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David Riazanov
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Marx, junto com seu amigo Engels, estava destinado a descobrir a solu-
ção a este problema sobre o qual os homens têm atormentado seus cé-
rebros por séculos. Marx descobriu que a história de todas as socieda-
des anteriores foi, em última análise, a história das relações de produ-
ção e distribuição nestas sociedades, e que o desenvolvimento destas
relações sob a lei da propriedade privada se manifesta na esfera das ins-
tituições políticas e sociais na forma da luta de classes; e por esta des-
coberta, Marx revelou a mais importante força motriz na história. Ao
mesmo tempo, uma explicação foi descoberta para a necessária desar-
monia em todas as sociedades existentes até agora entre a consciência e
a existência, entre os desejos da humanidade e a realidade social, entre
intenções e resultados. Assim, graças às ideias de Marx, os homens
aprenderam pela primeira vez o segredo de seu próprio progresso so-
cial. Para além disso, a descoberta das leis do desenvolvimento capita-
lista, do mesmo modo, apontaram o caminho pelo qual a sociedade está
se movendo – dos estágios espontâneos e inconscientes, durante os
quais os homens fizeram história da mesma maneira pela qual as abe-
lhas constroem suas colmeias, ao estágio histórico consciente, criativo e
genuinamente humano, aquele estágio quando a vontade da sociedade
e a realidade social devem, pela primeira vez, estar harmoniosamente
correlacionadas uma com a outra, quando as ações do ser social irão,
pela primeira vez, produzir precisamente os resultados que ele deseja.
Nas palavras de Engels, este decisivo “salto do reino animal ao domínio
da liberdade humana” será alcançado pela sociedade como um todo
apenas com a realização da reviravolta socialista.
ROSA LUXEMBURGO
ÍNDICE
Apresentação .................................................................................. 13
Primeira Conferência
Introdução. A Revolução Industrial na Inglaterra. A Grande Revolu-
ção Francesa e sua influência na Alemanha ................................... 19
Segunda Conferência
O movimento revolucionário na Alemanha até 1830. Renânia: a
adolescência de Marx e Engels. Os trabalhos literários de Engels.
Marx, redator da Gazeta Renana .................................................... 35
Terceira Conferência
O Socialismo Científico e a Filosofia. O Materialismo. Kant. Fichte.
Hegel. Feuerbach. O Materialismo Dialético de Marx. A missão his-
tórica do proletariado ..................................................................... 53
Quarta Conferência
Crítica dos pontos de vista habituais sobre a história na Liga dos
Comunistas. Marx organizador. A luta contra Weitling. Fundação da
Liga dos Comunistas e o Manifesto Comunista. A polêmica com
Proudhon ........................................................................................ 75
Quinta Conferência
A revolução alemã de 1848. Marx e Engels na Renânia. Fundação da
Nova Gazeta Renana. Gottschalk e Willich. A união operária de Köln.
Política e tática da Nova Gazeta Renana. Stephan Born. Mudança na
tática de Marx. Derrota da revolução e pontos de vista divergentes
na Liga dos Comunistas .................................................................. 99
Sexta Conferência
A reação de 1852 a 1862. O New York Tribune. A guerra da Crimeia.
As opiniões de Marx e Engels. A questão italiana. Debate de Marx e
Engels com Lassalle. Polêmica com Vogt. A atitude de Marx para
com Lassalle ................................................................................. 119
Sétima Conferência
A crise de 1857-1858. Aumento do movimento operário na Ingla-
terra, França e Alemanha. A Exposição Internacional de Londres em
1862. A guerra civil na Alemanha. A crise da indústria algodoeira. A
insurreição polonesa. Fundação da Primeira Internacional. A ação
de Marx. O manifesto inaugural ................................................... 147
Oitava Conferência
O estatuto da Primeira Internacional. A conferência de Londres. O
Congresso de Genebra. Informe de Marx. Os congressos internaci-
onais de Lausanne e Bruxelas. Bakunin e Marx. O Congresso da Ba-
sileia. A guerra franco-prussiana. A Comuna de Paris. A luta entre
Marx e Bakunin. O Congresso de Haia ......................................... 177
Nona Conferência
Engels se instala em Londres. Seu papel do Conselho Geral. Doença
de Marx. Engels substitui Marx. O Anti Dühring. Os últimos anos de
Marx. O interesse de Marx pela Rússia. Engels, editor das obras pós-
tumas de Marx. Ação de Engels na época da Segunda Internacional.
Morte de Engels ............................................................................ 223
Marx & Engels David Riazanov
Apresentação
Primeira Conferência
Introdução. A Revolução Industrial na Inglaterra. A
Grande Revolução Francesa e sua influência na Alemanha.
•••
Segunda Conferência
O movimento revolucionário na Alemanha até 1830.
Renânia: a adolescência de Marx e de Engels. Os trabalhos
literários de Engels. Marx, redator da 'Gazeta Renana'.
Terceira Conferência
A vinculação do Socialismo Científico e da Filosofia.
O Materialismo. Kant. Fichte. Hegel. Feuerbach.
O Materialismo Dialético de Marx.
A missão histórica do proletariado.
Quarta Conferência
Crítica dos pontos de vista habituais sobre a história na
Liga dos Comunistas. Marx organizador. A luta contra
Weitling. Fundação da Liga dos Comunistas e o Manifesto
Comunista. Contra Proudhon.
Quinta Conferência
A revolução alemã de 1848. Marx e Engels na Renânia.
Fundação da Nova Gazeta Renana. Gottschalk e Willich.
A União Operária de Köln. Política e tática da Nova
Gazeta Renana. Stephan Born. Mudança na tática de
Marx. Derrota da revolução e pontos de vista
divergentes na Liga dos Comunistas na divisão.
Sexta Conferência
A reação de 1852 a 1862. O New York Tribune. A guerra
da Crimeia. As opiniões de Marx e Engels. A questão
italiana. Debate de Marx e Engels com Lassalle. Polêmica
com Vogt. A atitude de Marx diante de Lassalle.
Sétima Conferência
A crise de 1857-1858. Aumento do movimento
operário na Inglaterra, França e Alemanha. A
Exposição Internacional de Londres em 1862. A guerra
civil na Alemanha. A crise da indústria algodoeira.
A insurreição polonesa. Fundação da Primeira
Internacional. A ação de Marx. O manifesto inaugural.
Oitava Conferência
O estatuto da I Internacional. A conferência de Londres. O
Congresso de Genebra. Informe de Marx. Os congressos
de Lausanne e Bruxelas. Bakunin e Marx. O Congresso da
Basileia. A guerra franco-prussiana. A Comuna de Paris. A
luta de Marx contra Bakunin. O Congresso de Haia.
Nona Conferência
Engels se instala em Londres. Seu papel do Conselho Geral.
Doença de Marx. Engels substitui Marx. O Anti Dühring. Os
últimos anos de Marx. O interesse de Marx pela Rússia.
Engels, editor das obras póstumas de Marx. Ação de Engels
na época da Segunda Internacional. Morte de Engels.
mente com eles, mas as relações com o “pai” Marx eram sem-
pre cordiais e fraternais, seladas por uma grande ternura,
como pode ser comprovado até mesmo pelas lembranças da-
queles que mais tarde se separaram politicamente. Vínculos
particularmente amistosos foram estabelecidos entre os ope-
rários e Marx na época da Internacional. Os membros do Con-
selho Geral que o conheciam, que conheciam sua penúria,
sua miserável casa, que eram testemunhas de sua atividade
no conselho e que sabiam que ele estava pronto a abandonar
todas suas ocupações, sua obra científica, para dar todo seu
tempo e todas suas forças à classe operária, o respeitavam
profundamente. Sem retribuição alguma, recusando qualquer
privilégio e toda honra, Marx trabalhava com infatigável per-
severança.
Outra situação ocorria com Engels, a quem a maior
parte dos membros do Conselho Geral não conhecia sequer
remotamente. Somente os alemães o recordavam, mas Engels
ainda tinha que conquistar sua confiança. Para os demais, era
um homem rico, um industrial de Manchester que, 25 anos
antes havia escrito um bom livro em alemão sobre os operá-
rios ingleses. Frequentando, durante quase duas décadas, ex-
clusivamente a sociedade burguesa, os grandes banqueiros e
industriais, Engels, naturalmente distinto, adquiriu modos
ainda mais refinados. Sempre com boa postura, indiferente,
reservado, fino, passo um pouco militar, nunca manifestando
intemperanças na linguagem, passava a impressão de um ho-
mem seco e frio.
Assim o descrevem os que o conheceram pessoal-
mente pouco depois de 1840. Na redação da Nova Gazeta Re-
nana, durante a ausência de Marx, Engels tinha frequente-
mente fortes discussões com seus camaradas, aos quais às
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