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Aluno: Iuri Gama de Almeida Reis

Professor: Dilip

“Comentários e apontamentos sobre o livro de Jó - Antigo testamento”

Como já indicado nos debates das aulas virtuais e desenvolvido nos meus escritos
anteriores, não pretendo fazer nenhuma apreciação critica acerca das instituições religiosas
nem apontar falhas nas doutrinas e nos escritos sagrados. Portanto minha pretensão é apenas
apresentar um comentário pessoal sobre os textos do livro de Jó e minhas humildes reflexões
sobre o texto.

A leitura do livro de Jó se deu em um momento peculiar na minha vida, diante das perdas e
adversidades que se apresentaram na minha realidade o contato com o texto suscitou muitas
reflexões nesses momentos tão difíceis. Acredito que independente da sua crença religiosa as
escrituras podem nos trazer lições e um aprendizado para podermos lidar com as questões e
os paradoxos da existência. Devido a extensão e a profundidade dos escritos vou me ater a
apenas alguns aspectos que me chamaram mais a atenção. É fato, que todos os textos
religiosos tem uma linguagem poética e figurada, portanto passiva a interpretações, assim
acredito que não pode ser feita uma interpretação literal do texto, ou seja, cada leitura se torna
um desvendar pessoal e cada qual achará algum aspecto que faça sentido na sua própria
realidade. Em relação ao texto gostaria de destacar alguns desses pontos que são caros a
minha pessoa, primeiramente pode-se destacar a questão do tempo divino em relação com o
tempo humano, diferente de sua esposa, Jó compreende a diferença do tempo divino, pois
mesmo diante de suas incalculáveis perdas ele se mantem fiel ao senhor e não blasfema
contra ele, pois através de sua fé ele tem a convicção que o tempo divino é eterno e para
aqueles que creem, Deus preparou exatamente essa eternidade, onde não haverá mais
sofrimento das dores mundanas. Outra questão que me fez refletir profundamente foi a
questão sobre a impermanência e a finitude da nossa existência, no capítulo 1:21 Jó diz “Nu
deixei o ventre de minha mãe, e nu partirei da terra”. É muito interessante que ele sabe que a
existência humana é transitória e não faz o menor sentido chorar e lamentar pelas perdas na
vida terrena. Diante desse versículo fiquei pensando sobre como perdemos tempo lamentando
por questões tão insignificantes da vida cotidiana e como o dia-a-dia e a rotina alimenta essa
alienação existencial sobre o nosso ser.

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