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Socioeconomia

Foto: Acervo Biblioteca SEAGRI - BA























O manejo e a






conservação do solo






no Semi-árido baiano: ○







desafios para a sustentabilidade









José Fernandes de Melo Filho*



André Leonardo Vasconcelos Souza**







lhões na área rural. Estende-se por 11

O
s ambientes áridos existentes em média, pode-se estimar a su-

no planeta terra são inteira- perfície mundial semi-árida, varian- estados em seu total, abrangendo o

mente diferentes quanto às do entre 10 e 13% das terras do norte dos Estados de Minas Gerais e


formas de relevo, solo, fauna, flora planeta (RAYA, 1996). Considerando- do Espírito Santo, os sertões da Bahia,

e balanço hídrico. Por esta razão de- se apenas o regime pluviométrico de Sergipe, Alagoas, Pernambuco,

vido à falta de informações e crité- até 800 mm de chuvas anuais pode- Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará,


rios universais não é fácil definir pre- se estimar que estas terras estão Piauí e uma parte do sudeste do

cisamente o conceito e a abrangên- distribuídas em 49 nações e cinco Maranhão, ocupando uma área total

cia das zonas semi-áridas. No mun- continentes. No Brasil em particular, equivalente aos territórios somados


do e mesmo no Brasil existem di- o semi-árido ocupa uma vasta área, da França e Alemanha (NOGUEIRA,

versas proposições e índices para entre 750.000 a 850.000 km2, equi- 1994; EMBRAPA 2003).

caracterizar as áreas de semi-aridez, valente a 48% da área total da re- Oficialmente 57% do território


os quais usam, geralmente, a pre- gião Nordeste e a 10% do território da Bahia encontram-se inseridos na

cipitação e a temperatura como pa- nacional (AB’SABER, 1996; BARBOSA, zona semi-árida brasileira (Figura 1).

râmetros de enquadramento. Talvez 2000). O semi-árido brasileiro é um São 320.211 km2 de área, correspon-

dentes a 254 municípios, sendo 126


por esta razão, as estimativas de dos maiores, mais populosos e


abrangência mundial deste tipo de também mais úmidos do mundo. totalmente e 128 parcialmente in-

ambiente sejam muito variáveis entre Vivem nessa região mais de dezoi- seridos na zona semi-árida (BARBOSA,

2000).

as publicações disponíveis. Portanto, to milhões de pessoas, sendo oito mi-


*Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Agronomia/Solos e Nutrição de Plantas, Professor do Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, Cruz das Almas - BA; e-mail: jfmelo@ufba.br
**Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Ciências Agrárias do Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais da UFRB, Cruz das Almas – BA;
e-mail: andreleo1@yahoo.com.br

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Figura 1 - Abrangência espacial da região semi-árida no Estado da Bahia, segundo SUDENE Resolução nº 10929/94.

Fonte: SEI (2003).




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As condições de semi-aridez do reconhecendo na heterogeneidade associada ao significativo escor-



Nordeste brasileiro reportam-se aos a principal característica a ser consi- rimento superficial contribuem acen-


fins do Terciário e ao inicio do Quar- derada nas proposições de interven- tuadamente para reduzir o apro-


tenário, quando alterações bruscas, ção para promover o desenvolvi- veitamento da água caída. Essa


mento das atividades ligadas ao uso


de origem planetária, provocaram situação de baixa efetividade da


mudanças de grande magnitude, dos recursos naturais no semi-árido chuva associada com a reduzida


gerando vastos aplainamentos, que baiano. capacidade de armazenamento de


água no solo coincide com os meses


deram origens às depressões inter-


planálticas semi-áridas do nordeste mais secos e de temperaturas ele-


(AB’SABER, 1977). Por isso o relató- vadas. Estas condições determinam a


Características quantidade e o tipo de vegetação que


rio do projeto Radam Brasil (BRASIL,


1981), admite não haver mais dúvida tem condições de viver nesta zona

da zona semi-


quanto à antigüidade, permanência ambiental.


O semi-árido nordestino é um dos


e estabilidade das condições regio-
árida nordestina


nais de semi-aridez e da vegetação mais úmidos do planeta. Na maioria


adaptada. Essa afirmação funda- das zonas áridas de outros países, a


Para caracterizar as regiões semi- precipitação média anual é da ordem


menta-se, principalmente, na loca-


lização dessa região, nitidamente áridas, internacionalmente definiu-se de 80 a 250 mm. No trópico semi-


marginal e isolada de outros am- um Índice de Aridez (IA) com base árido da Bahia, por exemplo, a média


bientes zonais áridos e semi-áridos na razão entre a precipitação e a de precipitação anual é de 750 mm.



tropicais e subtropicais do planeta. evapotranspiração potencial e con- O total de chuvas que cai na região


“O semi-árido brasileiro não é um siderando a água que evaporaria se semi-árida como um todo, equivale


mero segmento de um cinturão zonal houvesse água e vegetação o ano a um volume 20 vezes superior ao da



de áreas semi-áridas tropicais ou todo. Nas regiões semi-áridas do barragem de Sobradinho, que é o


subtropicais, muito pelo contrário, mundo esse índice fica entre 0,21 e maior reservatório de água do


trata-se de um dos raros exemplos 0,50. No semi-árido nordestino, este Nordeste brasileiro. A Figura 2 ilustra



de domínios morfoclimáticos inter- valor é de 0,35. Mas considerar bem os tipos e a diversidade de climas

tropicais secos. Em seus limites apenas esse índice pode ser insu- encontrados na região semi-árida da

extremos, o polígono semi-árido nor- ficiente. Muitos estudiosos levam em Bahia.



destino faz transições para faixas de conta outros elementos, entre eles: Ao contrário do pensamento ge-

climas sub-úmidos, que o envolve o começo da estação úmida, que neralizado a região semi-árida do

pela maior parte de seus quadrantes, é incerto, e a concentração da Brasil não é homogênea quanto a


a exemplo da zona da mata atlântica, precipitação, que chega a 95% condições ambientais e apresenta

amazônia maranhense e cerrado durante a estação chuvosa e é muito elevada diversidade de unidades

brasileiro” (AB’SABER, 1996). variável de um ano para outro. Em geoambientais. Nas zonas onde não


Admite-se assim, que a caatinga condições normais, chove mais de é possível a irrigação encontram-se

brasileira não é resultado da degra- 1.000 mm, nesta região, gerando um áreas de vales e áreas de encosta e

dação antrópica, como em outras volume total estimado de chuva de topo. Por sua posição topográfica as


regiões do mundo, podendo-se 581 bilhões de m³ por ano, assim áreas de vales possuem, em geral,

atribuir ao homem, apenas o mau uso distribuídos: 454,8 bilhões de m³ maior disponibilidade hídrica, e,

dos recursos naturais para ocupação (78%) são consumidos pela eva- conseqüentemente, são os locais


e sobrevivência neste ambiente do potranspiração; 87,5 bilhões (15%) preferenciais de agricultura. As áreas

Brasil. pelo escoamento superficial e 38,7 de encosta e topo podem ser sub-

Por tratar-se de uma região com bilhões (7%) pela infiltração e escoa- divididas em quatro subcategorias: 1)


características naturais complexas e mento subterrâneo (AMAZÔNIA, áreas de encostas úmidas; 2) áreas

altamente heterogêneas em relação à 1998). Outro exemplo ilustrativo para das chapadas; 3) áreas planas a

chuva, ao solo e a vegetação a região avaliar a oferta de água no semi-árido onduladas secas sedimentares de


semi-árida representa um enorme pode ser feito a partir do volume de baixa fertilidade; e 4) áreas planas

desafio para o uso e o manejo do solo água gerado pela pior seca que a onduladas secas do cristalino e

e da água em sistemas agrícolas ocorreu na região. No entanto, o pro- sedimentares de boa fertilidade.


sustentáveis. Nestas condições é blema está na distribuição pluvio- Exceto a primeira, mais usada para

muito arriscado e difícil propor métrica, cuja concentração em ape- agricultura, a maior parte das res-

soluções universais ou modelos nas dois a quatro meses no ano, tantes é usada para pecuária e ex-


prontos, mesmo que testados em associada aos elevados índices de tração de lenha quando ainda pos-

ambientes semelhantes, para o uso e evaporação tornam ineficientes os suem resquícios de cobertura vege-

manejo do solo e água. Assim o sistemas de armazenamento super- tal nativa, sendo, pois aquelas que


presente texto tem com objetivo ficial de água como também sua apresentam impactos ambientais

apresentar as principais caracterís- disponibilidade para as plantas via significativos e resultantes da ação

ticas deste ambiente, com ênfase para solo. No período úmido as chuvas antrópica (SAM PAIO; SALCEDO,


as condições do Estado da Bahia, apresentam elevada intensidade que 1997).


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Figura 2 - Tipos de clima encontrados no semi-árido baiano. Adaptado de SEI (2003).


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Não obstante limitadas em vo- e profundidade efetiva. As principais profundidade média a rasos. Os



lume a flora e a fauna do semi-árido classes de solo que ocorrem no semi- Chernossolos têm pouca ocorrência


são das mais abundantes quanto a sua árido nordestino, segundo Jacomine em termos de extensão, ocupando


diversidade, apresentando múltiplas (1996), são: apenas a parte central do Ceará, Piauí


utilidades tanto para o homem quanto Latossolo Amarelo e Vermelho- e Bahia. A área de ocorrência destes



para os animais. Devido à intensidade Amarelo: são solos em avançado solos na região semi-árida é de


da aridez as condições ambientais estágio de intemperização, muito aproximadamente 1.312 km 2, que


são inóspitas para o estabelecimento evoluídos. Estas classes compre- constituem 0,2% da área total. As



de espécies sem adaptação. No semi- endem LATOSSOLOS de cores nor- alternativas de uso são limitadas não


árido os fatores climáticos são mais malmente amarelas e amarelo-aver- só pela falta de água como também


marcantes que outros fatores eco- melhadas, profundos, bem drenados, pelo relevo na maior parte da área



lógicos, na definição da cobertura porosos, friáveis, com horizonte su- onde ocorrem.


vegetal (CARVALHO, 1988). Por isso, ○
perficial pouco espesso e contendo Planossolos: solos típicos de


a vegetação da zona semi-árida é baixos teores em matéria orgânica, áreas de cotas baixas, planas ou sua-


vemente onduladas, onde o relevo


composta por espécies xerófilas, geralmente possuem textura média


lenhosas, deciduais, em geral espi- e menos freqüentemente argilosa. permite um excesso de água, mesmo


nhosas, com ocorrências de plantas Ocorrem também solos eutróficos. por um período relativamente curto.


As áreas onde predominam estes São solos rasos a pouco profundos.


suculentas e áfilas, de padrão tanto


arbóreo quanto arbustivas. Na Figura solos perfazem um total de 144.977 Ocupam grandes extensões na região,


3 apresenta-se uma síntese da ve- km2, constituem 19,4% da região das sobretudo na zona do Agreste de


caatingas e diversas culturas de Pernambuco e áreas de clima similar


getação característica do semi-árido


da Bahia. sequeiro podem ser cultivadas nos ao dos Estados do Ceará, Rio Grande


Os recursos hídricos de superfície mesmos. do Norte, Alagoas, Bahia, Sergipe e


Latossolo Vermelho-Escuro: são Paraíba. As áreas onde predominam


têm como principais representan-


tes os rios São Francisco, Parnaíba, mais escuros que os anteriores, bem estes solos perfazem um total de


Paraguaçu e Contas. Destes correm drenados, profundos, muito porosos, 78.500 km2 e constituem 10,5% da


inteiramente em território baiano o de textura argilosa ou média. São região semi-árida. São solos que



Paraguaçu e o de Contas. Os demais eutróficos com acidez moderada e apresentam limitações fortes ao uso

rios aparecem de forma intermiten- saturação por bases média a alta, agrícola em decorrência princi-

te, apenas nos períodos de chuva, tendo valores compreendidos entre palmente das altas concentrações de

50 e 85%. De um modo geral, são


desempenhando, contudo, um papel sódio trocável que tem abaixo da


fundamental na dinâmica de ocu- bastante cultivados com milho, superfície, más condições físicas

pação dos espaços nessa região feijão, algodão e mamona conforme (presença de horizontes adensados,

acontece na área ao sul de Irecê.


(CAR, 1995). pouco permeáveis) e da estrutura que


A geologia no ambiente semi- Ocupam aproximadamente 11.000 geralmente é colunar.


árido é bastante variável, porém com km2 ou 1,6% da área do semi-árido. Cambissolos: são rasos a pro-

São os solos utilizados preferen- fundos, bem drenados, de cores


predomínio de rochas cristalinas,


seguidas de áreas sedimentares e em cialmente para agricultura irrigada, amarelas, brunas e menos freqüen-

menor proporção encontram-se áreas devido ao relevo suave ondulado ou temente vermelhas e acinzentadas,

plano. textura média ou argilosa, com argila


de cristalino com uma cobertura


Luvissolos, Argissolos, Alissolos e

pouco espessa de sedimentos are- de atividade baixa e de alta a baixa


nosos ou areno-argilosos. Em conse- Nitossolos: essas classes compre- saturação por bases, com pH em água

qüência da diversidade de material de endem solos medianamente pro- usualmente entre 5,5 e 7,5. Ocorre

fundos a profundos, fortemente a


origem, de relevo e da intensidade em áreas de relevo variando de plano


de aridez do clima, verifica-se a moderadamente drenados. Distri- a forte ondulado, principalmente


ocorrência de diversas classes de solo buem-se por toda a zona semi-árida. sob vegetação de caatinga hipo e

As áreas onde predominam estes


no semi-árido, os quais se apresentam hiperxerófila. Na zona semi-árida


em grandes extensões de solos solos perfazem um total de 110.000 destacam-se as áreas da Bahia, so-

jovens e também solos evoluídos km 2 e constituem 14,7% da região. bretudo as de Irecê e municípios

São importantes não só pela exten- vizinhos e no Sudoeste, nos mu-


e profundos (JACOMINE, 1996;


REBOUÇAS, 1999). Essa distribuição são que ocupam como também nicípios de Malhada e Palmas de

no Estado da Bahia é mostrada na por sustentarem várias culturas. As Monte Alto, além de outras distri-

alternativas de uso destes solos va- buídas pelo Estado. As áreas onde

Figura 4. De modo geral, os solos


riam muito, em decorrência da va-

são poucos profundos, apresen- predominam estes solos perfazem um


tam boa fertilidade química e pH riação das características dos solos e total de 27.500 km 2 e constituem

normalmente em torno da neutra- da ampla distribuição por toda a 3,6% da região estudada.

região, sob diversas condições de


lidade, mas podendo tornar-se alca- Vertissolos: normalmente variam


lino nas áreas calcárias (CHAVES e relevo e aridez mais ou menos acen- de pouco profundos a profundos

KINJO, 1987). Estão sujeitos a ero- tuada. podendo ocorrer solos rasos, são

Chernossolos: apresentam como


são devido à intensidade das chu- moderados ou imperfeitamente dre-


vas torrenciais, baixa permeabilidade características boa drenagem e nados, de permeabilidade lenta ou

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muito lenta, baixa condutividade de estocásticos os eventos chuvosos de baixa qualidade para a irrigação.



hidráulica e horizonte superficial apresentam-se em algumas épocas e A salinidade degrada o solo por afetar


pouco desenvolvido, com baixos locais com grande intensidade, o que as relações hídricas e todo o balanço


teores em matéria orgânica. Esses associado à baixa eficiência da de energia e nutrição no complexo


solos são muito plásticos e muito vegetação para proteger solos com de relações solo-água-planta.



pegajosos devido ao predomínio de erodibilidade alta, resulta em eventos Para muitos autores e estudiosos


argilas com alta capacidade de erosivos de grande magnitude. a salinização é a mais importante


contração e expansão. Ocorrem em Leprun (1986) estudou detalhada- causa de degradação dos solos do



áreas planas, suavemente onduladas, mente as chuvas do semi-árido semi-árido e ocorre principalmente


depressões e locais de antigas lagoas. visando determinar a agressividade nas áreas irrigadas. Segundo a FAO


Na região das caatingas destacam-se climática das mesmas neste am- (1996) esse problema afeta em


biente. Estabeleceu relações e todo o planeta aproximadamente


as áreas de Juazeiro e Baixio do Irecê


na Bahia, Souza na Paraíba e outras ○ verificou que existem correlações 80.000.000 hectares de terras. Estima-


distribuídas esparsamente por vários estreitas entre o fator erosividade da se que o Nordeste teria 31.600 km2


Estados. As áreas onde predominam chuva e a precipitação média anual de terras com restrições de apro-



estes solos perfazem um total de para as condições nordestinas. veitamento por sodicidade e/ou


10.187 km 2 e constituem 1,3% da Segundo aquele autor, mesmo com salinidade, nos diversos ambientes


região das caatingas. O uso agrícola as imprecisões devidas às inde- da região, sendo apenas 2.000 km2



destes solos tem fortes limitações finições de abrangência e ou falta de no semi-árido, ou seja, menos de


decorrentes das condições físicas dados, existem no semi-árido seis 0,3% de sua área total. No entanto,


desfavoráveis. Em contraposição zonas de erosividade, que são as o problema da salinidade estaria


diretamente relacionado com as áreas


possuem uma grande riqueza de seguintes: Sertão seco R < 230; Sertão


nutrientes que constitui uma ca- mais seco 230 < R < 340; Sertão de irrigação. Registros de literatura


racterística muito favorável para as úmido, agreste e brejo 340 < R < 500; indicam que 50% da área irrigada


Agreste úmido, zona pré-amazônica no Nordeste estariam afetadas pela


plantas.


Neossolos: são solos constituídos e mata interior 500 < R < 730; Mata salinidade, notadamente nos perí-


por material mineral ou material litoral úmida 730 < R < 1000; Mata metros que utilizam água de açudes,

litoral muito úmida R > 1000. ○ cuja qualidade, de maneira geral, não


orgânico pouco desenvolvidos, não

havendo modificações expressivas do A distribuição espacial da ero- é muito adequada para irrigação

material originário. As características dibilidade do solo no semi-árido (SAMPAIO; SALCEDO, 1997).


nordestino mostra que 11% da su- Porém a degradação do solo nas


morfológicas e físicas destes solos


variam muito, principalmente em perfície total do Nordeste apresenta áreas irrigadas não decorre somente

função da natureza dos sedimentos erodibilidade forte, 59,4% erodi- da salinização. Outros problemas

originários. Quanto às caracterís- bilidade moderada e 29,5% erodibili- relacionados ao manejo do solo e


ticas químicas, há também grande dade fraca. As áreas de forte principalmente da água contribuem

variação, ocorrendo solos desde erodibilidade são localizadas princi- para a elevação do lençol freático em

ácidos até alcalinos. Distribuem-se palmente nos Estados do Ceará e da muitos perímetros cuja fonte de água


por toda região do semi-árido pos- Bahia, onde é possível identificar são os rios. Um exemplo bem típico

suem maiores extensões nos Esta- eventos erosivos de grandes mag- deste tipo de degradação foi relata-

dos da Bahia, Ceará, Rio Grande do nitudes, como os da Figura 5, do por Melo Filho (1994), quando

avaliou as condições de uso e manejo


Norte, Piauí, Alagoas e Pernambuco. registrados na região de Irecê – BA.


As áreas onde predominam estes Assim, o risco de degradação física do solo e dá água no perímetro ir-

solos perfazem um total de 118.312 do solo pela erosão é muito elevado rigado do Brumado, localizado no

km 2 e constituem 15,7% da região quando as condições de erosividade município de Livramento – BA. Neste


semi-árida. e erodibilidade se associam ao relevo perímetro toda a pressão necessária


acidentado. Considerando a baixa para girar os aspersores em qual-


efetividade da proteção vegetal essa quer ponto do projeto é gerada na



é uma situação que favorece a cachoeira de Livramento - BA, cuja


Degradação desagregação inicial das partículas do barragem está localizada em altitude


solo, o escorrimento superficial das superior a da área irrigada, portanto


das terras

águas e em algumas situações mais sem custo energético. Certamente


intensas o desenvolvimento de erosão por esta razão o uso da água no


semi-áridas

em voçorocas de grandes dimensões. perímetro ocorria de forma errada e



A degradação química dos solos em excesso. Como conseqüência


A degradação física do solo nas no semi-árido deve-se principalmente Melo Filho (1994) identificou eleva-

zonas semi-áridas está relacionada ao acúmulo de sais no perfil do solo ção do lençol freático e problemas de


diretamente com a erosão, princi- devido à presença de material de inundação e salinização em vários

palmente a hídrica, tendo em vista origem salino, aos baixos índices de lotes.

que a erosão eólica, apesar de existir, pluviosidade e a elevada evaporação A degradação biológica está

apresenta-se localizada e decorre de


da água na superfície do solo, tudo relacionada com a matéria orgâni-


situações muito específicas. Apesar isso associado à utilização de água ca do solo, cujo conteúdo é natural-

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Figura 3 - Tipos de vegetações que ocorrem no semi-árido baiano. Adaptado de SEI (2003).
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Figura 4 - Classes de solo que ocorrem na região do semi-árido baiano. Adaptado de SEI (2003).
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mente baixo, em conseqüência das a vegetação como forma de induzir a mudanças em relação à adoção de



características da vegetação e do rebrota vegetal e atrair animais métodos sustentáveis para uso dos


clima. Assim, o fornecimento de facilitando sua captura. O processo recursos naturais, o enfoque apenas


matéria orgânica para o sistema é de colonização do Brasil, no qual a tecnológico, como ferramenta para


limitado pela baixa produção de


ocupação do solo se deu inicialmente alcançar a sustentabilidade dos


biomassa vegetal, o que contribui através da pecuária, introduzida na sistemas agrícolas no semi-árido não


juntamente com o acentuado déficit região por volta de 1635, intensificou é a estratégia mais indicada afirma


de umidade para diminuir tanto a a pressão sobre os recursos naturais


Mattos (2000). Então, como resolver


atividade quanto à diversidade da caatinga em conseqüência das essa questão? Na realidade imagina-


da fauna edáfica. Nestas condições, demandas por alimentos para a se que esta é uma situação complexa


onde a precipitação anual é menor população que aumentava. Para


cujo equacionamento requer uma


que a evapotranspiração, a umidade tanto, foram aplicadas técnicas estratégia de cooperação entre as


é baixa, a temperatura e os teores de ○
agrícolas próprias para o clima tem- várias instituições que já trabalham


carbonatos de cálcio são elevados, há perado, sem qualquer adaptação.


neste ambiente para sistematizar e


uma facilidade muito grande para a Neste modelo, desbravava-se a vege- organizar as informações tecnoló-


mineralização do húmus, resultando tação do semi-árido e queimava-se gicas já existentes e a partir do relato


em uma diferença negativa entre a indiscriminadamente. A vegetação


e registro das experiências individuais


incorporação e a perda de matéria sofreu duramente os efeitos destas desenvolverem um novo modelo de


orgânica. Todo esse processo é ainda práticas com perdas significativas ação, mais eficiente que os atual-


acentuado pela retirada dos resíduos da diversidade florística e faunís-


mente utilizados, sobretudo, quanto


da biomassa quando a erosão remove tica (ARAÚJO FILHO; CARVALHO, à articulação institucional e enfo-


as camadas mais superiores do solo. 1996; MENEZES e SAMPAIO, 2000; que. Como exemplo deste tipo de


Esse tipo de degradação influencia ARAÚJO FILHO, 2002).


ação pode-se citar a experiência


também na perda de nutrientes e Este modelo nômade, com base de policultura que foi desenvol-


microorganismos benéficos, que são na seqüência derrubada – queimada
vida pelo Engenheiro Agrônomo


arrastados pelas chuvas que escorrem – plantio – pousio tornou-se tra-


Henrique Souza junto com Instituto
na superfície do solo (RAYA, 1996).


dicional e é usado até hoje. Para o
de Permacultura da Bahia e ou-

semi-árido, onde são necessários 45


tros parceiros nos municípios de

anos para que a vegetação possa se


Cafarnaum, Orolândia e Umburanas.


Agricultura

recuperar, o atual período de pousio,


Trata-se de um projeto destinado à

abaixo de dez anos, confere a este


sustentável no

capacitação de pequenos agricultores


sistema total ineficiência quanto à

familiares para a implementação


sustentação ecológica e econômica.


semi-árido de agricultura sustentável, que con-

Outro aspecto relevante em rela-


sideramos o enfoque mais apropriado


ção ao ambiente semi-árido está re-

O conceito de sustentabilidade para as condições de semi-aridez que


lacionado à legislação ambiental


conhecemos (Figura 6). A policultura

para o uso dos recursos naturais brasileira e como esse ecossistema se


define que sistemas sustentáveis é uma idéia bem concebida de di-


insere na mesma. Esta situação foi

são aqueles que “maximizam os versificação biológica em que são


registrada por Santana (2002), quando


utilizadas diversas espécies vegetais

benefícios sócio-econômicos da estudou a importância da proteção


geração presente, preservando a simultaneamente em uma mesma


legal da caatinga na relação água/

qualidade ambiental e a capacida- área, cujos resultados em termos de


desertificação. Esta autora verificou


potencial para produção de biomassa

de de produção para as gerações que a caatinga não recebeu o tra-


futuras” (SAMPAIO; SALCEDO, para consumo humano, cobertura


tamento especial estabelecido pela

1997). constituição brasileira para os prin- do solo e produção de biodiesel de


mamona são impressionantes. No


Por outro lado admite-se que cipais ecossistemas nacionais no que


agricultura é uma atividade com trata a proteção da cobertura vegetal, entanto, ainda precisa de estudos sis-

elevado grau de impacto ambiental, ou seja, não está incluída no conceito temáticos para que possa ser reco-

mendado não só para as funções


devido à remoção da vegetação de patrimônio nacional. Segundo a


nativa, exposição do solo às forças autora, essa lacuna legal em relação acima, mas também como sistema

erosivas da chuva e uso de insumos à caatinga cria uma jurisprudência potencial de seqüestro de carbono,

o que introduziria um novo e impor-


químicos. Esta situação potencializa- que contribui para a impunidade


se, nas condições de semi-aridez, daqueles que degradam os recursos tante enfoque para a agricultura no

naturais neste bioma e dificulta enor- semi-árido, qual seja o ambiental,


onde os ecossistemas são natural-


mente mais frágeis. memente as ações de controle e ges- com todas as conseqüências positivas

Os povos indígenas que viviam tão ambiental. decorrentes deste tipo de inserção

Se a tradição faculta o exercício no mundo globalizado, incluindo os


nestas zonas do território brasileiro já


utilizavam a vegetação como fonte de de sistemas de produção associados créditos financeiros por contribuir

alimento para sua sobrevivência. Há a elevado nível de degradação e para a melhoria da qualidade de vida

não há proteção legal para impor no planeta.


registro do uso do fogo para queimar


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Socioeconomia


















a a




















b b


















c c



















d d


Figura 5 - Eventos erosivos de ocorrência no semi-árido da Bahia, Figura 6 - Aspectos da experiência com a policultura. a) semi-

região de Irecê: a) erosão laminar severa em área sob uso com árido típico da Bahia; b) sistema policultura na fase inicial;

mamona; b) voçoroca em área com vegetação natural removida c) sistema policultura plenamente desenvolvido; d) capacitação

para uso com culturas anuais; c) deposição de material erodido e conscientização de um grupo de produtores no sistema po-

com impacto sobre a residência do produtor; d) voçoroca em área licultura. Fotos: Henrique Souza.

de pastagem natural. Fotos: jfmelo


Bahia Agríc., v.7, n.3, nov. 2006 59


Socioeconomia
Para que experiências do tipo REFERÊNCIAS FAO. Land and water development: science



policultura possam ser adequada- and technology for sustainable development,


part 2. Roma: 1996.
mente aproveitadas imagina-se que


AB‘SABER, A. Domínios morfoclimáticos e
a criação de um grupo de pesquisa


solos do Brasil. In: ALVAREZ V, V.H.; JACOMINE, P. K. T. Solos sob caatinga:


estadual interinstitucional e multi- FONTES, L.E.F.; FONTES, M.P.F. O solo nos


características e uso agrícola. In: ALVAREZ,
disciplinar, com objetivo de res- grandes domínios morfoclimáticos do Brasil


V. H.; FONTES, L. E. F.; FONTES, M. P. F. O
e o desenvolvimento sustentado. Viçosa:


gatar, sistematizar e disponibilizar solo nos grandes domínios morfoclimáticos do


SBCS; UFV, DPS, 1996. p.1-18.
os dados referentes a estudos bá- Brasil e o desenvolvimento sustentado.


Viçosa: SBCS; UFV, DPS, 1996. p.95-133.


sicos já existentes em escala mu- AB‘SABER, A. Problemática da desertificação


nicipal para a região semi-árida e da sanilização no Brasil intertropical.


geomorfologia. São Paulo: USP/Instituto de LEPRUN, J. C. Relatório de fim de convênio
baiana seria a primeira e necessária


Geografia. 1977. 19p. de manejo e conservação do solo no Nordeste


providência para a intervenção ○

brasileiro (1982 – 1983). Recife: SUDENE-


posterior de todos os órgãos do AMAZÔNIA. Ministério do Meio Ambiente,


DRN, 1986. 271p.
dos Recursos Hídricos. Desertificação: carac-


Estado ligados ao desenvolvimento
terização e impactos. Brasília: 1998. 84 p.


do sertão. Nestes órgãos torna-se MATTOS, L. C. Formulação de hipótese na


imprescindível à criação de grupos busca da sustentabilidade dos sistemas


ARAÚJO FILHO, J. A. de. Histórico de uso dos


de excelência, cujo trabalho tenha solos na caatinga. In. ARAÚJO, Q. R. de. 500 agrícolas. In: OLIVEIRA, T. S. de et al.


anos de uso do solo no Brasil. Ilhéus: Editus, Agricultura, sustentabilidade e o semi-árido
como tema único o semi-árido.


2002. p.329-338. brasileiro. Fortaleza: SBCS; UFC, 2000.


Seriam profissionais com estrutura p.58-69.


e esforço técnico voltado para ARAÚJO FILHO, J. A. de; CARVALHO, F. C.


explorar, coletar e divulgar o grande de. Desenvolvimento sustentado da caatinga.


MELO FILHO, J. F. O perímetro irrigado do
In: ALVAREZ V, V. H.; FONTES, L. E. F.;


número de resultados e experiências FONTES, M. P. F. O solo nos grandes
Brumado. Salvador, A Tarde, Salvador: 17 fev.


já existentes, mas fora do alcance 1994. Caderno A Tarde Rural, p.11.


domínios morfoclimáticos do Brasil e o


da comunidade técnica, científica desenvolvimento sustentado. Viçosa: SBCS;


UFV, DPS, 1996. p.125-133. MENEZES, R. S. C.; SAMPAIO, E. V. de S. B.
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Agricultura sustentável no semi-árido
importante seria fomentar através


BARBOSA, D. V. N. Os impactos da seca de nordestino. In: OLIVEIRA, T. S. de et al.

da agência estadual de desenvol- 1993 no Semi-Árido Baiano: caso de Irecê. Agricultura, sustentabilidade e o semi-árido

vimento científico a realização de Salvador: SEI, 2000. (Série estudos e pesquisa,


brasileiro. Fortaleza: SBCS; UFC, 2000.


51).

pesquisas regionais visando resolver p.20-46.


problemas específicos e ou desen- BRASIL. Ministério do Meio Ambiente,


volver modelos de exploração NOGUEIRA, M. Redimensionamento da


dos Recursos Hídricos. Desertificação:


região semi-árida do Nordeste do Brasil.

sustentável dos recursos naturais caracterização e impactos. Brasília: 1998.


84p. CONFERÊNCIA NACIONAL E SEMINÁRIO


solo, água e vegetação. Estabe-

LATINO-AMERICANO DA DESERTIFICAÇÃO.

leceria-se com isto um novo para- BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Fortaleza: 1994. p.7.

digma para o financiamento da Projeto Radam Brasil. Folha SD24. Salvador:


geologia, geomorfologia, pedologia,


pesquisa. Grupos seriam convida- RAYA, A. M. Degradacion de tierras en

vegetação e uso potencial da terra. Rio de


dos para resolver problemas e regiones semiáridas. In. CONGRESSO


Janeiro: 1981. 624 p. (Levantamento de

LATINO AMERICANO DE CIENCIA DO


desenvolver métodos com prazos e recursos naturais, v. 24).

SOLO. 13., 1996. Águas de Lindóia. Anais...


objetivos definidos. Poderiam ser


Águas de Lindóia: EMBRAPA, 1996. CD-ROM.

CARVALHO, O. de. A economia política do


incentivadas desde as ações vol-

Nordeste: secas irrigação e desenvolvimento.


tadas para estudos básicos, desen-

Rio de Janeiro: Campus, 1988. REBOUÇAS, A. Potencialidade de água


volvimento e adaptação de técnicas, subterrânea no semi-árido brasileiro. In.


CHAVES, L. H. G.; KINJO, T. Relação CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE CAP-


quanto à divulgação de experiên-

quantidade/intensidade de potássio em solos TAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, 9., 1999.


cias já testadas. do trópico semi-árido brasileiro. Revista


Anais... Petrolina, 1999.


Finalizando, sugerem-se três Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, SP,

grandes linhas para as ações de v.11, n.3, p.257-261, 1987.


SANTANA, A. C. A. Importância da proteção


pesquisa e desenvolvimento em legal da caatinga na relação água-deser-


CAR (BA). Qualidade ambiental no semi-árido


manejo de solo no semi-árido da

da Bahia. Salvador, 1995. 65p. (Série tificação. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL


Bahia: 1. Identificação de plantas do Cadernos CAR, 17). CYTED. Um enfoque integrado para gestão

semi-árido com potencial para sustentável da água: experiências em regiões


EMBRAPA. CPATSA. Diagnóstico do semi- semi-áridas. Resumos. Salvador, 2002.


cobertura do solo, produção de

árido: o meio ambiente. Disponível em:


mulch e ciclagem de nutrientes; 2. <www.cpatsa.embrapa.br>. Acesso em: 03


SAMPAIO, E. V. S. B.; SALCEDO, I. H.


Identificação de microorganismos nov.2003.

Diretrizes para o manejo sustentável dos


benéficos para a fixação de nu- solos brasileiros: região semi-árida. In. CON-
EMBRAPA. Rede Nacional de Agromete-

trientes e, 3. Qualidade do solo para GRESSO BRASILEIRO DE CIENCIA DO SOLO,


rologia. Precipitação média do semi-árido


o fornecimento de água para as

baiano. Disponível em: <www. embrapa.br>. 26., 1997. Anais... Rio de Janeiro: EMBRAPA,

plantas. Acesso em: 15 dez. 2003. 1997. CD-ROM.


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