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Orientadora
Dra. Cristina Maria Dias
Porto, 2018
Instituto Ciências Básicas Abel Salazar, Maio de 2018
i
Abstract
ii
Lista de Abreviaturas
ACOG American College of Obstetrics and Gynaecology
AE Abortamento espontâneo
AgHBs Antigénio do Vírus da Hepatite B sistémico
ARGO Atendimento referenciado a Ginecologia e Obstetrícia
CE Consulta externa
CHP Centro Hospitalar do Porto
CMIN Centro Materno Infantil do Norte
CMV Citomegalovírus
CTG Cardiotocografia
D Dia
D. Doenças
DG Diabetes gestacional
DM I Diabetes mellitus tipo 1
DNA Ácido Desoxirribonucleico
DPN Diagnóstico pré-natal
EF Exame físico
EPE Entidades públicas empresariais
FIV Fertilização in vitro
HAPO Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcomes
HTA Hipertensão arterial
IG Interrupção da gravidez
IGO Interrupção da gravidez opcional
IMG Interrupção médica da gravidez
OMS Organização Mundial de Saúde
PAF Paramiloidose familiar
PMA Procriação medicamente assistida
PPT Parto pré-termo
PTOG Prova de tolerância oral à glicose
SAF Síndrome antifosfolipídeo
SGB Streptococcus β hemolítico do grupo B
SU Serviço de urgência
T18 Trissomia 18
T21 Trissomia 21
TPHA Treponema pallidum Hemaglutination Assay
UCI Unidade de cuidados intensivos
UIGO Unidade de cuidados intermédios de Ginecologia e Obstetrícia
VDRL Venereal Disease Research Laboratory
VIH Vírus da Imunodeficiência Humana
iii
Índice Geral
Resumo........................................................................................................................i
Abstract........................................................................................................................ii
Lista de Abreviaturas...................................................................................................iii
Índice Geral.................................................................................................................iv
1. Introdução................................................................................................................1
Contextualização..............................................................................................1
Objetivos...........................................................................................................3
2. Desenvolvimento
Organização das atividades.............................................................................4
Consulta externa..............................................................................................6
Internamento..................................................................................................15
Serviço de urgência........................................................................................17
Núcleo de partos............................................................................................18
Centro de diagnóstico pré-natal.....................................................................19
Reunião geral de serviço................................................................................21
3. Conclusão..............................................................................................................22
Bibliografia.................................................................................................................24
iv
1. Introdução
I. Contextualização
1
Quadro I – Distribuição das atividades desenvolvidas no CMIN
Piso Atividades
-3 Arquivo clínico
-2 Refeitório / Bar
Farmácia
Serviço social
Entrada visitas
-1 Atendimento permanente pediátrico
SU - Ginecologia e Obstetrícia
Núcleo de partos
Bloco operatório da mulher
0 Consulta Neonatologia / Pediatria
Espaço Jovem
Unidade de Patologia do Colo - Laser
Unidade do Primeiro Trimestre
Análises Clínicas / Colheitas
Imagiologia
Cuidados Intensivos Neonatais
ARGO
1 CE - Pediatria
UCI Pediátricos
Bloco Operatório Pediatria
2 CE - Ginecologia e Obstetrícia
PMA
CTG
3 Internamento - Ginecologia
Internamento - Materno-Fetal
UIGO
4 Internamento - Puerpério
2
II. Objetivos
3
2. Desenvolvimento
4
Quadro II – Organização das atividades desenvolvidas pela estudante
Data Horário Horas Valência Frequentada Tutor
01-Nov 08:30-20:30 12h Serviço de urgência Dra. Cristina
Dias
02-Nov 08:00-13:00 4h Consulta de diabetes e outras Dr. Joaquim
endocrinopatias Gonçalves
02-Nov 14:00-18:00 4h Consulta de alterações Dra. Clara Pinto
neurológicas
03-Nov 08:30-09:30 1h Reunião geral de serviço Dra. Cristina
Dias
03-Nov 10:00-12:00 2h Reunião DPN Dra. Cristina
Dias
03-Nov 12:00-14:00 2h Ecografia Dra. Cristina
Dias
08-Nov 08:30-21:30 13h Serviço de urgência Dra. Cristina
Dias
18-Dec 08:30-12:30 4h Consulta de gravidez na Dra. Teresa
adolescência Oliveira
19-Dec 08:00-11:00 3h Enfermaria puerpério Dra. Maria José
Areias
20-Dec 08:30-20:30 12h Serviço de urgência Dra. Cristina
Dias
21-Dec 08:00-14:00 6h Consulta gravidez gemelar e Dra. Rosa Maria
disfunção tiroideia Rodrigues
21-Dec 14:00-18:00 4h Consulta de patologia Dr. António
autoimune Braga
22-Dec 08:00-10:00 2h Enfermaria de medicina Dr. António
maternofetal Braga
22-Dec 10:00-12:00 2h Reunião DPN Dra. Cristina
Dias
22-Dec 12:00-14:00 2h Ecografia Dra. Cristina
Dias
27-Dec 08:00-13:00 5h Consulta HTA Prof. Doutor Luís
Guedes Martins
27-Dec 14:00-20:00 6h Serviço de urgência Dra. Cristina
Dias
02-Jan 08:00-13:00 5h Consulta infecciologia Dra. Luísa
Ferreira
08-Jan 08:00-13:00 5h Consulta restrição de Dra. Cristina
crescimento fetal Dias
95h
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II. Consulta Externa
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Quadro III – Consultas externas de Obstetrícia praticadas atualmente no CMIN
Avaliação de risco IGO e Revisão de IGO
Patologia autoimune e reumatológica Obstetrícia de baixo risco
Patologia Infecciosa Patologia cardíaca e PMA
Diabetes e outras endocrinopatias Patologia fetal
Diabetes prévia Risco de PPT
DPN Patologia da tiroide
Gravidez gemelar Preconcepção
Gravidez na adolescência Restrição do crescimento fetal
Hematologia e Psicologia Revisão do puerpério
Doenças hipertensivas
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oral à glicose (PTOG). Nesta experiência foi possível compreender quais os riscos
que esta patologia acarreta, quer para o feto, quer para a grávida, e qual o
seguimento em termos de vigilância, aconselhamento e terapêutica que estas
devem ter. Foi ainda possível observar gestantes com diabetes mellitus tipo 1
diagnosticado previamente à gravidez.
Caso Clínico 1
A.I.O.S., de 33 anos de idade, raça caucasiana, primigesta. Gestação de 39
semanas e 1 dia. Vigiada atualmente no Centro de Saúde e na consulta de Diabetes
no CMIN. Sem antecedentes pessoais, cirúrgicos ou familiares de relevo. Realizou
consulta de DPN após rastreio combinado positivo para trissomia 21 e realizou
amniocentese que revelou um cariótipo normal (46XX), pelo que teve alta desta
consulta. Diabetes gestacional diagnosticada após PTOG às 28 semanas de
gestação com glicemia em jejum de 74mg/dL, de 156mg/dL aos 60 minutos e de
185mg/dL aos 120 minutos. A gestante teve um aumento ponderal de 12,8kg até às
39 semanas, estando atualmente com 70,8kg. Tem um bom controlo metabólico
com terapêutica não farmacológica. A última ecografia realizada às 38 semanas está
dentro dos parâmetros normais.
Ao exame físico apresenta-se com bom estado geral, apirética,
hemodinamicamente estável. Exame ginecológico: vulva e vagina sem alterações,
colo uterino amolecido com 1cm de dilatação, sem perda visível de liquido amniótico
ou sangue.
Marca-se a indução do trabalho de parto para as 40 semanas e explicam-se
sinais de alarme que devem motivar a vinda ao serviço de urgência.
Discussão
De acordo com a ACOG, a diabetes gestacional é uma das complicações
mais frequentes durante a gravidez. Esta é definida como uma intolerância aos
hidratos de carbono desenvolvida durante a gestação. A organização Mundial de
Saúde (OMS) considera a diabetes gestacional um subtipo de hiperglicemia
diagnosticada pela primeira vez na gravidez em curso, diferenciando-se da diabetes
na gravidez por apresentar valores glicémicos intermédios entre os níveis que
considera normais na gravidez e valores que excedem os limites diagnósticos para a
população não grávida.
A presença de diabetes durante a gestação tem sido associada a várias
complicações obstétricas, fetais e neonatais (tais como pré-eclampsia,
macrossomia, parto traumático, maior taxa de cesarianas eletivas, hipoglicemia do
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recém-nascido, entre outras), demonstrando-se uma associação contínua entre o
risco de tais complicações e os valores de glicose plasmática materna, de acordo
com a HAPO. A identificação de senhoras com diabetes gestacional é importante
para minimizar a morbilidade materna e neonatal.
De acordo com o consenso de diabetes gestacional de 2017 um valor da
glicemia em jejum (de 8 a 12 horas) superior ou igual a 92 mg/dl (5,1 mmol/l) mas
inferior a 126 mg/dl (7,0 mmol/l) faz o diagnóstico de diabetes gestacional. Grávidas
com valores de glicemia plasmática em jejum igual ou superior a 126 mg/dl (7,0
mmol/l) ou com um valor de glicemia plasmática ocasional superior a 200 mg/dl
(11,1mmol/l), se confirmado com um valor em jejum superior ou igual a 126 mg/dl,
devem ser consideradas como tendo o diagnóstico de diabetes mellitus na gravidez.
Caso o valor da glicemia seja inferior a 92 mg/dl, a grávida deve ser reavaliada entre
as 24 e 28 semanas de gestação com uma PTOG com 75 g de glicose. A prova
deve ser efetuada de manhã, após um jejum de pelo menos 8 horas, mas não
superior a 12 horas. Deve ser precedida, nos 3 dias anteriores de uma atividade
física regular e de uma dieta não restritiva contendo uma quantidade de hidratos de
carbono de pelo menos 150 g. A prova consiste na ingestão de uma solução
contendo 75g de glicose diluída em 250-300 ml de água. São necessárias colheitas
de sangue para determinação da glicemia plasmática às 0, 1h e 2h. Durante a prova
a grávida deve manter-se em repouso. Basta um valor da PTOG alterado para fazer
o diagnóstico de diabetes gestacional; glicemia em jejum de 92-125 mg/dL (5,1-
6,9mmol/l) e/ou glicemia plasmática à 1h superior a 180 mg/dL e/ou às 2h de 153-
199 mg/dL (8,3-10,9mmol/l).
A maioria dos casos de diabetes gestacional é adequadamente tratada com
dieta e exercício físico, contudo, algumas grávidas necessitam de terapêutica
farmacológica nomeadamente insulina e/ou antidiabéticos orais.
Na ausência de complicações materno-fetais, uma das questões mais
controversas é a altura ideal para terminar a gravidez. Os potenciais benefícios
associados à indução são evitar mortes fetais tardias e evitar as complicações
relacionadas com o aumento excessivo do peso fetal (distocia de ombros e lesões
do plexo braquial). As potenciais desvantagens associadas à indução são o risco de
taquissistolia, a prematuridade iatrogénica, induções falhadas, anomalias da
duração do trabalho de parto e aumento do risco de parto intervencionado. De
acordo com os consensos de diabetes gestacional de 2017, nas grávidas com bom
controlo metabólico e sem alterações do crescimento fetal e/ou liquido amniótico a
gestação não deverá ultrapassar as 40 semanas e 6 dias. Nas restantes grávidas
(difícil controlo, alterações no crescimento fetal, alterações da quantidade de liquido
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amniótico, presença de outras complicações obstétricas) deverá ser uma decisão
individualizada, não devendo ultrapassar as 39 semanas e 6 dias. Contudo, no
protocolo do serviço de obstetrícia do CMIN referente a grávidas com diabetes
gestacional, está indicada a indução de trabalho de parto às 40 semanas de
gestação.
Em relação à via de parto, a via vaginal é considerada preferencial, todavia
na presença de outros fatores, como uma discrepância importante entre perímetro
abdominal e perímetro cefálico (≥50 mm), um perímetro abdominal superior ao
percentil 95 ou uma estimativa ponderal fetal superior a 4500 gramas, no termo
deverá ponderar-se a realização de uma cesariana eletiva.
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Caso clínico 2
J.C.D.V., com 23 anos de idade, raça negra, primigesta. Gestação gemelar
(bicoriónica e biamniótica), espontânea, com 34 semanas de gestação, vigiada até
às 25 semanas em São Tomé e Príncipe e desde então no CMIN. Medicada com
polivitamínico. Gravidez sem intercorrências. Sem antecedentes pessoais, cirúrgicos
ou familiares de relevo. Vem à consulta externa de gravidez gemelar para vigilância
da mesma, sem queixas. Não realizou as análises do 2º trimestre. Ecografias sem
alterações de relevo. Última ecografia (ecografia do 3º trimestre de gestação)
realizada a 13 de Dezembro de 2017 no CMIN – feto 1 apresentação pélvica, feto 2
apresentação cefálica, feto 1 – percentil 65, feto 2 – percentil 60, em ambos:
placenta anterior grau II, liquido amniótico normal, doppler e fluxometria das artérias
umbilicais normais.
Ao exame físico apresenta-se com bom estado geral, apirética,
hemodinamicamente estável. Exame ginecológico: vulva e vagina sem alterações,
colo uterino fechado e posterior, sem perda aparente de liquido amniótico ou
sangue.
Faço colheita de exsudado reto-vaginal para rastreio de Streptococcus β hemolítico
do grupo B (SGB) e peço análises de 3º trimestre (hemograma completo, VDRL,
serologia Toxoplasmose e Rubeola – IgG e IgM, anti-VIH 1 e 2 e AgHBSs).
Instruo sobre sinais de alarme que devem motivar a vinda à urgência.
Discussão
A gravidez gemelar está associada a um risco aumentado de praticamente
todas as potências complicações da gravidez, com a exceção de macrossomia fetal.
O maior risco das gestações gemelares é o parto pré-termo, que aumenta a taxa de
mortalidade perinatal e a morbilidade destas crianças a curto e longo prazo. Estas
gestações são também mais propícias a RCF e anomalias congénitas.
Para as gestantes, uma gravidez gemelar representa um risco aumentado de
desenvolver hipertensão (HTA) na gravidez, pré-eclampsia, diabetes gestacional,
entre outras.
O estudo analítico realizado numa gravidez gemelar sobrepõe-se ao de uma
gravidez única. Contudo pelo risco aumentado de parto pré-termo, por vezes colhe-
se exsudado reto-vaginal antes das 35 semanas, como foi o caso da gestante do
caso clínico acima descrito.
Em termos de vigilância ecográfica, a ecografia do primeiro trimestre de
gravidez é considerada o melhor método para diagnosticar uma gravidez múltipla, a
idade gestacional e a corionicidade. A corionicidade é importante na medida em que
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gestações monocoriónicas tem um risco aumentado de complicações em
comparação com gestações gemelares bicoriónicas e exigem por isso uma
vigilância ecográfica mais frequente que vai sendo adaptada de acordo com as
intercorrências que surjam.
12
nomeadamente gestantes com história de infeções do trato urinário recorrentes com
necessidade de antibioterapia ao longo de toda a gestação e gestantes com
alterações nas serologias que requerem estudo adicional.
Em todas as consultas foram ainda analisadas e requisitadas as serologias
adequadas a cada fase da gravidez.
Caso clínico 3
T.A.R.P.M., 27 anos de idade, raça caucasiana, 2 gesta 1 para. Gestação de
21 semanas e 3 dias, vigiada no Centro de Saúde e no CMIN por história de
restrição do crescimento fetal na gravidez anterior vem à consulta para vigilância e
monitorização da gestação atual. Medicada com ácido fólico, iodo, ferro e AAS
(Cartia ©). Intercorrências na gravidez: queixas de sensação de “barriga dura”- sic,
às 17 semanas de gestação, que melhoraram com a toma de magnésio. Sem outras
intercorrências. Sem outros antecedentes cirúrgicos, pessoais ou familiares de
relevo. Ecografia de 1 e 2º trimestre sem alterações, rastreio bioquímico negativo,
analiticamente sem alterações de relevo e serologias: Ag HBs negativo, não imume
à toxoplasmose, imune à rubéola, imune ao Citomegalovírus (CMV), VDRL negativo,
HIV 1 e 2 negativos.
Ao exame físico apresenta-se com bom estado geral, apirética,
hemodinamicamente estável.
13
Peço análises de 2º trimestre e marco a próxima consulta. Instruo sobre os
sinais de alarme que devem motivar a vinda à urgência.
Discussão
O diagnóstico de RCF é realizado com base em achados ecográficos. Esta
intercorrência é definida classicamente como um percentil de peso inferior a 10 na
curva de crescimento fetal para a idade gestacional. Quando se detecta um feto com
o percentil de peso inferior a 10 para a idade gestacional deve vigiar-se
ecograficamente o crescimento fetal e a sua fisiologia, uma vez que uma trajetória
constante na curva de crescimento, um doppler das artérias umbilicais sem
alterações e uma quantidade normal de liquido amniótico sugerem um feto
constitucionalmente pequeno. Portanto a distinção entre um feto constitucionalmente
pequeno e um feto com restrição do crescimento fetal patológica constitui um
desafio para o médico obstetra
A RCF pode ser de etiologia fetal ou placentar, contudo nem sempre se
consegue determinar a causa desta intercorrência. No caso de se tratar de uma
RCF de um feto estruturalmente sem alterações e com um cariótipo normal, a causa
mais provável para esta intercorrência é a insuficiência utero-placentar. Para vigiar
as gestações com RCF deve realizar-se ecografias seriadas onde se deve avaliar o
crescimento fetal, o perfil biofísico e realizar doppler e fluxometria da artérias
umbilicais. Desta forma tenta-se identificar quais os fetos que beneficiariam de um
parto precoce de forma a prevenir morbilidades neonatais.
Grávidas com história de RCF em gestações anteriores tem um risco
aumentado de restrição do crescimento fetal. A insuficiência utero-placentar pode
manifestar-se de formas dispares em gestações diferentes. A RCF, a pré-eclampsia,
o aborto espontâneo ou morte fetal in utero podem surgir como consequência de
patologia placentar. Por estes motivos numa gravidez de uma gestante com história
de RCF deve-se abordar todas as possíveis causas desta intercorrência. A aspirina
em baixa dose poderá ser eficaz numa população selecionada de gestantes. Esta
deverá ser interrompida até às 36 semanas de gestação para evitar efeitos
adversos neonatais.
14
III. Internamento
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III. b) A Enfermaria do Puerpério
O puerpério está localizado no 4º piso do edifício mais recente do CMIN e é
constituído por 34 camas divididas por quartos individuais e duplos. Esta enfermaria
destina-se ao acompanhamento e vigilância das puérperas e dos recém-nascidos no
período pós parto.
Na sua passagem pelo puerpério a estudante teve a oportunidade de
observar os casos descritos sucintamente no quadro V a seguir apresentados.
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IV. a) Serviço de Urgência
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IV. b) Núcleo de Partos
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V. Centro de Diagnóstico Pré-Natal
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Quadro VII – Casos apresentados nas reuniões de DPN
Duração da Motivo
Gestação
1 10s3d História de microcefalia e défice intelectual do primeiro filho
2 34s1d Hematocolpus obstrutivo com uropatia obstrutiva com dilatação
bilateral dos bacinetes
3 16s História IG por hepatomegalia e hidrópsia fetal na primeira
gravidez
4 38s Hidronefrose bilateral fetal com provável duplicação renal
5 29s1 Feto com ossos longos <percentil 5
6 36s5d Sequestro pulmonar com derrame pleural em resolução
7 29s1d RCF, polihidrâmnios, centralização dos fluxos e posição
incomum das articulações tibiotársicas e dos punhos
8 32s3d Tetralogia de Fallot, pé boto bilateral, hidrâmnios e diminuição
dos movimentos fetais
9 35s2d RCF, agenesia renal à esquerda, hidrâmnios e ventriculomegalia
10 28s6d História familiar de hemofilia B
11 36s Hidrocolpos, cistos renais e duplicação renal
12 Pós natal Recém-nascido com miocardiopatia grave
13 28s2d Ventriculomegalia unilateral ligeira
14 33s3d Fenda labial e palatina, dilatação piélica
15 13s Provável onfolocelo
16 25s6d Caso social – hidrâmnios, TPHA +, CMV IgM +, marido portador
de HIV
17 14s3d História de IG por trissomia 21
18 14s3d Pai do feto portador de PAF
19 33s5d Estreitamento do istmo aórtico
20 28s Intestino hiperecogénico e estômago mal representado de
parede hiperecogénica
21 28s Gestação gemelar monocoríonica, biamniótica, RCF seletiva do
feto 2 com oligoâmnios e alterações fluxométricas, fez
dicorionização
22 22s6d Microcefalia, fenda labial e palatina mediana. Casal pretende IG
23 22s1d Encefalocelo occipital
20
VI. Reunião Geral de Serviço
21
3. Conclusão
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internadas nas enfermarias e a visualização de exames de diagnóstico pré-natal
invasivos.
Perante todos os pontos acima apresentados, a estudante considera que
atingiu os objetivos a que inicialmente se propôs e acredita que esta experiência
representa uma importante mais-valia para a tomada de consciência do estatuto
profissional do médico obstetra.
23
Bibliografia
24
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de Baixo Risco. 2013.
Norma nº037/2011 da Direção-Geral da Saúde – Exames Laboratoriais na Gravidez
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25