Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UH ACN A Corte Elemental
UH ACN A Corte Elemental
Und e rground H ave n, Ao Cair d a Noite , De sb ravad ore s d o O cul to e A Gue rra pe l
a Sal
vação s ão m arcas
re gis tradas de Und e rground H ave n Pub l
icaçõe s. Todos os dire itos re s e rvados .
M e nçõe s ou re fe rências a q uais q ue r e m pre s as , produtos , m arcas ou proprie dade s alhe ias nas páginas de s te livro
s ão us adas ape nas para fins ilus trativos , não cons tituindo violação de dire itos alhe ios , ne m te ntativa de apropriação
de s te s dire itos .
Es te livro faz us o de te m as adultos , incluindo o s obre natural, para propós itos lúdicos . Não é nos s a inte ns ão
ofe nde r ne nh um a pe s s oa, re ligião, cre nça ou ide ologia.
Vis ite nos s a página de inte rne te adq uira m ate rialgratuito: w w w .und e rh ave n.com .b r
Con te úd o
In tr od u ç ão: Pe ga d a s 5
A pr e se n ta ç ão 9
Ín d ice Re m issivo 81
“M on ta n h a s in spira m a dm ira ção em q ua lq uer
ser h um a n o q ue ten h a a lm a . Ela s n os lem bra m de
n ossa fra gilida de, de n ossa in sign ificân cia , da
brevida de de n ossa existên cia n esta terra . Ela s toca m
os céus e veleja m n um a a ltitude a lém da
im a gin a ção de um sim ples m orta l.”
- Elizabe th As ton, Th e Exploits & Adve nture s ofM is s Aleth e a D arcy
“Nos s a, e s te lugar é lindo!” , e logiou Cíntia ao puxas s e ge ntilm e nte para a água.
de ixar a trilha e ade ntrar a clare ira. Adiante , um córre go “Não, m e u pai os proibiu de vir aq ui” , re s ponde u
dava num barranco de m ais ou m e nos um m e tro e m e io de R odrigo, “m as e les já não gos tavam da m ata, dize m q ue
altura, ge rando um a pe q ue na q ue da d’água q ue alim e ntava m uita ge nte já s e pe rde u ne la” .
um a pis cina natural. O forte s ol, pouco bloq ue ado pe la Ao m e rgulhar os pés na água ge lada, Cíntia s e ntiu
copa das árvore s , ilum inava e aq ue cia a clare ira, criando um calafrio. Paus ou por um ins tante e fe ch ou os olhos ,
um am bie nte agradáve l onde o cas al de jove ns pode ria e s pe rando o arre pio pas s ar. Naq ue le m om e nto, ve io-lhe um
pas s ar o re s to da tarde . s e gundo arre pio, m ais inte ns o, um a s e ns ação ruim q ue não
“D e s cobri e s s e lugar faz pouco te m po, fica de ntro tinh a orige m óbvia.
da áre a de pre s e rvação da faze nda” , dis s e R odrigo, “Que foi?” , q ue s tionou R odrigo ao notar o
s atis fe ito ao ve r o s orris o da nam orada. “Ninguém cos tum a de s conforto da jove m .
vir aq ui, e ntão a tarde toda vai s e r s ó nos s a.” Cíntia ins pirou fundo e s e re com pôs , te ntando
Cíntia abraçou o nam orado e o be ijou com ignorar aq ue la s e ns ação de s confortante . “Nada, foi s ó o
e ntus ias m o. Na infância, e la ia à faze nda dos avôs toda ch oq ue de e ntrar na água fria” , de duziu. Em s e guida, s e ntiu
s e m ana. Contudo, a faze nda foi ve ndida de pois da m orte o ge ntilpuxão da m ão de R odrigo, q ue já e s tava im e rs o até
de s e u avô, e Cíntia s e ntia falta do contato com a nature za. a cintura e te ntava fazê-la s e gui-lo.
Ela s e m pre gos tou de s e banh ar e m rios , de andar a cavalo “Não s e pre ocupe , q ue e u te e s q ue nto” , dis s e
e de dorm ir longe do barulho e da luze s da cidade grande . R odrigo, com um s orris o m aroto nos lábios . Ela tam bém
Quando R odrigo a convidou para pas s ar o fim -de -s e m ana s orriu e m re s pos ta, de ixando q ue fos s e levada até o ce ntro
na faze nda do pai, e la não te ve com o re cus ar, ape s ar da da pis cina, onde as águas a alcançavam nos om bros . Ali,
proxim idade das provas finais de s e m e s tre na faculdade . R odrigo a abraçou e a be ijou inte ns am e nte .
“Am e i a s urpre s a” , dis s e , fitando os olhos cas tanh os do O jove m cas alpros s e guiu com be ijos e carícias até
nam orado. q ue s e us corpos s e acos tum as s e m com a te m pe ratura da
R odrigo afas tou-s e da nam orada para apoiar s ua água. O s dois ficariam ali durante toda a tarde , s e am ando
s acola s obre um a pe dra às m arge ns da pis cina de águas ao s om de pás s aros , cigarras e água corre nte . Sob a
lím pidas e ge ladas . Ele e ra um rapaz da cidade , não tinh a dis tração da las cívia, Cíntia e s q ue ce u por com pleto a
m uito gos to pe la faze nda, contudo, q uando s oube q ue s e ns ação q ue tive ra ape nas m inutos ante s , um alerta
Cíntia adorava o cam po, não pôde pe rde r a ch ance de ins tintivo de q ue algo os obs e rvava.
pas s are m um fim -de -s e m ana a s ós . O s dois nam oravam h á
ape nas dois m e s e s , logo s e ria um a oportunidade pe rfe ita ---------------------------
para e s tre itare m o re lacionam e nto. “Que tal nadar um
pouco?” , s uge riu, re m ove ndo a cam is e ta. “Volto logo” , R odrigo avis ou, levantando-s e e
Cíntia s orriu e m re s pos ta e tirou a blus a. “Com o be ijando a te s ta da nam orada.
você de s cobriu e s s e lugar, R odrigo?” , q ue s tionou e nq uanto “Aonde você vai?” , q ue s tionou Cíntia, s e ntada
re m ovia a be rm uda, ficando ape nas de biq uíni. s obre as pe dras , aprove itando a luz s olar q ue batia ali, à
“M e u pai de s cobriu faz uns m e s e s , q uando te ve de be ira da pis cina natural.
procurar na m ata por uns m oleq ue s pe rdidos , filhos de “Ate nde r ao ch am ado da nature za” , riu R odrigo,
e m pre gados da faze nda” , re s ponde u R odrigo. Já ape nas de de s ne ce s s ariam e nte e xplicando e m s e guida: “Vou dar um a
calção de banh o, e le s e pôs e ntre a água e Cíntia e e s te nde u m ijada” .
convidativam e nte a m ão para e la. “Pare ce q ue os “Que rom ântico” , Cíntia re s m ungou s arcas tica-
e m pre gados já conh e ciam o lugar, m as nunca tinh am m e nte , obs e rvando R odrigo afas tar-s e do córre go e s um ir
contado ao m e u pai” . e ntre as árvore s . Em s e guida, s oltou um s us piro,
“Não te m ris co de alguém apare ce r?” , q ue s tionou re lem brando os e ve ntos daq ue la tarde m aravilhos a: ali,
Cíntia, dando a m ão ao nam orado e de ixando q ue e le a naq ue la clare ira, e les nadaram e lanch aram s ob o Sol.
PEGADAS 5
Quantas h oras tinh am pas s ado ali, s e be ijando e s e ao olhar para trás , viu s ua toalha pe nde nte , “agarrada”pe lo
acariciando?D uas ?Três ?Ela não tinh a ce rte za, m as o Sol galho de um a árvore , cujas ram ificaçõe s pode riam s e r
já com e çava a pe rde r um pouco de s e u brilho, o q ue confundidas com de dos .
indicava q ue faltava talve z pouco m ais de um a h ora ante s Foi q uando a m ata com e çou a s e s acudir e de bate r
de s um ir no oe s te . Cíntia fe ch ou os olhos para aprove itar a m ais um a ve z. Num ins tante de te rror, Cíntia corre u para o
luz e o calor s olar q ue batiam e m s e u ros to. outro lado da clare ira, pas s ando pe la continuação do
Ali e la pe rm ane ce u por alguns m inutos , s e ntada de córre go e contornando a pis cina natural, onde e la e R odrigo
olhos fe ch ados . Foi q uando notou q ue a m ata e s tava tinh am de ixado s uas cois as . Para a s urpre s a da jove m , a
s ilencios a, s e m o s om típico de pás s aros e cigarras q ue s acola, toalhas , roupas e re s tos de com ida e s tavam todos
ouvira cons tante m e nte q uando e la e o nam orado ch e garam re m e xidos . O fe gante e e m pânico, e la corre u dali, pe gando
à clare ira, h oras ante s . Agora q ue R odrigo não e s tava ali a trilha pe la q ualvie ram originalm e nte . Por ins tinto, gritou
para dis traí-la e m s e us braços , o s ilêncio de ixou Cíntia o nom e do nam orado re pe tidas ve ze s e nq uanto fugia
pre ocupada. Pe rce be ndo q ue e le já de ve ria te r voltado, a daq ue la clare ira m aldita, de s e jando q ue R odrigo pude s s e
m oça abriu os olhos e gritou por e le. “R odrigo?” , o ouvi-la e s e gui-la.
ch am ado e coou na m ata, m as não obte ve re s pos ta. Cíntia pe rcorre u a trilha, gritando e corre ndo por
Cíntia s e levantou e , s e ntindo um arre pio de z, vinte m e tros . Então, q uando de ixou as árvore s para
incôm odo, cobriu os om bros com um a toalha, abraçando-a trás e s e viu novam e nte na clare ira da q ualacabara de
com o s e e s s e ge s to pude s s e fazê-la s e ntir-s e m ais s e gura. e s capar, diante de s e us pe rte nce s m e xidos e da pis cina de
Então, cam inh ou até os lim ite s da clare ira, na dire ção calm as águas ge ladas , e la caiu de joe lhos , gritou algo
tom ada ante riorm e nte pe lo nam orado. “R odrigo?” , incom pre e ns íve l e com e çou a ch orar. Aq uilo não e ra
ch am ou-o, s e m gritar de s ta ve z. Novam e nte , a re s pos ta foi pos s íve l! Com o e la tinh a voltado ao s e u ponto de partida?
ape nas s ilêncio. Se m s abe r o q ue faze r, e la pe rm ane ce u na A m ata ainda tre m ia e m e s pas m os cons tante s , s e us galhos
borda da m ata, aguardando ali com a e s pe rança de q ue balançando à vontade de um ve nto ine xis te nte , o q ue
R odrigo s urgis s e a q ualque r m om e nto. Fitando o ch ão, ape nas de ixava Cíntia m ais e m ais de s e s pe rada. O q ue
Cíntia viu as pe gadas do nam orado, indo na dire ção da e s tava aconte ce ndo?Ela não cons e guia e nte nde r, m as s abia
flore s ta, m as para s ua s urpre s a pe rce be u um s e gundo ras tro q ue e ra algo te rríve l. Te ndo a s e ns ação de notar m ais um
q ue re tornava pe lo m e s m o cam inh o, fe ito por pés m e nore s vulto s e m ove ndo na m ata, e la s e levantou e e ncarou a
e m ais leve s . “R odrigo!!!” , e la urrou, apavorada, diante da trilha pe la q ual te ntara fugir. Ali, s obre s uas pe gadas
pos s ibilidade de q ue alguém m ais e s taria alina clare ira. re ce nte s , q ue indicavam q ue e la s aiu e voltou pe lo m e s m o
Após aq ue le ins tante de pavor, Cíntia te ntou s e cam inh o, a jove m pe rce be u novam e nte as pe gadas infantis
conte r, tapando a boca com um a m ão, e nq uanto com a com e çando na clare ira e s e pe rde ndo de vis ta na m ata.
outra ape rtava firm e a toalha q ue cobria-lhe om bros e Te ria o m oleq ue ido e m bora?Cíntia q ue ria acre ditar
tórax. A s e ns ação ruim q ue tive ra ante s re tornava, e s ua q ue s im , m as os arre pios não a de ixavam . Ela s e abraçou,
te ns ão s e pre cipitou num grito de s us to q uando as árvore s ch orando, fitando a trilha e as pe gadas ne la e ve ndo o
ao re dor com e çaram a balançar violentam e nte com o s e balançar das árvore s . Algo dizia a e la para te ntar a trilha
atingidas por um a ve ntania, ge rando um farfalhar inte ns o novam e nte , m as e la ignorou e s s e pe ns am e nto e aos prantos
de s uas folhas . Afas tando-s e da borda da clare ira e corre u para a m ata, s e m pe gar o cam inh o conh e cido, m as
re tornando às pe dras , Cíntia ficou a fitar confus a o te ntando s e m ante r próxim a a e le. Se m de s ace lerar o pas s o
fe nôm e no, olhando ao re dor e re zando para q ue R odrigo ou parar para olhar ao re dor, e la continuou a fugir
s urgis s e da m ata. Foi e ntão q ue s ua vis ão pe riférica notou de s e s pe radam e nte . Galhos de árvore s s e m oviam para
um a form a h um ana pe q ue na e indis tinta, e s pre itando atrás atrapalhar s e u cam inh o, m as e la não parava, de ixando q ue
de um a árvore no lim iar da m ata. Num im pulso, a m oça s e ch ocas s e m contra s e u corpo, caus ando-lhe e s coriaçõe s e
focou s e u olhar naq ue la dire ção, ape nas para cons tatar q ue pe q ue nos corte s .
e ra ape nas s ua m e nte pre gando-lhe pe ças . Naq ue le Já e s tava e s cure ce ndo q uando Cíntia viu as árvore s
ins tante , o m ovim e nto das árvore s ce s s ou de im e diato, e o ficare m para trás . Não de m orou a atrave s s ar o m ato alto e
s ilêncio da m ata, q ue brado ape nas pe lo s om das águas q ue ch e gar ao pas to da faze nda. Foi s ó e ntão q ue a m oça parou,
s e coletavam no ce ntro da clare ira, re tom ou o am bie nte . abalada e e xaus ta, e caiu de joe lhos . Fitando a m ata q ue
Cíntia não s abia o q ue faze r, m as q ue ria e nte nde r o de ixara para trás , viu as árvore s calm as , m ovidas ape nas
q ue e s tava aconte ce ndo. Aproxim ando-s e do locale m q ue pe la bris a s uave . O s ols e punh a a oe s te , m as as s om bras da
pe ns ara te r vis to o vulto, cons tatou a pre s e nça de leve s m ata já s e tornavam de ns as . Só e ntão, não m ais s e ntindo
pe gadas infantis , q ue apontavam na dire ção da m ata. Sua aq ue la te ns ão ins uportáve l, q ue Cíntia finalm e nte s e de u
m e nte dizia-lhe q ue aq uilo e ra ape nas um a brincade ira de conta das dore s do corpo, ch e io de fe ridas caus adas por s ua
m oleq ue , m as s e u ins tinto a fazia s e s e ntir s ob cons tante fuga irracional. Foi naq ue le m om e nto q ue e la pe ns ou
pe rigo. Ins pirando profundam e nte e e xpirando lentam e nte , novam e nte e m R odrigo, e por q uas e um a h ora gritou e m
Cíntia bus cava re cobrar o autocontrole, m as s e u coração vão pe lo nam orado.
te im ava e m bate r com inte ns idade . “Que m e s tá aí?” ,
pe rguntou e m voz alta, apoiando-s e num a árvore e nq uanto ---------------------------
te ntava e ncontrar o traq uina na m ata. “Is s o não te m graça,
s e u m oleq ue !” , gritou. “Idiota!” , R odrigo re pe tia a autocrítica. Com o pôde
Então, um a m ão dura pous ou de s úbito no om bro s e r tão idiota?Ele não tinh a s e afas tado ne m cinco m e tros
e s q ue rdo de Cíntia, e e la gritou e m pânico ao s e ntir de dos da clare ira para s e aliviar, com o pôde e rrar o cam inh o de
longos e finos s e fe ch are m para agarrá-la. Num im pulso, a volta?A cada ve z q ue e s colhia um a dire ção, m ais pe rdido
m oça s e jogou para o lado, s e de s ve ncilhando da toalha ficava, com o s e e s colhe s s e s e m pre o pior cam inh o
q ue cobria-lhe os om bros para e s capar daq ue la m ão pos s íve l. Ele nunca tinh a s e e m bre nh ado num a m ata
e s q ue lética. Cíntia corre u de volta às pe dras da clare ira e , daq ue le je ito ante s . “Eu s ou um grande idiota” , s e culpava.
6 INTR O DUÇÃO
As s om bras da flore s ta já s e tornavam m ais de ns as , aq ue le lugar inós pito, R odrigo corre u pe la e s curidão.
e não e ra pos s íve lve r o céu acim a. Não e ra noite ainda, Então, q uando e s tava a poucos m e tros das luze s , pis ou e m
m as não faria dife re nça e m poucos m inutos . A m ata e s tava falso, torce ndo o pé e caindo violentam e nte no ch ão.
s ilencios a, e R odrigo não tinh a ce rte za s e is s o e ra norm al. R odrigo gritou de dor e ouviu, m ais um a ve z, s ua
O nde e s tava o s om dos pás s aros , grilos , cigarras e outros nam orada ch am á-lo. “Socorro! Es tou be m aq ui!” , gritou
bich os q ue de ve riam e xis tir por aq ui? Es tava ce rto s e para guiar Cíntia até e le, e nq uanto s e arras tava até um a
calare m à noite ?Ele não tinh a ce rte za, pois s e m pre fora árvore para apoiar-s e ne la e s e ntar-s e no ch ão.
um rapaz da cidade . D e q ualque r form a, aq ue la s ituação o “Aq ui” , e le re pe tia, ve ndo as luze s de lante rnas
de ixava te ns o, pois não s abia o q uanto tinh a s e cada ve z m ais próxim as . Contudo, q uando e s tavam a
aprofundado na flore s ta. Para e le, e ra im pos s íve ldize r s e poucos m e tros de dis tância, as luze s de s apare ce ram e a voz
os pas tos da faze nda e s tavam a poucos m e tros ou a vários de Cíntia s e calou. Um arre pio pe rcorre u a e s pinh a do
q uilôm e tros de dis tância. rapaz, q ue s e ntiu s e u corpo todo tre m e r. “O q ue e s tá
Foi e ntão q ue a copa das árvore s com e çou a tre m e r, aconte ce ndo?” , gritou, re pe tindo e m de s e s pe ro: “Cíntia?
e as folhas com e çaram a cair com o um a ch uva q ue Cadê você, Cíntia?”
atrapalhava ainda m ais a vis ão. R odrigo te ntava Foi q uando as árvore s s e agitaram novam e nte . Em
inutilm e nte afas tar as folhas cade nte s com os braços , ao m e io à ch uva de folhas , R odrigo viu s e aproxim ar um a
m e s m o te m po e m q ue procurava um a m ane ira de s e guiar. form a atarracada e corcunda, s im ilar a um a pe s s oa, m as de
D e re pe nte , o rapaz s e ntiu um im pacto inte ns o e m s uas olhos re luze nte s com o os de um gato. R odrigo gritou por
cos tas , q ue o fe z cair no ch ão. “Que diabos !” , gritou, s ocorro, m as a única re s pos ta q ue obte ve foi um ris o tím ido
virando-s e s e m s e levantar. Se u coração dis parou ao ve r os da criatura. Tom ado pe lo pânico, o rapaz s e e rgue u com
galhos de um a árvore s e m ove re m , te ntando golpe á-lo dificuldade , m as o pé torcido o im pe diu de corre r. As
novam e nte . R odrigo te ve te m po ape nas para s e prote ge r árvore s atacaram -no novam e nte , golpe ando-o e de rrubando-
com os braços ante s q ue fos s e atingido. Aq uilo doía, m as o na dire ção da criatura. Ali, be m diante da cois a, R odrigo
num ins tante de pânico, a m e nte de le pre fe riu ignorar a dor pôde vê-la com clare za: um a form a ne bulos a, q uas e gas os a,
e não pe ns ar. Le vantando-s e e m de s e s pe ro e gritando, o com cabe los fe itos de m us go e folhas , pe le de árvore ,
jove m s e e ntre gou ao ins tinto e fugiu dali. de nte s dis form e s de m ade ira e pés virados para trás . Foi
Corre ndo s e m rum o pe la m ata, R odrigo não s ua últim a vis ão ante s q ue s ua m e nte e ntras s e e m ch oq ue ,
de m orou a trope çar nas raíze s e xpos tas e cair novam e nte . faze ndo tudo virar tre vas .
Quando s e e rgue u, notou q ue a agitação da flore s ta tinh a
ce s s ado. O rapaz não cons e guia e nte nde r o q ue e s tava ---------------------------
aconte ce ndo, por m ais q ue te ntas s e raciocinar. Árvore s não
s e m ove m s ozinh as ne m golpe iam pe s s oas , ce rto?Aq uilo R odrigo s e ria e ncontrado pe las e q uipe s de bus ca
s ó pode ria s e r um pe s ade lo, um a alucinação caus ada pe lo três dias de pois , incons cie nte , de s nutrido e fraco, com o pé
pânico. Se u corpo todo doía e , ofe gante , o rapaz te ntava luxado e o corpo ch e io de e s coriaçõe s e corte s . Se tive s s e m
conte r a re s piração e controlar o m e do. Pe rm ane ce u ali por de m orado m ais um dia, dis s e ram os m édicos , e le e s taria
alguns m inutos , bus cando re cobrar a razão. A m ata s e m orto. Concluiu-s e , a partir das m e m órias fragm e ntadas do
tornava cada ve z m ais s om bria, e e le te m ia q ue ficaria rapaz, q ue e le te ve alucinaçõe s e m s e us m om e ntos difíce is .
pe rdido ali até o am anh e ce r s e guinte . Foi q uando notou R odrigo não re tornaria m ais à m ata de s de e ntão, e s e u pai
luze s adiante . Lante rnas ? Talve z alguém e s tive s s e m andou q ue um a placa fos s e colocada na e ntrada da trilha
procurando por e le! O jove m re s pirou aliviado q uando a q ue leva à clare ira: “Proibida a Entrada” .
voz de Cíntia e coou, ch am ando-o e m de s e s pe ro: Ape s ar da placa, às ve ze s alguém e ntra na m ata,
“R odrigo!!!” m as nunca s ozinh o, e nunca por m uito te m po. Às ve ze s ,
As luze s s e tornavam m ais próxim as , e s tavam logo dize m os e m pre gados da faze nda, e les e ncontram m arcas
ali adiante . “Cíntia!” , e le gritou, e e la re s ponde u re pe tindo na trilha: s inais m uito pare cidos com pe gadas infantis .
o nom e de le. Apre s s ando o pas s o, ans ios o por de ixar
PEGADAS 7
Q ua n do eu era jovem , o pa i de m eu pa i con ta va - m e h istória s e ca n ções sobre a
terra da q ua ln osso povo viera . Ele fa la va de um tem po a n tigo, um tem po de son h os
a n tes do n osso n a scer, um tem po q ue se foi, m a s a in da existe, e pa ra o q ua l
retorn a rem os q ua n do m orrerm os. Ele ca n ta va ca n ções sobre a terra e seus segredos, sobre
ca da a n im a lq ue n os cerca va , e dizia q ue n osso povo era un o com a terra e o céu e os
bich os, e q ue a s serpen tes e os la ga rtos era m n ossos a n cestra is.
O pa i de m eu pa i n a sceu com um dom especia l, o dom sa gra do de son h a r. Ele
podia retorn a r à era dos son h os e reen con tra r n ossos a n cestra is em form a a n im a l. Ao
son h a r, ele a pren dia sobre os m a les e a s n ecessida des da terra e sobre o pa ssa do e o futuro.
Era ele q uem n os lem bra va dos m on stros n os poços e rios e dos espíritos dos a res e da s
tem pesta des, e n os en sin a va a da n ça r e a ca n ta r pa ra h on rá- los e a pa ziguá- los.
M a s os tem pos m uda ra m . N a q uela época , os dem ôn ios bra n cos já erigia m sua s
gra n des cida des, e desde en tão n osso povo teve sua s cria n ça s rouba da s e terra s
in va dida s. O pa i de m eu pa i se foi h á tem pos, ele retorn ou a o tem po dos son h os, e
n in guém ca pa z de fa la r com os espíritos veio a substituí- lo. Em bora o povo a in da se
lem bre da s ca n ções, h á poucos de n ós com a disposição pa ra ca n tá- la s e da n çá- la s, e o
dem ôn io bra n co n ão h on ra a ca ça n em respeita a terra .
H oje, a s terra s já n ão m a is n os a colh em , e os a n im a is já n ão n os con sidera m
irm ãos. Os seres da terra e do a r fora m a ba n don a dos e se ressen tem de todos os h om en s,
bra n cos in clusive. Q ua n do a lguém se perde n o deserto, os espíritos o leva m pa ra lon ge,
exigin do q ue da n ce com eles. Q ua n do um jovem se a foga n um poço, os espíritos o
puxa m pa ra a s profun deza s, porq ue ele n ão os a pa ziguou com um a ca n ção a n tes q ue
toca sse sua s água s.
Em n ossa a usên cia , q uem h on ra rá os sa crifícios de n ossos a n im a is- irm ãos?
Q uem se lem bra rá dos ca m in h os ca n ta dos q ue a tra vessa m a s terra s árida s em
segura n ça ?Q uem da n ça rá pa ra a pa zigua r os espíritos da s água s e dos céus?N osso
povo precisa rea pren der a ca n ta r e da n ça r, ou a a m a rgura dos espíritos se eleva rá a té
q ue os con sum a .
8
A Corte El
e m e ntal
A pr e se n ta ç ão
A TENÇÃO !ISTO É UM JO GO ! 9
s utilm e nte as forças naturais , m anipulando plantas ,
ch am as , anim ais e ve ntos para m os trar s ua pre s e nça.
As e ntidade s dos R e inos Elem e ntais s ão
caprich os as , gove rnadas m ais por ins tinto do q ue
inte ligência. Elas s ão am orais , não com pre e nde ndo nos s os
FAN TAS IA VS . TE RROR
conce itos de ce rto e e rrado, e pode m s e r daninh as m e s m o Ao Cair d a Noite é, prim ariam e nte , um jogo de
q ue não s e jam m alicios as . As form as dos e s píritos variam te rror e ação. Contudo, por caus a da infantilização de
incrive lm e nte : alguns s ão claros as pe ctos do m undo m uitos as pe ctos de nos s o folclore , te m os a te ndência de
natural, form ados por fogo ou água ou ar, e nq uanto outros ve r fadas e outras e ntidade s prim ordiais com o s e re s
e volue m e m e ntidade s folclóricas : os due nde s e fadas das inofe ns ivos , ainda q ue s e jam brincalhõe s ou trave s s os .
m uitas lendas . Na ve rdade , todo folclore e s tá ligado ao m e do;as lendas
Es te livro s e de dica a e xplorar e s s e s s e re s ao s urgiram com o alertas para q ue crianças não s e
m e s m o te m po m aravilhos os e ate rradore s , q ue e xis te m s e m afas tas s e m de cas a ou q ue viajante s não ave nturas s e m
q ue pos s am os ve r, m as q ue pode m nos caus ar m ales fora da e s trada. Foi s om e nte no s éculo XIX q ue e las
m e s m o q uando não de s e jam nos s o m al. Se ja be m -vindo a com e çaram a s e r adaptadas e m h is tórias infantis .
Ao Cair d a Noite : A Corte El e m e ntal. Por is s o, ao us ar e s píritos e m s e u jogo, de ve -s e
tom ar cuidado para não h um anizá-los de m ais : e les s ão
E S TE LIVRO CON TÉM s e re s s e lvage ns , s e m e m patia pe la h um anidade ou
pre ce itos m orais . Alguns s ão apáticos e dis tante s , outros
Es te livro é com pos to por dois capítulos m alicios os e daninh os ; poucos apre nde m a convive r
de s critivos , um capítulo voltado às re gras de jogo e dois com a h um anidade , m as nunca num a pos ição de
apêndice s , q ue traze m fe rram e ntas dive rs as para jogo. am izade ou confiança abe rta. Com o anim ais s e lvage ns ,
Praticam e nte todo o livro é voltado para us o do Narrador, e s píritos nos te m e m , s ó s e aproxim ando s e vire m
e xce to o últim o apêndice , q ue contém m ate rial para algum a vantage m e m udando de dis pos ição no ins tante
pe rs onage ns dive rs os , tanto controlados pe lo Narrador e m q ue s e s e nte m am e açados .
com o por jogadore s .
O Capítul o 1: A Nature za Espirituals e de dica a
e xplorar os e s píritos , m os trando com o e les s urge m , s ua
ps icologia e e cologia e re laçõe s com o m undo naturale a
h um anidade . É um capítulo puram e nte de s critivo, voltado
ao ce nário e s e m pre ocupação com re gras . LÉXICO
Em s e guida, te m os o Capítul o 2: O s R e inos
El e m e ntais, q ue e xplora o m undo e s piritual. M ais um a Agath od aim on: Um e s pírito q ue gos ta da pre s e nça
ve z, é um capítulo totalm e nte voltado ao ce nário, q ue h um ana e conce de pe q ue nas bênçãos às pe s s oas q ue vive m
m os tra com o é o re ino dos e s píritos e com o s e dá a próxim as ao s e u te rritório, de s de q ue e s tas re s pe ite m as
trans ição e ntre a re alidade fís ica e a e s piritual. re gras de te rm inadas pe lo e s pírito. Ne m s e m pre e s s as
Já o Capítul o 3: Siste m as Espirituais, finalm e nte re gras s ão de finidas claram e nte , contudo. Plural
e xplora as re gras de jogo, traze ndo inform açõe s de com o agath odaim one s .
m ontar pe rs onage ns e s pirituais , s uas lim itaçõe s , Al m a: Um e s pírito h um ano, ou um a proprie dade
h abilidade s e pode re s . Com o e s píritos s ão NPCs , as única pe rte nce nte ao e s pírito h um ano, a “fagulha divina”
inform açõe s aq ui pre s e nte s não s e rão m uito úte is a q ue pe rm ite criatividade , pe ns am e nto abs trato e pode r
pe rs onage ns jogadore s . m ís tico late nte à h um anidade . Anim ais e plantas não têm
D e pois te m os o Apênd ice 1: Espíritos alm a, ape nas e s pírito, e e s píritos e m ge ral não s ão
Exe m pl are s, q ue traz dicas para a criação e abordage m de cons ide rados alm as .
e s píritos e m h is tórias , além de um a lis ta de e s píritos Anfractos: H abilidade s pos s uídas por e s píritos q ue
prontos para us o, bas e ados e m folclore , lendas e contos os pe rm ite m m anipular forças naturais ou influe nciar o
dive rs os . O capítulo contém 18 e s píritos prontos para us o, plano m ate rial.
cada um num a página s e parada q ue pode s e r facilm e nte Cacod aim on: Um e s pírito q ue de te s ta a pre s e nça
im pre s s a e us ada pe lo Narrador. h um ana, faze ndo de tudo para pe rturbar e pre judicar as
Por fim , ch e gam os ao Apênd ice 2: O utros pe s s oas e m s e u te rritório a fim de e xpulsá-las . Plural
Siste m as, q ue traz opçõe s para pe rs onage ns h um anos , cacodaim one s .
incluindo novos H is tóricos Ne gativos , pode re s ps íq uicos e Corte El e m e ntal, A: A coletividade de e s píritos
ritos m ís ticos . Es s as opçõe s pode m s e r us adas pe lo re s ide nte s dos R e inos Elem e ntais . Ape s ar dos te rm os
Narrador para criar antagonis tas com laços e s pirituais , m as “corte ”e “re inos ”re m e te re m à idéia de um a s ocie dade
os jogadore s tam bém pode m us á-las para criar ou organizada e re gida por algum gove rnante , na ve rdade a
de s e nvolve r s e us pe rs onage ns . “Corte Elem e ntal”é caótica, de s organizada e s e m líde re s
de finitivos . O te rm o é us ado para s e re fe rir a e s píritos
prim e vos da m e s m a form a q ue o te rm o “h um anidade ”é
us ado com o re fe rência a todos os s e re s h um anos com o
um a coletividade .
Criação Divina, A: Nom e q ue de fine todos os
planos e m undos e m conjunto, s e re fe rindo a toda a
e xis tência com o e la é conh e cida, s e ja m ate rial, e s piritual,
onírica ou as tral.
Ectopl asm a: Nom e dado por paranorm ais e
10 A PR ESENTAÇÃO
paraps icólogos para a h ipotética “m atéria”e s piritual. Pode e s pírito q uando e le e s tá no m undo fís ico, a m e nos q ue s e
s e r ch am ada de ps icoplas m a, a s ubs tância “pos itiva”dos m anife s te ou s e m ate rialize . Tam bém é o e s tado naturalde
R e inos Elem e ntais , ou ne croplas m a, a s ubs tância tudo o q ue e xis te nos R e inos Elem e ntais . Se re s e tére os de
“ne gativa”da Som bra do M undo. Ve ja tam bém M as s a orige m s im ilar pode m pe rce be r e tocar uns aos outros , m as
Etére a. h á cas os e m q ue e ntidade s e tére as têm nature zas tão
El e m e ntal: Es píritos prim ordiais q ue re pre s e ntam dis tintas q ue não pode m s e pe rce be r m utuam e nte .
um e lem e nto m ís tico, com o fogo, água, ar ou te rra. Na H ib e rnação: H abilidade e s piritualde e ntrar e m um
ve rdade , e lem e ntais pode m s e r ligados a e lem e ntos m e nos e s tado dorm e nte , no q ualpoupa s uas e ne rgias , pe rm itindo
conve ncionais ou e s pe cíficos , com o e letricidade , trovõe s , s obre vive r s e m alim e nto. Ve ja tam bém R e s s onância.
nuve ns , névoa, ve ntos gélidos , e tc. Im ago: O “corpo”de um e s pírito, com pos to por
El e m e ntal d a M ad e ira: Um e s pírito-planta q ue e ctoplas m a ou m as s a e tére a.
adq uiriu ins tinto ou cons ciência, as s im de s pe rtando de s ua M anife star: A h abilidade de ce rtos e s píritos de
e xis tência “e s tática” . s urgire m pe rce ptive lm e nte no m undo m ate rial, m as ainda
El e m e nto: Se gundo o m is ticis m o, um dos blocos m ante ndo s uas form as incorpóre as e intangíve is .
fundam e ntais da criação. D e pe nde ndo da fonte , pode m s e r M assa Etére a: Se gundo m ís ticos , a “s ubs tância”
q uatro, cinco ou s e is e lem e ntos , q ue inclue m água, ar, q ue com põe a re alidade e s piritual. Tam bém ch am ada
fogo, m ade ira, m e tal, te rra e a “q uinta e s s ência” , às ve ze s pne um a, e fêm e ra ou anim a. Ve ja tam bém Ectoplas m a.
ch am ada de “re s piração” , vida ou éte r. Ape s ar da ciência M ate rial izar: A h abilidade de alguns e s píritos de
te r de s bancado as te orias e lem e ntais , m uitos m ís ticos s e as s um ir form a fís ica no m undo m ate rial. Em ge ral, um a
ape gam a e las por caus a de s uas re laçõe s com o re ino dos m ate rialização pe rdura por pouco te m po.
e s píritos . É dito q ue todo e s pírito prim e vo, incluindo os M und o Espiritual : O plano dos e s píritos .
be s tiais , e s tá ligado a pe lo m e nos um e lem e nto. Por Norm alm e nte , o te rm o é us ado para s e re fe rir s om e nte aos
e xe m plo, um a s e rpe nte , por ras te jar, é re lacionada à te rra, R e inos Elem e ntais , e m bora a Som bra do M undo tam bém
m as s e u ve ne no é às ve ze s re lacionado ao fogo, portanto s e ja cons ide rada um “plano e s piritual” . Em opos ição, us a-
um e s pírito-s e rpe nte é dito com o um e s pírito do fogo e da s e o te rm o “m undo dos m ortos ”para s e re fe rir à Som bra
te rra. e s pe cificam e nte .
Espírito: Entidade nativa de um dos planos Psicófago: Um e s pírito q ue s e m ate rializa para
e s pirituais , s e ja dos R e inos Elem e ntais ou da Som bra do atacar pe s s oas , a fim de m atá-las e de vorar s uas alm as .
M undo. Es píritos s ão e ntidade s incorpóre as e im pe rce p- R e ino d os Vivos, O : O m undo m ate rial: a Te rra e o
tíve is q uando e s tão no m undo m ate rial. Es te livro aborda unive rs o e m q ue nós , criaturas fís icas , vive m os . Tam bém
e xclus ivam e nte e s píritos provindos dos R e inos Elem e ntais . ch am ado plano m ate riale m undo fís ico.
Espírito Infe rior: Um e s pírito ins tintivo e frágil, R e inos El e m e ntais, O s: O re flexo e s piritual da
com pouca individualidade , influência e pode r. vida, um m undo paralelo e im ate rialonde s obre vive m os
Espírito d o M und o, O : O utro nom e para os e s píritos de anim ais , plantas e e lem e ntos . Tam bém
R e inos Elem e ntais , aludindo à te oria de q ue o m undo e s tá ch am ados de “Te rra O ca”e “Es pírito do M undo” .
vivo e q ue os R e inos Elem e ntais s ão s ua “alm a” . R e ssonância: A e s s ência divina ou m ana, q uando
Espírito Prim e vo: Qualque r e s pírito originário dos re s s oa e m h arm onia com um e lem e nto e m particular.
R e inos Elem e ntais , incluindo e ntidade s be s tiais , ve ge tais Es píritos s e alim e ntam de re s s onância ligada à s uas
ou e lem e ntais . Tam bém ch am ados e s píritos prim ordiais . nature zas .
Espírito Supe rior: Um e s pírito m ais pode ros o e Se nh or Espiritual : Um e s pírito pode ros o o
inte lige nte , às ve ze s um líde r para um bando de e s píritos s uficie nte para te r dom ínio s obre vas tas re giõe s do m undo
infe riore s de nature za igualou re lacionada. e s pirituale s obre h ordas inte iras de e s píritos q ue alivive m .
Essência Divina: A e ne rgia m ís tica q ue pe rm e ia a Totêm icos: D iz-s e dos e s píritos q ue criam um e lo
Criação D ivina, tam bém ch am ada de M ana, Quinte s s ência s im biótico com pe s s oas , alim e ntando-s e da de voção
ou Vis . h um ana e m troca de prote ção e bênçãos . Tam bém
Etére o: Es tado e m q ue algo é intangíve l e ch am ados “tote ns ” .
im pe rce ptíve lno m undo m ate rial. É o e s tado padrão de um
LÉXICO 11
A peq uen a Lídia era um a m en in a solitária : seu pa i esta va sem pre via ja n do
a n egócios, retorn a n do com brin q uedos ca ros pa ra suprir sua a usên cia ;sua m ãe n ão
tra ba lh a va , m a s n un ca tin h a tem po pa ra brin ca r com a filh a . N a escola , Lídia era
m a ltra ta da pela m a ioria dos colega s, e sua s pouca s a m iga s ra ra m en te podia m visitá-
la . Por isso, a m en in a vivia sozin h a em ca sa , às vezes brin ca n do n o q ua rto com seus
in úm eros brin q uedos, a ssistin do televisão ou oca sion a lm en te con versa n do com a s
em prega da s.
N ão foi surpresa q ua n do a m en in a a dq uiriu o costum e de ir todo en ta rdecer a o
en orm e ja rdim da m a n são, on de sum ia en tre a s árvores e procura va a s flores m a is
escon dida s. Ela dizia q ue era a li, em dia s de ven ta n ia , q ue a s fa da s a pa recia m pa ra
brin ca r com ela . Pa ra a tra í- la s, a m en in a leva va con sigo doces pa ra da r às
a m iguin h a s. O pa i en cora ja va a m en in a a son h a r, a m ãe ten ta va con ven cê- la a se
torn a r m a is a dulta , m a s n in guém a credita va n ela , n em sua s a m iga s de escola . Por
isso, Lídia pa rou de fa la r sobre a s fa da s, m a s n un ca deixou de visitá- la s a o en ta rdecer.
N a q uele dia , a o ver q ue os ven tos sopra va m fortes, Lídia m a is um a vez foi
pa ra o ja rdim , procura n do sua s a m iga s n os ca n tos m a is escon didos. Por a li pera m bulou
por q ua se um a h ora , a gua rda n do um sin a lda s fa da s, sem sucesso. Q ua n do já esta va
escuro, decidiu tristem en te retorn a r pa ra ca sa , m a s a situa ção n ão era estra n h a , pois
n ão era sem pre q ue ela s a pa recia m , com sua s a sa s colorida s e corpin h os esguios.
Foi q ua n do se pôs a ca m in h o de ca sa q ue Lídia foi a borda da pelo ja rdin eiro,
José. “On de você va i tão sozin h a ?”, pergun tou o h om em com um sorriso m a licioso. José
tra ba lh a va n a ca sa h á pouco m a is de dois m eses, e sua presen ça sem pre deixou a
peq uen a Lídia descon fortável. Era estra n h o ele esta r n a proprieda de tão ta rde, pois
sem pre term in a va de tra ba lh a r pouco a pós o m eio- dia .
A m en in a ten tou se a fa sta r, silen ciosa e com m edo, m a s José a a ga rrou pelo
bra ço e a puxou. Lídia ten tou grita r, m a s o ja rdin eiro ta pou sua boca com força ,
m a ch uca n do- a . “Ca la a boca , m en in a ”, ele orden a va , puxa n do- a pa ra os fun dos da
proprieda de. “Seu pa i tem m uito din h eiro e m e pa ga um a m iséria , en tão eu e un s
a m igos va m os da r um jeito de troca r você por um a gra n a ”.
A ga rotin h a ten ta va se deba ter e pedir por socorro, m a s o h om em era m uito
m a is forte. En tão, de repen te, ele sen tiu a lgo pousa r sobre seu bra ço. Pa recia ser um a
m istura de besouro e louva - deus, com a sa s colorida s e um corpo esguio e lon go com
m a n ch a s a m a rela s. De seu a bdom e, sa iu um ferrão n egro, lon go e fin o, q ue pen etrou
n a ca rn e do bra ço, ca usa n do um a pica da dolorosa e fa zen do José la rga r a boca da
m en in a .
A peq uen a Lídia gritou en q ua n to José, sem la rgá- la , ten ta va espa n ta r a
cria tura . Pa ra a surpresa do ja rdin eiro, outra s coisa s sim ila res, m a s de cores e form a s
diversa s, com eça ra m a a pa recer, sa in do da s ca sca s da s árvores e do m eio da gra m a e
voa n do a o seu redor. A coisa em seu bra ço en tão se voltou pa ra ele, revela n do um rosto
q ua se h um a n o, exceto pelos olh os gra n des e m ultifa ceta dos e a s lon ga s a n ten a s de
m a riposa . Foi q ua n do José sen tiu m a is pica da s em sua s costa s. Em dor, la rgou
fin a lm en te Lídia , q ue correu pa ra lon ge, grita n do por a juda . As cria tura s, um a
dúzia ou m a is dela s, cerca ra m o ja rdin eiro, pica n do- o sem pa ra r n os bra ços, pescoço,
rosto e olh os.
Vespa s, a polícia viria a dizer, teria m m a ta do José, m esm o n ão h a ven do
q ua lq uer sin a lda existên cia dela s n a proprieda de. Obvia m en te, n in guém a creditou
n a s h istória s da m en in a sobre a s fa da s q ue a sa lva ra m . E, m esm o proibida de ir
sozin h a a o ja rdim , Lídia con tin uou a visita r sua s a m iga s a ca da en ta rdecer em q ue
os ven tos sopra va m fortes.
12
Capítul
o1
A N a tu r e za
E spir itu a l
Es píritos s ão e ntidade s re s ide nte s dos re inos fís ico e , q uando is s o aconte ce , te ntam influe nciar nos s o
e s pirituais . Por e xis tire m e m m undos à parte , paralelos e ao m undo de acordo com s e us propós itos m is te rios os .
m e s m o te m po s obre pos tos ao re ino m ate rial, e les têm Para ocultis tas e paraps icólogos , é óbvio q ue e xis te
dificuldade e m inte ragir dire tam e nte com a re alidade algum e lo de de pe ndência e ntre os R e inos Elem e ntais e a
fís ica. Es píritos não s ão com pos tos por m atéria, ne m re alidade fís ica, m as é difícil de finir com o s e dá e s s a
s uje itos às lim itaçõe s da fís ica e da biologia. Por caus a ligação. M uitos e s píritos s ão capaze s de influe nciar a
dis s o, q uando ade ntram o plano m ate rial, e les e xis te m num nature za, às ve ze s controlando anim ais ou forças naturais ,
e s tado “e tére o” , no q uals ão im pe rce ptíve is e intangíve is e m bora talinfluência s e ja e m ge ralm uito s util. D is túrbios
para s e re s fís icos , pode ndo s e r pe rce bidos s om e nte através no m undo fís ico, contudo, pode m pe rturbar s e u re flexo
de m étodos s obre naturais . Alguns e s píritos , contudo, s ão e s piritual, as s im atraindo, e nfure ce ndo ou as s us tando s e us
capaze s de s e m anife s tar no m undo fís ico, ganh ando re s ide nte s . Cas o as e ntidade s provocadas s e jam pode ros as
form as intangíve is e indis tintas , m as pe rce ptíve is . O utros , o s uficie nte para tal,re taliaçõe s s e tornam ine vitáve is .
particularm e nte os m ais pode ros os , pode m tam bém s e
m ate rializar, tornando s e us corpos fís icos , ainda q ue por
pe ríodos lim itados .
Exis te m dois planos e s pirituais dis tintos e
com pletam e nte s e parados e ntre s i: os R e inos Elem e ntais ,
carre gados de vida e e ne rgias pos itivas , e a Som bra do
M undo, pe rm e ada por m orte e de cadência. As e ntidade s A “M ATÉRIA” E S PIRITU AL
re s ide nte s dos R e inos Elem e ntais s ão ch am adas
unive rs alm e nte de e s píritos prim e vos ou prim ordiais e Com o a m e nte h um ana s e m pre te nta e xplicar as
e s tão intim am e nte ligadas aos as pe ctos da nature za, com o cois as , m uitos ocultis tas , m e s m o incapaze s de vê-la,
e lem e ntos , anim ais e plantas . O s e s píritos re s ide nte s da tocá-la ou analis á-la, te ntam com pre e nde r a
Som bra do M undo inclue m alm as inq uie tas h um anas , ali “s ubs tância”q ue com põe a re alidade e s piritual. Es s a
apris ionadas após a m orte , e dive rs as e ntidade s s ubs tância te m m uitos nom e s , com o “m as s a e tére a” ,
m ons truos as nas cidas do m e do h um ano, ch am adas “pne um a” , “e fêm e ra” , “e s s ência”
, “anim a”ou, com o s e
coletivam e nte de “Pe s ade los ” . tornou m ais popular re ce nte m e nte , “e ctoplas m a” .
Es te livro aborda a “Corte Elem e ntal” , a Alguns paraps icólogos ainda a divide m e m duas form as :
coletividade de e s píritos nativos dos R e inos Elem e ntais . ne croplas m a, a e s s ência da Som bra do M undo,
Eles s ão s e re s invis íve is e incom pre e ns íve is , com m e ntali- carre gada de m orte e e m oçõe s ne gativas , e ps icoplas m a,
dade , com portam e nto, form as e propós itos alie níge nas . a e s s ência das Corte s Elem e ntais , carre gada de vida e
Cada cultura te m um nom e para de s igná-los : k am i, djinni, e m oçõe s vibrante s .
die vini, vilas , s idh e , fadas , dae m ons , ninfas , e ntre outros . A m as s a e tére a é norm alm e nte im pe rce ptíve lno
Es s e s s e re s s ão de s critos com o te m pe ram e ntais , às ve ze s plano m ate rial, a m e nos q ue s e m anife s te ou s e
brincalhõe s , outras pe rigos os . Em e ras pas s adas , e les m ate rialize . Alguns ritos de ocultis m o pe rm ite m e vocar
foram te m idos , m as tam bém re s pe itados , pe los (ou s e ria ge rar?) pe q ue nas porçõe s de e ctoplas m a,
cam pone s e s . Algum as culturas os cons ide ravam forças a forçando-as a s e m ate rializare m na form a de um líq uido
s e rviço dos de us e s ou m e s m o de us e s m e nore s . H oje , s ão trans pare nte , gros s o e vis cos o, m as m uitos m ís ticos
tratados com o lendas de te m pos m ais s upe rs ticios os . conte s tam q ue e s s e “e ctoplas m a” s e ja e xatam e nte a
Ainda as s im , q ue r acre dite m os e m e s píritos ou não, m e s m a s ubs tância q ue com põe os corpos e tére os de
e les e s tão e ntre nós . Em ge ral, e s s e s s e re s s e m antém e s píritos e fantas m as .
is olados e m s e u m undo paralelo, alhe ios à h um anidade ,
conduzindo s uas e xis tências s e m s e pre ocupar conos co.
Contudo, às ve ze s e les voltam s ua ate nção para o m undo
A NATUR EZ A E SPIR ITUAL 13
OS E S PÍRITOS PRIM E VOS
Um e s pírito prim e vo ou prim ordial é q ualque r
e s pírito originário dos R e inos Elem e ntais e re lacionado a E S PÍRITOS VE GE TAIS
um conce ito natural. Pode -s e dividir e s píritos prim e vos e m
três cate gorias : e lem e ntais , re pre s e ntante s dos e lem e ntos e Ao longo de s te capítulo, você pode notar q ue
das forças da nature za; be s tiais , q ue re pre s e ntam os e s píritos e lem e ntais e be s tiais re ce be m bas tante ate nção,
anim ais , e ve ge tais , re pre s e ntante s de plantas . e nq uanto e s píritos ve ge tais raram e nte s ão citados ou
As form as de e s píritos prim e vos de pe nde m m uito cons ide rados . Is s o s e dá porq ue plantas inte rage m de
de s ua nature za e de s ua ins tância de pode r na h ie rarq uia form a fundam e ntalm e nte dife re nte dos de m ais e s píritos
e s piritual. Es píritos infe riore s têm form as s im ples , q uas e prim e vos . Um e s pírito-planta não é s e ncie nte , ne m te m
m undanas , com poucos traços individuais . Um e s pírito- ins tinto, logo m uitas das re laçõe s e cológicas de s critas
lagarto infe rior pode pare ce r e s e com portar com o s ua adiante não im portam para e le. Bas ta dize r q ue , onde
contraparte natural, e nq uanto um e lem e ntalda água pode plantas s ão abundante s no m undo fís ico, e las s ão ainda
pare ce r um pe q ue no re de m oinh o. Contudo, conform e cada m ais frondos as , num e ros as e im pre s s ionante s no m undo
e s pírito as ce nde e m pode r e individualidade , e le s e e s piritual.
de s e nvolve e ganh a caracte rís ticas próprias : o e s pírito- Conform e e s píritos -planta ganh am e ne rgia e s e
lagarto pode as s um ir um tam anh o im pre s s ionante e de s e nvolve m , alcançando s tatus de e s píritos s upe riore s ,
caracte rís ticas dracônicas , por e xe m plo, e nq uanto o e les pode m de m ons trar pode re s e s pe ciais para s e
e lem e ntalda água pode e voluir e m um a ninfa h um anóide de fe nde re m ou para atraíre m a prote ção de outros
de fe içõe s be las e cabe los aq uos os . e s píritos , m as e m ge ral continuam incapaze s de
D a m e s m a form a q ue cada e cos s is te m a de s e nvolve inte raçõe s m ais e legante s . Alguns , no e ntanto, e volue m
anim ais , plantas , form açõe s m ine rais , águas e até ve ntos nos ch am ados “e lem e ntais da m ade ira” , e ntidade s
próprios , cada áre a e s piritualte m s e us e s píritos típicos com ins tintivas ou m e s m o inte lige nte s q ue de m ons tram
caracte rís ticas dis tintas . Is s o m uitas ve ze s é re fletido no form as e h abilidade s be m variadas e q ue pouco s e
folclore h um ano, q ue te nde a de s cre ve r as form as pare ce m com as plantas das q uais s e originaram .
e s pirituais m ais com uns das e ntidade s capaze s de s e
m anife s tar naq ue la re gião.
COM PORTAM E N TO
após s e re m de s truídas .
Es píritos s ão e ntidade s inum anas ; com pre e ndê-los Es píritos tam bém de s e nvolve m gos tos , pre fe rências
não é um a tare fa fácil. Suas m e nte s s ão fundam e ntalm e nte e até s e ns o de h um or, ainda q ue s e us pas s ate m pos s e jam
m ais s im ples q ue o inte lecto h um ano: e les de m ons tram raram e nte com pre e ns íve is para s e re s h um anos . Es s as
pouca criatividade , têm dificuldade para com pre e nde r a atividade s re cre ativas vis am ape nas s atis faze r de s e jos ,
pas s age m do te m po e raram e nte pe ns am e m conce itos praze re s ou curios idade , s e m q ue h aja cons ciência de
abs tratos . A form a de um e s pírito ajuda a com pre e nde r s ua cons e q üências ou danos caus ados . Um e xe m plo é o
m e ntalidade : um e s pírito be s tial te rá com portam e nto (e e lem e ntalaq uático q ue , com s ua be la form a fe m inina, s e
“pe rs onalidade ” ) s im ilar ao do anim al q ue re pre s e nta, m anife s ta por gos tar de s e r de s e jado e acariciado pe los
e nq uanto um e lem e ntalte rá pe rs onalidade condize nte com h om e ns . Le var s uas vítim as ao frio e m ortalabraço das
as caracte rís ticas do e lem e nto q ue o com põe . águas , contudo, não é im portante para o e s pírito, q ue
Todos os e s píritos , m e s m o aq ue les q ue de m ons tram ape nas bus ca a própria s atis fação.
inte ligência s upe rior, pare ce m guiados m ais por ins tinto do
q ue racionalidade . Is s o s ignifica q ue a s obre vivência para
e les é m ais im portante do q ue conce itos h um anos , com o
E COLOGIA
orde m ou s ocie dade . Contudo, é um e rro ach ar q ue A e xis tência e s piritualgira e m torno do princípio da
e ntidade s prim e vas s ão ape nas form as e tére as de anim ais e s obre vivência: e s píritos pre cis am s e alim e ntar da e s s ência
e lem e ntos : m e s m o e s píritos infe riore s de m ons tram divina do m undo. Contudo, e les s ó cons e gue m nutrição de
capacidade de apre ndizado m uito s upe rior a de q ualque r e ne rgias re s s onante s , q ue e s te jam e m h arm onia com a s ua
anim al. Es píritos apre nde m com facilidade a dis tinguir própria nature za. Es píritos be s tiais , por e xe m plo, s e nutre m
palavras , com portam e ntos e inve nçõe s h um anas . Logo, da força vital das próprias criaturas q ue re pre s e ntam ,
m e s m o q ue nunca ve nh a a apre nde r o funcionam e nto ou a e nq uanto e lem e ntais s e alim e ntam da pre s e nça dos
utilização de um com putador, por e xe m plo, um e lem e ntal e lem e ntos q ue lhe s dão form a. Por is s o, onde anim ais ou
pode vir a e nte nde r para o q uê as pe s s oas o us am . e lem e ntos s e apre s e ntam puros , forte s e num e ros os no
É pre cis o lem brar q ue a m e ntalidade e s piritualé plano fís ico, os e s píritos corre latos tam bém s e e ncontram
alie níge na para nós : e s píritos e xis te m num m undo e m q ue abundante s na contraparte e s piritual.
m oralidade é algo irre levante . Eles s ão curios os , m as O m undo e s piritualnão é ape nas um re flexo de s ua
raram e nte de m ons tram e m patia. Por is s o, pode m fe rir ou contraparte fís ica, porém . Es píritos farão de tudo para
m atar pe s s oas s e m te r cons ciência do q ue e s tão faze ndo. s obre vive r, s e adaptando às condiçõe s do am bie nte
Com o e xe m plos , um e lem e ntal do fogo pode de s truir conform e a ne ce s s idade m andar. A lei do m ais forte
cois as com pulsivam e nte pois a de s truição faz parte de s ua gove rna os R e inos Elem e ntais : um e s pírito privado de
nature za; um e s pírito be s tialpode m atar invas ore s e m s e u nutrição pode de vorar e ntidade s m ais fracas s e não tive r
te rritório ape nas para e xpulsá-los , não s e dando conta de outra opção. Alguns e s píritos até adq uire m o h ábito de
q ue pe s s oas , ao contrário de e s píritos , não s e re form am caçar outros , m e s m o q uando h á outras fonte s de nutrição
20
Capítul
o2
Os Re in os E le m e n ta is
Quando obs e rvam os os nos s os arre dore s , é difícil Ce rtos locais de s ignificância m ís tica facilitam a
pe ns ar q ue e xis te m m últiplos outros “m undos ”ocupando o e ntrada de e s píritos no m undo fís ico. A pre s e nça abundante
m e s m o e s paço. Além da m atéria e da carne , h á o e s pírito de vida e dos e lem e ntos naturais torna a barre ira e ntre
da vida e o re flexo da m orte ; além dos planos e s pirituais , m undos , de form a m e tafórica, m e nos de ns a, facilitando a
h á form as e te m po; ainda m ais além , h á pe ns am e ntos e trave s s ia, e nq uanto cidade s e cons truçõe s h um anas a
idéias . Todas e s s as re alidade s e s tão inte rligadas , tornam m ais re s is te nte , dificultando a pas s age m . Logo,
s obre pos tas um as às outras , inte ragindo de form a invis íve l. m anife s taçõe s e s pirituais s ão m ais com uns e m áre as rurais ,
Alguns m ís ticos cons ide ram os R e inos Elem e ntais re giõe s s e lvage ns ou parq ue s e outros locais de
a cam ada da re alidade im e diatam e nte s upe rior à e xis tência pre s e rvação. Em adição, e m bora não facilite a trans ição,
fís ica, um re flexo ide alizado do re ino dos vivos , onde as um a re s s onância favoráve l na áre a im e diata pe rm ite ao
q ualidade s e de fe itos de nos s o m undo s ão m uito m ais e s pírito com pe ns ar o e s forço de pe rm ane ce r no m undo
vibrante s e notáve is . O utros , e s pe cialm e nte os q ue e s tudam fís ico, e s te nde ndo s ua e s tadia: por e xe m plo, um e lem e ntal
o m undo dos m ortos , dis cute m q ue a Som bra do M undo é da água cons e guirá pe rm ane ce r m ais te m po no m undo
m ais próxim a, vis to q ue as alm as falecidas pode m m ate riale nq uanto e s tive r na pre s e nça de corpos aq uos os
cons tante m e nte ve r o m undo fís ico. abundante s .
Es s as cons ide raçõe s te óricas pouco im portam , O cam inh o inve rs o, a e ntrada de s e re s fís icos nos
porém . O ponto indis cutíve lé q ue o Es pírito do M undo, R e inos Elem e ntais , apre s e nta m aior dificuldade , pois a
ainda q ue s e parado da re alidade m ate rial, a re flete de re alidade fís ica s uporta a e xis tência de criaturas e tére as ,
form as s ubje tivas . Para cada localno m undo dos vivos , h á m as o m undo e s piritual não é com patíve l com as
um a áre a corre s ponde nte e s obre pos ta nos R e inos com plexidade s da m atéria. Quando um e s pírito as s um e
Elem e ntais . O re levo e caracte rís ticas de s s as re giõe s um a form a pe rce ptíve l (m anife s tação) ou m ate rial
corre latas pode m s e r lige iram e nte dife re nte s , m as s ão (m ate rialização), e le ape nas e s tá us ando s uas forças para
s e m e lhante s o s uficie nte para s e re m re conh e cíve is . Quando aum e ntar a s intonia com a re alidade fís ica. Já para um s e r
um viajante , s e ja um e s pírito ou um fe itice iro h abilidos o, fís ico e xplorar os R e inos Elem e ntais , é pre cis o conh e ce r
atrave s s a a barre ira e ntre os m undos , e le de ixa um localdo m e ios de s e s e parar corpo e alm a, de ixando o corpo
plano originale s e vê re pe ntinam e nte e m s ua contraparte vulne ráve l a ataq ue s e pos s e s s õe s . Ape nas alguns s e re s
paralela. s obre naturais , m ís ticos e xpe rie nte s e fe itice iros pode ros os
cons e gue m conve rte r com pletam e nte corpos fís icos e m
A B ARRE IRA E N TRE M U N D OS m as s a e tére a, pe rm itindo s ua e ntrada no m undo e s piritual.
Es s e proce s s o, contudo, te m s e us próprios cus tos e ris cos .
Não e xis te e xatam e nte um a “barre ira” e ntre os Por caus a de s s as dificuldade s , a m aioria dos
m undos : m atéria e e s pírito coe xis te m no m e s m o e s paço, conh e cim e ntos h um anos s obre os R e inos Elem e ntais s ão
m as s ão re alidade s dife re nte s e incom patíve is . Quando te orias e alguns poucos re latos , ne m s e m pre ve rdade iros ,
e s píritos “atrave s s am a barre ira”, e les na ve rdade alte ram de s e re s pode ros os o s uficie nte para faze r a trave s s ia. Em
s ua própria s ubs tância, faze ndo s ua m as s a e tére a s e adição, o m undo e s piritual é um local e m cons tante
aproxim ar da s intonia da re alidade fís ica. Es s e proce s s o é trans form ação: s e us re s ide nte s e caracte rís ticas pode m s e
re lativam e nte s im ples , m as m ante r-s e fora de s intonia com alte rar rapidam e nte e m poucos anos . R e latos confiáve is
o m undo e s piritualé com o m ante r um m ús culo contraído: q ue de s cre ve m um a áre a e s piritual pode m ser
ce do ou tarde , a e ntidade s e e xaure e é forçada a re tornar com pletam e nte invalidados poucas décadas após a coleta
aos R e inos Elem e ntais . das inform açõe s .
A S TER R AS SELVAGENS 23
A S RE GIÕE S RU RAIS
As tribos nôm ade s e xis tiam e m re lativa h arm onia
com a nature za, vive ndo de caça e pe s ca e m ante ndo CAS TE LOS E N CAN TAD OS ?
xam ãs para apaziguare m os e s píritos naturais , m as tudo
m udou q uando o h om e m apre nde u a cultivar o s olo e a Le ndas de fadas às ve ze s falam de re inos
trans form ar o m undo para m e lhor s obre vive r. e ncantados , com cas te los s untuos os e vilas m ágicas .
Tradicionalm e nte , os conflitos m ais forte s e ntre e s píritos e Contudo, na prática, e s píritos não s ão ade ptos de m oldar
pe s s oas s e m pre ocorre ram nas re giõe s rurais , onde os o m undo. Ge ralm e nte , os m ais inte lige nte s pe rce be m as
h um anos de rrubam árvore s para cons truir cas as , abre m vantage ns de s e tom ar um a cons trução h um ana para
pas tos para a pe cuária e aram o s olo para a agricultura. prove ito próprio, ali s e prote ge ndo de inim igos e
Ne s s as áre as , conflitos com o m undo e s piritual form ando s uas corte s de s e rviçais . A nature za do e s pírito
pode m s e r te rríve is no com e ço dos as s e ntam e ntos , m as e ntão o ajuda a m oldar o re flexo e s piritual da
tanto pe s s oas com o e s píritos s e adaptam com o te m po, cons trução, dando-lhe caracte rís ticas e lem e ntais q ue
e ncontrando form as de convive re m : pre dadore s e s pirituais pode riam s e r cons ide radas “e ncantadas ” .
cujas contraparte s fís icas h á m uito foram e xtintas ou Logo, um ve lho e de crépito cas te lo num a colina
e xpulsas ainda vive m ali, caçando os e s píritos dos pode te r s e u re flexo e s piritualtom ado por um pode ros o
re banh os ; os h abitante s h um anos tradicionalm e nte e vitam e lem e ntal do ar. O e lem e ntal e ntão influe ncia o
ce rtas áre as , q ue s ão h abitadas por e s píritos h os tis , q ue por am bie nte próxim o, ce rcando o cas te lo com névoas e
s ua ve z m igraram para ali e xatam e nte para s e m ante re m ch uva. Es píritos de pás s aros , e lem e ntais m e nore s do ar e
longe das pe s s oas ; as com unidade s m antêm ve lhas da água e alguns anim ais pode m e ntão s e rvir o s e nh or
s upe rs tiçõe s , q ue ou agradam os e s píritos ou os m antêm do cas te lo, traze ndo nutrição a e le todos os dias e m
afas tados . Ce do ou tarde , um e q uilíbrio, q uas e um pacto troca de prote ção. Ainda as s im , o cas te lo pare ce rá
s ilencios o, ocorre e ntre os h abitante s dos dois m undos . de crépito e cons um ido pe los e lem e ntos , pois os e s píritos
No m undo e s piritual, áre as rurais ainda têm a não têm o m e s m o s e ns o de e s tética q ue as pe s s oas , ne m
be leza s e lvage m e indom ada dos R e inos Elem e ntais : s e im portarão e m re form ar pare de s ou de corar s alas .
bos q ue s no m undo fís ico pode m s e r flore s tas na Alguns poucos e s píritos pode m te r o ins tinto de
contraparte e tére a; pas tos s e tornam planície s , onde os m oldar o m undo para criare m s e us lare s : um e s pírito-
e s píritos do re banh o ainda s e com portam com o anim ais pás s aro pode criar um ninh o im e ns o no topo de um a
s e lvage ns , e as cas as , e s tradas e cons truçõe s pare ce m árvore m aje s tos a, ou um e lem e ntalda te rra pode abrir
abandonadas h á décadas ou m e s m o s éculos , às ve ze s um a galeria de cave rnas nas profunde zas de um a
tom adas novam e nte pe las plantas . Nas vilas e com unidade s m ontanh a. Contudo, e s s as cons truçõe s não s e pare ce m
h á um a q uantidade m uito m e nor de e s píritos , m as algum as ne m re m otam e nte com algo q ue um a pe s s oa faria.
e ntidade s s upe riore s form am lare s e re úne m s e us s e rvos
nos re flexos e s pirituais de s s e s lugare s .
Contudo, ape s ar da e ve ntualconvivência pacífica
e ntre pe s s oas e e s píritos , conflitos ainda ocorre m com
re lativa fre q üência. É ine vitáve l, pois os h abitante s concre to, m as e la s e e ncontra e m toda parte . Procure onde
e s pirituais ainda têm m e nte s alie níge nas e s ão h á vida no lado fís ico da cidade e im agine com o os
ocas ionalm e nte ofe ndidos pe las açõe s de algum a pe s s oa. e s píritos s e adaptariam à re s s onância ge rada por e la:
Agath odaim one s e cacodaim one s e xis te m e m m aior parq ue s m ais pare ce m bos q ue s de ns os , com ruínas de
abundância nas áre as rurais , m uitas ve ze s alte rnando s uas e s culturas e cons truçõe s h um anas ; os e s gotos e s tão
dis pos içõe s e m re lação à h um anidade : por e xe m plo, um tom ados por ins e tos e ratos , alguns de les de tam anh o
e s pírito pode ajudar a tornar a colhe ita farta e m um ano, im pre s s ionante , de vido à farta nutrição; re voadas de
m as s e r ofe ndido e caus ar infortúnios durante vários m e s e s . pás s aros e s pirituais , com o pom bos e andorinh as , ainda
viajam pe los are s ; e s píritos de gatos e cãe s ocas ionalm e nte
A S CID AD E S E S PIRITU AIS pe rcorre m as ruas , s olitários ou e m grande s bandos . Em
alguns pontos , os e s píritos s ão agre s s ivos e dis form e s ,
Quanto m aior a pre s e nça h um ana, m e nos de vido à poluição, e m outros s ão pre datórios , de vido à falta
“prim ordial”o m undo s e torna, e m e nos re s s onância é de opçõe s de re s s onância natural. Elem e ntais e létricos
ge rada para alim e ntar e s píritos . Por caus a dis s o, as grande s corre m pe la fiação e s piritual, e nq uanto os do ar e da água
cidade s pode m , no m undo e s piritual, s e r com paradas a ainda re inam nos corre dore s de ve nto, e s gotos e rios q ue
de s e rtos : apare nte m e nte abandonadas , e s tére is e s ob ataq ue pe rcorre m a cidade . Em outras palavras , no m undo
cons tante dos e lem e ntos . Im agine um a grande cidade , m as e s piritual, as cidade s s ão áre as s e lvage ns e im pie dos as ,
abandonada h á décadas : as ruas e s tão de s e rtas , s e m carros ge rando e cos s is te m as e xtre m os be m diante de nós .
ou m ovim e nto h um ano; os ve ntos s opram forte s e ntre os É inte re s s ante notar q ue e s píritos urbanos têm
e difícios de crépitos , uivando fe rozm e nte ; das cas as , re s tam m e ntalidade m ais pare cida com a dos s e lvage ns q ue dos
ape nas ruínas , com pouco além da e s trutura bás ica rurais . Para um e s pírito urbano, a pre s e nça h um ana não é
pre s e rvado; nada q ue s e ja e létrico ou m e cânico funciona um a anom alia, m as s im um a caracte rís tica própria daq ue le
m ais . e cos s is te m a. Por is s o, e les raram e nte s e nte m inte re s s e e m
Contudo, as s im com o nos de s e rtos , ainda h á vida inte rfe rir no m undo m ate rial, s alvo q uando algum caprich o
nas cidade s , s e e s conde ndo e as s um indo form as e xtre m as ou anom alia de s pe rta s ua curios idade . Pode s e r paradoxal,
para s obre vive r. Es s a vida é m ais notáve l nos “oás is m as re laçõe s , s e jam pos itivas ou ne gativas , e ntre e s píritos e
s e guros ” : parq ue s e outros locais is olados na vas tidão de s e re s h um anos s ão tam bém m ais tênue s e m re giõe s urbanas
LOCAIS M ÍS TICOS
Em locais onde e ne rgias m ís ticas s e conce ntram , a
inte ração e ntre o m undo e s pirituale a re alidade m ate rialé
alte rada. Es s e s locais , ch am ados nodos , s ão com o
turbilhõe s de re s s onância, favore ce ndo ne les ce rtos tipos
de atividade s e e m oçõe s . É pos s íve lide ntificar e s s e s nodos
pe la form a com o e les influe nciam a pais age m e s pirituale o
com portam e nto dos e s píritos : alguns favore ce m tais locais
com o abrigos ou lare s , e nq uanto outros pre fe re m m ante r-s e
longe de les .
N odos Celestes
Nodos ce les te s re s s oam com e m oçõe s pos itivas ,
com q ue os e s píritos naturalm e nte congre gue m e m tais
purificação e re novação. Eles s ó e xis te m e m áre as be m
nodos , bus cando alim e nto ou m aior inte ração com a
ilum inadas e pacíficas , e m ge ral te m plos re ligios os ou
re alidade fís ica.
locais de m e ditação. Na re alidade e s piritual, a local de
O re flexo e s piritualnum nodo e lem e ntalé ch e io de
nodos ce les te s é s e m pre ilum inado, m e s m o à noite , q uando
vida: a ve ge tação é vas ta, as águas s ão lím pidas e h á
a luz do luar e das e s tre las pare ce afas tar as s om bras
grande abundância de e s píritos , q ue s e conce ntram e m po-
m e s m o nas noite s m ais de ns as .
pulaçõe s tão num e ros as q ue não cons e guiriam s obre vive r
Es píritos s ão e m ge ral caóticos de m ais para
s e m as e ne rgias ge ne ros as do local. Es truturas artificiais no
pe rm ane ce r num nodo ce les te por m uito te m po, e as
m undo fís ico praticam e nte não s ão re fletidas no plano
e ne rgias do local pare ce m ofe nde r ou re pe lir e ntidade s
e s piritual,de ixando a áre a com um a aparência intocada.
agre s s ivas ou m alicios as . Por is s o, e s s e s nodos s ão bas tiõe s
Não é incom um q ue e s píritos s upe riore s ou m e s m o
de s e gurança no m undo e s piritual, h abitados por e s píritos
s e nh ore s e s pirituais façam s e us lare s ne s te s locais .
ve ge tais e be s tiais pacíficos q ue cons igam e ncontrar
M anife s taçõe s e inte raçõe s e s pirituais com o m undo fís ico
re s s onância apropriada na áre a.
s ão tam bém m ais fre q üe nte s ne les , e s pe cialm e nte s e a
Até m e s m o a típica “de com pos ição”de e s truturas
pre s e nça h um ana for pe q ue na. M uitos e s píritos ativam e nte
artificiais pare ce s e r im pe dida pe las e ne rgias do nodo,
bus cam nodos e lem e ntais para atrave s s ar a barre ira e ntre os
faze ndo com q ue e s truturas com o igre jas e te m plos s e
m undos com m aior facilidade .
m ante nh am be los e vibrante s m e s m o do outro lado da
barre ira e ntre os m undos . Contudo, s om e nte a e s trutura e m
s i e adornos fixos , com o vitrais , portas ou altare s , re ce be m N odos In fern a is
um re flexo e s piritual, não e xis tindo nos R e inos Elem e ntais
O nde nodos infe rnais e xis te m na Te rra, o re flexo
obje tos m óve is as s ociados ao prédio, com o cade iras ou
e s piritualé s om brio e pe rigos o, pre e nch ido por um a névoa
ornam e ntos .
e s cura q ue ofus ca a pais age m . Com o tais nodos s ó e xis te m
e m locais fe ch ados ou s ubte rrâne os , não é incom um q ue
N odos Elem en ta is s e jam us ados com o tocas ou e s conde rijos de e ntidade s
agre s s ivas . A m aior parte dos e s píritos e vita tais locais ,
Es píritos s ão atraídos por nodos e lem e ntais , locais
s e ndo afuge ntados por s ua aura de corrupção e de cadência,
onde as e ne rgias prim ordiais do m undo s e conce ntram .
e os poucos q ue us am tais nodos com o lare s s ão
Nodos e lem e ntais e xis te m e m áre as s e lvage ns , onde h á
m ons truos os e de form ados pe la raiva e corrupção q ue paira
vida e m abundância e forte s s e ntim e ntos vibrante s . Ne s s e s
no ar. Não é incom um q ue e s s e s e s píritos s e jam canibais ou
locais , a re s s onância vital é tão inte ns a, q ue m uitos
m e s m o ps icófagos , de ixando as s om bras de s e us lare s
e s píritos pode m s e nutrir da m e s m a fonte , e a barre ira e ntre
ape nas para caçar.
o m undo m ate riale os R e inos Elem e ntais é tênue . Is s o faz
LO CAIS M ÍSTICO S 25
N odos Som brios Even tos M en ores
O e xtre m o opos to dos nodos e lem e ntais , nodos Nodos m ís ticos s ão raros , m as s ua e xis tência s e
s om brios acum ulam e ne rgias q ue afuge ntam e s píritos de ve à pre s e nça abundante de e m oçõe s e e ne rgias
naturais . Es s e s lugare s s ão m arcados pe la pre s e nça da re s s onante s : luz, paz e re novação; vida, alegria e
m orte , abandono ou tris te za: ce m itérios , antigos cam pos de e lem e ntos ; de s e s pe ro, corrupção e s ofrim e nto; tris te za,
batalha, locais de tragédias , e tc. O s poucos e s píritos q ue s audade e m orte . Porém , não é pre cis o h ave r um nodo para
ins is te m e m vive r ne les têm a aparência doe ntia e frágil, q ue e s s as e ne rgias influe ncie m s utilm e nte o m undo
e m bora s ua re alforça não s e ja afe tada. e s piritual. Is s o ge ra pe q ue nos re flexos te m porários q uando
O te rre no e m um nodo s om brio é cobe rto por um a e ve ntos no m undo fís ico produze m tais e s tím ulos : névoas
fina névoa gélida, dando a e le um a aparência om inos a. As onde pe s s oas m orre ram violentam e nte ; s om bras de ns as
s om bras pare ce m s e m ove r, com o s e fluís s e m lentam e nte , onde um de m ônio pode ros o foi e vocado; lum inos idade e
e o re flexo de e s truturas artificiais ligadas à m orte e a re novação e m locais vis itados com fre q üência por anjos .
forte s s e ntim e ntos ne gativos , com o e s tátuas e lápide s , s e Es s as m arcas no m undo e s piritual de s apare ce m com o
apre s e ntam intactos , ainda q ue e ne gre cidos e s om brios . te m po, de pe nde ndo da inte ns idade do e ve nto q ue as
caus ou, m as pode m s e rvir para alertar xam ãs e outros s e re s
capaze s de ade ntrar nos R e inos Elem e ntais , indicando q ue
tipos de e ne rgias pe rm e iam de te rm inados locais .
Luís e Pedrin h o esta va m n ova m en te n a rua da Velh a dos Ga tos. Pedrin h o segura va um ga to
n egro de olh os verdes, en q ua n to Luís a m a rra va um con jun to de la ta s n o ra bo do a n im a l. Am bos rira m
q ua n do Pedrin h o jogou o bich o n o ch ão e se pôs a grita r pa ra espa n tá- lo e fa zê- lo correr a té ca ir m orto!
Era divertido in com oda r a Velh a dos Ga tos porq ue n in guém n a vizin h a n ça gosta va dela .
Con tudo, da q uela vez, o ga to n ão correu, a pesa r dos urros de Pedrin h o. Ao in vés disso, o bich a n o
se virou pa ra eles, com os olh os brilh a n tes e os pêlos eriça dos, e m ostrou a s presa s en orm es. Algo esta va
erra do. Luís sen tiu m edo repen tin o, e o m edo se torn ou desespero q ua n do o ga to cresceu dia n te de seus
olh os, ga n h a n do a s proporções de um a on ça e ra sga n do Pedrin h o com sua s en orm es ga rra s. Luís correu,
m a s o ga to m on struoso veio a trás dele, a lca n ça n do- o fa cilm en te e derruba n do- o com um golpe da s pa ta s.
A coisa - ga to en tão fitou com seus olh os verdes o m en in o ca ído e a briu a boca rra ch eia de presa s a fia da s,
n o q ue pa recia ser um sorriso m a ldoso.
Luís a cordou a os gritos, ch a m a n do por sua m ãe. Com o q ua rto escuro e silen cioso, con tin uou a
grita r a pa vora do, sem a certeza de q ue a q uilo fora a pen a s um pesa delo. N ão dem orou pa ra q ue a luz do
corredor se a cen desse e a porta do q ua rto se a brisse.
“Ca lm a , Luisin h o,” disse Gra ça , sua m ãe, a o se a proxim a r da ca m a do m en in o e a joelh a r- se
a o seu la do, segura n do sua m ão. “Ca lm a , foi só um pesa delo”.
“Tin h a um ga to gra n de e m a u, m ãe! Ele a ta cou o Pedrin h o! Ele q ueria m e a ta ca r!”, disse
Luís, ten ta n do explica r o q ue vira .
“Ca lm a ”, repetia a m ãe, a bra ça n do o m en in o. Dem orou a lgun s m in utos a té q ue Luís se
a ca lm a sse e pa ra sse de ch ora r. Q ua n do Luís fin a lm en te se a q uietou, Gra ça prom eteu tra zer um copo
d’água pa ra ele, pa ra q ue pa ra sse de soluça r e trem er. Acen den do a luz do q ua rto, ela sa iu, retorn a n do
n ão m uito depois com o copo, cujo con teúdo Luís bebeu n um in sta n te. “Foi só um son h o, n ão tem ga to
m a u a q ui”, disse Gra ça , fita n do os olh os do filh o, “a gora va i dorm ir, q ue vou deixa r a luz do corredor
a cesa pa ra você n ão fica r n o escuro”.
Gra ça se leva n tou, fez Luís se deita r e o cobriu, beija n do sua testa , e en tão sa iu do q ua rto,
a pa ga n do a luz e deixa n do a porta en trea berta . Ain da com m edo, Luís fitou a s área s on de a luz do
corredor n ão a lca n ça va , va sculh a n do- a s com o se espera sse en con tra r a lgo sin istro e a ssusta dor escon dido.
Ficou a li n a ca m a por q ua se um a h ora a n tes q ue o ca n sa ço o ven cesse, força n do- o a dorm ir.
A coisa - ga to en tão a den trou pela ja n ela , a in da in visível, e ca m in h ou em silên cio a bsoluto
a té subir n a ca m a . A sen sa ção de a ssusta r o m en in o fora pra zerosa a lém do q ue a cria tura espera va ;
ela fa ria a q uilo com m a is seres de ca rn e, sim , todos os q ue m olesta ssem os ga tos da velh a ca sa decrépita .
E, por m a is três vezes n a q uela n oite, o m en in o viria a a corda r grita n do.
IM AGO : A FO R M A E TÉR EA 29
TAM AN H OS E S AÚD E
Quando um a criatura te m um tam anh o m uito dife re nte do de um s e r h um ano adulto, us a-s e níve is de Saúde
dife re nciados . A s e guir e s tão os níve is de Saúde “padronizados ” , e m bora você pos s a alte rá-los cas o um a criatura e s te ja
num ponto de trans ição e ntre tam anh os .
As progre s s õe s de Saúde indicadas a s e guir m os tram ape nas as pe nalidade s re lacionadas a cada níve lde Saúde ,
m as lem bre -s e q ue um a criatura fe rida s e riam e nte (-1) ou pior pe rde m e tade de s ua Ve locidade ;um a fe rida grave m e nte
(-2) não pode m ais corre r, e um a incapacitada (-4) te m a Ve locidade re duzida a dois e não pode m ais faze r m ovim e ntos
livre s .
Le m bre -s e tam bém q ue e s píritos não têm níve is de Incons ciência, s ubs tituindo-os por níve is e xtras de
Incapacitado (-4). Por e xe m plo, um e s pírito m édio, ao invés de um níve lIncapacitado e cinco de Incons ciência, te rá
s e is níve is de incapacitação.
SÉR IO GR AVE
SAÚDE
-1 -2
Pe q ue no: Qualque r criatura e ntre um gato dom és tico e um cão m édio (algo até 50 cm de altura ou 2m de
com prim e nto).
Exe m plos : Se rpe nte s e cobras , e xce to as cons tritoras , m acacos de pe q ue no porte , crianças (até 5 anos de idade ).
-0 -½ -1 -2 SEM A ÇÃO
M éd io (Infantil
): R e pre s e nta um a criança h um ana (6-12 anos , até 1,5m de altura).
-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
M édio (Adul to): Qual q ue r criatura e ntre um cão grande e um caval o (al go até 2,5m de al
tura ou 4m de
com prim e nto). Exe m pl
os : H um anos adul tos , l
e õe s , tigre s , goril
as , urs os , l
obos , crocodil
os .
-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
Grand e : Criaturas até 10m de com prim e nto, ou 5m de altura. Exe m plos : Elefante s , ce rtos tubarõe s e crocodilos .
-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
Col
ossal
: Criaturas com m ais de 10m de com prim e nto ou 5m de altura. Exe m plos : Baleias .
-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
IM AGO : A FO R M A E TÉR EA 31
e ncontrar um local propício, onde , ao s e re form ar, s e u re pre s e ntado pe lo Patam ar.
im ago e m h ibe rnação não e s tará am e açado. Siste m a: O Patam ar é o “níve lde pode r”q ue indica
As s e guinte s condiçõe s im pe de m a re form ação de a pos ição do e s pírito na h ie rarq uia dos R e inos Elem e ntais .
um e s pírito de s truído: Es s a caracte rís tica, e m te rm os de re gra, não é te s tada, m as
— Se r de vorado por outro e s pírito, ou por algum a de fine os lim ite s de h abilidade s e as ne ce s s idade s de
outra criatura capaz de s e alim e ntar de e s píritos ; nutrição de cada e s pírito. O níve lde Patam ar varia de um a
— Es tar e xaurido de R e s s onância no m om e nto da 10;q uanto m aior o Patam ar, m ais pode ros o é o e s pírito.
de s truição; O Patam ar de um e s pírito nunca de ve s e r m aior do
— Se r de s truído num localcontrário à s ua nature za q ue o Ins tinto do m e s m o. Logo, um e s pírito com Ins tinto 4
(onde não e xis tam anim ais de s ua e s pécie , ou onde h á forte não pode pos s uir um Patam ar 5 ou m aior, pre cis ando
pre s e nça de um e lem e nto opos to, por e xe m plo); de s e nvolve r s e u pote ncialante s de s e e levar na h ie rarq uia
— Se r de s truído e nq uanto h ibe rna ou e nq uanto é e s piritual. Um e s pírito é cons ide rado “infe rior”q uando te m
apris ionado no m undo fís ico (através de rituais ou ce rtos Patam ar 3 ou m e nor, “s upe rior”e ntre Patam ar 4 e 9 , e um
pode re s s obre naturais ); “s e nh or e s piritual”no Patam ar 10.
— Se r de s truído por um a arm a ou outro obje to fe ito O Patam ar de te rm ina dive rs as re s triçõe s , m as
e s pe cialm e nte para fe rir e s píritos (um am uleto e s pe cial, pos s ibilita um m aior pote ncial de de s e nvolvim e nto do
por e xe m plo). e s pírito. Ve ja a tabe la Patam ar Es piritualpara inform açõe s
de talhadas das re s triçõe s de cada níve l.
Vuln era bilida des - Níve lM áx. de Atributos : Es ta é um a s uge s tão do
níve l m áxim o q ue um Atributo pode alcançar para um
Alguns e s píritos pos s ue m vulne rabilidade s e s pírito de s te Patam ar. Contudo, e s píritos pode m te r um
e s pe ciais , de pe nde nte s de s ua nature za. Um e s pírito do “Atributo Exce pcional”q ue s upe re e s s e lim ite e m até dois
fogo pode s e fe rir ao s e r m olhado, ou um be s tialpode níve is ;
s ofre r de ce rtas lim itaçõe s ligadas ao anim al q ue - As pe ctos : Quanto m aior o Patam ar de um e s pírito,
re pre s e nta. O cas ionalm e nte , e s s as vulne rabilidade s e m aior o núm e ro de As pe ctos q ue de s e nvolve . Note q ue o
re s triçõe s s ão puram e nte ps icológicas , forjadas por núm e ro indicado na tabe la é ape nas o m áxim o: um e s pírito
e xpe riências traum áticas do pas s ado ou “apre ndidas ”com e s pe cífico pode te r m e nos As pe ctos do q ue o núm e ro
outros e s píritos s im ilare s da re gião. Com o a form a de um indicado;
e s pírito é m antida coe s a por s ua cons ciência, condiçõe s - Níve lM áx. de Anfractos : O níve lm áxim o q ue o
ps icológicas pode m im por vulne rabilidade s ao s e u corpo. e s pírito pode alcançar e m cada Anfracto é de te rm inado por
Um e s pírito q ue te nh a s ido de s truído por arm as de fogo, s e u Patam ar. Es s e valor indica ape nas o níve lm áxim o, não
por e xe m plo, pode te m ê-las a ponto de s ofre r danos a q uantidade total de Anfractos q ue o e s pírito pode
e ntrópicos ao s e r fe rido por e las . apre nde r;
Es píritos inte lige nte s cos tum am te r fraq ue zas - R e s s onância M áxim a: A q uantidade m áxim a de
únicas e dive rs as , e m ge ralligadas a s e us caprich os . Um R e s s onância q ue o e s pírito pode arm aze nar e m s e u im ago;
e s pírito pode s e r incapaz de fe rir crianças , e nq uanto outro - R e s s onância D iária: Todo e s pírito pre cis a cons u-
s ofre fe rim e ntos s e não aprove itar um a oportunidade de m ir R e s s onância para s e m ante r ativo (ou para de s pe rtar de
pre gar pe ças e m s e re s h um anos . As e ntidade s m ais um a h ibe rnação). O valor indicado na tabe la m os tra q uanta
ins tintivas , contudo, te nde m a copiar o com portam e nto (e R e s s onância o e s pírito gas ta diariam e nte para s e m ante r
as vulne rabilidade s ) de e s píritos s im ilare s com os q uais ativo. Cas o não te nh a R e s s onância s uficie nte , o e s pírito
convivam . pre cis a h ibe rnar ou s ofre rá danos conform e pe rde a coe s ão
Siste m a: Em te rm os de re gras , is s o s ignifica q ue de s ua form a e tére a. M ais de talhe s adiante , na s e ção de
cada e s pírito pode ou não te r vulne rabilidade s e re s triçõe s R e s s onância.
e s pe ciais , ligadas à s ua nature za e s uas atividade s . D a - Pe ríodo de R e form ação: Quando o e s pírito é
m e s m a form a q ue os caprich os dos e s píritos s ão de s truído, o Patam ar de te rm ina q uanto te m po de m ora até
incom pre e ns íve is , e s s as vulne rabilidade s pode m pare ce r q ue s e re form e num locals e guro do m undo e s piritual. Ao
aleatórias ou arbitrárias , m as s e m pre têm algum a re lação s e re form ar, o e s pírito e s tará e m h ibe rnação, s e m
com a m e ntalidade do e s pírito e m q ue s tão. Algum as ve ze s , R e s s onância arm aze nada e com ape nas um níve lde Saúde
e s s as vulne rabilidade s age m com o re s triçõe s de re cupe rado.
com portam e nto. Em outras , e las s ão lite rais fraq ue zas q ue - Tam anh o M áxim o: O tam anh o m áxim o q ue um
caus am fe rim e ntos ou dor no im ago do e s pírito. e s pírito de s s e Patam ar pode pos s uir. Es píritos pode m te r (e
com fre q üência têm ) tam anh os infe riore s aos lis tados . Em
PATAM AR E S PIRITU AL adição, e s píritos de anim ais e plantas pode m te r tam anh os
m aiore s q ue os pe rm itidos , cas o as criaturas q ue
Quando “nas ce ” , um e s pírito é ape nas um a form a re pre s e ntam te nh am naturalm e nte um tam anh o m aior (por
coales ce nte de m as s a e tére a, gove rnada por um ins tinto e xe m plo, um lobo é um a criatura m édia; um e s pírito-lobo
rudim e ntar. Conform e s e de s e nvolve , e le ganh a form as de Patam ar 1 pode ria s e r m édio, m e s m o q ue s e u níve lde
únicas e h abilidade s m ais pode ros as , adq uirindo um a Patam ar o lim ite a um tam anh o pe q ue no. O tam anh o de um
ide ntidade cre s ce nte e cada ve z m ais com plexa. Es s as e s pírito de te rm ina s e us níve is de Saúde (ve ja q uadro
dife re nças divide m os e s píritos e m infe riore s , s upe riore s e ante rior, Tam anh os e Saúde ).
s e nh ore s e s pirituais , o q ue , do ponto de vis ta das re gras , é
Lista de Aspectos
A s e guir h á um a lis ta de s uge s tõe s de As pe ctos .
Note q ue e s s a lis ta não é e xaus tiva: você pode criar
As pe ctos e s pe ciais para e s píritos e s pe cíficos , as s im com o
alte rar os As pe ctos de form a q ue m e lhor pos s am s e
e ncaixar no conce ito de s e jado.
Em ge ral,As pe ctos e s tão s e m pre ativos , m as alguns
e s píritos pre fe re m de s e nvolve r As pe ctos q ue s ó e s tão
ativos e m m om e ntos conve nie nte s . Is s o de pe nde m ais da
pe rs onalidade do e s pírito do q ue de re gras de s is te m a. Se
for e s s e o cas o, cons ide re q ue ativar ou de s ativar um
As pe cto é um a ação livre (norm alm e nte ativa, m as pode
s e r pas s iva, fe ita e m re s pos ta a algum e s tím ulo).
Note q ue todos os As pe ctos s ão h abilidade s
re lacionadas ao corpo e s piritual, portanto s ó s e aplicam no
m e s m o e s tado e m q ue o e s pírito e s tá: por e xe m plo, para
afe tar o m undo fís ico com um As pe cto, o e s pírito pre cis a
e s tar m ate rializado.
Ce rtos As pe ctos pode m s e r adq uiridos m últiplas
ve ze s , tornando-s e m ais pode ros os . Um As pe cto adq uirido
m últiplas ve ze s pre cis a s e r cons ide rado no lim ite q ue um
e s pírito pode de s e nvolve r por Patam ar.
D e pe nde ndo da nature za do e s pírito, e le pode s e r
obrigado a pagar por ce rtos As pe ctos . Por e xe m plo, um
e s pírito-pás s aro de ve adq uirir o As pe cto As as Funcionais
ou não pode rá voar.
Al im e ntação Com pl e m e ntar: O e s pírito de s e n-
volve a h abilidade de s e alim e ntar de um a s e gunda fonte
de R e s s onância, além daq ue la q ue e le norm alm e nte us a
para s e nutrir. Por e xe m plo, um e s pírito-pás s aro pode
adq uirir a h abilidade de tam bém s e alim e ntar de fonte s de
ve nto, com o s e fos s e um e lem e ntaldo ar.
Em ge ral, e s te As pe cto é adq uirido de pois q ue o
e s pírito já de s e nvolve u outras caracte rís ticas ligadas ao
e lem e nto, anim alou planta do q ualde s e ja s e alim e ntar. Por
- H . G. W e lls
E le m e n ta ld a Águ a , In fe r ior
Es píritos aq uáticos s urge m onde q ue r q ue e xis ta Atrib utos: Força 4, Agilidade 6, R e s iliência 3,
água e m abundância, s e ja nas profunde zas oce ânicas , nas As túcia 2, Pe rce pção 4
águas plácidas de lagos ou nas corre de iras fluviais . Es s e s Aptid õe s: Briga 3, Es porte s 3, Es q uiva 4,
s e re s de corpos fluidos s ão volúve is com o a água da q ual Furtividade 4 (Subm e rs o), Prontidão 4 (Sob a Água),
nas ce m , ora pacíficos , ora bravios . Sobre vivência 3
O rige m : Elem e ntal Eid ol on: Ins tinto 3
Tipo: Água, tipo e xato variado, e m ge ralde finido
por h abitat ou caracte rís tica, com o lagos , rios ou águas — H ab il id ad e s Espirituais
s algadas . Aspe ctos: Cam uflage m (Am bie nte Aq uático),
Patam ar: 2 (Infe rior) Corpo Efêm e ro (aq uos o)
De scrição: Criaturas de corpos aq uos os , e s s e s Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Água) 1
e s píritos nadam q uas e invis íve is pe las águas e tére as dos R e ssonância M áx./Diária: 10/1
R e inos Elem e ntais . Um pe q ue no lago pode s e r lar de não Vul ne rab ilid ad e : Es s e s e s píritos te m e m s e
m ais do q ue m e ia dúzia de s s e s e s píritos m e nore s , m as afas tar da água, pe rm ane ce ndo s e m pre próxim os à
um a praia ou rio pode te r de ze nas e m s ua e xte ns ão. É m arge m q uando s e ave nturam e m te rra. Se não h ouve r
pos s íve l, m as difícil, notar um e lem e ntals ubm e rs o de vido um corpo aq uos o apropriado e m s e u alcance s e ns orial, o
aos s e us contornos , q ue não s e m is turam ao re s to das e s pírito s ofre um ponto de dano atordoante não-
águas q ue h abitam . abs orvíve lpor turno.
Pe rsonal id ad e : Elem e ntais da água pre fe re m
pe rm ane ce r e s condidos , cam uflados e m m e io às águas — O utros
q ue lhe s de ram orige m . Em ge ral, e les ignoram a Iniciativa: 8
pre s e nça de outras criaturas , nadando calm am e nte e s e m Ve l
ocid ad e : Em te rra: 6m (2 m /s ; 7,2 k m /h )
pre ocupaçõe s . Contudo, ocas ionalm e nte pode m s e tornar [Fator -4];
agre s s ivos . Na água: 14m (3,6 m /s ;16,8 k m /h ) [Fator + 4]
Saúd e : Tam anh o Pe q ue no (Ve r abaixo)
— Com b ate
Elem e ntais da água e vitam confrontos dire tos . Se
am e açados , te ntarão atrair o opone nte para a água, onde
não s ó us am s e u D om ínio Elem e ntalpara atrapalhar a
natação do opone nte , com o te ntam agarrá-lo e arras tá-lo
para o fundo. Às ve ze s , vários e lem e ntais atacam um
único alvo e m conjunto.
Ataq ue s: Agarrar (3,5 dados , dif. 8), Golpe
R ápido (3,5 dados , dano 1A)
De fe sa: Es q uiva (5 dados )
Ab sorção: Atordoante 1, Le tal1
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Elem e ntais do ar pre fe re m fugir a lutar. Eles
us arão s uas h abilidade s para m anipular os ve ntos e
atrapalhar as açõe s de q ue m te ntar confrontá-los .
Ataq ue s: Ne nh um .
De fe sa: Evas ão (7,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Em bora s e jam difíce is de s e provocar, e lem e ntais
da te rra s ão opone nte s te rríve is , capaze s de re s is tir a
grande s q uantidade s de dano e de atacar com im e ns a
força. Norm alm e nte , e les atacam até q ue o opone nte fuja,
raram e nte s e guindo-o para fora de s e us dom ínios .
Ataq ue s: Golpe Pe s ado (8 dados , dif. 7, dano 5A)
De fe sa: Bloq ue io (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 7, Le tal7, Entrópico 3
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Com o um a cobra cons tritora, o boitatá te nta
agarrar e im obilizar s ua vítim a, para de pois e s m agar s e us
os s os num abraço m ortal. O q ue o torna ainda m ais
pe rigos o é o fato de q ue s e u corpo s e ince nde ia, pode ndo
m atar a vítim a com as ch am as ante s m e s m o q ue e la s e ja
e s m agada.
Ataq ue s : Agarrar (9 ,5 dados , dif. 8, 3E*),
Cons tritar (após agarrar, 6,5 dados , dano 4L)
De fe sa: Es q uiva (5 dados ), Evas ão (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 4, Le tal 4, Entrópico 1,
Fogo 7
O utros: As pe cto Flam e jante (o corpo do boitatá
q ue im a com o um a ch am a de Inte ns idade 1). Ataq ue s com
um as te ris co (*) no dano indicam o dano adicional
caus ado por e s ta h abilidade . Es s e dano é abs orvido e m
s e parado e não é aum e ntado pe los s uce s s os do ataq ue .
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Em bora pre firam e vitar confrontos , gnom os
pode m s e tornar agre s s ivos s e provocados ou
pe rs e guidos . Com unidade s de gnom os te nde m a atacar
e m conjunto, us ando núm e ros para s obre pujar opone nte s
m aiore s . Em adição, e les utilizam s e u D om ínio Elem e ntal
para pre judicar e atacar opone nte s , faze ndo o s olo s e
m ove r pe rigos am e nte , caus ando de s abam e ntos ou
lançando pe dras .
Ataq ue s: Agarrar (2,5 dados , dif. 8), Golpe
Pe s ado (4 dados , dif. 7, dano 2A)
De fe sa: Evas ão (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 5, Le tal5, Entrópico 2
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Um pás s aro-trovão voa alto, m e rgulhando
s ubitam e nte para atacar com s uas garras e apre s ar a
vítim a. Se o alvo re s is tir ou o pás s aro for forçado a
pous ar, o e s pírito te nta bicá-lo nos turnos s e guinte s . Se
atacado por m últiplos opone nte s , o pás s aro-trovão
pe rm ane ce voando e dis parando re lâm pagos .
Ataq ue s: Garras (8,5 dados , dano 6L + 5A*,
apre s ar), Bico (7 dados , dano 6L + 5A*), R e lâm pago
(As pe cto, 6 dados , dano 7A, 10m )
De fe sa: Evas ão (7,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 3, Le tal3
O utros: As pe cto R e lam pe jante (tocar o pás s aro-
trovão caus a ch oq ue de cinco pontos de dano atordoante ).
Ataq ue s com um as te ris co (*) no dano indicam o dano
adicional caus ado por e s ta h abilidade . Es s e dano é
abs orvido e m s e parado e não é aum e ntado pe los s uce s s os
do ataq ue .
-0 -½ -1 -2 -4
SÉR IO GR AVE
SAÚDE
-1 -2
— Com b ate
Sacis us am s e us Anfractos para confundir e atacar
pe s s oas . Se s urge a ne ce s s idade , e les us am s e u D om ínio
Elem e ntal para pos s uíre m um a m as s a de ve ntos ou
fum aça e as s um ire m form a fís ica.
Ataq ue s: Golpe R ápido (6,5 dados , dano 2A),
R ajada de Fogo (6 dados , dano 0E), R ajada de Ve ntos
(As pe cto, 6 dados , dano 6A)
De fe sa: Evas ão (9 dados )
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
— Com b ate
Sílfide s e vitam com bate , us ando s e u D om ínio
Elem e ntalpara atrapalhar e atacar opone nte s e nq uanto
te ntam fugir e s e e s conde r.
Ataq ue s: Ne nh um .
De fe sa: Evas ão (9 dados )
Ab sorção: Atordoante 1
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
OCa ç a d or Ce le ste
Nas cido um e lem e ntaldas nuve ns , e s te e s pírito do O rige m : Elem e ntal
ar adq uiriu cons ciência de s ua e xis tência ao longo de Tipo: Nuve ns .
m ilênios . Sua form a m as s iva flutua pe los céus dos R e inos Patam ar: 9 (Supe rior)
Elem e ntais , e vitada por e s píritos m e nore s q ue s e nte m a De scrição: O Caçador Ce les te s obre vive nos
fom e late nte da criatura. Vis to do ch ão, o Caçador Ce les te céus , a ce nte nas de m e tros de altura, e nunca toca o s olo.
pare ce um a pe q ue na nuve m prate ada, m as s e u tam anh o Se u corpo te m a form a de los ango, s im ilar à de um a
e xce de trinta m e tros de com prim e nto. arraia m arinh a, e xce to pe la falta de um a cauda. A pe le da
O Caçador é um a e ntidade fam inta. Em ge ral, criatura é s im ilar a um a nuve m de vapor e xtre m am e nte
conte nta-s e e m alim e ntar-s e da re s s onância das nuve ns e de ns o, e s obre e la, tanto no ve ntre com o no dors o,
dos poucos e s píritos aére os q ue s e aproxim am de m ais , flutuam ce nte nas de olhos , q ue s e m ove m com o s e
m as q uando h á falta de nuve ns no céu, a e ntidade de s ce boias s e m s ob um a s upe rfície aq uos a. No ce ntro do
para atacar pre s as e m te rra. ve ntre do e s pírito h á um a boca ch e ia de de nte s cris talinos
Às ve ze s , o Caçador Ce les te atrave s s a a barre ira pontiagudos e , ao re dor da m e s m a, s ae m ce nte nas de
e ntre m undos , m anife s tando-s e ou m ate rializando-s e . Nas te ntáculos lum inos os , q ue o e s pírito us a para capturar
raras ocas iõe s e m q ue é vis to, o e s pírito é confundido pre s as . Em ge ral, os te ntáculos s ão m antidos de ntro da
com dis cos voadore s , luze s no céu e outros fe nôm e nos boca, s ó s e ndo libe rados q uando o e s pírito de s e ja caçar.
re lacionados a O VNIs . O cas ionalm e nte , e le pratica Quando atacado, o corpo do Caçador e ne gre ce e s e e nch e
ps icofagia para e s te nde r a duração de s ua e s tadia no plano de e letricidade , trove jando e e m itindo re lâm pagos e m s e u
te rre no. Em pe lo m e nos duas ocas iõe s , o e s pírito foi inte rior.
de te ctado por radare s e abordado por caças m ilitare s . Pe rsonal id ad e : O Caçador é um a e ntidade
Após o prim e iro e ncontro, q uando foi alve jado por s ilencios a e s olitária, m as cons cie nte de s ua própria
m ís s e is ar-ar, o Caçador Ce les te apre nde u a fugir para os e xis tência. Ne m tím ido ne m curios o, s ua e xis tência s e
R e inos Elem e ntais as s im q ue aproxim ado por q ualque r bas e ia e m alim e ntar-s e , e q ualque r outro inte re s s e é
tipo de ae ronave . ine xis te nte . O Caçador é um a e ntidade das vas tidõe s
A e xis tência do Caçador Ce les te é conh e cida e m ce les te s , acos tum ada a pe rm ane ce r s ozinh a nas alturas ,
alguns círculos de ocultis m o. Contudo, a criatura é onde toda vida pare ce pe q ue na e ins ignificante . Ele
re fe re nciada com dife re nte s nom e s e de s criçõe s , e todos de te s ta s e aproxim ar do s olo, faze ndo-o ape nas e m cas o
q ue te ntaram invocá-la, apris ioná-la ou adorá-la tive ram de ne ce s s idade .
pouco s uce s s o. H á, contudo, alguns cultos q ue
cons ide ram o Caçador um de us s alvador, O VNI ou s e r (Es tatís ticas de jogo na próxim a página)
alie níge na. A e ntidade te m pouco inte re s s e ne s s as
atividade s re ligios as , contudo, e na única ve z q ue foi
e vocada com s uce s s o, nos Alpe s s uíços e m 1862, ape nas
de vorou s e us fiéis e re tornou ao m undo e s piritual.
-0 -½ -1 -2 -4
-0 -½ -1 -2 -4
68
Apêndice 2
Ou tr os S iste m a s
Ape s ar de s te livro s e voltar ao Narrador, ne nh um a ligam -nos a você, tratando-o com o “o cara e s tranh o q ue
de s crição s obre e s píritos e os R e inos Elem e ntais e s taria traz azar” .
com pleta s e m form as de inte ração com e les . Es te Apêndice Pe nal id ad e Social : O pe rs onage m pare ce
é o “capítulo do jogador” , traze ndo novas opçõe s q ue não “e s tranh o”aos olhos da m aioria das pe s s oas . Um te s te de
s ó e nriq ue ce m a criação de pe rs onage ns , com o tam bém Consciência (dificuldade 10 m e nos níve l de Im ã
pode m s e r fonte s de idéias para h is tórias . Es piritual) re ve la o pe rs onage m com o “e rrado” e cria
Ne s te Apêndice , você e ncontra: de s conforto nas pe s s oas . O pe rs onage m s ofre -2 e m te s te s
— Um novo H is tórico Ne gativo, Im ã Es piritual, s ociais (e xce to te s te s de Intim idação) q uando inte rage com
q ue torna o pe rs onage m vulne ráve la ataq ue s de e s píritos ; pe s s oas q ue pas s am ne s s e te s te .
— Um novo pode r ps íq uico, Se ns itividade Es piri- Efe itos: Es píritos s e be ne ficiam com o s e o
tual, q ue pe rm ite ao pe rs onage m ve r e lidar com e s píritos pe rs onage m fos s e um nodo e lem e ntalde potência igualao
e tére os ; níve lde s te H is tórico. O s e fe itos acum ulados s ão:
— Explicaçõe s de dive rs os rituais m ís ticos , — O cus to e m R e s s onância para atrave s s ar a
m os trando com o inte rage m com as re gras contidas no barre ira e ntre m undos é re duzido pe lo níve l de Im ã
Capítulo 3: Sis te m as Es pirituais ; Es piritual;
— Novos rituais m ís ticos , voltados à inte ração com — Fonte s de re s s onância pode m nutrir s im ultane a-
e s píritos ; m e nte vários e s píritos , faze ndo com q ue e les s e acum ulem
— Novos pode re s para arte fatos e e xe m plos de ao re dor do pe rs onage m ;
obje tos com e s s as h abilidade s . — Es píritos re ce be m bônus e m te s te s de Anfractos
Para m e lhor aprove itar as inform açõe s de s s e de te rm inado pe lo níve lde s te H is tórico:
Apêndice , s uge re -s e te r o livro Ao Cair d a Noite : Níve l1: + 0 dados ;
De sb ravad ore s d o O cul to. Níve l2: + 1 dados ;
Níve l3: + 1,5 dados ;
N OVO H IS TÓRICO N E GA TIVO Níve l4: + 2 dados ;
Níve l5: + 3 dados .
A s e guir você e ncontra um novo H is tórico Es te s e fe itos afe tam um raio de 15 m e tros ao re dor
Ne gativo: Im ã Es piritual. Com o outros H is tóricos do pe rs onage m e não s e acum ulam com os de um nodo
Ne gativos , adq uirir níve is ne le conce de pontos de e lem e ntalde ve rdade (us e o níve ldo nodo ou do H is tórico,
aprim oram e nto e xtras na criação de pe rs onage m . Contudo, o q ue for m aior). Note q ue ape nas e s píritos s e be ne ficiam :
o pe rs onage m carre gará cons igo um a te rríve l m aldição, o pe rs onage m não é um “nodo e lem e ntal”de fato e não
q ue pode pre judicar a e le e a outros q ue m conviva. auxilia m agias ou ritos de outras criaturas . Cas o o
pe rs onage m m orra, os e fe itos ce s s am .
Im ã Espiritua l Ad q uirind o/Pe rd e nd o Im ã Espiritual : Em ge ral,
Im ã Es piritualé um a caracte rís tica adq uirida após algum
Se ja de nas cim e nto ou por algum a vicis s itude e m traum a e nvolve ndo o m undo e s piritual, m as algum as
s ua vida, você s e tornou um portal e ntre m undos . Sua pe s s oas pode m ganh ar e s s e H is tórico após s e re m am aldi-
pre s e nça torna frágila barre ira e ntre os planos da m atéria e çoadas ou por te re m nas cido s ob circuns tâncias e s pe ciais .
do e s pírito, e os h abitante s dos R e inos Elem e ntais pode m Pe rde r Im ã Es piritual e nvolve algum tipo de
s e ntir e s s a bre ch a invis íve l. Com o re s ultado, você é purificação ou corre ção do e ve nto ou m aldição q ue o
s e guido por e s píritos dive rs os , q ue s e aprove itam de s ua caus ou originalm e nte . Contudo, q ualque r pe rda pe rm a-
condição e s pe cial para inte ragire m facilm e nte com a ne nte de s te H is tórico e xigirá q ue o pe rs onage m o re duza
re alidade m ate rial. Eve ntos bizarros aconte ce m com gas tando pontos de e xpe riência para “pagar”pe los níve is
fre q üência ao s e u re dor, e as pe s s oas incons cie nte m e nte pe rdidos .
E XPLICANDO R ITO S 71
N ível2
Encantar Arm a: A arm a pode s e r e ncantada para
afe tar e s píritos , contudo não s e torna capaz de atingir
criaturas e tére as , e xigindo q ue o e s pírito e s te ja m ate riali- OQ U E H Á N U M N OM E ?
zado para fe ri-lo. Um a arm a e ncantada pode de s truir um Ce rtos rituais , com o invocaçõe s e apris iona-
e s pírito pe rm ane nte m e nte . m e ntos , e xige m o nom e da e ntidade q ue s e rá afe tada,
Exorcism o: Es te rito pode s e r fe ito s obre anim ais , m as q ualé o nom e de um e s pírito?O s h abitante s dos
pe s s oas ou até m e s m o m as s as e lem e ntais controladas por R e inos Elem e ntais não têm o cos tum e de s e dar nom e s ,
um e s pírito pos s e s s or. Conform e de s crito no rito, os e a m aioria de les não te m a inte ligência ne ce s s ária para
s uce s s os do praticante caus am danos e ntrópicos não- ch am ar uns aos outros por de nom inaçõe s . Então, com o
abs orvíve is no e s pírito. Por s ua ve z, o e s pírito pode te ntar rituais q ue e xige m nom e s pode m s e r re alizados e m
fugir ou m e s m o us ar R e s s onância para s e curar, m as a e s píritos ?
m aioria dos e s píritos , s e fe rida o s uficie nte , pre fe rirá Um nom e é ape nas um a ide ntificação, um a
abandonar o corpo a continuar re s is tindo ao e xorcis m o. form a de criar um e lo s im pático e ntre um a s im ples
Prote ção contra Espíritos: O s e fe itos de um a palavra (ou e xpre s s ão) e um a criatura. H á duas m ane iras
prote ção s e e s te nde m a e ntidade s e tére as , pode ndo dife re nte s de s e forjar um nom e para um a e ntidade .
inclus ive fe ri-las s e o s ím bolo de prote ção for “tocado”por A prim e ira é faze r com q ue a e ntidade re conh e ça
e las . O dano caus ado pe lo s ím bolo pode de s truir pe rm ane n- o nom e com o s e u. Em ge ral, is to é fe ito através de
te m e nte um e s pírito. Contudo, os e fe itos de um a prote ção ofe re ndas : ofe re ce -s e re s s onância a um e s pírito e s pe cí-
não s e e s te nde m além da barre ira e ntre os m undos . fico, im pondo a e le um nom e para q ue pos s a s e nutrir
R itos d e Invocação: Conform e de s crito no ritual, a daq ue la re s s onância. Se o e s pírito ace itar a ofe re nda,
invocação cria um a porta m e tafís ica e ntre o círculo m ís tico tam bém e s tará ace itando aq ue le nom e com o s e u.
e a criatura invocada. O e s pírito-alvo de um a invocação A s e gunda m ane ira é forçar o nom e s obre a
be m -s uce dida, ao atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos , e ntidade por as s ociação. Ne s te cas o, o “nom e ”é m ais
pode s e aprove itar de s s a pas s age m para s urgir no ce ntro do com o um título q ue de s cre ve o e s pírito e s uas
círculo, ao invés da contraparte fís ica do local e m q ue atividade s , e q ue m profe re o nom e pre cis a te r cons igo
e s tava originalm e nte . Um e s pírito q ue ate nda ao ch am ado algo re lacionado ao e s pírito para criar a ligação e ntre
ainda e s tará e tére o e invis íve l, ne ce s s itando us ar s e us nom e e e ntidade . É pre cis o m uita obs e rvação e cuidado
Anfractos para inte ragir com o m undo fís ico. ao s e forjar um nom e de s s e s : um de talhe incorre to na
de s crição pode inutilizá-lo.
N ível3 Um e s pírito pode acum ular m uitos nom e s ao
longo de s ua e xis tência. Alguns nom e s cae m e m de s us o
Am ul e to contra Espíritos: O am uleto criado por
e pe rde m s e u pode r, e nq uanto outros continuam e ficaze s
e s te rito prote ge o alvo contra os e fe itos de Anfractos , m as
por m uitos anos . Em adição, conform e o e s pírito e volui,
não de As pe ctos . As pe ctos e nvolve m q ualidade s fís icas ,
nom e s antigos pode m pe rde r o s e ntido ou de ixar de
q ue inde pe nde m de m anipulação s obre naturalpor parte do
de s cre vê-lo corre tam e nte . Por is s o, m uitos nom e s de
e s pírito.
e s píritos de s critos e m livros de ocultis m o já não têm
Aprisionar Espíritos: Para s e r apris ionado por e s te
valor algum .
rito, o e s pírito pre cis a e s tar no m undo m ate rial, s e ja e m
form a e tére a ou fís ica. Um e s pírito apris ionado e s tá, e m
e s s ência, s ob um e fe ito s im ilar ao de um a Âncora Etére a
(Intrus ão 1): e le não m ais pe rde R e s s onância por
pe rm ane ce r no m undo fís ico, m as e s tará pre s o ao círculo
ou obje to-alvo do rito, e s e rá incapaz de re tornar ao m undo
N ível5
e s piritual. Ele ainda pre cis a gas tar R e s s onância diária para Banim e nto Espiritual : Quando utilizado com
pe rm ane ce r ativo e , cas o não h aja um a fonte de re s s onân- s uce s s o, e s te rito e xpe le o e s pírito-alvo de volta aos R e inos
cia próxim a dis poníve l, acabará h ibe rnando ou m orre ndo. Elem e ntais . O e s pírito é incapaz de e ntrar no m undo
D e s truir o e s pírito apris ionado o libe rta, pe rm itindo q ue e le m ate riale nq uanto o e fe ito do rito s e m antive r.
s e re cons titua no m undo e s piritual. Posse ssão d a Form a Prim itiva: Enq uanto e s tive r
na pos s e s s ão de um anim al, o corpo do ritualis ta s e torna
N ível4 vulne ráve la pos s e s s õe s . Um e s pírito com a h abilidade de
Pos s e s s ão Forçada (Se nciência 5) s ó pre cis a de um
Evocação Espiritual : Ao s e r alvo de um a e voca- s uce s s o para tom ar o corpo do pe rs onage m .
ção, o e s pírito é puxado de onde q ue r q ue e s te ja e trazido Sub jugar Entid ad e : Es te ritual cria um a tênue
até o ce ntro do círculo m ís tico. Se e s s e trans porte e xigir âncora e ntre o praticante e o e s pírito, q ue não pe rde
atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos , a trave s s ia s e dá s e m R e s s onância por pe rm ane ce r no m undo m ate rialaté o fim
q ualque r gas to ou e s forço por parte do e s pírito. Em adição, da duração (ainda é s ofrida pe rda diária, contudo). O rito
e nq uanto não de ixar o círculo do ritual, o e s pírito e s tará tam bém pe rm ite ao e s pírito com pre e ns ão e m pática dos
e tére o, m as m anife s to num a form a pe rce ptíve l, m e s m o q ue com andos re ce bidos , m as ce rtos com andos pode m e xigir
não pos s ua os Anfractos ne ce s s ários para tal. Es s a conce itos com plexos de m ais para s e re m plenam e nte
m anife s tação pe rdura por um a ce na ou até q ue o e s pírito e nte ndidos . Por fim , e s píritos com Patam ar 7 ou m ais s ão
de ixe o círculo, re torne ao m undo e s piritual ou s e “e ntidade s particularm e nte pode ros as ” , re duzindo a
m ate rialize us ando s e us próprios pode re s . dificuldade de re s is tire m ao ritual.
NO VO S R ITUAIS 73
- (1) Visão Etére a:
Es te rito e ncanta um obje to, pe rm itindo ao prati-
Ritua is - N ível2
cante us á-lo para ve r e s píritos . Ao s e focar a vis ão através
do obje to e ncantado, e ntidade s e tére as s ão re ve ladas com o - (2) Evocar Pne um a:
form as ne bulos as de core s de s botadas . Es te rito pe rm ite Us ando um círculo ritualís tico, o ocultis ta pode
e nxe rgar q uais q ue r e ntidade s e tére as , inclus ive fantas m as e e vocar um a pe q ue na q uantidade de ps icoplas m a, a “m as s a
outras e ntidade s da Som bra. e tére a”q ue com põe o m undo e s piritual. Es s e ps icoplas m a,
Pre paração: O obje to-foco a s e r e ncantado pre cis a tam bém ch am ado pne um a, s e m ate rializa na form a de um a
te r s ido pre parado com ante ce dência, re ce be ndo s inais s ubs tância pe gajos a e fluida, e m ge ral s im ilar a m uco
m ís ticos e s ím bolos q ue o tornam propício para o rito. trans lúcido. Algum as ve rs õe s do rito pe rm ite m m anife s tar
Cada ve rs ão do rituale xige um obje to de form a e s pe cífica: e s s e ps icoplas m a s ob outras form as , s im ilare s a s angue ,
as m ais com uns us am pe q ue nos am uletos circulare s com lodo, lam a ou outros m ate riais líq uidos ou pas tos os .
um furo no ce ntro, fe itos de roch a ou m ade ira, m as h á Ps icoplas m a m ate rializado ainda é parcialm e nte
ve rs õe s q ue e xige m s ím bolos s acros , olhos de vidro, e tére o, o q ue lhe dá proprie dade s úte is para q ue m s e
óculos e s pe ciais ou véus , e ntre outros obje tos . e nvolve com e s píritos . Se aplicado aos olhos , e le pe rm ite
Cons truir e s s e foco re q ue r te s te s de Pe rspicácia + ve r e s píritos e tére os . Se aplicado nos punh os ou e m arm as ,
O fícios, e xigindo cinco s uce s s os e com te m po m ínim o de e s s e s obje tos pode m s e r us ados para atacar e fe rir e s píritos .
um a h ora. O obje to não pre cis a te r s ido criado pe lo Ps icoplas m a afe ta ape nas e ntidade s dos R e inos Elem e ntais ,
pe rs onage m e pode s e r re aprove itado e m futuras ativaçõe s m as um a ve rs ão alte rnativa de s te rito pe rm ite e vocar
do ritual. ne croplas m a, a m as s a e tére a da Som bra, as s im
Praticante : Qualque r criatura capaz de praticar pos s ibilitando o contato com fantas m as e outras e ntidade s
ritos . do m undo dos m ortos .
Al vo: O obje to-foco. Alguns ocultis tas te ntam e s tudar o ps icoplas m a,
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de analis ando cie ntificam e nte s uas proprie dade s . Es s as
Gladius . te ntativas invariave lm e nte falham : ps icoplas m a não é um
Suce sso: Se obtive r s uce s s o, o obje to é e ncantado e lem e nto ou m ate rialnatural, e le ape nas e m ula caracte -
por um a ce na. D urante e s te pe ríodo, ao us ar o foco, rís ticas de outras s ubs tâncias fís icas . Por caus a dis s o, os
colocando-o de form a apropriada diante dos olhos , o re s ultados obtidos com e xam e s laboratoriais nunca s e
praticante é capaz de ve r e ntidade s e tére as , de s de q ue re pe te m , s e m pre apontando dife re nte s s ubs tâncias e m
e s te jam no m undo m ate rial. e s tados anôm alos contidas de ntro da m as s a e tére a
As e ntidade s e tére as s ão vis tas num a form a gas os a, m ate rializada. Is s o torna im pos s íve is m étodos cie ntíficos
q uas e com o névoas , e por is s o pode s e r difícilde te ctá-las q ue de te cte m ou pe rm itam obs e rvar e s píritos .
s e e s tive re m te ntando s e e s conde r (-2 e m te s te s de Pre paração: Es te rito re q ue r a criação de um
Pe rce pção para pe rce bê-las ). Som e nte o próprio e xe cutor círculo m ís tico, e xatam e nte com o o de um R ito de
do ritualpode ve r s e re s e tére os através do foco; outras Invocação (p. 84 de De sb ravad ore s d o O cul to). D e ve
pe s s oas não s e be ne ficiam . h ave r tam bém pre s e nça de e lem e ntos naturais , com o fogo,
Fal h a: Em cas o de falha, o rito pode s e r re pe tido água pura, are ia ou plantas .
com a pe nalidade padrão. Praticante : Um s e r vivo. Criaturas da Som bra,
e ntidade s e s pirituais e m ortos -vivos não pode m e xe cutar
e s te rito.
Al vo: O círculo de ritual.
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de
Gladius .
Suce sso: Evoca-s e um a “dos e ” de pne um a por
s uce s s o obtido. O m ate rials urge no ce ntro do círculo e
pre cis a s e r coletado e re unido num s ó re cipie nte . A
pne um a, ou ps icoplas m a, s e dis s ipa num ritm o de um a
dos e por h ora s e m antida num a m as s a única. Quando
s e parada do corpo principal, um a porção de pne um a
de s apare ce após um a h ora ou no final da ce na, o q ue
ocorre r prim e iro.
Um pe rs onage m pode aplicar o ps icoplas m a e m
obje tos ou e m s e u corpo para obte r h abilidade s e s pe ciais .
Se aplicado e m s e us olhos , e le pe rm ite ve r e s píritos
e tére os . Es te us o cons om e um a dos e de pne um a do total.
Es píritos vis tos de s ta m ane ira apare ce m de s botados e indis -
tintos (-2 e m te s te s para pe rce bê-los ). Aplicar pne um a
s obre outras parte s do corpo pode pe rm itir e fe itos
s im ilare s , com o ouvir, fare jar, tate ar e até atacar e fe rir
e s píritos e tére os .
Se aplicado num obje to, ps icoplas m a pe rm ite us á-
lo para atacar e barrar a pas s age m de e s píritos e tére os . Es s e
us o cons om e um a dos e de pne um a por obje to pe q ue no
(balas , punh os ou arm as q ue caibam num bolso). O bje tos
m aiore s pode m e xigir duas dos e s (s e coube re m num a
NO VO S R ITUAIS 75
ritualfaz com q ue s e u pode r dim inua. Se m ovida, e a cada A m anife s tação dura um a ce na. Se o e s pírito fugir
h ora q ue s e pas s ar s e m q ue s e ja fixada a algum lugar, o para os R e inos Elem e ntais , e le de s apare ce rá, m as voltará a
pode r da figura s e re duz e m um s uce s s o. Cas o os s uce s s os s e tornar vis íve lcas o re torne ao m undo m ate rialde ntro da
s e jam ze rados , os e fe itos do rituals e dis s ipam com pleta- duração do e fe ito.
m e nte . Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo
Falh a: O Gladius gas to é pe rdido e o rito fracas s a, a pe nalidade padrão.
m as pode s e r te ntado novam e nte com a pe nalidade padrão.
- (3) O fe re nd a d e H ospital id ad e :
Ritua is - N ível3 Es te rito pe rm ite a incorporação de um e s pírito e m
um anim al, conce de ndo à e ntidade um a “form a fís ica”q ue
pode h abitar por te m po inde te rm inado. Alguns ritualis tas
- (3) Forçar M anife stação: us am talpode r para obte re m favore s do e s pírito, ou e ntão
Es te rito faz com q ue um e s pírito s e torne dom inam a e ntidade e lhe dão corpo fís ico para q ue e la
parcialm e nte vis íve le audíve lpor algum te m po. O ritual pos s a m e lhor s e rvi-los .
cons is te e m dois atos : prim e iro, o praticante pre para um a Pre paração: O anim al ofe re cido de ve e s tar
s ubs tância, e m ge rale m form a de pó ou líq uido, q ue é pre s e nte e de s pe rto. O locale o anim alpre cis am e s tar de
e ncantada e arm aze nada para us o futuro. M ais tarde , algum a form a re lacionados à nature za do e s pírito: um
q uando e s s a s ubs tância é jogada ou as pe rgida s obre um e s pírito do fogo e xigirá a pre s e nça de fogue iras e h abitará
e s pírito e tére o, a e ntidade é forçada a s e m anife s tar. répte is ou criaturas ve ne nos as , por e xe m plo, e nq uanto um
Pre paração: O rito e xige prim e iro a pre paração do e s pírito be s tialpre fe rirá um h abitat apropriado e um anim al
pó ou líq uido q ue s e rá us ado para “tocar”o e s pírito. Cada re lacionado à s ua nature za. O e s pírito tam bém de ve e s tar
ve rs ão de s te rito us a s ubs tâncias dife re nte s , q ue vão de s de pre s e nte e concordar com a pos s e s s ão.
s im ples are ia, grãos ou folhas e s m agadas a pó de prata, Praticante : Qualque r um .
ouro ou outros m e tais nobre s . A pre paração de um a dos e Al vo: O anim ale o e s pírito.
e xige cinco s uce s s os e m Pe rspicácia + O cul tism o Siste m a: Cus to de dois pontos de Gladius ; te s te
(dificuldade 6), com te m po m ínim o de um m inuto. A e s te ndido, e xigindo s uce s s os iguais ao Ins tinto do anim al
s ubs tância pode s e r pre parada com ante ce dência de vários capturado.
dias . Suce sso: O anim al e ntra num e s tado de trans e ,
Praticante : Qualque r um . abrindo cam inh o para o e s pírito-alvo tom ar s e u corpo. O s
Al vo: O pó ou líq uido a s e r e ncantado. e fe itos da incorporação s ão idênticos aos de Pos s e s s ão
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de Be s tial (D om ínio Be s tial3, pg. 40), e xce to nos de talhe s
Gladius . Ape nas um a dos e da s ubs tância é e ncantada por adiante . O e s pírito não pre cis a te r D om ínio Be s tialne m
e xe cução. gas tar R e s s onância para re alizar a pos s e s s ão.
Suce sso: A dos e é e ncantada com s uce s s o e de ve Um a ve z no dom ínio do corpo, o e s pírito
s e r guardada num re ce ptáculo apropriado. O e ncantam e nto pe rm ane ce até de cidir abandoná-lo ou até s e r e xpulso por
pe rde um s uce s s o de potência a cada am anh e ce r, até q ue o forças e xte rnas . D urante a pos s e s s ão, o e s pírito pode us ar
pó s e torne ine rte . Para us ar a dos e , o ritualis ta (ou outro s e us Anfractos norm alm e nte , as s im com o pode m anife s tar
pe rs onage m capaz de e xe cutar ritos ) pre cis a nom e ar ou As pe ctos por um a ce na (gas tando um ponto de
de s cre ve r o e s pírito a s e r afe tado e lançar o pó ou líq uido R e s s onância por As pe cto).
(ação bás ica) s obre o localaproxim ado e m q ue e s tá s ua D e vido à nature za do ritual, e nq uanto pe rm ane ce r
form a e tére a. Cas o o e s pírito não e s te ja no localou s e for no corpo, o e s pírito não pe rde R e s s onância por e s tar no
de s crito ou nom e ado incorre tam e nte , a dos e é de s pe rdiçada plano fís ico, m as ainda s ofre pe rda de R e s s onância diária.
e pe rde s e u pode r. Em adição, o anim al-alvo de ixa de s e r um a fonte de
Ao s e r “atingido”pe la dos e , o e s pírito te s ta Ins tinto re s s onância para q uais q ue r e s píritos e nq uanto a pos s e s s ão
(dificuldade 8), pre cis ando s upe rar os s uce s s os do rito. s e m antive r. Ao fim da pos s e s s ão, o anim al re tom a o
Cas o fracas s e , e le s e m anife s ta num a form a pe rce ptíve le controle de s e u corpo e e s tará m uito confus o e agre s s ivo.
ne bulos a, m as ainda intangíve l. O e s pírito não pre cis a te r o Fal h a: Um a falha no te s te pe rm ite q ue o rito s e ja
Anfracto Intrus ão ne m gas tar R e s s onância para s e continuado, com pe nalidade -1 cum ulativa. Se fore m
m anife s tar de s s a m ane ira, e ne m s e m pre pe rce be q ue s e acum uladas falhas s uficie nte s para s e im pe dir novos te s te s ,
tornou vis íve l, e s pe cialm e nte s e as pe s s oas pre s e nte s o rito fracas s a e não pode s e r te ntado novam e nte s obre o
fingire m não vê-lo. m e s m o anim al.
NO VO S R ITUAIS 77
s uce s s os de um te s te do praticante , e s te de ve s e r be m - s ím bolo ou ato de pas s age m : rom pe r um círculo, cam inh ar
s uce dido num te s te de Espírito (dificuldade 10) para não por um a e ncruzilhada, atrave s s ar um a porta ou arco, e tc.
pe rde r um ponto de Gladius . Se o Gladius do praticante for Pre paração: Cada ve rs ão do rito e xige algum a
e xaurido de s ta m ane ira, o e s pírito pode e s colhe r pos s uir o form a de pas s age m . As m ais com uns e nvolve m : de ixar um
corpo do praticante ao invés do da vítim a, obte ndo todas as círculo; atrave s s ar um a porta, arco ou túne l; ade ntrar um a
vantage ns confe ridas pe lo ritual. cave rna; m e rgulhar num corpo aq uos o; de s e nh ar um a porta
ou arco num a pare de , q ue de ve rá s e r atrave s s ada; e ntre
Ritua is - N ível5 outros . O prim e iro pas s o para s e pre parar o ritual é,
portanto, provide nciar a pas s age m ade q uada.
Em s e guida, o localda pas s age m de ve re ce be r os
- (5) Forçar M ate rial ização: cuidados ne ce s s ários . Em ge ral, is s o s ignifica a aplicação
Um a ve rs ão m ais pode ros a de Forçar M anife s - de s ím bolos m ís ticos ou de e lem e ntos purificadore s , com o
tação (pg. 76), e s te rito pe rm ite dar form a fís ica a um fogo ou ince ns o, de form a a pre parar a trans ce ndência de
e s pírito e tére o. Em ge ral, us a-s e e s te rito para s e de s truir corpo e m e s pírito. O localde ve s e r re lativam e nte is olado e
um e s pírito daninh o, m as alguns ocultis tas pode m forçar a calm o: dis túrbios no am bie nte , com o s ons inte ns os ,
m ate rialização de um s e rvo e s piritualq ue norm alm e nte é im pe de m a pas s age m .
incapaz de fazê-lo, e m troca de favore s . Praticante : Qualque r s e r fís ico, e xce to m ortos -
Pre paração: Es te rito us a a m e s m a pre paração q ue vivos ou s e re s ligados à Som bra. Entidade s e s pirituais q ue
Forçar M anife s tação. A s ubs tância (pó ou líq uido) pre para- te nh am corpo fís ico, com o anjos ou de m ônios , tam bém
da pode s e r us ada por q ualque r um de s te s rituais . pode m e xe cutar e s te rito.
Praticante : Qualque r um . Al vo: O praticante e até duas outras pe s s oas , de s de
Al vo: O pó ou líq uido a s e r e ncantado. q ue não s e jam m ortos -vivos .
Siste m a: Gas ta-s e dois pontos de Gladius ; te s te Siste m a: Te s te padrão; cus ta um ponto de Gladius .
padrão. Cada us o de s te ritualafe ta ape nas um a dos e de pó O praticante s e conce ntra, re citando cânticos , dançando ou
ou líq uido pre parado. re alizando outros atos apropriados de acordo com a ve rs ão
Suce sso: Com o e m Forçar M anife s tação, a dos e do rito. Ao fim do proce s s o, o ritualis ta fe ch a os olhos e
de ve s e r guardada num re ce ptáculo apropriado. O e ncanta- re aliza a pas s age m , atrave s s ando a porta, m e rgulhando no
m e nto pe rde um s uce s s o de potência a cada am anh e ce r, até corpo aq uos o, de ixando o círculo do ritual,e tc.
q ue o pó s e torne ine rte . Para us ar a dos e , o ritualis ta (ou O praticante pode levar até duas pe s s oas com e le.
outro pe rs onage m capaz de e xe cutar ritos ) pre cis a nom e ar Se e s te for o cas o, cada acom panh ante te m q ue gas tar um
ou de s cre ve r o e s pírito a s e r afe tado e lançar o pó ou ponto de Gladius e de ve fe ch ar os olhos e dar as m ãos ao
líq uido (ação bás ica) s obre o localaproxim ado e m q ue e s tá ritualis ta. Todos os participante s re alizam a pas s age m ao
s ua form a e tére a. Cas o o e s pírito não e s te ja no localou s e m e s m o te m po, m as s e algum de les não q uis e r atrave s s ar,
for de s crito ou nom e ado incorre tam e nte , a dos e é não gas tar Gladius ou duvidar do pode r do rito, o proce s s o
de s pe rdiçada e pe rde s e u pode r. falhará para e le e os de m ais participante s não s e rão
Ao s e r “atingido”pe la dos e , o e s pírito te s ta Ins tinto pre judicados .
(dificuldade 9 ), pre cis ando s upe rar os s uce s s os originais do Suce sso: Se o rito tive r s ido be m -s uce dido, os
rito. Cas o fracas s e , e le é forçado a s e m ate rializar, m as is s o participante s s e ve rão no localcorre s ponde nte do m undo
ocorre ao longo de três turnos : no prim e iro, o e s pírito s e e s piritual ao abrire m os olhos . Para q ue m obs e rva do
m anife s ta; no s e gundo, s ua form a de ixa de s e r ne bulos a, e m undo m ate rial, é com o s e os participante s s ublim as s e m
por fim e le s e torna m ate rial. O e s pírito não pre cis a te r o re pe ntinam e nte , tornando-s e vapor e de s apare ce ndo. Sob
Anfracto Intrus ão ne m gas tar R e s s onância para s e critério do Narrador, te s te -m unh as de s pre paradas pode m
m ate rializar de s s a m ane ira. Ao contrário de Forçar s e r forçadas a te s tar contra pânico diante de s s a ce na.
M anife s tação, o e s pírito nota de im e diato q ue não e s tá No m undo e s piritual, a form a fís ica do pe rs onage m
m ais e tére o. e s e us pe rte nce s s ão trans m utados e m m as s a e tére a, m as o
O e fe ito de s te rito dura um a ce na. D urante e s te pe rs onage m não é cons ide rado um a e ntidade e s piritual: e le
pe ríodo, o e s pírito fica pre s o na form a m ate rial, não ainda te m todas as vulne rabilidade s de s e u corpo fís ico,
pode ndo s e tornar e tére o ne m re tornar ao m undo e s piritual. inclus ive pode ndo s e r m orto e cons um ido por s e re s
Ao finalda duração, e le é forçado a s e de s m ate rializar, a e s pirituais . O pe rs onage m pode vagar livre m e nte pe lo
m e nos q ue us e s e us próprios Anfractos para pe rm ane ce r m undo e s piritual, m as pe rde todo o contato com o m undo
e m corpo fís ico. fís ico, s e ndo incapaz de vê-lo ou inte ragir com e le.
Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo R e tornar ao m undo fís ico é cons ide rado um rito de
a pe nalidade padrão. níve lze ro: o pe rs onage m pre cis a fe ch ar os olhos e faze r
um proce s s o de trave s s ia s im ilar ao q ue o trouxe ao m undo
- (5) Portale ntre M und os: e s piritual. Se obtive r s uce s s o no te s te do rito de re torno
Entrar e m corpo no m undo dos e s píritos não é um a (q ue tom a ape nas um a ação bás ica), o pe rs onage m e s tará
tare fa s im ples : a re alidade e s piritualé um plano s upe rior no m undo m ate rialao abrir os olhos . É pos s íve ltraze r até
onde a m atéria é algo inconce bíve l. Por is s o, para q ue um a dois acom panh ante s ao re tornar, m as os acom panh ante s
pe s s oa atrave s s e a barre ira e ntre m undos , não bas ta abrir tam bém pode m re tornar s ozinh os s e fize re m o ritualde
um a pas s age m , é pre cis o conve rte r s ua carne e m m as s a re torno corre tam e nte . Quais q ue r obje tos de ixados no
e tére a. Por is s o, taltrave s s ia e xige ritos de alto níve l. m undo e s piritual e ve ntualm e nte s e dis s iparão, m as o
Portal e ntre M undos não é um rito uniform e : proce s s o pode levar anos .
e xis te m dife re nte s ve rs õe s q ue pode m s e r apre ndidas , cada Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo
um a e nvolve ndo um a m ane ira dife re nte de s e cruzar para a a pe nalidade padrão.
re alidade e s piritual. Todas e las , contudo, e nvolve m algum
A Cidade s Es pirituais , As 24
Com portam e nto 14
Adq uirindo R e s s onância 33 Criando s e us Es píritos 47
Canibalis m o 34
H ibe rnação 33 D
Naturalm e nte 33
Ps icofagia 34 D anos e Abs orção 29
Trans fe rência 34 R e cupe ração de D anos 34
Agath odaim one s 18 D e s truição 31
Anfractos 28, 39
Criatividade com Anfractos 46 E
D om ínio Be s tial39
D om ínio Elem e ntal40 Ecologia 14
Intrus ão 42 Eidolon 28
Pe rturbação 44 Es píritos e a H um anidade 17
Se nciência 45 Agath odaim one s 18
Aptidõe s 27 Cacodaim one s 18
Arte fatos 80 Es píritos Totêm icos 17
Broch e de Glam our 80 Ps icófagos 18
Face do H om e m Ve rde , A 80 Es píritos e o M undo M ate rial17
Pode re s para Arte fatos 79 Es píritos e os M undos Além 19
As pe ctos 28, 36 Es píritos e o Sobre natural19
Lis ta de As pe ctos 36 Es píritos Infe riore s 16, 48
Atrave s s ando a Barre ira 35 Elem e ntalda Àgua, Infe rior 48
Atributos 27 Elem e ntaldo Ar, Infe rior 49
Elem e ntaldo Fogo, Infe rior 50
B Elem e ntalda Te rra, Infe rior 51
Es píritos Prim e vos , O s 14
Barre ira e ntre M undos , A 21 Es píritos Supe riore s 16, 52
Atrave s s ando a Barre ira 35 Boitatá 53
Curupira 54
C D ríade (Elem e ntalda M ade ira) 55
Gnom o 56
Cacodaim one s 18 K its une 57
Caracte rís ticas 27 O ndina 58
Aptidõe s 27 Pás s aro-Trovão 59
Atributos 27 Pixie 60
H is tóricos 28 Saci 61
Eidolon 28 Salam andra 62
O utros 28 Sílfide 63
Pe rs onalidade 27 Spriggan/Troll64
ÍNDICE R EM ISSIVO 81
Es píritos Totêm icos 17 Novos R ituais 73
Es píritos Únicos 65 Níve lZ e ro 73
Caçador Ce les te , O 65, 66 Níve l1- 73
Te rror das Profunde zas , O 67 Níve l2- 74
Explicando R itos 71 Níve l3- 76
Níve lZ e ro 71 Níve l4- 77
Níve l1- 71 Níve l5- 78
Níve l2- 72
Níve l3- 72 O
Níve l4- 72
Níve l5- 72 O utro lado, O 22
H P
H abilidade s Inatas 29 Patam ar Es piritual28, 32, 33
H ibe rnação 16, 31 Pode r Ps íq uico 70
H ie rarq uia Es piritual,A 15 Se ns itividade Es piritual70
Es píritos Infe riore s 16 Pode re s para Arte fatos 79
Es píritos Supe riore s 16 Exe m plos de Arte fatos 80
Se nh ore s Es pirituais , O s 16 Pode r Es piritual79
H is tórico Ne gativo 69 Ps icófagos 18
Im ã Es piritual69
R
I
R e giõe s R urais , As 24
Im ã Es piritual69 R e s s onância 28, 33
Im ago: A Form a Etére a 29 Adq uirindo R e s s onância 33
D anos e Abs orção 29 D e te ctando R e s s onância 33
D e s truição 31 Nutrição D iária 34
H abilidade s Inatas 29 O utros Us os de R e s s onância 35
H ibe rnação 31 R e cupe ração de D anos 34
Saúde 29 R ituais 73
Vulne rabilidade s 32 Níve lZ e ro 73
Níve l1- 73
L Níve l2- 74
Níve l3- 76
Locais M ís ticos 25 Níve l4- 77
Eve ntos M e nore s 26 Níve l5- 78
Nodos Ce les te s 25
Nodos Elem e ntais 25 S
Nodos Infe rnais 25
Nodos Som brios 26 Saúde 28, 29 , 30
Se nh ore s Es pirituais , O s 16
M Se ns itividade Es piritual70
M undo de M aravilhas , Um 22 T
N Te rras Se lvage ns , As 22
Nodos Ce les te s 25 U
Nodos Elem e ntais 25
Nodos Infe rnais 25 Us ando Es píritos 47
Nodos Som brios 26
Novo H is tórico Ne gativo 69 V
Im ã Es piritual69
Novo Pode r Ps íq uico 70 Vulne rabilidade s 32
Se ns itividade Es piritual70
82 ÍNDICE R EM ISSIVO
Q U AD ROS A N FRACTOS
Abe rraçõe s Es pirituais 19
Cas te los Encantados ?24 Dom ínio Be stial
Controlando R e s s onância 35 1- Influe nciar Anim al39
Criando Es píritos 29 2- D om inar Anim ais 39
Criando um Arte fato Es piritual79 3- Pos s e s s ão Be s tial40
Es píritos Totêm icos 52 4- Nutrir a Vida 40
Es píritos Ve ge tais 14 5- Ge ração Be s tial40
Form as H um anóide s 23
H ibe rnação 16 Dom ínio El
e m e ntal
Ins tinto de Sobre vivência 31 1- Influe nciar os Elem e ntos 41
“M atéria”Es piritual,A 13 2- M ovim e nto Elem e ntal41
M is ticis m o e os Es píritos 19 3- Pos s e s s ão Elem e ntal41
Nas cim e nto e M orte Es piritual15 4- Trans m utar Elem e nto 42
O q ue H á num Nom e ?72 5- Vida Elem e ntal42
Pe rguntando aos Es píritos 22
R e laçõe s Im pre vis íve is 18 Intrusão
R e s um o: D om ínio Be s tial40 1- Âncora Etére a 42
R e s um o: D om ínio Elem e ntal41 2- M anife s tação 42
R e s um o: Intrus ão 43 3- M ate rialização 43
R e s um o: Pe rturbação 44 4- Controlar Im ago 43
R e s um o: Se nciência 45 5- R as gar a Barre ira 43
Tam anh os e Saúde 30
Pe rturb ação
Ve ndo a Form a Etére a 36
1- Alte rar Pe rce pção 44
2- Confundir 44
TAB E LAS 3- D e s truir Te cnologia 44
4- D is torce r Cam inh os 44
Patam ar Es piritual33
5- Pande m ônio 45
ÍNDICE R EM ISSIVO 83
Níve l3
POD E RE S PS ÍQ U ICOS Forçar M anife s tação 76
O fe re nda de H os pitalidade 76
Se nsitivid ad e Espiritual
Sublim ar a Alm a 77
1- D om Xam ânico 70
Níve l4
2- Ve r o Invis íve l70
O fe re nda Violada 77
3- Com unh ão Es piritual70
4- Jornada da Alm a 71 Níve l5
5- Expulsar Es píritos 71 Forçar M ate rialização 78
Portale ntre M undos 78
RITU AIS - POR N ÍVE L
RITU AIS - POR N OM E
Níve lZ e ro
Agrade ce r aos Es píritos 73
Agrade ce r aos Es píritos 73
Evocar Pne um a 74
Níve l1
Forçar M anife s tação 76
Pacto Es piritual73 Forçar M ate rialização 78
Vis ão Etére a 74 O fe re nda de Carne 75
O fe re nda de H os pitalidade 76
Níve l2 O fe re nda Violada 77
Evocar Pne um a 74 Pacto Es piritual73
O fe re nda de Carne 75 Portale ntre M undos 78
Tote m Ate rrorizante 75 Sublim ar a Alm a 77
Tote m Ate rrorizante 75
Vis ão Etére a 74
84 ÍNDICE R EM ISSIVO