parte dessa discussão.
Passando os anos um outro pensamento cristológico foi proposto pela academia
teológica. Alguns teólogos alemães e da Inglaterra por volta de 1860 a 1910 passaram a
defender uma ideia de encarnação que jamais foi defendida na história da igreja. Essa
nova ideia ficou denominada como a teoria do “kenosis”.
A palavra kenosis é derivada do verbo grego kenoó e o seu significado geral é esvaziar.
Diante do texto escrito pelo apóstolo Paulo em Filipenses 2:7, os teólogos chegaram a
formular o pensamento que Cristo se esvaziou-se de alguns dos atributos divinos de
forma voluntária para assumir a natureza humana.
Diante dessa interpretação proposta pela academia de teólogos alemães e ingleses, qual
seria esses atributos que Jesus teria esvaziado? Por quanto tempo? Será mesmo que foi
a intenção de Paulo falar de atributos ao usar Cristo como um exemplo para os cristão
de Filipos? Diante de tantos questionamentos fica claro que esse texto usado para
fundamentar essa teoria precisa ser cuidadosamente avaliado.
INTERPRETAÇÃO KENOTICA
Jesus num dado momento da história teria se esvaziado de partes de seus atributos para
cumprir o propósito salvífico. Alguns vão defender a ideia que esses atributos são os
atributos: onipotência, onisciência e onipresença.
A kenosis ficou conhecida na história como a teoria do esvaziamento divino, sendo
aceito que o filho de Deus abriu mão de parte de seus atributos para habitar na terra.
A INTERPRETAÇÃO ADEQUADA DO KENOSIS
Embora o texto não especifique do que de fato Jesus esvaziou, presume-se diante do
contexto que seja da igualdade com Deus. Uma vez que o autor não mencionou Jesus
esvaziando do ser Deus, ele possuía a natureza divina ao humanizar-se. É de chamar a
atenção que "a forma de servo" que Jesus assumiu contrasta com o “igual a Deus".
Concluímos que é da igualdade com Deus que ele se esvazia e não dá forma de Deus.
Jesus não deixa de ser como o Pai. Ele se tornou subordinado ao Pai durante o período
de encarnação. (Jo17:5)
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"Apesar de Jesus não deixar de ser como o Pai no que diz respeito à sua natureza, ele
se tornou funcionalmente subordinado ao Pai durante o período de encarnação."

O próprio contexto do texto interpreta o "esvaziar" como equivalente ao "humilhar-se"


e assumir posição e condição inferior, e não de esvaziamento de atributos essenciais.
Paulo usa o exemplo de Cristo ao esvaziar do ser igual a Deus para orientar os cristãos a
serem humildes e colocarem os interesses dos outros em primeiro lugar.

NECESSIDADE DA DIVINDADE DE JESUS

1) A salvação vem de Deus. (Jn2:9)


2) A Bíblia revela a incapacidade do homem de salvar a si mesmo. (At 4:11,12)
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A MORTE DE JESUS
A morte de Jesus foi para a salvação do homem e para possibilitar a restauração da
criação. (Ef1:10 - Cl1:20) O amor de Deus é uma das causas da morte do seu filho em
favor do mundo. Mas assim como o amor, temos outro fator que deve ser igualmente
mencionado, a sua justiça. De algum modo a justiça de Deus precisa ser satisfeita e
isso só foi realizado na entrega do seu filho. Jesus é o sacrifício perfeito que nos
reconcilia com o Pai. A justiça de Deus está satisfeita na entrega de Cristo. Agora
podemos viver para a glória de Deus e se tornar parecidos com o teu filho.

ELEMENTOS IMPORTANTES SOBRE A MORTE DE CRISTO

1) FOI PRÉ DETERMINADA. (At 2:23)


A Bíblia nos afirma que antes da fundação do mundo o cordeiro já estava preparado.
O plano salvador foi feito com antecedência, antes que o homem pecasse contra Deus.
O próprio Deus já havia estabelecido um plano de redenção, antes de se tornar um fato
na história dos homens. O cordeiro já era uma verdade no coração de Deus na
eternidade. (1Pe1:18,19,20)
2) FOI VOLUNTÁRIA. (JO 10:17,18)
É importante entender que Deus não tinha nenhuma obrigação e nem necessidade de
salvar ninguém. Quando olhamos para a bíblia nos conscientizamos de que Deus não
poupou os anjos quando se rebelaram contra Ele. Deus os entregou ao abismo de trevas
(2Pe 2:4). Diante disso fica claro que ele poderia fazer o mesmo com os homens. Por
causa da sua justiça os homens devem também ser punidos, mas Deus em amor
escolheu salvar o mundo e por causa disso segundo as escrituras não haveria outra
maneira de salvar o homem ao não ser pela entrega do seu próprio filho. Poderíamos
até pensar que foram os romanos que provocaram a morte de Jesus ou até mesmo os
judeus. Mas a verdade é que foi um ato voluntário, foi uma livre escolha divina.
3) FOI VICÁRIA (EM FAVOR DO OUTRO) (1Pe 3:18)
Um vicário é aquele que se coloca no lugar de alguém, ou aquele que representa alguém.
A morte de Jesus foi vicária porque ele se colocou em nosso lugar. Ele foi nosso
representante e recebeu a justa pena que era contra os homens pecadores para si e
expiou nossos pecados - a morte do justo pelos injustos.
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4) FOI SACRIFICIAL. (merecíamos morrer como castigo pelo pecado) - (Gn2:17 -


Rm6:23)
A morte de Jesus foi um sacrifício eficaz a favor dos pecados do mundo. Seu sacrifico
é superior aos sacrifícios oferecidos pelos homens na Antiga Aliança. O sangue de touro
e bodes não podem remover pecados, mas o sangue de Jesus aniquilou o pecado. Foi
para pagar a pena de morte que merecíamos por causa da nossa desobediência que
Cristo se entregou como sacrifício por nós. (Hb9:26)
5) FOI PROPICIATORIA. (Tornando favorável)
A morte de Jesus foi para nos livrar também da ira de Deus, ao qual nós éramos alvos
por ter pecado. Éramos merecedores da ira divina e Cristo morreu como propiciação
pelos nossos pecados. Existia uma ofensa por parte do homem contra Deus, e essa
ofensa foi retirada por meio do sacrifício. (1Jo 4:10).
6) FOI REDENTORA. (Resgate por meio de um pagamento)
Como pecadores estávamos escravizados ao pecado e a Satanás. Precisávamos que
alguém pudesse pagar o preço do resgate por nós. Resgate é o preço pago para redimir
alguém da escravidão. Fomos redimidos da escravidão a Satanás porque o mundo
todo está debaixo do seu poder, por causa da desobediência. Deus nos libertou do
Império das trevas e nos transportou para o Reino do filho do seu amor. (Cl1:13). Não
podemos pensar que um preço deveria ser pago a Satanás e ao pecado, até porque não
foi a santidade de Satanás que foi ofendida pelo pecado, por mais que estávamos presos
no pecado e sujeitos ao governo das trevas (1Jo5:19). Eles não têm poder pra exigir tal
pagamento. A pena pelo pecado foi cumprida por Cristo e aceita pelo Pai. Hesitamos em
falar de pagamento de resgate a Deus Pai, porque não era ele que nos mantinha como
escravos, e sim Satanás e nossos próprios pecados. A ideia de pagamento de resgate
não pode ser compreendida numa totalidade, mas é importante observar que um
preço foi pago, a morte de Cristo, e fomos redimidos da escravidão por isso. (Mc10:45).

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