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-Senhora, todos os macacos são iguais. Como sabe que não é Frederico?
Brahma respondeu:
Brahma respondeu:
E Brahma disse:
-Já sei o que faremos com a divindade do homem. Vamos escondê-la nas
profundezas dele mesmo. Será o único lugar onde nunca lhe ocorrerá procurar
Conta a lenda que desde então o homem tem dado voltas na Terra,
explorando, escalando, navegando e cavalgando á procura de algo que está
dentro dele.
Carpe diem
Uma história
Dizem que um guerreiro samurai foi procurar o mestre zen Hakuin e lhe
perguntou:
- O inferno existe? O céu existe? Onde estão as portas que me levam a
eles? Onde está a entrada?
Tratava-se de um guerreiro simples. Os guerreiros sempre são simples,
não há astúcia em suas mentes, só conhecem duas coisas: a vida e a morte.
Ele não fora ali para aprender alguma doutrina, só queria saber onde estavam
as portas que permitiam evitar o inferno em entrar no céu. Hakuin lhe
respondeu de uma forma que só um guerreiro poderia entender.
- Quem é você? – perguntou Hakuin.
- Sou um guerreiro samurai – respondeu o guerreiro. – Até o imperador
me respeita.
Hakuin riu dele, dizendo:
-Um samurai, você? Parece mais um mendigo!
O samurai sentiu ferido em seu orgulho e esqueceu o motiva da sua
visita. Desembainhou a espada e já estava a ponto de atacar o mestre. Então,
Hakuin disse:
-Essa é a porta do inferno. Essa espada, essa ira e esse ego são as
chaves que a abrem.
Isso um guerreiro samurai podia compreender, e foi o que sucedeu.
Então, recolheu novamente sua espada à bainha. Hakuin lhe disse:
-É assim que se abrem as portas do céu.
A responsabilidade de ser
Contam que uma mulher agonizante teve de comparecer diante do
tribunal celeste.
-Quem é você? – Perguntou uma voz.
-Sou a mulher do prefeito – respondeu ela.
-Eu perguntei quem é você e não com quem está casada.
-Sou a mãe de quatro filhos.
-Eu perguntei quem é você e não quantos são seus filhos.
-Sou a professora e trabalho em uma escola.
-Eu perguntei quem é você e não sua profissão.
-Sou cristã.
-Eu perguntei quem é você e não sua religião.
-Sou uma pessoa que ia todos os dias à igreja e ajudava os pobres.
Nossa obrigação é ser. Não ser um personagem determinado, nem ser
“alguém”, e, sim, simplesmente “ser”. Antes nos diziam que devíamos lutar
toda a vida para “ser alguém”; estamos convencidos de que devemos lutar
para chegar a ser “nós mesmos”. A evolução e o desdobramento de nosso
potencial e a descoberta e construção do sentido de nossa vida é o que há de
mais revolucionário. Se nos tornarmos adultos fazendo um trabalho pessoal
diário, poderemos experimentar algo parecida à escalada de uma montanha:
enquanto subimos nossas forças são testadas, e ás vezes fraquejam, mas o
nosso olhar é cada vez mais amplo e mais livre. Se não formos capazes de
encontrar o paraíso dentro de nós, tampouco poderemos encontrá-lo na
morada de outra pessoa.
A responsabilidade de ser
Contam que uma mulher agonizante teve de comparecer diante do
tribunal celeste.
-Quem é você? – Perguntou uma voz.
-Sou a mulher do prefeito – respondeu ela.
-Eu perguntei quem é você e não com quem está casada.
-Sou a mãe de quatro filhos.
-Eu perguntei quem é você e não quantos são seus filhos.
-Sou a professora e trabalho em uma escola.
-Eu perguntei quem é você e não sua profissão.
-Sou cristã.
-Eu perguntei quem é você e não sua religião.
-Sou uma pessoa que ia todos os dias à igreja e ajudava os pobres.
Nossa obrigação é ser. Não ser um personagem determinado, nem ser
“alguém”, e, sim, simplesmente “ser”. Antes nos diziam que devíamos lutar
toda a vida para “ser alguém”; estamos convencidos de que devemos lutar
para chegar a ser “nós mesmos”. A evolução e o desdobramento de nosso
potencial e a descoberta e construção do sentido de nossa vida é o que há de
mais revolucionário. Se nos tornarmos adultos fazendo um trabalho pessoal
diário, poderemos experimentar algo parecida à escalada de uma montanha:
enquanto subimos nossas forças são testadas, e ás vezes fraquejam, mas o
nosso olhar é cada vez mais amplo e mais livre. Se não formos capazes de
encontrar o paraíso dentro de nós, tampouco poderemos encontrá-lo na
morada de outra pessoa.
A desordem empurra de baixo
Dizem que depois de um trajeto que passava por montes e campos, um
rio chegou às areias de um deserto e assim como tentara cruzar outros
obstáculos que havia encontrado no caminho, começou a atravessá-lo. Mas se
deu conta de que suas águas desapareceriam nas areias tão logo entrassem
em contato com elas. Estava convencido de que seu destino era cruzar um
deserto, mas não via como atravessá-lo. Ouviu, então, a voz que dizia:
E a voz respondeu:
-Se você se atirar com a mesma violência com que usou agora, não
conseguirá cruzá-lo. Acabará desaparecendo ou virando pântano. Você deve
permitir que o vento o leve a seu destino.
A ideia era inadmissível para o rio. Ele nunca fora absorvido antes e não
queria perder a identidade.
-Como posso ter certeza absoluta de que, uma vez perdida minha forma,
poderei voltar a recuperá-la?
-Mas não posso continuar sendo sempre o mesmo rio que sou agora?
O rio não entendia o fato com clareza, mas tampouco queria ser pântano
ou desaparecer. E, assim, em um ato de confiança, depositou seus vapores
nos acolhedores braços do vento que, gentil e facilmente, o levantou até alto e
para bem longe, voltando a deixá-lo cair no cume de uma montanha, muitos
quilômetros depois.