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Introdução ao Mundo do Trabalho.

  
 Identidade: aprendendo a ser: Integração, Autoconhecimento: passado e presente, Autoconhecimento: futuro, Minhas potencialidades.
 Aprendendo a conviver: Eu e o outro, Vida em sociedade; Diversidade e igualdade; Preconceito.
 Cidadania e ética: Eu, cidadão; Ética, moral e vida em sociedade; Participação na vida social; Documentação e trabalho formal.
 Fazendo escolhas no mundo do trabalho: Escolhendo caminhos; Como funciona o mundo do trabalho; Minha escolha profissional e|
Portas de entrada.
 Competências básicas para o mundo do trabalho I: Vocação e competências; Como desenvolver competências; Relacionamento
interpessoal e Comunicação interpessoal.
 Competências básicas para o mundo do trabalho II: Buscar soluções; Pensar antes de agir; Dar o melhor de si e Enfrentar
dificuldades.
 Procurando trabalho: Quero trabalhar: por onde começar?; Marketing pessoal; Preparando-se para a seleção e Fui selecionado. E
agora?
 Educação financeira: Dinheiro e qualidade de vida; Controle financeiro; Por uma vida melhor no futuro e Por uma vida melhor no
presente.
 Assistir vídeos de Tecnologias no século XXI.
 Uso do Google doc e Word para Elaborar Curriculum Vitae e Carta de Apresentação de Emprego.
 As relações de trabalho e a sociedade
 O trabalho é a atividade por meio da qual o ser humano produz sua própria existência. Essa afirmação condiz com a definição dada por Karl Marx quanto ao que seria o trabalho. A ideia não é que o ser humano
exista em função do trabalho, mas é por meio dele que produz os meios para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto exercem grande influência na construção do sujeito. Assim, existem
áreas do conhecimento dedicadas apenas a estudar as diferentes formas em que se constituem as relações de trabalho e seus desdobramentos na vida de cada um de nós.
 Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando as relações de trabalho alteram-se no fluxo de nossa história, as nossas estruturas sociais também são alteradas, principalmente a forma como se estruturavam
nossas relações, posições na hierarquia social, formas de segregação e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno das relações de trabalho.
 O trabalho no decorrer da história
 Tomemos como exemplo o rápido processo de mudança que atingiu os países europeus no início do século XVIII, o qual hoje chamamos de Primeira Revolução Industrial. As relações de trabalho, anteriormente,
eram fortemente agrárias, constituídas dentro do âmbito familiar. O ofício dos pais era geralmente passado aos filhos, o que garantia a construção de uma forte identidade ligada ao labor a que o sujeito se dedicava.
O indivíduo estava ligado à terra, de onde tirava seu sustento e o de sua família. A economia baseava-se na troca de serviços ou de produtos concretos, e não no valor fictício agregado a uma moeda. Da mesma
forma, o trabalho também estava agregado à obtenção direta de bens de consumo, e não a um valor variável de um salário pago com uma moeda de valor igualmente variável. A estrutura social era rígida, com
pouca ou nenhuma mobilidade para os sujeitos, ou seja, um camponês nascia e morria camponês da mesma forma que um nobre nascia e morria nobre.
 As mudanças trazidas pelo surgimento da indústria alteraram profundamente o sentido estabelecido para o trabalho e para a relação do sujeito com ele. A impessoalidade nas linhas de montagem que a adoção do
Fordismo trouxe, em que milhares de pessoas amontoavam-se diante de uma atividade repetitiva em uma linha de montagem, sem muitas vezes nem ver o resultado final de seu esforço, passou a ser a principal
característica do trabalho industrial.
 O trabalho presente e futuro
 As transformações de nossas relações de trabalho não pararam na Revolução Industrial, pois ainda hoje o caráter de nossas atividades modifica-se. Contudo, as forças que motivam essas mudanças são outras. A
globalização é um dos fenômenos mais significativos da história humana e, da mesma forma que modificou nossas relações sociais mais íntimas, modificou também nossas relações de trabalho. A possibilidade de
estarmos interconectados a todo momento encurtou distâncias e alongou nosso período de trabalho. O trabalho formal remunerado, que antes estava recluso entre as paredes das fábricas e escritórios, hoje nos
persegue até em casa e demanda parte de nosso tempo livre, haja vista a crescente competitividade inerente ao mercado de trabalho.
 A grande flexibilidade e a exigência por uma mão de obra cada vez mais especializada fazem com que o trabalhador dedique cada vez mais tempo de sua vida para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma das
origens das grandes desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma vez que apenas aqueles que dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao processo de formação profissional, caro e exigente,
conseguem subir na hierarquia social e econômica.
 A introdução da automação na produção de bens de consumo tornou, em grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o tamanho do exército de trabalhadores e diminuindo o valor da força de
trabalho nos países que dispõem de grande população, mas com baixa especialização. Como resultado, a situação do trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar do empregado é algo caro e, na concepção
que prioriza o lucro monetário, não é um investimento que garanta renda imediata.
 “Introdução ao Mundo do Trabalho”: explorando o gênero Entrevista de Emprego
 Descrição:
 Breve introdução sobre o gênero Entrevista de Emprego e a metodologia Introdução ao Mundo do Trabalho/PJF. Identidade:
aprendendo a ser: Integração, Autoconhecimento: passado e presente, Autoconhecimento: futuro, Minhas potencialidades.
Aprendendo a conviver: Eu e o outro, Vida em sociedade; Diversidade e igualdade; Preconceito. Cidadania e ética: Eu, cidadão;
Ética, moral e vida em sociedade; Participação na vida social; Documentação e trabalho formal. Fazendo escolhas no mundo do
trabalho: Escolhendo caminhos; Como funciona o mundo do trabalho; Minha escolha profissional e| Portas de entrada.
Competências básicas para o mundo do trabalho I: Vocação e competências; Como desenvolver competências; Relacionamento
interpessoal e Comunicação interpessoal. Competências básicas para o mundo do trabalho II: Buscar soluções; Pensar antes de agir;
Dar o melhor de si e Enfrentar dificuldades. Procurando trabalho: Quero trabalhar: por onde começar?; Marketing pessoal;
Preparando-se para a seleção e Fui selecionado. E agora? Educação financeira: Dinheiro e qualidade de vida; Controle financeiro;
Por uma vida melhor no futuro e Por uma vida melhor no presente. Assistir vídeos de Palestras sobre a importância do Trabalho e as
Tecnologias no século XXI. Uso do Google doc e Word para Elaborar Curriculum Vitae e Carta de Apresentação de Emprego.
 OBJETIVOS
 Possibilitar o conhecimento do gênero textual oral Entrevista de Emprego a fim de que os jovens se apropriem das regras formais
para se orientarem a como se preparar para os processos seletivos de emprego a partir da metodologia Introdução ao Mundo do
Trabalho-PJF e das novas tecnologias de informação e comunicação.
 1 AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO
Fordismo Toyotismo Acumulação flexível
 2 Década de 1980 Países de Capitalismo Avançado
Profundas transformações no mundo do trabalho (produção e representação sindical e política). A classe trabalhadora sofreu a mais aguda crise do séc. 20, afetando sua forma de ser.
 3 Década de 1980 Grande salto tecnológico (automação, robótica e microeletrônica). Na produção: conjunto de experimentos onde o fordismo e o taylorismo já não são os únicos e mesclam-se com outros processos produtivos. Novos
processos de trabalho emergem.
 4 AS MUDANÇAS O cronômetro e a produção em série e de massa são “substituídos” pela flexibilização da produção, por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequação da produção à lógica do mercado.
Ensaiam-se modalidades de desconcentração industrial. Buscam-se novos padrões de gestão da força de trabalho (CCQs, Gestão Participativa, busca da qualidade total, entre outros).
 5 O Toyotismo Experiência flexível de produção e gestão do trabalho desenvolvida no Japão. O toyotismo penetra na produção capitalista globalizada, mescla-se ou mesmo substitui o padrão fordista até então dominante.
 6 Desdobramentos dessas mudanças
Os direitos do trabalho são desregulamentados, flexibilizados, de modo a dotar o capital do instrumental necessário para adequar-se a sua nova fase. Direitos e conquistas históricas dos trabalhadores são substituídos e eliminados do mundo da
produção.
 7 O Taylorismo Diminui e mescla-se, dependendo da intensidade, pela participação dentro da ordem e do universo da empresa, pelo envolvimento manipulatório, próprio da sociabilidade moldada pelo sistema produtor de mercadorias.
 8 Traços Constitutivos Básicos do Toyotismo
Produção variada, diversificada, voltada e conduzida pela demanda. É o consumo quem determina o que será produzido e não o contrário. A produção sustenta-se na existência do estoque mínimo. O kanban, placas que são utilizadas para a
reposição das peças, é fundamental, à medida que se inverte o processo: é do final, após a venda, que se inicia a reposição de estoques. O melhor aproveitamento possível do tempo de produção (incluindo-se também o transporte, o controle
de qualidade e o estoque), é garantido pelo just in time.
 9 Para atender às exigências mais individualizadas de mercado, no melhor tempo e com melhor qualidade, é preciso que a produção se sustente num processo produtivo flexível, que permita a um operário operar com várias máquinas,
combinando varias tarefas, rompendo-se com a relação um homem/uma máquina que fundamenta o fordismo. É a chamada polivalência dos operários (trabalhadores multifuncionais). - O trabalho passa a ser realizado em equipe. Uma equipe
de trabalhadores opera frente a um sistema de máquinas automatizadas.
 10 Ocorre também a flexibilização da organização do trabalho
Ocorre também a flexibilização da organização do trabalho. Deve haver agilidade na adaptação do maquinário e dos instrumentos para que novos produtos sejam elaborados. - No toyotismo tem-se uma horizontalização da produção,
reduzindo o âmbito de produção das empresas e estendendo-se às subcontratadas, às “terceiras”. - Desse modo, kanban, just in time, flexibilização, terceirização, subcontratação, CCQ, controle de qualidade total, eliminação do desperdício,
gerencia participativa, sindicalismo de empresa, entre tantos outros elementos, propagam-se intensamente.
 11 Flexibilização dos trabalhadores: os direitos devem ser flexibilizados de modo a dispor da força de trabalho em função das necessidades do mercado consumidor. O toyotismo estrutura-se a partir de um número mínimo de trabalhadores,
ampliando-os através de horas extras, trabalhadores temporários ou subcontratados. O ponto de partida básico é um número reduzido de trabalhadores e a realização de horas extras.
 12 A classe-que-vive-do-trabalho (Ricardo Antunes)
A forma de ser da classe trabalhadora hoje
 13 Em meio a tantas formulações sobre a noção de classe, qual o sentido atual da classe trabalhadora e sua forma de ser?
 14 Classe-que-vive-do-trabalho
Expressão que pretende dar contemporaneidade e amplitude ao ser social que trabalha; Procura apreender sua efetividade, processualidade e concretude; Refuta as teses do fim da centralidade do trabalho nas relações sociais e do
fim das classes sociais.
 15 A classe trabalhadora hoje inclui a totalidade daqueles que vendem sua força de trabalho, tendo como núcleo central os trabalhadores produtivos; Incorpora a totalidade do trabalho coletivo assalariado; O proletariado industrial
é o seu núcleo principal, porque produz diretamente mais-valia; Engloba também os trabalhadores improdutivos cujas formas de trabalho são utilizadas como serviços, trabalho consumido como valor de uso e não como trabalho
que cria valor de troca (assalariados do setor de serviços, bancos, comércio, turismo, serviços públicos etc.); Essa noção ampliada de classe Incorpora a totalidade dos trabalhadores assalariados (imbricação entre trabalho produtivo
e improdutivo no capitalismo contemporâneo).
 16 Noção ampliada de classe trabalhadora
Inclui todos aqueles e aquelas que vendem sua força de trabalho em troca de salário (proletariado industrial, assalariados do setor de serviços proletariado rural; Essa noção incorpora: o proletariado precarizado, os trabalhadores
part time, o novo proletariado dos Mc Donalds, os trabalhadores terceirizados, os trabalhadores assalariados da chamada “economia informal” e os trabalhadores desempregados expulsos do processo produtivo; Exclui: os gestores
do capital, seus altos funcionários que recebem rendimentos elevados; os pequenos empresários, a pequena burguesia urbana e rural proprietária (ainda que possam se constituir importantes aliados da classe trabalhadora).
 17 Diversidade, heterogeneidade e complexidade da classe trabalhadora
Tem sido uma tendência a redução do proletariado industrial, estável e especializado, que se desenvolveu na vigência do taylorismo/fordismo; Essa diminuição se deve a reestruturação produtiva do capital, a expansão das formas
de horizontalização da produção, a flexibilização e desconcentração do espaço físico produtivo e ao uso intenso de novas tecnologias.
 18 Por outro lado, vem ocorrendo um enorme incremento do novo proletariado fabril e de serviços com o crescimento do trabalho precarizado (o novo subproletariado). São os terceirizados, subcontratados, part-time, entre outros).
Expansão do trabalho precarizado, parcial, temporário, terceirizado, informalizado, novas formas de trabalho doméstico, etc.
 19 A divisão sexual do trabalho O aumento do trabalho feminino
O aumento do trabalho feminino atinge mais de 40% da força de trabalho em diversos países; Esse aumento tem se dado preferencialmente no universo do trabalho part time, precarizado e desregulamentado; Quanto ao salário, seu
percentual de remuneração é bem menor do que aquele auferido pelo trabalho masculino. O mesmo ocorre para os direitos e condições de trabalho.
 20 As mulheres no mundo do trabalho
No espaço fabril (fábricas) ocupa atividades de menor qualificação, mais elementares, rotinizadas e muitas vezes fundadas em trabalho intensivo; Trabalho manual e repetitivo é atribuído às mulheres e o trabalho que requer
conhecimentos técnicos é atribuído aos homens; Ocorre, ainda, discriminação quanto a política de gestão da força de trabalho, ou seja, uma para homens e outra para mulheres (ex.; contratação de mulheres casadas; remuneração,
entre outras). Tem dupla jornada de trabalho, dentro e fora de casa, duplamente explorada pelo capital (na produção e na reprodução da força de trabalho de seus maridos, filhos/as e de si própria). O capital incorpora (se apropria)
do trabalho feminino de modo desigual e diferenciado. Como exemplo, o capital tem se aproveitado da polivalência e multiatividade do trabalho feminino exercido no espaço doméstico.
 21 A classe trabalhadora no setor de serviços, no terceiro setor e no trabalho em domicílio
Tem ocorrido uma significativa expansão dos assalariados médios e de serviços; Esse setor também vem sendo afetado pelas mutações organizacionais e tecnológicas (ex: privatizações, bancários, etc.); Expansão do trabalho no
“terceiro setor”, formas de trabalho voluntário, sobretudo assistenciais, sem fins lucrativos (ONGs, associações, etc.). Não é uma alternativa efetiva e duradoura, mas cumpre um papel de funcionalidade ao incorporar trabalhadores
desempregados; Expansão do trabalho em domicílio em razão da desconcentração do processo produtivo;
 O que é trabalho?. Fundamentos do mundo do TRABALHO e suas relações com a Educação Popular.
 1 Fundamentos do mundo do TRABALHO e suas relações com a Educação Popular
 2 O que é trabalho?
 3 Sentidos Etimológico, Ontológico e Econômico
 4 Sentido Etimológico Tripalium – instrumento de tortura; Definições
A palavra trabalho apresenta vários significados. Esses variações ocorrem, basicamente, devido a dois determinantes: momento histórico (modo de produção/economia) e
influências culturais-étnicas;
 5 Sentido Ontológico “... A forma pela qual o homem produz sua própria existência na relação com a natureza e com os outros homens e, assim, produz conhecimentos.”
(RAMOS, 2007);
 6 Sentido Ontológico Forma de trabalho exclusivamente humana – “Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao
construir sua colméia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do
processo do trabalho aparece um resultado que já existe antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele
imprime ao material o projeto que tinha conscientemente me mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. E
essa subordinação não é um ato fortuito. Além do esforço dos órgãos que trabalham, é mister a vontade adequada que se manifesta através da atenção durante todo o curso
do trabalho.” (Marx, 2001, p ).
 TRABALHO HUMANO – intencionalidade; planejamento prévio; concepção e ação;
 7 Sentido Histórico de cunho Econômico
Modo de Produção Primitivo – propriedade coletiva dos meios fundamentais de produção; Modo de Produção Escravocrata – surgimento da propriedade privada e divisão
de classes (Senhores de terras e Escravos) – Dicotomia entre “TRABALHO INTELECTUAL” e “TRABALHO PRODUTIVO” Modo de Produção Feudal – propriedade
privada e divisão de classes (Senhores Feudais e Servos); Trabalho servil/artesão – domínio de todo o processo de produção (concepção e ação) FORMAÇÃO DO
TRABALHADOR NO E PELO TRABALHO
 8 Modo de Produção Capitalista – Relação Trabalho e Capital
Sentido Histórico de cunho Econômico Modo de Produção Capitalista – Relação Trabalho e Capital Força de trabalho –
capacidade humana para trabalhar; Força de trabalho como mercadoria; Dimensões da Mercadoria – valor-de-uso e valor-de-
troca; Valor (TTSN) e Preço (Lei da Oferta e da Procura) da mercadoria; Mais-valia.
 9 Modo de Produção Capitalista e a Formação do Trabalhador
Massificação da escola elementar: Conteúdos: leitura, escrita e cálculo; Disciplinamento do trabalhador: hierarquia, ordens,
horários, movimentos...
 10 Características da crise do modo de produção capitalista
Superprodução de valores de uso. Os valores de uso não são consumidos (não existem consumidores para pagar o valor de uso)
– tendência de diminuir a produção. Oferta de mercadorias é maior que a procura. Diminuir produção – demitir trabalhadores –
intensificar a exploração dos trabalhadores que permanecem – com o aumento do desemprego menos consumidores e menos
mercadorias circulando. Concorrência entre capitalista contribui para a superprodução de mercadorias
 11 Regimes de Acumulação do Modo de Produção Capitalista
Estabilização, por um longo período, entre consumo e produção (“esquema de reprodução coerente”). Para que isso ocorra
todos os indivíduos (capitalistas, trabalhadores, funcionários públicos...) deveriam contribuir para que o regime funcionasse.
Desta forma, hábitos, práticas políticas, formas culturais... deveriam contribuir para a coerência da acumulação. Formação de
um novo tipo de trabalhador e um novo tipo de homem
 2 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO
 3 TAYLORISMO Estudos marcaram a expansão da indústria americana
Princípios práticos e de caráter obsessivo Organização Racional do Trabalho – ORT - Tempos e Movimentos ● Separação do trabalho físico do mental ● Fragmentação do trabalho em tarefas simples, rotineiras e contínuas ● Super
especialização do operário ● Rígido controle As organizações são sistemas racionais e devem operar com eficiência máxima. (organizações máquinas)
 4 TAYLORISMO Homo Economicus
“... Para que haja alguma esperança de obter a iniciativa de seus trabalhadores, o administrador deve fornecer-lhes incentivo especial, além do que é dado comumente no ofício. Esse incentivo pode ser promessa de rápida promoção ou
melhoria, salários mais elevados, sob a forma de boa remuneração por peça produzida, ou por prêmio, ou por gratificação de qualquer espécie, ...” Taylor, 1907
 5 FORDISMO Adotou os princípios administrativos:
1 - Princípio de Intensificação (Tempo e Produção) (Espaço e Produção) (Espaço e Tempo) 2 - Princípio de Economicidade (Custo e Matéria-Prima) 3 - Princípio de Produtividade (Produção e Homem)
 6 FORDISMO “A notável economia de tempo e o conseqüente acréscimo de rendimento, possíveis de obter pela eliminação de movimentos desnecessários e substituição de movimentos lentos e ineficientes por movimentos rápidos em todos
ofícios, só poderão ser apreciados de modo completo depois que forem completamente observadas as vantagens que decorrem dum perfeito estudo de tempo e movimento, feito por pessoa competente.” Taylor, 1907
 7 FORDISMO: Organização do Trabalho
Produção em massa Trabalho em massa Consumo em massa CONTRADIÇÕES: Fordismo “refém” do trabalhador
 8 FORDISMO: Os movimentos sindicais
Aumento da segurança do emprego Aumento da segurança do trabalho Queda nos níveis de desemprego Aumento reais do salário Aumento do padrão de consumo No Brasil, instituição da CLT (1943)
 9 FORDISMO: Compromisso
Sindicato forte Grande corporação Estado – Bem-estar social Repartição da mais-valia
 10 PRODUÇÃO FLEXÍVEL CARACTERÍSTICAS:
Flexibilidade nos processos, nos produtos, dos produtos Flexibilidade dos padrões de consumo Novos setores de produtos Novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros
 11 PRODUÇÃO FLEXÍVEL Altas taxas de inovação comercial, tecnologia e organizacional Implantação de novas indústrias em regiões até então pouco industrializadas Compreensão do espaço-tempo e a tomada de decisões privadas e
públicas Aumento das pressões sobre o controle do trabalho por parte dos empregadores Enfraquecimento da força de trabalho
 12 TOYOTISMO Organização enquanto organismo Sistema de produção flexível
Produção em massa Produção enxuta Just in Time – JIT, Kanban Redução dos custos Eliminação quase que instantânea dos problemas Qualidade Ênfase em operários capacitados e motivados Multifuncionalidade Parcerias com fornecedores
e clientes Utilização de trabalho em grupos Adaptabilidade ao meio ambiente
 13 TERCEIRIZAÇÃO E SUBCONTRATAÇÃO
Aumento da flexibilidade de custos Subordinação das pequenas empresas Transferência dos custos de produção para as pequenas empresas
 14 VOLVISMO Kalmar e Uddevala - Suécia Auto grau de inovação e automação
Preocupação com a ergonomia Forte presença dos sindicatos Criar simultaneamente especialização e generalização Criar capacidade de auto-organização Utilização de trabalho em grupos Ambientes turbulentos e altamente competitivos
 12 TAYLORISMO – FORDISMO Principais características e a formação do trabalhador
 13 Características Taylorismo-fordismo
Origem do nome; Período; Organização do trabalho; Estado; Modo de vida; Formação do trabalhador.
 14 Presença da esteira mecânica.
Características do Taylorismo-fordismo Origem (USA/Ford - início do sec. XX ) e período de hegemonia (até a década de 70/80 nos países do capitalismo central) Fordismo – a partir de
Hanry Ford introduziu o dia de 8 horas e 5 dólares como recompensa aos trabalhadores; Presença da esteira mecânica. Taylorismo – Princípios da Administração Científica (1911) de
Taylor – aumento da produtividade do trabalho por meio “... da decomposição de cada processo de trabalho em movimentos componentes e da organização de tarefas de trabalho
fragmentadas segundo padrões rigorosos de tempo e estudo de movimento.” (HARVEY, 2002, p. 121).
 15 Organização do trabalho:
Características do Taylorismo-fordismo Organização do trabalho: Base tecnológica pautada na eletromecânica. Maquinário pesado, rígido e que ocupava grandes espaços. Fragmentação
do trabalho – intensificação da divisão entre gerência (concepção/ controle) e trabalhadores (execução). Hierarquia; Trabalho e trabalhador coletivo (vários trabalhadores parciais) –
especialista em uma parte do processo de trabalho; Produção em série, linha de montagem e de produtos mais homogêneos; ESTEIRA MECÂNICA; Controle dos tempos e movimentos
pelo cronômetro taylorista e da produção em série fordista; Unidades fabris concentradas e verticalizadas;
 16 Produção e consumo em massa. Devia-se criar necessidades de consumo;
Características do Taylorismo-fordismo Modo de vida Produção e consumo em massa. Devia-se criar necessidades de consumo; Renda e tempo de lazer para consumir; Saber gastar o
dinheiro. Capacidade de consumo consciente (não gastar dinheiro com vícios. Ford tentou controlar isso); Probidade moral e vida familiar; Respeitar a ordem/hierarquia presentes na
sociedade.
 17 Estado (a partir do início da década de 1930 – USA)
Características do Taylorismo-fordismo Estado (a partir do início da década de 1930 – USA) Estado de Bem-Estar Social ou Estado Keynesiano Estado regulador: economia e direitos
sociais (proteção econômica; meios para as pessoas voltarem a consumir; fontes de trabalho subvencionadas pelo Estado; políticas de emprego; salário-desemprego; previdência pública;
habitação-educação-saúde... Públicas).
 18 EDUCAÇÃO – aspectos predominantes
Características do Taylorismo-fordismo EDUCAÇÃO – aspectos predominantes Conhecimentos elementares e especialidade em alguma área técnica – TRABALHADORES; Formação
intelectual para trabalhadores complexos e/ou para proprietários dos meios de produção
 19 CRISE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA – Décadas de 70/80
 20 ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL OU TOYOTISMO Principais características e a formação do trabalhador
 21 Características do Toyotismo
Origem do nome; Período; Organização do trabalho; Estado; Modo de vida; Formação do trabalhador.
 22 Origem/período (Japão/Toyota – implantação progressiva de 1950-70)
Características do Toyotismo Origem/período (Japão/Toyota – implantação progressiva de ) TOYOTISMO ou OHNISMO (Ohno, engenheiro que originou o modelo na Toyota) Motivos – as empresas japonesas precisavam ser tão
competitivas quanto as americanas; Necessidade de aplicar o fordismo no Japão, mas de acordo c/ as especificidades desse país.
 23 Características do Toyotismo - Origem
Especificidades do Japão – possibilidade de consumo de massa era limitada (pós-guerra). Os fabricantes deveriam produzir com custos equivalentes aos da produção em massa; Veículos deveriam ser menores p/ atender as condições
de consumo e a configuração geográfica do Japão; Demanda diversificada (vários patamares de renda), portanto, diversificação de produtos.
 24 Organização do trabalho
Características do Toyotismo Organização do trabalho Fim do sindicato combativo e instituição do sindicato patronal; Novo perfil sindical – “Família Toyota” – Lema: “Proteger a nossa empresa para defender a vida” – condição para
o sucesso da empresa japonesa e, em especial, da Toyota. O novo sindicato combina repressão e cooptação. “... como contrapartida à subordinação patronal, a obtenção do emprego vitalício a uma parcela dos trabalhadores das
grandes empresas (cerca de 30% da população trabalhadora) e também ganhos salariais decorrentes da produtividade.” (ANTUNES, 2005, p. 33)
 25 Características do Toyotismo – Organização do trabalho
Base tecnológica – microeletrônica (máquinas flexíveis, programação e produção diversificada); Processo produtivo flexível – um operário operando várias máquinas (na Toyota 1 operário/5 máquinas) – Polivalência do trabalhador –
capacidade para operar várias máquinas e combinando várias atividades simples; O trabalhador deve deixar a máquina funcionando e preparar os elementos necessários para o funcionamento de outra máquina... Reduzir o tempo de
trabalho “morto”.
 26 Características do Toyotismo – Organização do trabalho
Produção é conduzida pela demanda, variada, diversificada e voltada para suprir o consumo. Muitos modelos e pouco estoque; Just in time – melhor aproveitamento possível do tempo de produção o que inclui transporte, controle de
qualidade e estoque. Estoque mínimo; Terceirização – o padrão de qualidade da empresa que contrata deve ser copiado pela empresa terceirizada;
 27 Trabalho em equipe – vestir a camisa da empresa
Características do Toyotismo – Organização do trabalho Controle de qualidade Trabalho em equipe – vestir a camisa da empresa Participação do trabalhador (trabalhador crítico); Trabalhadores temporários; Intensificação do
desemprego, subemprego/trabalho informal;
 28 Características do Toyotismo
Estado Estado mínimo/neoliberal – redução de recursos públicos para políticas sociais; privatizações (terceirização); desregulamentação das leis trabalhistas; ampliação de verbas públicas para a iniciativa privada.
 29 Modo de vida – NOSSA VIDA!
Características do Toyotismo Modo de vida – NOSSA VIDA! “Consumidor consciente e crítico” = cidadão; Competição mais acirrada (capitalistas/capitalistas; trabalhadores-trabalhadores) – aprofundamento do individualismo;
Modo de vida frenético. Sujeito capaz de executar várias atividades (trabalhar, reproduzir a espécie, cuidar da família, consumir...)
 30 EDUCAÇÃO – aspectos predominantes
Pauperização de conhecimentos científicos no processo de formação do aluno trabalhador ou futuro trabalhador. Formação geral e
polivalente em detrimento da especialização “engessada”, típica do taylorismo-fordismo; Domínio de várias especialidades (saber
fazer várias atividades) – Polivalência; Formação por competências, “crítica/cidadã”, voltada ao mercado de trabalho e
disciplinadora para ordem social.
 31 Educação Formação para atividades complexas – voltada ao trabalho intelectual. Destina-se aos dirigentes (donos dos meios de
produção) e/ou a poucos trabalhadores.
 32 PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR HOJE
Formação crítica e que visa contribuir com a transformação social. X Atendimento/Formação assistencialista e com caráter de
conservação social.
 33 ONGs nos Países da América Latina
Papel das ONGs ONGs nos Países da América Latina Anos de 1945 – relacionadas ao trabalho comunitário de constituição de
condições mínimas de vida; Anos de 1980 – caráter reivindicatório e trabalho junto aos movimentos sociais;
 34 Anos de 1990 Podem assumir uma finalidade assistencialista; Caráter mercadológico; Atendimento de necessidades sociais que
deveriam ser escopos de políticas públicas; Recebimento de incentivos financeiros públicos; ONGs “fantasmas”; Isenção de
impostos/tributos. ONGs que se articulam com movimentos sociais e contribuem com o processo de transformação social (NÃO É
PREDOMINANTE)
 35 CONCEPÇÕES DE/PARA A FORMAÇÃO HUMANA
 36 Dicotomia entre formação geral e formação específica
1) Escola dual 2) Dicotomia entre formação geral e específica 3) Prepara para o mercado
trabalho - concepção de empregabilidade e polivalência; 4)Formação unilateral 5) Caráter
assistencialista Formação politécnica/ominilateral 1) Formação Emancipatória 2)
Politecnia – relação entre formação geral e específica no mesmo processo de formação
(união entre trabalho manual e intelectual) 3) Prepara para o mundo do trabalho
4)Formação omnilateral 5) Caráter emancipatório
 37 Questões A educação transforma a sociedade?
Existe(m) diferença(s) entre formar para o mercado de trabalho e formar para o mundo do
trabalho? Justificar.
 Apresentação em tema: "O MUNDO DO TRABALHO NA ATUALIDADE"— Transcrição da apresentação:
 1 O MUNDO DO TRABALHO NA ATUALIDADE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DISCIPLINA SOCIOLOGIA DO TRABALHO O MUNDO DO TRABALHO NA ATUALIDADE ADRIANA ALVES OUTUBRO DE 2009
 2 DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - ATUALIDADE
Globalização: Fundamentada pelo Neoliberalismo Quebra do Estado Nação – quebra de limites territoriais e a soberania dos países Estado mínimo, flexível, deixado por conta do mercado da competição privada Capitalismo Global – processo
civilizatório Capitalismo local – processo provinciano Desdobramento: Desigualdades sociais, econômicas, políticas, culturais
 3 TRABALHO GLOBALIZADO Características:
Produção realizada com número mínimo de empregados; Caráter temporário dos empregos; Mobilidade dos empregados; Robotização/automação Atividades abstratas, intelectuais (operário não mais alimenta a máquina mas sim controla e
previne defeitos) Flexibilização (dos processos e mercados de trabalho) Emergência do trabalho coletivo – o trabalho individual realiza-se no âmbito mundial. Ex. excedente, lucro, mais valia
 4 TRABALHO GLOBALIZADO Consequências:
Desemprego cíclico e estrutural – trabalhador com poucas possibilidades de emprego Surgimento de uma sub classe –minorias raciais, desemprego por longo tempo; falta de capacitação; dependência do assistencialismo; mudança no estatus e
autoridade familiar; alto índice de dependência química (alcoolismo e drogas) Crescimento do terceiro setor como via de enfrentamento de questões ligadas ao bem comum
 5 TRABALHO GLOBALIZADO Consequências:
Além da crise material, a espiritual, expressa através da filosofia, arte, comunicação, valores, comportamento, relações sociais, etc Expressão: mercantilização de todas essas atividades Transformação das atividades tipicamente humanas em
mercadoria, ex. rebaixamento do nível de qualidade da música Especialização cada vez maior da cientificidade, ex. medicina A mercadoria tem de se tornar obsoleta o mais rápida possível para dar lugar a aoutra e assim gerar lucro é a
produção destrutiva Crescimento do misticismo diante de uma realidade em que o homeme se torna impotente para compreender intervir e mudar a solução é a busca para além desse mundo em poderes fora da realidade humana ou natural.
 6 TRABALHO GLOBALIZADO Pobreza x Exclusão Exclusão:
aponta para as insuficiências e as falhas de serviços e políticas voltadas para várias necessidades; Denuncia a ruptura da noção de responsabilidade social Inclusão social Possibilidade de igualdade de acesso a bens e serviços por meio de
algumas garantias sociais universais
 7 GLOBALIZAÇÃO Desigualdades Culturais
Cultura local com forte influência da sociedade global Tradições locais combinam-se com dimensões mundiais Monopólio da mídia que influencia as informações e as interpretações
 8 Pauperização/ lumperização
TRABALHADORES Sem qualificação – subcontratados, temporários, sem estabilidade; Contratados por empresas subsidiárias, subcontratadas, especializadas Pauperização/ lumperização Urbanização do campo – migrações Carência de
saúde, alimentação, transporte, educação, segurança; Ampliação do Exército Industrial de Reserva – atinge trabalhadores de dimensões mundiais, mesclando raças, idades, sexos, religiões, liínguas, tradições, reivindicações e lutas.
 9 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES
Problemas: Ausência de sindicatos; Ausência de filiados; Falta de organização sindical. Sindicato – Fragilizado Patronato – interlocutor distante
 10 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES
Sindicato: Necessidade de recriação e organização com alcance global; Busca de resgate da dignidade humana; Redimensionamento da capacidade laborativa do trabalhador; Combate a “seleção natural” Garantia de seguridade

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