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Aula Extra 04
Sumário
1ª parte: somente a prova .......................................................................................................... 2
2ª parte: prova comentada ...................................................................................................... 6
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Olá, pessoal!
Vamos à prova comentada da EsSA!
Na primeira parte, vamos inserir apenas a prova. Na segunda, vamos
comentá-la.
TEXTO
Para que ninguém a quisesse
Marina Colasanti
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos
vestidos e parasse de se pintar. Antes disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir
que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das
gavetas tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem
dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava
por ela. Esquivava-se como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio
pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas
do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de
cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o
tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita,
enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
TEXTO
Para que ninguém a quisesse
Marina Colasanti
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos
vestidos e parasse de se pintar. Antes disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir
que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das
gavetas tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem
dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava
por ela. Esquivava-se como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio
pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas
do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de
cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o
tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita,
enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
A alternativa (B) está errada, pois o trecho em destaque na alternativa reforça que a mudança
da mulher foi profunda e que aquilo que a interessava antes não a interessa mais. Assim, ela
continuou a andar como o marido impôs a ela. Confirme:
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o
tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita,
enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
A alternativa (C) está errada, pois o trecho em destaque na alternativa mostra a anulação da
identidade da mulher que não se interessa mais por aquilo que a interessava. Entretanto, isso não
quer dizer que ela não tem mais atitudes humanas, mas sim que não liga mais para sua aparência.
Confirme:
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o
tecido numa gaveta, esqueceu o batom.
A alternativa (D) está errada, pois o trecho em destaque na alternativa mostra a anulação da
mulher perante o homem, que, a partir do momento em que ela perdeu a identidade, passou a
andar em silêncio, sem demonstrar seus sentimentos, confundindo-se com os móveis, a tal ponto
que o homem foi perdendo o interesse. Confirme:
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos
cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
A alternativa (E) é a correta, pois o fato de ninguém olhar para a mulher duas vezes demonstra
que ela parou de chamar a atenção. Nenhum homem interessava-se por ela. Confirme:
Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela.
Gabarito: E
A alternativa (E) está errada, pois há encontro consonantal em “sucção” e “istmo” e há dígrafo
consonantal em “chave”.
Gabarito: C
A alternativa (D) está errada, pois “í-mã” deve receber acento por ser paroxítona terminada
em “ã”. A palavra “bí-ceps” é acentuada por ser paroxítona terminada em “-ps”. A palavra “apto”
não recebe acento, pois é paroxítona, terminada em “o”.
A alternativa (E) está errada, pois “he-rói” é acentuada por ser oxítona terminada em ditongo
aberto tônico “ói”, “ja-ú” segue a regra do hiato e “ge-lei-a” não recebe acento, pois é paroxítona
com ditongo aberto tônico “-ei”.
Gabarito: C
Na alternativa (B), o verbo “aspirar” pode ser transitivo direto quando significa “sorver”,
“inspirar”, “levar o ar aos pulmões” (Aspiramos o ar frio da manhã) ou transitivo indireto, com a
preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”: Ele aspira ao cargo.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “esquecer” pode ser transitivo direto, sem os
pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos) (Ele esqueceu o livro) ou transitivo indireto com
pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de: Ele se esqueceu do livro.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistir” poder ser transitivo direto no sentido de
“dar assistência”, “amparar” (O médico assistiu o paciente); transitivo indireto, com a preposição a,
com o sentido de “ver”, “presenciar” (meu filho assistiu ao jogo); transitivo indireto, com a
preposição a, com o sentido de “caber”, “competir” (Esse direito assiste ao réu); intransitivo, com a
preposição em, com o sentido de “morar” (Seu tio assistia em um sítio) (o termo grifado é o adjunto
adverbial de lugar).
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “carecer” é apenas transitivo indireto e rege a
preposição de: Toda criança carece de atenção.
Gabarito: E
13. A 19. C
14. A 20. A
15. E 21. C
16. A 22. C
17. A 23. C
18. C 24. E