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Cap.

IV
SISTEMAS DE CUSTEIO

Docente: Luís Almeida


PhD
CONTABILIDADE DE GESTÃO
Custos Variáveis e Fixos

➢ Custos fixos não sofrem oscilações em relação à produção ou a prestação de serviços, ou


seja, mesmo que não haja produção eles existirão.

➢Custos Variaveis São os que se alteram em relação ao volume produzido, ou seja, quanto
maior for a produção maiores eles serão, como, por exemplo, a matéria-prima.
INDIRETOS
DIRETOS não associados a um
associados a um produto produto

- Matérias Primas Manutenção


VARIÁVEIS - Mão de Obra Ind. Energia (contador geral)
resultam da existência de atividade - Energia (contador próprio)

Depreciações de um Renda das Instalações


FIXOS
equipamento dedicado Ordenado do Diretor Geral
não resultam da existência da
Salários
atividade Luís Almeida 2
Custos Totais Reais

➢ Neste sistema de custeio, os custos dos produtos são calculados com base nos custos
realmente apurados pela contabilidade no período, assim:

Custo do produto:

✓ Engloba o custo real das matérias primas transformadas reais;

✓ Gastos reais dos centros principais;

❖Para valorização dos consumos de MP, Msubsidiárias…, é necessário saber o custo real,
logo temos de ter todos os elementos relativamente à compra, gastos de armazenagem,
para determinação do custo unitário com base no critério valorimétrico.

Luís Almeida 3
Custos Totais Reais

❖ Os gastos de transformação hão-de resultar de adicionarmos aos gastos diretos reais


das secções da área fabril os valores das imputações ou reembolsos, como já vimos
através do recurso a equações para determinar custos;

❖ Os produtos acabados entram, assim, no respetivo armazém aos custos reais de


produção. A sua saída e os Stocks são valorizados de acordo com o critério adotado;

❖Trata-se de um sistema que obriga a um conhecimento prévio dos custos reais.

Luís Almeida 4
Custeio Racional

➢ Iniciamos com um caso simples de determinação dos gastos de produção para três meses:

Janeiro Fevereiro Março


Produção 10 000 Un 8 000 Un 11 000 Un
Gastos Variáveis (€)
Matérias 40 000 32 000 44 000
MO 35 000 28 000 38 500
GGF 15 000 12 000 16 500
Gastos Indiretos (*) 60 000 60 000 60 000
Custo Total 150 000 132 000 159 000
Custo Unitário 15 16,50 14,454

(*) Designação do SNC para os Gastos Fixos

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Custeio Racional

➢ O gasto de produção de fevereiro ( C. Unit. 16,50€) é superior ao verificado em


janeiro ( C. Unit. 15,00€) , em virtude de os gastos indiretos serem imputados a
um número inferior de unidades de produção, situação que se inverte em março
( C. Unit. 14,45€) ;

➢A variação de gastos deve-se unicamente à variação do nível de atividade, neste


caso medida em unidades de produção de x;

➢ O método de imputação racional dos gastos indiretos é um método de cálculo


dos gastos de produção que tem por objetivo eliminar, ou melhor isolar, os
efeitos de uma variação de atividade sobre os gastos.

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Custeio Racional

➢ o principio do método é, por conseguinte, bastante simples, uma vez que


assenta numa retificação do montante dos gastos indiretos ou de estrutura que
devem ser considerados no cálculo dos gastos, obtidos pela aplicação de um ou
vários níveis de atividade;

➢ A imputação racional é uma imputação dos gastos indiretos aos gastos pela
𝐀𝐭𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐥
relação
𝐀𝐭𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥

➢ Obtém-se, assim, um coeficiente, dito de imputação racional, que se utiliza como


coeficiente de ponderação de imputação dos gastos indiretos.

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Custeio Racional

➢ No exemplo anterior, considerando a atividade normal de 10 000 unidades, o


coeficiente é de 0,8 para o mês de fevereiro e 1,1 para março.
➢ Tendo por base os pressupostos indicados, podemos refazer os cálculos do gasto de
produção de X:
Janeiro Março (sobrecapacidade =
Atividade Fevereiro (subcapacidade = 0,8) 1,1)
normal Custos Diferença Custos Diferença
Imputados imputação Imputados imputação
Gastos Variáveis 90 000 72 000 - 99 000 -
(€)
Gastos Indiretos (*) 60 000 60 000*0,8 12 000 60 000*1,1 - 6000
=48 000 =66 000

Custo Total 150 000 120 000 12 000 165 000 - 6000
Custo Unitário 15 15 15
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Custeio Racional

➢ Por este sistema de custeio, o custo industrial não engloba a parte dos gastos
indiretos ou de estrutura correspondentes à capacidade não utilizada.

➢ O gasto de produção inclui, para além do gasto primo, apenas os gastos de


transformação variáveis e a parte destes gastos indiretos correspondentes à
atividade real.

➢Se a atividade real (Ar) for de 75% da atividade normal (An), a quota de GGF a
imputar aos produtos fabricados deve ser ¾ dos mesmos gastos

𝑨𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒂𝒍
𝑮 𝒅𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂çã𝒐 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒓𝒆𝒕𝒐𝒔 ×
𝑨𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒏𝒐𝒓𝒎𝒂𝒍
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Custeio Racional

➢ Exemplo:

No mês de Julho do ano n, a atividade real de uma oficina foi de 2 000 horas –
homem (Hh) e a atividade normal era de 2 500Hh. O coeficiente de imputação
(𝐀𝐫)
racional é 0,8. Os gastos de transformação do mês atingiram:
(𝐀𝐧)

Gastos de Gastos de transformação imputáveis Diferença


Transformação aos produtos

Variáveis 2 070 2 070 -


Fixos 2 650 2 120 530
Total 4 720 4 190 530

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Custeio Racional

➢ A diferença é transferida, para Diferenças de imputação ou diferenças de


incorporação.

➢ O lançamento a fazer na contabilidade de gestão é (regularizada por contrapartida


resultados analíticos):
Diversos
A Gastos de transformação
Fabricação 4 190
Diferenças de imputação 530 4 720

Considerando que os gastos variáveis do centro são CV, o montante dos gastos a imputar
(racionais) é:
𝐀𝐫
CV + GI ×
𝐀𝐧
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Custeio Variável ou Direto

➢O custeio variável ou Direto é um tipo de custeio que considera como custo de produção
apenas as despesas variáveis que foram reportadas em determinado período.

➢Isto é, contabilização e separação dos custos, Fixos e variáveis, sendo o custo variável, o
que variará de acordo com a produção, serviço ou produto.

➢ Está diretamente ligado com a produção.

Luís Almeida 12
A REPARTIÇÃO TRADICIONAL DOS GASTOS E O ABC

➢Sistemas Tradicionais de Cálculo de Custos:

BASEIAM-SE NO PRINCÍPIO DE QUE O "PRODUTO FABRICADO" É O


CAUSADOR DO CONSUMO DOS DISTINTOS FATORES PRODUTIVOS.

VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTOS

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A REPARTIÇÃO TRADICIONAL DOS GASTOS E O ABC

✓ Alterações das estruturas organizacionais das empresas;

✓ Modificações nos processos de criação de valor das organizações;

✓ Alterações nas tecnologias utilizadas e nos processos produtivos;

✓ Modificações na forma de competir das empresas;

✓ Aumento significativo dos custos de estrutura;

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A REPARTIÇÃO TRADICIONAL DOS GASTOS E O ABC

✓ Alterações das estruturas organizacionais das empresas;

➢ Modificações nos processos de criação de valor das organizações;

➢ Alterações nas tecnologias utilizadas e nos processos produtivos;

➢ Modificações na forma de competir das empresas;

➢ Aumento significativo dos custos de estrutura;

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A REPARTIÇÃO TRADICIONAL DOS GASTOS E O ABC

➢ Necessidade de gerir o custo de todo ciclo de vida do produto e não apenas o custo
afeto à função de produção;

➢ Necessidade de conhecer quem consome os recursos;

➢ Necessidade de ALTERAÇÃO DA MENTALIDADE: Passar de REDUZIR custos para


EVITAR custos;

➢ Preocupação contínua pela produtividade.

Luís Almeida 16
SISTEMA DE CUSTEIO ABC

Objetivo sistema ABC: Imputação custos indiretos

Como?

RECURSOS ATIVIDADES PRODUTOS

Consumo de Consumo de
Recursos Atividades

Luís Almeida 17
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: FUNDAMENTOS DO MODELO

➢ Os produtos não consomem custos, mas sim atividades exigidas para a sua fabricação.
Os produtos exigem atividades;

➢ São as atividades que consomem recursos, que originam custos, e não os produtos.
Estas implicam o consumo de uma série de recursos/custos;

➢ As atividades geram custos, e os produtos e os clientes criam a procura dessas


atividades.

Luís Almeida 18
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: FUNDAMENTOS DO MODELO

➢ Os produtos não consomem custos, mas sim atividades exigidas para a sua fabricação.
Os produtos exigem atividades;

➢ São as atividades que consomem recursos, que originam custos, e não os produtos.
Estas implicam o consumo de uma série de recursos/custos;

➢ As atividades geram custos, e os produtos e os clientes criam a procura dessas


atividades.

Luís Almeida 19
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: FUNDAMENTOS DO MODELO

➢O sistema ABC considera que existe uma relação causal entre as


atividades e os gastos, que os sistemas tradicionais tratam como comuns
ou conjuntos.

➢O método tradicional assenta no facto da contabilidade se preocupar com


os processos geradores de custos antes de se preocupar com a sua
repartição.

Luís Almeida 20
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: FUNDAMENTOS DO MODELO

➢ CONCEITO DE ATIVIDADE:

➢Conjunto de ações ou atuações ou tarefas que têm por objetivo


acrescentar valor ao processo produtivo da empresa;

➢Atividade é um conjunto de tarefas executadas ou a executar para


atingir certo nível de resultados, mediante o consumo de recursos.

Luís Almeida 21
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: INDUTORES DE GASTOS

➢O objetivo não é o de apenas repartir os gastos comuns entre os


produtos, mas definir e medir o gasto dos recursos utilizados pelas
atividades que apoiam a produção e a entrega de produtos e serviços aos
clientes.

➢São identificadas as atividades de apoio e os gastos dos recursos


utilizados. Estes gastos são imputados aos produtos através de um cost
driver definido para cada atividade.

Luís Almeida 22
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: INDUTORES DE GASTOS

➢O objetivo não é o de apenas repartir os gastos comuns entre os


produtos, mas definir e medir o gasto dos recursos utilizados pelas
atividades que apoiam a produção e a entrega de produtos e serviços aos
clientes.

➢São identificadas as atividades de apoio e os gastos dos recursos


utilizados. Estes gastos são imputados aos produtos através de um cost
driver definido para cada atividade.

Luís Almeida 23
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: INDUTORES DE GASTOS

➢O produto ou serviço, desde a sua conceção até à venda e consumo pelo


cliente, consome recursos das atividades. Assim, os gastos são
consequência da utilização de recursos.

➢Por conseguinte, a utilização de recursos deve ser primeiramente


atribuída às atividades, e depois aos produtos.

Luís Almeida 24
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: INDUTORES DE GASTOS

➢O esquema assenta na divisão dos gastos indiretos fabris em conjuntos


homogéneos identificados com as atividades - cost drivers.

➢ Os cost drivers são os indutores das atividades, ou seja, os fatores que influenciam
de forma significativa a execução de uma atividade como gasto, qualidade, prazo
para a realização, …

Luís Almeida 25
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: INDUTORES DE GASTOS

➢ A implementação de um sistema ABC começa com a identificação das atividades


organizacionais que originam os gastos indiretos. Algumas atividades proporcionam valor
ao cliente como a engenharia e o marketing. Outras não acrescentam, como é o caso da
movimentação dos produtos dentro da empresa ou a montagem de equipamentos.

➢ Uma vez identificadas as atividades e estimados os seus gastos, há que atribuir os


gastos dos recursos consumidos às atividades, não devendo esta atribuição ser
arbitrária.

➢ Na atribuição dos gastos de cada atividade aos produtos, deve ser utilizado um
coeficiente para cada atividade (cost driver). Um cost driver origina os gastos indiretos de
uma atividade.

Luís Almeida 26
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: VANTAGENS DO MODELO

➢ É aplicável a qualquer tipo de organização, inclusivamente entidades públicas


sem fins lucrativos;

➢Evidencia uma maior clareza nos processos;

➢Preocupa-se com a relação de causalidade entre fatores/atividades/produtos;

➢Permite a gestão das atividades sobre dois pontos de vista:


➢ Identificando e suprimindo aquelas que são inúteis, isto é, aquelas que não
acrescentam valor ao produto;

➢ Melhorando o contributo das outras atividades.

Luís Almeida 27
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: VANTAGENS DO MODELO

➢ Proporciona uma maior compreensão da informação para a contabilidade de gestão;

➢ O custo obtido pelo método ABC é um custo mais analítico e preciso, comparado com o
custo obtido com os métodos tradicionais baseados no volume de produção;

➢ Serve de mecanismo de controlo, que permite visualizar o grau de eficiência e eficácia


alcançado em função dos recursos utilizados.

Luís Almeida 28
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: CRITICAS AO MODELO

➢ Difícil aplicação;

➢Demasiado caro;

➢Demasiado complexo para ser compreendido por quem o utiliza;

➢Elevado número de atividades.

Quais as empresas nas quais o sistema ABC deve ser


preferencialmente implementado?

Luís Almeida 29
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: CRITICAS AO MODELO

➢ Quanto maior for a liberdade da empresa em fixar o preço, menor será a


importância do conhecimento rigoroso do custo dos produtos. Assim, a
adoção do ABC não se torna tão pertinente;

➢ Se a estratégia da empresa é a redução de custos, então importa


analisar até que ponto o refinamento na distribuição dos custos indiretos
conduzirá a alterações das decisões.

Luís Almeida 30
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: CRITICAS AO MODELO

➢Quanto maior for a liberdade da empresa em fixar o preço, menor será a


importância do conhecimento rigoroso do custo dos produtos. Assim, a
adoção do ABC não se torna tão pertinente;

➢ Se a estratégia da empresa é a redução de custos, então importa


analisar até que ponto o refinamento na distribuição dos custos indiretos
conduzirá a alterações das decisões.

Luís Almeida 31
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢ Admitindo que certa empresa produz os produtos P1, P2, P3 e P4, recolheram-se os
seguintes dados:

Produtos Séries de Unid. Hh / unid Hm / unid Consumo unit. Q. matérias


fabrico Produzidas prod. prod. Matérias em euros/ consumidas/
(total das unid prod. unid. Prod.
séries)
P1 3 500 2 2 30 8

P2 4 500 4 4 75 5

P3 7 5.000 2 2 30 8

P4 10 5.000 4 4 75 6

Luís Almeida 32
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢A MOD custou 12 euros / Hh, e os GGF somaram 543.600 euros, assim


repartidos,
(em euros) Cost drivers
Varáveis (diversos) 165.000 Hm
Variáveis:
Produção 153.600 Série fabrico
Montagem 72.000 Série fabrico
Gastos mov. Materiais 153.000 Q. Matérias
consumidas
Totais 543.600
Luís Almeida 33
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢ Pelo sistema de custeio total, e utilizando a Hh para repartir os GGF (quota real),

➢ Cálculo da taxa de repartição dos GGF = 543.600 / 33.000 = 16,47 euros /Hh

Prod Unid. prod. Horas (Hh) por unid. Total de Horas

P1 500 2 1.000

P2 500 4 2.000

P3 5.000 2 10.000

P4 5.000 4 20.000

Total 33.000

Luís Almeida 34
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢ O mapa dos custos de produção vem da seguinte forma,

P1 (500) P2 (500) P3 (5.000) P4 (5.000)

Matérias 15.000 37.500 150.000 375.000


(500 unid *30) (500 unid *75) (5000 unid *30) (5000 unid *75)
MOD 12.000 24.000 120.000 240.000
(2Hh*500*12,00) (4Hh*500*12,00) (2Hh*5000*12,00) (4Hh*5000*12,00)

EGF 16.470 32.940 164.700 329.400


(2Hh*500*16,47) (4Hh*500*16,47) (2Hh*5000*16,47) (4Hh*5000*16,47)
Total 43.470 94.440 434.700 944.400

Unit. 86,94 188,88 86,94 188,88

Luís Almeida 35
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢Seguindo o custeio ABC, as taxas de repartição são,

✓ Variáveis = 165.000/33.000 Hm = 5 euros / Hm

✓ Produção = 153.600/24 = 6.400 euros

✓ Montagem = 72.000/24 = 3.000 euros

✓ Movimentação matérias = 153.000/76.500 = 2 euros

76.500 = 500 unid.*8 + 500 unid.*5 + 5000 unid.*8 + 5000 unid.*6

Luís Almeida 36
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢ O mapa dos custos de produção vêm da seguinte forma:


P1 (500) P2 (500) P3 (5000) P4 (5000)
Matérias 15.000 37.500 150.000 375.000
(500 unid *30) (500 unid *75) (5000 unid *30) (5000 unid *75)
MOD 12.000 24.000 (4Hh*500*12,00) 120.000 240.000
(2Hh*500*12,00) (2Hh*5000*12,00) (4Hh*5000*12,00)
GGF 5.000 10.000 50.000 100.000
Variáveis (div.) (5 euros*500*2) (5 euros*500*4) (5 euros*5000*2) (5 euros*5000*4)

Produção 19.200 25.600 44.800 64.000


(6400 euros*3) (6400 euros*4) (6400 euros*7) (6400 euros*10)
Montagem 9.000 12.000 21.000 30.000
(3000 euros*3) (3000 euros*4) (3000 euros*7) (3000 euros*10)
Mov. Matérias 8.000 5.000 80.000 60.000
(500*8*2 euros) (500*5*2 euros) (5000*8*2 euros) (5000*6*2 euros)
Cutos Total 68.200 114.100 465.800 869.000
Unitário 136,4 228,2 93,16 173,8

Luís Almeida 37
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

➢ Comparando ambos os sistemas de custeio,

Prod. Custeio Total Custeio ABC

Custo Total Custo Unit. Custo Total Custo Unit.

P1 43.470 86,94 68.200 136,40


P2 94.440 188,88 114.100 228,20
P3 434.700 86,94 465.800 93,16
P4 944.400 188,88 869.000 173,80

Luís Almeida 38
SISTEMA DE CUSTEIO ABC: EXEMPLO

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO Nº 9

Luís Almeida 39
Custos Padrão

➢ O sistema de custos padrão ou “standard” utilizam estimativas detalhadas de cada


elemento do custo de fabricação introduzido no custo do produto fabricado;

➢ Permite à gestão saber quanto é que um produto deveria ter custado (padrão) e quanto
custou e as causas de qualquer diferença, desvios;

➢ Tem em vista a tomada de medidas corretivas;

➢ Permite aos gestores determinar quando e porquê o custo atual é significativamente


diferente do previsto.

➢ Os gastos padrão são gastos predeterminados, gastos que devem ser obtidos “à priori”;

➢ Ajudam a elaborar orçamentos e a medir desempenhos ou “performance”

Luís Almeida 40
Custos Padrão

➢ Vantagens dos gastos padrões:

✓ Planeamento no processo orçamental;

✓ Avaliação de desempenho;

✓ Simplificação dos gastos administrativos;

✓ tomada de decisão de gestão;

✓ consciencialização da importância dos custos.

Luís Almeida 41
Custos Padrão

➢Limitações:

✓ Muitos padrões são baseados em estimativas e não em dados reais;

✓ os padrões podem ser demasiado “comprimidos”, ou demasiado “folgados”

✓Devem ser revistos periodicamente, o que exige tempo aos gestores,

✓ A utilização da gestão por exceção pode levar, por vezes, à frustração dos
gestores, pela demasiada atenção que é dedicada aos problemas da
organização sem correspondência no desempenho com sucesso.

Luís Almeida 42
Custos Padrão

➢ Num ambiente de grande turbulência a que estão associadas frequentemente


oportunidades, mas elevados níveis de risco, o gestor vê-se confrontado com múltiplas
opções de ação, procurando escolher aquela que garanta um crescimento mais
sustentado do negócio:
✓Produzir ou subcontratar;
✓Negociar preços para novos produtos ou projeto “pricing”
✓Aceitar ou rejeitar encomendas
✓Investir em novos equipamentos ou alugar /subcontratar
✓…..

Contabilidade Gestão deve estruturar da mesma forma de um orçamento – Comparar


previsional com o real
Luís Almeida 43
Custos Padrão

➢ Deve ser organizado um quadro de confronto entre o montante dos custos realizados e os
orçamentados, evidenciando desvios.

➢ Exemplo:

Considerando o exemplo da Sirene (exercício 8), tinha sido elaborado previsões para cada um
dos centros de custos e obtiveram-se os seguintes elementos:

✓ A direção comercial tinha apresentado um orçamento de vendas de 4 500 un do produto


buzina ao preço de 570,00€ e de 800 unidades do silvo a 930,00€;

✓ ambos os produtos apresentavam uma margem de 35% sobre o custo industrial.

✓ As despesas de distribuição e vendas foram estimadas em 345.000€

Luís Almeida 44
Custos Padrão

➢ A Direção de Produção face à estimativa de vendas da Direção Comercial, tinha


orçamentado GGF de 549.000€ e custos unitários de produção para cada
produto de:
Buzina Silvo
Matéria e componentes 300€ 450€
MOD 30€ (2horas) 60€ (4 horas)

Os encargos Administrativos ascendem a 232.000€, os gastos financeiros a 162.000€ e a


estimativa de IRC é estimada a uma taxa de 40%.
Os GGF eram repartidos pelos produtos em função do nº de MOD

Luís Almeida 45
Orçamento do custo de produção e dos preços de vendas

Rubricas Buzina Silvo Soma


Quant. Fabricadas 4.500 800 5.300
Nº h MOD 9.000 3.200 12.200
GGF 549.000
Coeficiente Imputação: GGF / nº horas MOD = 45,00 € / h
Valor a imputar (€) 405.000 144.000 549.000
Apuramento Custos Industriais Unitários e Preços de Vendas
Consumo de Matérias 1.350.000 360.000 1.710.000
Custos MOD 135.000 48.000 183.000
GGF 405.000 144.000 549.000
Soma CIP 1.890.000 552.000 2.442.000
CIP Unitário 420,00€ 690,00€
Preço Venda Provisional 567,00€ 931,50€
Luís Almeida 46
Apuramento de desvios no cálculo dos custos de produção
Rubricas Real Previsional Desvio
Quant. Fabricadas 5.000 5.300 -300 D
Nº h MOD 12.000 12.200 - 200 F
GGF 525.000 549.000 - 24.000 F
Coeficiente Imputação GGF 43,75 €/h 45,00 € / h - 1,25 F
Valor a imputar (€) 525.000 549.000 - 24.000 F
Apuramento Custos Industriais Unitários e Preços de Vendas
Consumo de Matérias 1.650.000 1.710.000 - 60.000 F
Custos MOD 180.000 183.000 - 3.000 F
GGF 525.000 549.000 - 24.000 F
Soma CIP 2.355.000 2.442.000 - 87.000 F
CIP Unitário - Previsional 420,00€ 690,00€
CIP Unitário - Real 417,50€ 685,00€
Preço Venda Provisional 567,00€ 931,50€
Preço Venda Real 563,63 924,75€
Luís Almeida 47
DR Provisional por Funções

Rubricas Buzina Silvo Total

Vendas 2.551.500 745.200 3.296.700

Custos dos Produtos Vendidos 1.890.000 552.000 2.442.000

Resultado Bruto / MB 661.500 193.200 854.700

Custos Dist. 345.000

Custos Administrativos 232.000

Resultado Operacional 277.700

Custos Financeiros 162.000

Resultado Antes de Impostos 115.700

Imposto Sobre o Rendimento 46.280

Resultado Líquido 69.420

Luís Almeida 48
Decomposição dos desvios DR Funções
Rubricas Real Provisional Desvios

Vendas 3.179.270 3.296.700 - 117.430 D

Custos dos Produtos Vendidos 2.355.000 2.442.000 - 87.000 F

Resultado Bruto / MB 824.270 854.700 - 30.430 D

Custos Dist. 360.000 345.000 + 15.000 D

Custos Administrativos 220.000 232.000 - 12.000 F

Resultado Operacional 244.270 277.700 - 33.430 D

Custos Financeiros 150.000 162.000 -12.000 F

Resultado Antes de Impostos 94.270 115.700 - 21.430 D

Imposto Sobre o Rendimento 37.708 46.280 - 8.572 F

Resultado Líquido 56.562 69.420 - 12858 D

Luís Almeida 49
Custos Padrão

➢ Os quadros síntese de desvios podem, ainda ser decompostos em informação


mais elementar e orientada.

➢ A analise de desvios deverá centrar-se em cada centro de custos da empresa;

➢Devera existir a possibilidade de se proceder à decomposição dos desvios por


múltiplas causas elemento fundamental para o conhecimento dos verdadeiros
fatores motivadores dos desvios, quais os responsáveis e por conseguinte, o
consequente apoio à tomada de decisão.

Luís Almeida 50
Tipos de Padrões

➢ O cálculo de padrões é feito geralmente para um período de seis a doze meses.

➢ Existem várias classificações de gastos padrão:

❖ Custos padrões básicos: padrões imutáveis, proporcionam a base para comparar os


gastos correntes ao longo do ano com o mesmo padrão.

❖Custos padrões teóricos, perfeitos, ideais, de máxima eficiência: refletem o “sonho”


dos técnicos industriais de uma fábrica ideal.

❖Custos padrões correntes: gastos que devem ser incorridos sob condições de
operações eficientes num futuro próximo. São difíceis mas possíveis de atingir.

Luís Almeida 51
Tipos de Padrões

➢ Padrões Matérias: são os mais tangíveis e mais fáceis de calcular, estabelece


o padrão referente aos gastos de matérias, tendo em linha de conta dois fatores:

➢Quantidade de matérias a utilizar;

➢ o preço de custo dessas matérias

Desvio Total (Dt) = Qr * Pr – Qp*Pp

Luís Almeida 52
Tipos de Padrões

➢ Pela expressão anterior, podemos encontrar:

Desvio Preço – Qr (Pr – Pp)

Desvio Quantidade – Pp (Qr – Qp)

Desvio Total – Desv. de Preço + Desv. Quantidade

Luís Almeida 53
Padrão Mão de Obra

➢ São definidos tanto para custos como para a quantidade;

➢ A MOD é separada da MOI;

➢As condições de estabelecer custos padrão da MOD variam de empresa para


empresa;

➢ O desvio total da mão de obra deve ser decomposto em dois desvios:


✓ Desvio de taxa

✓ Desvio de eficiência

Luís Almeida 54
Padrão Mão de Obra

Hr - horas reais MO
Desvio Total – Hr*Tr - Hp*Tp Hp - horas padrão MO
Tr – Taxa real de MO
Tp – Taxa padrão MO
Desvio de Taxa – Hr*(Tr –Tp)

Desvio de Taxa – Tp*(Hr –Hp)

Desvio Total – Desv. de Taxa + Desv. Eficiência

Luís Almeida 55
Padrão GGF

➢ Mais complexo que os anteriores devido à fixação do custo padrão:


➢ que supõe compras ao melhor preço e que a utilização dos recursos correspondentes
corresponde à eficiente utilização, e à determinação ;

➢ determinação da capacidade padrão para finalidade de cobertura de gastos fixos.

Desvio Total (Dt) = Gr - Gp

Luís Almeida 56
Custos Padrão

Resolução Exercício 10

Luís Almeida 57
QUESTÕES.

Luís Almeida 58

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