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Física Experimental - 02/2015 - Turma E

Experimento 4 - Ponte de Wheatstone e Campos Eletrostáticos


09/09/2015

Participantes:
Bárbara Gonçalves Mourão 14/0131574
Clara Magalhães Toffoli 14/0134701
Callebe Araújo de Medeiros Mendes 14/0133488
Lucas Soares Rebelo 14/0151249

Objetivos:

Utilizando os conceitos e os aparatos sobre ponte de Wheatstone em sua versão


resistiva, verificar o valor de uma resistência Rx e partir dos conceitos de campo elétrico e
potencial elétrico, averiguar as superfícies equipotenciais, bem como as linhas de campo
elétrico em um região composta de eletrólito entre um par de eletrodos.

Introdução Teórica:

Esse experimento tem como objetivo elucidar os integrantes do grupo a respeito dos
seguinte temas: ponte de Wheatstone , campos elétricos e as superfícies equipotencias. A
ponte de Wheatstone é um circuito de dispositivos elétricos que nos permite medir o valor
de um resistência desconhecida . Tal circuito é composto de elementos básicos como: uma
fonte de tensão, um voltímetro e uma rede de quatro ρresistores, sendo três deles
conhecidos e ajustáveis e um de resistência desconhecida. para determinar a resistência do
resistor desconhecido, os outros três são ajustados e balanceados até que a corrente
elétrica seja nula.

Figura 1 : Representação da ponte de Wheatstone.

Na figura 1 esta representado uma ponte de Wheatstone e podemos obter R1 e R2


por meio da seguinte fórmula.
R1,2 = ρ * I1,2/ A (Equação 1)
em que I1 e I2 são os comprimentos variáveis de cada um dos fios, dado pela
extremidade do fio até o contato móvel, ρ, que representa a resistividade material, e A, a
área da seção reta do condutor, são constantes.
Além disso, pela ponte de Wheatstone, sabemos também que:
Rx = R3 (Equação 2)
Dessa forma, podemos substiuir a equação 1 na equação 2 e obter a resistência Rx
da seguinte maneira:
Rx = R3 (Equação 3)
pois sabemos que as resistências fornecidas em R1 e R2 são proporcionais a I1 e
I2. No caso desse experimento, o R3 utilizado é de: 1KΩ.
No campo elétrostático é possível observar a superfície equipotencial, que é o lugar
geométrico dos pontos que apresentam potenciais iguais. Algumas dessas superfícies estão
representadas na figura 2.

Figura 2: Representação das superfícies equipotenciais

O trabalho da força elétrcia durante o deslocamento de uma carga elétrica


puntiforme sobre uma superfície equipotencial é nulo e essas superfícies, como podemos
observar na figura 2, são em cada ponto ortogonais ao vetor campo elétrico.
Em um campo elétrico, as cargas de prova positivas encontram-se em movimento .
A partir da trajetória dessas cargas, traçam-se linhas que são denominadas linhas de força,
ou linhas de campo elétrico, que são tangenciadas pelo campo elétrico, nunca se
interceptam e as intensidade do campo elétrico é proporcional à a quantidade dessas
linhas.

Materiais:

Parte 1

● 1 multímetro
● 1 fonte controladora de tensão/corrente
● 1 resistor de proteção 1KΩ, 15W
● 1 placa com diversos resistores de resistência desconhecida
● Resistores com valores de resistência a serem verificados
● 1 régua graduada de 1000 mm com fio e contato móvel
● Fios.

Parte 2

● 1 reostato com ajuste de 0 a 100Ω


● 1 cu a eletrolítica
● 1 fonte controladora de tensão/corrente
● 1 multímetro
● 2 pares de eletrodos com geometria distinta;
● 1 suporte com contato e marcador;
● 1 folha de papel milimetrado;
● Fios.

Procedimentos:

Parte 1

Primeiramente, montamos o circuito representado nas figura 1 e 2.

Figura 3: Ponte de Wheatstone Resistiva.


Figura 4: 2 Imagem da montagem do Experimento Ponte de Wheatstone. R1 , R2 , R3 são
resistores de resistências conhecidas. Rx é o resistor de resistência desconhecida, e Rp é o
resistor de proteção. G é o amperímetro e ε é a fonte de tensão.

Afixamos um valor aleatório para R3 na placa e realizamos os seguintes


procedimentos para verificar o valor de Rx:

● Escolhemos valores de R3 e Rx adequados para a limitação da régua.


● Ligamos o amperímetro “G” entre os pontos “ ” e “c”.
● Escolhemos uma tensão fixa para a fonte.
● Fechamos a chave “S” e anotamos o valor indicado pelo amperímetro.
● Ajustamos o cursor móvel no ponto “ ” até anular a corrente no amperímetro.

Assim, utilizando o modelo de resistência mencionado e o equilíbrio de tensões


causado pela corrente nula, determinamos o valor experimental de Rx. Depois repetimos o
procedimento para outros valores de Rx.

Parte 2

Inicialmente, verificamos que a cuba eletrolítica está preenchida com cerca de 1-2
cm de profundidade de água, apresenta uma folha de papel milimetrado plastificada ao
fundo, contém eletrodos de placas paralelas sobre o mesmo e também placas conectadas à
fonte.
Adotamos uma escala para anotar as posições na folha de papel milimetrado e
transferimos para outra folha de papel milimetrado, onde representamos as linhas de
superfícies equipotenciais e de campo.
Aplicamos uma tensão de 30 V e, com o auxílio de um multímetro, medimos a
diferença de potenciais entre as placas. Em seguida, medimos outros pontos entre elas,
anotando as coordenadas e a posição de cada ponto na folha de papel milimetrado, assim
como seu respectivo valor de tensão V. Obtivemos pontos suficientes para desenhar entre 5
e 10 equipotenciais entre as placas, cada uma com aproximadamente 5 pontos.
Repetimos o experimento adicionando um cilindro metálico e depois um cilindro
plástico no centro das placas paralelas.
Figura 5: Procedimento de tomada de pontos na cuba eletrolítica.

Resultados e análise:

Parte 1

● Tensão: 20 V;

Tabela 1: Medidas dos comprimentos dos fios e da resistência Rx;


Resistor L1 (cm) L2 (cm) Rmedido (Ω) Rcalculado R3 (Ω)
(Ω)

1 59.9±0.05 35.7±0.05 498±13.9 534.6±12.4 897±18.8

2 49.5±0.05 47.0±0.05 891±18.7 851.7±19.1 897±18.8

3 89.5±0.05 9.3±0.05 89±9.1 93.2±2.5 897±18.8

4 26.9±0.05 69.2±0.05 1996±31.9 2307±54.3 897±18.8

Sabendo a teoria referente à ponte de Wheatstone, mostrada na introdução teórica,


pudemos usar a fórmula (equação 3) para calcular a resistência desconhecida do elemento,
que está apresentada na coluna Rcalculado da tabela 1. Para fins de comparação, medimos
com o Ohmímetro também a resistência.
Percebe-se que os valores ficaram próximos, e portanto o resultado foi satisfatório.
Os erros foram calculados conforme procedimentos outrora descritos, e o erro do
Rcalculado foi feito de acordo com as fórmulas de propagação de erro na divisão e
multiplicação:

Parte 2
Figura 6: Superfícies equipotenciais sem a presença do anel.
Figura 7: Superfícies equipotenciais com o anel metálico condutor.
Figura 8: Superfícies equipotenciais com anel isolante.
Após a representação das linhas equipotenciais em três folhas diferentes, já
mostradas anteriormente, podemos analisar separadamente o comportamento dessas
linhas.
Observamos na primeira imagem, onde não há nenhum objeto interferindo, que as
linhas equipotenciais são paralelas entre si e praticamente paralelas aos eletrodos.
A presença do cilindro metálico, conforme observamos na segunda imagem, distorce
o comportamento das linhas equipotencias, afastando-as do condutor, que aparentemente
as repele. Isso se deve à presença de eletróns livres no cilindro metálico, que geram um
campo interior ao objeto o qual repele as linhas de campo próximas a sua superficie
externa. Como as linhas equipotenciais dependem da posição das linhas de campo elétrico,
seu comportamento também é afetado, como notamos na imagem 6.
Analisando agora a figura 8, percebemos que o cilindro isolante age de forma
contrária ao condutor, atraindo as linhas de campo para si, por causa de sua polarização
devido à ausência de elétrons livres em sua superfície.

Conclusão:

Entender o funcionamento da ponte de Wheatstone é de extrema importância e


utilidade para a compreensão e montagem de um circuito elétrico, pois com ela
conseguimos determinar o valor de uma resistência elétrica desconhecida. Isso pôde ser
comprovado por meio dos dados experimentais obtidos, os quais ficaram muito próximos
dos valores esperados, sendo que essa proximidade comprova a validade e utilidade do
conceito.
Nesse experimento, conseguimos também entender o conceito de superfícies
equiotenciais, que como pode ser percebido, dependem da geometria do eletrodo utilizado.
Assim como as linhas de campo eletrostático, que são sempre perpendiculares as
superficies equipotenciais.

Bibliografia:

1
Halliday & Resnick , Fundamentos de física volume 3;
2
SIte: www.mundoescola.com, consultado em 09/09/2015;
3
Site: http://www.infoescola.com/eletricidade/ponte-de-wheatstone/, consultado em
09/09/2015;
4
Roteiro do experimento:
https://ifserv.fis.unb.br/moodle/pluginfile.php/120400/mod_resource/content/1/novo%20roteir
o%20linhas%20equipotenciais%20-%20Documentos%20Google.pdf e
https://ifserv.fis.unb.br/moodle/mod/resource/view.php?id=71247 .

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