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ÍNDICE

INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
ARGUMENTOS TEÓRICOS.....................................................................................2
1.1. CONCEITO...................................................................................................2
1.2. O trabalho e a força do trabalho humano.....................................................2
1.3. Transformações no mundo do trabalho........................................................3
1.3.1. O trabalho na contemporaneidade.........................................................3
1.3.2. O mundo e o futuro do trabalho.............................................................4
1.4. Benefícios da transformação da força de trabalho.......................................6
1.5. Princípios Da Transformação Da Força De Trabalho...................................7
CONCLUSÃO GERAL...............................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................10
INTRODUÇÃO

O mundo do trabalho passa por múltiplas e profundas transformações com


intensos impactos sobre os empregos e as formas de ocupação laboral; sobre a
quantidade, os tipos e os conteúdos dos postos de trabalho; sobre as profissões,
seus conteúdos e a pertinência da sua existência; sobre os conteúdos, métodos e
actualização da educação e formação profissional; sobre as habilidades
necessárias para trabalhar nos novos contextos; sobre as formas de contratação e
de inserção laboral, que passam pelo assalariamento clássico, partindo deste
pressuposto, a presente pesquisa visa actualizar o estudante nos aspectos
relacionados as transformações no mundo do trabalho, com base a psicologia
social.
Nisto, a transformação de trabalho é o método que aprimora as
habilidades e as ferramentas da força de trabalho para acompanhar as mudanças
constantes na estratégia de negócios de uma organização e sociedade. As
exigências da transformação da força de trabalho são amplamente categorizadas
em quatro áreas: preparação para a inovação, aprimoramento da postura
competitiva, impacto ambiental, social e autorrealização do funcionário.

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ARGUMENTOS TEÓRICOS

1.1. CONCEITO

O Mundo do Trabalho é o conjunto de factores que engloba e coloca em


relação a actividade humana de trabalho, o meio ambiente em que se dá a
actividade, as prescrições e as normas que regulam tais relações, os produtos
dela advindos os discursos que são intercambiados nesse processo, as técnicas
e as tecnologias que facilitam dão base para que a actividade humana de
trabalho se desenvolva.

Psicologia Social do Trabalho, concentra-se principalmente nos


fenômenos psicológicos dos trabalhadores e nas suas vivências, a partir de uma
visão crítica. Tem como principal objectivo de analisar e aprimorar relações de
trabalho e a saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador. Para os
trabalhadores, a Psicologia Social do Trabalho é claramente importante, por
desenvolver conhecimentos e práticas que primam pelo seu bem-estar, saúde e
segurança. Questões envolvendo, por exemplo, motivação, satisfação, relações
interpessoais e trabalho em equipe são essenciais para a Psicologia Social do
Trabalho e contribuem para aprimorar condições de trabalho.

1.2. O trabalho e a força do trabalho humano

O trabalho representa na vida das pessoas além de uma forma de valor,


algo que conserva o lugar destas na sociedade. Pois, para que estejam inseridas
na hierarquia social, as pessoas precisam estar inseridas também nas formas de
trabalho instauradas pela sociedade. Partindo do pressuposto de que o trabalho é a
força que diferencia o homem dos demais seres da natureza, nesta seção são
apresentadas características que definem a força de trabalho humano e seu papel
na sociedade.

Segundo Marx (1985, p. 202), “o trabalho é um processo de que participa o


homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria acção,
impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza”. Este
intercâmbio com a natureza pode então ser observado como um movimento em

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que o homem se apropria de recursos que possibilitam não um contacto com os
objectivos, mas com os meios do trabalho. Segundo Braverman (1987), o trabalho
que acaba por ultrapassar a mera actividade instintiva, passa a ser uma força que
criou a espécie humana e a força pela qual a humanidade criou o mundo que se
conhece.

1.3. Transformações no mundo do trabalho

As transformações no mundo de trabalho inscrevem-se como


desdobramentos da crise no padrão de acumulação capitalista que eclode nos
anos de 1970. Na concepção de Antunes (1999), estas mudanças são atribuídas a
um conjunto de factores, quais sejam:
 Queda da taxa de lucro decorrente dos aumentos dos salários,
 Fruto das lutas sociais desenvolvidas nos anos pós-Segunda Guerra
Mundial;
 Esgotamento do padrão de acumulação sustentado no paradigma
fordista/taylorista;
 Hipertrofia da esfera financeira frente aos capitais produtivos;
 Ampliação da concentração de capitais dadas as fusões entre as
empresas monopolistas e oligopolistas;

1.3.1. O trabalho na contemporaneidade

As transformações ocorridas no mundo do trabalho no final do século XX


suscitaram novas concepções acerca das relações existentes entre indivíduos e
organizações. Novas formas de organização do trabalho foram constituídas e
novas características acerca do papel do trabalhador foram instauradas. Assim,
para melhor compreensão da concepção do trabalho na actualidade, esta secção
apresenta elementos que compõem o mundo do trabalho em sua perspectiva
contemporânea, sobretudo, acerca das novas relações estabelecidas entre
indivíduos e organizações. A constante transformação que perpassa o mundo do
trabalho suscita o aparecimento de novas formas de organização do trabalho e a
modificação da natureza das formas existentes. Observa-se o desaparecimento de
empregos permanentes e, simultaneamente, o aparecimento de novas tecnologias
e inovações que mostram como o trabalho conserva um lugar importante na

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sociedade, ratificando a necessidade de compreensão de seu sentido e a
determinação de suas características para os trabalhadores (MORIN, 2001).

Diante deste quadro de transformações nas relações de trabalho, observa-


se no mundo contemporâneo uma ampliação da inter-relação entre as actividades
produtivas e improdutivas, entre as actividades fabris e de serviços, entre produção
e conhecimento científico. Tais transformações acentuam o aumento e a
descoberta de novas formas de produção que conduzem e formam novas
tendências no âmbito organizacional e social (ANTUNES, 2005).

Em contrapartida, as mudanças das relações de trabalho estão também


centradas no indivíduo, deixando claro que as motivações tradicionais para o
desempenho no trabalho, tais como, estabilidade no emprego, salários elevados,
benefícios adicionais, não são mais suficientes a este indivíduo na organização. Os
trabalhadores do mundo contemporâneo se caracterizam a partir de oportunidades
de adquirir novos conhecimentos, oportunidades de crescimento, autonomia e
reconhecimento pela execução de seu trabalho (HARMAN; HORMANN, 1997).

Segundo Harman e Hormann (1997), as características do trabalho no


mundo contemporâneo devem assumir o papel de trabalho significativo para o
trabalhador. Cada vez mais, organizações deverão oferecer benefícios para atrair e
conservar os profissionais mais competentes em suas estruturas, já que o tipo de
organização em que as pessoas querem estar é aquela que dá importância ao
autodesenvolvimento, à qualidade dos relacionamentos, às actividades
significativas e ao esforço cooperativo.

1.3.2. O mundo e o futuro do trabalho

A nova configuração do mundo e do futuro do trabalho impacta directamente


na satisfação e produtividade do trabalho, pois, modifica seus comportamentos, e
os conduz a desenvolver atitudes consideradas positivas em relação a suas
funções executadas, a empresa que os emprega e a eles próprios, tendo dessa
forma o comprometimento que atua como indicador da organização eficaz. Na
presente seção são apresentadas as concepções que configuram o futuro do

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trabalhado, bem como a forma pela qual os trabalhadores passam a fazer parte
deste contexto.

Segundo De Masi (2001), o trabalho e a desocupação apresentam


desdobramentos paradoxais, pois, milhões de pessoas se desesperam por estarem
excluídas do exercício de actividades das quais não gostam, às vezes até mesmo
detestam, que muitas vezes são desonrosas de tão inúteis, mas que as estatísticas
oficiais consideram como trabalho. Percebe-se então, que as pessoas tem a
necessidade de fazer parte desse mundo do trabalho, independente da forma ou
do significado da atividade desenvolvida.

Segundo De Masi (2001), as pessoas que trabalham, estão mais garantidas


do que as outras, são mais respeitadas, podem ostentar a profissão no cartão-de-
visita, sendo atribuídos efeitos positivos, até milagrosos ao trabalho.

Nestes termos, o capitalismo não foi capaz de eliminar as múltiplas formas e


manifestações do estranhamento (ou da alienação), mas, minimizar suas
dimensões explicitamente despóticas, intrínsecas ao fordismo, em benefício de um
“envolvimento manipulatório” da nova formação de organização do trabalho
(ANTUNES, 2005).

Ademais, Antunes (2005), aborda que as formas contemporâneas de


estranhamento ou alienação atingem além do espaço da produção, a esfera do
consumo, a esfera da vida fora do trabalho, e o chamado tempo livre acaba
tornando-se, em grande parte, um tempo também submetido aos valores do
sistema produtor de mercadorias e das suas necessidades de consumo, tanto
materiais como imateriais.

Sendo assim, De Masi (2001), destaca que, o homem não é uma máquina
predisposta pela natureza para ser veloz, repetitiva e precisa (apesar de se tornar).
E, mesmo assim, o próprio homem, em função das exigências de velocidade,
repetitividade e precisão, criou aparelhos de alcance, mais eficazes do que ele
mesmo, e submetendo-se a esses aparelhos deixou de lado a criatividade, a idéia
vaga, o imprevisto, a mudança, o riso, o pranto e tudo mais que o torna humano.

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1.4. Benefícios da transformação no mundo de trabalho

O mundo do trabalho passa por grandes transformações. Isso acontece


pela necessidade do capital de aumentar a taxa de lucros, cumprindo a tendência
do sistema apontada por Karl Marx: o capitalismo tende ao aumento do custo do
capital constante (máquinas, tecnologias) e a diminuição do custo do capital
variável (mão de obra, pagamento aos trabalhadores). A chamada Revolução 4.0,
com novas tecnologias de automação, incluindo a inteligência artificial robótica,
confirmam a tese marxista.

São vários os aspectos do funcionamento da sociedade que esta


transformação influencia. O aumento do investimento de um grande capitalista em
sua empresa faz acelerar e aumentar sua produção, ao mesmo tempo em que sua
concorrente, não acompanhando este ritmo, fica para trás e quebra. O monopólio,
já hegemónico actualmente no mercado, se reafirma e se aprofunda. As pequenas
e médias empresas sucumbirão a este monopólio, como outros milhares já
sucumbiram ao longo do tempo.

A transformação no mundo de trabalho é um motivador que proporciona


inovação, agilidade e flexibilidade a uma força de trabalho cada vez mais móvel e
distribuída, incorporando mudanças que afectam o momento, o modo e o ambiente
em que o trabalho é realizado. As organizações de TI devem se preparar para as
novas gerações que ingressarão na força de trabalho e esperam uma integração
sem atritos, colaboração simples e comunicações avançadas.

Há também alguns benefícios claros obtidos com a capacitação dos


funcionários para trabalhar em casa ou em locais que não sejam o espaço de
escritório centralizado. Oferecer flexibilidade de trabalho aos funcionários significa
que a tecnologia é a peça central da experiência dos funcionários. Na verdade,
esse pode ser o único ponto de contacto físico com a organização.

Os funcionários aprendem sobre a empresa e conhecem seus colegas de


trabalho por meio dessas tecnologias. Por isso, garantir que a experiência do
funcionário por meio dessas tecnologias respalde e aumente seu envolvimento é
primordial para sua produtividade e satisfação no trabalho. É fundamental fornecer

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uma experiência simplificada e consistente em todos os dispositivos para garantir
uma experiência positiva aos funcionários.

Ao oferecer aos funcionários um ambiente cada vez mais semelhante ao do


consumidor para acessar aplicativos corporativos e dados de negócios, as
organizações que estão na jornada para essa transformação podem oferecer uma
experiência de usuário mais aprimorada, permitindo que os funcionários se
envolvam e se concentrem melhor na tarefa em questão. Por exemplo, os
funcionários continuam evitando os telefones de mesa tradicionais e adotando
aplicativos e dispositivos móveis, como Zoom ou WhatsApp, que eliminam a
necessidade de telefones fixos, e até mesmo de telefones fixos IP.

A transformação da força no mundo de trabalho pode gerar uma ampla gama


de benefícios para o empregador:

 Capacitando os funcionários a trabalhar com mais eficiência, aumentando a


produtividade e a motivação

 Melhor colaboração e comunicação, levando a inovações e melhor


aproveitamento dos talentos

 Capacidade de recrutar os melhores candidatos graças a um ambiente de


trabalho mais flexível.

1.5. Princípios Da Transformação Da Força De Trabalho

Os princípios da transformação da força de trabalho se enquadram em três


grandes categorias:

 Responder: agir com rapidez, avaliar a situação e oferecer experiência


de usuário, desempenho e disponibilidade consistentes em todos os
aplicativos
 Adaptar: gerenciar e proteger a infinidade de novos dispositivos e
dados para maximizar a flexibilidade da força de trabalho
 Acelerar: obter inteligência e visibilidade do ambiente de endpoint para
promover o envolvimento e a inovação em toda a organização.

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Antes de planejar a transformação de uma força de trabalho, as
organizações devem considerar quais são as principais prioridades dos negócios,
para que os processos de transformação da força de trabalho possam ser medidos
com base nessas metas. As empresas que se concentram em várias metas de
nível superior de uma só vez podem chegar à conclusão de que elas são
inalcançáveis. Decida se a meta principal é o crescimento orientado pela
inteligência para inovar, reduzir custos ou aumentar a produtividade e foque nessas
metas. Isso pode ajudar a revelar as principais funções que devem ser combinadas
ou reestruturadas como parte da transformação geral.

Em seguida, a organização pode começar a transformação da força de


trabalho com base nas funções de maior impacto, concentrando-se em conjuntos
de habilidades essenciais para alcançar os resultados de negócios prioritários o
mais rápido possível. Ao trabalhar para atingir essa meta, lembre-se de que os
funcionários também devem se sentir envolvidos no processo de transformação.
Concentre-se no desenvolvimento de uma ligação entre cada função e as metas
gerais da organização para que elas "aceitem" os esforços de transformação.

A experiência do usuário do funcionário é fundamental. Os funcionários que


sofrem com atrasos devido à latência ou a uma experiência de trabalho remota
inferior terão, sem dúvida, menor desempenho e menos satisfação do que os
usuários que sentem ter o mesmo nível de experiência e suporte das pessoas que
já atuam no local de trabalho.

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CONCLUSÃO GERAL

Durante as discussões apresentadas notou-se que o mundo do trabalho


perpassa por modificações que repercutem directamente nas pessoas e em seus
papéis desempenhados. Os trabalhadores passam a desenvolver tarefas
especializadas e de cunho mais intelectual, o que não era observado nos
processos de trabalho anteriores, pois, eles tinham o trabalho manual e o esforço
físico como características principais de suas actividades.

Sendo assim, conclui-se que o trabalho humano na contemporaneidade é


resultado de uma série de modificações que ocorreram ao longo dos anos, o que
alterou significativamente os processos de produção que passou a ser eivado por
características, tais como, a multiplicidade de procedimentos, as estruturas mais
flexíveis, a descentralização das tarefas e principalmente por uma nova
configuração do trabalhador. Conclui-se ainda que esta nova configuração do
mundo do trabalho modifica os comportamentos das pessoas, conduzindo-as a
desenvolver atitudes positivas em relação às suas tarefas e actividades, pois, são
os seus comportamentos que acabam por definir suas tarefas como eficazes. O
trabalhador é embebido por um discurso no qual o trabalho é o elemento que o
insere na hierarquia da sociedade, e isso repercute sobremaneira em sua
subjectividade, pois, seu objectivo maior acaba por ser o de se incluir nesta
estrutura, independentemente do lugar que vier ocupar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. https://www.vmware.com/br/topics/glossary/content/workforce-
transformation.html
2. ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: Ensaio sobre a afirmação
e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo. 1999.
3. ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a
negação do trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial, 2006.
4. BETIOL, M. I. S. Análise Exploratória Sobre “Os Sentidos Do Trabalho”
em Duas Visões: Região. Metropolitana de São Paulo e Região
Parisiense. In.: ENANPAD – ENCONTRO ANUAL DOS PROGRAMAS DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 30., 2006, anais... Salvador:
ANPAD, 2006 CD ROM
5. BORGES, Lívia de Oliveira. As concepções do trabalho: um estudo e
análise de conteúdo de dois periódicos de circulação nacional. RAC –
Revista de Administração Contemporânea. Curitiba: CEPPAD/UFPR, v.3,
n.3, Set./Dez. 81-107, 1999.
6. BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do
Trabalho no Século XX. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
7. DE MASI, D. O futuro do Trabalho: fadiga e ócio na sociedade pós-
industrial. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001. FLEURY, Afonso Carlos
Correia;
8. VARGAS, Nilton (org). Organização do trabalho: uma abordagem
interdisciplinar – sete casos brasileiros para estudo. São Paulo: Atlas,
1983. HARMAN W.;
9. HORMANN J. O trabalho criativo. São Paulo: Cultrix, 1997. MARQUES,
Rosa M. A proteção social e o mundo do trabalho. São Paulo: Bienal, 1997.

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