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Cartilha Agua Final
Cartilha Agua Final
Consumida
pelos Brasileiros
Apoio: Eletronuclear
Rede Mobilizadores
Junho 2013
Índice:
1. Apresentação
11. Fontes
1- Apresentação
No entanto, a ONU que afirma que a crise de água em nível mundial é mais
uma questão de má administração do que de escassez. E para tentar reverter
esse quadro, em julho de 2010, reconheceu o acesso à água potável e a
serviços de saneamento como um direito humano essencial.
Diante deste quadro, você pode estar pensando que a saída é consumir água
mineral. Infelizmente, além de ser muito mais cara do que a água encanada e
de ser uma forma de consumo nada sustentável – a produção de água mineral
envolve exploração das fontes, aumento na produção de garrafas PET,
transporte por longas distâncias –, muitas vezes ela também está contaminada.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
detectou contaminação em 65% dos galões de água mineral dentre as 324
amostras de seis marcas adquiridas em Araraquara (SP) em épocas diversas.
Foram encontrados níveis preocupantes de bactérias antes mesmo do
vencimento do prazo de validade indicado no rótulo e, em alguns casos, até
nos primeiros dias de envase.
Boa leitura!
2 - O que é água potável?
“A água é considerada própria para consumo humano quando não oferece risco à
saúde do ponto de vista microbiológico, físico, químico e radioativo, e quando atende
aos padrões de potabilidade determinados pela legislação.
O Brasil possui o maior volume de água doce do planeta sendo que 70% dessa
água encontram-se na Amazônia. Em 2010, pesquisadores da Universidade
Federal do Pará (UFPA) afirmaram que o Aquífero Alter do Chão, localizado
sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá, apresenta o maior volume de
água potável do mundo. A reserva tem volume de 86 mil km³ de água doce, o
suficiente para abastecer a população mundial cerca de 100 vezes. Em termos
comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água
potável do Aquífero Guarani (45 mil km³), até recentemente considerado o
maior do país.
O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s,
além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do
Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí e Maranhão).
O potencial hídrico ainda conta com a presença de chuvas abundantes em mais de 90% do
território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas
subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem,
gerando cursos de água de grandes expressões.
Todavia, as águas são distribuídas de forma irregular pelo território brasileiro, enquanto a
Amazônia conta com 78%, a Região Sudeste detém somente 6%.
Alguns países não têm água limpa suficiente para suas populações que
crescem rapidamente, e eles não conseguem bancar a infraestrutura
necessária para limpar a água e transportá-la.
Os Estados Unidos consomem 600 litros de água por habitante por dia; a
Europa, 200; e o mundo todo, 150 litros per capita, em média.
A alta tecnologia alcançada pelo homem tem levado à drenagem de grandes reservatórios de
águas subterrâneas e ao desvio de rios em prol de benefícios locais. Em consequência disso,
os lençóis de água na China, na Índia, nos EUA, e nos Mares Cáspio e de Aral, na Rússia,
estão diminuindo gradativamente.
Na Europa, 96% dos habitantes têm água tratada e 92% têm saneamento
básico. Na zona rural, há 23 milhões sem abastecimento, o que corresponde a
13% da população que mora no campo.
Mas até chegar a esse ponto, o continente passou por várias fases. O rio
Tâmisa, no sul da Inglaterra, já foi poluído. Há três séculos, a abundância e
variedade de peixes tinham começado a decrescer no estuário e, por volta de
1855, apenas algumas enguias sobreviviam em certas áreas. A limpeza de
suas águas teve início na década de 1960 e, em 1976, havia cerca de 83
espécies de peixes no estuário. Hoje, pode ser considerado limpo, depois de
muitas injeções de oxigênio feitas pelo barco Thames Buggler, que ainda
navega por suas águas, onde atualmente vivem várias espécies de peixes.
Desde 1989, a água da Inglaterra é privatizada e o controle é rígido. A multa
para quem polui é alta. Os europeus que já sofreram os problemas de duas
guerras sabem tirar proveito dos recursos até a última gota.
Já na Ásia, 98 milhões de pessoas não têm acesso à água, nas zonas urbanas,
e 595 milhões, ou cerca de 25% da população, não dispõem deste recurso na
área rural. Ao todo, são 693 milhões, ou 19% dos asiáticos sem serviço de
abastecimento. Em saneamento, são mais de 1,9 bilhão de pessoas não
atendidas (52%), sendo 1,6 bilhão na área rural e 297 milhões, nas zonas
urbanas.
Um exemplo da escassez asiática é a China, que concentra 22% da população
total do globo e sofre pela falta de água. O país não tem mais do que 8% da
água necessária para atender suas necessidades, o que vem provocando
verdadeiras “revoltas” camponesas. A maior parte da água subterrânea, dos
lagos e dos rios do país, está poluída. De um total de 668 cidades, em 400
falta água, e milhões de chineses bebem água contaminada. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 milhões de chineses têm
acesso apenas à água potável que não está de acordo com os padrões
estabelecidos pela organização.
Países no Oriente Médio usam a menor quantidade de água por pessoa porque
existem poucas fontes naturais de água doce. As colinas de Golam - área
conquistada por Israel da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, e
posteriormente anexada pelo governo israelense em 1981 - também são
fontes de conflito entre Israel (que controla as fontes de água desde a
ocupação em 1967) e Síria, pois o ponto onde nasce o bíblico rio Jordão foi
ocupado pelos israelenses. O rio abastece Israel, Síria e Jordânia.
Na Oceania, a totalidade dos habitantes das zonas urbanas tem acesso à água
e somente 3 milhões, que vivem em áreas rurais, não contam com
abastecimento. Em relação ao saneamento, são 2 milhões sem acesso.
Já no caso da América Latina, que é uma das regiões mais chuvosas da terra e
abriga 31% das reservas de água doce do mundo, é grande o número de
pessoas que sofrem com falta de água: são 78 milhões de pessoas, o que
corresponde a 15% da população. No que se refere a saneamento, a carência
de serviço atinge 22% da população e 51% dos moradores rurais. Ao todo 117
milhões de latinoamericanos e caribenhos não têm acesso a serviços de
saneamento. As pessoas de baixa renda na região sofrem com os mesmos
problemas de escassez de água que os habitantes das áreas mais áridas do
planeta.
Em muitos países latinoamericanos, os esforços de abastecimento
concentram-se nas áreas mais privilegiadas, deixando grandes zonas rurais e
periurbanas sem esses serviços. Para tentar resolver o déficit de serviços de
água e saneamento, a região tem adotado a gestão comunitária e democrática
da água. Existem na América Latina mais de 80 mil Organizações Comunitárias
de Serviços de Água e Saneamento (OCSAS), fundadas para gerenciar o
acesso à água. Estudos do Programa de Água e Saneamento, ligado ao Banco
Mundial, afirmam que esse tipo de gestão tem potencial para servir pelo
menos mais 18 milhões de pessoas se tiverem o apoio e o reconhecimento da
sociedade civil, dos governos e das empresas privadas.
Fonte: Avina
Legislação
Por lei, a água que chega às nossas casas tem que ser adequada para o
consumo humano, mas infelizmente nem sempre a lei é obedecida.
Cloro e cloroamoniaçã
cloroamoniação
ção – O cloro é um agente bactericida. É adicionado durante o
tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros microorganismos que
podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve conter, de
acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas
por litro) de cloro residual.
Com o mesmo objetivo, algumas localidades utilizam o método de cloroamoniação no
processo de desinfecção da água. De acordo com a Resolução SS nº 50 de
26/04/1995 da Secretaria de Estado da Saúde, a água destes sistemas deve conter
um mínimo de 2,0 mg/l como cloro residual total.
Cor – A cor é um dado que indica a presença substâncias dissolvidas na água. Assim
como a turbidez, a cor é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição
do produto. De acordo com a Portaria, o valor máximo permissível de cor na água
distribuída é de 15,0 U.C.
Mananciais
As etapas são:
Pré-
Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a água chega à
estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e metais.
Pré-
Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem
para ajustar o pH aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento. O
índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra).
Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido, e um pH acima de 7 é básico
ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5.
Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar
os flocos de sujeira formados na etapa anterior.
Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques formados por pedras, areia
e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da
fase de decantação.
Pós-
Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para
evitar a corrosão ou incrustação das tubulações.
Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída
da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de
bactérias e vírus até a casa do consumidor.
Diante deste cenário, é possível que você esteja pensando: “Só vou beber
água mineral de agora em diante!”. Então é necessário alertar: não confie
cegamente nas águas minerais! Infelizmente, você pode se deparar com águas
clandestinas, não potáveis, acondicionadas em lindas garrafas!
Crescimento do consumo
Legislação
Contaminação
CISTERNAS
Precauções ao retirar
retirar a água da cisterna
1. Use a bomba manual para recolher a água. Isso evita o contato direto
das mãos com a água e uma possível contaminação. Separe uma vasilha
só para carregar a água da bomba. A vasilha deve estar sempre muito
limpa;
2. Deixe um balde preparado para uso no caso de a bomba quebrar. Esse
balde deve estar sempre limpo e não pode ser guardado no chão;
3. Ensine crianças e jovens a lavar mãos e braços antes de retirar água da
cisterna. Quanto maiores os cuidados com a higiene, menores os riscos
de contaminação da água.
Se a primeira chuva for forte, serão necessárias apenas duas horas de chuva
para lavar o telhado. Caso seja uma chuva fina e constante, podem ser
necessários até dois dias para a limpeza.
Filtragem da água:
água Os filtros comuns encontrados no comércio ou outros tipos
caseiros são suficientes.
Tratamento com cloro: para desinfetar a água pode ser usado hipoclorito de
sódio ou água sanitária. A água da cisterna deve ser colocada em um
recipiente de menor tamanho que deve ficar de preferência na cozinha. A
quantidade de hipoclorito ou água sanitária a ser utilizada depende da
quantidade de água que estiver no recipiente. A recomendação geral é aplicar
duas gotas de hipoclorito de sódio para cada litro de água. Depois, é preciso
misturar bem e esperar meia hora antes de usar a água.
Observação:
Observação é responsabilidade da Secretaria de Saúde Municipal entregar
com regularidade o hipoclorito de sódio para desinfetar a água.
CAIXAS D’Á
D’ÁGUA
Como limpar
A cada seis meses a caixa d'água deve ser limpa. Antes de iniciar a limpeza,
se informe sobre a possibilidade de alguma paralisação no abastecimento que
atinja a residência, para evitar que fique sem reserva de água.
Trabalhe com material que não cause dano à caixa d'água. Normalmente,
pode-se usar uma bucha ou um pano e água sanitária, que além de facilitar a
limpeza, é um desinfetante.
FILTROS E PURIFICADORES
O refil, que muitas vezes recebe o nome de cartucho, vela, elemento filtrante
ou kit purificador, deve ser substituído após a passagem de uma determinada
quantidade de água ou quando o prazo de validade for atingido – o que vier
primeiro.
Antes de escolher um modelo, vale verificar não só a vida útil, mas também o
preço do refil, pois a variação é grande. E, para os mais esquecidos, o melhor
é optar por um aparelho que sinalize a necessidade de manutenção.
Filtro de barro
Já o filtro de barro é um aparelho que age por gravidade. Ele remove somente
partículas, ou seja, pequenas sujeiras presentes na tubulação ou na caixa
d'água. O filtro de barro não remove micro-organismos. A troca do filtro
costuma ser feita a cada seis meses, mas isso pode variar de acordo com a
qualidade da água que chega à sua casa.
Para limpar o filtro de barro, nunca use açúcar, sal ou detergente. Isso porque
o aparelho tem a superfície cheia de pequenos poros, o que facilita a entrada
de substâncias e pode danificar o produto.
GARRAFÃO
GARRAFÃO
Para quem usa bebedouro de garrafão, saiba que ele não trata a água – é
apenas um suporte para o garrafão de água mineral. Ao limpá-lo, use uma
esponja e procure não aplicar produtos de limpeza, que podem deixar
resíduos.
Além disso, não deixe a água exposta ao sol. Isso aumenta a possibilidade de
proliferação de vírus e bactérias.
Como higienizar
A contaminação da água mineral de galão pode acontece por falhas de
higienização na indústria e também no transporte e na forma de
armazenamento no comércio. Ainda que indireta, a exposição dos galões ao
sol é uma possível fonte de contaminação. Por isso, é importante saber mais
sobre o processo de qualidade adotado pelo fabricante e as condições de
armazenamento de seu fornecedor. No entanto, outra fonte comum de
contaminação acontece na hora do consumo e esta pode ser facilmente
evitada. Observe os procedimentos abaixo listados:
IMPORTANTE:
IMPORTANTE Escondida na parte inferior dos galões de água mineral há uma
informação importante aos consumidores: a validade do recipiente.
recipiente O galão só
pode ser utilizado durante três anos.
anos Caso contrário, o recipiente pode
ocasionar danos ao consumidor, devido à fragilidade da embalagem.
OUTRAS
OUTRAS DICAS
Desde 2003, o PAD beneficiou mais de 100 mil pessoas, em 152 comunidades
distribuídas pela região do Semiárido e já capacitou mais de 600 pessoas. A
meta é aplicar essa metodologia na recuperação, implantação e gestão de
1.200 sistemas de dessalinização nos dez estados da região até o próximo ano.
Para isso, estão sendo investidos R$ 186 milhões, beneficiando 480 mil
pessoas. Isso significa uma média de 400 pessoas por sistema.
Em desenvolvimento nano
nanos
nossensor que detecta se água é potável ou não
O "sensor popular" - para ser usado pela própria população - será capaz de
detectar, ao mesmo tempo, a presença de três poluentes na água: Escherichia
coli (bactéria responsável por graves problemas intestinais), metais pesados e
glifosato (herbicida).
O desafio foi aceito por especialistas nas áreas de física, química e biologia.
"Um dos fatos que provocou esse programa foi imaginar de que a Amazônia é
um 'mar de água' e que não é potável. A população ribeirinha também não sabe
se pode beber a água", disse o professor Ennio Candotti, vice-presidente da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Brasil Escola
<http://www.brasilescola.com/>.
Ecodesenvolvimento
<http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/abril/agua-mineral-
industrializada-tem-mais?tag=agua>.
G1:
G1: Aquífero na Amazônia pode ser o maior do mundo, dizem geólogo
<http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/04/aquifero-na-amazonia-pode-ser-
o-maior-do-mundo-dizem-geologos.html>.
Jornal da Unicamp
<http://www.unicamp.br/unicamp/ju/527/pot%C3%A1vel-por%C3%A9m-
contaminada>.
VICTORINO, Célia Jurema Aito. Planeta Água morrendo de sede: uma visão
analítica da metodologia do uso e abuso dos recursos hídricos.
<http://www.pucrs.br/edipucrs/online/planetaagua.pdf>.