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integral e gratuita.

ISBN (Registro Biblioteca Nacional): 978-65-901210-3-5

As informações incluídas neste livro são apenas para fins educacionais. Não se destina ou

está implícito como substituto do aconselhamento médico profissional. O leitor sempre deve

consultar seu médico/ nutricionista/ fisioterapeuta / psicólogo/ treinador, para determinar a

adequação das informações para sua própria situação ou se tiver alguma dúvida sobre uma

condição médica ou plano de tratamento.

A leitura das informações deste livro não constitui uma relação médico-paciente.

O autor / proprietário não reivindica nenhuma responsabilidade a qualquer pessoa ou

entidade por qualquer responsabilidade, perda ou dano causado ou supostamente causado direta

ou indiretamente como resultado do uso, aplicação ou interpretação das informações aqui

apresentadas.
RAMIRO MARQUES INCHAUPE

MANUAL DA BANDAGEM FUNCIONAL

1ª Edição

Porto Alegre / RS
2019
ISBN: 978-65-901210-3-5
Sobre o Autor

Desde muito jovem se destacou no âmbito esportivo como atleta de Handebol, chegando a

defender as seleções brasileiras de base sub 16 e sub 17, logo ingressou na faculdade onde cursou

Fisioterapia e Educação Física com bolsa atleta fazendo a faculdade totalmente gratuita por meio

do esporte, desde os primeiros semestres conciliou aulas, treinamento e participação em projetos

de pesquisa e extensão onde encontrou sua paixão a reabilitação e treinamento. Durante a

graduação participou como estagiário das Olimpíadas Escolares com a delegação do Rio Grande

do Sul, Jogos Universitários Brasileiros e Projeto Brasil Olímpico 2016.

Em meio a todos estes projetos nosso autor realizou o curso de formação de oficiais de

basquetebol promovido pela Federação Gaúcha de Basquetebol, em pouco menos de um ano foi

promovido a árbitro nacional da modalidade e convidado a participar do Novo Basquete Brasil –

NBB sendo o segundo maior campeonato das américas apenas atrás dos EUA, já no ano de 2014

foi indicado para fazer parte da Federação Internacional de Basketball – FIBA onde conseguiu

aprovação e o título de árbitro internacional.

Inquieto, esta é a palavra para definir nosso autor e atitude acima de tudo, após terminar a

graduação imediatamente buscou continuar os estudos buscando especialização em treinamento

neuromuscular e fisioterapia desportiva, mestrado em saúde da criança e do adolescente e


doutorado em ciências da reabilitação, novamente junto aos estudos outros projetos estavam por

vir, a criação do departamento de Aptidão Física Junto a Confederação Brasileira de Basketball –

CBB e posteriormente foi convidado para realizar o mesmo projeto junto a Federação Internacional

de Basketball – FIBA (Órgão máximo do esporte mundial), junto a esses novos desafios vieram

convites para lecionar em cursos de Graduação e Pós-Graduação, participar de grandes eventos

científicos, coordenar o controle de aptidão física nos Jogos Pan Americanos Lima 2019 e

Campeonato Mundial de Basquetebol China 2019.

Junto a todas essas mudanças ele continuou os estudos buscando o doutorado em Ciências

da Reabilitação e a criação de uma metodologia de reabilitação e treinamento: Cinesioterapia

Funcional - Reabilitação e Treinamento Funcional, onde já teve artigos e livro publicado sobre o

tema, nosso autor buscou formação internacional nas áreas da reabilitação e do treinamento físico

e treinamento funcional, com diversos cursos como: Kettlebell junto a Kettlebell Academics órgão

máximo mundial, Strongfirt, CORE 360, FIFA, Polar Team Pro Analyses além da formação nos

métodos de bandagem funcional (MacConnell e Kinesio Taping by Kenzo) além de toda sua

experiência de quase dez anos trabalhando com essa ferramenta fantástica.

***

O intuito deste projeto inovador é levar o conhecimento deste conceito e metodologia

incrível ao maior número de pessoas possíveis, quanto mais pessoas tiverem acesso a informação

mais trabalharemos, a ideia é passar um pouco do conhecimento teórico e prático e os fundamentos

e conceitos necessários para o entendimento e aplicação. O livro ilustra e define muito bem todos

os conceitos, métodos, protocolos e técnicas, mas é fundamental que o profissional leitor realize e

principalmente pratique todo o conteúdo que aprendeu antes de iniciar com seu paciente ou aluno,

pois é claro que a prática leva a perfeição.


Conteúdo
CAPÍTULO 01 ________________________________________________________________________________________ 3

APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA _______________________________________________________________________________ 3

Metodologia Cinética _________________________________________________________________________ 4


HISTÓRIA __________________________________________________________________________________ 7

CAPÍTULO 02 _______________________________________________________________________________________ 13

CONCEITOS E MÉTODOS _________________________________________________________________________________ 13


SPIRAL TAPING _____________________________________________________________________________ 14
MCCONNEL TAPING ___________________________________________________________________________ 16
WHITE ATHLETIC TAPING _______________________________________________________________________ 19
KINESIO TAPING _____________________________________________________________________________ 20
Cinética bandagem funcional __________________________________________________________________ 24

CAPÍTULO 03 _______________________________________________________________________________________
sdas 30

ANATOMIA E FISIOLOGIA FUNCIONAL _________________________________________________________________________ 30

ENTENDENDO NOSSOS SISTEMAS ___________________________________________________________________ 31


CONHECENDO A PELE _________________________________________________________________________ 33
DERME __________________________________________________________________________________ 37
PLASTICIDADE ______________________________________________________________________________ 48
CAPACIDADE SENSORIAL________________________________________________________________________ 57

CAPÍTULO 04 _______________________________________________________________________________________ 68

ASPÉCTOS BIOMECANICOS _______________________________________________________________________________ 68


CONHECENDO AS BANDAGENS ____________________________________________________________________ 69
TERAPÊUTICA ______________________________________________________________________________ 72
Função muscular __________________________________________________________________________ 75
articular ________________________________________________________________________________ 79
linfática ________________________________________________________________________________ 80
Resumo _________________________________________________________________________________ 87

CAPÍTULO 05 _______________________________________________________________________________________ 88

Bandagem funcional _________________________________________________________________________________ 88

A
Indicações _______________________________________________________________________________ 89
Contra indicações __________________________________________________________________________ 90
Tipos de cortes ____________________________________________________________________________ 91
Tipos de Aplicações _________________________________________________________________________ 92
Preparo para aplicação ______________________________________________________________________ 95
MATERIAIS ________________________________________________________________________________ 98

REFERÊNCIAS ______________________________________________________________________________________ 102

sdas

B
CAPÍTULO 01
APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA
A obra em questão é a primeira edição do livro Segredos da

Bandagem Funcional – Conceitos, Técnicas e Aplicações, sendo fruto do

sucesso de uma edição piloto que demonstrou grande procura pelos

profissionais da área da reabilitação e treinamento, deixando muito claro

a necessidade de fazer uma obra mais completa pra preencher e sanar

duvidas sobre a bandagem funcional elástica e rígida na reabilitação e no

treinamento.

Neste primeiro capítulo vamos abordar um pouco os motivos que nos

levaram a realizar essa obra e da história e do surgimento dessa nova

metodologia incrível como ferramenta de trabalho.

3
Metodologia Cinética
A nossa metodologia de trabalho foi criada e desenvolvida baseada

nos fundamentos básicos da anatomia, fisiologia e biomecânica, e também

nos conceitos já existes sobre as bandagens, pelo nosso Expert Ramiro

Inchauspe, que depois de realizar formações em algumas metodologias já

conhecidas, cursos e quase 10 anos de experiência no esporte e nos

maiores eventos esportivos mundiais como Jogos Olímpicos, Pan

Americanos e Campeonatos Mundiais, sentiu a necessidade de uma

abordagem diferente e principalmente um consenso sobre a aplicação das

técnicas de maneira clara e objetiva.

Após anos de estudos através de congressos, livros, publicações

cientificas sobre o uso das bandagens funcionais e principalmente a

pratica diária das bandagens funcionais levou nosso Expert a missão de

preencher essa lacuna que existe sobre as bandagens funcionais, incluindo

bandagens rígidas e elásticas, outro fator importante que foi verificado ao

longo dos 5 anos de docência do nosso expert é a clara duvida ou

desconhecimento das técnicas por parte de estudantes e profissionais, a

maioria simplesmente aplica bandagens baseados em imagens ou figuras,

4
em nenhum momento buscou alguma certificação em nenhum método ou

nem sequer cursos de curta duração.

A bandagem funcional ainda é pouco explorada em toda a sua

plenitude, conceitos e métodos. Pensando nisso foi colocado ao longo do

livro muito mais que informações sobre aplicações das bandagens e sim

informações sobre biomecânica dos movimentos, controle motor e

plasticidade neural e muscular, complexos sensoriais e a neurofisiologia da

dor. O mais entendimento de alguns conceitos que vamos abordar na

presente obra irá possibilitar a escolha da melhor técnica de aplicação com

a bandagem que mais seja de acordo com o seu tratamento ou

treinamento e principalmente para os diferentes problemas, lembrando

que a bandagem é uma ferramenta que pode ser utilizada com auxilio de

outras técnicas assim o seu sucesso será ainda maior.

Demonstrar algumas experiências de vida com pacientes e atletas e

principalmente a resposta de cada um deles com o uso da bandagem foi

o que me motivou para realizar essa obra. Para conseguir passar para

todos os leitores que a bandagem funcional é um recurso de baixo custo,

fácil aplicação e pode auxiliar muito na continuidade dos estímulos que

buscamos em nosso tratamento, a bandagem pode oferecer estímulos


5
constantes e duradouros, dependendo do modo de aplicação e por um

determinado período de tempo.

O uso da bandagem funcional pelos diferentes profissionais e cada

vez maior e a bandagem está cada vez mais em alta no esporte, tendo

amantes e não amantes da ferramenta, hoje temos além dos profissionais

da fisioterapia e educação física, dentistas, fonoaudiólogos e terapeutas

ocupacionais.

Espero realmente que a criação dessa obra possa auxilia-lo a

entender melhor os conceitos, métodos e aplicações da bandagem

funcional nas diferentes patologias ou tratamentos, e principalmente que

você consiga passar ao paciente mais uma ferramenta que vai ajudar a sua

recuperação pelo uso da bandagem funcional.

Ramiro Marques Inchauspe

6
HISTÓRIA
A bandagem funcional é muito mais antiga do que podemos

imaginar, desde os tempos antigos esse instrumento já é utilizado para o

auxílio de técnicas, Hipócrates por exemplo as utilizava após realizar uma

manipulação manual para corrigir um pé torto congênito, com o intuito de

manter o posicionamento do membro e prologar o efeito da manipulação.

Ambroise Paré também trabalhava com a terapia manual associada as

bandagens para correções articulares e Nicholas Andry utilizava

bandagens umedecidas para tratar lesões de ligamentos articulares.

Talvez o uso de bandagens mais famoso do mundo se fazia no Egito

antigo para a conservação dos corpos após a morte nos processos de

mumificação. Já no século XVIII, o dermatologista Paul Gerson,

desenvolveu as famosas meias elásticas de compressão para comprimir a

perna no tratamento de úlceras de origem venosa, e que até hoje é muito

utilizado para tratamentos de controle de edema de membros inferiores.

As bandagens funcionais podem ser feitas de material elástico ou

rígido, que utilizam como auxílio externo o corpo humano, as elásticas

apresentam a capacidade de se estirar e as rígidas que não se alteram, são


7
feitas a partir de componente químico com aderência e na maioria das

vezes não causando alergia a quem está utilizando.

Há muitas marcas de bandagens elásticas em todo o mundo. Na

década de 1970, surgiu na Ásia uma das primeiras, a Kinesio Taping®, cujo

fundador foi Kenso Kase. Durante anos, outras foram aparecendo, como,

por exemplo, Cure Tape® (Espanha), K. Taping® (Alemanha), Sport Tex®

(Coreia do Sul) e Physio Taping® (China). Elas foram desenvolvidas para

proporcionar maior liberdade de movimento, uma vez que as primeiras

bandagens utilizadas para tratamento eram rígidas. Estas ainda são muito

empregadas e incluem, entre outras, o esparadrapo e a técnica da

australiana McConnel.

Visando o tratamento e correções articulares, Jenny Mcconnel

apresentou em 1984 um conceito de bandagem funcional rígida, e

publicou seu estudo em 1986, inicialmente usada para corrigir posições

patelares anormais em atletas com síndrome de dor patelo-femoral.

Outro modo de aplicação, proposto por Kenzo Kase, em 1986,

consiste na aplicação de uma fita adesiva de algodão hipoalérgica que

pode ser deformada até 140% do seu tamanho original, tornando-se

8
altamente elástica e resultando em menos esforço de mecanismo, em

comparação com um tape convencional.

Considera-se que o Kinesio Taping aumenta a propriocepção,

fornecendo uma estimulação aferente constante através da pele. De

acordo com seu criador, o Kinesio Taping proporciona estímulos cutâneos

que modulam o movimento, facilitam a função muscular normal, corrigem

os possíveis desalinhamentos articulares aliviando a tensão muscular,

reduzem a dor, melhoraram a circulação sanguínea e linfática, e auxiliam

na redução do edema.

A grande exposição da bandagem funcional se tornou muito fácil a

adquirir o produto e principalmente informações de diferentes veículos de

comunicação e muitas opiniões pessoas e pouca pesquisa, o uso se tornou

fácil e rápido com um custo baixo, qualquer pessoa pode comprar um rolo

de bandagem colocar em um site de vídeos e se auto aplicar, e assim o uso

da bandagem funcional está empregado de maneira empírica e sem

nenhuma avaliação, critério ou até mesmo profissional apto para o mesmo.

Grande parte das pessoas que utilizam as bandagens profissionais ou

não, desconhecem para que estão utilizando ou pelo menos a parte

9
fisiológica da bandagem, para o uso dessa metodologia que consiste em

técnicas de aplicação e principalmente para poder aplica-las é necessário

um conhecimento aprofundado sobre, anatomia, fisiologia, biomecânica,

dor, efeito placebo, mecanismos de lesão, tipos de tecido entre outro. As

técnicas não devem ser aplicadas por pessoa que não sejam profissionais

da área da saúde e que estejam aptos a aplicar a técnica estando

qualificado para o mesmo. Os profissionais precisam ter a clareza de que,

se aplicada com sabedoria e de maneira correta poderá produzir

melhoras, porem do contrário poderá causar danos.

Desde os anos 2000 as bandagens funcionais estão cada vez mais

populares e cada vez mais rápido vemos pessoas e atletas fazendo o uso

das mesmas de certa forma sem um controle ou acompanhamento

profissional adequado, a bandagem funcional se tornou febre entre os

amantes do esporte após o astro do futebol David Beckham fazer um gol

e ao levantar a camiseta estar em suas costas a aplicação, desde então elas

cresceram muito e hoje se debate muito a sua utilização.

10
Figura: David Beckham, jogador de futebol.

O método da bandagem funcional hoje é reconhecido como uma

habilidade essencial para todos os envolvidos no tratamento e reabilitação

de lesões. É amplamente utilizado não apenas para lesões esportivas, mas

também para muitas outras condições, como desequilíbrio muscular,

articulações instáveis e controle neural prejudicado. Durante o tratamento

e a reabilitação, a aplicação da bandagem ajuda no processo de

cicatrização, apoiando e protegendo as estruturas lesionadas de mais

lesões ou estresse, reduzindo assim a necessidade de tratamento

prolongado e afastamento do trabalho.

Novas técnicas estão sendo desenvolvidas constantemente para a

prevenção de lesões, que também podem ser usadas na prática geral e no


11
ambiente hospitalar para a população não esportiva. Uma vez dominadas

as técnicas básicas, cabe aos profissionais modificar, alterar e desenvolver

elas mesmas novas técnicas, sempre aderindo aos princípios da gravação.

A medicina esportiva se inclina para a mobilização precoce por meio

de terapia funcional, e a imobilização total em moldes de gesso está se

tornando menos comum. Em vez disso, é usado um suporte removível para

permitir que a terapia continue durante toda a fase de recuperação. Usar

o método em um membro ou parte do corpo é como aplicar um 'molde

flexível' que ajuda na prevenção de mais lesões e repousa a parte afetada.

Moldes de fita flexíveis limitam a amplitude de movimento e podem ser

usados em muitos esportes onde suportes rígidos não são permitidos.

12
CAPÍTULO 02
CONCEITOS E MÉTODOS

Neste capitulo vamos apresentar os conceitos e metodologias já

descritas na literatura sobre bandagem funcional, em uma breve descrição

das técnicas já apresentadas em artigos publicados, hoje encontramos

diversos métodos de aplicações de bandagens cada uma com suas

individualidades e especificidades dependendo muito dos princípios

básicos que a norteiam, foram encontrados quatro diferentes métodos na

literatura sendo eles: Spiral Taping, McConnel Taping, Kinesio Taping,

Athletic Taping. O mais importante é conhecer o seu paciente e saber o

que ele precisa, assim tendo um conhecimento geral de cada metodologia

e suas particularidades você terá várias opções na hora de tomar a decisão

e saber qual delas será melhor para a sua situação.

13
SPIRAL TAPING
Em 1980, o Prof. Nobutaka Tanaka, Japonês, medico acupunturaste e

técnico em ortopedia, quando trabalhava em sua clinica, usando

bandagens em lesões no corpo de atletas, perceberam que de acordo a

direção do enfeixamento, se para direita ou esquerda, a dor da lesão

aumentava ou diminuía, foi então, por meio dessas experiências, que

pesquisando a relação entre músculo e articulação percebeu que o

equilíbrio do local a ser tratado, estava relacionado com o ponto

correspondente do lado inverso a cada articulação ultrapassada. Com isso,

ao utilizar sua descoberta, obteve excelentes resultados em tratamentos

de doenças crônicas como as lombalgias.

Com colagem de fitas adesivas em lugares determinados e com

formatos específicos, provoca-se um estímulo no sistema nervoso havendo

a liberação de substâncias relaxantes musculares, analgésicos e anti-

inflamatórios, fazendo com que essa terapia seja indicada para doenças

osteomusculares.

Em 1985, concluiu que ao utilizar uma simples fita de esparadrapo,

comum ou especial, adotando alguns critérios ou testes onde se observava


14
os fluxos da energia: se para direita ou esquerda, largura das fitas,

checagem da dose do estimulo, muscular ou articular, anterior posterior,

etc. ele podia atenuar ou eliminar dores e até restabelecer, por completo,

o equilíbrio físico e energético de partes do corpo lesionadas, dos seus

pacientes, chegando-se a conclusão por meio de estudos científicos, e

pela repetitividade dos resultados, que a técnica possui embasamento

cientifico.

Finalmente em 1994, Spiral Taping se tornou conhecida em toda a

nação japonesa em virtude da competição HAKONE EKI-DEN (maratona

de revezamento mais famoso e tradicional desde 1920 – Japão) A

Universidade de Yamanash ganhou a competição estabelecendo um novo

recorde com a ajuda de Spiral Taping.

A técnica do Spiral Taping vem ganhando espaço no que se diz sobre

tratamento para alívio da dor, na reabilitação neuromuscular e até em

harmonização energética do organismo. Trata-se de aplicação de tiras de

esparadrapo com larguras especificas, de forma estratégica e sem

medicamentos, nas áreas afetadas, tendo efeito anti-inflamatório,

analgésico, de sinergismo muscular e proporcionando equilíbrio

energético. Essa técnica tem como vantagem não ser invasiva, apresentar
15
baixo custo, facilidade na aplicação, rápido resultado e acessibilidade do

material usado. O trabalho a seguir dá informação sobre a técnica da

terapia do esparadrapo, mostrando sua utilidade, eficiência e a

possibilidade de associar aos conhecimentos da Medicina Tradicional

Chinesa.

Figura: Método Spiral Taping

MCCONNEL TAPING
O método McConnel Taping, foi criado na Austrália pelo

fisioterapeuta Jenny McConnel, que durante anos utilizou na sua pratica

clinica as bandagens rígidas como um conjunto de técnicas para o

tratamento da condromalácia patelar e sua pesquisa foi publicada no ano

16
de 1986, constatando que a técnica era eficaz no controle da dor, e foram

se popularizando pelo mundo em pouco tempo, além de se expandir para

outras partes do corpo como coluna, ombros e tornozelos.

O objetivo dos procedimentos de McConnel é atuar na recuperação

biomecânica e proativa de articulações, corrigir o deslocamento patelar

anormal para permitir que o paciente realize movimentos e exercícios,

diminua a dor, altere a biomecânica, abordando um dos quatro

componentes do desalinhamento que talvez precisem ser corrigidos. Estes

são deslizamento medial, inclinação medial, inclinação anterior e rotação.

Embora existam várias variações do procedimento de aplicação de

bandagens recomendadas, dependendo das necessidades específicas do

paciente (por exemplo, deslizamento, inclinação e / ou rotação).

Essa técnica utiliza uma bandagem super rígida de algodão com um

adesivo forte e uma pré-bandagem sem látex (Leuko tape® com Cover-

Roll®, ou uma fita Endura®Sports com uma fita Endura®FIX) ou até mesmo

o nosso popular esparadrapo é uma ótima alternativa para aplicação do

método. Incluídas, são usadas para disfunções biomecânicas articulares,

como síndromes femuropatelares, por exemplo. Permaneça no paciente

por mais de 12 horas e geralmente não mais do que 24 a 36 horas.


17
Está foi a primeira técnica envolvendo bandagens funcionais descrita

na literatura, com certeza a que abriu portas para muitos outros métodos

com a utilização de bandagens, é uma técnica muito conhecida na

reabilitação e no esporte, principalmente por fisioterapeutas, profissionais

de educação física e atletas sendo muito popular nas famosas botas de

esparadrapo no tornozelo.

Figura: Método MacConnel Taping

18
WHITE ATHLETIC TAPING
A bandagem Athletic é comumente confundida com o método

McConnel muito semelhante ao método McConnel e possivelmente foi

desenvolvida através do mesmo, já foi a bandagem mais utilizada

mundialmente; rígida, geralmente requer uma pré-bandagem para não

agredir a pele. É conhecida como Bandagem Funcional, que, apesar do

nome, não promove efetivamente a função devido à falta de elasticidade.

Aplica-se adequadamente a imobilizações articulares e a limitações de

movimentos não funcionais ou patológicos.

Figura: White Athletic Taping

19
As principais desvantagens são o curto período de permanência na

pele, ficando geralmente, de 24 a 48 horas no paciente. Existe a

possibilidade de reação alérgica resultante da presença de látex, podendo

até causar feridas na pele.

Os objetivos gerais são restringir o movimento de uma articulação

lesionada, comprimir tecidos moles para reduzir o inchaço, apoiar

estruturas anatômicas envolvidas na lesão, servir como uma tala ou

proteger uma tala, curativos ou curativos seguros, proteger a articulação

lesada ferir novamente e proteger a parte lesada enquanto a parte lesada

estiver em processo de cicatrização.

KINESIO TAPING
O método Kinesio Taping, foi criado no Japão no ano de 1986 pelo

quiropraxista Kenzo Kase, utilizando bandagem funcional elástica o que

para o período foi algo diferente e exatamente por revolucionar as técnicas

de bandagens existem, uma vez que a mesma além de exercer as funções

básicas de outras bandagens, permitia também que o paciente não

20
perdesse a amplitude de movimento e tão pouco a função dada ao

seguimento afetado.

Quando o Kenzo Kase estava desenvolvendo a técnica de Kinesio

Taping, a sua investigação despertou o interesse de toda a comunidade

de saúde e que após anos de pesquisa com diversos materiais,

desenvolveu um tipo de fita aderente com características semelhantes a

pele humana, com relação a elasticidade e a textura, em resposta as

limitações que ele encontrava no tratamento de seus pacientes com o

tradicional método de bandagens rígidas.

Desde então, já foram desenvolvidos mais de vinte tipos de

bandagens, chegando à bandagem atual, a Kinesio Tex Tape Gold.

Comparada as bandagens tradicionais, é fina e complacente (pode ser

estendida de 40% a 60% do seu comprimento original), apresentando

elasticidade semelhante à da pele. Assim, vem sendo aplicada com grande

eficiência em atletas de alto desempenho e também na população em

geral, de recém-nascidos a idosos.

21
A técnica foi apresentada internacionalmente pela primeira vez nas

olimpíadas de Seul em 1988, mas a porta de entrada para o ocidente

ocorreu nos Estados Unidos da América somente em 1995, e na Europa

em 1996. Recentemente, a presença maciça em diversos medalhistas nas

Olimpíadas de Athenas. Pequim e Londres, também serviu para a

divulgação e conhecimento internacional do método. Hoje, está presente

em centros olímpicos ou de reabilitação e em clínicas e consultórios

espalhados por todo o mundo.

22
Além de centros de reabilitação e treinamentos para atletas,

atualmente o Método Kinesio Taping é muito utilizado em grandes centros

médicos e clubes dos mais diversos esportes de alto rendimento por todo

o mundo, bem como na parte estética, fonoaudiologia, terapia

ocupacional e recentemente pelos dentistas.

Dentro os inúmeros benefícios que este método pode proporcionar,

tais como redução do quadro álgico por estimulo sensorial cutâneo;

correção da biomecânica articular e de funções musculares; alinhamento

de tecidos moles, como pele e aponeuroses; melhora da circulação dos

fluidos orgânicos (sangue e linfa); otimização da reparação de lesões

teciduais; alivio da compressão de tecidos moles; e facilitação ou limitação

dos movimentos, drenagem linfática;

Está e com certeza a técnica que mais despertou o interesse mundial

pelo tema das bandagens e com certeza hoje a mais conhecida entre os

profissionais das saúdes e esporte, porem hoje elas empregam um papel

importante desde o nascimento até o envelhecimento podendo ser

utilizadas nos mais diversos casos, com resultados seguros e com poucos

efeitos colaterais, além de permitir a interação em conjunto com outras

terapias, como a cinesioterapia funcional, terapias manuais, ventosas,


23
acupuntura, CRIOTERAPIA, eletrotofototerapia e muitas outras, sem

alterara a função das mesmas e atuando de forma conjunta na redução do

tempo de recuperação.

Cinética bandagem funcional

O método Cinética foi desenvolvido no ano de 2019 pelo

Fisioterapeuta e Profissional de Educação Física Ramiro Inchauspe, com o

proposito de elaborar uma nova metodologia de trabalho onde fosse

possível reunir a reabilitação e o treinamento e que atendesse as inúmeras

e diferentes necessidades dos estudantes e profissionais da fisioterapia e

educação física para o uso da bandagens funcionais .

Como criar uma base sólida ou uma espinha dorsal, que pudesse

servir como um novo conceito onde fosse possível trabalhar desde

indivíduos sedentários até o atleta de alto rendimento, trabalhar na

prevenção, reabilitação de lesões e performance através do uso de

bandagens funcionais. Pacientes ou alunos com a mesma altura, mesma

idade, mesmo peso e até o mesmo objetivo, porem, entender que cada

24
pessoa é única e precisa ser trabalhar conforme sua individualidade e

especificidade.

Conseguimos incluir o que consideramos de melhor em cada

metodologia e conceito sobre as bandagens funcionais e conseguimos

chegar muito próximo do que seria um programa ideal e completo que foi

possível unir as aplicações Elásticas e Rígidas nos conceitos da Reabilitação

ao Treinamento de maneira inovadora e inédita.

Refere-se a uma metodologia flexível, adaptável e eficiente, onde

você poderá implantar em academias, clínicas, hospitais, centro de

treinamentos, clubes, praças e parques, clubes e outros, é de

25
responsabilidade do profissional entender os objetivos e conceitos do

programa para determinada pessoa e assim identificar as necessidades

para a realização do programa.

Todas as fases do programa não devem ser encaradas com algo

maçante ou amargo por nossos pacientes ou alunos e sim algo prazeroso

que com a variedade de técnicas o profissional deve se tornar o diferencial

e único.

Com o melhor dos conceitos já existe, prática profissional e análise de

muitos estudos foi possível moldar a melhor metodologia sobre

bandagens funcionais, algo que venha para auxiliar, desenvolver melhorar

e até mesmo revolucionar todas as técnicas já existentes,

O ponto chave do método é buscar o equilíbrio corporal tecidual

através dos estímulos sensoriais externos e cutâneos, os tecidos contrateis

e outros tecidos moles (fáscias, ligamentos e tendões) que as bandagens

promovem, quando submetidos a estímulos gerados por um suporte

externo, consequentemente buscam suas funções normais.

O método Cinética não é baseado apenas na colocação de uma de

uma ou mais bandagens apenas pelo fato de colocar, e sim em todo um

26
processo de conhecimento dos fatores fundamentais que são a base para

qualquer aplicação de bandagem funcional, sendo eles: anatômicos,

fisiológicos e biomecânicos. A avaliação individual e específica de cada

caso, buscando o maior número de informações sobre a Causa da

disfunção e seus tecidos envolvidos e depois então o problema, saber

entender, avaliar e diagnosticar os problemas apresentados e então

identificar a forma específica de aplicação com a devida tensão, direção e

correção. E quando necessário identificar as limitações do método para o

caso em questão, buscando outras maneiras ou formas de abordar essa

condição.

27
Portanto não se pode garantir que as aplicações apresentadas neste

livro estão resolvendo as condições abordadas em qualquer pessoa, pois

em situações clínica e patológicas em comum, diversos possíveis

desequilíbrios e disfunções podem estar presentes de diferentes formas.

O corpo humano é um sistema com inúmeras Capacidade Funcionais

e infinitas habilidades, se através desse método os profissionais

compreenderem os desafios de cada paciente ou aluno e utilizado

ferramentas universais e métodos que se adaptam a diferentes situações e

perfis, cria-se, consequentemente, um processo de avaliação constante

que garantirá melhorias progressivas ao próprio treino através do uso das

Bandagens Funcionais.

Trata-se de uma metodologia que vem com objetivo de desenvolver

profissionais da área da saúde, Fisioterapeutas e Profissionais de Educação

Física que busquem aprofundar seus conhecimentos sobre o uso das

Bandagens Funcionais no âmbito da reabilitação e treinamento, que une

os conhecimento fundamentais da anatomia, fisiologia e biomecânica

aliados ao Método Cinética de Bandagem Funcional, onde surge uma

nova metodologia baseada na Individualidade, especificidade e

funcionalidade.
28
Esta proposta deve ser compreendida sob a ótica do princípio da

funcionalidade, pensando no seu aluno ou paciente.

A elaboração e aplicação de uma Bandagem Funcional deve fornecer

a adequada “dose” frente as possibilidades de resposta ao estímulo e

garantir adaptações ótimas em relação aos critérios de eficácia e

funcionalidade.

(Ramiro Marques Inchauspe, 2019)

29
CAPÍTULO 03
ANATOMIA E FISIOLOGIA FUNCIONAL

Neste capítulo vamos apresentar alguns conceitos básicos sobre

anatomia e biomecânica para que o entendimento sobre aplicação da

bandagem funcional possa ser cada vez mais amplo e melhor entendido,

hoje podemos dividir em quatro grandes grupos sendo eles: Derme,

Musculo, Articulação e Linfa.

30
ENTENDENDO NOSSOS SISTEMAS
A evolução e transformação do corpo humano ao longo dos milhões

de anos para buscar adaptações a diferentes ambientes e desenvolver seu

potencial físico e psicológico, todas as adaptações do corpo humano se

dão por meio do ambiente que ele vive e desenvolve suas relações, seus

funcionamentos e suas manifestações segundo Sobotta, 2006. O corpo é

constituído por diversos e diferentes sistemas que possibilitam melhor

integração entre ele e o ambiente, para que suas funções sejam as mais

adequadas possíveis. A integração do corpo humano se dá pelos ajustes

corporais frente a estímulos sensoriais que captam informações e as

transmitem ao sistema nervoso central, as quais são interpretadas e

enviadas como resposta ao sistema osteomuscular.

Para os autores Mello, 1998 e Gardner, 2006, a formação dos sistemas

corporais acontece desde a vida intrauterina. À medida que o embrião se

desenvolve no útero materno, os sistemas corporais são formados ao

longo dos 9 meses, reunindo todas as informações genéticas herdadas dos

pais para a constituição física da criança. Mesmo que cada indivíduo

apresente características morfológicas distintas (variações anatômicas),

31
estas não se traduzem necessariamente em prejuízo funcional. Tais

diferenças fazem com que cada um se distinga do outro (raça, sexo,

biotipo, idade) mesmo que as funções corporais sejam iguais para todos.

Para Moore, 2007, os sistemas corporais são totalmente

interrelacionados, ou seja, dependem uns dos outros para o bom

funcionamento do corpo humano. Cada sistema, cada órgão é responsável

por uma ou mais atividades, possibilitando ao individuo atitudes

diferenciadas como resposta aos diversos estímulos. Milhares de reações

químicas acontecem a todo instante em nosso corpo, seja para captar

energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se

de ferimentos e doenças ou manter a temperatura adequada. O corpo

humano funciona de maneira complexa promovendo a interação de

inúmeros elementos químicos, mas, ao mesmo tempo, pode ser

interpretado de modo simples porque é constituído na medida certa.

Todas as partes que o constituem funcionam de maneira integrada, em

harmonia e sincronia, para que maximizem sua potencialidade.

32
CONHECENDO A PELE
Sempre que prensamos na aplicação de uma bandagem logo

buscamos identificar as alterações biomecânicas ou patologias, e na

maioria das vezes não levamos em consideração um fator importante a

Pele, e para que qualquer um dos métodos seja compreendi se torna

indispensável o conhecimento e o comportamento da pele com intuito de

melhorar os processos terapêuticos e saber identificar fatores que podem

alterar as propriedades físicas da pele, como: etnia, idade, peso, hábitos

alimentares, genética, sexo, regiões do corpo, disposição do colágeno,

elastina e outros.

33
Figura: Imagem emblemática sobre a Pele de Valverde de Hamusco,

1556.

O médico Andreas Vesalius, belga, considerado por muito como um

ícone da anatomia moderna foi um dos primeiros a fazer referencias sobre

estudos de pele.

A pele sadia tem a capacidade de ser extensível a fim de não limitar

qualquer movimento ao sistema musculoesquelético. Assim, todas as

vezes que ocorre um movimento articular, a pele deve acompanhá-lo,

estirando-se na mesma direção. Na maioria das regiões, ela se estende

mais em determinadas direções que em outras; isso também se dá com a

força de tensão. Com o passar dos anos, a habilidade da matriz de tecido

elástico de retornar a pele do estado estendido ao completamente

relaxado (deformação elástica) é gradualmente perdida, e a

extensibilidade é substituída por flacidez (deformação plástica), que

cumpre a mesma função de viabilizar a liberdade de movimentos.

As tensões submetidas à pele podem ser de origem estática ou

dinâmica. As estáticas são as naturalmente existentes na pele e

dependentes das características estruturais cutâneas de cada individuo. As

34
linhas de clivagem descrevem esse tipo de tensão predominante em

determinado local sem nenhuma referência às influências dinâmicas do

sistema musculoesquelético. As tensões dinâmicas são oriundas da

combinação de forças relacionadas com as ações musculares voluntárias,

como o movimento articular e a expressão facial. Além disso, a força da

gravidade também exerce grande influência nos dois tipos de tensão, pois

altera a magnitude e a direção das tensões locais.

Linhas de Clivagem:

-São as linhas de tensão ou de Langer.

-Longitudinalmente espirais nos membros e transversais no pescoço e no


tronco.

-Estão relacionadas à direção predominante de fibras colágenas na pele.

35
Figura: Linha de Clivagem, indicam a direção predominante das fibras

colágenas na derme.

Ocorre variação de tensões na pele nos diferentes locais anatômicos

e em direções distintas, e, conforme ocorre o envelhecimento biológico, a

tensão da pele diminui. Contudo, sob a ação de uma força constante

36
mantida ao longo do tempo, a pele continua a estirar, como observado em

técnicas de expansão tecidual, na gestação ou na obesidade.

DERME
O primeiro conceito que vamos apresentar é sobre a derma (Pele) e

se pensarmos essa seria toda a base para as bandagens funcionais, porém

este conceito vai muito além de simplesmente entender a pele, mas tudo

que envolver esse sistema e suas funções.

A Derme pode ser conhecida por ser o sistema analgésico, resultante

de ações sensoriais da bandagem funcional sobre mecanoreceptores por

meio de pressão, tensão, elevações, descompressões e trações

relacionadas a pele. Portanto, devido ao estímulo tátil superficial, acontece

a ativação dos nervos periféricos que estão presentes na pele,

proporcionando um efeito de analgesia, de acordo com a teoria das

comportas medulares de Melzack e Wall (1965), segundo os autores a

condução das informações de dor agude e crônica transmitidas,

respectivamente, pelas fibras A-Delta e Tipo C, ambas possuem um menor

diâmetro, poderiam ser inibidas pela atividade de fibras aferentes


37
periféricas do tipo A- Beta de maior diâmetro, ou pela atividade de vias

descendentes do cérebro relacionadas a modulação da dor.

Então, os efeitos analgésicos podem ser relacionados como um

mecanismo de (fechamento das comportas) na medula espinhal, associada

a liberação de opióides endógenos a nível encefálico e medular, uma vez

alcançado determinando grau de estímulo. Desse modo, o simples contato

das bandagens, associado ao deslizamento, a pressão e a tensão da pele

permitem o alívio da dor e a sensação de desconforto local e em tecidos

subjacentes. Entretanto o estímulo cutâneo não é a principal fonte de

analgesia por meio da bandagem funcional, mas sim abertura de espaço

desencadeada a nível de derme e epiderme por meio das circunvoluções

que serão apresentadas adiante.

Mecanoreceptores cutâneos: as sensações exteroceptivos incluem

tato, pressão e vibração. Embora sejam frequentemente classificadas

como sensações distintas, são detectadas pela mesma classe de

receptores chamados mecanoreceptores.

38
Figura: Efeitos Terapêuticos Exteroceptivos.

Existem pelo menos seis tipos de mecanoreceptores e podemos

citar cinco como os principais exteroreceptores: Terminações de Ruffini,

Discos de Merkel, Corpúsculos de Meissner, Receptor do Folículo Piloso e

Terminações de Pacini.

39
Figura: Derme e suas terminações.

Adaptação lenta -> Terminações de Ruffini e Discos de Merkel:

Respondem durante a aplicação do estímulo e continuam emitindo

PA (potencial de ação) durante a presença do estímulo (redução gradual

da frequência), detectam intensidade e duração do estímulo.

40
Figura: exteroreceptores adaptação lenta.

Terminações de Ruffini

Tem por característica principal a adaptação lenta a uma tensão

constante. Desse modo, se tornam indispensáveis para a sinalização de

estados contínuos de deformação da pele e dos tecidos profundos, como

sinais intensos e contínuos de tato e sinais de pressão. Já nas articulações,

atuam na sinalização do grau de rotação articular.

41
Figura: Corpúsculo de Ruffini e Discos de Merkel.

Terminações multi-ramificadas situadas em camadas mais profundas

da pele e tecidos profundos.

Adaptam-se muito pouco, importantes para detecção de estados

contínuos de deformação da pele e de tecidos profundos.

Presente em grande quantidade nos ligamentos periodontais.

42
Teste de Sensibilidade

Pressione o braço do colega ao lado (que deve estar com os olhos

fechados) com os dedos e mantenha a pressão contínua. Verifique se ele

continua sentindo o estímulo após algum tempo (30 segundos).

Pressione os seus dentes e mantenha a pressão.

Discos de Merkel

Estão localizados nas pontas dos dedos e na epiderme, são os

responsáveis por detectarem as pressões contínuas, são importantes na

determinação de texturas.

Receptores táteis de extremidades expandidas presentes em grande

quantidade na pele glaba (polpa dos dedos).

Adaptam-se lentamente. Com os Corpúsculos de Meissner são

responsáveis pela localização exata do estímulo e pelo reconhecimento da

textura, do contorno, da forma dos objetos tocados. São mais superficiais

que os receptores de Ruffini.

43
Teste de Sensibilidade

Desenhe uma forma na palma da mão do colega. Faça-o descrever a

forma desenhada.

Toque o dorso da mão repetidamente e de forma aleatória com a

extremidade aguda e romba de um alfinete.

Adaptação Rápida -> Corpúsculo de Meissner, Receptor do Folículo

Piloso e Corpúsculo de Pacini:

Respondem durante a aplicação do estímulo e continuam emitindo

PA durante a presença do estímulo (redução gradual da frequência),

detectam intensidade e duração do estímulo.

44
Figura: exteroreceptores adaptação rápida.

Corpúsculos de Meissner

Adaptam-se rapidamente após o estímulo, sendo muito sensíveis ao

movimento de objetos leves sobre a superfície da pele e também à

vibração de baixa frequência.

Terminações nervosas em espirais.

Detectam velocidade (adaptam-se rápido, 1 segundo).

Encontrados na pelo glaba (polpa dos dedos, lábios e outras áreas).

BRAILLE.

45
Movimentos leves sobre a pele e vibração de baixa frequência.

Não respondem a estímulos de pressão contínua.

Teste de Sensibilidade

Passe um algodão sobre o lábio e em seguida deixe o algodão

parado.

Receptores do Folículo Piloso

Estão associados com todos os pêlos. Em animais concentram-se nas

vibrissas. Adaptam- se muito rapidamente.

Teste de Sensibilidade

Passe o algodão sobre a pele com pêlos e em seguida deixe-o

parado.

Corpúsculos de Paccini

Também conhecidos como Adaptação Muito Rápida, estão

localizados nas camadas mais profundas da pele, estimulados por

movimentos rápidos dos tecidos, vibrações e mudanças de pressões.

46
Respondem em um intervalo de tempo pequeno e detectam a vibração

dos tecidos ou outras alterações rápidas do estado mecânico.

Localizam-se abaixo da pele e em tecidos profundos.

Emitem apenas 1 ou 2 potenciais de ação para cada estímulo.

Adaptam-se em milissegundos.

Respondem à vibração.

Teste de Sensibilidade

Vibração: Aplique o Diapasão (instrumento) sobre diferentes

proeminências ósseas (mão, cotovelo e outras).

Depois desse resumo sobre como atuam os exteroreceptores e suas

funções, espero que tudo tenha ficado um pouco mais claro, porque com

certeza o objetivo dos terapeutas e treinadores é que seu paciente e

aluno/atleta tenham condições de realizar movimentos cada vez mais

eficientes e eficazes, sempre levando em consideração a individualidade e

especificidade de cada um.

47
Portanto, precisamos ter um aparelho locomotor em ótimo estado de

funcionamento, comandado pelo nosso sistema motor, que recebe os

resultados dos processamentos neuronais, que acontecem devido as

atividades neurais. Que então iniciam com a transdução da informação

pelo sistema sensorial, dos estímulos biofísicos em sinais eletroquímicos.

PLASTICIDADE
O sistema nervoso é uma pedra angular no estudo de neurociências

e desde sempre exerceu grande fascínio sobre cientistas, clínicas e até

leigos. Nas últimas décadas, grandes descobertas, em razão do incentivo

ao capital intelectual e dos números de avanços tecnológicos, recebem

guia de profissionais para profissionais da área de pesquisa e saúde, como

médicos, fisioterapeutas farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, entre

outros. O intuito é melhorar a compreensão sobre esse sistema complexo

e envolvente, além de desenvolver e aperfeiçoar a abordagem de cada um

desses profissionais na sua prática diária.

Um dos temas recorrentes estudados nas neurociências é a

neuroplasticidade ou plasticidade neural, principal assunto deste capítulo.


48
Consista em flexibilidade e maleabilidade de neurônios e circuitos neurais

para alterações estruturais e funcionais, em resposta a uma experiência

(Sale et al., 2014). Representa uma função constante e um recurso do

sistema nervoso, que ocorre diariamente e determina a capacidade desse

sistema de adaptar-se às mudanças nas condições do ambiente, desde

uma alteração nos processos de aprendizado e memorando vasculares,

desmielinizantes, degenerativas e tumorais. Apresenta diversas

configurações que, em geral, fundamentam a capacidade do sistema

nervoso de modificar sua organização a partir de numerosas e complexas

etapas temporárias que ocorrem desde níveis moleculares, sinápticos,

eletrofisiológicos e estruturais.

As possibilidades de adaptação são inúmeras, e as mudanças podem

ser transitórias, com duração de alguns segundos (curto prazo) ou até

permanentes (longo prazo). Quando se consegue um prazo longo, são

capazes de produzir alterações fisiológicas adicionais que podem ser

alteradas anatômicas, como, por exemplo, uma remoção de conexões

sinápticas preexistentes e novas. Esse fenômeno ocorre desde

embriogênese, também em condições patológicas e, de modo mais

significativo, em resposta a diversas experiências e aprendizados. Na


49
formação do cérebro em desenvolvimento, uma experiência interativa

com informações genéticas de modo que ou o fenótipo final seja uma

combinação de recursos, as habilidades serão cada uma de sua própria

individualidade, incluindo a era do bi.

Funções e células do sistema nervoso

O sistema nervoso, em conjunto com o sistema endócrino, coordena

todas as funções orgânicas. Receba estímulos recebidos dentro de um

fórum e responda a eles para manter o indivíduo em homeostase

completa. Comanda desde eventos como sensibilidade e motricidade até

fenômenos psíquicos complexos, como memória e comportamento

emocional. Suas células características, que operam sincronicamente, são

os neurônios e as células da glia (neuroglia ou gliócitos).

Neurônios

São unidades morfofuncionais fundamentais do sistema nervoso com

função de recebimento, processamento e envio de informações.

Altamente excitáveis, comunicadas entre si ou com células efetoras como

células musculares ou glandulares. Apresentam duas propriedades

50
exclusivas: excitabilidade e condutibilidade, funcionando como unidades

de informação. São dotados de: corpo celular contendo núcleo, com

material genético, e citoplasma, como as organelas citoplasmáticas;

dendritos, com prolongamentos múltiplos e ramificados, especializados na

recepção da informação (aferências); e axônio, com prolongamento

delgado e extenso, especializado na transmissão de informações

(eferências). Este último, a partir das profundezas ramificadas no seu

terminal (telodendro), contém as vesículas sinápticas, que, por sua vez,

compõem o mecanismo de neurotransmissores. Vale ressaltar a existência

de microtúbulos no interior do axônio, estruturas fundamentais para o

transporte axoplasmático anterógrado e retrógrado, quais são as possíveis

substâncias químicas que são causadas, respectivamente, do corpo celular

ao terminal do axônio.

Os neurônios operam em circuitos ou redes neurais a partir de sinais

quimioelétricos. Apresenta vários tipos e tamanhos e pode ter ou não

bainha de mielina, ou que determina a velocidade de condução dos sinais

elétricos.

Células da glia, neuróglia ou gliócitos

51
São as células predominantes do sistema nervoso. Derivada da

palavra grega glia, que significa “cola”, e forma uma matriz complexa que

fornece agregação e sustentação aos neurônios. No entanto, as estatísticas

atuais apontam que suas funções são muito mais complexas e essenciais

para o bom funcionamento do sistema nervoso. Caracterize um acordo

com seu tamanho em macros e micróglia e também em acordo com suas

funções. Pertencem ao grupo de macros os seguintes tipos de celulares:

astrócitos, células ependimárias, oligodendrócitos no sistema nervoso

central (SNC) e células de Schwann no sistema nervoso periférico (SNP).

Dentre as células da macro e suas funções, destacadas:

Astrócitos: células gliais predominantes no SNC; os pés astrocíticos

ligam neurônios a capilares sanguíneos, desempenhando a função

nutritiva. Esse modo, como recuperar os vasos sanguíneos, também ajuda

na barreira hematológica, impedindo a entrada de patógenos invasores e

outras substâncias indesejáveis no sistema nervoso. Em embriogênese,

apresentando papel importante no desenvolvimento inicial do SNC, por

fornecer uma via para neurônios em reprodução, já que se estende da

superfície dos ventrículos ao córtex cerebral revestido pela pia.

52
Adicionalmente, regule a concentração de íons e neurotransmissores nas

secções de neurônios, viabilizando, para estes, ou restabelecendo mais

rapidamente o gradiente eletroquímico normal. Por fim, após lesões do

sistema nervoso, há proliferação dessas células no tornozelo das lesões,

promovendo uma cicatrização glial (gliose), que resulta na reorganização

da estrutura do tecido para isolamento físico da área das lesões Nesse

contexto, essas células são capazes de produzir fatores neuroprotetores

como citocinas antiinflamatórias e fatores neurotróficos, contribuindo para

a sobrevivência de neurônios.

Oligodendrócitos: responsáveis pela produção da bainha de mielina

no SNC. Um fato curioso que será abordado mais adiante na rede central,

o bloqueio por essas células, contém moléculas proteicas que bloqueiam

a capacidade regenerativa dos axônios centrais.

Células ependimárias: revestidas como cavidades ventriculares, o

aqueduto cerebral do mesencéfalo e o canal central da medula espinal.

Constituem os plexos corióideos e são responsáveis pela produção do

líquido cefalorraquidiano.

53
Células de Schwann: são responsáveis pela produção da bainha de

mielina no SNP. Em caso de lesão dos nervos periféricos, use um suporte

de apoio aos cones de crescimento regenerativo. Nessas condições

também são capazes de fagocitar e limpar o ambiente neural e os fatores

neurotróficos, auxiliar no processo de regeneração.

Fenômenos plásticos

Os fenômenos plásticos podem ser classificados em: plasticidade

somática, plasticidade dendrítica, plasticidade axônica e plasticidade

sináptica (Doretto, 1996; Cohen, 2001; LundyEkman, 2008; Quaresma,

2010).

Plasticidade somática

Uma plasticidade somática pode ser compreendida como uma

possibilidade de alteração da capacidade proliferativa ou da morte de uma

população de neurônios em resposta a interferências do ambiente

externo. Entretanto, não apenas o controle da proliferação como também

a morte celular, ambos exercitados durante o desenvolvimento, têm um

componente genético forte e estão sujeitos a influências apenas do

54
microambiente neural. O mundo exterior, até onde se sabe atualmente,

não interfere nesses processos. No entanto, pesquisas recentes mostram

que alguns neurônios têm capacidade proliferativa (chamadas

“célulastronco”) e são capazes de disseminar e diferenciar números de

tipos celulares, sejam gliócitos ou neurônios. Esse fenômeno já foi

mostrado em epítopos sensoriais, como o olfatório, o auditivo e o otolítico,

e em regiões situadas em torno dos ventrículos laterais, que geram

neurônios para hipocampo e outras áreas encefálicas, como hipotálamo,

retina, negra e amígdala.

Plasticidade dendrítica

Existem substâncias que apontam para a plasticidade estrutural ou

morfológica dos dendritos, sugerindo que o período ontogênico ocorra a

plasticidade nos troncos e espinhas dendríticas, e, na fase adulta, ela se

restrinja às espinhas,

pode modificar os dendritos, então, por ação do ambiente. Esse

modelo plástico é de grande importância, pois é fundamental para o

estabelecimento e recuperação da memória, uma vez que os

experimentos recentes registram esses achados no hipocampo.

55
Plasticidade axônica

A plasticidade axônica dividida em brotamento colateral e

brotamento regenerativo. O primeiro ocorre quando um alvo desnervado

é reinervado por ramificações de axônios intactos, conforme Figura 4.3. O

segundo, como resultado de lesão sobre um axônio, caracteriza-se pelo

recrutamento do coto proximal do mesmo axônio (Figura 4.4).

Plasticidade sináptica

Uma plasticidade sináptica é o maior componente da

neuroplasticidade. Sua presença na resposta ao padrão de atividade

elétrica foi postada pelo psicólogo canadense Donald Hebb, que

introduziu o conceito de que o padrão de atividade elétrica é importante

para induzir mudanças na sináptica. A Hebb incorporou, em particular, a

noção de que a atividade correlacionada entre os neurônios pré-pós-

sinápticos promove uma potencial atividade sináptica, ou a atividade não

correlacionada promove a interatividade-sináptica, as alterações

dinâmicas e funcionais.

56
CAPACIDADE SENSORIAL
Sabemos que a seguinte afirmação será um pouco controversa para

alguns leitores, explicando em seguida: “O sistema nervoso central não

tem nenhuma ideia do que acontece na periferia!” Ao analisar os estímulos

externos como, por exemplo, ondas sonoras, ondas de luz, temperatura

etc., é possível perceber que o SNC não pode interpretar diretamente.

Tornar misterioso ou auxílio de um sistema que possa codificar em

atividade neural. Esse sistema se chama sistema sensorial, ou qual traduz

tais estímulos na atividade eletroquímica de um neurônio, ou seja, na

linguagem compreendida pelo SNC. Com essa atividade iniciada uma

corrente de deflagrações em vários neurônios, que se transforma no

processamento neuronal.

Vale ressaltar a diferença entre os termos de atividade neural e

processamento neuronal. O primeiro se refere à atividade eletroquímica

de um neurônio, e o segundo, ao processamento, ou qual envolve uma

rede de neurônios. Assim, esse processamento é algo mais complexo e

57
aberto, não apenas como trocas de informações entre neurônios

circunvizinhos, mas também entre distintas e distantes áreas do SN.

Tem a possibilidade de ocultar o sistema de informações cruciais para

quem pode controlar o aparelho locomotor. Neste ponto, faremos uma

58
análise inversa dos itens supracitados, ou será, pensar no que a maioria

dos terapeutas faz nas suas clínicas: oferece estímulos sensoriais.

Figura: Resposta cerebral a estimulação.

Um objetivo primordial dos terapeutas é que seus pacientes sofrem

condições de realizar movimentos cada vez mais eficientes e podem

perder sem vista, evidentemente, uma individualidade de cada um. Assim,

59
é preciso contar com um aparelho locomotor adequado, comandado por

um sistema motor, ou receber os resultados cruciais dos processos

neuronais, que ocorreram devido a atividades neurais. Estas, por sua vez,

iniciam com codificação (transdução), pelo sistema sensorial, dos

estímulos biofísicos em sinais eletroquímicos. Destarte, a maioria dos

trabalhos terapêuticos tem seu início no sistema sensorial, uma porta de

entrada para o universo neurológico do paciente.

Figura: Modelo de BioFeedBack Sensorial pela Bandagem

Funcional.
60
É importante enfatizar e descrever ainda mais o sistema sensorial

como contribuição indispensável para o bom funcionamento do motor.

Como mencionado anteriormente, os estímulos biofísicos devem ser

capturados pelos receptores, que codificam como informações recebidas

na periferia em atividade neural. Evidentemente, não faria sentido essas

informações recém-codificadas ficariam no nível periférico, pois, para que

possam ser processados, devem ter acesso ao SNC. Assim, inicie a

segunda etapa: o transporte para uma parte central do SN. Ao chegar à

SNC, essas informações são decodificadas. Cabeçalho que mostra que

essa decodificação não é significativa que o córtex cerebral deve ser

obrigatório no processo. Como se sabe, várias e importantes informações

permanecem abaixo do nível de consciência, como por exemplo, como

proprioceptivas e táteis, como quais as respostas ao cerebelo e / ou à

formação reticular.

Vejamos um exemplo: o leitor prezado deve estar sentado neste

momento. Seu córtex está altamente concentrado no ler este capítulo,

analisar, guardar várias informações, entre outras atividades. Entretanto,

seu córtex não é capaz de sinalizar com qual bônus muscular a musculatura

paravertebral está sendo controlada. Isso significa que várias informações


61
proprioceptivas não têm acesso ao córtex cerebral e são processadas

abaixo do nível de consciência, como, por exemplo, no nível cerebelar.

Assim, esse processo de decodificação significativa do SNC, já em níveis

subcorticais, compreende o que está ocorrendo na periferia. A partir disso,

esse sistema pode avaliar e definir motoras. Agora você tem vontade de

tomar uma xícara de café que está em cima da mesa à sua frente, mas,

inadvertidamente, toca na xícara extremamente quente, seu SN reconhece

que, por mais que esse capítulo seja interessante, da xícara.

Há outro processo extremamente importante a ser observado: a

integração das distintas informações oriundas de variados canais

sensoriais. O SNC tem uma capacidade inestimável de integrar

informações sensoriais para arquivamentos e recrutamentos quando

necessário. Além disso, o córtex cerebral confere uma outra significante, a

percepção. Assim, arquivar e recrutar faz parte do processo de memória,

não somente o que diz respeito à memória cognitiva (p. Ex., quanto ao

conhecimento da capital de um país ou nome de um objeto), mas também

à memória neuromcular.

62
Vejamos como essas integrações são importantes: imagine uma

criança cega ou com paralisia cerebral. Ela é privada de informações

sensoriais essenciais ao controle do motor e tem grande dificuldade para

desenvolver os sensores sensoriais homogêneos. Uma variabilidade de

informações é primordial para uma integração adequada, ou seja, o SN é

uma variável de variação, pois existe uma maneira de aprender se há algo

para comparar; finalmente, é necessária alguma diferença! Imagine agora

fechando todas as janelas da sala, apagando as luzes e ficando no escuro

e sem silêncio completo. O que farão seus olhos automaticamente?

Procure uma fonte de luz! E que farão suas orelhas? Procure uma fonte

sonora! O SN atendimento de diferenças; por isso, um dos objetivos

terapêuticos deve basear-se em fornecer uma variabilidade das

informações ao SN dos pacientes. Nesse contexto, associado, de modo

qualitativo, diferentes instrumentos terapêuticos favorecem a recuperação

do paciente.

A partir dessa integração, o SN está apto a preparar uma sequência

de movimentos executados para executar uma intenção. Imaginese agora

sentindo sede e com vontade de beber água. Neste momento, sua

intenção cortical conduzirá uma série de atividades eletroquímicas, e seu


63
sistema premium se preparará para recrutar os neurônios motores e seus

motores de movimento em uma sequência ordenada e econômica para

Somente após uma preparação adequada dos neurônios motores

inferiores que não são afetados pelo tronco encefálico e pela medula

espinal, podem receber como salvas de impulsos nervosos de centros

superiores e envios de músculos, capazes de executar uma ação. Só assim

você pode pegar o copo, levantar a boca e beber na água.

Influência do sistema sensorial sobre o sistema motor por feedback e

feed forward.

O sistema sensorial influencia o sistema motor de duas maneiras

concomitantes: (1) por retroalimentação (feedback), informações se os

movimentos intencionados pelo córtex seguem seus rumos corretos e (2)

por antecipação (avançar) seja, antes de que os movimentos tenham sido

realizados / finalizados.

Feedback | Reativo, adaptativo

Análise uma situação hipotética: você está com os olhos fechados e

quer retirar seus olhos com a mão esquerda. Existe, então, uma intenção

64
de aposentadoria e, em seguida, ocorre uma preparação: seu SN se

orienta para saber onde e como está distanciando partes do corpo, onde

está a mão esquerda, onde está o nariz etc., ou seja, ele precisar saber qual

é o ponto de partida dos movimentos, algo denominado esquema

corporal. Logo em seguida, o SN deve posicionar seu corpo dentro do

espaço circundante: há objetos entre a mão esquerda e os óculos? O braço

pode fazer um caminho direto desde o ponto de partida até os óculos?

Essa orientação do corpo dentro do espaço é denominada imagem

corporal. O somatório dos dois, esquema e imagem corporal, forma ou

chama de representação interna.

Posto isso, sigamos com o nosso exemplo: ao tentar remover os

óculos, sua mão toca a bochecha esquerda. Nesse momento, os

receptores (p. Ex., Pressão e pressão) informam ao SN que a mão não

encontra onde deve estar, que ocorreu um erro. Estruturas como o próprio

córtex, o cerebelo e a formação reticular podem comparar a intenção

inicial cortical e, em seguida, ativar mecanismos neuronais para corrigir os

movimentos; ocorrer uma reprogramação do sistema motor e você mover,

muito provavelmente, a mão em direção aos óculos sobre o nariz. Essa

65
correção ocorre depois de uma primeira tentativa de chegar aos óculos.

Ela é, então, algo reativo, adaptativo, é uma retroalimentação.

Avançar | Previamente, proativo, antecipadamente

Veja outro exemplo: você está jogando tênis e seu adversário bate

forte com uma raquete na bola. Você acompanha a trajetória inicial da bola

e pode, de acordo com suas experiências, exibir onde ela toca ou o chão

e para onde direcionar. Nesse momento, todos os seus movimentos

podem contribuir para que você se posicione em um lugar adequado no

fim de um jogo de bola de boliche para o outro lado da quadra, onde

encontrar ou outro jogador. Nesse momento, o adversário lança uma bola

de tênis com efeito certo, de tal sorte que ela toca o chão no local previsto,

mas, infelizmente, não segue uma trajetória que você imagina. Sendo

assim, você, que já estava se posicionando em determinado lugar para

aguardar ansiosamente a chegada da bola, viu que seguiu outro caminho.

O sistema de informações visuais únicas ao SN que move, ainda que não

concluído (porque uma bola ainda não foi atingida pela volta para o outro

lado da quadra), será corrigido antecipadamente. Esse novo ajuste de

motor é um somatório entre os dados do sistema visual (informações para

66
corrigir) e os dados informados há pouco pelos controladores (cerebelo

[CB], núcleos da base [NB] e formação reticular [FR]). Está claro que há

outros sistemas que obtêm informações para corrigir e / ou adequam os

movimentos antes, na primeira vista, sejam concluídos (como exemplo de

exemplo com óculos, descrito anteriormente). Esses outros sistemas são o

sistema auditivo, o vestibular e o límbico, que controlam como emoções.

Juntos, eles participam do controle do motor pelo mecanismo de avanço.

Neste capitulo mostramos aspectos gerias da pele e de cinco

receptores cutâneos que dão ao sistema musculoesquelético capacidade

de identificar estímulos apostos a pele, em pequenas ou grandes áreas ou

de pequena ou longa duração que são os principais responsáveis, quando

estimulados corretamente, pelos efeitos benéficos da bandagem funcional

ou seja, pela homeostase tecidual e corporal nos níveis superficiais e

profundos do corpo, portanto, todos estes aspectos são de grande

importância para ao profissional que deseja trabalhar com as bandagens

funcionais.

67
CAPÍTULO 04
ASPeCTOS BIOMECANICOS

Principalmente no âmbito funcional e esportivo a Biomecânica ou

Cinesiologia, preocupa-se então com o estudo das forças em presença, e

dos seus efeitos, nos espaços de realização funcional e desportiva, seja em

prevenção, seja em treino, seja em competição, seja perspectivando a

etiologia da lesão, ou a sua profilaxia, seja ainda estudando os

equipamentos e os materiais à disposição, ou utilizados pelos praticantes.

68
CONHECENDO AS BANDAGENS
A bandagem funcional elástica é composta de um adesivo

hipoalergênico, é a prova de água, sensível ao calor e não contém

qualquer substância medicamentosa impregnada. É composta de 100%

algodão com adesivo 100% acrílico termoativo.

Foi desenvolvida para permitir uma elasticidade longitudinal com

cerca de 15% a 80% de alongamento do seu comprimento em repouso,

tendo espessura e textura similares às da pele. Não apresenta elasticidade

no sentido transversal. Contém linhas que representam a distribuição da

cola adesiva à imagem de impressões digitais, a fim de simular os diversos

sentidos da elasticidade da pele humana. Em seu processo de fabricação,

as bandagens funcionais elásticas recebem uma tensão de 10%. Assim,

quando removida do papel e aplicada diretamente sobre a pele do

paciente, já se encontra com 10% de tensão. Em geral, a bandagem é

aplicada por um período de 1 a 3 dias, de acordo com o objetivo e a

técnica a ser utilizada.

69
A bandagem funcional rígida é composta de um adesivo

hipoalergênico, é a prova de água, sensível ao calor e não contém

qualquer substância medicamentosa impregnada. É composta de adesivo

100% acrílico termoativo. Não tendo nenhuma capacidade de

alongamento. É comumente utilizada com uma pré tape para que não

cause alergias ou marcas na pele por ter um adesivo muito potente. Utiliza-

se muito como alternativa a bandagem rígida esparadrapo.

As técnicas de bandagem funcional vêm sendo utilizadas

globalmente por diversos profissionais da área da saúde. Dentro de cada

especialidade, há métodos e técnicas de avaliação específicas, porém,

para um bom aproveitamento da técnica, conhecimentos específicos em

anatomia, fisiologia, biomecânica, anatomia palpatória, em testes de

função, de força muscular e de amplitude de movimento e na clínica das

disfunções de movimento tornam-se essenciais. Portanto, além de todo

conhecimento musculoesquelético, é necessário aplicar a técnica

específica adequada à disfunção em questão.

O uso das técnicas de bandagem funcional pode ser aplicado, nas

articulações, na circulação linfática, nas fáscias, na derme, em tendões e

70
ligamentos. Sendo assim, é primordial o diagnóstico do componente

específico envolvido na causa da disfunção, que pode ser de origem

neurológica, muscular, articular, fascial ou aponeurótica, dérmica,

circulatória, linfática, etc. O sucesso da aplicação está diretamente

relacionada com esses conhecimentos semiológicos e da aplicação correta

da bandagem.

A grande maioria das bandagens funcionais tem uma elasticidade

que varia de 15% a 80% do seu comprimento em repouso, sendo a

elasticidade máxima conhecida como 100% de tensão da bandagem.

Quando liberada do papel a 10%, 15% de tensão e retorna a seu

comprimento de repouso, a tensão remanescente é classificada como 0%

(normotensão ou sem tensão). Por exemplo, ao cortar uma faixa de

bandagem elástica de 10 cm de comprimento e esticá-la até a sua tensão

máxima, este aumentará em torno de 4 a 6 cm, alcançando 14 a 16 cm de

comprimento total. Isso representa 100% de tensão da mesma. Portanto,

ao aplicar à pele do paciente com uma tensão de 50%, deve-se dar um

acréscimo de 2 a 3 cm, levando a aproximadamente 12 a 13 cm de

comprimento.

71
• Na maior parte das aplicações são utilizadas tensões abaixo de 50%.

Assim, quanto menor a tensão, mais efeitos sensitivos são

desencadeados; quanto maior, mais efeitos mecânicos.

TERAPÊUTICA
De maneira geral sempre que fizermos a aplicação de uma bandagem

funcional devemos ter alguns pontos obrigatórios que são âncoras ou

pontos fixos, nos quais sempre devem ser aplicadas a 0% de tensão, que,

72
em geral, estão localizadas nas extremidades da bandagem (algumas

aplicações a âncora será colocado no centro da bandagem). Entre elas,

localiza-se a zona terapêutica, local da bandagem que recebe a tensão de

tratamento para o tecido alvo.

73
O ideal é utilizar ancoras sem economizar, pois, ancoras pequenas

tracionam as extremidades da bandagem sobre a pele, podendo causar

irritações, microlesões, aumento do edema e até mesmo de hemorragias.

Geralmente, indica-se ancoras de 3 a 5 cm nas aplicações abaixo de 40%

de tensão. Acima de 50% de tensão, são necessárias ancoras maiores

(dependendo do local). Além da tensão empregada, outro fator que

determina o tamanho da âncora é o comprimento da zona terapêutica.

Portanto, quanto maior a zona terapêutica, maior a ancoragem. Toda

ancoragem, inicial ou distai sempre deve possuir 0% de tensão. Também,

deve-se levar em consideração o uso excessivo de técnicas de bandagens,

pois intensificam o estímulo de mecânoceptores, causando processos de

dor e irritação tecidual.

A direção da aplicação, ou seja, a direção terapêutica da Kinesio Tex

interfere diretamente sobre os tecidos alvos. Isso deve-se principalmente

a um efeito mecânico da bandagem conhecido como recuo, efeito que

traciona a bandagem em direção à âncora inicial. Sendo assim, o recuo

sempre será́ oposto ao sentido da direção terapêutica.

74
Função muscular
Seu objetivo é desencadear efeitos diretamente sobre a musculatura,
estimulando e ativando o músculo ou um grupo muscular durante o
movimento. Desse modo, é possível melhorar a contração sinérgica de um
músculo enfraquecido, inibido, hipotônico e desequilibrado, estatísticas
de fadiga, contratações, espasmos e lesões musculares.

Uma exposição sobre a pele é deixada abaixo da bandagem


otimizada para comunicação neural com mecanismos, a redução do
número de unidades motorizadas durante uma contração. Assim, quando
aplicado para facilitar, melhora a força muscular corrigindo a função, ao
fortalecer músculos fracos ou inativos. Como as pesquisas que revelaram
este efeito muscular, o aumento do bônus e o recrutamento de unidades
motoras podem ser explicados por um efeito reflexo sobre o sistema
nervoso.

Há também o aumento da atividade eletromiográfica bioelétrica


muscular, que provou a estimulação cutânea e a comunicação com os
tecidos mais profundos fornecidos pela bandagem ao executar nos
receptores mecânicos da pele e da epiderme.

Por outro lado, esse método também pode ser usado em condições
em que músculos se mostram hiperativos, hipertônicos e excessivamente

75
fortes. Nesse caso, a bandagem desenvolve efeitos inibitórios, relaxantes,
isoladamente, como hiperatividades musculares.

Para cada função muscular, excitatória ou inibidora, há uma aplicação


específica. Por questões didáticas, serão descritas, a seguir, como formas
de empregar a bandagem, conforme o efeito permitido.

Função Muscular Ativação

Aplicação de Proximal para Distai ou Origem (Ponto Fixo) para a


inserção (Ponto Móvel) Muscular: neste caso, uma bandagem será aplicada
para ativar a musculatura que apresenta fraca, hipotrófica, hipotônica,
intuitiva, frequentemente encontrada em afecções crônicas. Deve-se
posicionar uma âncora proximal ou inicial adjacente à origem do músculo,
fixando uma zona terapêutica sobre ou ao redor do ventre muscular com
uma tensão de 15% até 80% da tensão máxima, finalizando com uma
âncora distai ou final seguinte ou após a inserção muscular.

Na figura abaixo, observa-se a bandagem preta aplicada com

ancoragem inicial na origem do músculo deltóide, direção terapêutica

centrífuga e ancoragem distai na inserção desse mesmo músculo. Assim,

verifica-se o recuo, representado pela seta no sentido oposto à direção da

tensão aplicada, ou seja, direção centrípeta.

76
Figura. Direção da Tensão e Direção do Recuo da bandagem

Função Muscular Inibição

Aplicação de Distai para Proximal ou Inserção (Ponto Móvel) para uma


origem (Ponto Fixo) muscular: neste caso, uma bandagem deve ser
aplicada sem sentido para inibir os músculos excessivamente fortes, ativos,
hipertônicos, comuns em condições agudas como os espasmos
musculares. Deve-se posicionar uma âncora inicial na inserção do músculo
77
ou antes dessa, passando com uma zona terapêutica ou ao redor do ventre
muscular e das junções musculares com uma tensão 10% a 15% no máximo
25% da tensão máxima, finalizando com a âncora final próxima ou após a
origem muscular.

Figura. Direção da Tensão e Direção do Recuo da bandagem

Para músculos lesionados no período agudo, a aplicação é realizada

desde o ponto de fixação até o início do músculo para suprimir sua função.

Para fraqueza muscular crônica, o objetivo é aliviar as contrações

78
musculares na direção oposta. Quando a bandagem do ponto de fixação

ao início do músculo, 15-25% de tensão é usada com um adesivo (ou seja,

a tensão com a qual é colada pelo fabricante na base de papel). Lembre-

se de que o déficit de tensão é muito melhor que o excesso de tensão.

Quando a bandagem é iniciada desde o início do local de fixação

muscular, 25-50% da tensão do adesivo (com esse grau, é visível a fácil

separação das fibras elásticas).

articular
A função articular resulta de melhorias da dessalinização biomecânica

e da instabilidade das estruturas osteomusculares, desencadeadas com

frequência por disfunções de movimento, que, em geral, estão

relacionadas a uma atividade constante e repetitiva, a manutenções

posturais estáticas e desequilíbrios musculares (encurtamento, fraqueza,

tensão, perda de rigidez, distonias, entre outras condições). Nestas

situações, uma faixa de idade diretamente sobre o alinhamento articular,

facilitando a relação e o equilíbrio entre os músculos agonistas,

79
antagonistas e sinergistas, e possibilitando o controle dos movimentos

patológicos e a reeducação motora.

Uma normalização biomecânica desencadeia ou controla o bônus

muscular, promove uma ação muscular, aumenta a ADM (amplitude de

movimento), reduz as dores articulares e melhora a propriocepção local.

Para um resultado positivo da técnica deve avaliar e constatar onde

está o desequilíbrio primário (muscular, fáscia, tendinoso, ligamentar ou

articular), e é anterior, posterior, lateral ou médio.

Nas bandagens articulares ou de estabilização pode-se usar

bandagens rígidas ou até 100% da tensão da bandagem elástica.

linfática
Aplicações linfáticas são usadas em distúrbios da drenagem linfática.

A aplicação linfática provoca elevação da pele. O espaço entre a pele e o

tecido subcutâneo é aumentado, estimulando assim os coletores linfáticos

a retomar sua função. Os coletores são os sistemas ativos de transporte

vascular do corpo humano. Para evitar um refluxo da linfa, existem válvulas

80
no sistema de transporte que garantem um fluxo central. O segmento

entre duas válvulas é chamado de linfa nódulo e, através de suas

contrações, pode impulsionar a linfa para a frente.

Além disso, através do levantamento pela fita em combinação com o

movimento corporal, a pele e o tecido subjacente são esticados. O

resultado disso é que as pontes fibrosas podem ser afrouxadas e / ou

evitadas.

Linfo nódulos

Com cadeias linfonodais intactas, as fitas são aplicadas na maioria dos

casos com uma base comum a partir da qual são cortadas quatro tiras

longitudinais estreitas, irradiando para fora da base.

A base comum cria uma zona de baixa compressão que fornece à linfa

um canal de drenagem claramente definido.

Cadeia de linfonodo defeituosa, essa técnica também é usada com

cadeias linfonodais defeituosas; neste caso, no entanto, fitas individuais

cortadas em tiras estreitas são usadas com mais frequência. Na região das

extremidades, essas tiras longas e estreitas são aplicadas radialmente na

81
zona a ser drenada, levando a uma drenagem extensa, com a vantagem da

conexão do tecido para impedir a formação de fibrose.

As bacias hidrográficas são zonas baixas em vasos linfáticos que

separam os grupos individuais de linfonodos (áreas tributárias = área de

drenagem dos linfonodos) um do outro. As bacias hidrográficas, no

entanto, não são barreiras intransponíveis, uma vez que uma rede capilar

linfática superficial e sem valor cobre todo o corpo. Da mesma forma,

existem canais pré-linfáticos (junções entre o sangue e os capilares

linfáticos) que fazem a ponte entre as bacias hidrográficas linfáticas. Em

certos pontos entre os grandes vasos linfáticos da parede do tronco,

também existem junções aos coletores de territórios adjacentes

(anastomoses interaxilares entre as axilas direita e esquerda na área do

esterno e as escápulas e anastomoses axilinguinais na área do flanco entre

axila e virilha).

A distribuição das bacias hidrográficas dá origem a quatro territórios

linfáticos, também conhecidos como quadrantes, no tronco.

82
Duas bacias hidrográficas correm horizontalmente, uma na altura do

umbigo, a outra na altura das clavículas, e uma bacia corre verticalmente

no eixo central do tronco.

Na área das nádegas, existe uma bacia hidrográfica da "calça", que

forma um território dorsomedial e dorsolateral da coxa.

Quando a cadeia linfonodal não está intacta, os capilares linfáticos e

os canais pré-linfáticos, bem como as anastomoses, são usados, por meio

da bandagem, para transportar a carga linfática obrigatória acumulada

para um quadrante saudável com linfonodos intactos.

Causas de linfostase

Os edemas têm várias causas. Eles são diferenciados em insuficiência

de alto volume, insuficiência de baixo volume e insuficiência de válvula de

segurança.

Insuficiência de alto volume

Na insuficiência de alto volume, os vasos linfáticos são saudáveis e a

capacidade de transporte do sistema linfático é normal. No entanto, a

83
carga linfática obrigatória (líquido linfático) é superior à capacidade de

transporte possível. Isso leva ao edema extracelular (7 Visão geral 2.1).

Existem várias razões para isso, p. trauma e doença orgânica. O

trauma causa lesão aos vasos linfáticos e, nas doenças orgânicas,

predominantemente o coração (insuficiência venosa crônica - estágio I, IVC

I) e os rins (hiperproteinúria) estão comprometidos. Consequentemente,

há excesso de fluido por diferenças de pressão. A doença orgânica deve

ser adequadamente controlada com medicação para que a terapia com K-

Taping seja realizada.

84
Figura: sistema vascular linfático superficial com bacias hidrográficas

relevantes à terapia, uma visão ventral e dorsal. 1. bacia vertical ventral, 2.

bacia vertical dorsal, 3. bacia transversal, 4. divisor de águas na altura

clavicular, 5. "assento da calça" divisor de águas, 6. anastomose

interaxilar ventral; 7. Anastomose axilo-inguinal;

85
Figura: diagrama da parede do tronco com as bacias hidrográficas e

direção da drenagem da linfa; as vias anastomóticas são mostradas em

verde, 1a anastomose interaxilar ventral, 1b anastomose interaxilar dorsal,

2a anastomose interinguinal ventral, 2b anastomose interinguinal dorsal,

3 anastomoses axilinguinal.

86
Resumo
O fluxograma abaixo demonstra de uma forma clara e objetiva os

sistemas e algumas funções que a bandagem funcional tem em cada

sistema.

Imagem: Fluxograma sistemas e funções.

87
CAPÍTULO 05
Bandagem funcional
A partir de agora vamos falar um pouco de forma clara e objetiva

como podemos utilizar as bandagens para que nossos alunos e pacientes

tenham sucesso na utilização das bandagens.

88
Indicações
• Contusões;

• Contraturas musculares;

• Fissuras óssea: exemplo costelas;

• Lesões ligamentares;

• Lesões tendinosas;

• Lesões musculares;

• Lesões articulares;

• Luxações;

• Lesões capsulares;

• Fraturas;

• Edema;

Retirada Pós-retirada do Aparelho Gessado para Início da

Reabilitação;

89
Contra indicações
• Fraturas completas e recentes;
• Lesões não diagnosticadas;
• Ruptura completa dos tendões sem tratamento;
• Ruptura completa dos ligamentos;
• Grandes ferimentos abertos;
• Alergia a materiais adesivos;
• Problemas circulatórios de Retorno; Ações Alterações sensitivas;

90
Tipos de cortes
Uma fita mais encontrada comercialmente é de 5 cm de largura,

dimensão que permite realizar diferentes cortes para cobrir como

estruturas desejáveis em diferentes tecidos e técnicas. Ao optar por

determinar o tamanho e o formato da bandagem, deve considerar que a

tensão gerada pelas zonas terapêuticas é dissipada pelas âncoras,

dividindo assim como Ajuda e criando áreas com menores pressões nos

casos de edema e estas circulações.

Há uma terminologia específica associada a cortes para definição de

diferentes partes da bandagem. Como caudas são divididas a partir de 5

cm de largura, ou seja, quando divididas em duas, tem duas caudas de 2,5

cm; em quatro partes, tem-se quatro caudas de 1,25 cm. Outro termo

comum é a base, parte da bandagem que fica na âncora inicial e como

caudas. Em algumas situações, nas técnicas corretivas, uma base também

é usada como zona terapêutica.

Sempre que para aplicar uma bandagem, remover os cantos, deixar

os arredondados. Isso evita ou desativa antecipadamente a bandagem

pelo contato dessas pontas com roupas e outros objetos junto à pele.

91
Abaixo, veja os principais tipos de cortes realizados com sua

respectiva referência:

Imagem: Tipos de cortes de bandagem funcional.

Tipos de Aplicações
O tipo de aplicação A é modo mais comum de aplicar as bandagens

é também o mais fácil, após medir o comprimento da bandagem no local

a ser aplicado, o profissional irá marcar as duas pontas das bandagens com

âncoras de aproximadamente 4 dedos e rasgar o papel se danificar a

bandagem, então irá destacar uma das âncoras aplicar no local desejado,

após a primeira âncora estar firme poderá então retirar o papel da zona

92
terapêutica e dar a tensão segurando pela outra ancora ainda com o papel,

após dar a tensão desejada prenda a bandagem na pele, e então retire o

papel da segunda e fixando na pele.

Figura: Tipo de aplicação A

93
O tipo de aplicação B, é um pouco mais raro de ser visto e muita vezes

é esquecido, após medir o comprimento da bandagem no local a ser

aplicado, o profissional irá marcar as duas pontas das bandagens com

âncoras de aproximadamente 4 dedos e rasgar o papel se danificar a

bandagem, então irá retirar o papel da zona terapêutica e segurar com a

bandagem pelas suas extremidades e então ira realizar a tensão com as

suas mãos colocando a bandagem no local desejado prendendo primeiro

a zona terapêutica e por ultimo as âncoras.

Figura: Tipo de aplicação B

94
Preparo para aplicação
É necessária a preparação da pele para uma execução adequada da

técnica, verificando se existem descontinuidades ou lesões cutâneas,

como feridas, calosidades ativas, irritações e fístulas. Essas áreas devem ser

evitadas. Em seguida, quando necessário, deve-se fazer uma limpeza da

pele, pois é aconselhável que esteja livre de hidratantes, óleos ou cremes.

Caso a pele seja fraca e fraca, como no caso de crianças, idosos e pessoas

de pele muito clara, indica-se lavar a mesma com hidróxido de magnésio

(leite de magnésia) para evitar possíveis irritações.

A bandagem deve ser aplicada em uma postura que favorece o

alongamento ou alongamento da pele e tecidos adjacentes, de forma a

promover pouca tensão na bandagem durante os movimentos. Nos casos

de aplicação em tecido não estirado, colocar uma tensão mais suave na

bandagem, quanto menor a limitação da amplitude de movimento, menor

será a tensão empregada.

A bandagem é aplicada com tensão moderada ou severa apenas

quando se realiza como técnicas corretivas.

95
Após a aplicação, lembre-se de friccionar bem a bandagem, pois a cola

é ativada pelo calor.

Limitações da Bandagem

Para melhorar a aderência das bandagens em regiões do corpo onde

há muitos, deve realizar uma tricotomia, caso contrário, uma bandagem

pode sair com facilidade, e os estímulos cortados podem ser prejudicados.

Nunca utilize giletes, pois pode cortar a pele; Aparelhos de cabelo são

mais seguros.

Em situações em que o indivíduo tenha hiperidrose ou atividades

esportivas extenuantes e aquáticas, deve aplicar uma bandagem 30

minutos antes da prática, para permitir a melhor utilização da cola acrílica.

Para esses atletas, também pode ser usado em um pré-aplicador, a reforçar

a aderência à pele. Esse período também é o mínimo para obter melhores

resultados pelos mecanismos estimuladores.

Cuidado com o uso de outras soluções, como, por exemplo, o benjoim

puro, pois, quando usado de forma inadequada, pode causar

dependência em excesso, provocar lesões cutâneas, irritações e até

mesmo avulsão da pele durante a retirada da bandagem. Por isso, busque

96
diluir o máximo possível e utilizar em situações muito necessárias.

Contraindicado para crianças, idosos e outras pessoas que não são atletas

de pele oleosa ou com muita sudorese.

É importante ressaltar sobre a conscientização do paciente quanto aos

cuidados com a bandagem, ao seu período de uso e possíveis alérgicas.

Imagem: Aplicação.

97
MATERIAIS
Álcool 70%

Tintura de beijoim ou Spray pré-taping

98
Aparelho para tricotomia

Algodão ou gaze

99
Tesoura

Pré tape

100
Bandagem Funcional Elástica

Bandagem Funcional Rígida

101
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