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O manejo e a
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conservação do solo
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no Semi-árido baiano: ○
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s ambientes áridos existentes em média, pode-se estimar a su-
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no planeta terra são inteira- perfície mundial semi-árida, varian- estados em seu total, abrangendo o
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mente diferentes quanto às do entre 10 e 13% das terras do norte dos Estados de Minas Gerais e
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formas de relevo, solo, fauna, flora planeta (RAYA, 1996). Considerando- do Espírito Santo, os sertões da Bahia,
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e balanço hídrico. Por esta razão de- se apenas o regime pluviométrico de Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
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vido à falta de informações e crité- até 800 mm de chuvas anuais pode- Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará,
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rios universais não é fácil definir pre- se estimar que estas terras estão Piauí e uma parte do sudeste do
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cisamente o conceito e a abrangên- distribuídas em 49 nações e cinco Maranhão, ocupando uma área total
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cia das zonas semi-áridas. No mun- continentes. No Brasil em particular, equivalente aos territórios somados
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do e mesmo no Brasil existem di- o semi-árido ocupa uma vasta área, da França e Alemanha (NOGUEIRA,
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versas proposições e índices para entre 750.000 a 850.000 km2, equi- 1994; EMBRAPA 2003).
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caracterizar as áreas de semi-aridez, valente a 48% da área total da re- Oficialmente 57% do território
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os quais usam, geralmente, a pre- gião Nordeste e a 10% do território da Bahia encontram-se inseridos na
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cipitação e a temperatura como pa- nacional (AB’SABER, 1996; BARBOSA, zona semi-árida brasileira (Figura 1).
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râmetros de enquadramento. Talvez 2000). O semi-árido brasileiro é um São 320.211 km2 de área, correspon-
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abrangência mundial deste tipo de também mais úmidos do mundo. totalmente e 128 parcialmente in-
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ambiente sejam muito variáveis entre Vivem nessa região mais de dezoi- seridos na zona semi-árida (BARBOSA,
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2000).
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*Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Agronomia/Solos e Nutrição de Plantas, Professor do Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, Cruz das Almas - BA; e-mail: jfmelo@ufba.br
**Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Ciências Agrárias do Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais da UFRB, Cruz das Almas – BA;
e-mail: andreleo1@yahoo.com.br
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Figura 1 - Abrangência espacial da região semi-árida no Estado da Bahia, segundo SUDENE Resolução nº 10929/94.
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Nordeste brasileiro reportam-se aos a principal característica a ser consi- rimento superficial contribuem acen-
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fins do Terciário e ao inicio do Quar- derada nas proposições de interven- tuadamente para reduzir o apro-
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tenário, quando alterações bruscas, ção para promover o desenvolvi- veitamento da água caída. Essa
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mento das atividades ligadas ao uso
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de origem planetária, provocaram situação de baixa efetividade da
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mudanças de grande magnitude, dos recursos naturais no semi-árido chuva associada com a reduzida
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gerando vastos aplainamentos, que baiano. capacidade de armazenamento de
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água no solo coincide com os meses
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deram origens às depressões inter-
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planálticas semi-áridas do nordeste mais secos e de temperaturas ele-
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(AB’SABER, 1977). Por isso o relató- vadas. Estas condições determinam a
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Características quantidade e o tipo de vegetação que
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rio do projeto Radam Brasil (BRASIL,
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1981), admite não haver mais dúvida tem condições de viver nesta zona
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da zona semi-
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quanto à antigüidade, permanência ambiental.
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O semi-árido nordestino é um dos
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e estabilidade das condições regio-
árida nordestina
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nais de semi-aridez e da vegetação mais úmidos do planeta. Na maioria
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adaptada. Essa afirmação funda- das zonas áridas de outros países, a
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Para caracterizar as regiões semi- precipitação média anual é da ordem
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menta-se, principalmente, na loca-
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lização dessa região, nitidamente áridas, internacionalmente definiu-se de 80 a 250 mm. No trópico semi-
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marginal e isolada de outros am- um Índice de Aridez (IA) com base árido da Bahia, por exemplo, a média
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bientes zonais áridos e semi-áridos na razão entre a precipitação e a de precipitação anual é de 750 mm.
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tropicais e subtropicais do planeta. evapotranspiração potencial e con- O total de chuvas que cai na região
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“O semi-árido brasileiro não é um siderando a água que evaporaria se semi-árida como um todo, equivale
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mero segmento de um cinturão zonal houvesse água e vegetação o ano a um volume 20 vezes superior ao da
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de áreas semi-áridas tropicais ou todo. Nas regiões semi-áridas do barragem de Sobradinho, que é o
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subtropicais, muito pelo contrário, mundo esse índice fica entre 0,21 e maior reservatório de água do
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trata-se de um dos raros exemplos 0,50. No semi-árido nordestino, este Nordeste brasileiro. A Figura 2 ilustra
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de domínios morfoclimáticos inter- valor é de 0,35. Mas considerar bem os tipos e a diversidade de climas
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tropicais secos. Em seus limites apenas esse índice pode ser insu- encontrados na região semi-árida da
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destino faz transições para faixas de conta outros elementos, entre eles: Ao contrário do pensamento ge-
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climas sub-úmidos, que o envolve o começo da estação úmida, que neralizado a região semi-árida do
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pela maior parte de seus quadrantes, é incerto, e a concentração da Brasil não é homogênea quanto a
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a exemplo da zona da mata atlântica, precipitação, que chega a 95% condições ambientais e apresenta
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amazônia maranhense e cerrado durante a estação chuvosa e é muito elevada diversidade de unidades
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brasileiro” (AB’SABER, 1996). variável de um ano para outro. Em geoambientais. Nas zonas onde não
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Admite-se assim, que a caatinga condições normais, chove mais de é possível a irrigação encontram-se
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brasileira não é resultado da degra- 1.000 mm, nesta região, gerando um áreas de vales e áreas de encosta e
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dação antrópica, como em outras volume total estimado de chuva de topo. Por sua posição topográfica as
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regiões do mundo, podendo-se 581 bilhões de m³ por ano, assim áreas de vales possuem, em geral,
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atribuir ao homem, apenas o mau uso distribuídos: 454,8 bilhões de m³ maior disponibilidade hídrica, e,
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dos recursos naturais para ocupação (78%) são consumidos pela eva- conseqüentemente, são os locais
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e sobrevivência neste ambiente do potranspiração; 87,5 bilhões (15%) preferenciais de agricultura. As áreas
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Brasil. pelo escoamento superficial e 38,7 de encosta e topo podem ser sub-
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Por tratar-se de uma região com bilhões (7%) pela infiltração e escoa- divididas em quatro subcategorias: 1)
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características naturais complexas e mento subterrâneo (AMAZÔNIA, áreas de encostas úmidas; 2) áreas
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altamente heterogêneas em relação à 1998). Outro exemplo ilustrativo para das chapadas; 3) áreas planas a
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chuva, ao solo e a vegetação a região avaliar a oferta de água no semi-árido onduladas secas sedimentares de
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semi-árida representa um enorme pode ser feito a partir do volume de baixa fertilidade; e 4) áreas planas
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desafio para o uso e o manejo do solo água gerado pela pior seca que a onduladas secas do cristalino e
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e da água em sistemas agrícolas ocorreu na região. No entanto, o pro- sedimentares de boa fertilidade.
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sustentáveis. Nestas condições é blema está na distribuição pluvio- Exceto a primeira, mais usada para
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muito arriscado e difícil propor métrica, cuja concentração em ape- agricultura, a maior parte das res-
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soluções universais ou modelos nas dois a quatro meses no ano, tantes é usada para pecuária e ex-
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prontos, mesmo que testados em associada aos elevados índices de tração de lenha quando ainda pos-
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ambientes semelhantes, para o uso e evaporação tornam ineficientes os suem resquícios de cobertura vege-
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manejo do solo e água. Assim o sistemas de armazenamento super- tal nativa, sendo, pois aquelas que
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presente texto tem com objetivo ficial de água como também sua apresentam impactos ambientais
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apresentar as principais caracterís- disponibilidade para as plantas via significativos e resultantes da ação
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ticas deste ambiente, com ênfase para solo. No período úmido as chuvas antrópica (SAM PAIO; SALCEDO,
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Socioeconomia
Não obstante limitadas em vo- e profundidade efetiva. As principais profundidade média a rasos. Os
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lume a flora e a fauna do semi-árido classes de solo que ocorrem no semi- Chernossolos têm pouca ocorrência
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são das mais abundantes quanto a sua árido nordestino, segundo Jacomine em termos de extensão, ocupando
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diversidade, apresentando múltiplas (1996), são: apenas a parte central do Ceará, Piauí
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utilidades tanto para o homem quanto Latossolo Amarelo e Vermelho- e Bahia. A área de ocorrência destes
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para os animais. Devido à intensidade Amarelo: são solos em avançado solos na região semi-árida é de
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da aridez as condições ambientais estágio de intemperização, muito aproximadamente 1.312 km 2, que
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são inóspitas para o estabelecimento evoluídos. Estas classes compre- constituem 0,2% da área total. As
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de espécies sem adaptação. No semi- endem LATOSSOLOS de cores nor- alternativas de uso são limitadas não
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árido os fatores climáticos são mais malmente amarelas e amarelo-aver- só pela falta de água como também
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marcantes que outros fatores eco- melhadas, profundos, bem drenados, pelo relevo na maior parte da área
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lógicos, na definição da cobertura porosos, friáveis, com horizonte su- onde ocorrem.
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vegetal (CARVALHO, 1988). Por isso, ○
perficial pouco espesso e contendo Planossolos: solos típicos de
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a vegetação da zona semi-árida é baixos teores em matéria orgânica, áreas de cotas baixas, planas ou sua-
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vemente onduladas, onde o relevo
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composta por espécies xerófilas, geralmente possuem textura média
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lenhosas, deciduais, em geral espi- e menos freqüentemente argilosa. permite um excesso de água, mesmo
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nhosas, com ocorrências de plantas Ocorrem também solos eutróficos. por um período relativamente curto.
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As áreas onde predominam estes São solos rasos a pouco profundos.
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suculentas e áfilas, de padrão tanto
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arbóreo quanto arbustivas. Na Figura solos perfazem um total de 144.977 Ocupam grandes extensões na região,
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3 apresenta-se uma síntese da ve- km2, constituem 19,4% da região das sobretudo na zona do Agreste de
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caatingas e diversas culturas de Pernambuco e áreas de clima similar
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getação característica do semi-árido
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da Bahia. sequeiro podem ser cultivadas nos ao dos Estados do Ceará, Rio Grande
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Os recursos hídricos de superfície mesmos. do Norte, Alagoas, Bahia, Sergipe e
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Latossolo Vermelho-Escuro: são Paraíba. As áreas onde predominam
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têm como principais representan-
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tes os rios São Francisco, Parnaíba, mais escuros que os anteriores, bem estes solos perfazem um total de
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Paraguaçu e Contas. Destes correm drenados, profundos, muito porosos, 78.500 km2 e constituem 10,5% da
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inteiramente em território baiano o de textura argilosa ou média. São região semi-árida. São solos que
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Paraguaçu e o de Contas. Os demais eutróficos com acidez moderada e apresentam limitações fortes ao uso
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rios aparecem de forma intermiten- saturação por bases média a alta, agrícola em decorrência princi-
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te, apenas nos períodos de chuva, tendo valores compreendidos entre palmente das altas concentrações de
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fundamental na dinâmica de ocu- bastante cultivados com milho, superfície, más condições físicas
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pação dos espaços nessa região feijão, algodão e mamona conforme (presença de horizontes adensados,
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árido é bastante variável, porém com km2 ou 1,6% da área do semi-árido. Cambissolos: são rasos a pro-
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seguidas de áreas sedimentares e em cialmente para agricultura irrigada, amarelas, brunas e menos freqüen-
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menor proporção encontram-se áreas devido ao relevo suave ondulado ou temente vermelhas e acinzentadas,
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nosos ou areno-argilosos. Em conse- Nitossolos: essas classes compre- saturação por bases, com pH em água
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qüência da diversidade de material de endem solos medianamente pro- usualmente entre 5,5 e 7,5. Ocorre
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ocorrência de diversas classes de solo buem-se por toda a zona semi-árida. sob vegetação de caatinga hipo e
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em grandes extensões de solos solos perfazem um total de 110.000 destacam-se as áreas da Bahia, so-
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jovens e também solos evoluídos km 2 e constituem 14,7% da região. bretudo as de Irecê e municípios
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REBOUÇAS, 1999). Essa distribuição são que ocupam como também nicípios de Malhada e Palmas de
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no Estado da Bahia é mostrada na por sustentarem várias culturas. As Monte Alto, além de outras distri-
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alternativas de uso destes solos va- buídas pelo Estado. As áreas onde
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tam boa fertilidade química e pH riação das características dos solos e total de 27.500 km 2 e constituem
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normalmente em torno da neutra- da ampla distribuição por toda a 3,6% da região estudada.
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lino nas áreas calcárias (CHAVES e relevo e aridez mais ou menos acen- de pouco profundos a profundos
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KINJO, 1987). Estão sujeitos a ero- tuada. podendo ocorrer solos rasos, são
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vas torrenciais, baixa permeabilidade características boa drenagem e nados, de permeabilidade lenta ou
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hidráulica e horizonte superficial apresentam-se em algumas épocas e A salinidade degrada o solo por afetar
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pouco desenvolvido, com baixos locais com grande intensidade, o que as relações hídricas e todo o balanço
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teores em matéria orgânica. Esses associado à baixa eficiência da de energia e nutrição no complexo
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solos são muito plásticos e muito vegetação para proteger solos com de relações solo-água-planta.
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pegajosos devido ao predomínio de erodibilidade alta, resulta em eventos Para muitos autores e estudiosos
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argilas com alta capacidade de erosivos de grande magnitude. a salinização é a mais importante
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contração e expansão. Ocorrem em Leprun (1986) estudou detalhada- causa de degradação dos solos do
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áreas planas, suavemente onduladas, mente as chuvas do semi-árido semi-árido e ocorre principalmente
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depressões e locais de antigas lagoas. visando determinar a agressividade nas áreas irrigadas. Segundo a FAO
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Na região das caatingas destacam-se climática das mesmas neste am- (1996) esse problema afeta em
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biente. Estabeleceu relações e todo o planeta aproximadamente
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as áreas de Juazeiro e Baixio do Irecê
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na Bahia, Souza na Paraíba e outras ○ verificou que existem correlações 80.000.000 hectares de terras. Estima-
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distribuídas esparsamente por vários estreitas entre o fator erosividade da se que o Nordeste teria 31.600 km2
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Estados. As áreas onde predominam chuva e a precipitação média anual de terras com restrições de apro-
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estes solos perfazem um total de para as condições nordestinas. veitamento por sodicidade e/ou
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10.187 km 2 e constituem 1,3% da Segundo aquele autor, mesmo com salinidade, nos diversos ambientes
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região das caatingas. O uso agrícola as imprecisões devidas às inde- da região, sendo apenas 2.000 km2
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destes solos tem fortes limitações finições de abrangência e ou falta de no semi-árido, ou seja, menos de
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decorrentes das condições físicas dados, existem no semi-árido seis 0,3% de sua área total. No entanto,
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desfavoráveis. Em contraposição zonas de erosividade, que são as o problema da salinidade estaria
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diretamente relacionado com as áreas
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possuem uma grande riqueza de seguintes: Sertão seco R < 230; Sertão
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nutrientes que constitui uma ca- mais seco 230 < R < 340; Sertão de irrigação. Registros de literatura
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racterística muito favorável para as úmido, agreste e brejo 340 < R < 500; indicam que 50% da área irrigada
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Agreste úmido, zona pré-amazônica no Nordeste estariam afetadas pela
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plantas.
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Neossolos: são solos constituídos e mata interior 500 < R < 730; Mata salinidade, notadamente nos perí-
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por material mineral ou material litoral úmida 730 < R < 1000; Mata metros que utilizam água de açudes,
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litoral muito úmida R > 1000. ○ cuja qualidade, de maneira geral, não
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orgânico pouco desenvolvidos, não
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havendo modificações expressivas do A distribuição espacial da ero- é muito adequada para irrigação
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variam muito, principalmente em perfície total do Nordeste apresenta áreas irrigadas não decorre somente
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função da natureza dos sedimentos erodibilidade forte, 59,4% erodi- da salinização. Outros problemas
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originários. Quanto às caracterís- bilidade moderada e 29,5% erodibili- relacionados ao manejo do solo e
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ticas químicas, há também grande dade fraca. As áreas de forte principalmente da água contribuem
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variação, ocorrendo solos desde erodibilidade são localizadas princi- para a elevação do lençol freático em
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ácidos até alcalinos. Distribuem-se palmente nos Estados do Ceará e da muitos perímetros cuja fonte de água
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por toda região do semi-árido pos- Bahia, onde é possível identificar são os rios. Um exemplo bem típico
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suem maiores extensões nos Esta- eventos erosivos de grandes mag- deste tipo de degradação foi relata-
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dos da Bahia, Ceará, Rio Grande do nitudes, como os da Figura 5, do por Melo Filho (1994), quando
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As áreas onde predominam estes Assim, o risco de degradação física do solo e dá água no perímetro ir-
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solos perfazem um total de 118.312 do solo pela erosão é muito elevado rigado do Brumado, localizado no
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km 2 e constituem 15,7% da região quando as condições de erosividade município de Livramento – BA. Neste
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das terras
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A degradação física do solo nas no semi-árido deve-se principalmente Melo Filho (1994) identificou eleva-
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zonas semi-áridas está relacionada ao acúmulo de sais no perfil do solo ção do lençol freático e problemas de
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diretamente com a erosão, princi- devido à presença de material de inundação e salinização em vários
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palmente a hídrica, tendo em vista origem salino, aos baixos índices de lotes.
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que a erosão eólica, apesar de existir, pluviosidade e a elevada evaporação A degradação biológica está
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situações muito específicas. Apesar isso associado à utilização de água ca do solo, cujo conteúdo é natural-
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Figura 3 - Tipos de vegetações que ocorrem no semi-árido baiano. Adaptado de SEI (2003).
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Figura 4 - Classes de solo que ocorrem na região do semi-árido baiano. Adaptado de SEI (2003).
Socioeconomia
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Socioeconomia
mente baixo, em conseqüência das a vegetação como forma de induzir a mudanças em relação à adoção de
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características da vegetação e do rebrota vegetal e atrair animais métodos sustentáveis para uso dos
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clima. Assim, o fornecimento de facilitando sua captura. O processo recursos naturais, o enfoque apenas
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matéria orgânica para o sistema é de colonização do Brasil, no qual a tecnológico, como ferramenta para
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limitado pela baixa produção de
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ocupação do solo se deu inicialmente alcançar a sustentabilidade dos
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biomassa vegetal, o que contribui através da pecuária, introduzida na sistemas agrícolas no semi-árido não
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juntamente com o acentuado déficit região por volta de 1635, intensificou é a estratégia mais indicada afirma
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de umidade para diminuir tanto a a pressão sobre os recursos naturais
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Mattos (2000). Então, como resolver
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atividade quanto à diversidade da caatinga em conseqüência das essa questão? Na realidade imagina-
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da fauna edáfica. Nestas condições, demandas por alimentos para a se que esta é uma situação complexa
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onde a precipitação anual é menor população que aumentava. Para
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cujo equacionamento requer uma
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que a evapotranspiração, a umidade tanto, foram aplicadas técnicas estratégia de cooperação entre as
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é baixa, a temperatura e os teores de ○
agrícolas próprias para o clima tem- várias instituições que já trabalham
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carbonatos de cálcio são elevados, há perado, sem qualquer adaptação.
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neste ambiente para sistematizar e
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uma facilidade muito grande para a Neste modelo, desbravava-se a vege- organizar as informações tecnoló-
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mineralização do húmus, resultando tação do semi-árido e queimava-se gicas já existentes e a partir do relato
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em uma diferença negativa entre a indiscriminadamente. A vegetação
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e registro das experiências individuais
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incorporação e a perda de matéria sofreu duramente os efeitos destas desenvolverem um novo modelo de
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orgânica. Todo esse processo é ainda práticas com perdas significativas ação, mais eficiente que os atual-
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acentuado pela retirada dos resíduos da diversidade florística e faunís-
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mente utilizados, sobretudo, quanto
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da biomassa quando a erosão remove tica (ARAÚJO FILHO; CARVALHO, à articulação institucional e enfo-
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as camadas mais superiores do solo. 1996; MENEZES e SAMPAIO, 2000; que. Como exemplo deste tipo de
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Esse tipo de degradação influencia ARAÚJO FILHO, 2002).
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ação pode-se citar a experiência
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também na perda de nutrientes e Este modelo nômade, com base de policultura que foi desenvol-
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microorganismos benéficos, que são na seqüência derrubada – queimada
vida pelo Engenheiro Agrônomo
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arrastados pelas chuvas que escorrem – plantio – pousio tornou-se tra-
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Henrique Souza junto com Instituto
na superfície do solo (RAYA, 1996).
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dicional e é usado até hoje. Para o
de Permacultura da Bahia e ou-
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agricultura é uma atividade com trata a proteção da cobertura vegetal, entanto, ainda precisa de estudos sis-
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elevado grau de impacto ambiental, ou seja, não está incluída no conceito temáticos para que possa ser reco-
○
nativa, exposição do solo às forças autora, essa lacuna legal em relação acima, mas também como sistema
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erosivas da chuva e uso de insumos à caatinga cria uma jurisprudência potencial de seqüestro de carbono,
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se, nas condições de semi-aridez, daqueles que degradam os recursos tante enfoque para a agricultura no
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mente mais frágeis. memente as ações de controle e ges- com todas as conseqüências positivas
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Os povos indígenas que viviam tão ambiental. decorrentes deste tipo de inserção
○
utilizavam a vegetação como fonte de de sistemas de produção associados créditos financeiros por contribuir
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alimento para sua sobrevivência. Há a elevado nível de degradação e para a melhoria da qualidade de vida
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Figura 5 - Eventos erosivos de ocorrência no semi-árido da Bahia, Figura 6 - Aspectos da experiência com a policultura. a) semi-
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região de Irecê: a) erosão laminar severa em área sob uso com árido típico da Bahia; b) sistema policultura na fase inicial;
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mamona; b) voçoroca em área com vegetação natural removida c) sistema policultura plenamente desenvolvido; d) capacitação
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para uso com culturas anuais; c) deposição de material erodido e conscientização de um grupo de produtores no sistema po-
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com impacto sobre a residência do produtor; d) voçoroca em área licultura. Fotos: Henrique Souza.
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policultura possam ser adequada- and technology for sustainable development,
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part 2. Roma: 1996.
mente aproveitadas imagina-se que
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AB‘SABER, A. Domínios morfoclimáticos e
a criação de um grupo de pesquisa
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solos do Brasil. In: ALVAREZ V, V.H.; JACOMINE, P. K. T. Solos sob caatinga:
○
estadual interinstitucional e multi- FONTES, L.E.F.; FONTES, M.P.F. O solo nos
○
características e uso agrícola. In: ALVAREZ,
disciplinar, com objetivo de res- grandes domínios morfoclimáticos do Brasil
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V. H.; FONTES, L. E. F.; FONTES, M. P. F. O
e o desenvolvimento sustentado. Viçosa:
○
gatar, sistematizar e disponibilizar solo nos grandes domínios morfoclimáticos do
○
SBCS; UFV, DPS, 1996. p.1-18.
os dados referentes a estudos bá- Brasil e o desenvolvimento sustentado.
○
Viçosa: SBCS; UFV, DPS, 1996. p.95-133.
○
sicos já existentes em escala mu- AB‘SABER, A. Problemática da desertificação
○
nicipal para a região semi-árida e da sanilização no Brasil intertropical.
○
geomorfologia. São Paulo: USP/Instituto de LEPRUN, J. C. Relatório de fim de convênio
baiana seria a primeira e necessária
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Geografia. 1977. 19p. de manejo e conservação do solo no Nordeste
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providência para a intervenção ○
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posterior de todos os órgãos do AMAZÔNIA. Ministério do Meio Ambiente,
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DRN, 1986. 271p.
dos Recursos Hídricos. Desertificação: carac-
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Estado ligados ao desenvolvimento
terização e impactos. Brasília: 1998. 84 p.
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do sertão. Nestes órgãos torna-se MATTOS, L. C. Formulação de hipótese na
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imprescindível à criação de grupos busca da sustentabilidade dos sistemas
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ARAÚJO FILHO, J. A. de. Histórico de uso dos
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de excelência, cujo trabalho tenha solos na caatinga. In. ARAÚJO, Q. R. de. 500 agrícolas. In: OLIVEIRA, T. S. de et al.
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anos de uso do solo no Brasil. Ilhéus: Editus, Agricultura, sustentabilidade e o semi-árido
como tema único o semi-árido.
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2002. p.329-338. brasileiro. Fortaleza: SBCS; UFC, 2000.
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Seriam profissionais com estrutura p.58-69.
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e esforço técnico voltado para ARAÚJO FILHO, J. A. de; CARVALHO, F. C.
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explorar, coletar e divulgar o grande de. Desenvolvimento sustentado da caatinga.
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MELO FILHO, J. F. O perímetro irrigado do
In: ALVAREZ V, V. H.; FONTES, L. E. F.;
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número de resultados e experiências FONTES, M. P. F. O solo nos grandes
Brumado. Salvador, A Tarde, Salvador: 17 fev.
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já existentes, mas fora do alcance 1994. Caderno A Tarde Rural, p.11.
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domínios morfoclimáticos do Brasil e o
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da comunidade técnica, científica desenvolvimento sustentado. Viçosa: SBCS;
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UFV, DPS, 1996. p.125-133. MENEZES, R. S. C.; SAMPAIO, E. V. de S. B.
e econômica do Estado. Outra ação
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Agricultura sustentável no semi-árido
importante seria fomentar através
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BARBOSA, D. V. N. Os impactos da seca de nordestino. In: OLIVEIRA, T. S. de et al.
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da agência estadual de desenvol- 1993 no Semi-Árido Baiano: caso de Irecê. Agricultura, sustentabilidade e o semi-árido
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LATINO-AMERICANO DA DESERTIFICAÇÃO.
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leceria-se com isto um novo para- BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Fortaleza: 1994. p.7.
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Bahia: 1. Identificação de plantas do Cadernos CAR, 17). CYTED. Um enfoque integrado para gestão
○
benéficos para a fixação de nu- solos brasileiros: região semi-árida. In. CON-
EMBRAPA. Rede Nacional de Agromete-
○
baiano. Disponível em: <www. embrapa.br>. 26., 1997. Anais... Rio de Janeiro: EMBRAPA,
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