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Petróleo (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον
[petrélaion], "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion]
azeite, qualquer substância oleosa, no sentido de óleo bruto), é uma mistura de
substâncias oleosas, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro
característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto,
passando por verde e marrom (castanho). Trata-se de uma combinação complexa de
hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e
aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio,
compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta
categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de
areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes
alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a
refinação do petróleo, tais como óleos de xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e
combustíveis líquidos de hulha, não se incluem nesta definição.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis
que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo,
a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, polímeros,
solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível para
aviação.
Índice [esconder]
1 Origem do Petróleo
2 História
2.1 Antiguidade
3 Geologia
11 Ver também
12 Referências
12.1 Bibliografia
13 Ligações externas
A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas
do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e
gasosos, num processo denominado catagênese. Para se ter uma acumulação de petróleo
seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de geração) e expulsão,
ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e
porosas, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu
caminho, sobre a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa
chamada rocha reservatório. É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos,
que ele se forme a partir de substâncias orgânicas procedentes da superfície terrestre
(detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua formação.[1] [2]
Uma outra hipótese, datada do século XIX, defende que o petróleo teve uma origem
inorgânica, a partir dos depósitos de carbono que possivelmente surgiram durante a
formação da Terra.[3]
Instalação petrolífera
O barão Paul Julius Reuter (fundador da Reuters) negociara acordos com a Pérsia desde
1872, renovados em 1889, que previam a exploração de petróleo, de maneira a
neutralizar os interesses russos na região. Uma vez que o regime czarista temia a
aproximação britânica da sua fronteira sul, as suas pressões diplomáticas levaram à
anulação destes acordos.
Depósito petrolífero
Sem desistência britânica, as negociações com Teerã foram retomadas por William
Knox d'Arcy. Uma vez que o Xá necessitava de recursos financeiros, acabou sendo
assinado um novo contrato, em 28 de maio de 1901. Pelos seus termos, mediante o
pagamento de 20 mil libras esterlinas líquidas à vista, idêntico montante em ações e
uma percentagem de 16% sobre os eventuais lucros, era garantida a concessão da
exploração por 60 anos, sobre dois terços do território do país. Para explorá-la, d'Arcy
contratou o engenheiro George Reynolds, que priorizou uma região entre a Pérsia (atual
Irã) e a Mesopotâmia (atual Iraque), a cerca de 500 quilômetros do golfo Pérsico. A
primeira perfuração iniciou-se em 1902, sob temperaturas de até 50° Celsius à sombra,
numa área desértica e inóspita, habitada por tribos nômades hostis. Finalmente em abril
de 1904, uma das perfurações começou a produzir, demonstrando, mesmo em
quantidade insuficiente, a existência de petróleo na região.
Os problemas postos à empreitada eram agora financeiros, uma vez que a estimativa
inicial de investimento para a perfuração de dois poços havia sido de cerca de 10 mil
libras, e em quatro anos de trabalho, d'Arcy já havia investido 200 mil. Necessitando de
capital, d'Arcy negociou com a Burmah Oil Company, de Glasgow, a quem cedeu parte
das suas ações. De comum acordo foi escolhida uma nova zona de prospecção: a
chamada "planície do óleo", a sudoeste de Teerã, perto do Chatt al-Arab. Novamente os
gastos mostraram-se pesados: foi necessário abrir uma estrada e o transporte de
40 toneladas de equipamentos e materiais para que se começasse a perfurar, em Janeiro
de 1908. Insatisfeita com a falta de resultados, em 14 de Maio, a Burmah Oil
determinou que Reynolds abandonasse as perfurações. Em 26 de Maio, entretanto, o
petróleo jorrou em Masjed Soleiman. De acordo com a lenda, Reynolds enviou um
telegrama à empresa: "Ver Salmo 104, versículo 15, terceiro parágrafo".[8]
O acordo de San Remo representou um duro golpe para os Estados Unidos, que, diante
da hegemonia britânica passaram a demonstrar preocupação com o seu abastecimento.
Um acordo entre ambas as nações só foi firmado em 1925.
Em 1926, com seus recursos esgotados, Holmes propôs vender a sua concessão aos
britânicos, mas foi rechaçado, uma vez que, mesmo duvidando da presença de óleo na
região, percebiam-no como um intruso. Holmes então dirigiu-se a Nova Iorque e propôs
a venda da sua concessão aos estadunidenses, adquirida pela Gulf Oil em 1927. Essa
companhia, entretanto tornou-se parte da Iraq Petroleum Company em 1928. Como esta
era signatária do acordo da Linha Vermelha, tornava-se impossível para a Gulf operar
sozinha no Bahrein. Desse modo, revendeu as suas ações à Standard Oil of California
(SOCAL, ex-Standard Oil Company), que havia ratificado o acordo. Essa operação
irritou os britânicos, que não admitiam que os estadunidenses se instalassem no Oriente
Médio. Sob a égide britânica, os xeques não podiam agir por conta própria. Uma
cláusula de nacionalidade britânica era exigida para explorar o petróleo. Para contornar
o impedimento, a SOCAL estabeleceu uma filial no Canadá, um território britânico. Um
ano mais tarde, convencidos de que não havia petróleo em Bahrein, os britânicos
acabaram concordando. As perfurações iniciaram-se, desse modo, em 1931. Em 31 de
maio de 1932, uma jazida era descoberta, vindo a inverter o equilíbrio regional e
mundial, e criando uma situação que dura até aos dias de hoje.
Na Arábia Saudita, em maio de 1933, o rei Ibn Saud, concedeu à SOCAL o direito de
exploração do petróleo de seu país por 60 anos, mediante um pagamento de 35 mil
peças de ouro. O articulador do mesmo foi Saint John Philby, antigo funcionário
britânico do Império das Índias, transformado em conselheiro de Ibn Saud.
Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento pela descolonização foi seguido pelo
direito das nações disporem livremente dos próprios recursos naturais. Nesse contexto,
os países do Golfo Pérsico passaram a manifestar o desejo de libertar-se das companhias
petrolíferas ocidentais. Assim, em 1948, com o apoio dos Estados Unidos enquanto
superpotência, obtiveram o fim do "acordo da Linha Vermelha". Empresas recém-
chegadas, como a estadunidense Getty Oil Company, ofereceram melhores condições à
Arábia Saudita, obrigando as companhias petrolíferas, determinadas a manter as suas
posições, a conceder a este país, em 1950, uma fatia dos lucros da exploração petrolífera
na base de 50/50. Essa concessão foi estendida ao Bahrein e, posteriormente, ao Kuwait
e ao Iraque.
Ainda demoraria uma década, entretanto, para que a correlação de forças entre países
consumidores e países produtores fosse alterada. Isso aconteceu quando, devido a um
acidente que danificou o oleoduto entre a Arábia Saudita e o mar Mediterrâneo, levou a
uma diminuição da oferta de 5 mil barris/dia no mercado. Como consequência, os
preços do petróleo subiram, e a OPEP deu-se conta de seu poder.
Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo no bairro do Lobato, em Salvador
Desde os anos 1930 o tema do petróleo foi amplamente discutido no Brasil, polarizado
entre os que defendiam o monopólio da União e os que defendiam a participação da
iniciativa privada na exploração petrolífera. Entretanto, naquele período, o país ainda
dependia das empresas privadas multinacionais para todas as etapas da exploração
petrolífera, desde a extração, refino até a distribuição de combustíveis. Após a Segunda
Guerra Mundial iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da
produção petrolífera. Naquela época o Brasil era um grande importador de petróleo e as
reservas brasileiras eram pequenas, quase insignificantes. Mesmo assim diversos
movimentos sociais e setores organizados da sociedade civil mobilizaram a campanha
"O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo
Governo de Getúlio Vargas. A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao
Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como
artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de
1969. O monopólio da União foi eliminado em 1995, com a EC 9/1995 que modificou o
Art. 177 da Constituição Federal.
O petróleo e gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar, principalmente
nas bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos - reservatórios), mas
também em rochas do embasamento cristalino. Os hidrocarbonetos, portanto, ocupam
espaços porosos nas rochas, sejam eles entre grãos ou fraturas. São efetuados estudos
das potencialidades das estruturas acumuladoras (armadilhas ou trapas), principalmente
através de sísmica que é o principal método geofísico para a pesquisa dos
hidrocarbonetos.
Ao longo da torre de destilação fracionada, há uma série de pratos (cerca de 30), onde é
efetuada a separação dos derivados do petróleo de acordo com seus pontos de ebulição.
Como o petróleo é composto por hidrocarbonetos, as frações mais pesadas dele são
destiladas na parte inferior da torre e as frações mais leves na parte superior. Nesta
etapa, são obtidos derivados como:
Gás combustível
Nafta/Gasolina
Querosene
Óleo Diesel
Gasóleo[13]
3. Rússia10,397
5. Canadá 3,856
9. México 2,936
2. Rússia7,201
3. Japão 4,452
4. Índia 3,116
5. Rússia3,038
7. Brasil 2,560
8. Alemanha 2,495
3. Japão 4,235
4. Alemanha 2,323
5. Índia 2,233
7. França 1,749
9. Espanha 1,439
2. Venezuela¹ 209,4
3. Canadá 173,6
4. Irão¹ 151,2
5. Iraque¹ 143,1
6. Kuwait¹ 101,5
8. Rússia60,0
9. Argélia¹ 12,26
¹ Países-membros da OPEP
Classificação e riscos para a saúde[editar | editar código-fonte]
Biocombustível
Combustíveis alternativos
Combustível sintético
Processo Petrosix
Prospecção de petróleo
Referências
Ir para cima ↑ Filipe de Barros (200de abril de 2009). Formação do petróleo: teoria
orgânica. Visitado em 22 de dezembro de 2012.
Ir para cima ↑ COTTA, Pery - O petróleo é nosso? - Guavira Editores - 1975 - Rio de
Janeiro - pg. 174
Ir para cima ↑ Amiano Marcelino, História Romana, Livro XXIII, Capítulo 6, Uma
descrição das dezoito grandes províncias do reino persa, com a força de cada uma e os
costumes dos seus habitantes, 37-38 [em linha]
Ir para cima ↑ "Que Ele possa fazer sair o óleo da terra para a alegria de todos." (Salmos
104:15).
Ir para cima ↑ OPEP, About Us, Brief History [em linha] (em inglês)
Ir para cima ↑ Intervention in civil wars ‘far more likely in oil-rich nations’ The
Independent, 28 de janeiro de 2015
Ir para cima ↑ Vanessa Barbosa (15 de agosto de 2012). Os 15 países com as maiores
reservas de petróleo do mundo exame.com.br. Visitado em 01 de outubro de 2012.
DIAS, Danilo de Souza e RODRIGUES, Adriano Pires (1994). Petróleo, livre mercado
e demandas sociais. Instituto Liberal: Rio de Janeiro, RJ.
MINADEO, Roberto (2002). Petróleo, a maior indústria do mundo. Thex Editora: Rio
de Janeiro, RJ.
SHAH, Sonia (2007). A História do Petróleo L&PM Editores: Porto Alegre, RS. ISBN
978-85-254-1654-4. 240p.
VIDAL, Gore (2003). Sonhando a Guerra: Sangue por petróleo e a Junta Cheney-Bush.
Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro, RJ. ISBN 85-209-1554-X. 175 p.
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v • e
Fontes de Energia
O Petróleo Bruto
Petróleo bruto é o termo para o óleo não processado. Ele também é conhecido apenas
como petróleo. O petróleo bruto é um combustível fóssil, o que significa que ele é
formado pelo processo de decomposição de matéria orgânica, restos vegetais, algas,
alguns tipos de plâncton e restos de animais marinhos - ocorrido durante centenas de
milhões de anos na história geológica da Terra. Os tipos de petróleo bruto podem
apresentar cores diferentes, de claros a negro, assim como viscosidades diferentes, que
podem ser semelhantes à água ou quase sólidas.
O petróleo bruto é o ponto de partida para muitas substâncias diferentes porque contém
hidrocarbonetos. Os hidrocarbonetos são moléculas que contém hidrogênio e carbono e
existem em diferentes tamanhos e estruturas, com cadeias ramificadas e não ramificadas
e anéis.
Eles podem ter formas diferentes. O menor hidrocarboneto é o metano (CH4), um gás
mais leve do que o ar. Cadeias mais longas contêm cinco carbonos ou mais e são
líquidos; já nas cadeias muito longas há hidrocarbonetos sólidos, como a cera. Ao ligar
quimicamente cadeias de hidrocarbonetos artificialmente, obtemos vários produtos, que
vão da borracha sintética até o náilon e o plástico de potes para alimentos.
Parafinas
Aromáticos
Fórmula geral: C6H5 - Y (Y é uma molécula mais longa e não ramificada que se
conecta a anéis benzênicos).
Os anéis contêm seis átomos de carbono, com ligações duplas e simples alternando-se
entre os carbonos.
Naftenos ou Cicloalcanos
Outros hidrocarbonetos:
Alcenos
Moléculas de cadeias ramificadas ou não que contêm uma ligação dupla carbono-
carbono.
Dienos e Alcinos
Moléculas de cadeias ramificadas ou não que contêm duas ligações duplas carbono-
carbono.
carbono - 84%
hidrogênio - 14%
Autor:
Para entender a diversidade contida no petróleo bruto e o motivo pelo qual o seu refino
é tão importante, veja uma lista de produtos que obtemos a partir do petróleo bruto:
são liquefeitos sob pressão para criar o GLP (gás liquefeito de petróleo)
nafta: intermediário que irá passar por mais processamento para produzir gasolina
líquido
querosene: combustível para motores de jatos e tratores, além de ser material inicial
para a fabricação de outros produtos
líquido
gasóleo ou diesel destilado: usado como diesel e óleo combustível, além de ser um
intermediário para fabricação de outros produtos
líquido
líquido
líquido
resíduos: coque, asfalto, alcatrão, breu, ceras, além de ser material inicial para
fabricação de outros produtos
sólido
Você pode ter notado que todos esses produtos têm tamanhos e faixas de ebulição
diferentes. Os químicos tiram vantagem dessas propriedades ao refinar o petróleo. Veja
a próxima seção para descobrir os detalhes deste processo.
Para entender a diversidade contida no petróleo bruto e o motivo pelo qual o seu refino
é tão importante, veja uma lista de produtos que obtemos a partir do petróleo bruto:
são liquefeitos sob pressão para criar o GLP (gás liquefeito de petróleo)
nafta: intermediário que irá passar por mais processamento para produzir gasolina
líquido
querosene: combustível para motores de jatos e tratores, além de ser material inicial
para a fabricação de outros produtos
líquido
gasóleo ou diesel destilado: usado como diesel e óleo combustível, além de ser um
intermediário para fabricação de outros produtos
líquido
líquido
líquido
resíduos: coque, asfalto, alcatrão, breu, ceras, além de ser material inicial para
fabricação de outros produtos
sólido
Você pode ter notado que todos esses produtos têm tamanhos e faixas de ebulição
diferentes. Os químicos tiram vantagem dessas propriedades ao refinar o petróleo. Veja
a próxima seção para descobrir os detalhes deste processo.
O petróleo bruto está cada vez mais caro a cada dia que passa. Apesar de isto não
importar a alguns, temos de ter em consideração que o petróleo bruto não serve só para
abastecer os automóveis, serve para muitas outras coisas do nosso quotidiano, nas casas,
nas ruas, nos alimentos, na roupa, nos cosméticos, nos computadores, e até nos
foguetões. Ele é o componente básico de milhares de objectos.
Mesmo nos automóveis, o petróleo não existe apenas para abastecer, mas também nos
tapetes, nos pneus, …
Para termos uma ideia da utilidade do petróleo no nosso dia-a-dia podemos fazer uma
lista de produtos que só existem graças ao petróleo bruto: chupetas, absorventes, fraldas,
sapatos, material cirúrgico, tintas, plásticos, tecidos sintéticos, seringas descartáveis,
pilhas, pastilhas, fósforos, adesivos, champô, velas, entre muitos outros. Portanto o
petróleo está no dia-a-dia de