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Ilusões Perdidas

Honoré de Balzac (Autor)


Ora aqui está ele, um dos monstros sagrados da literatura de todos os tempos. Morreu com
49 anos, media um metro e meio, escrevia da meia noite às oito da manhã, rodeado de
candelabros e alimentado a café, e deixou uma obra única. É impossível escolher um dos
seus títulos, e este foi-o um pouco ao acaso. No trabalho de Balzac há de tudo – era aquilo
a que Victor Hugo chamava um Homem-oceano. Há de tudo e é sempre genial. Podia ter-
me decidido por Seraphita, livro muito da minha predilecção, mas as Ilusões Perdidas põem
menos dificuldades ao leitor pouco habituado ao seu estilo e, ao mesmo tempo, dão uma
razoável ideia do seu génio torrencial, excessivo e, no entanto (parece um paradoxo e não
é) estritamente policiado. Fica-se cheio de admiração pela capacidade que este
homenzinho tem de construir um mundo, ele que considerava o romance a “história privada
das nações” e achava indispensável ter remexido em toda a vida social para ser um
verdadeiro escritor. Depois de Balzac a literatura evoluiu imenso mas o seu lugar é eterno,
seja o que for que a palavra signifique.

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