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Departamento de Filosofia da Unesp

Conselho de Curso de Filosofia


Programa de Pós-Graduação em Filosofia – Unesp/Marília

Caderno de Resumos
6º Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da
UNESP
Marília – 24/05 a 27/05

2011
24 de maio de 2011 (terça-feira)

9h00 – 12h00 - Sessão de Comunicação I

14h00 -18h00 - Sessão de Comunicação II

19h30 Abertura

Prof. Dr. Marcio Benchimol Barros (Coordenador do Conselho de Curso –


Unesp/Marília)
Profa. Dra. Mariângela Spotti Lopes Fujita (Direção FFC/UNESP)
Thiago Brentam (comissão organizadora)
Local: Anfiteatro I

20h00-22h00

Conferência de Abertura: A questão da Querela dos Universais em


Ochkam
Expositor: Carlos Eduardo de Oliveira (UFSCar)
Moderador: Thiago Brentam (UNESP/Marília)

25 de maio de 2011 (quarta-feira)

8h45 – 12h00 - Sessão de Comunicação III

14h30-18h00 – Mini-Curso: Educando para argumentação: contribuições


do ensino da Lógica
Expositor: Patricia Del Nero Velasco (UFABC)
Local: Anfiteatro I

20h00-22h00

Conferência: A questão do Ser na contemporaneidade


Expositor: Hélio Rebello Cardoso Jr (UNESP/Assis)
Moderador: Éliton Dias (UNESP/Marília)
Local: Anfiteatro I

26 de maio de 2011 (quinta-feira)

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9h00 – 12h00 - Sessão de Comunicação IV

14h15 -18h00 - Sessão de Comunicação V

20h00-22h00

Conferência: Metafísica: causalidade


Expositores: Fernão de Oliveira Salles dos Santos Cruz (UFSCar):
“Algumas conseqüências da noção humeana de necessidade”.
Ricardo Pereira Tassinari (UNESP/Marília): “Causalidade e
Liberdade: Uma Visão Epistemológica”.
Moderador: Older Gabriel Boralli (UNESP/Marília)
Local: Anfiteatro I

27 de maio de 2011 (sexta-feira)

9h00 – 12h00 - Sessão de Comunicação VI

14h30 -18h00 - Sessão de Comunicação VII

19h30 – Apresentação musical com a Orquestra OUT

20h00-21h30

Conferência: Acerca do pensamento antinômico


Expositores: Paulo Licht (UFSCar): “Reflexões sobre o problema da
antinomia da razão pura”
Marco Aurélio Werle (USP): “O acolhimento hegeliano do
pensamento antinômico na época de Jena”.
Moderador: Amanda Veloso Garcia (Unesp/Marília)
Local: Anfiteatro I

22h00 – Encerramento – Profa. Dra. Clélia Aparecida Martins


(Coordenadora)

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24 de Maio de 2011 (terça-feira)

Sessão de Comunicações I - Filosofia Política I


Coordenador: Wagner de Barros
Local: Anfiteatro I
9h00 – 10h30

A Razão da Sociedade Civil em Thomas Hobbes


FRANÇA, Laryssa Luz Santos de (UNICAMP)

Do Estado Natural ao Estado Civil: Reflexões sobre a passagem do


Estado de Natureza para o Estado Civil segundo Hobbes e Rousseau
PAREIRA, Bruna Andrade (PUC-Campinas)

Estado de Natureza na filosofia política de Hobbes


SANTOS, Luciano Ribeiro dos (UFSCar)

Sessão de Comunicações II – História e Filosofia da Arte I


Coordenador: Débora Barbam Mendonça
Local: Anfiteatro I
10h30-12h00

Lentes vorazes e famintas: as propostas estético-políticas de Glauber


Rocha para os anos de 1960.
BOTARO, Rafael Wellington & SANTOS, Héder Junior dos
(UNESP/Marília)

Sobre a teoria dramática de Diderot e sua aproximação à Poética de


Aristóteles
FREITAS, Jussara Gomes da Silva de (UNESP/Marília)

Coisa e Apetrecho: ferramentas para a construção do conceito de obra


de arte heideggeriano
SENE, Diogo (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações III – Filosofia Contemporânea I


Coordenador: Luis Fernando Catelan
Local: sala 64
10h30-12h00

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Da paixão tristeza e da sua natureza no contexto da depressão pós-
parto manifestada no período puerperal
CONTURBIA, Soraya de Lima Cabral (UFES)

Freud e o processo civilizatório


OLIVEIRA, Amanda de Carvalho Maia (UNESP/Marília)

A panspermia no monismo de Ernesto Haeckel


ZOROASTRO, Thiago Henrique Ferreira (UF. São João Del Rei)

Sessão de Comunicações IV - Filosofia Antiga I


Coordenador: Nicholas Gabriel Minotti Lopes Ferreira
Local: Anfiteatro I
14h00 – 16h00

O problema da semelhança ou dessemelhança entre Sócrates e os


retores no Górgias de Platão
FERREIRA, Gustavo Rafael Bianchi Azevedo (UNICAMP)

Logos verdadeiro e logos falso no Crátilo de Platão.


KANASHIRO, Michele (Centro Universitário São Camilo)

A metempsicose no Fédon
NETTO, Dorival Braz (UFSCar)

O Livro da Natureza: Física, Moral e Teologia em Sêneca.


SARAN, Lucas Antonio (UEL)

Sócrates e a Sedução de Belos Jovens


SCRIMIM, Nayara Dias (UNICAMP)

Sessão de Comunicações V - Filosofia Moderna


Coordenador: Danilo Ramos
Local: Anfiteatro I
16h15 – 18h00

Horror Sui – Vontade e Ascese em Schopenhauer


CAVASIN, Marcello Guedes (UNICAMP)

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Materialismo versus Idealismo, ou mais uma vez Marx contra Hegel.
COIMBRA, Fábio (UFMA)

Sobre o sentimento moral: para o entendimento de Uma investigação


sobre os princípios da moral de Hume
MATTEUCCI, Antonio Batista (Centro Universitário São Camilo)

Estágios ulteriores do movimento de Aufhebung em O Espírito do


Cristianismo e seu Destino, de Hegel: Amor e Religião.
OLIVEIRA, Rosana de (USP)

Sessão de Comunicações VI – Filosofia da Linguagem I


Coordenador: Diogo Fernando Massmann
Local: sala 64
15h00-17h00

Falo, logo penso: Wittgenstein contra o psicologismo cartesiano.


ALMEIDA, Marcos Ariel de (UNESP/Marília)

A crítica de Strawson à Teoria das Descrições de Russell


FARIA, Filipe Martone de (UNICAMP)

Russell contra o Nominalismo de Semelhança


LOPES, Lucas Miotto (UFOP)

A publicidade do símbolo linguístico a partir de Wittgenstein


OLIVEIRA, Karina da Silva (UNESP/Marília)

25 de Maio de 2011 (quarta-feira)

Sessão de Comunicações VII – Rousseau


Coordenador: Thiago Evandro da Silva
Local: Anfiteatro I
08h45 – 10h00

Sexo e acidente natural: a domesticação do selvagem segundo Rousseau


FERREIRA JR., Paulo (UNICAMP)

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Temporalidade n’Os Devaneios de Rousseau: um ensaio para a Primeira
Caminhada
SALVADORI, Theo Tanus (UNESP/Marília)

O papel da vontade geral no conceito de soberania de Rousseau


SILVA, Éliton Dias da (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações VIII – Filosofia da Mente


Coordenador: Juliana Moroni
Local: Anfiteatro I
10h00 – 12h00

Investigação sobre o erro categorial na concepção cartesiana de mente


DUARTE, Bruna Maria Lemes (UNESP/Marília)

A relação entre reflexão e pensamento na filosofia de John Dewey


FERREIRA, Nicholas Gabriel Minotti Lopes (UNESP/Marília)

A Experiência Consciente em David Chalmers


GONÇALVES, Daniel Borgoni (USJT)

Teoria da identidade e eliminativismo: duas alternativas contemporâneas


ao problema do dualismo
JATOBÁ, Jessyca Eiras (UNESP/Marília)

O conceito “disposicional” de Ryle enquanto uma alternativa para o


Internalismo cartesiano
PANTALEÃO, Nathália Cristina Alves (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações IX – Filosofia da Educação I


Coordenador: Emerson Filipini de Lima
Local: sala 64
10h00 -12h00

Os limites do ensino como transmissão de conhecimentos e o papel da


experiência na aprendizagem. Repensando o lugar da representação no
ensino.
GARCIA, Amanda Veloso (UNESP/Marília)

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Sobre a possibilidade de filosofar cotidianamente
MENEZES, Manoela Paiva (UNESP/Marília) (Só pode quarta-feira)

Algumas considerações acerca da condição da Filosofia e de seu ensino


OLIVEIRA, Jeuséte Maria de (UNESP/Marília)

O “Lugar” do conhecimento e da experiência no debate sobre o ensino


de filosofia nos periódicos brasileiros
PERENCINI, Tiago Brentam (UNESP/Marília)

Algumas considerações sobre o Ensino de Filosofia: uma abordagem


rancièriana
ROSA, Sara Morais da (UNESP/Marília)

26 de Maio de 2011 (quinta-feira)

Sessão de Comunicações X - Filosofia Política II


Coordenador: Luana Turbay
Local: Anfiteatro I
09h00 -10h30

Castoriadis: o imaginário radical e a criação social-histórica


ADÃO, Adriana Cristina (UNESP/Marília)

Civilização técnica e produção do humano em Peter Sloterdijk


BELOTE, Carlos Eduardo (UEL)

Moral e Luta de Classes


BONACINI, André Luis Augusto (UNESP /Marilia)

A Teoria dos Humores em Maquiavel: as divisões na cidade e suas


implicações
MEDEIROS, Lucas Eugênio Rocha (UFMG)

Sessão de Comunicações XI – Filosofia Contemporânea II


Coordenador: Kátia Batista Camelo Pessoa
Local: Anfiteatro I
10h30-12h00

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A quebra paradigmática do “indivíduo pós-moderno”
CALAHANI, Aline Ignacio (UENP)

O cogito tácito como fundamento da teoria do conhecimento de


Merleau-Ponty
CAVALCANTE, Gustavo Luis de Moraes (UFSCar)

As condutas de má-fé na obra sartriana


ERCULINO, Siloe Cristina do Nascimento (UFES)

Pressupostos atropocêntricos da crítica ao progresso, segundo John


Gray
VILELA, Ricardo Leme (UENP)

Max Horkheimer e o conceito de uma teoria crítica da sociedade


YAMAWAKE, Paulo Henrique (UNICAMP)

Sessão de Comunicações XII – Filosofia da Educação II


Coordenador: Juliana Porto Arruda
Local: sala 64
10h00 -12h00

Conflito dialético: educador culto e educando culto


ALEGRETI, Dirce Aparecida Nunes (Universidade São Camilo)

Os intelectuais e a educação: esboço de uma Filosofia Política da


educação a partir de Foucault
ALMEIDA, Jonas Rangel de (UNESP/Marília)

Contribuições de Marcuse à formação humana através do ensino de


Filosofia
SILVA, Bruna de Jesus (UNESP/Marília)

Filosofia da Práxis e Educação Escolar na Sociedade Contemporânea


SILVA, Sheila Ferreira da (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XIII – Filosofia da Informação e da


Neurociência

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Coordenador: João Antonio de Moraes
Local: Anfiteatro I
14h15 -16h45

Os padrões que ligam os seres vivos: uma reflexão filosófica sobre o


conceito batesoniano de informação.
AZEVEDO, Laura Rosa Kubler de (UNESP/Marília)

¿Explicando Qué?: Niveles y mecanismos en filosofía de las


neurociencias.
BRANCA, Mariana Itatí & RAMIREZ, Adrian (Universidad Nacional de
Córdoba)

Hacia La Naturaleza de la explicación de um modelo reduccionista


PALLONI, Joaquin Matias Alfei (Universidad Nacional de Cordoba)

Questões éticas no viés da Filosofia Ecológica


PEREIRA, Paulo Henrique Araújo Oliveira (UNESP/Marília)

Informação e Critério de Relevância: podem as máquinas aprender a


diferenciar contextos?
RODRIGUES, Mariana Vitti (UNESP/Marília)

A concepção de sistemas complexos na perspectiva da Filosofia


ecológica
SOUZA, Renata Silva; BELTRÃO, Talita & MARTINS, Vinícius da Silva
(UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XIV – Filosofia Medieval e Renascentista


Coordenador: Anatoli Gradiski
Local: Anfiteatro I
16h45-18h00

O mysterium tremendum como elemento do numinoso em Rudolf Otto


BORALLI, Older Gabriel (UNESP/Marília)

In principio erat verbum: A metafísica da criação na concepção tomista.


CUNHA, Anderson Santana (FAJOPA)

Da Amizade em Montaigne

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RODRIGUES, Carlos Eduardo de Lima (FAJOPA)

A felicidade em Santo Agostinho.


SANTOS, Danilo Nobre dos (FAJOPA)

Sessão de Comunicações XV – Filosofia da Linguagem II


Coordenador: Diogo Massmann
Local: sala 64
14h30-16h30

A relação da presença, mundo e linguagem como significância em


Heidegger
ATAIDE, Michele de Toledo (UFBA)

A semântica inferencial
MAROLDI, Marcelo Masson (UFSCar)

Sobre a Teoria dos Atos de Fala


OZGA, Juliano Gustavo (UFSM)

Do Discurso, do Enunciado
SOARES, Jean Dyêgo Gomes (UFOP)

Sessão de Comunicações XVI – Filosofia da Ciência e Lógica


Coordenador: Michelle T. Verginassi
Local: sala 64
16h45 – 18h00

Aspectos da proposta epistemológica de Moritz Schlick


LOPES, Bruno Iauch (UENP)

Hans Jonas e a ética para o mundo tecnocêntrico


PETERLEVITZ, Mayra Rafaela Closs Bragotto Barros (PUC-CAMPINAS)

A Estruturação de modelos matemáticos em ciências humanas na


psicologia de Kurt Lewin
PONTES, Rosa Lopes (UNESP/Marília)

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27 de Maio de 2011 (sexta-feira)

Sessão de Comunicações XVII – Historia e Filosofia da Arte II


Coordenador: Tércio Renato Bugano
Local: Anfiteatro I
9h00 – 10h30

Edgar Allan Poe e seu romantismo no século XIX


DAMBRÓS, Marcos Paulo (UNESP/Marília)

É possível pensar problemas sociais a partir das formas musicais? A


categoria de autonomia entre a música e a sociedade.
LAMA, Fernando Araujo Del (USP)

A Crítica à Efemeridade da Beleza em Hamlet


MASIERO, Mateus (UNICAMP)

As querelas entre música e Filosofia nos séculos XVII e XVIII: A


crítica francesa como principio da autonomia do belo musical
SANTOS, Felipe Thiago dos (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XVIII – Estética


Coordenador: Fernando Aun
Local: Anfiteatro I
10h30 – 12h00

O conteúdo de verdade e a autonomia revogável da obra de arte


moderna segundo Adorno
BONADIO, Gilberto Bettini (UNESP/Marília)

Sobre o desespero em A doença para a morte e o romance de desilusão


MARTINS, Willian Mendes (UNESP/Marília)

Linguagem, fenômeno estético e moral a busca do instinto artista da


vida em Artaud e Nietzsche
NASCIMENTO, Nina Araújo Pereira do (UFMA)

O estádio estético e o seu lugar na teoria kierkegaardiana dos Stadier.


SALES, Talles Luiz de Faria e (UFMG)

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Sessão de Comunicações XIX – Kant
Coordenador: Thiago C. Nascimento
Local: sala 64
09h00 -11h00

Considerações sobre a “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”


VALES, Wendel Teixeira de Vasconcelos (UNESP/Marília)

Introdução ao Problema Geral da Razão Pura


BELUZZI, Ethel Panitsa (UNICAMP)

Notas sobre a filosofia prática de Kant


MACHADO, Thomas Matiolli (UNESP/Marília)

Exposição metafísica e transcendental de espaço e tempo


OLIVEIRA, Ana Paula de (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XX – Nietzsche


Coordenador: Rodrigo Rocha
Local: Anfiteatro I
14h30 – 16h30

Nietzsche e Dostoiévski: uma leitura de Memórias do Subsolo a partir


de um referencial nietzschiano
AMARAL, Cassiano Clemente Russo do (UEL)

Nietzsche e o Cristianismo: uma proposta de superação à moral


ressentida
CARDOSO, Giovani Fernando (FAJOPA)

Sobre a décadence em O Caso Wagner


ROMÃO, Mariane Aparecida (UNICAMP) - (sexta-feira)

A importância do sofrimento para o bem estar em Nietzsche segundo


Allain de Botton
TEIXEIRA, Murilo de Freitas (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XXI – Filosofia Política III


Coordenador: Raphael Guazelli Valerio

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Local: Anfiteatro I
16h30 – 18h00

Democracia e direitos humanos em Habermas


ASSIS, Alexandre Gil (UNESP/Marília)

Guerra injusta, guerras justas (?): Hobbes e as perspectivas da


filosofia política contemporânea sobre a guerra
CUNHA, André Luiz Ferreira (PUC-CAMPINAS)

Trabalho, Estranhamento e Comunismo em Marx


FERREIRA, André Luiz Silva (UEL)

Direito Político Internacional e Guerras na Filosofia de Hegel


MAIA, Rodrigo Ismael Francisco (UNESP/Marília)

Das diferenças metodológicas entre Marx e Hegel sob o olhar


althusseriano
PARRA, Eduardo Barbosa (UNESP/Marília)

Sessão de Comunicações XXII – Filosofia Antiga II


Coordenador: Felipe Rezende da Silva
Local: sala 64
15h00-17h00

Por “Natureza” ou Por “Convenção” – Uma Reflexão Sobre a


Investigação Platônica no texto “Crátilo”
BARROS, Herbert do Nascimento (UNESP/Marília)

Igualdade e liberdade no pensamento (atual) de Sócrates


FERREIRA, Valéria Cristina de Lima (UEMS)

Hedonismo e conhecimento no Protágoras de Platão


RICARDI, João Roberto (Unesp/Marília)

A necessidade do conhecimento demonstrativo em Aristóteles: uma


análise de Segundos Analíticos I 6
ZUPPOLINI, Breno Andrade (UNICAMP)

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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES

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CASTORIADIS: O IMAGINÁRIO RADICAL E A CRIAÇÃO SOCIAL-
HISTÓRICA
ADÃO, Adriana Cristina. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Ricardo Monteagudo. Bolsa: BAAE I – PROEX. dridarck@hotmail.com

Nos limites desta pesquisa, pretendemos analisar o imaginário radical em Castoriadis e


sua relevância diante da instituição e criação do social-histórico. Castoriadis fala em
uma sociedade democrática, que ele define como uma sociedade livre, igualitária e
autônoma. Nosso objetivo é analisar em que solo se sustenta essa idéia de autonomia,
não só para o indivíduo, mas para a sociedade, associada à questão ontológica essencial
que trata da indeterminação ou determinação do ser e da história. Para Castoriadis “A
história é essencialmente poiésis”, palavra grega que significa criação, ação, fabricação,
confecção. Para o autor a história do homem se faz através de uma rede complexa de
relações sociais, políticas, econômicas e culturais, o que permite traçar certa linearidade
e causalidade nos acontecimentos históricos, mas não somente; ao lado desta rede
intrincada de relações, está algo do qual não é possível estabelecer uma causalidade ou
previsibilidade, o que ele chamará de imaginário radical, este que, se efetua através do
representar/dizer (o logos) e do fazer (tekné) humano, isto não lhe confere um caráter
secundário ou abstrato, pelo contrário, está diretamente ligado ao que o ser humano
pensa/faz, sendo o imaginário um elemento fundante na instituição da sociedade, como
criação de significações e valores. Pretendemos elucidar o modo como Castoriadis
estabeleceu tais relações, articulando-as e explicitando-as em algumas de suas obras.

Palavras-chave: Castoriadis; Imaginário Radical; Criação Social-Histórica; Autonomia.

CONFLITO DIALÉTICO: EDUCADOR CULTO E EDUCANDO CULTO


ALEGRETI, Dirce Aparecida Nunes. Universidade São Camilo. Orientador: Benedito
Eliseu Leite Cintra. dalegreti@gmail.com

Heráclito afirmou: “A Guerra é a mãe de todas as coisas” a este movimento nomeou de


Devir ou vir a ser. Este filósofo com sua percepção da realidade deixou-nos constatar
que ela é dialética. Mas o que é dialética? Em suas origens a dialética é ligada ao
movimento. Sendo este movimento entre proposições abstraídas da realidade ou
movimento real entre as coisas concretas e existentes. Assim sendo a dialética pode ser
abordada no sentido filosófico, e Enrique Dussel nos fala deste movimento na filosofia
assim como Paulo Freire o faz na educação. Dussel faz um movimento dialético
confrontando os vários tipos de dialética ao longo da História da Filosofia. Esta
dialética, diz Dussel, é um movimento racional, e, portanto, construído pela Razão
demonstrativa, desde a Grécia antiga e clássica até os dias atuais. Portanto, podemos
dizer que existe também uma dialética na Educação e pretendemos mostrá-la neste
artigo.

Palavras-chave: Conflito; Dialética; Cultura; Filosofia e Educação.

OS INTELECTUAIS E A EDUCAÇÃO: ESBOÇO DE UMA FILOSOFIA


POLÍTICA DA EDUCAÇÃO A PARTIR DE FOUCAULT
ALMEIDA, Jonas Rangel. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Pedro Ângelo Pagni. Bolsa: PIBIC. jradavisao@yahoo.com.br

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Objetivamos neste trabalho examinar o papel do intelectual na obra de Michel Foucault
e relacioná-lo com o registro possível de uma filosofia política da educação. Para tal,
procuramos reconstruir a noção de intelectual a partir da leitura de certas obras de
Foucault que datam a década de setenta e o inicio de oitenta. Observa-se deste modo
que existe um desenvolvimento e uma reelaboração na noção de intelectual, passando
de uma concepção instrumental de atuação especifica e local, onde se recusa qualquer
separação entre teoria e prática, para uma concepção ética, de denuncia da verdade, uma
moral anti-estratégica onde se toma como problemas centrais a questão do governo de
si, da verdade e do sujeito na atualidade, sem que isto signifique uma separação entre
teoria e pratica, pois a centralidade da questão ético-política permanece como o ethos do
intelectual. Entende-se que a emergência dos intelectuais específicos surge a partir de
novas configurações do poder na sociedade, anunciando novas formas de
individualização, da então vigente sociedade disciplinar, neste sentido, a hipótese de
Deleuze sobre a sociedade do controle se soma na radicalização deste diagnóstico. O
que implica pensar a teoria-prática dos professores como uma atuação nas lutas, seja na
escrita ou no cotidiano, problematizando sua relação enquanto sujeito com a verdade o
governo de si e dos outros.

Palavras-chaves: Intelectual; Educação; Sujeito; Ética.

FALO, LOGO PENSO: WTTGENSTEIN CONTRA O PSICOLOGISMO


CARTESIANO
ALMEIDA, Marcos Ariel. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Lúcio Lourenço Prado. Bolsa: PROEX. ariel_resista@hotmail.com

A presente comunicação objetiva estabelecer um possível elo entre Descartes e


Wittgenstein, com é sabido, Wittgenstein não da indícios de ter tido um contato (direto)
com a filosofia de Descartes, contudo, a critica que Wittgenstein direciona contra a
possibilidade de uma linguagem privada, e suas implicações na esfera da filosofia da
consciência, trás consigo uma critica devastadora ao fundacionismo cartesiano. O
argumento aludido se encontra contido nos parágrafos 234 e seguintes até o parágrafo
315 das investigações filosóficas de Wittgenstein. A critica do filosofo austríaco contra
a possibilidade de uma linguagem privada, trás com sigo implícito, uma critica
demolidora a concepções epistêmicas que tomaram como fundamento de conhecimento
a experiência de conteúdos de consciência, ao invés da experiência de objetos externos,
intersubjetivamente acessíveis e cuja identificação só é efetiva corrigível pela
intermediação de uma comunidade lingüística. Entre tais concepções, a que mais tem
sido objetos de critica é o psicologismo cartesiano; que tomo como ponto de partida
único para a fundamentação do conhecimento a experiência interna do próprio eu como
res cogitans. A critica feita com base no argumento de Wittgenstein pode ser assim
resumido: no contexto do argumento cartesiano, o eu-pensante é conhecido com certeza,
mesmo sob a suposição da inexistência do mundo externo, de outras pessoas, e,
portanto, da própria comunidade lingüística, capaz de produzir e corrigir as regras
constitutivas da linguagem. Segue-se, daí que o sentido do “eu-pensante” pretendido
por Descartes, devendo poder prescindir de tudo isso, não é possível, pois não poderia
ser sequer articulado em uma linguagem significativa.

Palavras-chave: Wittgenstein; Linguagem Privada; Fundacionismo Cartesiano; Jogos


de Linguagem.

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NIETZSCHE E DOSTOIÉVSKI: UMA LEITURA DE MEMÓRIAS DO
SUBSOLO A PARTIR DE UM REFERENCIAL NIETZSCHEANO
AMARAL, Cassiano Clemente Russo. Universidade Estadual de Londrina. Orientador:
José Fernandes Weber. Bolsa: CAPES. cassiano.russo@hotmail.com

Esta comunicação pretende apresentar uma leitura do texto Memórias do Subsolo a


partir de algumas considerações de Nietzsche sobre o tema do niilismo. Aqui toma-se
como perspectiva de leitura a questão do esbanjamento de forças em um contexto de
pura negatividade, marcado pela vigência do niilismo e da décadence. Fazendo um
paralelo das observações de Nietzsche com o relato homem do subsolo, é possível
pensar o personagem de Dostoiévski como um tipo para o qual a questão sobre um
máximo de forças se situa em um plano essencialmente reativo, pois, conforme a
afirmação do homem do subsolo, logo no início de suas memórias, ele afirma ser “...um
homem doente...”, possuindo todos os sintomas de uma natureza em processo de
declínio, de degeneração, e que são apontados por Nietzsche em seus fragmentos
póstumos. Assim, o homem do subsolo pode ser compreendido em um registro que tem
o niilismo como a própria “lógica da décadence”, segundo as palavras de Nietzsche.
Dito isso, o que interessa para o presente trabalho é identificar o niilismo em um
personagem de Dostoiévski, da obra Memórias do Subsolo, e analisá-lo a partir de
categorias nietzscheanas.

Palavras-chave: Nietzsche; Dostoievski; Décadence; Niilismo.

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS EM HABERMAS


ASSIS, Alexandre Gil. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.

Neste texto focamos o papel do direito como capaz de manter a paz e a segurança
internacional, com a implantação e garantia da democracia e dos direitos humanos,
desde a perspectiva teórica de Jürgen Habermas. Para Habermas após o surgimento dos
Estados Nacionais, a relação entre eles passou a ser intermediada por meio do direito
internacional, restrito aos Estados. Kant, no entanto, formula a teoria do “Estado
Cosmopolita”, pela qual ele critica a restrição do direito internacional apenas aos
Estados. Depois das duas guerras mundiais verificou-se a constitucionalização do
direito internacional em constituições internacionais, organizações e procedimentos,
seguindo dessa maneira o caminho apontado por Kant rumo a uma Federação de
Estados ou “Estado Cosmopolita”. Habermas analisa essa proposta kantiana e avalia as
possibilidades de através dela se estabelecer a paz e a implantação da democracia e dos
direito humanos entre os povos.

A RELAÇÃO DA PRESENÇA, MUNDO E LINGUAGEM COMO


SIGNIFICÂNCIA EM HEIDEGGER
ATAIDE, Michele de Toledo. Universidade Federal da Bahia. Orientador: Acylene
Maria Cabral. micheleataide@yahoo.com.br

Este trabalho tem como objetivo analisar a relação da presença, mundo e linguagem
como significância em Ser e Tempo de Heidegger. A significância de mundo,
significância da presença e linguagem da Seção 1 com os existenciais da disposição,
compreensão, interpretação, decadência e linguagem, com a Seção 2 os existenciais da
angustia, voz da consciência e linguagem. O pensador Heidegger compreende a
presença em relação com o mundo, pelo qual tem um significado em relação com este

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mundo. Será focalizado na presença como é este significante inserido na circularidade
hermenêutica e como se distingue e manifesta este significado nas duas formas de
linguagem, a formal e a silenciosa em Ser e Tempo. Como que a presença desenvolve
este projetar, transcendente; como é este ser e sentido inserido neste projetar, enfatizado
na significabilidade, compreensão, interpretação e linguagem demonstrando a
mundanidade de mundo ou significância de mundo?Neste mesmo projetar em suas
possibilidades estabelecemos uma diferença quando a presença através da angustia,voz
da consciência e linguagem se decide demonstrando a significância da presença.
Buscando-se tratar dentro desta relação a diferença e relevância para a presença no
cotidiano da contemporaneidade.

Palavras-chave: Presença; Significância; Circularidade Hermenêutica; Linguagem

OS PADRÕES QUE LIGAM OS SERES VIVOS: UMA REFLEXÃO


FILOSÓFICA SOBRE O CONCEITO BATESONIANO DE INFORMAÇÃO
AZEVEDO, Laura Rosa Kugler. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Maria Eunice Quilici Gonzalez. Bolsa: CNPq. sofiamarilia@hotmail.com

O objetivo desse trabalho é analisar a hipótese, elaborada por Gregory Bateson em seu
livro Mente e Natureza, que os seres vivos estão ligados entre si e com a natureza
através de padrões informacionais. Bateson caracteriza metaforicamente essa ligação
como sendo uma espécie de cola que se desdobra em três tipos de padrões. O primeiro
padrão, de primeira ordem, expressa as relações de simetria entre partes do corpo de um
mesmo organismo. Pode-se comparar a simetria das mãos e dos olhos de um sujeito,
procurando explicitar como essas partes interagem entre si. O outro padrão é o de
segunda ordem, que se caracteriza através da comparação entre espécies distintas. Como
exemplo pode-se citar a semelhança dos ossos da mão de um ser humano com os ossos
da asa de um morcego. Já o padrão de terceira ordem consiste em uma matriz geradora
de padrões, reunindo os dois padrões citados acima. É possível dar um exemplo único
ilustrativo dos três tipos de padrões: os órgãos de um animal que se relacionam entre si
(padrão de primeira ordem), localizados em um organismo que se relaciona com outro
ser (padrão de segunda ordem) que está inserido em uma floresta geradora de muitas
formas de vida (padrão de terceira ordem). A análise do conceito batesoniano de padrão
informacional será realizada no contexto da filosofia ecológica. Nesse contexto
refletiremos sobre a pertinência da hipótese batesoniana da existência de padrões
informacionais que caracterizam a atividade reflexiva humana.

Palavras-chave: Padrão Informacional; Filosofia Ecológica.

POR NATUREZA OU POR CONVENÇÃO – UMA REFLEXÃO SOBRE A


INVESTIGAÇÃO PLATÔNICA NO TEXTO CRÁTILO
BARROS, Herbert do Nascimento. Universidade Estadual Paulista. Orientador: Lúcio
Lourenço Prado. mathematica@ig.com.br

No Crátilo, diálogo que tem como subtítulo “Sobre a Correção dos Nomes”, Platão
coloca em questão, a saber, se os nomes são bem apropriados às coisas que eles
designam, contrapondo o naturalismo, visão que defende a existência de uma relação
natural entre signo e o objeto significado e a visão convencionalista, segundo a qual não
há nada em comum entre palavras e coisas. Mesmo tendo em vista que o texto platônico

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é um dialogo aporético, a reflexão a ser exposta sobre o mesmo busca reconhecer sua
relevância no estudo da linguagem.

Palavras-chave: Platão; Crátilo; Linguagem; Nomes; Convenção.

CIVILIZAÇÃO TÉCNICA E PRODUÇÃO DO HUMANO EM PETER


SLOTERDIJK
BELOTE, Carlos Eduardo. Universidade Estadual de Londrina.
carloseduardobelote@yahoo.com.br

O polêmico filosófo alemão, Peter Sloterdijk coloca a questão da humanidade e visa


responder a pergunta: como tornamos humanos? Em Regras para o Parque Humano,
bem como nas Esferas, sua opus magnum, ele constata que nossa história enquanto
espécie é um esforço permanente para inibir a parte animal que está em nós. Para ele,
quem hoje pergunta sobre o futuro da humanidade e das medias de humanização quer
saber no fundo se existe esperança em sufocar as tendências atuais que tem o ser
humano em retornar ao estado de selvageria. A domesticação do homem foi obtida pela
cultura; é ela que opera nosso adestramento físico e mental; de besta violenta e brutal, a
cultura nos transforma em seres civilizados ou tenta fazê-lo, o que já não ocorre
atualmente. Sloterdijk fala das inibições promovidas pela cultura clássica e do atual
processo de domínio das medias desinibidoras através dos ideológos que favorecem a
violência, como o nazismo. Sloterdijk busca compreender como nós nos domesticamos,
pois somos nós mesmos nossos adestradores. Trata-se de uma auto-domesticação. Para
permanecermos humanos devemos nos produzir como humanos, uma tarefa que sempre
recomeça. A história do devir-homem pertence, neste sentido, aos objetivos do que ele
chama de uma investigação biopolítica ou bio-cultural, que inclui tanto o corpo como a
alma.

Palavras-chave: Sloterdijk; Produção; Civilização; Técnica.

INTRODUÇÃO AO PROBLEMA GERAL DA RAZÃO PURA


BELUZZI, Ethel Panitsa. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Enéias
Junior Forlin. Bolsa: CNPq. yu.wi.uiah@gmail.com

O objetivo da presente comunicação é estudar o “Problema Geral da Razão Pura” e o


“Idéia e Divisão de uma Ciência Particular com o nome de Crítica da Razão Pura”,
constantes em CRP B19-30. Kant possui como objetivo na Crítica da Razão Pura
delimitar os limites da razão, procurando compreender como são possíveis
conhecimentos sintéticos a priori. Para empreender o estudo de tal objetivo,
analisaremos primeiramente os conceitos de conhecimento a priori e a posteriori, bem
como os juízos analíticos e sintéticos e suas combinações. Em seguida, será abordada a
existência de juízos sintéticos a priori, sua justificação e a proposta de Kant de uma
“ciência particular que se pode chamar Crítica da razão pura”, bem como a definição
de filosofia transcendental. Por fim, será feita uma pequena explicação acerca da teoria
da sensibilidade e do entendimento, buscando compreender em quais pontos da Crítica
serão abordados os temas propostos pelo autor.

Palavras-chave: Kant; Transcendental; CRP; Moderna.

MORAL E LUTA DE CLASSES

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BONACINI, André Luis Augusto. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.

O seguinte trabalho tem como proposta analisar a exposição feita por Leon Trotsky nas
obras Questôes do Modo de Vida (1936) e A Moral Deles e a Nossa (1936). Nestas
obras Trotsky problematiza a questão da moral, demonstrando que a moral é antes de
tudo uma moral de classes. Neste sentido o autor evidencia a importância da utilização
da moral pelas classes dominantes como um mecanismo de dominação e reprodução do
capital. A partir disso aprofundaremos na apropriação feita pelo fascismo e as
instituições religiosas da moral kantiana e de seu imperativo categórico, tentando
fundamentar a exploração do homem pelo homem a partir de verdades universais.
Como aponta o autor "a própria concepção de verdade e mentira nasceu das
contradições sociais".

O CONTEÚDO DE VERDADE E A AUTONOMIA REVOGÁVEL DA OBRA DE


ARTE MODERNA SEGUNDO ADORNO
BONADIO, Gilberto Bettini. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.

Segundo Adorno, a obra de arte não é de início a representação de algo, mas um


complexo de relações formais. Dessa forma, é importante a compreensão da intenção da
obra, do que ela quer expressar por si mesma, sem tentar encontrar nela alguma
“mensagem” ou “propósito” que a defina de antemão. Para o filósofo, a compreensão
necessita que, mediante uma experiência plena da obra de arte se capte o conteúdo
como algo espiritual. Segundo ele, isto ensina a distinguir o verdadeiro do falso nas
obras de arte de acordo com sua lógica específica, ou seja, compreender uma obra de
arte como “compleição da verdade” a põe em relação com sua falsidade, pois não há
obras de arte que não participem no falso delas mesmas, na ideologia da época. Sendo
assim, a “verdade” que uma obra carrega consigo, além de possuir um caráter
historicamente variável, seria também o seu conteúdo crítico, isto é, um apontamento do
seu êxito em colocar-se contra a sociedade, demonstrando mesmo que temporariamente
a conquista de uma autonomia revogável diante das forças sociais.

O MYSTERIUM TREMENDUM COMO ELEMENTO DO NUMINOSO EM


RUDOLF OTTO
BORALLI, Older Gabriel. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Andrey Ivanov. gabrielboralli1@hotmail.com

O presente trabalho tem como objetivo expor a argumentação de Rudolf Otto a respeito
da experiência numinosa, em especial ao elemento do mysterium tremendum. Para se
compreender o conceito de experiência numinosa é preciso entender a relação entre as
esferas racionais e irracionais presente nas religiões, pois tanto racionalidade como
irracionalidade são para Otto os elementos que possibilitam, ora compreender
conceitualmente uma noção acerca do sagrado, ora vivenciá-lo através de um
sentimento religioso. É justamente no âmbito irracional das religiões que se encontra a
possibilidade da experiência numinosa, pois, como veremos adiante, trata-se de uma
experiência impossível de ser conceituada com precisão, restrita à vivência espirutal e
com sentimentos que extrapolam as emoções comuns ganhando o estatuto de
sentimentos exclusivamente religiosos. Dentre esses sentimentos, pode-se constatar o
mysterium tremendum como um dos elementos da experiência numinosa. Esse elemento
se destaca por ser um sentimento de arrebatamento da alma diante do “mistério que
causa arrepios”, um sentimento religioso que não se assemelha a uma emoção comum

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como a fé na salvação, confiança ou amor, mas que é capaz de comover a alma através
de um poder desconcertante. O mysterium tremendum ocorre como um estado de alma
constantemente fluido, tomando o ser humano como uma criatura que fica paralisada
em presença de algo inefável acima de todos os seres. Esse sentimento atua assim
durante um tempo até que a alma retorne a seu estado normal e profano.

Palavras-chave: Sagrado; Mysterium Tremendum; Irracional.

LENTES VORAZES E FAMINTAS: AS PROPOSTAS ESTÉTICO-POLÍTICAS


DE GLAUBER ROCHA PARA OS ANOS DE 1960
BOTARO, Rafael Wellington; SANTOS, Héder Junior. Universidade Estadual Paulista.
Orientador: Célia Aparecida Ferreira Tolentino. rafaelbotaro@hotmail.com;
heder_eu@hotmail.com

Esse trabalho dispõe-se a analisar o contexto social, cultural e cinematográfico


brasileiro dos primeiros anos da década de 60, a partir dos discursos estéticos e políticos
de Glauber Rocha (1939 – 1981). O cineasta em questão situa-se politicamente no
campo da esquerda e demonstra um particular apego à concepção romântica como
instrumento de compreensão e crítica à modernidade/modernização. O resultado é uma
forma particular de intelecção sobre a realidade brasileira, ou melhor, uma alternativa
estético-política que descortinasse as mazelas dos Terceiro Mundo. Com a finalidade de
interpretarmos tais questões, partiremos das pistas apontadas por Ismail Xavier (2007),
Raquel Gerber (1986) e também do manifesto Eztétyka da fome, do próprio Glauber
Rocha (1965). Importa mencionar que valemo-nos de alguns pressupostos: da
particularidade como valor estético dentro da obra de arte, da consciência construtiva-
intelectiva cultivada pelo cineasta, da arte como mediadora da realidade histórico-social
brasileira, e por fim, da arte como reflexo das condições do ser.

Palavras-chave: Cinema Brasileiro; Glauber Rocha; Política; Estética.

A QUEBRA PARADIGMÁTICA DO “INDIVÍDUO PÓS-MODERNO”


CALAHANI, Aline Ignacio. Universidade Estadual do Norte do Paraná. Orientador:
Fernando Brito Alves. alinecalahani@hotmail.com

Tanto na Modernidade líquida, de Zygmunt Bauman, quanto na denominada Alta


Modernidade, de Anthony Giddens, há certo confronto entre as quebras paradigmáticas
em relação ao indivíduo moderno com o então dito “pós-moderno”. A modernidade, por
assim dizer, está em processo de constante derretimento, está ficando cada vez mais
maleável, mas isso não significa que ela ficará assim para sempre, pois assim como todo
fluido, não mantem sua forma por muito tempo. O indivíduo, por sua vez, torna-se mais
um produto do sistema. Com a modernidade líquida avançando com rapidez, o
indivíduo se vê perdido, segue o fluxo pós-moderno e tenta buscar insistentemente
objetivos. A ciência e a tecnologia são grandes colaboradoras para tal busca e faz com
que a maioria das pessoas a tratem como a verdade, algo irrefutável, objetivo, ou seja,
religioso. A ideia de que o mundo está progredindo com esses “avanços” científicos e
tecnológicos, e a ideia de que tudo isso depende único e exclusivamente da raça
humana, o homem passa a se sentir capaz de fazer tudo, “tornar-se Deus”, é a era da
autoconfiança. Por ter certa dependência do outro, o indivíduo passa a tentar se
socializar mais, no entanto esse contato mais próximo com o outro pode trazer
sofrimento e desgraça, pois é o que as relações humanas trazem e, sendo assim, o ser

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tende a se afastar das relações sociais para evitar seus respectivos sofrimentos. É um
tema que Freud trata em sua obra O mal estar na civilização. Se relacionando pouco,
isolando-se mais, preferindo os relacionamentos em curto prazo, por exemplo, os
virtuais, e acreditando cegamente na ciência, o indivíduo se mostra um ser perdido e
covarde, que foge do que se é tratado como realidade, que tem medo de viver, de se
relacionar e de amar.

Palavras-chave: Modernidade, Pós-Modernidade, Indivíduo.

NIETZSCHE E O CRISTIANISMO: UMA PROPOSTA DE SUPERAÇÃO À


MORAL RESSENTIDA
CARDOSO, Giovani Fernando. Faculdade João Paulo II. Orientador: Pe. Thiago
Calçado. gvcardoso_23@ig.com.br

Ao declarar a morte de Deus, Nietzsche possibilita-nos a percepção de um cristianismo


que contribuiu para o ateísmo, pois é marcado pelo ressentimento, que se concretiza
numa vingança imaginária. Consequentemente, a moral cristã é fruto desse
ressentimento, seus juízos de valores surgiram insolicitadamente, incontidos,
carregando consigo várias contradições. O cristianismo tornou-se ressentido através de
seus propagadores, por isso o destino do evangelho encerrou-se no madeiro, as
decorrências deste foram meras conveniências às ações de seus difusores, considerando
ser a forma moral do agir humano. Ao falarmos da morte de Deus no pensamento
nietzschiano, não só falamos da morte do Deus dos monoteístas, mas também sobre a
queda de todos os ídolos ou de qualquer outra falsidade objetiva que faz com que o
homem não supere a moral religiosa. Não obstante, Nietzsche propõe a superação da
moral ressentida, oriunda do cristianismo, para que o homem transcenda e não se prenda
a juízos morais estruturados pelo ressentimento. Nosso entendimento é o de que, uma
vez proclamada a superação da moral ressentida o homem viva na liberdade suas
paixões.

Palavras-chave: Nietzsche; Cristianismo; Ateísmo; Ressentimento; Moral.

O COGITO TÁCITO COMO FUNDAMENTO DA TEORIA DO


CONHECIMENTO DE MERLEAU-PONTY
CAVALCANTE, Gustavo Luís de Moraes. Universidade Federal de São Carlos.
Orientador: Franklin Leopoldo e Silva.

O grande interesse de Maurice Merleau-Ponty, tanto pela filosofia moderna como pelas
novas teorias da psicologia (e da psicanálise) de sua época, e claro, por seu diálogo com
os filósofos contemporâneos, mostra como este fenomenólogo entendia a filosofia, esta
sendo sempre algo inacabado e em constante transformação. Merleau-Ponty propõe
pensar novas teorias que pudessem unir a filosofia com as novas descobertas da
psicologia, além de encontrar nova resposta a antigos problemas postos pela filosofia,
como por exemplo, a dualidade cartesiana. Através de um estudo do capítulo intitulado
“O cogito” do livro Fenomenologia da Percepção de autoria de Merleau-Ponty,
buscaremos entender os argumentos usados e também mostrar o caminho percorrido
pelo filósofo até a construção de seu cogito tácito. Ao mostrarmos essa argumentação e
explicar o que seja o cogito tácito, buscaremos encontrar a fundamentação de uma teoria
do conhecimento de Merleau-Ponty, sendo este o objetivo deste trabalho. Acreditamos
que entenderemos mais claramente essa teoria de conhecimento quando estudarmos o

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exemplo dado pelo fenomenólogo no capítulo base deste trabalho, a saber, o exemplo
mais complexo, e que melhor pode nos ajudar a entender essa teoria do conhecimento, o
exemplo da fala.

HORROR SUI – VONTADE E ASCESE EM SCHOPENHAUER


CAVASIN, Marcello Guedes. Universidade Estadual de Campinas. Orientador:
Oswaldo Giacóia Júnior. Bolsa: PIBIC/CNPq. mgcavasin@gmail.com

O presente trabalho pretende analisar como Arthur Schopenhauer compreende o


conceito de ascese em sua filosofia. Nosso exame passará brevemente pela teoria da
motivação e do caráter e, a partir de então, de como, por meio da contemplação de sua
própria essência, o sujeito se queda terrificado com aquela e, por conseguinte, de como
a Vontade em si entra em contradição com o seu próprio fenômeno de modo que, por
fim, ocorre a ascese. Durante nossa análise a ascese será vista como um processo bem
peculiar e, de modo algum, corriqueiro, cujas representações que outrora serviram de
motivação para o sujeito passam a servir de quietivo para vontade, enquanto esta rejeita
o que é agradável e busca sua própria mortificação. Essa viragem da vontade do
indivíduo que ora se afirma e ora se nega, como um do aspectos, se não “o” aspecto
mais complicado da ética schopenhauriana será apresentado e, em momento algum,
pretende-se ter sua complexidade resolvida, mas, ao contrário, elucidada por questões
formuladas a partir da própria filosofia de Schopenhauer.

Palavras-chave: Vontade em si; Motivação; Quietivo; Ascese.

MATERIALISMO VERSUS IDEALISMO, OU MAIS UMA VEZ MARX


CONTRA HEGEL
COIMBRA, Fábio. Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Aldir Araújo
Carvalho Filho. antaresf84@yahoo.com.br

O presente artigo tem como ponto central a ilustração das razões pelas quais Marx se
contrapõe a Hegel em se tratando da consciência como algo absoluto, independente e
superior ao homem. Para compreender melhor o contraste na posição dos dois filósofos
considerar-se-á em um primeiro momento a concepção hegeliana de consciência. Em
um segundo momento analisar-se-á a noção de materialismo com base na obra “A
Ideologia Alemã”. Não faz parte dos interesses desta pesquisa exaltar uma teoria em
detrimento da outra. O que se pretende aqui é desenvolver uma reflexão que de algum
modo venha contribuir para um entendimento mais consistente do que seja o idealismo
de hegeliano e materialismo de Marx.

Palavras-chave: Materialismo; Idealismo; Homem; Consciência; Mundo.

DA PAIXÃO TRISTEZA E DA SUA NATUREZA NO CONTEXTO DA


DEPRESSÃO PÓS-PARTO MANIFESTA NO PERÍODO PUERPERAL
CONTURBIA, Soraya de Lima Cabral. Universidade Federal do Espírito Santo.
Orientador: Cláudia Pereira do Carmo Murta. Bolsa: FAPES. sconturbia@hotmail.com

A presente pesquisa, baseada nos pensamentos de René Descartes, Espinosa e Sigmund


Freud, tem como objetivo investigar a paixão tristeza e sua relação com a depressão
pós-parto manifestadas nas mulheres durante o período do puerpério. Para tanto é
analisada a noção de tristeza de Descartes, a tristeza em Espinosa e a manifestação

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desse sentimento com base nas obras teóricas de Sigmund Freud. Para Descartes a
tristeza provém da fraqueza que consiste no incômodo que a alma recebe do mal, por
isso quando estamos tristes o corpo fica indisposto, apático e abatido. Para Espinosa,
uma afecção que diminui a potência do corpo (apetite) de manter as proporções de
movimento e repouso diminui a potência de agir e tem, em paralelo, na mente
(vontade), uma diminuição da potência de pensar. A passagem de uma potência maior
para uma menor é o afeto da tristeza, ou seja, á essa diminuição da potência de agir e de
pensar (provocando tristeza) são sempre passivas e causam dor. Comparando as paixões
às forças da natureza, Espinosa constata que não temos controle sobre elas e uma paixão
leva à outra. Freud vai dizer que no indivíduo melancólico há uma diminuição
extraordinária de sua auto- estima, um empobrecimento de seu ego em grande escala.
Portanto, a mulher que passa a ser mãe, às vezes, não se sente mãe, e sim, ainda mulher.

Palavras-chave: Tristeza; Melancolia; Depressão Pós-Parto; Alma; Corpo.

IN PRINCIPIO ERAT VERBUM: A METAFÍSICA DA CRIAÇÃO NA


CONCEPÇÃO TOMISTA
CUNHA, Anderson Santana. Faculdade João Paulo II. Orientador: Orion Ferreira Lima.
a.santana.cunha@hotmail.com

Esta nossa reflexão filosófica possui dois acentos principais: a filosofia medieval e o
grande pensador, S.Tomás de Aquino e sua explicação sobre a origem do universo.
Pretendemos analisar alguns aspectos apresentados pelo doutor angélico para a questão
polêmica da criação do mundo. Inicia-se com algumas considerações elementares sobre
tomismo. As demais seções visam tratar da criação. Partimos da questão da existência
de Deus através do conceito de ato e potência, nas “cinco vias da existência de Deus”.
Depois comentamos sobre a liberdade da vontade do Deus criador, e também a idéia de
participação das criaturas. Apresentamos, por fim, a problemática questão do momento
da criação e a argumentação filosófica sobre a imperfeição do universo criado por um
Ser perfeito. Nosso objetivo é apresentar as contribuições do autor sobre o universo,
principalmente as de cunho cosmológico. Estas ultrapassam os limites da história da
filosofia, abarcando toda a história do homem. Breve, as contribuições do autor sobre o
universo, principalmente as de cunho cosmológico. Estas ultrapassam os limites da
história da filosofia, abarcando toda a história do homem.

Palavras-chave: Medieval; São Tomás de Aquino; Metafísica; Cosmologia; Criação.

GUERRA INJUSTA, GUERRAS JUSTAS (?): HOBBES E AS PERSPECTIVAS


DA FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA SOBRE A GUERRA
CUNHA, André Luiz Ferreira. Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Orientador: Douglas Ferreira Bastos. Bolsa: CNPq. andrelfcunha@gmail.com

O objetivo desta pesquisa é analisar o tema da guerra e sua relação com a injustiça e,
como defendem filósofos contemporâneos, com a justiça. Partimos da análise da guerra
na obra de Hobbes, especificamente do capítulo XIII de Leviatã, em que o filósofo
defende que nenhuma guerra pode ser justa. Isto porque o que caracteriza a guerra é a
ausência de um poder comum que trate todos em respeito. Nada na guerra pode ser
injusto, porque não há medida para a injustiça e menos ainda para a justiça. Enfim,
segundo Hobbes não há parâmetro de justiça para que se possa avaliar a guerra.
Também consideraremos aqui as definições hobbesianas de lei de natureza e direito de

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natureza, que envolvem a proteção à vida de cada homem. Nesta pesquisa será de
grande importância a caracterização contemporânea das guerras estabelecida pelo
cientista político e historiador Carl Von Clausewitz em seu Da Guerra (1979) e do
teórico político Raymond Aron em Paz e Guerra entre as nações (2002). Mas nosso
objetivo principal será proceder uma avaliação da noção de guerra justa elaborada por
Michael Walzer em Guerras justas e injustas (2003). A questão inicial que nos orientará
em toda a pesquisa é: que fatores nos podem balizar na avaliação de que a guerra possa
ser justa ou injusta?

Palavras-chave: Guerra; Paixões; Estado; Justiça; Injustiça.

EDGAR ALLAN POE E SEU ROMANTISMO NO SÉCULO XIX


DAMBRÓS, Marcos Paulo. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Christiane Szesz. dambros7@gmail.com

A apresentação sobre o trabalho “Edgar Allan Poe e seu romantismo no século XIX”
para o evento de filosofia terá como foco as contribuições da pesquisa em história
intelectual para as discussões acerca do romantismo, sua literatura e filosofia. Para
realização deste trabalho partiu-se da importância que as relações intelectuais
contribuíram para a produção literária de Edgar Allan Poe e seu romantismo. Como
relações intelectuais não somente as comunidades dos intelectuais que Edgar Allan Poe
mantinha contato nos Estados Unidos mas também suas influências literárias que
comumente descreveu em suas cartas, resenhas e contos. Compreender isso é indagar-se
de que maneira elas repercutiram na produção literária e repercutiram na sua identidade
literária e filosófica. Porém, cabe considerar que este diálogo fez parte de um contexto
social e histórico peculiar, os Estados Unidos do século XIX. Estudar a imprensa,
intelectualidade e sua sociedade em diálogo com as transformações sociais na Europa
foram premissas essenciais para condução da investigação acerca do pensamento
romântico de Edgar Allan Poe.

Palavras-chave: Romantismo; Edgar Allan Poe; História Intelectual

É POSSÍVEL PENSAR PROBLEMAS SOCIAIS A PARTIR DAS FORMAS


MUSICAIS? A CATEGORIA DE AUTONOMIA ENTRE A MÚSICA E A
SOCIEDADE
DEL LAMA, Fernando Araújo. Universidade de São Paulo. Orientador: Marcus Sacrini
Ayres Ferraz. Bolsa: CNPq. fernando.lama@usp.br

Seriam as formas musicais apenas mais um modo de expressão artística, ou seriam elas
um espaço privilegiado para se pensar os processos de racionalização que guiam nossa
época? É visando uma solução para esta questão que este trabalho será desenvolvido. É
certo que as discussões no interior da estética musical do século XX pautaram-se,
sobretudo, sobre a articulação de três categorias fundamentais: autonomia, expressão e
sublime. Dados os objetivos deste texto, apenas a categoria de autonomia será abordada.
Assim, para se pensar a autonomia, com base em Adorno, no campo musical, será
utilizado como base teórica o compositor Arnold Schoenberg e a criação de seu método
dodecafônico de composição; já no campo da sociedade, serão utilizadas algumas
análises do sociólogo Max Weber acerca da organização social de sua época, pautadas
nos conceitos de racionalização e desencantamento do mundo. Por fim, através da
comparação dos processos de racionalização que guiaram tanto a música quanto a

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sociedade, insistir-se-á na ideia de uma única racionalidade a guiar ambas as esferas,
mostrando assim, que a música – ou, ao menos, a música moderna – também pode (e
deve) ser pensada. Em outras palavras, trata-se de um esforço em levar a música para
além do modo como ela é tradicionalmente tomada, a saber, como objeto de mera
fruição estética na ausência de conceito.

Palavras-chave: Arnold Schoenberg; Max Weber; Música Dodecafônica; Autonomia;


Sociedade.

INVESTIGAÇÃO SOBRE O ERRO CATEGORIAL NA CONCEPÇÃO


CARTESIANA DE MENTE
DUARTE, Bruna Maria Lemes. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Mariana Cláudia Broens. Bolsa: CNPq. brunalemes06@hotmail.com

A partir da obra The concept of Mind do filósofo Gilbert Ryle, esta investigação
pretende investigar o erro categorial que, segundo ele, está na base da abordagem
dualista substancial da mente. Este erro consistiria em considerar que algo pertence a
uma categoria lógica quando efetivamente pertence à outra. Ryle ressalta que, para a
abordagem dualista substancial, os seres humanos seriam constituídos de um corpo ou
substância extensa, que seria material e estaria sujeito às leis físicas, e uma mente, ou
substância pensante, supostamente imaterial e não sujeita às leis físicas. Desse modo,
seres humanos teriam um corpo material situado no tempo e no espaço e uma mente que
faria parte de um mundo não físico, dotada de temporalidade apenas por não poder
ocupar um lugar no espaço. Na esteira de Ryle, o objetivo central deste trabalho é
apresentar e discutir algumas das implicações da doutrina dualista substancial à luz da
análise lógica, especialmente no que se refere à distinção entre a suposta vida privada
da mente e a vida pública do corpo.

Palavras-chave: Dualismo cartesiano; Mente e Corpo; Erro Categorial.

AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ NA OBRA SARTRIANA


ERCULINO, Siloe Cristina do Nascimento. Universidade Federal do Espírito Santo.
Orientador: Thana Mara de Souza. Bolsa: UFES siloe_cristina@hotmail.com

O presente artigo aborda as condutas de má-fé ou tentativas de fugir da liberdade


analisadas por Sartre na obra “O Ser e o Nada”. Para isso, primeiro mostraremos que o
homem é absolutamente livre, por meio da fórmula “Toda consciência é consciência de
algo que não é”, a noção de consciência como vazia de conteúdos e separada do mundo
pela fissura do nada. Colocaremos a partir daí que a consciência da liberdade absoluta é
a angústia existencial do para-si enquanto projeto contingente, sem fundamento para
ação e ainda assim responsável. E consideraremos que, dessa forma, o homem tenta
fugir da angústia por meio das condutas de má-fé, isto é, ele forja determinismos para
justificar sua ação. Esta introdução ao pensamento sartriano nos permitirá dissertar
sobre as condutas de má-fé analisadas pelo filósofo, que seriam: as tentativas de fugir da
liberdade forjando determinismos, o que implica a negação da condição ontológica ou
falseamento existencial, uma vez que o para-si é intencionalidade. As condutas de má-fé
que analisaremos no concreto se configuram como: tentar definir-se como objeto
determinado diante das situações, ou seja, negar a transcendência, e, além disso, tentar
negar a imanência colocando-se acima de suas realizações ou atos. Visto isto,

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mostraremos por fim, que as condutas de má-fé estão fadadas ao fracasso, pois o
homem está condenado a ser livre.

Palavras-chave: Sartre; Liberdade; Angústia; Má-fé.

A CRÍTICA DE STRAWSON À TEORIA DAS DESCRIÇÕES DE RUSSELL


FARIA, Filipe Martone. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Lucas
Angioni. filipemartone@gmail.com

O objetivo deste trabalho é apresentar brevemente os pontos principais da Teoria das


Descrições de Russell e mostrar, em seguida, as críticas que tal teoria recebe do filósofo
Peter Strawson. Para tanto, apresento alguns elementos que julgo fundamentais
encontrados principalmente no famoso artigo On Denoting e em Philosophy of Logical
Atomism, de Bertrand Russell. O problema que norteia essa teoria é o fato de que até
mesmo sentenças com descrições definidas que se referem a objetos inexistentes
possuem significado. Para resolvê-lo, Russell argumenta que sentenças contendo
descrições definidas como sujeito gramatical não são, na realidade, logicamente da
forma sujeito-predicado. Elas podem ser decompostas em três proposições que, em
conjunto, dão significado para a sentença, mesmo em casos em que o referente da
descrição não exista na realidade. Em seguida, apresento a crítica de Strawson a essa
teoria. Em suma, Strawson argumenta que não são as expressões que referem, mas sim
as pessoas que as utilizam, e o que dá sentido a elas são as regras e convenções da
linguagem, e não um conjunto de proposições disfarçado. Concluo, então, com algumas
observações sobre as duas teorias, tentando apresentar as limitações que elas encontram
em relação às descrições definidas.

Palavras-chave: Descrições Definidas; Referência; Sujeito.

TRABALHO, ESTRANHAMENTO E COMUNISMO EM MARX


FERREIRA, André Luiz Silva. Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Arlei
de Espíndola. andresilvaferreira@gmail.com

O homem pode, no seu desenvolvimento histórico, dar vida a inúmeros objetos que
servem para satisfazer suas necessidades. Observa-se na sociedade contemporânea um
sem número de avanços nos registros científico e técnico que são resultado da ação
deste ser. O auxilio dos poderes despertados tornou possível para a espécie humana
amenizar as, originalmente, duras condições impostas pela meio natural onde estes
vivem. No entanto, para a grande maioria dos indivíduos humanos essa possibilidade de
uma vida melhor não passa de possibilidade lógica, não vai além do discurso, ou seja,
não se efetiva. O que se vê atualmente na sociedade dos homens é a flagrante oposição
entre a riqueza objetiva socialmente produzida e a miséria vivenciada pela grande
maioria dos indivíduos. Levados pela ânsia de enxergar as categorias que se articulam
formando esta realidade concreta que, continuamente, nos deixa ver a oposição
apontada, fomos buscar luzes no pensamento de Karl Marx. Olhamos especialmente
para os conceitos de Trabalho, Estranhamento e Comunismo. Os quais respectivamente
significam: A condição da sociabilidade humana, o diagnóstico de um problema
contemporâneo e o prognóstico, a superação do estado de coisas problemático.

Palavras-chave: Trabalho; Estranhamento; Capital; Comunismo.

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A RELAÇÃO ENTRE REFLEXÃO E PENSAMENTO NA FILOSOFIA DE
JOHN DEWEY
FERREIRA, Nicholas Gabriel Minotti Lopes. Universidade Estadual Paulista – Campus
Marília. Orientador: Mariana Cláudia Broens. Bolsa: PIBIC. nicholasgml@hotmail.com

Este trabalho pretende apresentar em linhas gerais a proposta deweyana para o


pensamento reflexivo. Entendemos que a reflexão ocupa um papel de destaque dentro de
diversas doutrinas filosóficas, pois muitos filósofos tem discutido este conceito.
Generalizando, a reflexão é tomada como um processo interno e individual em um
movimento de interação entre os pensamentos particulares. Porém, Dewey argumenta
que este tipo de conclusão epistemológica acerca da reflexão é muito superficial. No
entender do filósofo, reflexão é o exercício de pensar, questionar, analisar e deliberar
sobre os diversos problemas de uma forma coerente ou lógica. Assim, reflexão não deve
ser pensada como um processo exclusivamente interno. O caminho é pensá-la como
uma organizar os pensamentos tornando-os frutos de uma análise meticulosa com
comparações, questões e deliberações a respeito de uma conclusão prévia.

Palavras-chave: Reflexão; Pensamento; Mente.

O PROBLEMA DA SEMELHANÇA OU DESSEMELHANÇA ENTRE


SÓCRATES E OS RETORES NO GÓRGIAS DE PLATÃO
FERREIRA, Gustavo Rafael Bianchi Azevedo. Universidade Estadual de Campinas.
Orientador: Lucas Angioni. gustavoharry@hotmail.com

Este trabalho de iniciação científica tem como objetivo abordar, a partir do Górgias de
Platão, o problema da semelhança ou dessemelhança entre Sócrates e os praticantes da
retórica. Para cumprir esse objetivo, pretende-se realizar uma comparação entre eles que
atente tanto para o método discursivo quanto para o pensamento ético-político exibidos
por cada um nesse diálogo. Tal comparação será feita através do estudo de quatro
relações. Elas são as seguintes: (1a) a relação entre o método discursivo do filósofo
(Sócrates) e aquele dos praticantes da retórica (Górgias, Polo e Cálicles); (1b) a relação
entre o pensamento ético-político do filósofo e aquele dos praticantes da retórica; (2a) a
relação entre o método discursivo do filósofo e o pensamento ético-político dele
mesmo; e (2b) a relação entre o método discursivo dos praticantes da retórica e o
pensamento ético-político deles mesmos.

Palavras-chave: Platão; Sócrates; Retórica; Górgias; Élenchos.

IGUALDADE E LIBERDADE NO PENSAMENTO (ATUAL) DE SÓCRATES


FERREIRA, Valéria Cristina de Lima. Universidade Estadual de Matogrosso do Sul .
Orientador: Isael José Santana. valeriaclf@ibest.com.br

O presente trabalho versa sobre os valores igualdade e liberdade, na visão de Sócrates,


ressaltados a partir da observação dos exemplos e atitudes do filósofo, no diálogo por
ele defendido e praticado, cuja relevância deste último para a sociedade atual, no
tocante à sustentabilidade da democracia e da cidadania permanece idêntica em relação
àquela vivenciada na antiguidade, pelos atenienses. Sócrates ensinava a buscar a
verdade e o que fosse bom para todos por meio do diálogo. Também, nos dias atuais,
continuam sendo necessários o amplo debate e o acordo democrático nas questões
sociais, com participação ativa dos cidadãos na solução dos problemas da sociedade

29
moderna, bem como na criação e reforma de leis em nome do bem comum, o que
somente é possível com a liberdade de discussão e a igualdade no direito de efetiva
participação dos cidadãos e organismos que os representam, na vida política do país.
Como resultado da pesquisa, identificou-se que o pensamento de Sócrates continua
atual, vez que aqueles valores permanecem cruciais e estendem-se para além do âmbito
jurídico, sendo necessários à própria sobrevivência humana, pois, sem eles, a moral, os
princípios e os direitos humanos são desconsiderados, a lei é desrespeitada e a verdade
nem sempre revelada, sabendo-se que onde não há verdade, não há justiça, bem ou paz.

Palavras-chave: Sócrates; Igualdade; Liberdade; Democracia; Cidadania.

A RAZÃO DA SOCIEDADE CIVIL EM THOMAS HOBBES


FRANÇA, Laryssa Luz Santos. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Yara
Frateschi. laary.s@gmail.com

Em uma sociedade já constituída, torna-se difícil imaginar que tal situação não seja
natural, ou que pelo menos não tenha se dado dessa forma. Porém, em uma análise mais
profunda do que seria a sociedade, logo se conclui que certamente não fora sempre
assim, pois, o mundo não foi criado com a sociedade civil já estabelecida e
provavelmente as condições de vida entre os homens não foram sempre estas. Para
Thomas Hobbes a constituição do Estado (ou da sociedade), apesar de necessária, é
artificial, já que, para ele, os homens não nascem aptos para a sociedade, mas encontram
nela um meio para obtenção de benefícios próprios. Fundada em um pacto, no qual
todos os homens transferem suas vontades à um único, chamado soberano, a sociedade
traz uma nova condição de vida. Essa união de uma única vontade (diferente de muitas
unidas, como era na multidão) é o que caracteriza a formação da sociedade civil e marca
uma espantosa mudança na vida dos homens, agora também chamados cidadãos. Para
tal entendimento, no entanto, faz necessário examinar os diversos meios de convívio
entre os homens antes e depois do surgimento da Sociedade civil (Estado),
compreendendo primeiramente a causa pela qual fora estabelecida. Depois os meios
pelos quais acontecera sua instituição e, por fim, se o motivo para o qual fora instituída
é plenamente atendido. Veremos então, a partir do pensamento hobbesiano, a origem da
sociedade civil e quais as mudanças que ela traz, na tentativa de justificar, ou não, sua
existência.

Palavras-chave: Sociedade; Razão de Estado; Natureza.

SOBRE A TEORIA DRAMÁTICA DE DIDEROT E A SUA APROXIMAÇÃO À


POÉTICA DE ARISTÓTELES
FREITAS, Jussara Gomes da Silva. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Ana Maria Portich. jugsf@marilia.unesp.br

O objetivo deste trabalho consiste em fazer uma breve análise da teoria dramática de
Denis Diderot, pensador francês responsável pelo paradigma que ainda vige nas artes
dramáticas contemporâneas. Para tanto, apresentaremos a sua teoria dos gêneros
dramáticos, na qual propõe os gêneros: comédia séria e tragédia doméstica. Em seguida
aproximaremos os paradigmas apontados por Diderot ante a proposta de gêneros
dramáticos de Aristóteles, presente em sua Poética, na qual a tragédia e a comédia são
os gêneros dramáticos relevantes.

30
Palavras-chave: Diderot; Gêneros dramáticos; Teoria Dramática; Aristóteles.

OS LIMITES DO ENSINO COMO TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS E


O PAPEL DA EXPERIÊNCIA NA APRENDIZAGEM. REPENSANDO O
LUGAR DA REPRESENTAÇÃO NO ENSINO
GARCIA, Amanda Veloso. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Rodrigo Pelloso Gelamo. Bolsa: PIBID/CAPES.
amanda.hipotenusa@gmail.com

Comumente concebemos a comunicação como um processo de transmissão de


informação de forma direta, no qual emissor e receptor compartilham representações. É
esta mesma relação comunicacio-representacional que fundamenta o processo de
ensino-aprendizagem tal qual comumente o concebemos. Nesse processo, o indivíduo
detentor do conhecimento, aquele que detém uma representação de determinado objeto,
o transmite por meio da explicação a alguém que não o tem, proporcionando que este
passe a possuí-lo, ou seja, que este tenha a mesma representação acerca do objeto em
questão sem que, para isso, ele precise ter tido um contato este mesmo objeto. A questão
que procuramos desenvolver nesse estudo pode ser enunciada do seguinte modo: será
que o conhecimento pode ser transmitido de forma representacional, por meio de uma
explicação, sem que aquele que aprende faça uma experiência por si só daquilo que
aprende? Defendemos nesta pesquisa juntamente com Deleuze que este sistema
representacional leva a estagnação do indivíduo frente ao mundo e, no caso da Filosofia,
frente aos problemas, promovendo uma “imagem dogmática do pensamento” que trai
profundamente o que significa pensar e que deveria ser a base da aprendizagem.
Pretendemos mostrar que somente a experiência com o objeto pode promover a
aprendizagem efetiva, violentando o pensamento para que este busque por si só seu
sentido e forme sua própria apreensão, e não a mera repetição de conteúdos partilhados
e tidos como importantes como temos encontrado nas escolas.

Palavras-chave: Ensino de Filosofia; Experiência; Representação.

A EXPERIÊNCIA CONSCIENTE EM DAVID CHALMERS


GONÇALVES, Daniel Borgoni. Universidade São Judas Tadeu. Orientador: Paulo
Henrique Fernandes Silveira. dborgoni@hotmail.com

Na obra The Conscious Mind (1996), David Chalmers (1966 - ) afirma que estamos
mais certos da existência da experiência consciente do que qualquer outra coisa no
mundo, mas que ela escapa às abordagens reducionistas da consciência que tentam
explicá-la por meio de propriedades físicas. Para a correta identificação deste problema,
afirma o filósofo, é necessário separar dois aspectos reais e distintos da mente: o
psicológico e o fenomênico. Os primeiros são caracterizados pelo que a mente faz, e as
abordagens funcionais da mente parecem poder explicá-los. O aspecto fenomênico é
caracterizado pela experiência consciente, de modo que não é possível explicá-la em
termos de função ou estrutura. Nesse sentido, Chalmers defende que a consciência
entendida como experiência consciente é uma propriedade não-física do mundo, que
supervem naturalmente às propriedades físicas, nomeando sua abordagem de dualismo
naturalista. Afirmando a existência de uma relação entre superveniência lógica e
reducionismo, o filósofo precisa mostrar que a experiência consciente não é logicamente
superveniente a sua base física. Desse modo, esta comunicação visa apresentar e

31
problematizar os argumentos que Chalmers utiliza para postular que a experiência
consciente é uma propriedade que está para além do mundo físico.

Palavras-chave: David Chalmers; Consciência; Dualismo.

¿EXPLICANDO QUÉ?: NIVELES Y MECANISMOS EN FILOSOFÍA DE LAS


NEUROCIENCIAS
ITATÍ, Branca Mariana; RAMÍREZ, Adrian. Universidad Nacional de Córdoba –
Facultad de Psicología. Orientador: Prof. Dr. José Ahumada. Bolsa: SeCyT (Secretaría
de Ciencia y Técnica, UNC). itatibranca@gmail.com

La noción de nivel es un eje conceptual que atraviesa los modelos mecanicistas de


explicación propuestos en el ámbito de la filosofía de las neurociencias. Si bien distintos
modelos comparten esta noción y otros conceptos relacionados (componente, actividad,
organización, mecanismo, fenómeno de nivel alto), al sostener concepciones distintas
respecto a la definición de nivel no comparten de la misma manera el sentido
adjudicado a tales términos. El objetivo del presente trabajo es exponer sucintamente las
principales nociones de nivel, componente, actividad, organización, mecanismo y
fenómeno de nivel alto en las propuestas de Carl Craver (2005; 2007) y William
Bechtel (2007; 2008), modelos explicativos mecanicistas constitutivos para explicar
fenómenos neurocognitivos, alternativos a la propuesta de “reduccionismo salvaje” de
John Bickle (2003; 2006). Se espera dar cuenta de que los autores comparten un marco
conceptual general pero divergen en definiciones con profundas implicancias ónticas y
pragmáticas que derivan en ideas diferentes de mecanismos y de fenómenos a explicar,
y que por lo tanto los modelos citados mantienen diferencias más fuertes de las que se
podrían pensar en un primer término.

Palavras-chave: Filosofia da Neurociência; Modelos Mecanicistas; Níveis;


Neurociência Cognitiva.

TEORIA DA IDENTIDADE E ELIMINATIVISMO: DUAS ALTERNATIVAS


CONTEMPORÂNEAS AO PROBLEMA DO DUALISMO
JATOBÁ, Jessyca Eiras. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília. Orientador:
Mariana Cláudia Broens. jessycaeiras@gmail.com

O objetivo do presente trabalho é abordar criticamente duas alternativas


contemporâneas ao dualismo mente-corpo – a teoria da identidade e o eliminativismo –
e os possíveis problemas delas decorrentes. O dualismo, ou a ideia de que mente e corpo
são substâncias essencialmente distintas, acarreta problemas insolúveis, tais como a
impossibilidade de explicação da relação causal entre mente e corpo e o solipsismo. Na
tentativa de resolução de tais problemas surgem teorias como a teoria da identidade
mente-cérebro e o eliminativismo. A primeira afirma que existe uma identidade tal entre
processos mentais e cerebrais que a ocorrência dos primeiros depende da dos últimos.
Mas acontece que tal teoria acarreta problemas não menos relevantes do que aqueles
levantados pela abordagem dualista substancial. Diante desse quadro, cognitivistas
contemporâneos como Paul e Patricia Churchland propõem uma teoria mais radical, o
eliminativismo, que defende que a neurociência nos permitirá explicar os fenômenos do
cérebro de forma total, de modo que não tenhamos que recorrer aos “assuntos sobre a
consciência” em nossas explicações. É por esse motivo que eles defendem o abandono
de nosso vocabulário “mentalista”, pois sabemos que os termos mentalistas – crenças e

32
desejos - são inadequados para a descrição dos eventos neurológicos responsáveis por
nossos processos cognitivos, perceptivos, dentre outros.

Palavras-chave: Dualismo; Solipsismo; Identidade Mente-Cérebro; Eliminativismo.

SEXO E ACIDENTE NATURAL: A DOMESTICAÇÃO DO SELVAGEM


SEGUNDO ROUSSEAU
JUNIOR, Paulo Ferreira. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: José Oscar
de Almeida Marques. Bolsa: FAPESP. ferreirapaulojr@yahoo.com.br
O objetivo deste trabalho é discutir dois temas presentes na exposição de Jean-Jacques
Rousseau sobre a passagem do estado de natureza para o estado social, a saber: a
necessidade sexual (amor-físico) e o acidente natural. A passagem do estado natural
para o estado social é um problema que permeia quase todo o pensamento de Rousseau.
A necessidade sexual atua alternadamente no processo de desnaturação e, de certa
maneira, prepara as condições para que os homens, diante do acidente natural, possam
se sociabilizar. Em suma, o amor é um importante tema da filosofia de Rousseau, a
partir dele podemos ter uma compreensão mais equilibrada do pensamento moral do
cidadão de Genebra.

Palavras-chave: Sexo; Moral; Sociabilidade; Rousseau.

LÓGOS VERDADEIRO E LÓGOS FALSO NO CRÁTILO DE PLATÃO


KANASHIRO, Michele. Centro Universitário São Camilo. Orientador: Bruno Loureiro
Conte. michele.k86@gmail.com

No diálogo Crátilo, a relação entre palavra e coisa é problematizada, Sócrates e seu


interlocutor, que dá nome ao diálogo, evidenciam essa distinção: uma coisa é o nome e
outra coisa aquilo de que é nome (430a). O portador da verdade não é o nome pois se
assim fosse não teria sentido falar do falso. Partindo da diferença entre logos verdadeiro
e logos falso, Sócrates reflete no fato de que as palavras (onomatas) são verdadeiras ou
falsas na medida em que o nomear, como uma parte do falar, abarca essa possibilidade.
Essa conclusão se dá pela afirmação de que todo discurso pode ser verdadeiro (logos
alêthês), aquele que diz as coisas como são (ta onta legêi hôs estin), ou falso (pseudês),
o que as diz como não são (hôs ouk estin). (385b-c) Deste modo, as palavras como parte
do discurso podem ser verdadeiras ou falsas, não sendo a palavra a portadora da verdade
mas sim o logos. O presente trabalho aborda a relação destes aspectos do discurso
(logos) para Platão tal como aparecem neste diálogo citado, no Fédon e no Sofista,
viabilizando ao filósofo não só apontar que há o discurso falso, o que ocorre no Crátilo,
mas também como se dá a sua possibilidade, como é exposto no diálogo Sofista.

Palavras-chave: Linguagem; Logos; Verdade; Sofista.

ASPECTOS DA PROPOSTA EPISTEMOLÓGICA DE MORITZ SCHLICK


LOPES, Bruno Iauch. Universidade Estadual do Norte do Paraná. Orientador: Marcos
Antônio Alves. bruno.iauch@hotmail.com

Nesse trabalho apresentamos a proposta epistemológica do filósofo da ciência Moritz


Schlick. Pretendemos, com base em suas definições de relação entre filosofia e ciência,
fundamentos da prática científica, de enunciado científico e observação, analisar a
relação entre ciência e valores segundo Schlick. Esta discussão envolve teses tais como

33
a de que a ciência é neutra, imparcial e autônoma. Em outras palavras, independente de
valores. A imparcialidade implica na separação dos valores em dois grupos: cognitivos
e não-cognitivos. Os valores cognitivos, tais como, adequação empírica, coerência com
outros enunciados e teorias aceitas, poder explicativo e preditivo, servem de critério
para escolha e seleção de teorias. Os valores não-cognitivos, ao contrário dos
cognitivos, são componentes de uma determinada cultura em um dado período histórico,
esses podem ser políticos, ideológicos, ou econômicos. Em nossos dias podemos citar
como um valor não-cognitivo o controle tecnológico da natureza. Uma teoria é
imparcial se não participaram dos critérios de sua escolha valores pessoais ou de um
determinado grupo. A neutralidade refere-se à aplicação da teoria, ou seja, uma teoria é
neutra se sua aplicação não favorece uma determinada pessoa ou grupo. A autonomia
afirma a independência da ciência em relação às demandas exteriores a ela. Significa
que o processo de elaboração científica tem como parâmetros apenas os valores
cognitivos e os critérios de imparcialidade e neutralidade.

RUSSELL CONTRA O NOMINALISMO DE SEMELHANÇA


LOPES, Lucas Miotto. Universidade Federal de Ouro Preto. Orientador: Desidério
Murcho. lucasmiottol@gmail.com

O objetivo principal deste trabalho é mostrar que uma resposta recente ao argumento da
Regressão Infinita apresentado por Russell no seu Os Problemas da Filosofia não
funciona. O nominalismo de semelhança é a tese de que podemos explicar propriedades
com base nas relações de semelhança entre particulares e, por isso, de que não
precisamos postular a existência de universais. Um atrativo dessa tese é que ela reduz o
número de categorias utilizadas para explicar a realidade, tendo assim um custo
ontológico menor. Russell objetou que o nominalismo de semelhança não funciona, pois
a própria semelhança é um universal e não há maneira de rejeitar isso sem cair em um
regresso infinito. Sendo a semelhança um universal, parece que não temos boas razões
para não aceitarmos a existência de outros universais. A resposta que apresento é a de
Rodriguez-Pereyra (2001). Esse autor defende que a própria existência dos particulares
implica na relação de semelhança. Para isso, ele toma os particulares como veridadores
das proposições, ou seja, os particulares, e somente eles, determinam as condições de
verdade de uma dada proposição. Assim, a proposição “ X é semelhante à Y” será
verdadeira pelo simples fato de X e Y existirem: existir é condição suficiente da
semelhança. A fim de tornar essa defesa plausível, o autor adota o realismo modal de
David Lewis e todas as suas conseqüências, sendo a principal a de que os particulares
não podem existir em mais de um mundo possível. Contra essa tese, argumento que ela
não explica uma intuição importante acerca do que é uma condição suficiente, bem
como acaba por pressupor o que está em causa, nomeadamente, a composição dos
veridadores das proposições de semelhança.

Palavras-chave: Universais; Nominalismo de Semelhança; Regressão Infinita; Russell.

NOTAS SOBRE A FILOSOFIA PRÁTICA DE KANT


MACHADO, Thomas Matiolli. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Clélia Aparecida Martins. matiolli_thomas@hotmail.com

O espírito questionador de Kant, cuja extraordinária força voluntária, em decênios de


laborioso estudo, levou-o a um posicionamento crítico frente às questões “O que posso
aber? O que devo fazer? O que me é permitido esperar?”(Crítica da Razão Pura B

34
833), as quais segundo ele são as questões fundamentais do homem. O problema moral
para Kant não estava fora de seu leque de campos relevantes a título de minuciosa
pesquisa, exemplo que as próprias célebres perguntas na primeira Crítica deixam
explicito. O objetivo desse trabalho é explorar, ao menos de forma expositiva, os
fundamentos da filosofia prática kantiana enquanto sistema ético que se resumirá na
tentativa incessante de responder à segunda pergunta.

Palavras-chave: Filosofia prática; Ética; Moral.

DIREITO POLITICO INTERNACIONAL E GUERRAS NA FILOSOFIA DE


HEGEL
MAIA, Rodrigo Ismael Francisco. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Marcos Tadeu Del Roio. Bolsa: FAPESP. rodrigomaiacs@yahoo.com.br

A Filosofia politica de Hegel prevê a realização de um mundo social na esfera do


Estado; sendo o último momento do desenvolvimento da racionalidade e sociabilidade
humanas. È interesse aqui verificar o funcionamento da filosofia do direito em Hegel
sobre o tema da guerra e do direito internacional. A propriedade privada e a noção de
totalidade fazem do Estado a ferramenta administrativa da sociedade, e por isso, o
elemento determinante. O Estado tem existência a partir das circunstâncias encontradas
na sociedade civil, e sua mediação, além da burocracia e da polícia, está no direito, na
razão legisladora da sociedade. Assim, da mesma forma que na sociedade civil os
indivíduos se relacionam como particularidades sobre suas propriedades, os Estados
também se relacionam como particularidades, que se exteriorizam e buscam seu
reconhecimento internacional. Extrapolando o direito politico interno, há o direito
politico internacional, diferente do proposto por Kant, que via na conformação de uma
organização mundial superior aos Estados a estabilidade política e a possibilidade de
paz perpétua. Hegel, diferentemente, constrói uma teorização em cima da ideia de que
são as guerras que resolvem em ultima instância os conflitos dados e as disputas, seja
por propriedades, comércio, reconhecimento. A exteriorização de um Estado via de
guerras requer antes um olhar para si, pois Hegel considera legítimo a luta particular de
cada Estado, mesmo não sendo pautada em jurisdição, mas na força.

Palavras-chave: Filosofia Politica; Direito Internacional; Guerras; Hegel.

A SEMÂNTICA INFERENCIAL
MAROLDI, Marcelo Masson. Universidade Federal de São Carlos. Orientador: Bento
Prado de Almeida Ferraz Neto. Bolsa: FAPESP. marcelomaroldi@yahoo.com.br

A semântica inferencial é uma teoria do significado como uso que adota a inferência
como sua ideia fundamental. Nesta proposta, um conceito adquire significado a partir de
sua articulação inferencial, isto é, do papel que ele desempenha em inferências. Assim,
compreender um conceito é dominar as inferências em que ele está envolvido e aplicá-
lo corretamente. O objetivo deste trabalho é discutir os aspectos básicos da semântica
inferencial, principalmente através da obra de Sellars e Brandom.

Palavras-chave: Semântica; Inferência; Sellars; Brandom.

SOBRE O DESESPERO EM A DOENÇA PARA A MORTE E O ROMANCE DE


DESILUSÃO

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MARTINS, Willian Mendes. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Márcio Benchimol Barros. Bolsa: FAPESP.
willianmmartins@yahoo.com.br

É nosso intento nesta comunicação apresentar e relacionar o tema kierkegaardiano do


desespero, conceituado na obra A doença para a morte, de 1849, e a interpretação do
romance de desilusão do jovem György Lukács, em sua obra de 1916, A teoria do
romance. Salientamos os elementos kierkegaardianos retomados por Lukács na sua
interpretação e como esses elementos lhe possibilitaram reconstruir uma parte
importante do percurso da moderna forma do romance, nomeadamente, Educação
sentimental, de Gustave Flaubert. Romance este que, segundo a formulação lukacsiana,
explicita claramente o problema fundamental de toda a atividade narrativa
contemporânea.
Palavras-chave: Lukács; Kierkegaard; Desespero; Desilusão.

A CRÍTICA À EFEMERIDADE DA BELEZA EM HAMLET


MASIERO, Mateus. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Roberto Romano.
Bolsa: PIBIC/CNPq. matthaeus_masierus@yahoo.com.br

O Objetivo da presente comunicação será abordar uma importante questão no âmbito da


Ética renascentista e que se estende também ao campo da Estética, a saber, a
efemeridade da beleza mundana. Tal questão, que remete diretamente à influência do
neoplatonismo sobre o referido período, se baseia, sobretudo, na oposição entre o
mundo físico (no qual vivemos) e o mundo ideal, sendo que o primeiro é cópia
imperfeita e grosseira deste último. A partir disso, procuraremos discutir o tema através
de um diálogo entre duas obras de importância do Renascimento: O Livro do Cortesão
(1528) de Baldassare Castiglione e Da Dissimulação Honesta (1640) de Torquato
Accetto. Uma vez tendo obtido uma noção clara das concepções destes autores acerca
de tal assunto, proporemos uma análise da tragédia Halmet (1600-01) de William
Shakespeare, a fim de apurarmos o modo pelo qual o dramaturgo realiza em sua peça
uma devastadora crítica das vaidades humanas, todas baseadas, segundo ele (e a
exemplo de muitos dos moralistas dessa e de outras épocas) em valores mundanos e
superficiais.
Palavras-chave: Estética; Ética; Renascimento; Dissimulação; Teatro.

SOBRE O SENTIMENTO MORAL: PARA O ENTENDIMENTO DE UMA


INVESTIGAÇÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS DA MORAL DE HUME
MATTEUCCI, Antônio Batista. Centro Universitário São Camilo. Orientador: Pedro
Monticelli. abmatteucci@gmail.com

O motivo deste trabalho é demonstrar como Hume utiliza os cinco argumentos do


apêndice de seu texto Uma investigação a cerca dos princípios da moral intitulado
Sobre o sentimento moral para tratar do seguinte problema: em que medida a razão ou o
sentimento participam de todas as decisões que envolvem louvor ou censura. Nosso
trabalho consiste em expor os argumentos e as suas respectivas falhas para, por fim,
demonstrar a função de cada um deles na argumentação do autor.

Palavras-chave: Sentimento Moral; Aprovação; Reprovação; Razão; Vontade.

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A TEORIA DOS HUMORES EM MAQUIAVEL: AS DIVISÕES NA CIDADE E
SUAS IMPLICAÇÕES
MEDEIROS, Lucas Eugênio Rocha. Universidade Federal de Minas Gerais. Orientador:
Helton Machado Adverse. Bolsa: MEC/SESu. lucasrochamedeiros@hotmail.com

No primeiro capítulo de O Príncipe Maquiavel afirma: “Todos os Estados, os domínios


todos que já houve e que ainda há sobre os homens foram, e são, repúblicas ou
principados.” 1. Tomando tal afirmação, tão determinante no pensamento do secretário
florentino, procuramos no estudo ao qual nos dedicamos analisar as dissensões originais
em uma associação de homens – as quais Maquiavel nomeia “humores” - e como tais
divisões dão origem a um principado ou república. Mais adiante procuramos analisar
brevemente as qualidades de República e Principado e sua relação com os humores,
sempre presentes em uma associação política.

Palavras-chave: Filosofia Política; Renascimento; Maquiavel

SOBRE A POSSIBILIDADE DE FILOSOFAR COTIDIANAMENTE


MENEZES, Manoela Paiva. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Rodrigo Pelloso Gelamo. Bolsa: Núcleo de Ensino.
manoelamenezes@hotmail.com

A partir do projeto “Transmissão de conhecimento ou experiência no ensino da


filosofia: limites e possibilidades”, buscamos descobrir se é possível uma forma de
“ensinar a filosofia” que não seja mediada por uma transmissão abstrata de
conhecimentos, mas que possibilite uma experiência de aprendizado que possa ser
compreendida como uma “experiência filosófica”. Tendo em vista encontrar um local
para o desenvolvimento das atividades que não fosse regido pelo imperativo
institucional escolar e que nossas atividades pudessem escapar das formas tradicionais
de transmissão de conteúdos, estabelecemos uma parceria com uma instituição social e
educacional conhecida como Projeto Barracão, que é ligado à Cáritas Diocesana de
Marília e mantido pelos Irmãos Marianistas. Seu principal objetivo é oferecer atividades
formativas complementares àquelas recebidas na escola, visando desenvolver
habilidades recreativas, esportivas, dialogais, literárias e pedagógicas ampliando as
formas de leitura de mundo dessas crianças e adolescentes que estão em situação de
risco. Enquanto nosso principal objetivo é, participando das atividades juntamente com
os educadores responsáveis, fazer intervenções filosóficas. Nossa hipótese é a de que,
apesar de não estarmos ensinando por meio de conteúdos específicos, seja possível
pensar filosoficamente com eles as atividades que realizam por meio de nossa presença,
suscitando sutilmente questionamentos.

Palavras-chave: Ensino; Filosofia; Experiência.

LINGUAGEM, FENÔMENO ESTÉTICO E MORAL A BUSCA DO INSTINTO


ARTISTA DA VIDA EM ARTAUD E NIETZSCHE
NASCIMENTO, Nina Araújo. Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Plínio
Fontinelle; Co-Orientador: Ivan Pessoa. nina_araujopereira@yahoo.com.br

Identificar o fenômeno artístico,dentro das esferas da linguagem,estética e moral através


do instinto do jogo, a relação do lúdico e existência é a proposta deste trabalho que faz
um paralelo entre Artaud e Nietzsche, ambos se utilizam de seus discursos poéticos ou

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filosóficos para tratar de arte,existência e afirmação da vida. Caracterizar tais
pensamentos que se convergem na crítica ao critério da avaliação de pensamento e a
linguagem conceitual que exalta o racional em detrimento da lógica bem ordenada e a
cultura de sua época.Problematizar através do exercício de erudição as diferenças das
subjetividades, o conceito de transvalorização,linguagem conceitual e metafórica e suas
relações com o Teatro da Crueldade em Artaud e busca da afirmação da vida em
Nietzsche.

A METEMPSICOSE NO FÉDON
NETTO, Dorival Braz. Universidade Federal de São Carlos. Orientador: Eliane
Christina de Souza. Bolsa: CNPq. dbn_8@hotmail.com

No diálogo Fédon, um dos sentidos de filosofia é purificação: ela consiste num “treino
de morrer e de estar morto” (64a), isto é, de separar a alma do corpo (64c); segundo
uma „antiga tradição‟ (palios logos), essa separação nada mais é do que uma purificação
(katharsis) (67c). Sendo assim, a filosofia tem como finalidade purificar aquele que a
pratica. Mas purificação para quê? Sócrates, em seu mythologein, apresenta uma
doutrina segundo a qual o “verdadeiro filósofo”, aquele que por ventura atingiu um
estado suficiente de purificação, tem acesso, quando morre, ao que é imortal, divino e
sábio (81a), além de romper com o ciclo de transmigração da alma (114c). Essa doutrina
é conhecida como metempsicose. Minha apresentação tem como objetivo expor a
doutrina da metempsicose tal como encontramos no diálogo Fédon de Platão.

Palavras-chave: Filosofia Antiga; Metempsicose; Ética; Epistemologia.

FREUD E O PROCESSO CIVILIZATÓRIO


OLIVEIRA, Amanda de Carvalho Maia. Universidade Estadual Paulista - Campus
Marília. Orientador: Carmen Beatriz Milidoni. Bolsa: PROGRAD.
am_filo@yahoo.com.br

A presente pesquisa tem como objetivo analisar a obra O Mal-Estar na Cultura de


Freud, para assim, discorrer a respeito das implicações do processo civilizatório no
desenvolvimento dos indivíduos. Apesar da civilização ter a função de proteger os
homens contra as fontes de sofrimentos advindos do poder superior da natureza e da
fragilidade dos corpos humanos, ela falha na defesa referente ao ajuste dos
relacionamentos sociais. Questionamos, então: como um instrumento de proteção pode
representar uma ameaça? Seria essa fonte de sofrimento originada de uma parcela
inconquistável de nossa própria natureza E sendo a civilização caracterizada por uma
repressão e, ou, sacrifício de parte das pulsões de seus membros, destacamos a
importância de uma compensação para essas perdas. Pois, caso contrário, haverá sérios
distúrbios. Diante da frustração cultural que domina os relacionamentos sociais, os
homens procuram de diversos modos o que comumente chamam de felicidade. E ainda
que não seja possível o completo alcance da felicidade, não podemos desprezar a
importância do progresso técnico para a economia e conservação de nossas forças
psíquicas.

Palavras-chave: Civilização; Freud; Frustração Cultural; Felicidade.

EXPOSIÇÃO METAFÍSICA E TRANSCENDENTAL DE ESPAÇO E TEMPO

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OLIVEIRA, Ana Paula. Universidade Estadual Paulista – Campus de Marília.
Orientador: Clélia Aparecida Martins.

Este trabalho tem por objetivo apresentar a exposição metafísica e transcendental do


espaço e do tempo, presente na obra kantiana, a saber, a Crítica da razão pura. Nos § 2
e § 4 da “Estética Transcendental” temos a exposição metafísica do conceito de espaço
(§ 2) e de tempo (§ 4); metafísica porque enquanto tal ela revela as representações
originais de espaço e de tempo, isto é, a espacialidade e a temporalidade, como
intuições a priori (B 38). Por se tratarem de representações a priori, elas não possuem
caráter conceitual, mas sim intuitivo independentes da experiência. Na “Estética
transcendental”, o espaço intuitivo diz respeito às relações de coextensão e justaposição
e o tempo intuitivo, às relações de sucessão e simultaneidade. Em relação à exposição
transcendental do conceito de tempo e de espaço (§ 3 e § 5), Kant entende por
transcendental a explicação de um conceito enquanto ele é capaz de elucidar a
possibilidade de outros conhecimentos a priori. O conceito de espaço, por isso, deve
abarcar o modo como o espaço explica a possibilidade de outros conhecimentos
sintéticos a priori. Na exposição transcendental, Kant procura demonstrar que tempo e
espaço não são meros estados mentais, meras representações, pois que são um
constitutivo dos objetos – a divisibilidade e a mensuração – e possibilitam os objetos do
conhecimento sintético a priori.

Palavras-chave: Kant; Espaço; Tempo; Metafísica; Transcendental.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CONDIÇÃO DA FILOSOFIA E


SEU ENSINO
OLIVEIRA, Jeuséte Maria. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Rodrigo Pelloso Gelamo. jeusete@gmail.com

A partir das pesquisas sobre o ensino de Filosofia e de análises feitas em escola de rede
pública no âmbito do projeto do PIBID (Programa Institucional de Iniciação à
Docência), propomos apresentar neste trabalho algumas considerações acerca do ensino
e da condição da Filosofia no contexto atual do ensino médio, bem como elucidar
alguns aspectos evidenciados na relação do professor e do aluno (de Filosofia).
Queremos verificar se há nesta atividade pedagógica as relações: ensinar e aprender,
aprender juntos ou a mera transmissão de conhecimentos e/ou conteúdos. Neste
contexto, estar ciente das limitações do ensino de Filosofia no segundo grau é um fato a
ser considerado, entretanto, é importante criar condições para que algo seja feito neste
campo, pois para que o aprendizado se efetive e se dê de forma significativa, esta
relação precisa propiciar ao aluno a consolidar uma afinidade com o saber,
desenvolvendo um pensamento singular e não a mera obtenção de conteúdos. Essa
análise será amparada pela nossa experiência na aplicação do material didático
oferecido à rede pública de ensino pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
(SEE/SP): Caderno do Professor e do Aluno.

Palavras-chave: Filosofia; Ensino; Relação Professor e Aluno.

A PUBLICIDADE DO SÍMBOLO LINGUÍSTICO A PARTIR DE


WITTGENSTEIN

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OLIVEIRA, Karina da Silva. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Clélia Aparecida Martins. Bolsa: PIBIC/CNPq
karinaoliveira@marilia.unesp.br

Nas Investigações Filosóficas, no § 304 Wittgenstein rejeita a gramática baseada na


ideia de que a “linguagem funciona sempre de um modo, serve sempre ao mesmo
objetivo: transmitir pensamentos – sejam estes pensamentos sobre casas, dores, bem e
mal ou o que quer que seja”. Tal rejeição ocorre justamente por ele entender que antes
de exteriorizar uma intenção, o sujeito falante vivencia-a na sua interioridade. A
subjetividade então parece anteceder a publicidade e/ou comunicação do símbolo
linguístico, e consoante a isso, seria aquela vivência que asseguraria, em última
instância, o significado de tal signo. Se Wittgenstein concordasse com essa gramática
não teria sentido algum defender noções como acordo, convenção; e mesmo noções
como forma de vida e jogo de linguagem não chegariam a ter legitimidade conceitual: a
regra prática do funcionamento “psíquico” da linguagem não tomaria forma mediante o
jogo de linguagem da exteriorização e o acordo sobre a forma de vida não seria o acordo
sobre a forma de uma razão prática instituída para controlar a vivência psíquica da
linguagem, antes, pelo contrário, essa é que controlaria e determinaria tal acordo. Essas
reflexões servirão de mote para a análise a ser desenvolvida no decorrer do texto acerca
da temática delimitada.

Palavras-chave: Subjetividade; Gramática; Linguagem Privada; Símbolo.

GASTON BACHELARD: AS IMAGENS POÉTICAS E SUAS RESSONÂNCIAS


OLIVEIRA, Maria Aparecida Souza. Universidade São Judas Tadeu. Orientador: Hélio
Salles Gentil. Bolsa: PRÓ-UNI. masoykioliveira@yahoo.com.br

O trabalho procura elucidar qual é o sentido da investigação de G. Bachelard levada a


cabo em sua obra Poética do Espaço, a saber, quais são seus objetivos e método. Faz
isso a partir do exame do que ele entende por “fenomenologia da imagem poética” na
“Introdução” dessa obra. Para seu esclarecimento consideramos principalmente as
noções de “imagem poética” e de “ressonância”, essenciais à compreensão da
investigação que ele propõe.

Palavras-chave: Bachelard; Fenomenologia; Imagem Poética; Ressonância.

ESTÁGIOS ULTERIORES DO MOVIMENTO DE AUFHEBUNG EM O


ESPÍRITO DO CRISTIANISMO E SEU DESTINO, DE HEGEL: AMOR E
RELIGIÃO.
OLIVEIRA, Rosana. Universidade de São Paulo. Orientador: Marco Aurélio Werle.
Bolsa: FAPESP. rosana2.oliveira@gmail.com

A presente comunicação é resultante do projeto de pesquisa cujo objetivo é a análise da


obra O Espírito do Cristianismo e seu Destino, de Hegel. Nesta obra pouco conhecida,
escrita entre 1797-1799, Hegel apresenta o desenvolvimento da liberdade num percurso
que compreende tanto um aspecto conceitual nas etapas Legalidade-Moralidade-Amor-
Religião, quanto um aspecto histórico ou concreto nas figuras da religião judaica, da
filosofia kantiana e da religião cristã (sobretudo na figura do Cristo). Nesta
apresentação, restringimos nosso escopo aos dois últimos momentos deste percurso -
interessa-nos aqui em primeiro lugar o exame mais detalhado do Amor, posto que tal

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figura ao mesmo tempo ultrapassa os momentos da legalidade e da moralidade, mas
conserva determinados aspectos destas; neste sentido, a análise do Amor passará
também pelos pontos mais relevantes das etapas anteriores. Em segundo lugar,
interessa-nos o exame da Religião, que surge na obra como complemento do Amor, e
peculiarmente não apresenta um correlativo histórico. Trata-se, portanto, da análise dos
estágios ulteriores do desenvolvimento da liberdade, desenvolvimento que se apresenta
como um movimento de sucessões caracterizadas sobretudo pela complementação, pelo
ultrapassamento que conserva, isto é, por um movimento de Aufhebung.

Palavras-chave: Jovem Hegel; Aufhebung; Amor; Religião.

SOBRE A TEORIA DOS ATOS DE FALA


OZGA, Juliano Gustavo. Universidade Federal de Santa Maria – Universidade Federal
de Ouro Preto.

Neste presente ensaio será abordada a teoria dos atos de fala de Austin e a contribuição
posterior de Searle relacionada aos novos conceitos por ele apresentados para classificar
os atos lingüísticos em cinco (5) categorias. Na primeira parte será apresentada a
distinção de Austin entre enunciados constatativos/descritivos e enunciados
performativos. Na segunda parte será apresentada a definição de condições de felicidade
dos atos de fala, sendo essa, uma condição de enunciado performativo que deve ser
efetuada para que a ação do ato de fala se realize, sendo rotulado o enunciado de bem-
sucedido e feliz ou mal-sucedido e infeliz. Na terceira parte será abordada a teoria dos
atos de fala de Austin, dividida em atos locucionários (ato de proferir o enunciado); atos
ilocucionários (ato realizado ao proferir o enunciado); e ato perlocucionário (ato
referente à ação realizada e à conseqüência resultante ao proferir o ato de fala). Na
quarta parte será apresentada a contribuição de Searle aos atos de fala, classificando-os
em cinco (5) categorias: 1- Ato representativo; 2- Ato direto; 3- Ato comissivo; 4- Ato
expressivo; e 5- Ato declarativo, finalizando e concluindo esta restrita abordagem sobre
a contribuição de Austin e Searle à pragmática e a linguagem, expondo a linguagem não
apenas como descrição do mundo, mas como atuante ativa/formadora perante o mundo
físico.

HACIA LA NATURALEZA DE LA EXPLICACION DE UM MODELO


REDUCCIONISTA
PALLONI, Joaquim Matias Alfei. Universidad Nacional de Cordoba – Facultad de
Psicología. Orientador: Jose Ahumada. Bolsa: SECyT (Secretaria de Ciencia y
Tecnologia de La Universidad de Cordoba). joaco.alfei@gmail.com

Dentro del movimiento materialista de la New Wave Reductionism, en la ultima década,


la idea de “Ruthless reductionism” presentada por el filósofo John Bickle en su libro
“Philosophy & Neuroscience: a ruthlessly Reductive Account” (2003) produjo una ola
de producciones entrelazadas entre neurociencia y filosofía cuyos contenidos variaron
entre protocolos y diseños de experimentación, causalidad, mecanismos y
multirrealizabilidad. La presente comunicación tiene por fin presentar el modelo de J.
Bickle (1998, 2003, 2006) dentro de dicho movimiento, haciendo conjuntamente una
revisión de dos autores: Jacqueline Sullivan (2008, 2008) y Ken Aizawa (2007, 2008),
con el fin de plantear las principales criticas que apuntan por un lado a la naturaleza de
la investigación, marcando ciertas diferencias protocolares en la producción de un
mismo fenómeno pero en diferentes laboratorios. Y por otro, que apuntan al constructo

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utilizado en los experimentos que sustentan los resultados de J. Bickle: memoria de
reconocimiento social a largo plazo –MRSLP- conjuntamente con ciertos llamados de
atención sobre que las pautas de reconocimiento social entre diferentes organismos no
son iguales, al igual que los componentes que forman la vía intraneuronal principal -de
la MRSLP- cAMP-PKA-CREB a través de las especies. Se intentará señalar como estas
puntualizaciones pueden ser enlazadas para que la idea de reduccionismo planteada por
el autor sea desacreditada, en un principio por falta de fundamentos empíricos para
sustentar la misma.

Palavras-chaves: Ruthless reductionism; Memoria de reconocimiento social a largo


plazo; Reconocimiento Social; Protocolo Experimental.

O CONCEITO “DISPOSICIONAL” DE RYLE ENQUANTO UMA


ALTERNATIVA PARA O INTERNALISMO CARTESIANO
PANTALEÃO, Nathália Cristina Alves. Universidade Estadual Paulista – Campus
Marília. Orientador: Mariana Cláudia Broens. Bolsa: CNPq. nacherizah@gmail.com

A partir do conceito de disposição apresentado por Gilbert Ryle em sua obra “The
concept of mind”, analisaremos a hipótese segundo a qual este conceito possibilitaria
uma alternativa ao Internalismo representacionista cartesiano. Nesse contexto, a
disposição estaria na gênese da explicação dos fatos no mundo, enquanto
potencialidades de comportamento do individuo cognitivo inserido em um meio e capaz
de „saber como‟ desempenhar performaces. Estas potencialidades são decorrentes das
propriedades fisico-químicas dos corpos e se efetivam ou não dependendo,
essencialmente, da interação com o meio em que estão imersos. Por fim, se trata de
inserir o plano da ação circundante em contraste à teoria clássica cartesiana que
subjulga a ação presente no meio em favor de representações mentais de carater
exclusivamente internos e particulares.

Palavras-chave: Disposição; Internalismo; Meio; Ação.

DO ESTADO NATURAL AO ESTADO CIVIL: REFLEXÕES SOBRE A


PASSAGEM DO ESTADO DE NATUREZA PARA O ESTADO CIVIL
SEGUNDO HOBBES E ROUSSEAU
PEREIRA, Bruna Andrade. Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Orientador:
Douglas Barros. Bolsa: PIBIC/CNPq. andrade-bruna@hotmail.com

Visando entender como era a vida do homem no seu estado de natureza e como se deu a
Passagem do estado natural para o estado civil, este trabalho parte de duas principais
concepções sobre o homem no seu Estado de Natureza: a de Rousseau e a de Hobbes.
Para Rousseau, o homem vive isolado na floresta mantém perfeito equilíbrio com a
natureza e o ambiente, pois é capaz de sobreviver com o que ela lhe oferece. Nesse
estado ele não conhece guerras, nem tampouco mentiras, comunica-se por meio de
gritos, cantos e gestos de modo generoso e benevolente.
Já na concepção de Hobbes, o homem vive constantemente em guerra, porque, assim
como um animal selvagem, o homem que vive em seu instinto de sobrevivência, está
disposto a ameaçar, atacar e a devorar o outro, se necessário for.
Portanto, nosso alvo de pesquisa é a problemática da passagem do Estado de Natureza
do homem até a instituição do Estado, por meio de análise e comparação das diferentes
formas de pensar desses filósofos.

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Palavras-chave: Estado de Natureza; Estado Civil; Contrato Social.

QUESTÕES ÉTICAS NO VIÉS DA FILOSOFIA ECOLÓGICA


PEREIRA, Paulo Henrique Araújo Oliveira. Universidade Estadual Paulista – Campus
Marília. Orientador: Maria Eunice Quilici Gonzalez. Bolsa: PIBIC/CNPq.
phaop44@hotmail.com

O objetivo deste trabalho é refletir acerca de algumas perspectivas éticas. O principal


aspecto que caracteriza a Filosofia Ecológica enquanto distinta da maioria das teorias
éticas consiste em sua abordagem sistêmica baseada no realismo direto. Na abordagem
sistêmica todas as partes são importantes para a interação. Os indivíduos não são
considerados enquanto isolados dos outros e nem de seu contexto. As teorias éticas
tradicionais: como o utilitarismo de Stuart Mill e o deontologismo de Immanuel Kant
serão brevemente discutidas. A primeira defende que as ações moralmente corretas
consequências desejáveis. Enquanto a segunda argumenta que, o agir em conformidade
com uma norma moral não pode ser justificado por seus efeitos e, deste modo, mesmo
que algumas ações possam ser moralmente boas são moralmente proibidas. Ambas são
fundamentalmente normativistas e valorativas, julgam as ações e dão valor às mesmas.
Em contraste, a Filosofia Ecológica reflete sobre os padrões, as affordances que
ocasionaram tal ação e não outra. A Filosofia Ecológica assuma que não conhecemos
suficientemente bem as nossas interações com o mundo e, por isso, é prudente entendê-
las aos invés de nos procuparmos em as julgar sem ter o conhecimento do que a
desencadeou.

O “LUGAR” DO CONHECIMENTO E DA EXPERIÊNCIA NO DEBATE


SOBRE O ENSINO DE FILOSOFIA NOS PERIÓDICOS BRASILEIROS
PERENCINI, Tiago Brentam. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Rodrigo Pelloso Gelamo. Bolsa: CNPq. tiagaobp@yahoo.com.br

O presente trabalho parte de um problema que diz respeito à relação estabelecida no


ensino de filosofia, entendido como uma atividade pedagógica, com o saber filosófico
tradicionalmente estabelecido: qual o lugar do conhecimento e da experiência no
aprendizado da filosofia? Nossa hipótese é a de que a filosofia é ensinada desde um
modo de transmissão de conhecimentos que não contempla, ou não propicia, a
experiência do filosofar e, por esse motivo, além de não contribuir para a superação do
empobrecimento da experiência que está cada vez mais presente na sociedade atual,
ainda contribui para seu incremento. Nosso objetivo é verificar se a hipótese
apresentada acima se confirma. Essa verificação será feita por meio de uma análise
bibliográfica detalhada em pelo menos quinze periódicos de maior relevância nas áreas
de filosofia e educação que circularam desde a criação da USP em 1932 até a volta do
ensino de filosofia como obrigatoriedade na educação média brasileira em 2008 e, caso
seja confirmada a hipótese, pensaremos em que termos o ensino da filosofia poderia se
configurar para propiciar uma experiência de pensamento na aprendizagem do pensar
filosoficamente.

Palavras-chave: Ensino de Filosofia; Conhecimento; Experiência.

HANS JONAS E A ÉTICA PARA O MUNDO TECNOCÊNTRICO

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PETERLEVITZ, Mayra Rafaela Closs Barros. Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. Orientador: Newton Aquiles von Zuben. mayra.violinista@gmail.com

A tecnologia e a ciência vêm, há décadas, caminhando a passos tão largos que nosso
entendimento luta para poder acompanhar este processo. As concepções até pouco
vigentes sobre o ser humano - seja em relação ao uso de sua racionalidade, ou à sua
forma de comportamento, ou a suas expectativas para o futuro - já não conseguem
abarcar a realidade que nos circunda. Perante este cenário inédito, em meio ao notável
desenvolvimento tecnocientífico presenciado por nossa sociedade no último século, no
qual somos dominados por nossas próprias criações, seria alguma ética capaz de
orientar nossas ações? Em Hans Jonas, encontramos uma ética que pretende servir à
“civilização tecnocêntrica” e nos guiar neste momento peculiar da história. Sua
fundamentação se dá no conceito de responsabilidade, sendo regida pelo imperativo:
"age de tal maneira que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a permanência de
uma vida humana autêntica" ou, em sua formulação negativa, "não ponhas em perigo a
continuidade indefinida da humanidade na Terra”.

Palavras-chave: Bioética; Tecnociências; Responsabilidade; Hans Jonas.

A ESTRUTURAÇÃO DE MODELOS MATEMÁTICOS EM CIÊNCIAS


HUMANAS NA PSICOLOGIA DE KURT LEWIN
PONTES, Rosa Lopes. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília. Orientador:
Ricardo Pereira Tassinari. rosa_lopespp@hotmail.com

Que papel desempenham as matemáticas nas ciências do homem? Um filosofo que


buscou responder a essa questão foi Gilles Gaston Granger, em seu livro A ciência e as
ciências, e uma das aplicações que ele apresentou da matemática para essa área é a
estruturação de modelos. Kurt Lewin traz em sua obra Princípios de Psicologia
Topológica a apresentação de modelos que se utilizam da matemática (topologia e
vetorial) e se inspiram na física para explicar o comportamento humano. O presente
trabalho buscará apresentar aspectos dessa psicologia e suas contribuições para a
criação de modelos nas ciências humanas e em especial, apresentar um conceito criado
por Kurt Lewin que trouxe grandes contribuições a psicologia: o conceito de Espaço
Psicológico ou Espaço de Vida.

Palavras-chave: Matemáticas; Granger; Kurt Lewin; Psicologia e Ciências Humanas.

HEDONISMO E CONHECIMENTO NO PROTÁGORAS DE PLATÃO


RICARDI, João Roberto Vale. Universidade Estadual Paulista. Orientador: Reinaldo
Sampaio Pereira. joaoricardi@gmail.com

No final do diálogo de juventude Protágoras, ocorre um debate sobre a atividade do


conhecimento nas ações práticas. Platão nos aponta em 352c que “(...) quando alguém
adquire a noção do bem e do mal, não se deixa dominar por nada e só faz o que o
conhecimento lhe ordena, por ser o conhecimento suficiente para auxiliar o homem?”.
Sendo assim, pretendemos discorrer em que medida tal conhecimento (epistéme) é
decisivo nas ações virtuosas e como ele se relaciona à questão da felicidade, do bem
viver (Eudaimonên, Eû Zên), já que os prazeres e as dores também parecem contribuir
ao bem viver.

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Palavras-chave: Protágoras; Platão; Hedonismo; Conhecimento; Bem Viver.

DA AMIZADE EM MONTAIGNE
RODRIGUES, Carlos Eduardo Lima. Faculdade João Paulo II. Orientador: Marcos
Fernandes Gonçalves. carlosedu91@bol.com.br

Este resumo visa à temática da amizade no pensamento de Montaigne. Trata-se, mais


especificamente do capitulo 28 do livro I dos Essais. O autor enaltece e narra o
sentimento da amizade associado ao ensaiar. Deste modo, ele utiliza a figura de um
pintor para manter os seus ensaios presentes na história. Ele apresenta a amizade não
como uma forma de satisfação de interesses, tal como a sociedade apresenta, pois não
pode existir uma amizade imposta. O pensador narra, onde na sua “visão”, não pode
haver amizade, a fim de demonstrar que a família e a hierarquia não são berços de
amizade, pois nos momentos em que a amizade tem “obrigação” de corrigir ou apontar
erros, o respeito se sobressai nos familiares. Com isso, a amizade não atinge uma livre
comunicação. Por essa razão, a amizade implica no maior sentimento ao qual pode
existir e que supera, inclusive, o amor de um casal. A vivência de uma virtuosa amizade
se desenvolve fortemente, de modo que as almas se unem no desejo de comunhão, até o
ponto de procurarem ser uma só alma em dois corpos.

Palavras-chave: Amizade; Ensaiar; Interesse; Respeito; Comunhão.

INFORMAÇÃO E CRITÉRIO DE RELEVÂNCIA: PODEM AS MÁQUINAS


APRENDER A DIFERENCIAR CONTEXTOS?
RODRIGUES, Mariana Vitti. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Maria Eunice Quilici Gonzalez. Bolsa: PIBIC/CNPq.
mary_vitti@hotmail.com

O objetivo deste trabalho é investigar a noção de critério de relevância com o auxílio do


conceito de informação tal como caracterizado por Charles Sanders Peirce. Por critério
de relevância entendemos um processo de escolha da melhor ação em um dado
contexto. Para tanto, introduziremos questões relativas ao estudo da mente, em especial
aquelas referentes ao debate mecanicismo X não mecanicismo. Numa tentativa de
lançar luz sobre a problemática referente à natureza da mente, introduziremos a
caracterização, proposta por Peirce, do conceito de informação. Diferenciaremos o
conceito de informação genuína de informação degenerada, argumentando que a
detecção de informação genuína possibilita caracterizar as ações relevantes em um dado
contexto. Organizaremos nosso trabalho inicialmente questionando se uma máquina
pode ter critério de relevância autônomo, isto é, se ela pode adquirir critérios diferentes
daquele formulado por seu programador. Investigando se um ser artificial é capaz de
aprender a diferenciar contextos e consequentemente agir da melhor maneira possível
em cada ocasião. Por fim, faremos um balanço das contribuições de Peirce para o tema
em questão.
Palavras-chave: Informação; Critério de Relevância; Mente; Mecanicismo.

SOBRE A DÉCADENCE EM O CASO WAGNER


ROMÃO, Mariane Aparecida. Universidade Estadual de Campinas. Orientador:
Oswaldo Giacóia Junior. Bolsa: PIBIC/CNPQ. mariane.romao@yahoo.fr

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Em seus últimos anos de produção, Nietzsche toma a décadence como um dos conceitos
centrais de sua filosofia, através do qual se conectam, sob a forma de uma ampla crítica
à modernidade, as principais concepções e posturas filosóficas desenvolvidas ou
amadurecidas no terceiro período do seu pensamento. Tal crítica se entrelaça
intimamente à problematização das expressões artístico-culturais do final do século
XIX. O objetivo de nossa comunicação é conceitualizar a noção de décadence, tomando
como fio condutor a crítica à arte musical de Wagner, presente no libelo O Caso
Wagner, a fim de apresentar a fundamental importância do conceito para a compreensão
da crítica do filósofo a seu tempo.

Palavras-chave: Cultura; Décadence; Fisiologia; Valores; Wagner.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DE FILOSOFIA: UMA


ABORDAGEM RANCIÈRIANA
ROSA, Sara Morais. Universidade Estadual Paulista. Orientador: Vandeí Pinto da Silva.
Bolsa: CAPES. sara_moraesrosa@hotmail.com

O presente trabalho tem por objetivo problematizar o Ensino de Filosofia na atual


proposta curricular do Estado de São Paulo e no Programa São Paulo faz Escola, a luz
da abordagem rancièriana acerca da prática docente e de sua relação com o processo de
conhecimento do alunado. Para tanto, analisaremos as relações que os atuais manuais de
Filosofia, Cadernos do Professor e do Aluno, estabelecem com o objeto por excelência
desta disciplina, a saber, o pensamento filosófico. Sendo assim, com base nas pesquisas
desenvolvidas mediante a análise destes materiais, bem como na experiência obtida pelo
acompanhamento de regências de filosofia no âmbito do ensino médio,
problematizaremos sua atual prática de ensino, na qual o professor - sob a tutela da
ordem explicadora - desempenha a função de único mediador entre o pensamento
filosófico e seu alunado, deixando de emancipar para embrutecer.

Palavras-chave: Filosofia; Ensino; Ordem Explicadora.

O ESTÁDIO ESTÉTICO E O SEU LUGAR NA TEORIA KIERKEGAARDIANA


DOS STADIER
SALES, Talles Luiz de Faria. Universidade Federal de Minas Gerais. Orientador:
Myriam Corrêa de Araújo Ávila. Bolsa: CNPq. tallesluiz@yahoo.com.br

Com base em alguns escritos estéticos do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard,


presentes no Enten/Eller (Ou... ou), propomo-nos a apresentar, referindo-nos à sua
teoria dos três estádios (estético, ético e religioso), as características do estádio estético
e como este se relaciona com os demais. Partimos do pressuposto de que o caráter
assistemático da obra do filósofo torna inviável, para nossos fins, explorar todas as
facetas que o referido estádio implica em Kierkegaard. Sendo assim, nos
concentraremos essencialmente nas subdivisões do estádio estético e nas figuras que as
representam: sensualidade (Don Juan), dúvida (Fausto) e desespero (Ahasverus). Isto
posto, buscaremos mostrar em que sentido o estético deve ser “superado”, considerando
o indivíduo como responsável por si diante à existência, tendo o dever da escolha que o
deve tornar aquilo que tem como tarefa ser. Para explorar este último ponto, além dos
textos éticos dos pseudônimos kierkegaardianos, faremos um breve incurso em O
desespero humano, marcando assim a diferença com os textos estéticos e explicitando

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como o homem, o eu, tem como dever máximo da existência tornar-se o Indivíduo (den
Enkelte).

Palavras-chave: Estádio; Estético; Desespero; Escolha; Existência.

TEMPORALIDADE N’OS DEVANEIOS DE ROUSSEAU: UM ENSAIO PARA A


PRIMEIRA CAMINHADA
SALVADORI, Theo Tanus. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Ricardo Monteagudo. theotsalva@gmail.com

Os Devaneios do Caminhante Solitário são textos que constituem uma obra inacabada,
escrita em função do deslocamento temporal de Rousseau em seu contexto de vida.
Exilado da sociedade, já ao final de sua vida, Rousseau se empenhará em examinar e
registrar os movimentos de sua alma para sua apreciação exclusiva: sem objetividade
social, externa. Assim, naturalmente, no transcorrer dos devaneios, ele recobrará alguns
fatos determinantes de sua existência que o trouxeram a essa situação. Embora afirme
estar indiferente ao destino e ao estado atual das coisas, os devaneios os quais pretende
dar vazão, elaborar e, em seguida, trasladar em escrita, serão um meio de perdurar uma
experiência presente, a fim de ser contemplada, relida e digerida no futuro; o que
permitirá ao autor, dessa maneira, reviver a mesma experiência no porvir. Nessa
situação, apesar de tencionar a fruição do tempo presente, onde ele fixa suas análises,
condiciona-as em reexame da reminiscência no futuro, e concede uma possibilidade de
continuidade de sua obra, por assim dizer, não obstante seu desapego objetivo social.
Em suma, pretende apreciar o momento presente, aprisioná-lo em transcrição, o que
permitirá a conservação deste tempo e sua proveitosa reprodução leitora no futuro:
momento no qual os devaneios capturados num presente constituirão um tempo
passado. Para além disso, o desenvolvimento dos Devaneios aponta obedecer uma
retórica, manifesta parelhamente em outras obras suas, o que sugere um cuidado que o
autor tem em relacionar o seu pensamento com sua trajetória de vida.

Palavras-chave: Devaneio; Tempo; Existência.

A FELICIDADE EM SANTO AGOSTINHO


SANTOS, Danilo Nobre. Faculdade João Paulo II. Orientador: Ivonil Parraz.
danilo_nobre@hotmail.com

O presente trabalho visa aprofundar o conhecimento acerca do conceito de Beatitude


para Santo Agostinho, visto que este se dá a partir dos conceitos de Amor (Caritas),
Sabedoria (Sapientia) e a própria Felicidade. Mediante um contexto medieval, nossa
interpelação assenta-se na seguinte questão: Do que precisa o homem para ser feliz?
Servindo-nos dos escritos de Agostinho de Hipona, veremos que com o conceito de
Beatitude, ele consegue oferecer uma resposta para tal questionamento. A felicidade
inquieta o homem desde os seus primórdios. Isto porque é ela que a vontade visa. Várias
respostas sobre a felicidade foram dadas ao longo dos séculos. Uma dessas respostas
nos propomos analisar, inspirados na obra A Vida Feliz, de Santo Agostinho.

Palavras-chave: Felicidade; Beatitude; Sabedoria; Caridade (Amor).

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AS QUERELAS ENTRE MÚSICA E FILOSOFIA NOS SÉCULOS XVII E XVIII: A
CRÍTICA FRANCESA COMO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO BELO
MUSICAL
SANTOS, Felipe Thiago. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Márcio Benchimol Barros. felipefilosofia@marilia.unesp.br

Os séculos XVII e XVIII foram marcados, no campo musical, tanto pelo


desenvolvimento do sistema tonal, assim como, pelo alargamento da pesquisa em torno
das técnicas instrumentais e estilísticas. Nesse contexto, as questões que permeavam o
papel da música e sua intrínseca relação com o belo se atravancaram em debates, que
por sua vez, ganhavam materialidade em tratados de estética e de música. De posse
desse conteúdo percebemos que a presença do conceito aristotélico de mimese servia
como arcabouço teórico para que o belo na música se restringisse ao plano de
adornamento, acompanhamento e didatismo. Entretanto, alguns debates no setecentos já
apontavam para certa autonomia do belo que desembocaram no formalismo do
novecentos, problemática que foi levantada principalmente nas teorias estéticas
francesas, de Charles Batteaux a Boyé. Nesse ínterim, esse trabalho tem como objetivo
esmiuçar de que maneira o debate em torno da mimese na escola francesa abre um
caminho para que o paradigma entre belo e mimese dê espaço à estética do sentimento
romântica, e, posteriormente, ao formalismo alemão.

Palavras-chave: Música; Filosofia; Estética; Mimese.

ESTADO DE NATUREZA NA FILOSOFIA POLÍTICA DE HOBBES


SANTOS, Luciano Ribeiro. Universidade Federal de São Carlos. Orientador: José
Eduardo Marques Baioni. Bolsa: PIBIC/CNPq. lutsfc@hotmail.com

O trabalho a ser apresentado tem por objeto de investigação a obra Leviatã de Thomas
Hobbes (1588-1679) e, através dos textos da literatura secundária a ele consagrada,
elementos do pensamento hobbesiano, em especial os pontos relacionados ao estado de
natureza e às leis naturais, enunciadas a partir do capítulo XIII da referida obra. O
objetivo principal é argumentar que, apesar de não poder ser compreendido como um
evento histórico, o estado de natureza também não deve ser lido apenas como um
período estritamente hipotético forjado unicamente com o fim de sustentar a efetividade
latente da sociedade civil, tida como um período permanentemente estabelecido da
humanidade. Uma leitura desatenta poderia nos levar a entender que as leis de natureza
são de uma determinada espécie que conduziriam, invariavelmente, o homem ao pacto
social e ao estado civil. Porém, podemos considerar que o homem não vive
permanentemente em um estado civil pós-contrato; que, da mesma forma que existem
exemplos históricos de dissoluções de Estado e guerras civis, existe a possibilidade de
observarmos expressões dos princípios contidos na doutrina do estado de natureza
hobbesiano em qualquer governo estabelecido. Visto assim, o estado de natureza é um
período hipotético sim, mas seus princípios são observáveis na efetividade de momentos
históricos específicos.
Palavras-chave: Hobbes; Filosofia Política; Leviatã; Estado de Natureza;
Jusnaturalismo.

O LIVRO DA NATUREZA: FÍSICA, MORAL E TEOLOGIA EM SÊNECA


SARAN, Lucas Antônio. Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Joaquim
Antonio de Moraes Neto. lucasasaran@gmail.com

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Com o objetivo de permitir que se veja o pensamento de Sêneca sobre a natureza, e se
entenda tal pensamento como uma fonte de sabedoria, o presente texto dividir-se-á em
três momentos: em um primeiro momento se fará uma exposição geral a respeito da
física e da teologia de Sêneca; em um segundo momento procurar-se-á fornecer uma
compreensão (definição) daquilo em que se constitui a ética de Sêneca; em um terceiro
momento, retomando-se o conteúdo exposto na primeira e na segunda parte, buscar-se-
á, finalmente, delinear o pensamento de Sêneca a respeito das sabedorias que podem ser
angariadas através do conhecimento da natureza. As concepções de Sêneca sobre a
física e a teologia estão bastante próximas daquelas que os principais representantes do
antigo estoicismo possuíam a esse respeito.

Palavras-chave: Sêneca; Teologia; Física; Moral; Felicidade; Natureza.

SÓCRATES E A SEDUCAO DE BELOS JOVENS


SCRIMIM, NAYARA DIAS. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Alcides
Hector Benoit. gaiadinaya@hotmail.com

Para Sócrates, filosofo da antiguidade grega, a existência das Idéias em si era


indubitável e o alcance a elas seria possível por meio do amor aos belos corpos. Esta
crença, da possibilidade de chegar às Idéias em si a partir de belos corpos, se deu devido
ao fato ocorrido ainda em sua juventude. Diotima, uma famosa sacerdotisa, revelou ao
ainda jovem filosofo a dialética sedutora de Eros, e com isso, mostrou que através dos
belos corpos Sócrates conseguiria atingir a Idéia de Belo em si, (assim seria possível
confirmar o sensível e o inteligível). A partir desta revelação, o personagem, de Platão
começa a aplicar os ensinamentos da sacerdotisa para conquistar belos corpos. Como
fica claro no diálogo Lísis, o método a ser utilizado é humilhar e envergonhar os belos
em público e, assim, deixá-los apaixonados. Da mesma maneira também, ele assim
procede no Alcibíades I e no Cármides. No entanto, ao reencontrar Alcibíades, Sócrates,
aparentemente percebe não ter alcançado seu objetivo e no Teeteto, tem uma postura
diferente, mostra-se desinteressado na arte da sedução. Acontecimento que será
analisado ao longo desta pesquisa. Teria Sócrates deixado a arte da sedução? Deve-se
então ignorar a postura dele nos diálogos anteriores e não tomá-lo como um sedutor?

Palavras-chave: Sócrates; Belos corpos; Arte Erótica.

COISA E APETRECHO: FERRAMENTAS PARA A CONSTRUÇÃO DO


CONCEITO DE OBRA DE ARTE HEIDEGGERIANO
SENE, Diogo. Universidade Estadual Paulista. Orientador: Clélia Aparecida Martins.
senediogo@yahoo.com.br

Martin Heidegger em um texto, intitulado “A origem da obra de arte” apresenta uma


diferenciação entre coisa e apetrecho, Para ele a coisa repousa em si, tem características
próprias (cor, cheiro, forma) e constitui-se de algum material. Já o apetrecho é a versão
utilitária da coisa, ele é construído pelo homem com certa finalidade (Por exemplo, os
sapatos que são uma „coisa‟, no entanto, foram construídos pelo homem com certa
finalidade, para ser um apetrecho). Mas e a obra de arte ela é uma coisa ou um
apetrecho? A obra de arte não é nem uma coisa nem um apetrecho, ela é algo outro que
não possui um fim utilitarista, mas é construída pelo homem, ou seja, a obra de arte é
feita pelo homem assim como um apetrecho, e possui características próprias além de

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ser composta de certo material, porém ela não serve para algo, nós apenas as apreciamos
pelo seu modo de Ser, pela sua beleza e sentido. Assim sendo a obra de arte traz ao
mundo uma essência que não pode ser expressa na coisa ou no apetrecho, mas sim uma
essência que se realiza na união de ambos. Segundo o autor, por ser a reprodução da
essência dos entes a obra de arte pode copiar qualquer “coisa”. Tomando essas
distinções por base o presente trabalho visa analisá-las ontologicamente, e desde essa
perspectiva, do autor desenvolvido no texto acima referido, para então chegarmos ao
conceito de reprodução da essência do ente, no qual Heidegger se liga a seu objetivo
primário (já apontado em ser e tempo), isto é, o Dasein humano o ser-ai que é o próprio
homem. Posteriormente pretende-se analisar a arte e mais adiante a linguagem,
conceitos vindos do mesmo ponto inicial heideggeriano, a busca pelo sentido do ser.

Palavras-chave: Heidegger; Metafísica; Arte; Ontologia fundamental.

CONTRIBUIÇÕES DE MARCUSE À FORMAÇÃO HUMANA ATRAVÉS DO


ENSINO DE FILOSOFIA
SILVA, Bruna de Jesus. Universidade Estadual Paulista. Orientador: Vandeí Pinto da
Silva. Bolsa: CNPq. brunadjs@hotmail.com

A presente pesquisa tem como objetivo a análise das obras A Ideologia da Sociedade
Industrial e Eros E Civilização de Marcuse entre algumas leituras de Marx e Engels,
somadas aos Documentos Oficiais da Educação, a fim de questionar as possibilidades
do ensino de filosofia na atual sociedade. Sendo a escola um dos aparelhos ideológicos
do estado, o aprendizado não só da Filosofia, mas do filosofar é uma necessidade à
formação subjetiva de cada indivíduo. O Estado reprime de inúmeros modos o
desenvolvimento intelectual de seus membros, através de instrumentos como a mídia,
além de ditar e padronizar formas de consumo, que consequentemente influenciam o
próprio desenvolvimento corporal. Apesar deste atual estado, no qual a sociedade é
apresentada unidimensionalmente, perssistimos na defesa de um ensino que considere
um desenvolvimento omnilateral do discente. A Filosofia abrange questões que vão
além do cotidiano, e, por isso, possibilita não apenas indagar a realidade, mas a agir em
prol de mudanças no contexto educacional brasileiro. Visto isto, propomos uma
discussão a respeito da contradição entre liberdade como princípio de prazer e trabalho
como princípio de realidade. Ressaltamos, a partir disso, que a nossa intenção não é
fazer uma apologia ao ensino de Filosofia.

Palavras-chave: Filosofia; Omnilateral; Marcuse; Humano; Ensino.

O PAPEL DA VONTADE GERAL NO CONCEITO DE SOBERANIA DE


ROUSSEAU
SILVA, Éliton Dias. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília. Orientador:
Ricardo Monteagudo. eliton_dias@marilia.unesp.br

Qual elemento torna possível a legitimação de um contrato social entre os homens,


tomando-os como são e as leis como podem ser? O presente trabalho pretende
responder a esta questão a partir do pensamento de J-J Rousseau ao demonstrar a noção
de vontade geral como fundamento de sua doutrina política. No Contrato Social, o
termo ocupa uma posição central, é visto como conceito através do qual se une a
diversidade daqueles que aderem ao contrato. Surge daí, a ideia do “eu coletivo” onde
os cidadãos “unindo-se a todos, só obedecem, contudo, a si mesmos, permanecendo

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assim tão livre quanto antes.” Para Rousseau, a vontade geral é aquela que traduz o que
há de comum em todas as vontades individuais, ou seja, o substrato coletivo das
consciências; não se trata de uma vontade particular ou partidária, tampouco pode ser
alienada em vista de um representante. A vontade geral se manifesta quando apesar das
diferenças entre os componentes sociais e das discussões legítimas que se devem travar
entre eles, exista um ou vários elementos capazes de movê-las na mesma direção. É a
vontade geral, para Rousseau, a essência da soberania, que por meio da deliberação dos
cidadãos é expressa e materializada na forma de lei para dirigir o Estado.

Palavras-chave: Vontade geral; Soberania; Governo; Lei.

FILOSOFIA DA PRÁXIS E EDUCAÇÃO ESCOLAR NA SOCIEDADE


COMTENPORÂNEA
SILVA, Sheila Ferreira. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília. Orientador:
Vandeí Pinto da Silva. sheila.secret@hotmail.com

A prática do filosofar no processo de educação e humanização no presente estudo tem


como pressuposto a análise da sociedade atual que ostenta como sinônimo de progresso
o avanço do conhecimento, da ciência e da tecnologia, priorizando uma formação
unilateral que segue as determinações da sociedade capitalista, enfocando a técnica na
formação dos indivíduos. A problematização é se a tecnologia em si mesma é progresso.
Advogamos que progresso só é progresso se resultar numa ação efetiva no processo de
educação e humanização e para isto é preciso mudar as estruturas internas da sociedade.
O modo de organização social presente no sistema capitalista, acaba impedindo que o
sujeito se reconheça com identidade e autonomia. No âmbito social as necessidades
biológicas tendem a ser superadas pelas necessidades históricas, que são reguladas pelo
surgimento de novas necessidades de distração e comportamentos. As ações passam a
ser aprovadas ou rejeitadas em função de sua tendência para aumentar ou diminuir a
felicidades daqueles cujos interesses particulares estão em questão. As forças
intelectuais de produção ficam na unilateralidade, perdem o foco da unidade do
coletivo. Compete ao Estado prover uma educação de qualidade deixar o velho modelo
de educação no qual a escola serve exclusivamente para manipular, pois a escola
também pode ser instrumento humanizador na mão do povo voltada à formação
Omnilateral com ação efetivamente transformadora, com base na concepção do
histórico de vida do homem. A educação deve proporcionar formação não só para o
mercado de trabalho, mas formar um cidadão consciente e crítico no processo histórico
e social, possibilitando que o mesmo seja capaz de realizar transformações nos
domínios sociais e globais.

Palavras-chave: Filosofia da Práxis; Tecnologia; Educação Ominlateral.

DO DISCURSO, DO ENUNCIADO
SOARES, Jean Dyêgo Gomes. Universidade Federal de Ouro Preto. Orientador: Gilson
Iannini. jeandyego@gmail.com

Este trabalho pretende recolher identidades e diferenças que permitam o


estabelecimento da arqueologia como um método de análise e descrição das condições
de possibilidades de um saber numa época. Dar-se-á ênfase a duas noções nucleares da
“Arqueologia do Saber”: discurso e enunciado. De início, descrever como é composto
um discurso através das formações discursivas que o compõem. Apresentar-se-ão os

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enunciados como que imbuídos no discurso, compondo-o. Cabe, então, acompanhar
Foucault na análise e descrição das condições de exercício da função enunciativa –
nível específico no qual se dá a geração dos enunciados e que antecede as formações
discursivas. Este processo completará o quadro proposto, recolhendo subsídios para
discutir como a arqueologia revê as possibilidades de estudar os diversos saberes através
de uma escavação sobre a linguagem, sobre palavras e coisas, desdobramentos em outro
lugar, menos superficial e anterior àquele no qual foram situadas proposições e frases.
Um último diálogo interrogará a arqueologia sobre si: sobre o que seria o próprio
processo de descrever o método arqueológico.

Palavras-chave: Arqueologia; Discurso; Enunciado; Linguagem; Saber.

A CONCEPÇÃO DE SISTEMAS COMPLEXOS NA PERSPECTIVA DA


FILOSOFIA ECOLÓGICA
SOUZA, Renata Silva; BELTRÃO, Talita; MARTINS, Vinícius da Silva. Universidade
Estadual Paulista – Campus Marília. Orientador: Maria Eunice Quilici Gonzalez.

O objetivo desse trabalho é realizar um estudo acerca da concepção de sistemas


complexos no contexto da filosofia ecológica, tendo como noção principal os conceitos
de informação ecológica, affordance, padrão que liga e princípio hologramático.
Procuramos mostrar que, o conceito de affordance é caracterizado por Gibson (1986)
como as possibilidades de ação que o ambiente oferece aos organismos. A percepção
das affordances ocorre diretamente através da captação da informação disponível no
ambiente. A informação é captada no ambiente através da percepção das estruturas
invariantes, as quais podem ser caracterizadas como padrões informacionais. Tais
padrões, na abordagem batesoniana, são considerados “padrões que ligam” os
organismos (entre si) e aos seus respectivos ambientes. Argumentamos que, nos
sistemas complexos, os padrões que ligam estão relacionados ao principio
hologramático, o qual é caracterizado por Morin (2001) da seguinte maneira: “as partes
estão no todo e o todo está nas partes”. A partir da caracterização de sistemas
complexos, no âmbito da Filosofia Ecológica, concluímos este trabalho questionando
alguns dos problemas gerados pela visão não sistêmica do mundo, principalmente na
área da educação.

Palavras-chave: Sistemas Complexos; Affordance; Padrão Que Liga; Princípio


Hologramático; Educação.

A QUESTÃO DO SOFRIMENTO E DO BEM ESTAR EM NIETZSCHE


SEGUNDO ALAIN DE BOTTON
TEIXEIRA, Murilo de Freitas. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Márcio Benchimol Barros. muberen@yahoo.com.br

O presente trabalho tem como objetivo expor, de acordo com os estudos do filósofo
contemporâneo Alain de Botton, a ideia de Nietzsche a respeito da importância do
sofrimento. Nietzsche pretende argumentar que as adversidades da vida possibilitam o
encontro com uma superação na medida em que fatos negativos são tomados como
positivos para significar a vida. Foge-se do sofrimento, por exemplo, segundo o autor,
quando ocorre o uso de narcóticos como o álcool que atua como inibidor do sofrimento
pelo qual se deve entrar em contato para se chegar ao bem estar. Segundo a concepção
Nietzscheana, é inevitável fugir do sofrimento, pois as dificuldades sempre estiveram

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presentes em nossas vidas, com isso o que torna cada vida satisfatória é a maneira de
como se encara os problemas.

Palavras-chave: Nietzsche; Alain de Botton; Sofrimento.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS


COSTUMES
VASCONCELOS, Wendel Teixeira. Universidade Estadual Paulista – Campus Marília.
Orientador: Clélia Aparecida Martins. wtvasconcelos@yahoo.com.br

O presente trabalho tem por objetivo expor algumas considerações sobre a


“Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, a primeira obra de filosofia prática de
Immanuel Kant. Especialmente os conceitos de boa vontade e dever, os quais são
relevantes na compreensão da moral kantiana. Portanto, à luz destes conceitos
procuraremos compreender como Kant vai estruturando sua argumentação nas três
seções da referida obra. Com isso não pretendemos apenas esclarecer minimamente os
conceitos de boa vontade e dever, mas também tecer uma avaliação, ainda que inicial,
sobre a coerência interna da complexidade do pensamento de Kant a esse respeito.

Palavras-chave: Kant; Boa Vontade; Dever; Fundamentação da Metafísica dos


Costumes.

OS PRESSUPOSTOS ANTROPOCÊNTRICOS NA CRÍTICA AO PROGRESSO


DE NIETZSCHE E BENJAMIN
VILELA, Ricardo Leme. Universidade do Norte do Paraná. Orientador: Maurício
Saliba. rivilela23@hotmail.com

No atual contexto mundial, o constante avanço científico-tecnológico que é contrastante


à degeneração ecológica, aos conflitos éticos e à desigualdade social. Logo, faz-se
mister rever criticamente o conceito de progresso. Para Friedrich Nietzsche, a
racionalidade, base do progresso para os iluministas, se esconde atrás de inversão moral
que nega vida, tornando o homem escravo do pretenso conhecimento científico, e o
privando de sua pura autenticidade – a busca pelo poder. A libertação de tal situação
sugere um novo ser humano capaz de livrar-se das amarras impostas e se tornar, de fato,
ele mesmo, o super-homem nietzschiano. Já a crítica ao progresso realizada por Walter
Benjamin, se dá face à promessa não cumprida pelos entusiastas da Modernidade, que
criam que a tecnologia poderia emancipar o homem. A realidade moderna, porém,
mostra um homem que perdera sua experiência do mundo, dilacerado pela maquinaria
industrial, servindo apenas à dinâmica capitalista, resta-lhe apenas a vivência. Neste
sentido, Benjamin vê a possibilidade de uma dialética entre passado e presente, na qual
se resulta, não uma volta ao passado, mas um futuro de superação do modo capitalista.
O objetivo deste trabalho, então, é analisar as visões de Nietzsche e Benjamin, segundo
a ótica de John Gray, o qual afirmará que os pressupostos assumidos por estas críticas
possuem alto teor antropocêntrico, já que estão dotadas da fé de que o ser humano está
destacado da natureza, e que possui controle sobre o seu destino. Logicamente, não se
recusa aqui a importância das críticas destes filósofos à moderna ideia de progresso,
mas o que se busca é entender a postura antropocêntrica implícita nestes pensadores, e
qual o resultado prático social e ecológico de tais pressupostos.

Palavras-chave: Progresso; Crítica; Antropocentrismo.

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MAX HORKHEIMER E O CONCEITO DE UMA TEORIA CRÍTICA DA
SOCIEDADE
YAMAWAKE, Paulo Henrique. Universidade Estadual de Campinas. Orientador:
Marcos Nobre. Bolsa: FAPESP. pauloyama@gmail.com

Esta comunicação tem o objetivo de apresentar a importância de um diagnóstico de


tempo para uma teoria crítica da sociedade tal como formulada por Max Horkheimer,
especialmente no artigo “Teoria tradicional e teoria crítica”. Baseado na crítica da
economia política de Karl Marx, Horkheimer diz que a teoria não deve apenas descrever
com “imparcialidade” os fatos sociais, mas deve sobretudo preocupar-se com a
superação da dominação social vigente, com a emancipação humana. Mas isso não quer
dizer que a teoria crítica estabeleça de antemão critérios para uma sociedade
emancipada. Cabe a ela, no entanto, vislumbrar as possibilidades de emancipação
inscritas na própria sociedade vigente; assumindo esse caráter histórico, é necessário
efetuar um diagnóstico do tempo presente, a partir do qual as potencialidades
emancipatórias possam ser descobertas.

Palavras-chave: Teoria Crítica; Max Horkheimer.

A PANSPERMIA NO MONISMO DE ERNESTO HAECKEL


ZOROASTRO, Thiago Henrique Ferreira. Universidade Federal de São João Del Rei.
Orientador: Mariluze Ferreira de Andrade e Silva. thiago.zoroastro@gmail.com

Este trabalho tem como objetivo apresentar a concepção de vida universal de acordo
com Ernesto Haeckel, filósofo da biologia que, influenciado pelo darwinismo, postulou
a Lei Biogenética. Abordando a perspectiva cosmológica monista, ele considerou que a
evolução das espécies por meio da seleção natural acontece não só no planeta Terra,
mas pela unidade das forças da natureza em todo o universo. Com isso, desenvolveu a
noção de panspermia, teoria segundo a qual a natureza semeia o universo de vida, mas
admitindo a necessidade da presença de água para maiores evoluções.

Palavras-chave: Monismo; Ciências da Natureza; Cosmologia; Evolução da Vida.

A NECESSIDADE DO CONHECIMENTO DEMONSTRATIVO EM


ARISTÓTELES: UMA ANÁLISE DE SEGUNDOS ANALÍTICOS I 6
ZUPPOLINI, Breno Andrade. Universidade Estadual de Campinas. Orientador: Lucas
Angioni. Bolsa: FAPESP. baz1289@gmail.com

No início do livro I dos Segundos Analíticos, Aristóteles caracteriza o conhecimento


científico-demonstrativo como envolvendo uma certa “necessidade”. A interpretação
tradicional tende a associar esta noção de necessidade à noção de necessidade modal
presente nos Primeiros Analíticos e no tratado Da Interpretação. Mas uma outra linha
interpretativa pode ser seguida, a qual identifica a necessidade do conhecimento
científico à adequabilidade explanatória. À primeira vista, o capítulo sexto do livro I
parece desempatar a disputa a favor da leitura mais tradicional, ao mencionar critérios
flagrantemente modais para descrever as proposições científicas. No entanto, buscarei
mostrar de que modo este capítulo favorece, não a interpretação tradicional, como
usualmente se pensa, mas a interpretação alternativa. O terei feito se puder elucidar em

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que medida, a necessidade modal possui, ali, um papel secundário e subordinado,
enquanto que a noção de explicação adequada é prioritária e determinante.

Palavras-chave: Aristóteles; Necessidade; Essencialismo; Demonstração.

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.:: Comissão Organizadora::.
Clélia Aparecida Martins (Coordenadora); Mariana Cláudia Broens (Vice-
Coordenadora) Amanda Veloso Garcia (aluna da Graduação – UNESP/Marília); Éliton
Dias da Silva (aluno da Graduação – UNESP/Marília); João Antonio de Moraes (Aluno
da Pós-Graduação – Unesp/Marília); João Roberto Vale Ricardi (aluno da Graduação –
UNESP/Marília); Older Gabriel Boralli; Rafael Wellington Botaro (Aluno da
Graduação – Unesp/Marília); Tiago Brentam Perencini (Aluno da Graduação –
Unesp/Marília).

.:: Secretaria Geral::.


Edna Bonini de Souza

.:: Comissão Científica ::.


Andrey Ivanov (Unesp/Marília)
Antonio Trajano Menezes Arruda (Unesp/Marília)
Clélia Aparecida Martins (Unesp/Marília)
Herbert Barucci Ravagnani (Unesp/Marília)
Lucio Lourenço Prado (Unesp/Marília)
Marcio Benchimol Barros (Unesp/Marília)
Marcos Antonio Alves (Unesp/Marília)
Maria Eunice Quilici Gonzalez (Unesp/Marília)
Mariana Cláudia Broens (Unesp/Marília)
Reinaldo Sampaio Pereira (Unesp/Marília)
Ricardo Monteagudo (Unesp/Marília)
Ricardo Pereira Tassinari (Unesp/Marília)
Ubirajara Rancan de Azevedo Marques (Unesp/Marília)

.:: Elaboração dos Anais ::.


João Antonio de Moraes
João Roberto Vale Ricardi

APOIO:

Departamento de Filosofia
Conselho de Curso de Filosofia
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
STI
PROEX

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