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TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

Profa. Ana Patrícia Barretto Casado


Coordenadoria de Edificações
IFS – CAMPUS ARACAJU
A profissão de técnico industrial é regulamentada pelo
Decreto 90.922/1985 [1]. Técnico em Edificações é
uma variante da profissão de técnico industrial. Este
título é atribuído a quem cursou escola técnica
profissionalizante e tenha sido diplomado pela
instituição. Para o exercício profissional é necessário
estar registrado no CREA do seu estado.
CREA

Criado em 28 de maio de 1976, o CREA-SE


(Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de
Sergipe) é uma autarquia responsável pela
regulamentação e fiscalização das empresas e
profissionais da área de engenharia e suas
ramificações, ou seja, O CREA fiscaliza o exercício da
profissão, valorizando o profissional e assegurando
serviços de qualidade à sociedade [2].

Regido pela Lei 5.194, de 1966, o CREA-SE está


subordinado às regulamentações do Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
CREA

O Conselho abrange os profissionais da Engenharia


Civil; Geografia; Agrimensura; Engenharia Elétrica e
Eletrônica, Eletrotécnica; Engenharia Industrial,
Mecânica, Têxtil, Química, Naval, Aeronáutica e
Metalúrgica; Agronomia; Meteorologia; Geologia;
Engenharia de Minas; Engenharia Florestal;
Engenharia Química; Engenharia de Segurança do
Trabalho; Tecnólogos e os Técnicos de Nível Médio.

O CREA tem como missão atender à sociedade com


ética, eficiência e eficácia, assegurando que a
Engenharia, a Agronomia e afins sejam exercidas por
profissionais e empresas legalmente habilitados.
CREA

Fonte: http://www.crea-se.org.br/wp-content/uploads/2016/04/Estrutura_basica.pdf
CREA

O Plenário do CREA-SE é o órgão colegiado


decisório da estrutura básica que tem por finalidade
decidir os assuntos relacionados às competências do
Conselho Regional.

A câmara especializada é o órgão decisório da


estrutura básica do Crea que tem por finalidade
apreciar e decidir os assuntos relacionados à
fiscalização do exercício profissional, e sugerir
medidas para o aperfeiçoamento das atividades do
Conselho Regional.
CREA

A estrutura de suporte é responsável pelo apoio aos


órgãos da estrutura básica nos limites de sua
competência específica, sendo composta por órgãos
de caráter permanente ou temporário
compreendendo:
I - comissão permanente;
II- comissão especial;e
III - grupo de trabalho.
CREA

A comissão permanente é o órgão deliberativo da


estrutura de suporte que tem por finalidade auxiliar o
Plenário do CREA-SE no desenvolvimento de
atividades contínuas relacionadas a um tema
específico de caráter legal, técnico ou administrativo.

A estrutura auxiliar do CREA-SE é responsável


pelos serviços administrativos, financeiros, jurídicos e
técnicos e tem por finalidade prover apoio para o
funcionamento da estrutura básica e da estrutura de
suporte, para a fiscalização do exercício profissional e
para a gestão do Conselho Regional.
O CREA-SE exerce ações [3]:

– normativa: baixando atos administrativos normativos e fixando


procedimentos para o cumprimento da legislação referente ao exercício
e à fiscalização das profissões, no âmbito de sua competência;

– Contenciosa: julgando as demandas instauradas em sua jurisdição;

– Promotora de condição para o exercício, para a fiscalização e para o


aprimoramento das atividades profissionais, podendo ser exercida
isoladamente ou em conjunto com o CONFEA, os demais CREAs, as
entidades de classe profissionais, as instituições de ensino nele
registradas ou os órgãos públicos de fiscalização;
O CREA-SE exerce ações:

– Informativa sobre situação de interesse público;

– Administrativa: visando, gerir seus recursos e


patrimônio; coordenar, supervisionar e controlar suas
atividades, nos termos da legislação federal, das
resoluções, das decisões normativas e das decisões
plenárias do CONFEA.
CONFEA:

O CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e


Agronomia, surgiu oficialmente com esse nome em
11 de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº
23.569 [4].

Em sua concepção atual, o Conselho Federal de


Engenharia e Agronomia é regido pela Lei 5.194 de
1966, e representa também os geógrafos, geólogos,
meteorologistas, tecnólogos dessas modalidades,
técnicos industriais e agrícolas e suas
especializações.
CONFEA

O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos


de toda a sociedade e, com base nisso, regulamenta
e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam nas
áreas que representa, tendo ainda como referência o
respeito ao cidadão e à natureza.

O Conselho Federal é a instância máxima à qual um


profissional pode recorrer no que se refere ao
regulamento do exercício profissional.
CONFEA

Na atualidade, o Sistema Profissional é formado por


organizações e fóruns consultivos, a saber: o Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia, órgão central do Sistema
Profissional; 27 Conselhos Regionais de Engenharia e
Agronomia; nove coordenadorias de câmaras especializadas dos
CREAs, que auxiliam consultivamente o CONFEA e as câmaras
especializadas existentes nos Conselhos Regionais; o Colégio
de Entidades Nacionais, integrado por 28 organizações
nacionais, representando cerca de 500 entidades de classe
regionais e 200 instituições de ensino afiliadas e registradas nos
CREAs; a Mútua de Assistência aos Profissionais, com 27
Caixas de Assistência; o Colégio de Presidentes, que representa
os 29 dirigentes, composto pelos presidentes do CONFEA e dos
CREAs e pelo diretor-presidente da Mútua.
MÚTUA

A Mútua (Caixa de Assistência dos Profissionais dos


CREAs) é uma sociedade civil sem fins lucrativos
criada pelo Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia (CONFEA), pela resolução nº 252 de 17
de dezembro de 1977, conforme autorização legal
contida no artigo 4º da Lei 6.496 de 7 de dezembro de
1977 [5].
O principal objetivo da Mútua é oferecer a seus
associados planos de benefícios sociais,
previdenciários e assistenciais, de acordo com sua
disponibilidade financeira, respeitando o seu equilíbrio
econômico-financeiro.
SINTEC

Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio

Entidade Civil legalmente constituída na forma das


leis vigentes no país.

Desempenha papel fundamental em defesa dos


interesses e da valorização profissional da categoria
em todos os aspectos.
Técnico em Edificações
No Catálago Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) do Ministério
da Educação (MEC), a profissão, Técnico em Edificações,
pertence ao eixo tecnológico de Infraestrutura.
De forma geral, o CNCT estabelece que na formação do Técnico
em Edificações, devem ser abordados os seguintes temas:

Legislação e normas técnicas


Sistemas construtivos
Desenho técnico
Materiais de construção
Planejamento de obras
Topografia
Solos
Controle de qualidade em obras
Normas de segurança e saúde no trabalho
Os técnicos da área de Engenharia Civil, na modalidade
Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80m²
de área construída, que não constituam conjuntos
residenciais, bem como realizar reformas, desde que não
impliquem em estruturas de concreto armado ou metálica, e
exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.
De acordo com a decisão PL-0302/2008 do CONFEA, é
possível o técnico responder por estruturas de concreto
armado (até 80 m²), dependendo da grade curricular do curso
realizado e análise da câmara de engenharia civil do CREA
regional.
ÁREAS DE ATIVIDADES:

A - REALIZAR LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

1 Fazer levantamento planialtimétrico


2 Elaborar desenho topográfico
3 Desenvolver planilhas de cálculo
4 Locar obras
5 Conferir cotas e medidas
ÁREAS DE ATIVIDADES:

B - DESENVOLVER PROJETOS SOB SUPERVISÃO

1 Coletar dados do local e do cliente


2 Interpretar projetos
3 Elaborar plantas seguindo normas e especificações técnicas
4 Elaborar projetos arquitetônicos
5 Desenvolver projeto de estrutura de concreto
6 Elaborar projetos de estrutura metálica
7 Elaborar projetos de instalações hidrossanitárias
8 Elaborar projetos de instalações elétricas, telefônicas e spdac
9 Elaborar projetos de instalações de prevenção e combate a incêndios
10 Elaborar projetos de instalações de ar condicionado
11 Elaborar projeto de instalações de cabeamento estruturado
12 Compatibilizar projetos para eliminar as interferências
C - LEGALIZAR PROJETOS E OBRAS

1 Conferir projetos
2 Selecionar documentos para legalização da obra
3 Encaminhar projetos para aprovação junto aos
órgãos competentes
4 Controlar prazo de documentação
5 Corrigir as não-conformidades
6 Requerer aprovação de vistoria nos órgãos
competentes
7 Providenciar encerramento das obras
8 Organizar arquivo técnico
D - PLANEJAR O TRABALHO DE EXECUÇÃO DE
OBRAS CIVIS

1 Elaborar plano de ação


2 Definir a logística
3 Propor cronograma físico
4 Participar da definição de métodos e técnicas
construtivas
5 Dimensionar equipe de trabalho
6 Listar máquinas, equipamentos e ferramentas
7 Elaborar cronograma de suprimentos
8 Racionalizar canteiro de obras
9 Acompanhar os resultados dos serviços
E - ORÇAR OBRAS
1 Fazer estimativa de custos
2 Interpretar projetos e especificações técnicas
3 Fazer visita técnica para levantamento de dados
4 Levantar quantitativos de projetos de edificações
5 Cotar preços de insumos e serviços
6 Fazer composição de custos diretos e indiretos
7 Elaborar planilha de quantidade e de custos
8 Comparar custos
9 Elaborar cronograma físico-financeiro
F - PROVIDENCIAR SUPRIMENTOS E SERVIÇOS

1 Pesquisar a existência de novas tecnologias


2 Elaborar cronograma de compras
3 Consultar estoque
4 Selecionar fornecedores
5 Fazer cotação de preços
6 Elaborar estudo comparativo de custos
7 Negociar preços, prazos de entrega e condições
de pagamento de produtos e serviços
G - SUPERVISIONAR EXECUÇÃO DE OBRAS
1 Inspecionar a qualidade dos materiais e serviços
2 Controlar o estoque e o armazenamento de materiais
3 Seguir as instruções dos fabricantes
4 Buscar a industrialização de processos executivos
5 Racionalizar o uso dos materiais
6 Cumprir cronograma preestabelecido
7 Coordenar equipes de trabalho
8 Conferir execução e qualidade dos serviços
9 Fiscalizar obras
10 Realizar medições
11 Efetivar pagamentos na obra
12 Realizar apropriação de máquinas, equipamentos e mão-de-obra
13 Fazer diário de obras
14 Solucionar problemas de execução
15 Zelar pela organização, segurança e limpeza da obra
16 Padronizar procedimentos
H - EXECUTAR CONTROLE TECNOLÓGICO DE
MATERIAIS E SOLOS

1 Aplicar normas técnicas


2 Operar equipamentos de laboratório e sondagem
3 Executar serviços de sondagem
4 Coordenar equipe de coleta de amostras e ensaios
5 Coletar amostras
6 Executar ensaios
7 Especificar os materiais utilizados nos ensaios
8 Quantificar os materiais utilizados nos ensaios
9 Elaborar relatórios técnicos
10 Analisar relatórios técnicos
11 Controlar estoque dos materiais de ensaio
I - TREINAR MÃO-DE-OBRA

1 Definir objetivos do treinamento


2 Programar atividades teóricas e práticas
3 Elaborar material didático
4 Supervisionar as aulas práticas
5 Conscientizar o aprendiz quanto ao uso racional
de materiais, equipamentos e do tempo
6 Avaliar o aproveitamento do aprendiz
J - VENDER PRODUTOS E SERVIÇOS

1 Fazer pesquisa de mercado


2 Divulgar o produto
3 Demonstrar viabilidade do produto ao cliente
4 Adequar o produto às necessidades do mercado e
do cliente
5 Elaborar propostas comerciais
6 Emitir contratos
7 Prestar assistência técnica
K - EXECUTAR A MANUTENÇÃO E
CONSERVAÇÃO DE OBRAS

1 Fazer visita técnica para diagnóstico


2 Verificar responsabilidade
3 Apresentar soluções alternativas
4 Orçar o serviço
5 Providenciar o reparo
6 Supervisionar a execução
COMPETÊNCIAS PESSOAIS

1 Realizar serviços de acordo com normas de


higiene, saúde e segurança no trabalho
2 Tomar decisões cabíveis às funções realizadas
3 Utilizar legislação trabalhista
4 Comunicar-se
5 Trabalhar em equipe
6 Prestar primeiros socorros
7 Redigir documentos comerciais técnicos
8 Manter-se atualizado e informado
9 Comunicar-se em idiomas estrangeiros
10 Agir com ética
11 Solucionar problemas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BRASIL. DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985.

[2] CREA-SE - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de


Sergipe. Sobre o CREA. Disponível em <http://www.crea-
se.org.br/institucional/> Acessado em 21/08/2017.
[3] CREA-SE - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de
Sergipe. Regimento do CREA-SE. Disponível em <http://www.crea-
se.org.br/wp-content/uploads/2016/10/REGIMENTO-INTERNO-DO-CREA-
SE.pdf> Acessado em 21/08/2017.
[4] CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. História.
Disponível em
<http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=917>Acessado em
21/08/2017.
[5] MÚTUA – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA. O que é a
Mútua. Disponível em <http://www.mutua.com.br/quem-somos/> Acessado em
21/08/2017.

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