Ensina-nos, Senhor, quanto é importante a doçura na arquitetura
das nossas relações. E como ela começa na empatia que colocamos na escuta uns dos outros, removendo os preconceitos ou a frieza que se pretende neutral, mas funciona como uma forma de hostilidade.
Ensina-nos, Senhor, quanto é importante a doçura nas palavras,
pois estas podem ser duras, surdas e pontiagudas como pedras ou podem facilmente construir mal-entendidos em vez de os esclarecer.
Ensina-nos, Senhor, quanto é importante a doçura nos nossos
gestos, que devem sempre desenhar um respeito e um acolhimento inequívocos, em vez de vincar imediatamente linhas de separação ou de indiferença.
Ensina-nos, Senhor, quanto é importante a doçura do olhar, capaz
de perscrutar para lá das aparências e de recolher o que nos nossos semelhantes ou nos acontecimentos da história é um claro vestígio do Teu amor.
Ensina-nos, Senhor, a confiar mais na doçura do que nas reações
tempestuosas e inflexíveis, pois afinal é na doçura que Tu, Senhor, nos conduzes através dos dias.