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Discricionariedade
Administrativa
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Fernanda Paula Oliveira
Considerações iniciais
Actividade administrativa
Discricionaridade
Fundamento do poder
discricionário
Um poder jurídico
Controlo judicial
O exercício de poderes discricionários é
suscetível de fiscalização pelo juiz.
até onde podem ir os tribunais administrativos
quando estão em causa os poderes
discricionários da Administração?
Controlo externo
Controlo dos aspetos vinculados
Anulação pelo tribunal se a administração atua fora
das atribuições, em violação das competências dos
órgãos ou sem legitimação;
O desvio de poder subjetivo: se se demonstrar que a
Administração se serviu dos poderes discricionários
para prosseguir interesses (públicos ou privados)
diferentes daqueles que a lei tinha em vista ao
conceder-lhe tal competência discricionária
Controlo interno
Na zona de discricionariedade o parâmetro
de controlo não pode agora ser a lei, que é
deliberadamente lacunosa:
Controlo dos princípios jurídicos que devem
nortear a Administração,
Para evitar a “dupla administração” pelos tribunais
só a violação ostensiva ou intolerável destes
princípios (desvio de poder objetivo)
Controlo interno
Erro de facto, se a Administração baseou a sua decisão em
factos inexistentes ou falseados
Erro manifesto de apreciação, quando se torna evidente
que a Administração avaliou ou qualificou mal a realidade
(está aqui em causa um “juízo valorativo”), embora se tenha
baseado em factos verdadeiros, correspondentes à realidade.
Anulação quando o tribunal verifique que a avaliação feita
pela Administração é manifestamente desacertada e
inaceitável, quando o erro é ostensivo e notório, percetível
a uma pessoa sem os conhecimentos da Administração
(campo de eleição é o do preenchimento de conceitos
indeterminados típicos).
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Controlo interno
Fiscalização mas não reexame (o controlo é atenuado)
Mas a necessidade de se reconhecer um poder
acrescido de controlo judicial (dever de reexame) em
determinadas situações, por exemplo a necessidade
de uma proteção plena dos particulares e dos seus
direitos (especialmente dos direitos, liberdades e
garantias).
Nestes, como noutros casos similares, deve reservar-
se a última palavra ao juiz