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9 Manual CursodeEvacuao1
9 Manual CursodeEvacuao1
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ÍNDICE
0. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3
1. REGULAMENTAÇÃO NACIONAL .........................................................................................................4
1.1 CARACTERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS E RECINTOS ...............................................................................................4
1.2 RESPONSÁVEL E DELEGADO DE SEGURANÇA .................................................................................................9
1.3 MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO..................................................................................................................9
1.4 CÁLCULO DO EFECTIVO ..........................................................................................................................15
2. NORMALIZAÇÃO ..............................................................................................................................17
3. DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DE CENÁRIOS DOS INCÊNDIOS......................................................21
3.1 CARACTERÍSTICAS DE INCÊNDIO ...............................................................................................................21
3.2 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA EXPOSIÇÃO AO FOGO .........................................................................................23
3.3 EFEITOS DEVIDOS À PRODUÇÃO DE GASES .................................................................................................24
3.4 IMPACTO DO FUMO NA DESLOCAÇÃO ........................................................................................................26
4. CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO ........................................................................................................27
4.1 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DE CAMINHOS DE EVACUAÇÃO .................................................................27
5. SISTEMAS DE SEGURANÇA ...............................................................................................................30
5.1 SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO (SADI) ..........................................................................30
5.2 CONTROLO DE FUMO.............................................................................................................................34
5.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................................................................35
5.4 ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................................................................38
6. CARACTERIZAÇÃO DOS OCUPANTES ................................................................................................39
6.1 FACTORES INFLUENTES DOS COMPORTAMENTOS.........................................................................................39
6.2 ANÁLISE DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E DE REACÇÕES QUE SE PODEM PRODUZIR ...........................................42
6.3 FENÓMENO DE CONTÁGIO MENTAL .........................................................................................................52
4.4 CRITÉRIOS A TER EM CONSIDERAÇÃO PARA UMA ADEQUADA PREVENÇÃO E EVACUAÇÃO NUMA SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA .............................................................................................................................................52
4.5 FACTORES QUE AFECTAM O MOVIMENTO DAS PESSOAS.................................................................................53
7. DETECÇÃO, ALARME E ALERTA.........................................................................................................54
7.1 QUANTIFICAÇÃO DOS TEMPOS.................................................................................................................54
7.2 ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE SEGURANÇA INCÊNDIO (SSI) .........................................................................57
7.3 OBJECTIVOS DO SERVIÇO DE SEGURANÇA INCÊNDIO.....................................................................................57
7.4 ESTRUTURA DO SERVIÇO DE SEGURANÇA INCÊNDIO .....................................................................................58
7.5 SITUAÇÃO DE EVACUAÇÃO ......................................................................................................................58
7.6 CONDIÇÕES PARA A SELECÇÃO DO SSI.......................................................................................................59
8. METODOLOGIA PARA A EVACUAÇÃO ..............................................................................................60
8.1 DECISÃO DA EVACUAÇÃO .......................................................................................................................61
8.2 MEIOS DE ALARME................................................................................................................................62
9. PRESTAÇÃO DE SOCORROS A VÍTIMAS.............................................................................................64
9.1 QUEIMADURAS.....................................................................................................................................64
9.2 INTOXICAÇÕES POR MONÓXIDO DE CARBONO (CO) ....................................................................................66
10. CONCLUSÕES .................................................................................................................................67
11. GLOSSÁRIO TÉCNICO......................................................................................................................70
12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..........................................................................................................81
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0. INTRODUÇÃO
O objectivo mais importante da Segurança Contra Incêndio em Edifícios consiste na protecção
da vida dos seus ocupantes, face ao risco de incêndio.
Porém, para que essa evacuação se processe com sucesso, isto é, para que as pessoas em risco
numa situação de emergência possam atingir um local seguro sem serem afectadas pelas
consequências dessa emergência (incêndio ou outra situação) é necessário atender a vários
factores. Estes podem ser agrupados em cinco categorias, relacionadas com:
• A manifestação do risco de incêndio no edifício;
• As condições de segurança das disposições construtivas, com destaque para a
compartimentação corta-fogo, número, largura e distribuição de vias de evacuação e
de saídas;
• A existência de sistemas e equipamentos de segurança que garantam um alarme
precoce e contribuam para a manutenção da evacuação em condições de segurança;
• O número, tipo e condições dos ocupantes a evacuar, com destaque para eventuais
limitações na capacidade de reacção e da percepção de uma situação de emergência,
comportamentos que possam adoptar, sua formação, etc.;
• A organização da segurança existente no edifício, com destaque para a estratégia de
evacuação definida e para a capacidade das equipas de evacuação.
Estes temas integram-se na cadeia de valor da evacuação, pelo que são desenvolvidos neste
documento destacando-se os factores que garantem o sucesso da evacuação de edifícios em
condições de segurança.
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1. REGULAMENTAÇÃO NACIONAL
Em termos de legislação, aplica-se à Evacuação de Edifícios o Regime Jurídico de
Segurança contra Incêndio em Edifícios, publicado através do Decreto-Lei nº 220/2008,
de 12 de Novembro, e respectivas Portarias complementares:
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exerçam actividades lúdicas ou educativas para crianças e jovens, podendo ou não
incluir espaços de repouso ou de dormida afectos aos participantes nessas acções e
actividades, nomeadamente escolas de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-
infância, centros de formação, centros de ocupação de tempos livres destinados a
crianças e jovens e centros de juventude
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Utilização-Tipo X “Museus e Galerias de Arte” → corresponde a edifícios ou partes de
edifícios, recebendo ou não público, destinados à exibição de peças do património
histórico e cultural ou a actividades de exibição, demonstração e divulgação de
carácter científico, cultural ou técnico, nomeadamente museus, galerias de arte,
oceanários, aquários, instalações de parques zoológicos ou botânicos, espaços de
exposição destinados à divulgação científica e técnica, desde que não se enquadrem
nas utilizações-tipo VI e IX
Locais de Risco
Local de Risco A → Local que não apresenta riscos especiais e no qual se verifiquem
em simultâneo as condições seguintes:
Efectivo não superior a 100 pessoas
Efectivo de público não superior a 50 pessoas
Mais de 90% dos ocupantes não se encontrem limitados na mobilidade ou nas
capacidades de percepção e reacção a um alarme
As actividades exercidas ou os produtos, materiais e equipamentos não
envolvam riscos de incêndio agravados
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Exemplos: Oficinas de manutenção e reparação destinados a carpintaria ou onde
sejam utilizadas chamas nuas, aparelhos envolvendo projecção de faíscas ou
elementos incandescentes em contacto com o ar associados à presença de materiais
facilmente inflamáveis; Farmácias, laboratórios, oficinas e outros locais onde sejam
produzidos, depositados, armazenados ou manipulados líquidos inflamáveis em
quantidade superior a 10L; Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de
aparelhos, para confecção de alimentos ou sua conservação, com potência total útil
superior a 20 kW, com excepção das incluídas no interior das habitações; Locais de
confecção de alimentos que recorram a combustíveis sólidos; Lavandarias e rouparias
com área superior a 50 m2 em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de
aparelhos, para lavagem, secagem ou engomagem, com potência total útil superior a
20 kW; Instalações de frio para conservação cujos aparelhos possuam potência total
útil superior a 70 kW; Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de produtos ou
material diverso com volume superior a 100 m3; Reprografias com área superior a 50
m2; Locais de recolha de contentores ou de compactadores de lixo com capacidade
total superior a 10 m3; Locais afectos a serviços técnicos em que sejam instalados
equipamentos eléctricos, electromecânicos ou térmicos com potência total superior a
70 kW, ou armazenados combustíveis; Locais de pintura e aplicação de vernizes;
Centrais de incineração; Locais cobertos de estacionamento de veículos com área
compreendida entre 50 m2 e 200 m2, com excepção dos estacionamentos individuais,
em edifícios destinados à utilização-tipo referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º do
DL 220/2008; Outros locais que possuam uma densidade de carga de incêndio
modificada superior a 1000 MJ/m2 de área útil, associada à presença de materiais
facilmente inflamáveis e, ainda, os que comportem riscos de explosão.
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Local de Risco F → Local que possua meios e sistemas essenciais à continuidade de
actividades sociais relevantes, nomeadamente os centros nevrálgicos de comunicação,
comando e controlo.
As Classificações de Risco das áreas dos edifícios e recintos são resumidamente apresentados
na Tabela seguinte.
Local de Risco A B C D E F
Efectivo Total ≤100 >100 - - - -
Efectivo Público ≤50 >50 - - - -
Efectivo Incapacitado ≤10% ≤10% ≤10% >10% ≤10% ≤10%
Efectivo Dormida 0 0 0 - >0 0
Risco Agravado de Incêndio - - Sim - - -
Continuidade de Actividades
- - - - - Sim
Socialmente Relevantes
Categorias de Risco
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Os factores de risco que permitem a atribuição das Categorias de Risco variam em função da
Utilização-Tipo:
Altura da UT -
Nº Pisos Abaixo do PR - - - - -
Espaço Coberto/Ar Livre - - - - - - - -
Área Bruta - - - - - - - - - - -
Efectivo Total - - -
Efectivo Locais Risco D ou E - - - - - - - - -
Saída Locais Risco D ou E - - - - - - - - -
Carga de Incêndio - - - - - - - - - - -
Densidade Carga Incêndio
Modificada - - - - - - - - - - -
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Medidas de Intervenção → Tomam a forma de procedimentos de emergência ou
planos de emergência internos, conforme a categoria de risco
Simulacros → para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com
vista a criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos
Medidas de Autoprotecção
Registos de Segurança
Plano de Emergência
Planos de Prevenção
Caso de Emergência
Procedimentos em
Formação em SCIE
Procedimentos de
Sensibilização e
Simulacros
Prevenção
Acções de
Interno
UT Categoria de Risco
3ª (apenas para
espaços comuns)
I
4ª (apenas para os
espaços comuns)
1ª
II 2ª
3ª e 4ª
III, VI, VIII 1ª
2ª
IX, X, XI, XII 3ª e 4ª
1ª (sem locais de
risco D ou E)
1ª (com locais de
risco D ou E) e 2ª
IV, V, VII (sem locais de risco
D ou E)
2ª (com locais de
risco D ou E), 3ª e 4ª
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Estas Medidas devem ser adaptadas às condições reais de exploração de cada
Utilização-Tipo e à sua Categoria de Risco. No caso específico dos edifícios e recintos
existentes à data de entrada em vigor do Regime Jurídico de Segurança contra
Incêndio em Edifícios, quando as características construtivas, os equipamentos ou os
sistemas de segurança apresentarem graves desconformidades com o estabelecido no
Regulamento Técnico de SCIE, existe a possibilidade de serem exigidas medidas de
autoprotecção compensatórias mais gravosas do que as mencionadas, sempre que a
entidade competente o entenda. Por outro lado, há que ter em consideração o facto
das Medidas de Autoprotecção serem auditáveis a qualquer momento, devendo o RS
nestas situações facultar a documentação solicitada e o acesso a todos os espaços dos
edifícios e recintos à entidade competente.
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local, vias horizontais e verticais de evacuação, incluindo os eventuais
percursos em comunicações comuns e localização de todos os
dispositivos e equipamentos ligados à segurança contra Incêndio
• Pelos procedimentos de prevenção
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Os procedimentos a adoptar em caso de detecção ou
percepção de um alarme de incêndio
A planificação da difusão dos alarmes restritos e geral e a
transmissão do alerta
A coordenação das operações previstas no plano de evacuação
A activação dos meios de primeira intervenção que sirvam os
espaços da utilização-tipo, apropriados a cada circunstância,
incluindo as técnicas de utilização desses meios
A execução da manobra dos dispositivos de segurança,
designadamente de corte da alimentação de energia eléctrica
e de combustíveis, de fecho de portas resistentes ao fogo e
das instalações de controlo de fumo
A prestação de primeiros socorros
A protecção de locais de risco e de pontos nevrálgicos da
utilização-tipo
O acolhimento, informação, orientação e apoio dos bombeiros
A reposição das condições de segurança após uma situação de
emergência
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1.3.3 Registos de Segurança
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1.3.5 Simulacros
Nas Utilizações-Tipo em que sejam exigidos Planos de Emergência Internos devem ser
realizados exercícios com o objectivo de testar o referido Plano de Emergência e
treinar os ocupantes com vista à criação de rotinas e ao aperfeiçoamento dos
procedimentos em causa. Estes exercícios devem ser devidamente planeados,
executados e avaliados, com a eventual colaboração da corporação de bombeiros local
e de coordenadores ou delegados da Protecção Civil.
A realização dos simulacros deve ser sempre comunicada com a devida antecedência
aos ocupantes do edifício e a sua periodicidade deve cumprir com os estipulado na
Tabela seguinte:
T0 T1 T2 T3 T4 Tn
2 4 6 8 10 2(n+1)
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d. O número de lugares nos espaços com lugares fixos das salas de conferências, reunião,
ensino, leitura ou consulta documental, ou salas de espectáculos, recintos desportivos,
auditórios e lugares de culto religioso
e. O número de ocupantes declarado pela respectiva entidade exploradora, com um
mínimo de 0.03 pessoas por metro quadrado de área útil, nos arquivos e espaços não
acessíveis a público afectos à utilização XII «Industriais, Oficinas e Armazéns»
Com base nos índices de ocupação dos diferentes espaços, medidos em pessoas por metro
quadrado, em função da sua finalidade e reportados à sua área útil, devem ser considerados os
valores, arredondados para o inteiro superior, resultantes da aplicação dos índices constantes
da tabela seguinte:
Tabela 7 - Número de Ocupantes por unidade de área em função do uso dos espaços
Espaços Índices
(pessoas/m2)
Balneários e vestiários utilizados por público 1,00
Balneários e vestiários exclusivos para funcionários 0,30
Bares “zona de consumo com lugares em pé” 2,00
Circulações horizontais e espaços comuns de
0,20
estabelecimentos comerciais
Espaços afectos a pistas de dança em salões e discotecas 3,00
Espaços de ensino não especializado 0,60
Espaços de exposição de galerias de arte 0,70
Espaços de exposição de museus 0,35
Espaços de exposição destinados à divulgação científica e
0,35
técnica
Espaços em oceanários, aquários, jardins e parques
1,00
zoológicos ou botânicos
Espaços ocupados pelo público em outros locais de
3,00
exposição ou feiras
Espaços reservados a lugares de pé, em edifícios, tendas
ou estruturas insufláveis, de salas de conferências, de
reunião e de espectáculos, de recintos desportivos 3,00
“galerias, terraços e zonas de peão”, auditórios ou de
locais de culto religioso
Gabinetes de consulta e bancos de urgência 0,30
Gabinetes de escritório 0,10
Locais de venda de baixa ocupação de público 0,20
Locais de venda localizados até um piso acima ou abaixo
0,35
do plano de referência
Locais de venda localizados mais de um piso acima ou
0,20
abaixo do plano de referência
Locais de venda localizados no piso do plano de referência
0,50
com área inferior ou igual a 300m2
Locais de venda localizados no piso do plano de referência
0,60
com área superior a 300m2
Plataformas de embarque 3,00
Salas de convívio, refeitórios e zonas de restauração e
bebidas com lugares sentados, permanentes ou eventuais, 1,00
com ou sem espectáculo
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Salas de desenho e laboratórios 0,20
Salas de diagnóstico e terapêutica 0,20
Salas de escritório e secretarias 0,20
Salas de espera de exames e de consultas 1,00
Salas de espera em gares e salas de embarque 1,00
Salas de intervenção cirúrgica e de partos 0,10
Salas de jogo e de diversão “espaços afectos ao público” 1,00
Salas de leitura sem lugares fixos em bibliotecas 0,20
Salas de reunião, de estudo e de leitura sem lugares fixos
0,50
ou salas de estar
Zona de actividades “gimnodesportivos” 0,15
Exemplo de Cálculo:
Considere-se uma superfície comercial com uma área de 250m2, com um único piso
localizado no plano de referência. De acordo com a Tabela 8, o número de ocupantes
por unidade de área deste tipo de edifícios é de 0,50, o que se traduz num efectivo de
125 ocupantes, conforme apresentado:
2. NORMALIZAÇÃO
A eficácia da evacuação de um edifício depende não só do cumprimento das
disposições regulamentares nacionais que lhe são aplicáveis, mas também da
sinalização, equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio, uma vez que são
estes que permitem o alarme e o alerta dos ocupantes do edifício, a praticabilidade e
identificação dos caminhos de evacuação e o próprio combate ao incêndio. Isto só é
possível se estes equipamentos e sistemas cumprirem com os critérios exigidos pela
normalização aplicável no referente, designadamente, às suas características,
funcionalidades, identificação, instalação e manutenção.
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Tabela 8 - Normalização de segurança contra Incêndio
Controlo de Fumo
Smoke and heat control systems - Part 1: Specification for smoke
EN 12101-1
barriers
Smoke and heat control systems - Part 2: Specification for natural
EN 12101-2
smoke and heat exhaust ventilators
Smoke and heat control systems - Part 3: Specification for
EN 12101-3
powered smoke and heat exhaust ventilators
Smoke and heat control systems - Part 6: Specification for
EN 12101-6
pressure differential systems - Kits
EN 12101-10 Smoke and heat control systems - Part 10: Power supplies
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Fire detection and fire alarm systems - Part 24: Components of
EN 54-24
voice alarm systems - Loudspeakers
Fire detection and fire alarm systems - Part 25: Components
EN 54-25
using radio links
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Equipamento de segurança e de combate a incêndio - simbolos
NP 4386 gráficos para as plantas de emergência de segurança contra
incêndio. Especificação
Sinalização de Segurança
Transportable gas cylinders - Gas cylinder identification
EN 1089-3
(excluding LPG) - Part 3: Colour coding
NP 3992 Segurança contra incêndio. Sinais de segurança (ISO 6309)
Segurança contra incêndio. Sinalização de dispositivos de
NP 4280
combate a incêndio
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3. DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DE CENÁRIOS DOS INCÊNDIOS
No que respeita à definição dos cenários, é essencial identificar e obter todas as
informações que podem contribuir para a possibilidade de um incêndio ocorrer, sobre
a forma como pode ser causado e como se irá propagar. Da mesma forma,
informações relativas à possibilidade de causar danos aos ocupantes, às estruturas do
edifício e ao seu conteúdo serão importantes para analisar e minimizar os danos de um
incêndio.
Características de incêndio
Características do edifício
Características dos ocupantes
Cenário de Incêndio
Relativamente aos fenómenos Primários enunciamos factores que influenciam o seu início e
que contribuem para o seu desenvolvimento:
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g. Posição das portas (fechadas, abertas) - Período de tempo durante o qual o incêndio se
desenvolve com portas abertas/fechadas.
h. Fluxo de calor externo
i. Área de superfície exposta
j. Sistema de pressurização
Fase Incipiente (Eclosão) – caracterizada por uma série de estados que podem ser
latente, chama ou radiante.
Extinção – momento em que não se produzirá mais energia (não haverá mais energia
libertada).
Combustão
Calor Crescimento Contínua
Incipiente Declínio
libertado
Eclosão Propagação
Flashover
Activação
Sprinkler
Tempo
Figura 1 – Cenários de incêndio. Fonte: ISO TR 13387-2 “Design fire scenarios and design fires”
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A concentração, natureza e propagação dos produtos da combustão dependem dos seguintes
factores:
As quantidades de fumo e de gases tóxicos que são libertadas durante uma combustão podem
ser bastante consideráveis. Veja-se o exemplo dos materiais de construção utilizados para
isolamento térmico e acústico que produzem fumo e gases em grandes quantidades.
Quanto aos gases tóxicos, eles representam uma ameaça real à vida das pessoas, sendo os
responsáveis directos por grande parte dos acidentes mortais que ocorrem durante os
incêndios.
a. Hipertermia
b. Queimaduras superficiais, causadas pela radiação do calor e do fumo
c. Queimaduras nas vias respiratórias causadas pelos gases quentes e fumo
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Tabela 9 - Limite de sustentabilidade para a Radiação e Convecção
a. Redução da visibilidade
b. Irritação para os olhos e vias respiratórias
Asfixia/Toxicidade
Os produtos mais comuns gerados durante uma combustão têm a particularidade de estar no
estado gasoso mesmo quando os locais em que se encontram arrefecem para cerca de 15ºC.
Os mais comuns são:
Produtos de Combustão
Monóxido de Carbono CO
Anidrido Carbónico
CO2
(Dióxido de Carbono)
Ácido Sulfídrico H2S
Óxido de Enxofre SO2
Amoníaco NH3
Ácido Cianídrico HCN
Ácido Clorídrico HCl
Óxido de Azoto NO2
Fosgénio COCl2
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Monóxido de Carbono
O Monóxido de Carbono (CO) produz-se em incêndios em espaços fechados e com deficiência
de oxigénio, apresentando as seguintes características específicas:
Incolor
Inodoro
Não irritante
Nos incêndios, é o gás mais perigoso por ser altamente tóxico e normalmente produzido em
grandes quantidades.
Anidrido Carbónico
O Anidrido Carbónico (CO2) é um gás asfixiante. Não é tóxico, mas durante o decorrer dos
incêndios toma o lugar do oxigénio. Quando a concentração de oxigénio baixa para os 17%, o
anidrido carbónico causa asfixia, acelerando o ritmo da respiração.
Ácido Cianídrico
Incêndios normais desenvolvem pequenas quantidades de Ácido Cianídrico (HCN) aquando de
combustões incompletas (deficiência de oxigénio) de lã, seda, acrílico, poliamidas e resinas
uretanas. Tem o odor característico de amêndoas amargas.
Tem efeitos nefastos para a função respiratória, destruindo os tecidos que necessitam de
oxigénio para funcionar (coração e sistema nervoso).
Fosgénio
É um gás tóxico que é originado na combustão de materiais com cloro (materiais plásticos),
sendo muito perigoso em espaços fechados.
O ácido clorídrico é muito perigoso por ser extremamente ácido e poder facilmente atingir as
vias respiratórias.
Consideramos o IDHL “Immediatly Dangerous to Life and Health” (Perigo imediato para a
saúde e para a vida) como valor de referência. Este parâmetro avalia a concentração das
substâncias tóxicas após uma exposição de 30 minutos sem causar danos severos para a
saúde.
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Tabela 11 - Valores de IDHL dos Produtos de Combustão mais comuns
Na prática, constata-se que num corredor com fumo denso as pessoas tendem a voltar para
trás, em vez de continuarem na área de fumo. Em situações de fogo pela retaguarda, as
pessoas tendem a mover-se através do fumo.
Tabela 12 - Efeitos do fumo. Fontes: PD 7974-6:2004 “Human Factors. Life Safety Strategies –
Occupant evacuation, behaviour and condition”
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4. CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO
No referente aos critérios de segurança, a legislação nacional prevê que os espaços interiores
dos edifícios e recintos sejam estruturados e organizados para permitir que, em caso de
incêndio, os ocupantes possam alcançar um local seguro no exterior pelos seus próprios meios,
de modo fácil, rápido e seguro.
Por outro lado, as características dos edifícios, designadamente a sua construção, conteúdo e
condições ambientais, influenciam também a evacuação dos ocupantes, o início e o
desenvolvimento do incêndio, bem como a distribuição do combustível.
O dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas deve ser feito de forma a obter,
sempre que possível, uma densidade de fluxo constante de pessoas em qualquer secção das
vias de evacuação no seu movimento em direcção às saídas.
O critério geral para o cálculo do número mínimo de saídas que servem um local de um edifício
ou recinto coberto, em função do seu efectivo é referido na tabela abaixo:
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Tabela 14 - Número mínimo de saídas de recintos ao ar livre em função do efectivo
A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação é medida em Unidades de Passagem
(UP) e deve ser assegurada desde o pavimento, ou dos degraus das escadas, até à altura de 2
metros.
Sem prejuízo de disposições mais gravosas, a largura mínima das saídas deve ser de 2 UP:
a. Nos locais em edifícios cujo efectivo seja igual ou superior a 200 pessoas
b. Nos recintos ao ar livre cujo efectivo seja igual ou superior a 600 pessoas
a. 1 UP=0,9m
b. 2 UP=1,4m
c. N UP= N x 0,6m (para N> 2)
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Os caminhos de evacuação e as saídas de locais em edifícios devem, sem prejuízo de
disposições mais gravosas, satisfazer os critérios da tabela abaixo:
A distância máxima a percorrer nos locais de permanência em edifícios até ser atingida a saída
mais próxima para o exterior ou para uma via de evacuação protegida, deve ser de:
No caso de locais amplos cobertos, com áreas superiores a 800 m2, no piso de referência com
saídas directas para o exterior, é admissível que a distância máxima constante na alínea b)
anterior seja aumentada em 50%.
No caso de locais ao ar livre, são admissíveis distâncias máximas duplas das constantes nas
alíneas a) e b).
Relativamente às Vias Verticais de Evacuação, o número de vias nos edifícios deve ser o
imposto pela limitação das distâncias a percorrer nos seus pisos e pelas disposições específicas
descritas na Portaria 1532/2008. Os edifícios com uma altura superior a 28 metros, em relação
ao plano de referência, devem possuir pelo menos duas vias verticais de evacuação. Sempre
que sejam exigíveis duas ou mais vias verticais de evacuação que sirvam os mesmos pisos de
um edifício, os vãos de acesso às escadas ou às respectivas câmaras corta-fogo, caso existam,
devem estar a uma distância mínima de 10 m, ligados por comunicação horizontal comum.
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Zonas de Refúgio
As zonas de refúgio poderão ser localizadas ao ar livre, desde que permitam a permanência do
efectivo que delas se sirva, a uma distância superior a 8 m de quaisquer vãos abertos em
paredes confinantes, ou que esses vãos, até uma altura de 4 m do pavimento da zona, sejam
protegidos por elementos com uma resistência ao fogo padrão de E30.
As zonas de refúgio consideradas anteriormente devem possuir uma área de valor, em m2, não
inferior ao efectivo dos locais que servem, multiplicado pelo índice 0,2.
5. SISTEMAS DE SEGURANÇA
5.1 Sistema Automático de Detecção de Incêndio (SADI)
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Promover a extinção e a contenção do incêndio, através do fecho de portas resistentes
ao fogo, registos corta-fogo, accionamento dos sistemas de desenfumagem, corte de
alimentação de combustíveis, comando de elevadores, paragem de ventiladores, etc.
Outro aspecto a definir, para cada um dos regimes de funcionamento referidos, consiste no
estabelecimento das acções a desencadear quando ocorre um alarme de incêndio, veiculado
por um detector ou um botão de alarme. As acções podem ser sequenciadas no tempo,
através de temporizações, e os SADI’s configurados em função de cada situação concreta.
No decurso de qualquer temporização, o alarme geral e o alerta aos bombeiros poderão ser
desencadeados por comando manual na Central. No modo de funcionamento do posto de
segurança mão vigiado (nocturno), qualquer detector ou botão de alarme desencadeará o
alarme geral e o alerta aos bombeiros, neste caso aconselha-se que o alarme, além de chegar
aos bombeiros, informe o responsável de segurança do edifício, protegido pelo referido SADI.
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Por Alarme de Incêndio entende-se o aviso aos ocupantes de um dado edifício ou
estabelecimento da ocorrência de um incêndio, que por sua vez determina (consoante a
organização do Alarme) a evacuação do edifício.
Por Alerta entende-se a mensagem transmitida aos meios de socorro exteriores (corporações
de bombeiros/112), comunicando-lhes a ocorrência de um incêndio no edifício.
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Figura 3 - Central permanentemente guarnecida (vigiada)
Posto de Segurança
Alarme Local
Central
Esgotada
Temporização
Em Curso
Cancelamento Reconhecimento
Sim
Sim Não
Situação Normal
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Figura 4 - Posto de segurança desguarnecido no período nocturno (não vigiada)
Posto de Segurança
Uma vez detectado um incêndio é necessário criar condições para evacuar as pessoas em risco
e para extinguir o incêndio, aspectos muito dificultados se o fumo e os gases da combustão
referidos anteriormente se mantiverem no edifício.
Existem várias técnicas de controlo de fumo. São possíveis quatro combinações de extracção/
insuflação:
Natural/Natural
Forçada/Forçada
Natural/Forçada
34
A Extracção Natural é realizada por aberturas de vãos existentes nos pontos mais elevados dos
edifícios ou dos espaços a proteger, onde o fumo e os gases de combustão aquecidos têm
tendência a acumular-se, permitindo a sua saída para o exterior.
Situações perigosas
Percursos adequados a uma evacuação segura
Equipamentos de intervenção
Dispositivos manuais de accionamento do alarme
Dispositivos de comando de sistemas de segurança
35
As cores adoptadas em segurança são as seguintes:
Amarelo: empregue para indicar “Cuidado“, assinalando espelhos de degraus de escadas, vigas
colocadas a baixa altura, gases não liquefeitos em canalizações, pilastras, vigas, postes, colunas
e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa embater, etc.
Azul: utilizado para indicar “Cuidado“, ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e
movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço
Preto: indica canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade. Poderá ser usado
em substituição do branco, ou em combinação com este, quando condições especiais o exijam.
36
O significado da forma dos sinais de segurança é apresentado na tabela abaixo:
Informação
Proibição
37
Os sinais devem ser instalados em locais bem iluminados, devendo usar-se cores
fosforescentes, materiais reflectores ou iluminação complementar para garantir uma maior
visibilidade.
As dimensões dos sinais devem ser adequadas à distância máxima a que devem ser
observados, podendo utilizar-se a fórmula prática:
A≥d2/2000
Em que:
A altura e aposição dos sinais também devem garantir a sua boa visibilidade à distância julgada
conveniente.
A sinalização dos caminhos de evacuação deve ser luminosa, normalmente através de blocos
autónomos que devem possuir uma intensidade de 60 lm, complementada por meios de
sinalização passiva, onde for necessário. A sinalização de saídas deve ser baseada em blocos
autónomos permanentes que devem possuir uma intensidade luminosa de 60 lm e, de
preferência, ser localizados sobre as portas de saída. A maior parte da sinalização de circulação
também deve basear-se em blocos autónomos permanentes, ainda que, em certos casos se
admitam sinais não activos com esta finalidade, desde que a iluminação ambiente garanta a
sua visibilidade.
38
6. CARACTERIZAÇÃO DOS OCUPANTES
6.1 Factores Influentes dos Comportamentos
A complexidade deste tema acarreta diversas dificuldades na sua abordagem. Assim, far-se-á o
enquadramento geral de aspectos básicos, numa perspectiva teórico-prática, que possibilitará
a compreensão de situações bastante específicas, de modo a fornecer dados/elementos de
aplicaçãoprática em cada uma dessas situações.
Factores Influentes
Externas
Comportamento Actuação Consequências
Internas
Manifestação Psico-Biofeedback
Espontânea Provocada
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Como mencionado anteriormente, todo o comportamento tem consequências que podem
modificar uma conduta e, inclusivamente, afectar o meio em questão, isto é, alterar as
circunstâncias desse meio.
Este comportamento modificador pode ser adequado ou não à situação em questão. No caso
de o comportamento não ser o adequado, traduz-se numa conduta obstrucionista para a
solução salvadora de uma situação nociva, tanto a nível individual, como para o grupo, que em
situações de pânico pode assumir dimensões bastante consideráveis.
a. Aberto
b. Fechado
2) Características dos ocupantes que circulam no edifício / recinto em que possa ocorrer uma
catástrofe:
40
b. Sexo Predominante
• Feminino
• Masculino
c. Permanência
• Fixa
• Passageira/Circunstancial
• Hóspedes
d. Momento do Dia
• Diurno
• Nocturno
f. Treino em simulacros
a. Externos
• Visibilidade
• Tensão ambiental
• Aspectos acústicos
b. Internos
• Sentido de Orientação
• Solidão
• Angústia
• Toxicidade (álcool, barbitúricos, etc.)
a. Do indivíduo
• Tipos de Condutas:
o Preventivas
o Evacuação (Organizada/Altruísta)
• Condutas Inadaptadas:
o Egoístas e Agressivas
o Vandalismo
o Intolerante
o Reentrada no Local do Sinistro
41
5) Quadro Resumo de Factores Influentes nos Comportamentos:
Situações Tipo
a. Individuais
b. Grupos Aglomerações
Características do Espaço
a. Aberto (recintos desportivos, etc.)
b. Fechado
c. Distribuição do Recinto (Horizontal / Vertical / Misto)
d. Indicação de Áreas de Refúgio
e. Distribuição e Configuração das Escadas
f. Sinalização/Iluminação das Saídas de Evacuação
g. Difusão das Normas de Actuação
Tipos de Sinistro
a. Inundação
b. Incêndio
c. Derrocada
d. Explosão
e. Actuação Desordenada
Factores Influentes
a. Externos
b. Internos
Fases de Actuação
a. Do Incêndio
b. Do Pessoal Encarregue da Segurança
Antes de mais há que analisar as reacções comportamentais a que se irá fazer referência, e
que respeitam à histeria colectiva, com a consequente aparição do fenómeno “Pânico de
Massas”.
Como referido anteriormente, existem inúmeras situações de emergência, pelo que estas
podem ser classificadas com base em aspectos como a origem causadora da situação ou as
condições físicas ou ambientais que favorecem o seu início e a sua propagação (volume,
distribuição, vias de evacuação, etc.).
42
Contemplando a classificação referida, não é difícil imaginar que as reacções das pessoas
variam consoante a situação. No entanto, reflectindo sobre o aspecto do descontrolo do
comportamento humano, pode deduzir-se facilmente que em todas as situações de
emergência existe um perigo comum que é o pânico, o qual terá de ser evitado a todo o custo.
É muito importante que os serviços de segurança evitem situações de pânico nos primeiros
momentos de uma situação de emergência, pois uma vez desencadeado o pânico, o seu
controlo é extremamente difícil. Assim sendo, é essencial ter conhecimento dos processos
psicológicos que intervêm nas pessoas para que estas actuem de uma determinada forma.
É do conhecimento que “nem todas as pessoas actuam de igual forma perante uma mesma
situação”.
Assim como:
“Uma mesma pessoa não actua de igual modo perante situações aparentemente
semelhantes”.
Considere-se o exemplo o Sr. “X”, presente num hotel onde ocorre um incêndio, que agirá de
uma determinada forma (que não é, nem tem de ser igual à do Sr. “Y”, que está no quarto ao
lado).
Caso o Sr. “X” tenha a infelicidade de presenciar outro incêndio, num outro hotel, não irá agir
de forma igual à anterior.
Parte-se agora do princípio que o Sr. “X” vive uma segunda situação de fogo, num edifício
distinto de um hotel, como por exemplo, num Centro Comercial.
43
Como será a sua reacção comportamental?
a. Igual à primeira
b. Totalmente distinta
c. De certo modo, parecida com a primeira, mas algo distinta
O mais provável é que proceda como na situação c), o que será devido a:
Não se sentir tão confuso com a nova situação (ex: apresenta comportamento de fuga
mais rápido).
Psicologicamente:
ou
Por isso, como se pode observar, o comportamento de uma pessoa é muito complexo na sua
origem. Para uma melhor compreensão do mesmo será necessário aprofundar os principais
factores psico-fisiológicos envolvidos nestas reacções:
a. Personalidade
b. Nível de formação
c. Sexo
d. Idade
e. Condições físicas
44
f. Estado civil
g. Tolerância à frustração
h. Tendência ao gregarismo
i. Capacidade de observação
j. Capacidade de liderança
a) Personalidade
Por “ser” entende-se, numa primeira aproximação, o modo particular de actuação de uma
pessoa, a qual é considerada na definição de temperamento.
Por “estar” entende-se a forma de reagir perante uma situação e, neste caso, pode-se inclui-la
no conceito de carácter.
• Psicopático
• Histérico
• Apático
• Obsessivo
• Depressivo
45
• Hipocondríaco
• Impulsividade
• Autocontrolo
• Angústia
• Estabilidade
• Introvertido
• Extrovertido
• Hiperactivo
• Culpabilidade
• Insegurança
• Inibição
b) Nível de Formação
Neste caso refere-se o grau de instrução académica. Pessoas com maior nível de
conhecimento apresentam comportamentos mais controlados, serenos e introvertidos, bem
como atitudes mais altruístas e solidárias em caso de incapacidade. Mostram maior segurança
própria e maior domínio dos seus impulsos primários, conseguindo uma melhor comunicação
e transmissão de calma para os restantes. Por outro lado, tendem a evitar situações de
grandes aglomerações em locais muito concorridos, dado que têm um espírito gregário menos
acentuado, e que é predominante no meio da multidão. Geralmente apresentam atitudes
organizacionais e tomam posições de liderança.
c) Sexo
Salienta-se ainda que, em situações extremas, as mulheres tendem a agir mais vezes com
comportamentos histriónicos do que os homens, que, por sua vez, mostram condutas mais
impulsivas.
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As mulheres tendem a recolher os objectos de valor, se bem que este seja considerado um
procedimento prático em algumas ocasiões, no entanto pode significar uma perda de tempo
importante para a evacuação ou significar um obstáculo na decisão de evacuar.
d) Idade
Este factor é de grande importância quando existe homogeneidade nos ocupantes em recintos
com eventuais necessidades de evacuação. Considere-se o caso da assistência de jovens a um
concerto:
• Quantidade de decibéis emitidos pelo sistema acústico
• As características psicológicas da juventude (instabilidade, impulsividade, extroversão
e histerismo colectivo)
• Provável ingestão de estimulantes (álcool, drogas etc.)
Estes são factos que tornam mais provável o aparecimento de uma situação de emergência
como consequência de uma conduta generalizada de desinibição dos instintos primários,
podendo mesmo desencadear uma situação de pânico dada a presença de uma enorme
tensão ambiental e de uma forte capacidade de sugestionabilidade reinante.
Por outro lado, perante uma idade avançada, há que contar com ocupantes em que as
características predominantes serão:
Por último, considere-se um grupo com idade predominantemente infantil (por ex. um
colégio), um grupo mais difícil de dominar pelo facto dos níveis de sugestionabilidade,
irracionalidade, mobilidade e descontrolo serem superiores. Neste caso não se podem esperar
atitudes de cooperação, evacuação e altruísmo; as mensagens a transmitir devem ser sensíveis
e compreensíveis, para além de possuírem um grande poder de persuasão e transmissão de
serenidade.
47
e) Condições Físicas das Pessoas
Em situações de emergência em edifícios hospitalares, lares da terceira idade, etc., devem ser
atempadamente pensadas/equacionadas as seguintes questões:
• Dificuldades de deslocação
• Apatia perante a vida
• Deficiências visuais, auditivas, etc.
• Lentidão no raciocínio
• Níveis baixos de atenção e concentração
f) Estado Civil
No estudo efectuado ao incêndio do Hotel MGM em Las Vegas (já referido), comprovou-se que
existem diferenças significativas de prevenção e evacuação em função do estado civil dos
ocupantes. Verificou-se que a actuação dos hóspedes casados na companhia dos seus cônjuges
foi muito mais organizada, cooperativa (incluindo para com os hóspedes vizinhos) e calma,
quando comparada com os hóspedes que se encontravam a sós.
g) Tolerância à Frustração
48
Obstáculo
Frustração Agressividade
Quando uma pessoa se sente aprisionada por uma situação e necessita de sair dela, e havendo
impedimento de alguém ou de algo, começa a ter comportamentos agressivos (Ex: encontrar
uma saída de emergência cuja porta não abre).
h) Tendência ao Gregarismo
i) Assunção da Territorialidade
As pessoas têm uma vivência muito íntima e inconsciente do próprio território; isto é, do
espaço territorial que é vital à sua estabilidade psicológica e onde se sentem seguras. Deste
modo, quando alguém invade esse espaço, defendem-no imediatamente, mostrando condutas
agressivas e por vezes violentas. Este “território vital” depende da forma de ser da pessoa em
questão, além da circunstância na qual está inserida.
49
capacidade máxima possível que cada espaço pode comportar, mesmo face às restrições de
movimentação de massas em situações de emergência.
Refira-se que quando o espaço disponível por pessoa é inferior a 0.28m2, em condições fora
das de emergência, esta densidade, por si só, pode ser considerada um perigo, conduzindo
facilmente a um risco potencial. Quando a área média ocupada por pessoa é de 0.25m2 ou
inferior, o contacto físico é inevitável e o risco de congestionamento, ou de comportamentos
menos lógicos, aumenta significativamente.
A dimensão mínima deste Espaço Considerado (EC) por uma pessoa é a Dimensão que o corpo
ocupa no Espaço (D) e a projecção imaginária do corpo em todos os sentidos e direcções, que
por princípio pode ter uma distância média de 50 cm:
EC = D + 50
É como se em volta do corpo humano existisse uma bolha e que, quando outra pessoa entra
no espaço dessa bolha (embora não chegue a haver contacto físico), surjam sentimentos de
invasão e irritabilidade, provocando, de uma forma instantânea, uma reacção agressiva de
autodefesa. Este aspecto é bastante significativo em situações de superlotação ou de
aglomerações, daí a sua grande importância e influência no comportamento das pessoas em
situações de emergência em grandes grupos.
Pense-se, por exemplo, numa situação tão comum como a de um elevador lotado. É claro, a
experiência do espaço vital varia segundo as circunstâncias em que ocorrem; numa primeira
análise podem enunciar-se as seguintes classificações:
• Recinto Fechado:
a. Reduzido: neste caso a pessoa comprime a sua “bolha” envolvente, reduzindo as
dimensões, e o invasor situa-se muito perto de forma a sentir o seu território
invadido
b. Amplo:
Numa grande nave de distribuição horizontal: neste caso a pessoa volta a
alargar a “bolha” envolvente, mas de uma forma mais reduzida do que no
caso do recinto aberto;
Edifício de grande altura: a invasão do espaço é agravada por uma sensação
inconsciente de opressão exercida a partir do tecto (excepto quando situado
no último piso).
50
Por circunstâncias Sociais:
• Íntima: a “bolha” tende a reduzir-se à mínima expressão, tolerando muito bem a
invasão;
• Pessoal: neste caso as dimensões da “bolha” tendem a ser as enunciadas
(aproximadamente 50 cm);
• Social: neste caso a pessoa tende a aumentar a separação em relação ao outro
indivíduo;
Todos os aspectos anteriores podem dar-se de uma forma combinada, fazendo com que em
muitos casos seja uma agravante muito séria das reacções comportamentais, tanto individuais
como colectivas. Neste último caso, a gravidade será maior e, consequentemente, mais difícil
de controlar.
• Perda da razão
• Desencadeamento das emoções
• Perda de responsabilidade
• Perda do sentido de orientação
• Alteração de condutas sociais
• Aparecimento de instintos primários
• Sensação de anonimato e de poder
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6.3 Fenómeno de Contágio Mental
Contágio Mental
Impulsividade Ferocidade
4.4 Critérios a ter em Consideração para uma Adequada Prevenção e Evacuação numa
Situação de Emergência
• À intensidade do risco
• Ao risco mais visível
• Ao estado de vigília
• Ao grau de toxicidade possível
• À avaliação do momento de maior impacto ou de máxima destruição
• Ao levantamento das tarefas a desenvolver para que haja a máxima eficácia na
evacuação
• À prontidão dos meios necessários para a realização dos primeiros socorros
• À recuperação do que seja salvável e absolutamente imprescindível
• Evitar ordens imperativas e não entrar em discussões inúteis
52
4.5 Factores que afectam o movimento das pessoas
53
7. DETECÇÃO, ALARME E ALERTA
7.1 Quantificação dos Tempos
Tempo de Detecção
Pode definir-se Tempo de Detecção como o tempo desde o início da ignição até à sua
detecção por um sistema manual ou automático. O Tempo de Detecção varia de acordo com o
cenário do incêndio, o sistema de detecção instalado e a capacidade dos ocupantes para o
detectarem.
Por sua vez, define-se Tempo de Pré-Movimento como o tempo que decorre desde a detecção
até ao momento em que o primeiro ocupante inicia a deslocação para a saída mais próxima. O
tempo de Pré-Movimento pode ser subdividido em dois componentes:
54
distância até à saída, das dimensões físicas do edifício e da distribuição dos ocupantes
pelo edifício.
Da densidade
Da velocidade de aglomeração
Do fluxo
A Densidade das Pessoas é definida pelo número de pessoas existentes numa unidade
de área (pessoa/m2), podendo ser igualmente expressa pelo seu inverso, ou seja, em
m2/pessoa.
O Fluxo é a taxa à qual as pessoas passam por um ponto específico. Por exemplo, 2
pessoas por segundo (pessoas/s).
O fluxo e a velocidade possuem uma relação complexa. Para baixas densidades a taxa
de fluxo é baixa, uma vez que existe um número reduzido de pessoas em movimento.
As taxas de fluxo são igualmente muito baixas para grandes densidades onde existe,
por conseguinte, um movimento lento.
• Tempo de Fluxo - Tempo que os ocupantes levam a fluir através das saídas e caminhos
de fuga. Depende da capacidade de escoamento das saídas.
55
Figura 7 – Contagem de Tempos
Reconhecimento Resposta
Tempo de Alarme/Confirmação → T0 = T4 – T1
Conta o tempo desde a recepção do sinal na CDI até à transmissão a toda a rede
Tempo de 1ª Intervenção → T2 = T4 – T1
Conta o tempo da 1ª intervenção a partir de T1 até à chegada ao local do foco de incêndio do
operador munido com extintor/carretel
Tempo de 2ª Intervenção → T3 = T5 – T1
Conta o tempo da 2ª intervenção a partir do T1 até à chegada ao local da equipa de 2ª
intervenção
56
Tempo de Alerta → T4 = T6 – T3
Conta o tempo do Alerta desde a chamada dos bombeiros até à chegada destes ao edifício
Tempo de Extinção → T5 = T2 – T1
Conta o tempo de incêndio extinto desde o inicio de T1 até à extinção do incêndio
Tempo de Evacuação → T6 = T8 – T7
Define-se Tempo de Evacuação como o tempo necessário para que todos os ocupantes do
edifício ou parte dele atinjam uma zona segura (exterior) a partir do Sinal de Evacuação
(Mensagem/Sirene). Este tempo é contado a partir do momento em que T7 é lançado até os
Cerra-Filas informarem o Posto de Segurança que a Zona/Piso estão completamente
evacuados.
Para a limitação das consequências de um incêndio é essencial que os edifícios sejam dotados
de uma organização e gestão da segurança adequada ao risco de incêndio, sem a qual as
medidas físicas de segurança são ineficazes.
Nos edifícios deve ser implementada uma organização de segurança que vise:
Qualquer organização tem como base uma série de claros e sábios princípios que lhe conferem
oportunidade e direcção. Regra geral, os objectivos da segurança contra incêndio são:
57
O Serviço de Segurança Incêndio (SSI), independentemente da sua dimensão, deve definir uma
série de objectivos de actuação (procedimentos) que especifiquem as metas a atingir, os
resultados que se esperam e o período de tempo para os alcançar.
O SSI deve ser estruturado e dimensionado para duas funções distintas: uma de
manutenção/exploração dos equipamentos e sistemas, para garantir a sua operacionalidade, e
outra de rotinas de segurança e de resposta a uma situação de emergência.
58
A coordenação da evacuação será dirigida a partir da Sala/Posto de Segurança que estará em
contacto via rádio com cada um dos cerra-filas e com o responsável pelo Ponto de Encontro.
Aquando da evacuação, o responsável pelo Ponto de Encontro deverá estar na posse da lista
actualizada de todos os utentes do edifício (funcionários, colaboradores e visitantes, quando
controláveis). Nos edifícios que recebem público, nomeadamente centros comerciais, gares de
transporte, casas de espectáculos ou recintos desportivos, não será possível garantir a
verificação das presenças/faltas no Ponto de Encontro no referente aos visitantes (clientes).
59
8. METODOLOGIA PARA A EVACUAÇÃO
Por evacuação entende -se a acção de retirar as pessoas de um edifício ou recinto, onde foi
declarada uma catástrofe (incêndio, explosão, sismo, etc.) que a isso obrigue.
A evacuação rápida e segura dos ocupantes de um dado edifício é prioritário sobre quaisquer
acções de combate a incêndio.
Para garantir a evacuação face a uma situação de emergência, o PEI deve prever uma equipa
específica para essa missão, devidamente enquadrada na organização. No PEI deve constar
ainda a missão da equipa de evacuação, a indicação dos elementos que a compõem (por
turnos, se for caso disso) e quais as responsabilidades especificas de cada elemento.
Como condições necessárias a uma evacuação rápida e segura dos edifícios, são consideradas
as seguintes:
60
Alarme e Decisão de Evacuação - o mais precoce possível (PEI)
Factores do Edifício:
61
Factores dos Ocupantes:
a. Número (fluxo)
b. Velocidade de deslocação
c. Condição física
d. Comportamentos psicológicos
a. Detecção
b. Decisão
c. Alarme
d. Reacção
e. Deslocação para uma área segura
Detecção/ Decisão/Alarme:
Garantindo uma detecção precoce e uma resposta rápida e eficaz da organização do SSI a
um alarme, está-se a contribuir para uma rápida interpretação das alterações ambientais
provocadas pelo incêndio (decisão) e para uma informação atempada (alarme) aos
ocupantes do edifício, e, consequentemente, para a redução do tempo de evacuação.
Reacção:
62
Deslocação para uma área segura:
Ocupantes com limitações ao nível do processo de decisão, assim como pessoas com
limitações motoras, são exemplos de potenciais vítimas em caso de falha do processo de
evacuação.
63
9. PRESTAÇÃO DE SOCORROS A VÍTIMAS
Os Primeiros Socorros são definidos como uma série de procedimentos simples com o
objectivo de manter vidas em situações de emergência, sendo executados por pessoas comuns
com esses conhecimentos, até à chegada de operacionais especializados em emergência
médica (médicos e enfermeiros).
Para que todo o processo decorra de forma eficaz, a articulação dos vários intervenientes no
processo de emergência é fundamental.
É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima é necessário ter
conhecimento, em primeiro lugar, do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-
avaliação do local é possível conhecer o tipo de vítima com que se está a lidar.
9.1 Queimaduras
Uma queimadura pode ter vários graus de gravidade e esta pode ser considerada grave
quando as suas características implicam uma hospitalização. As lesões têm consequências
graves no corpo, desfigurando e ocasionando perda de funções e de movimentos, deformando
ou lesando órgãos, podendo até levar à morte (desidratação ou infecção). A gravidade da
queimadura depende de vários factores:
a. Profundidade
b. Extensão
c. Localização
d. Idade
64
seu interior um líquido (plasma). Esta queimadura já atinge a derme. Consiste numa
queimadura mais grave do que a anterior.
• 3º Grau: Há destruição da pele e de outros tecidos adjacentes, podendo chegar à
carbonização. Poderá haver destruição das extremidades de nervos sensitivos.
Todavia, à volta da queimadura podem existir terminações nervosas não atingidas, o
que causará bastante dor (queimaduras de 1º e 2º grau). A vítima pode entrar em
estado de choque.
O que Fazer
Se uma vítima tiver um membro superior queimado ou uma área equivalente, esta vítima deve
ser considerada um Grande Queimado, situação que é sempre muito grave. Um indivíduo com
um terço da pele queimada poderá morrer em consequência das lesões decorrentes da
queimadura.
Queimaduras na face, pescoço, tórax, órgãos genitais e articulações são sempre graves,
independentemente do seu grau. Relativamente à idade, as queimaduras são mais graves nas
idades extremas (crianças e idosos). Nas crianças as percentagens regionais de pele variam em
função do desenvolvimento.
Em vítimas com queimaduras muito extensas, não se deve despir nem arrancar a roupa, mas
arrefecer a zona afectada de imediato para aliviar a dor e parar o processo da queimadura;
deve cobrir-se a zona ou toda a vítima com um lençol limpo sem pêlos, levemente humedecido
e tapá-lo com um cobertor. Deve ainda prevenir-se o choque e a hipotermia, bem como
promover o transporte para o hospital.
No caso de uma queimadura do 1º Grau, deve arrefecer-se a região queimada com água fria
corrente, até a dor acalmar. Colocar sobre a zona atingida compressas ou panos limpos sem
pêlos, molhados com água fria ou com gelo. Após o arrefecimento, colocar um creme
hidratante, neutro e sem corantes (EX: Creme Nívea). Não colocar gorduras.
Se a queimadura for do 2º Grau, arrefecer com água corrente o mais fria possível até a dor
acalmar. Se as bolhas não estiverem rebentadas, não as rebentar. Se as bolhas rebentarem,
não cortar a pele da bolha esvaziada.
Se a queimadura for do 3º Grau, arrefecer o mais possível a região queimada com água fria,
até a dor acalmar. Este tipo de queimaduras é muito grave e necessita de transporte para o
Hospital.
Casos Especiais
Queimaduras nos olhos → Lavar demoradamente com um fio de água corrente do canto
interno do olho para o externo. Colocar a vítima num ambiente com pouca luz, a fim de evitar
a colagem das pálpebras. Não fazer penso oclusivo.
65
9.2 Intoxicações por Monóxido de Carbono (CO)
O CO actua como um mecanismo de asfixia dos tecidos, bloqueando as trocas gasosas ao nível
molecular.
Uma intoxicação crónica por CO, resultante de uma exposição prolongada a baixas
concentrações, pode causar efeitos tóxicos cumulativos como insónia, cefaleia, fadiga,
diminuição da capacidade física, tonturas, vertigens, alterações auditivas, doenças
respiratórias, anorexia e isquemia cardíaca.
Sinais e Sintomas:
66
O que deve fazer
10. CONCLUSÕES
Até à data, os efeitos do fogo têm recebido mais atenção do que os aspectos humanos, ou
seja, a investigação ao nível da evacuação de edifícios tem-se centrado mais na deslocação das
pessoas e das multidões através das saídas de emergência do que no Comportamento das
Pessoas e no Tempo necessário para motivar as pessoas a iniciar a fuga.
67
Reacção das pessoas aos alarmes:
Campainha/Sirenes: 13%
Mensagens escritas: 45% a 55%
Voz ou Imagem: 70%
MÉTODOS
68
Tempo de Segurança
Nivel
de
Curva de Incêndio Risco
Elevad
Existência de
Fumo
Caminhos de
Evacuação
Tempo de Risco
Risco
inexistente
nos caminhos
de evacuação
69
11. GLOSSÁRIO TÉCNICO
A
diferença de cota entre o piso mais desfavorável susceptível
de ocupação e o plano de referência. Quando o último piso
coberto for exclusivamente destinado a instalações e
equipamentos que apenas impliquem a presença de pessoas
para fins de manutenção e reparação, tal piso não entra no
cômputo da altura do edifício. O mesmo sucede se o piso for
destinado a arrecadações cuja utilização implique apenas
Altura de um
visitas episódicas de pessoas. Se os dois últimos pisos forem
Edifício
ocupados por habitações duplex, poderá considerar-se o seu
piso inferior como o mais desfavorável, desde que o percurso
máximo de evacuação nessas habitações seja inferior a 10 m.
Aos edifícios constituídos por corpos de alturas diferentes são
aplicáveis as disposições correspondentes ao corpo de maior
altura, exceptuando-se os casos em que os corpos de menor
altura forem independentes dos restantes
diferença de cota entre o plano de referência e o último piso
Altura da
acima do solo, susceptível de ocupação por essa utilização-
Utilização-Tipo
tipo
Altura Útil de menor pé-direito livre existente ao longo de toda a via de
Vias de Acesso acesso a um edifício
substância sólida, líquida ou gasosa especificamente
Agente Extintor adequada para extinguir um incêndio, quando aplicada em
determinadas condições
sinal sonoro e ou luminoso, para aviso e informação de
ocorrência de uma situação anormal ou de emergência,
Alarme
accionado por uma pessoa ou por um dispositivo ou sistema
automático
alarme emitido para difundir o aviso de evacuação à
totalidade dos ocupantes de um edifício ou de um
estabelecimento. Nos locais onde existam pessoas limitadas
Alarme Geral na mobilidade ou na capacidade de percepção e reacção a um
alarme, destina-se também a desencadear as operações
destinadas a apoiar a evacuação das referidas pessoas com
limitações
alarme que tem por destinatários apenas os ocupantes de um
Alarme Local espaço limitado de um edifício ou de um estabelecimento e o
pessoal afecto à segurança
alarme emitido exclusivamente para aviso de uma situação de
Alarme Restrito incêndio, ao pessoal afecto à segurança de um edifício ou de
um estabelecimento
70
mensagem transmitida aos meios de socorro, que devem
intervir num edifício, estabelecimento ou parque de
Alerta
estacionamento, em caso de incêndio, nomeadamente os
bombeiros
Área Acessível a área útil de um estabelecimento ou de um estacionamento
Público susceptível de ser ocupada por público
superfície total de um dado piso ou fracção, delimitada pelo
Área Bruta de
perímetro exterior das paredes exteriores e eixos das paredes
um Piso ou
Fracção
interiores separadoras dessa fracção, relativamente às
restantes
maior das áreas brutas dos pisos de um edifício; Área útil de
um exutor, área geométrica de um exutor corrigida pelo
Área de
produto por um factor de construção, determinado em
Implatação
ensaios. Esse factor, inferior à unidade, é representativo da
resistência aerodinâmica à passagem de fumo no exutor
soma da área útil de todos os compartimentos interiores de
um dado piso ou fracção, excluindo-se vestíbulos, circulações
interiores, escadas e rampas comuns, instalações sanitárias,
Área Útil de um roupeiros, arrumos, armários nas paredes e outros
Piso ou Fracção compartimentos de função similar, e mede-se pelo perímetro
interior das paredes que delimitam aqueles compartimentos,
descontando encalços até 30cm, paredes interiores, divisórias
e condutas
B
hidrante, normalmente com uma única saída. Pode ser
armada, destinando-se ao ataque directo a um incêndio. Pode
ser exterior não armada, destinando-se ao reabastecimento
Boca de dos veículos de combate a incêndios. Neste caso deve existir
Incêndio uma válvula de suspensão no ramal de ligação que a alimenta,
para fecho deste em caso de avaria. Pode ser interior não
armada, destinando-se ao combate a um incêndio recorrendo
a meios dos bombeiros
Boca de boca de incêndio armada cuja mangueira é flexível. Deve estar
Incêndio Tipo em conformidade com a NP EN 671-2. Trata-se de um meio de
Teatro segunda intervenção em caso de incêndio
hidrante que dispõe de uma mangueira munida de agulheta,
Boca de com suporte adequado e válvula interruptora para a
Incêndio alimentação de água, inserido numa instalação hidráulica para
Armada serviço de incêndios privativa de um edifício ou de um
estabelecimento
71
C
Caminho de percurso entre qualquer ponto, susceptível de ocupação, num
Evacuação ou recinto ou num edifício até uma zona de segurança exterior,
Caminho de compreendendo, em geral, um percurso inicial no local de
Fuga permanência e outro nas vias de evacuação
Capacidade de
número máximo de pessoas que podem passar através dessa
Evacuação de
uma Saída
saída por unidade de tempo
quantidade de calor susceptível de ser libertada pela
Carga de combustão completa da totalidade de elementos contidos
Incêndio num espaço, incluindo o revestimento das paredes, divisórias,
pavimentos e tectos
Carretel de boca de incêndio armada cuja mangueira é semi-rígida e está
Incêndio ou
enrolada num suporte tipo carretel. Deve estar em
Boca de
Incêndio Tipo
conformidade com a NP EN 671-1. Trata-se de um meio de
Carretel primeira intervenção em caso de incêndio
classificação em quatro níveis de risco de incêndio de
qualquer utilizações-tipo de um edifício e recinto, atendendo
a diversos factores de risco, como a sua altura, o efectivo, o
Categorias de efectivo em locais de risco, a carga de incêndio e a existência
Risco de pisos abaixo do plano de referência. Caudal de fuga (m3/s),
caudal do fluido, ar ou fumo, perdido através de fissuras,
porosidade de materiais das condutas ou folgas de portas e
janelas em sistemas activos de controlo de fumos
D
densidade de carga de incêndio afectada de coeficientes
Densidade de
referentes ao grau de perigosidade e ao índice de activação
Carga de
dos combustíveis, determinada com base nos critérios
Incêndio
Modificada referidos no n.º 4 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 220/2008,
de 12 de Novembro
Densidade de
carga de incêndio por unidade de área útil de um dado espaço
Carga de
Incêndio
ou, para o caso de armazenamento, por unidade de volume
número de pessoas por metro quadrado de área útil de um
Densidade de
compartimento, estimado para cada utilização-tipo. Este valor
Ocupação
Teórica
é utilizado para calcular o efectivo e dimensionar os caminhos
de evacuação
acção de remoção, para o exterior de um edifício, do fumo,
do calor e dos gases de combustão provenientes de um
Desenfumagem
incêndio, através de dispositivos previamente instalados para
o efeito
Detector tipo de detector de incêndio que, não fazendo parte de um
Autónomo de sistema de alarme de incêndio, é utilizado para accionar
72
Actuação equipamentos, dispositivos ou sistemas complementares
comprimento a percorrer num caminho de evacuação até se
Distância de
atingir uma via de evacuação protegida, uma zona de
Evacuação
segurança ou uma zona de refúgio
E
toda e qualquer edificação destinada à utilização humana que
disponha, na totalidade ou em parte, de um espaço interior
Edifício
utilizável, abrangendo as realidades referidas no n.º 1 do
artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro
edifícios dotados de estruturas independentes, sem
comunicação interior ou, quando exista, efectuada
Edifícios
exclusivamente através de câmaras corta-fogo, e que
Independentes
cumpram as disposições de SCIE, relativamente à resistência
ao fogo dos elementos de construção que os isolam entre si
número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em
Efectivo de simultâneo um edifício ou recinto que recebe público,
Público excluindo o número de funcionários e quaisquer outras
pessoas afectas ao seu funcionamento
número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em
Efectivo
simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto
Escada escada adicional às exigidas para a evacuação, instalada para
Suplementar satisfazer necessidades funcionais
Espaços áreas interiores e exteriores dos edifícios ou recintos
Estabelecimento
estabelecimento ao qual o público tem acesso,
que Recebe
Público
independentemente desse acesso ser ou não controlado
edifício, recinto ou parte deles, destinado a uma única
Estabelecimento ocupação distinta da habitação ou de estacionamento de
veículos
movimento de ocupantes de um edifício para uma zona de
Evacuação segurança, em caso de incêndio ou de outros acidentes, que
deve ser disciplinado, atempado e seguro
aparelho contendo um agente extintor, que pode ser
Extintor de descarregado sobre um incêndio por acção de uma pressão
Incêndio interna. Deve estar em conformidade com as NP EN 3, NP EN
1866 e NP 4413
dispositivo instalado na cobertura de um edifício ou de um
Exutor de Fumo espaço e susceptível de abertura em caso de incêndio,
permitindo a desenfumagem por meios naturais
73
F
fachada através da qual é possível aos bombeiros lançar as
operações de socorro a todos os pisos, quer directamente
Fachada
através de, no mínimo, uma saída correspondente a um
Acessível
caminho de evacuação, quer através dos pontos de
penetração designados no presente regulamento
ocupantes de um edifício ou de um estabelecimento que nele
desenvolvem uma actividade profissional relacionada com a
Funcionários
utilização-tipo do edifício, que implica o conhecimento dos
espaços afectos a essa utilização
G
conjunto de bombas, respectivos comandos e dispositivos de
Grupo monitorização destinados a fornecer o caudal e pressão
Hidropressor adequados a uma instalação hidráulica para combate a
incêndios
H
equipamento permanentemente ligado a uma tubagem de
distribuição de água à pressão, dispondo de órgãos de
comando e uma ou mais saídas, destinado à extinção de
Hidrante
incêndios ou ao reabastecimento de veículos de combate a
incêndios. Os hidrantes podem ser de dois tipos: marco de
incêndio ou boca de incêndio (de parede ou de pavimento)
I
situação, segundo a qual a partir de um ponto de um dado
espaço a evacuação só é possível através do acesso a uma
única saída, para o exterior ou para uma via de evacuação
protegida, ou a saídas consideradas não distintas. A distância
Impasse para
do impasse, expressa em metros, é medida desse ponto à
um Ponto de um
Espaço
única saída ou à mais próxima das saídas consideradas não
distintas, através do eixo dos caminhos evidenciados, quando
este Regulamento os exigir, ou tendo em consideração os
equipamentos e mobiliários fixos a instalar ou em linha, se as
duas situações anteriores não forem aplicáveis
74
situação, segundo a qual, a partir de um ponto de um dada via
de evacuação horizontal, a evacuação só é possível num único
sentido. O impasse é total se se mantém em todo o percurso
até uma saída para uma via de evacuação vertical protegida,
uma zona de segurança ou uma zona de refúgio. A distância
Impasse para
do impasse total, expressa em metros, é medida pelo eixo da
uma Via
Horizontal via, desde esse ponto até à referida saída. O impasse pode
também ser parcial se se mantém apenas num troço da via
até entroncar numa outra onde existam, pelo menos, duas
alternativas de fuga. A distância do impasse parcial, expressa
em metros, é medida pelo eixo do troço em impasse desde
esse ponto até ao eixo da via horizontal onde entronca
L
menor das larguras, medidas ao longo de toda a via de acesso
Largura Útil de
a um edifício, descontando os espaços destinados ao
Vias de Acesso
parqueamento autorizado de veículos
a classificação de qualquer área de um edifício ou recinto, em
função da natureza do risco de incêndio, com excepção dos
Local de Risco espaços interiores de cada fogo e das vias horizontais e
verticais de evacuação, em conformidade com o disposto no
artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro
M
hidrante, normalmente instalado na rede pública de
abastecimento de água, dispondo de várias saídas, destinado
Marco de
a reabastecer os veículos de combate a incêndios. É um meio
Incêndio
de apoio às operações de combate a um incêndio por parte
dos bombeiros
P
média aritmética do maior e do menor dos pés-direitos de um
local ou de uma via de evacuação coberta. Quando existir
tecto falso, este só deve ser tido em conta se o somatório das
Pé-Direito de
áreas das aberturas nele praticadas for inferior a 40% da sua
Referência
área total, ou se o espaço compreendido entre o tecto falso e
o tecto real estiver preenchido em mais de 50% do seu
volume
altura entre o pavimento e a face inferior das vigas aparentes
Pé-Direito Livre do tecto, correspondendo à maior altura livre para pessoas ou
objectos passarem sob a viga
piso através do qual se garanta a evacuação das pessoas para
Piso de Saída
local seguro no exterior. Se este piso for desnivelado
75
relativamente ao plano de referência, deve ser ligado a ele
através de um caminho de evacuação
documento, componente do plano de emergência, no qual
Plano de está indicada a organização das operações a desencadear pelo
Actuação delegado e agentes de segurança, em caso de ocorrência de
uma situação perigosa
documento no qual estão indicadas as medidas de
autoprotecção a adoptar, por uma entidade, para fazer face a
Plano de
uma situação de incêndio nas instalações ocupadas por essa
Emergência
Interno
entidade, nomeadamente a organização, os meios humanos e
materiais a envolver e os procedimentos a cumprir nessa
situação. Contém o plano de actuação e o de evacuação
documento, componente do plano de emergência, no qual
estão indicados os caminhos de evacuação, zonas de
Plano de
segurança, regras de conduta das pessoas e a sucessão de
Evacuação
acções a terem lugar durante a evacuação de um local,
estabelecimento, recinto ou edifício, em caso de incêndio
documento no qual estão indicados a organização e os
procedimentos a adoptar, por uma entidade, para evitar a
Plano de ocorrência de incêndios e para garantir a manutenção do nível
Prevenção de segurança decorrente das medidas de autoprotecção
adoptadas e a preparação para fazer face a situações de
emergência
plano de nível, à cota de pavimento do acesso destinado às
viaturas de socorro, medida na perpendicular a um vão de
saída directa para o exterior do edifício. No caso de existirem
Plano de dois planos de referência, um principal e outro no tardoz do
Referência edifício, é considerado o plano mais favorável para as
operações dos bombeiros, isto é, o de menor cota para os
pisos total ou parcialmente enterrados e o de maior cota para
os restantes pisos
conjunto de medidas de autoprotecção (organização e
procedimentos) tendentes a evitar a ocorrência de incêndios
Plano de
e a limitar as suas consequências. É composto por um plano
Segurança
de prevenção, um plano de emergência e os registos de
segurança
documento elaborado por um corpo de bombeiros onde se
Plano Prévio de
descrevem os procedimentos, antecipadamente estudados,
Intervenção
para uma intervenção de socorro
peça desenhada esquemática, referente a um dado espaço
com a representação dos caminhos de evacuação e dos meios
Planta de
a utilizar em caso de incêndio, contendo ainda as instruções
Emergência
gerais de segurança aplicáveis a esse espaço. Deve estar
conforme a NP 4386
local, permanentemente vigiado, dum edifício onde é possível
Posto de
controlar todos os sistemas de vigilância e de segurança, os
Segurança
meios de alerta e de comunicação interna, bem como os
76
comandos a accionar em situação de emergência
Prevenção conjunto de medidas e atitudes destinadas a diminuir a
contra Incêndio probabilidade de eclosão de um incêndio
medida de autoprotecção que consiste na intervenção no
Primeira combate a um incêndio desencadeada, imediatamente após a
Intervenção sua detecção, pelos ocupantes de um edifício, recinto ou
estabelecimento
Protecção conjunto de medidas e atitudes destinadas a limitar os efeitos
contra Incêndio de um incêndio
ocupantes de um edifício ou de um estabelecimento que não
Público
residem nem trabalhem habitualmente nesse espaço
R
resposta de um produto ao contribuir pela sua própria
Reacção ao decomposição para o início e o desenvolvimento de um
Fogo incêndio, avaliada com base num conjunto de ensaios
normalizados
espaço delimitado, coberto ou não, afecto por um período de
Recinto tempo limitado a um tipo concreto de actividade, que pelas
Itinerante suas características de construção se pode deslocar e instalar
com facilidade
espaço dotado de uma estrutura permanente ou
Recinto para
desmontável, com uma envolvente aberta, podendo ou não
Espectáculos ao
Ar Livre
ser parcialmente coberto, susceptível de ser utilizado para
uma das actividades afectas à utilização-tipo VI
espaços delimitados ao ar livre destinados a diversos usos,
desde os estacionamentos, aos estabelecimentos que
Recintos recebem público, aos industriais, oficinas e armazéns,
podendo dispor de construções de carácter permanente,
temporário ou itinerante
conjunto de documentos que contém os registos de
ocorrências relevantes e de relatórios relacionados com a
segurança contra incêndios. As ocorrências devem ser
registadas com data de início e fim e responsável pelo seu
acompanhamento, referindo-se, nomeadamente, à
Registos de conservação ou manutenção das condições de segurança, às
Segurança modificações, alterações e trabalhos perigosos efectuados,
incidentes e avarias ou, ainda, visitas de inspecção. De entre
os relatórios a incluir nos registos de segurança, destacam-se
os das acções de instrução e de formação, dos exercícios de
segurança e de eventuais incêndios ou outras situações de
emergência
Resistência ao resistência ao fogo avaliada num ensaio com um programa
Fogo Padrão térmico de fogo normalizado
Resistência ao propriedade de um elemento de construção, ou de outros
77
Fogo componentes de um edifício, de conservar durante um
período de tempo determinado a estabilidade e ou a
estanquidade, isolamento térmico, resistência mecânica, ou
qualquer outra função específica, quando sujeito ao processo
de aquecimento resultante de um incêndio
S
saída para um caminho de evacuação protegido ou para uma
Saída de
zona de segurança, que não está normalmente disponível
Emergência
para outra utilização pelo público
qualquer vão disposto ao longo dos caminhos de evacuação
de um edifício que os ocupantes devam transpor para se
Saída
dirigirem do local onde se encontram até uma zona de
segurança
saídas para as quais, a partir desse ponto, se possam
Saídas distintas estabelecer linhas de percurso para ambas, tendo em conta o
em relação a um mobiliário principal fixo e o equipamento ou os caminhos
Ponto evidenciados, quando este Regulamento os exigir, divergindo
de um ângulo superior a 45º, medido em planta
intervenção no combate a um incêndio desencadeada,
imediatamente após o alarme, pelos bombeiros ou por
Segunda
equipas especializadas ao serviço do responsável de
Intervenção
segurança de um edifício, parque de estacionamento,
estabelecimento ou recinto
sistema de alarme constituído por central de sinalização e
Sistema comando, detectores automáticos de incêndio, botões para
Automático de accionamento manual do alarme e meios difusores de alarme.
Detecção e Este sistema, numa situação de alarme de incêndios, também
Alarme de pode desencadear automaticamente outras acções,
Incêndio (SADI) nomeadamente o alerta e o comando de dispositivos,
sistemas ou equipamentos
Sistema de conjunto de componentes que dão um alarme de incêndio,
Alarme de sonoro e ou visual ou qualquer outro, podendo também
Incêndio iniciar qualquer outra acção
conjunto de meios e medidas construtivas, implantado num
Sistema de edifício ou num recinto, destinado a controlar a propagação
Controlo de do fumo, do calor e dos gases de combustão, durante um
Fumo incêndio, através de um processo de varrimento, de
pressurização relativa, ou misto
sistema automático constituído por tubagens e aspersores de
água que, após a detecção de um incêndio, projecta uma
Sistema de lâmina contínua de água segundo um plano vertical (cortina),
Cortina de Água isolando da penetração do fumo e das chamas dois espaços
contíguos. Essa cortina deve irrigar uma superfície (tela, vidro,
metal, etc.), melhorando o seu comportamento ao fogo
78
sistema fixo constituído por uma reserva adequada de agente
Sistema Fixo de extintor ligada permanentemente a um ou mais difusores
Extinção fixos, pelos quais é projectado, manual ou automaticamente,
o agente extintor para a extinção de um incêndio
Sistema sistema fixo de extinção preparado para descarregar o agente
Modular de extintor directamente sobre o material a arder ou sobre o
Extinção risco identificado
T
tempo necessário para que todos os ocupantes de um edifício, ou
Tempo de
de parte dele, atinjam uma zona de segurança, a partir da emissão
Evacuação
do sinal de evacuação
tempo entre o primeiro alerta e a chegada ao local dos veículos de
Tempo de
socorro dos bombeiros, com a dimensão adequada a dar início ao
Resposta
combate a incêndio
U
unidade teórica utilizada na avaliação da largura necessária à
passagem de pessoas no decurso da evacuação. A correspondência
Unidade de
em unidades métricas, arredondada por defeito para o número
Passagem (UP)
inteiro mais próximo, é a seguinte: a) 1 UP = 0,9 m; b) 2 UP = 1,4 m;
c) N UP = N × 0,6 m (para N > 2)
classificação do uso dominante de qualquer edifício ou recinto,
incluindo os estacionamentos, os diversos tipos de
Utilização-Tipo estabelecimentos que recebem público, os industriais, oficinas e
armazéns, em conformidade com o disposto no artigo 8.º do
Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro
V
via exterior, pública ou com ligação à via pública, donde seja
Via de Acesso possível aos bombeiros lançar eficazmente as operações de
de uma salvamento de pessoas e de combate ao incêndio, a partir do
Utilização-Tipo exterior ou pelo interior de edifícios recorrendo a caminhos de
evacuação horizontais ou verticais
Via de
Evacuação via de evacuação protegida, estabelecida no interior do edifício,
Enclausurada ou dotada de sistema de controlo de fumo e de envolvente com uma
Protegida resistência ao fogo especificada
Interior
via de evacuação protegida, ao ar livre ou ampla e
permanentemente ventilada, que está suficientemente separada do
Via de
resto do edifício ou de edifícios vizinhos, quer em afastamento quer
Evacuação
por elementos de construção cuja resistência ao fogo padrão está
Exterior
de acordo com o explicitado no presente regulamento. Esta via
pode estar totalmente no exterior de um edifício ou nele
79
parcialmente encastrada, devendo, neste caso, dispor de uma
abertura, ao longo dos elementos de construção em contacto com
o exterior, abrangendo todo o espaço acima da respectiva guarda
via de evacuação dotada de meios que conferem aos seus utentes
protecção contra os gases, o fumo e o fogo, durante o período
necessário à evacuação. Os revestimentos dos elementos de
construção envolventes das vias de evacuação protegidas devem
exibir uma reacção ao fogo conforme as especificações do presente
regulamento. Numa via de evacuação protegida não podem existir
Via de
ductos, não protegidos, para canalizações, lixos ou para qualquer
Evacuação
outro fim, nem quaisquer acessos a ductos, nem canalizações de
Protegida
gases combustíveis ou comburentes, líquidos combustíveis ou
instalações eléctricas. Exceptuam-se, neste último caso, as que
sejam necessárias à sua iluminação, detecção de incêndios e
comando de sistemas ou dispositivos de segurança ou, ainda, de
comunicações em tensão reduzida. Exceptuam-se ainda as
canalizações de água destinadas ao combate a incêndios
comunicação horizontal ou vertical de um edifício que, nos temos
do presente regulamento, apresenta condições de segurança para a
evacuação dos seus ocupantes. As vias de evacuação horizontais
podem ser corredores, antecâmaras, átrios, galerias ou, em espaços
Via de
amplos, passadeiras explicitamente marcadas no pavimento para
Evacuação
esse efeito, que respeitem as condições do presente regulamento.
As vias de evacuação verticais podem ser escadas, rampas, ou
escadas e tapetes rolantes inclinados, que respeitem as condições
do presente regulamento
Z
local num edifício, temporariamente seguro, especialmente dotado
Zona de Refúgio de meios de protecção, de modo a que as pessoas não venham a
sofrer dos efeitos directos de um incêndio no edifício
Zona de
local, no exterior do edifício, onde as pessoas se possam reunir,
Segurança de
protegidas dos efeitos directos de um incêndio naquele
um Edifício
espaço compreendido entre a zona livre de fumo e a cobertura ou o
Zona Enfumada
tecto
espaço compreendido entre o pavimento e a face inferior dos
Zona Livre de
painéis de cantonamento suspensos do tecto ou, caso estes não
Fumo
existam, a face inferior dos lintéis dos vãos nas paredes
80
12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Portaria nº 1532/2008, de 29 de Dezembro, Regulamento Técnico de Segurança contra
Incêndio em Edifícios
John L. Bryan & Philip J. Di Nenno (1976), "People's behaviour in the fire at MGM Las
Vegas. FIRE- INTERNA TIONAL.USA
Proulx, G., Pineau, J., Review of Evacuation Strategies for Occupants with Disabilities
Fire Safety Engineering Concerning Evacuation from Buildings, CFPA Europe –
Guidelines
81