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Como manter as melhorias sob controle

TREINAMENTO GREEN BELT SIX SIGMA


Módulo Controlar

17. Como manter as melhorias sob


controle
18. Prevenir a ocorrência de falhas
19. Alterar documentações e promover treinamento
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20. Padronizar e Documentar as melhorias
Como manter as melhorias sob controle

1. Controle Estatístico do Processo

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No passado, a Manufatura, para garantir o atendimento às necessidades do clientes, geralmente,


dependia :
da Produção para fazer o produto;
do Controle de Qualidade para verificar o produto final e detectar os que não atendiam às
especificações

Definição de CEP
É um método em tempo real que visa controlar um processo para minimizar as variações e prevenir
defeitos, onde as ações dos operadores são baseadas em evidências estatísticas relacionadas à
estabilidade do processo.
Tal evidência de estabilidade do processo (ou falta de estabilidade) é obtida por amostragem, a qual é
comparada com limites previamente calculados.

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Vantagens do CEP:
Redução do Refugo;
Operador mais tranquilo, pois o processo está centrado;
Não há necessidade de controle peça a peça;
Redução do Retrabalho;
Melhoria da Qualidade;

Aumento da Produtividade;
Auxilia na Tomada de Decisões;
Fomenta o Trabalho em Equipe;
Fornece a Base para o Aperfeiçoamento Contínuo;

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AÇÕES SOBRE OS RESULTADOS


O Controle de Qualidade atua basicamente no resultado do processo, o que é economicamente
desvantajoso, pois se restringe à detecção e correção do produto fora da especificação, não
indicando a real causa do problema dentro do processo.
AÇÕES SOBRE O PROCESSO
O CEP atua no processo, de forma a prevenir uma alta variação nas características do processo em
relação às especificações, mantendo a estabilidade e as variações de resultados dentro dos limites
aceitáveis.
AÇÕES LOCAIS :
São geralmente requeridas para eliminar causas especiais de variação;

Podem frequentemente ser tomadas por pessoas próximas ao processo;


Podem corrigir cerca de 15% dos problemas do processo.

AÇÕES SOBRE O SISTEMA :


São normalmente requeridas para reduzir a variação devido às causas comuns;

Quase sempre exigem ação gerencial para a correção;


São necessárias para corrigir cerca de 85% dos problemas do processo.
Podemos dizer que um processo está sob controle estatístico quando as únicas fontes de variação
são de causas comuns.
O objetivo do controle do processo é fornecer sinais estatísticos que indiquem que causas especiais
de variação estão presentes e evitar dar sinais falsos quando elas não estão presentes.
Ou seja, o CEP permite que identifiquemos quando devemos deixar o processo seguir sozinho,
prevenindo, assim, ajustes frequentes e desnecessários que tendem a aumentar a variabilidade do
processo, ao invés de diminuí-la.
A distribuição chamada Normal é a distribuição de probabilidade contínua que relaciona os valores
das características com suas probabilidades de ocorrências, possibilitando, dessa forma, a previsão
da ocorrência de eventos.
Dizemos que o processo está sob controle ou estável, quando os valores estão dentro de 3 desvios
padrões de cada lado da curva normal:

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Se apenas CAUSAS COMUNS estiverem presentes, os resultados do processo formarão uma


distribuição estável e previsível ao longo do tempo.

Se CAUSAS ESPECIAIS de variação estiverem presentes, os resultados do processo não serão


estáveis, nem confiáveis ao longo do tempo.

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL


Se os dados não são normais, use o
Teorema do Limite Central para normalizar os dados
O teorema do limite central afirma que:

A distribuição das médias amostrais serão aproximadamente normalmente distribuídas, e tenderão a


uma distribuição normal à medida que o tamanho de amostra crescer.

Independentemente das medidas individuais, os gráficos das médias refletirão uma distribuição
normal

ATENÇÃO:
Este teorema só pode ser usado aqui no CEP, não pode usar para normalizar dados no momento de
calcular o nível sigma e Cp e CPk.

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CARTAS DE CONTROLE
São gráficos utilizados para o acompanhamento do processo. Estes gráficos determinam
estatisticamente faixas denominadas limites de controle.
O objetivo é verificar, por meio dos gráficos, se o processo está sob controle, isto é, isento de causas
especiais.

Cartas por Atributos : Quando os dados coletados se restringem a dois valores (conforme/não
conforme, aprovado / reprovado, passa/não passa, presente/ausente)
Cartas para Variáveis : Quando os dados coletados são valores resultantes de medições, tais como :
Diâmetro de uma rosca, Torque rotacional ou pendular, Dureza, etc.
A Carta de controle mais utilizada para dados por variáveis é a Xbarra-R (Média e Amplitide)
Veja um exemplo abaixo:

A Carta de Controle Média e Amplitude é constituída de :

Gráfico de Médias : Demonstra o comportamento do processo, em termos de localização em relação


à média do processo, ou seja, demonstra a exatidão do processo

Gráfico de Amplitudes : Demonstra o comportamento dos dados do processo, ou seja a dispersão


existente entre os elementos do subgrupo, ou seja, demonstra o grau de precisão do processo.

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Diário de bordo :
É a principal ferramenta para a pesquisa de problemas no processo. Para tanto, nele devem estar
anotados todos e quaisquer ocorrências anormais que possam afetar direta ou indiretamente a
qualidade da característica que está sendo controlada.

LIMITES DE CONTROLE- DADOS POR VARIÁVEIS


• Os limites de controle são calculados para mostrar a extensão na qual as médias e amplitudes
dos subgrupos iriam variar se apenas causas comuns de variação estivessem presentes. Eles
são baseados no tamanho da amostra do subgrupo e na quantidade da variabilidade dentro
dos subgrupos refletidos nas amplitudes.
• O cálculo dos limites de controle das cartas para variáveis emprega fatores representados por
letras nas fórmulas. Estes fatores, que variam conforme o tamanho da amostra (n), são
apresentados em tabela mais adiante.

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FÓRMULAS DOS LIMITES DE CONTROLE:


• Para o gráfico das amplitudes :
LSCR = D4 x AMPLITIDE MÉDIA
LICR = D3 x AMPLITUDE MÉDIA
• Para o gráfico das médias :

LSCX = MÉDIA DA MÉDIAS+ A2 x AMPLITUDE MÉDIA


LICX = MÉDIA DAS MÉDIAS - A2 x AMPLITUDE MÉDIA
Onde: D4, D3 e A2 são constantes que variam com o tamanho da amostra, com valores de 2 a 10
como mostrado na tabela parcial seguinte

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Após colocar os limites na carta de controle, o funcionário pega por exemplo 5 peças (sub-grupo),
calcula a média e a amplitude e lança na carta. Pode ser de hora em hora, de duas em duas horas, isso
vai depender da produção que se tem.
ANÁLISE DAS CARTAS DE CONTROLE

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Se tivermos tendências no gráfico de amplitude (R), é importante verificar o ponto onde a sequência
teve início, a fim de verificar as seguintes situações:
• Uma sequência acima da amplitude (R) média ou crescente
• Maior dispersão dos valores, que pode ter sido provocado por uma causa
irregular ou uma mudança em uma das variáveis do processo, ou ainda, uma
mudança no sistema de medição.
• Uma sequência abaixo da amplitude (R) média ou decrescente:
• Menor dispersão dos valores, que pode ser devido a uma melhor condição,
devendo ser estudada para aplicações mais amplas e melhoria do processo.

Uma vez analisado o gráfico das amplitudes, o gráfico das médias (X) irá nos indicar possíveis
problemas quanto à centralização do processo.
Pontos Fora dos Limites de Controle :
• O limite de controle ou ponto marcado estão errados;
• O processo mudou naquele instante ou como parte de uma tendência;
• O sistema de medição mudou.

Sequências :
• A média do processo mudou ou está mudando;
• O sistema de medição mudou.

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• Padrões Não Aleatórios óbvios : O teste do terço médio, nos indica a presença de padrões
não aleatórios no processo, ou seja :
• Se, mais que 2/3 dos pontos ficarem dentro do terço médio é causa especial. Você
deve estar pensando, mas estar ali no meio com baixa variação não é bom? Porque é
uma causa especial?
Lembra que quem dá os limites de controle é o seu processo e a curva é normal?
Logo, temos que ter pontos próximos aos limites, caso contrário os limites estarão
errados.

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Vamos fazer um gráfico de controle pelo Minitab

Vamos abrir no Minitab o arquivo 29. POUSADA


da Pasta GB RL&Associados Arquivos Excel

Quando clicar em Opções de Xbarra-R:

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Este processo está sob controle? Sim, não temos nada que denote uma causa especial.
Vamos ver agora as duas cartas de controle utilizadas para dados por atributo:

CARTA NP- NÚMERO DE ITENS NÃO CONFORMES

Vamos abrir no Minitab o arquivo 49.DADOS NÃO CONFORMES


da Pasta GB RL&Associados Arquivos Excel

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O Processo está sob controle.

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CARTA C- NÚMERO DE NÃO CONFORMIDADES POR SUB GRUPO

Vamos abrir no Minitab o arquivo 65. CARTA C


da Pasta GB RL&Associados Arquivos Excel

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O Processo está sob controle.

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VAMOS COLOCAR O CLIENTE AGORA....

Um processo sob controle ou estável, não quer dizer que é bom para o
cliente.
Veja abaixo:

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Um outro conceito muito importante é o SUPER CONTROLE.


Veja a situação abaixo. Se deixarmos o processo caminhar sozinho, ele teria a performance em
laranja. Muitas vezes o funcionário que está preenchendo a carta de controle começa a decidir
algumas coisas e começa a mexer no processo sem necessidade. E vai fazendo isso ao longo da
produção. Isto aumenta os limites.
Fazer super controle é agir numa causa comum como se fosse especial e isso JAMAIS deve ser feito.

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